O documento fornece informações sobre animais peçonhentos comuns no Brasil, como abelhas, aranhas, escorpiões e serpentes. Ele descreve as características, hábitos e riscos à saúde humana de diferentes espécies, com o objetivo de facilitar o reconhecimento e primeiros socorros em caso de acidentes. O guia homenageia o trabalho do cientista Vital Brazil, pioneiro no tratamento de envenenamentos.
Os principais pontos são:
1) Os artrópodes são o maior filo do reino animal e incluem insetos, aranhas e crustáceos
2) Apresentam exoesqueleto quitinoso e sistemas digestivo, circulatório e reprodutivo
3) Desempenham papéis importantes como polinizadores, pragas agrícolas e na transmissão de doenças
O documento fornece informações sobre insetos em geral e sobre a abelha melífera (Apis mellifera) especificamente. Resume que os insetos vivem em todos os ambientes, possuem cabeça, tórax e abdome distintos, e desempenham papéis importantes como polinizadores e na transmissão de doenças. Detalha o hábito social da abelha melífera e seu papel na produção de mel, cera e outros produtos.
O documento fornece informações sobre diversos tipos de insetos, incluindo abelhas, borboletas, grilos, joaninhas, libélulas, moscas, pulgas e vaga-lumes. Detalha suas classificações científicas, características, ciclo de vida e importância ecológica.
Joaninhas são insetos predadores de pulgões que colocam seus ovos sob as folhas onde há pulgões. Suas larvas se alimentam dos pulgões ao eclodirem. Joaninhas passam por metamorfose completa e vivem até 180 dias, se alimentando principalmente de pulgões e ajudando no controle biológico de pragas agrícolas.
Este documento fornece informações sobre diversos insetos, incluindo suas características, hábitos e importância. Aborda insetos como pirilampos, cigarra, joaninha, formiga, caracol, minhoca, abelha e escaravelho. O documento tem o objetivo de ensinar sobre a diversidade de insetos no planeta e a importância de respeitá-los.
O documento apresenta diversas espécies de aracnídeos da região PVSul, descrevendo suas características físicas, hábitos de caça e nível de periculosidade. Espécies como aranhas-marrons e aranhas-armadeiras podem representar alto risco de picada, enquanto opiliões e caranguejeiras são completamente inofensivas. A maioria dos aracnídeos descritos caça insetos e representa pouco ou nenhum perigo para humanos.
Morcegos são mamíferos capazes de voar cujos membros superiores formam asas membranosas. Eles se alimentam de sangue, insetos, frutos, néctar e pólen. São importantes para o meio ambiente por ajudar na polinização e no controle de pragas agrícolas.
Este documento descreve as moscas da ordem Diptera subordem Cyclorrapha. Apresenta as principais famílias de moscas, incluindo suas características morfológicas, ciclo de vida, doenças transmitidas e controle. Inclui detalhes sobre a mosca doméstica, Dermatobia hominis e miíases causadas por larvas de moscas.
Os principais pontos são:
1) Os artrópodes são o maior filo do reino animal e incluem insetos, aranhas e crustáceos
2) Apresentam exoesqueleto quitinoso e sistemas digestivo, circulatório e reprodutivo
3) Desempenham papéis importantes como polinizadores, pragas agrícolas e na transmissão de doenças
O documento fornece informações sobre insetos em geral e sobre a abelha melífera (Apis mellifera) especificamente. Resume que os insetos vivem em todos os ambientes, possuem cabeça, tórax e abdome distintos, e desempenham papéis importantes como polinizadores e na transmissão de doenças. Detalha o hábito social da abelha melífera e seu papel na produção de mel, cera e outros produtos.
O documento fornece informações sobre diversos tipos de insetos, incluindo abelhas, borboletas, grilos, joaninhas, libélulas, moscas, pulgas e vaga-lumes. Detalha suas classificações científicas, características, ciclo de vida e importância ecológica.
Joaninhas são insetos predadores de pulgões que colocam seus ovos sob as folhas onde há pulgões. Suas larvas se alimentam dos pulgões ao eclodirem. Joaninhas passam por metamorfose completa e vivem até 180 dias, se alimentando principalmente de pulgões e ajudando no controle biológico de pragas agrícolas.
Este documento fornece informações sobre diversos insetos, incluindo suas características, hábitos e importância. Aborda insetos como pirilampos, cigarra, joaninha, formiga, caracol, minhoca, abelha e escaravelho. O documento tem o objetivo de ensinar sobre a diversidade de insetos no planeta e a importância de respeitá-los.
O documento apresenta diversas espécies de aracnídeos da região PVSul, descrevendo suas características físicas, hábitos de caça e nível de periculosidade. Espécies como aranhas-marrons e aranhas-armadeiras podem representar alto risco de picada, enquanto opiliões e caranguejeiras são completamente inofensivas. A maioria dos aracnídeos descritos caça insetos e representa pouco ou nenhum perigo para humanos.
Morcegos são mamíferos capazes de voar cujos membros superiores formam asas membranosas. Eles se alimentam de sangue, insetos, frutos, néctar e pólen. São importantes para o meio ambiente por ajudar na polinização e no controle de pragas agrícolas.
Este documento descreve as moscas da ordem Diptera subordem Cyclorrapha. Apresenta as principais famílias de moscas, incluindo suas características morfológicas, ciclo de vida, doenças transmitidas e controle. Inclui detalhes sobre a mosca doméstica, Dermatobia hominis e miíases causadas por larvas de moscas.
Este documento descreve uma visita de estudo realizada por alunos do 5o ano à Lagoa Pequena, na região da Arrábida-Sesimbra. Os alunos dividiram-se em dois grupos para observarem aves através de binóculos e realizarem uma atividade "Peddy-Aves". Devido à chuva, tiveram de interromper a atividade e jogaram um jogo da memória no abrigo. Observou-se a presença de várias espécies de aves e vegetação na lagoa.
Os morcegos são os únicos mamíferos capazes de voar e representam um quarto de todas as espécies de mamíferos. Eles possuem uma grande variedade de tamanhos e formas e se adaptaram a quase todos os ambientes. Os morcegos usam o biossonar para caçar e se orientar.
Este documento fornece informações sobre a biologia e controle de aranhas. Descreve as principais características das aranhas, incluindo sua classificação, hábitos, ciclo de vida e espécies de importância médica como a armadeira, aranha marrom, viúva-negra e aranha de jardim. Também discute medidas preventivas contra picadas de aranhas.
O documento discute animais peçonhentos no Brasil, incluindo serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas. Ele fornece detalhes sobre as espécies mais comuns e perigosas em cada grupo, além de sintomas de picadas e mordidas e medidas de primeiros socorros.
Existem cerca de 40.000 espécies de aranhas, que se distinguem dos insetos pela divisão do corpo em cefalotórax e abdome e por produzirem seda. As aranhas brasileiras mais perigosas são a viúva negra, aranha armadeira, aranha marrom e tarântula, tendo seus venenos ações como neurotoxidade e necrose.
O documento apresenta diferentes tipos de insetos, incluindo suas características físicas, hábitos alimentares e papel ecológico. É descrito o pernilongo, a mosca, a barata, o besouro, a joaninha, o louva-a-deus, a abelha, a aranha, o grilo, o gafanhoto, a mariposa, a libélula, o escorpião, a formiga e a borboleta.
Este documento fornece um resumo sobre abelhas nativas sem ferrão no Brasil. Ele discute como essas abelhas vivem em sociedades complexas, são essenciais para a polinização e agricultura, mas suas populações estão em declínio devido à destruição de habitat e uso de agrotóxicos. O documento também fornece informações sobre criar abelhas sem ferrão em meliponários para conservação e polinização.
O documento descreve as principais características dos artrópodes. Eles compartilham de corpos segmentados, exoesqueletos de quitina e apêndices articulados. Os artrópodes formam o grupo mais numeroso de animais e incluem insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes.
O documento descreve os principais grupos de animais invertebrados, incluindo insetos, aranhas, crustáceos, moluscos, vermes e centopéias. Detalha as características gerais de cada grupo, como o número de patas, presença ou não de casca, e hábitos de alimentação e reprodução.
O documento discute a importância dos insetos, em particular abelhas e besouros, na polinização de plantas e na agricultura. Ele explica como os insetos transferem pólen entre as flores, permitindo a reprodução das plantas. Além disso, destaca como produtos de abelhas como mel, cera e geleia real trazem benefícios para os humanos.
1) Os anfíbios precisam da água para o desenvolvimento de seus filhotes, mesmo aqueles que vivem em terra na fase adulta. 2) Eles se reproduzem na água, onde os machos atraem as fêmeas e liberam os gametas. 3) Algumas espécies entram em hibernação no inverno ou estivação em períodos secos.
Este documento descreve as características e comportamento das formigas. Elas vivem em colônias complexas com rainhas, machos e obreiras, cada uma com funções específicas. As formigas se comunicam através de feromônios e trabalham juntas em tarefas como procurar alimento e cuidar da colônia.
O documento discute o caramujo-gigante-africano, incluindo sua alimentação variada, tamanho adulto de até 18cm, reprodução hermafrodita requerendo parceiros, e doenças transmitidas como angiostrongilíase e meningite. Também fornece dicas de como lidar com o caramujo de forma segura.
A classe dos Anfíbios inclui sapos, rãs, salamandras e cecílias. Eles possuem pele úmida e brânquias na fase inicial, pulmões nos adultos e realizam hematose cutânea. A reprodução ocorre na água, com os ovos se desenvolvendo em girinos ou dentro dos ovos como na salamandra. As espécies apresentam diferentes estratégias reprodutivas e de vida.
O documento descreve as características e hábitos da coruja-buraqueira (Athenecunicularia), incluindo sua alimentação baseada em pequenos mamíferos, insetos e répteis, seu hábito de construir ninhos em tocas no solo e o uso de estrume no ninho para atrair besouros e controlar a temperatura. A estação reprodutiva ocorre entre março e abril, quando fêmeas põem de 6 a 12 ovos em ninhos escavados no solo.
Este documento descreve os sistemas de criação e manejo de abelhas melíferas no Brasil, incluindo informações sobre colméias, raças, doenças, alimentação e instalações necessárias para a apicultura. O documento também fornece curiosidades sobre as funções da rainha, operárias e zangões, além da comunicação entre as abelhas.
O documento discute abelhas e vespas, descrevendo suas características, hábitos e ciclo de vida. Aborda espécies comuns no Brasil como a abelha africana, italiana e alemã, além de mamangavas. Também explica os danos causados pelas picadas e o veneno destes insetos.
O documento resume as principais características dos répteis, incluindo informações sobre suas espécies, habitat, sistemas respiratório, digestivo e reprodutivo. Também aborda detalhes sobre os diferentes grupos de répteis como ofídios, quelônios e lacertílios.
O documento descreve a morfologia, organização social e papéis das formigas operárias e rainhas. As formigas são divididas em cabeça, tórax e abdômen e vivem em colônias lideradas por uma rainha. Operárias e soldados defendem o formigueiro, coletam alimentos e constroem, enquanto rainhas se reproduzem e machos fecundam rainhas.
Este documento descreve uma visita de estudo realizada por alunos do 5o ano à Lagoa Pequena, na região da Arrábida-Sesimbra. Os alunos dividiram-se em dois grupos para observarem aves através de binóculos e realizarem uma atividade "Peddy-Aves". Devido à chuva, tiveram de interromper a atividade e jogaram um jogo da memória no abrigo. Observou-se a presença de várias espécies de aves e vegetação na lagoa.
Os morcegos são os únicos mamíferos capazes de voar e representam um quarto de todas as espécies de mamíferos. Eles possuem uma grande variedade de tamanhos e formas e se adaptaram a quase todos os ambientes. Os morcegos usam o biossonar para caçar e se orientar.
Este documento fornece informações sobre a biologia e controle de aranhas. Descreve as principais características das aranhas, incluindo sua classificação, hábitos, ciclo de vida e espécies de importância médica como a armadeira, aranha marrom, viúva-negra e aranha de jardim. Também discute medidas preventivas contra picadas de aranhas.
O documento discute animais peçonhentos no Brasil, incluindo serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas. Ele fornece detalhes sobre as espécies mais comuns e perigosas em cada grupo, além de sintomas de picadas e mordidas e medidas de primeiros socorros.
Existem cerca de 40.000 espécies de aranhas, que se distinguem dos insetos pela divisão do corpo em cefalotórax e abdome e por produzirem seda. As aranhas brasileiras mais perigosas são a viúva negra, aranha armadeira, aranha marrom e tarântula, tendo seus venenos ações como neurotoxidade e necrose.
O documento apresenta diferentes tipos de insetos, incluindo suas características físicas, hábitos alimentares e papel ecológico. É descrito o pernilongo, a mosca, a barata, o besouro, a joaninha, o louva-a-deus, a abelha, a aranha, o grilo, o gafanhoto, a mariposa, a libélula, o escorpião, a formiga e a borboleta.
Este documento fornece um resumo sobre abelhas nativas sem ferrão no Brasil. Ele discute como essas abelhas vivem em sociedades complexas, são essenciais para a polinização e agricultura, mas suas populações estão em declínio devido à destruição de habitat e uso de agrotóxicos. O documento também fornece informações sobre criar abelhas sem ferrão em meliponários para conservação e polinização.
O documento descreve as principais características dos artrópodes. Eles compartilham de corpos segmentados, exoesqueletos de quitina e apêndices articulados. Os artrópodes formam o grupo mais numeroso de animais e incluem insetos, crustáceos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes.
O documento descreve os principais grupos de animais invertebrados, incluindo insetos, aranhas, crustáceos, moluscos, vermes e centopéias. Detalha as características gerais de cada grupo, como o número de patas, presença ou não de casca, e hábitos de alimentação e reprodução.
O documento discute a importância dos insetos, em particular abelhas e besouros, na polinização de plantas e na agricultura. Ele explica como os insetos transferem pólen entre as flores, permitindo a reprodução das plantas. Além disso, destaca como produtos de abelhas como mel, cera e geleia real trazem benefícios para os humanos.
1) Os anfíbios precisam da água para o desenvolvimento de seus filhotes, mesmo aqueles que vivem em terra na fase adulta. 2) Eles se reproduzem na água, onde os machos atraem as fêmeas e liberam os gametas. 3) Algumas espécies entram em hibernação no inverno ou estivação em períodos secos.
Este documento descreve as características e comportamento das formigas. Elas vivem em colônias complexas com rainhas, machos e obreiras, cada uma com funções específicas. As formigas se comunicam através de feromônios e trabalham juntas em tarefas como procurar alimento e cuidar da colônia.
O documento discute o caramujo-gigante-africano, incluindo sua alimentação variada, tamanho adulto de até 18cm, reprodução hermafrodita requerendo parceiros, e doenças transmitidas como angiostrongilíase e meningite. Também fornece dicas de como lidar com o caramujo de forma segura.
A classe dos Anfíbios inclui sapos, rãs, salamandras e cecílias. Eles possuem pele úmida e brânquias na fase inicial, pulmões nos adultos e realizam hematose cutânea. A reprodução ocorre na água, com os ovos se desenvolvendo em girinos ou dentro dos ovos como na salamandra. As espécies apresentam diferentes estratégias reprodutivas e de vida.
O documento descreve as características e hábitos da coruja-buraqueira (Athenecunicularia), incluindo sua alimentação baseada em pequenos mamíferos, insetos e répteis, seu hábito de construir ninhos em tocas no solo e o uso de estrume no ninho para atrair besouros e controlar a temperatura. A estação reprodutiva ocorre entre março e abril, quando fêmeas põem de 6 a 12 ovos em ninhos escavados no solo.
Este documento descreve os sistemas de criação e manejo de abelhas melíferas no Brasil, incluindo informações sobre colméias, raças, doenças, alimentação e instalações necessárias para a apicultura. O documento também fornece curiosidades sobre as funções da rainha, operárias e zangões, além da comunicação entre as abelhas.
O documento discute abelhas e vespas, descrevendo suas características, hábitos e ciclo de vida. Aborda espécies comuns no Brasil como a abelha africana, italiana e alemã, além de mamangavas. Também explica os danos causados pelas picadas e o veneno destes insetos.
O documento resume as principais características dos répteis, incluindo informações sobre suas espécies, habitat, sistemas respiratório, digestivo e reprodutivo. Também aborda detalhes sobre os diferentes grupos de répteis como ofídios, quelônios e lacertílios.
O documento descreve a morfologia, organização social e papéis das formigas operárias e rainhas. As formigas são divididas em cabeça, tórax e abdômen e vivem em colônias lideradas por uma rainha. Operárias e soldados defendem o formigueiro, coletam alimentos e constroem, enquanto rainhas se reproduzem e machos fecundam rainhas.
Semelhante a Guia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdf (20)
8. Medicamentos que atuam no Sistema Endócrino.pdf
Guia de Bolso Animais Peçonhentos Digital.pdf
1.
2.
3. Apresentação
Os acidentes ocasionados por serpentes, escorpiões,
aranhas e abelhas constituem um grave problema de
saúde pública no Brasil. Assim, a disponibilização des-
te guia pretende contribuir para ações de educação em
saúde e para a difusão de informações sobre animais
peçonhentos. Muitas das espécies que você conhecerá
estão envolvidas em acidentes e a sua identificação é
fundamental para o sucesso do tratamento dos enve-
nenamentos. As informações aqui contidas pretendem
facilitar o reconhecimento das espécies mais frequen-
temente encontradas em residências, sítios e fazendas,
especialmente no estado de Minas Gerais. Estão dispo-
níveis também, informações sobre história natural das
espécies e medidas de primeiros socorros em caso de
acidentes.
Nessa primeira edição, homenageamos o sesquicente-
nário do cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha,
cujo trabalho determinou o sucesso dos tratamentos de
acidentes causados por animais peçonhentos e salvou
vidas em todo o mundo!
Giselle Agostini Cotta
Coleção Científica de Serpentes
Fundação Ezequiel Dias
4. Ficha Técnica
Financiamento:
CNPq - Processo: 406053/2013-8
Realização:
Fundação Ezequiel Dias
www.funed.mg.gov.br
Textos:
Danielle de Arruda Carneiro
Esther Margarida Alves Ferreira Bastos
Flávia Capuccio de Resende
Giselle Agostini Cotta
Maria Nelman Antunes Souza
Paula De Souza São Thiago Calaça
Rânia Mara Santana
Fotos:
Afonso Rocha
Alberto Rech
Carolina Eloá Roquete Miranda
Henrique Caldeira Costa
Mario Sacramento
Roberto Murta
Diagramação e arte:
Fabio Neves
Belo Horizonte, Março de 2015 – Edição comemorativa do
sesquicentenário de Vital Brazil Mineiro da Campanha.
5. ANIMAIS PEÇONHENTOS
Animais peçonhentos são aqueles que possuem
glândulas de veneno que se comunicam com den-
tes, ferrões, ou aguilhões, estruturas por onde o
veneno é injetado. Como exemplo destes animais,
podemos citar as abelhas africanizadas, as ara-
nhas, escorpiões e algumas espécies de serpentes.
Já os animais venenosos, produzem veneno, mas
não possuem um aparelho inoculador. O envene-
namento ocorre por contato, ou compressão. Algu-
mas espécies de sapos e de taturanas são animais
venenosos.
ABELHAS
As abelhas são invertebrados que se diferenciaram
das vespas (marimbondos) por se alimentarem de
pólen e néctar. Pertencentes ao grupo dos insetos,
as abelhas africanizadas, cujo nome científico é
Apis mellifera, são importantes polinizadores, pois
ao visitarem as flores em busca de seu alimento
levam dela os grãos de pólen aderidos a estrutu-
ras específicas para o seu transporte. Quando vi-
sitam as flores em busca de alimento, as abelhas
depositam na parte feminina da flor: os grãos de
pólen carreados em seu corpo, realizando assim a
polinização, garantindo a produção de frutos e se-
6. mentes. As abelhas africanizadas são resultado do
cruzamento entre abelhas europeias com africanas
que foram trazidas para o Brasil. Elas vivem em
sociedade, sendo a rainha responsável pela repro-
dução e manutenção da colônia unida. As abelhas
operárias são as mais numerosas e responsáveis
pela maior parte das atividades, como: cuidados
com a cria, produção de geleia real, cera, defesa,
coleta de água, nectar e pólen e produção de mel.
Em menor número têm-se ainda os zangões, que
são os machos responsáveis pela fecundação da
rainha.
ARACNÍDEOS
As aranhas e escorpiões são aracnídeos perten-
centes ao grupo dos artrópodes, animais abundan-
tes em todos os ecossistemas. As características
principais desses animais são: pernas articuladas
e corpo formado por uma carapaça externa (exo-
esqueleto), composto por uma substância chama-
da quitina que garante sustentação e proteção. Os
aracnídeos possuem o corpo dividido em duas
partes (cefalotórax e abdômen), quatro pares de
pernas, um par de pedipalpos (com função sensi-
tiva) e um par de quelíceras (com função na ali-
mentação). As aranhas são ovíparas, colocam seus
ovos em uma bolsa produzida a partir de fios de
7. seda chamada ooteca.
Os escorpiões são vivíparos, seus filhotes já nas-
cem formados. As aranhas e os escorpiões são ani-
mais carnívoros, alimentam-se principalmente de
insetos e utilizam o seu veneno para imobilizar e
matar suas presas. O aparelho inoculador de ve-
neno nas aranhas são as quelíceras, localizadas na
região anterior do cefalotórax. Já o aparelho ino-
culador de veneno dos escorpiões está localizado
no último segmento da cauda chamado de télson.
Apesar das aranhas e dos escorpiões serem ani-
mais peçonhentos, nem todos são capazes de pro-
vocar acidentes graves em humanos. No Brasil,
ocorrem apenas três gêneros de aranhas perigosas:
Phoneutria (aranha armadeira), Loxosceles (ara-
nha marrom) e Latrodectus (aranha viúva). Em
relação aos escorpiões, somente quatro espécies
pertencentes ao gênero Tityus oferecem maiores
riscos aos seres humanos.
SERPENTES
As serpentes são vertebrados, carnívoros, perten-
centes ao grupo dos répteis. São características
destes animais: a ausência de patas, pálpebras e
ouvido externo, a presença de língua bífida ou
bifurcada, e a pele recoberta por escamas. Algu-
8. mas espécies são peçonhentas, podendo provocar
acidentes graves, entretanto outras, não oferecem
risco aos seres humanos. Existem espécies de ser-
pentes vivíparas, que parem seus filhotes, e outras,
ovíparas, que colocam ovos. As serpentes pos-
suem diferentes tipos de dentição. As cascavéis,
jararacas e surucucu são solenóglifas, ou seja,
possuem grandes presas móveis inoculadores de
veneno, localizadas na região anterior da boca. As
corais verdadeiras são proteróglifas, neste caso, as
presas são pequenas, fixas, e também são localiza-
das na região anterior da boca. Os ofídios também
podem ser opistóglifos ou áglifos. Um exemplo
de serpente opistóglifa é a cobra verde, nela, as
presas são pequenas, fixas e localizadas no fundo
da boca, dificultando a inoculação do veneno. As
jiboias e sucuris são exemplos de cobras áglifas,
onde não há presença de dentes modificados para
injeção de veneno.
9. ABELHAS
Abelha africanizada- Apis mellifera
Alberto Rech
Tamanho: 2,0 cm em média.
Alimentação: mel e pólen.
Reprodução: Após ser fecundada pelo zangão, a abelha
rainha põe ovos que darão origem às operárias. Quando
uma larva de abelha operária é alimentada com geleia
real por mais de três dias ela se desenvolve em uma
abelha rainha. Os zangões são originados a partir de
ovos não fecundados, por meio de partenogênese.
Hábitat: As abelhas africanizadas adaptaram-se ao cli-
ma da região tropical brasileira, ocorrendo atualmente
em todo o país. Os enxames se instalam nos mais varia-
dos locais, tais como, muros, bueiros, ocos de árvores,
postes, pneus velhos, telhados, caixas de luz.
Características do animal: A cabeça e o tórax têm a cor
preta e os anéis abdominais alternam as cores preta e
amarela.
10. ARANHAS
Aranha armadeira – Phoneutria spp.
Alberto Rech
Pode causar acidentes graves.
Tamanho: 15 cm em média.
Alimentação: insetos.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz uma bolsa de ovos achatada, que é protegida
por ela.
Hábitat: encontradas em bananeiras, sob cascas de ár-
vores, tijolos, telhas, entulhos e cupinzeiros.
Características do animal: Animal agressivo. Quando
ameaçada, apoia-se sobre as pernas traseiras e levanta
as pernas dianteiras. Pode saltar mais de 30 cm. Não
produz teias para captura de alimento. A picada é do-
lorosa.
11. Aranha marrom – Loxosceles spp.
Carolina Eloá Miranda Roquette
Pode causar acidentes graves.
Tamanho: 3 cm em média.
Alimentação: insetos.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz uma bolsa de ovos arredondada, que fica presa
ao substrato através de teia pegajosa.
Hábitat: na natureza são encontradas em cavernas, sob
cascas de árvores e em cupinzeiros. Nas regiões urba-
nas, abrigam-se em tijolos, telhas, entulhos, em sótãos
e porões.
Características do animal: coloração do corpo predo-
minantemente marrom com uma mancha em formato
de violino no cefalotórax. Abdômen com formato oval.
Não são agressivas. Produzem teias irregulares. A pica-
da, em geral, é indolor.
12. Viúva marrom – Latrodectus geometricus
Carolina Eloá Miranda Roquette
Pode causar acidentes.
Tamanho: 2 cm em média.
Alimentação: insetos.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz várias bolsas de ovos globosas com espículas.
Os machos vivem na teia das fêmeas e tem vida curta,
morrendo geralmente após a cópula.
Hábitat: aranha bem adaptada a ambientes urbanos.
Constroem teias irregulares em paredes, janelas, e mó-
veis.
Característica do animal: possui coloração marrom. O
abdômen é globoso com manchas claras no dorso. A
parte ventral do abdômen possui uma mancha alaran-
jada em formato de ampulheta. Não são agressivas. Pi-
cam quando comprimidas contra o corpo.
13. Viúva negra – Latrodectus curacaviensis
Carolina Eloá Miranda Roquette
Pode causar acidentes graves.
Tamanho: 2 cm em média.
Alimentação: insetos.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz várias bolsas de ovos globosas. Os machos vi-
vem na teia das fêmeas e tem vida curta, morrendo ge-
ralmente após a cópula.
Hábitat: são encontradas na vegetação arbustiva, em
gramíneas, cupinzeiros, fendas de barracos e mourões
de madeira. Em ambiente domiciliar podem ser encon-
tradas em beiral de telhados, portas, janelas e sob mó-
veis.
Característica do animal: possui coloração preta com
faixas vermelhas no abdômen globoso. A parte ventral
do abdômen possui uma mancha vermelha em formato
de ampulheta. Não são agressivas. Picam quando com-
pridas contra o corpo. Produzem teias irregulares.
14. Caranguejeira – Mygalomorphae
Alberto Rech
Não causa acidentes graves.
Tamanho: existem espécies de pequeno à grande porte.
Alimentação: insetos e pequenos vertebrados.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz bolsa de ovos.
Hábitat: São frequentemente encontradas em frestas
em cascas de árvores, barrancos e buracos no solo.
Características do animal: Muitas espécies de caran-
guejeiras possuem o corpo coberto por pelos, que são
lançados no ambiente quando o animal se sente ame-
açado. Os pelos podem causar irritação em possíveis
predadores ou nos seres humanos. Ao contrário do que
muitos acreditam, a maioria das espécies possui veneno
pouco tóxico, podendo causar apenas dor no local da
picada.
15. Aranha de grama – Lycosa erythrognatha
Roberto Murta
Não causa acidentes graves.
Tamanho: 4,5 cm.
Alimentação: insetos.
Comportamento reprodutivo: após a cópula, a fêmea
produz uma bolsa de ovos que fica presa às fiandeiras.
Os filhotes, ao eclodirem sobem sobre o dorso das fê-
meas.
Hábitat: Não vivem em teias. São frequentemente en-
contradas em pastos, gramados e próximas às residên-
cias.
Características do animal: Possuem coloração amarron-
zada, e um desenho negro em formato de flecha no dor-
so do abdômen. Podem ser confundidas com as aranhas
armadeiras.
16. ESCORPIÕES
Escorpião amarelo – Tityus serrulatus
Afonso Rocha
Pode causar acidentes graves.
Tamanho: 7 cm em média.
Alimentação: insetos.
Reprodução: As fêmeas se reproduzem por partenogê-
nese, várias vezes ao ano. Espécie vivípara.
Hábitat: Frequentemente encontrados nas regiões urba-
nas, abrigando-se em tijolos, telhas, entulhos e galerias
de esgoto. Na natureza são encontrados debaixo de cas-
cas de árvores e madeiras em decomposição.
Características do animal: pernas e cauda amareladas,
e corpo marrom escuro. Possui serrilhas no 3º e 4º seg-
mentos da cauda.
17. Escorpião marrom – Tityus bahiensis
Roberto Murta
Pode causar acidentes graves.
Tamanho: 7 cm em média.
Alimentação: insetos.
Reprodução: existem machos e fêmeas desta espécie. A cópu-
la ocorre após ritual de corte. Espécie vivípara.
Hábitat: Encontrados nas regiões urbanas, abrigandose em
tijolos, telhas, entulhos e galerias de esgoto. Na natureza são
encontrados debaixo de cascas de árvores e madeiras em de-
composição.
Características do animal: pernas amareladas com manchas
escuras, corpo marrom escuro, cauda marrom avermelhado.
18. SERPENTES PEÇONHENTAS
Cascavel – Crotalus durissus
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: roedores.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: regiões abertas, campos e cerrados.
Comportamentos de defesa: bote e vibração do choca-
lho.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina) e chocalho na ponta
da cauda.
19. Jararaca – Bothrops jararaca
Mario Sacramento
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: serpentes adultas: pequenos mamíferos;
serpentes jovens e filhotes: anfíbios e lagartos.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: matas, campos cultivados.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina). Animal longilíneo,
manchas triangulares escuras e faixa preta após o olho.
20. Urutu cruzeiro – Bothrops alternatus
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: pequenos mamíferos.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: matas, campos cultivados.
Características do animal: presença de fosseta lore-
al (buraco entre o olho e a narina). Animal de porte
médio, manchas em formato de ferradura escuras com
bordas branco-amareladas. Ventre manchado.
21. Jararaca do rabo branco ou jararaca pintada
Bothrops neuwiedi
Henrique Caldeira Costa
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: pequenos mamíferos.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: matas, campos cultivados.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina). Animal de pequeno
porte, manchas marrons por todo o corpo, inclusive na
cabeça e no ventre.
22. Caiçaca – Bothrops moojeni
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: pequenos mamíferos.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: cerrado, áreas cultivadas.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina). Animal de grande por-
te, pele com aspecto aveludado, manchas triangulares
com bordas claras, região da boca com escamas esbran-
quiçadas.
23. Jararacuçu – Bothrops jararacussu
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: pequenos mamíferos e anfíbios.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: matas, áreas cultivadas.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina). Animal de grande por-
te, manchas em formato de ferradura escuras, interca-
ladas por áreas amareladas nas fêmeas e acinzentadas
nos machos.
24. Surucucu – Lachesis muta
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: solenóglifa.
Alimentação: roedores.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: Mata Atlântica e Floresta Amazônica.
Características do animal: presença de fosseta loreal
(buraco entre o olho e a narina). Animal de grande por-
te, escamas granulares, corpo alaranjado com manchas
negras.
25. Cobra coral - Micrurus frontalis
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: proteróglifa.
Alimentação: anfisbenas e outras serpentes.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: campos e cerrado.
Características do animal: anéis pretos, vermelhos e
brancos ou amarelos, que circulam todo o corpo. Anéis
pretos organizados em tríades (três anéis pretos sepa-
rados por dois brancos ou amarelos). Corpo cilíndrico,
cauda curta e rombuda, cabeça pouco distinta do resto
do corpo. Não é agressiva.
26. Cobra Cipó ou cobra verde
Philodryas olfersii
Roberto Murta
Serpente peçonhenta.
Dentição: opistóglifa.
Alimentação: anfíbios, roedores e aves.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: florestas e áreas abertas.
Características do animal: corpo longilíneo, coloração
verde e faixa negra após o olho.
27. SERPENTES NÃO PEÇONHENTAS
Jararaquinha de jardim
Sibynomorphus mikanii
Mario Sacramento
Serpente não peçonhenta.
Dentição: áglifa.
Alimentação: lesmas.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: comumente encontrada em ambientes urbanos
em hortas e jardins.
Características do animal: pequeno porte e apresenta o
corpo com bandas negras separadas por regiões amar-
ronzadas ou acinzentadas.
28. Jiboia – Boa constrictor
Roberto Murta
Serpente não peçonhenta.
Dentição: áglifa.
Alimentação: aves e pequenos mamíferos.
Reprodução: vivíparas.
Hábitat: florestas, campos.
Características do animal: grande porte, pele com man-
chas marrons sobre fundo claro, cabeça destacada do
corpo.
29. Falsa coral - Oxyrhopus trigeminus
Roberto Murta
Serpente não peçonhenta.
Dentição: opistóglifa.
Alimentação: pequenos mamíferos e lagartos.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: florestas, cerrado, caatinga.
Características do animal: pequeno porte, anéis verme-
lhos, pretos e brancos desorganizados e incompletos.
Ventre manchado ou amarelado. Cabeça destacada do
corpo. Cauda longa e afilada.
30. Falsa coral – Erythrolamprus aesculapii
Mario Sacramento
Serpente não peçonhenta.
Dentição: opistóglifa.
Alimentação: serpentes.
Reprodução: ovíparas.
Hábitat: florestas.
Características do animal: pequeno porte, anéis verme-
lhos, pretos e brancos organizados e completos. Anéis
pretos organizados em díades (dois anéis pretos sepa-
rados por um branco ou amarelo). Corpo cilíndrico,
cauda curta e rombuda, cabeça não destacada do resto
do corpo.
31. Acidentes por Animais Peçonhentos
No Brasil são registrados aproximadamente 110.000
acidentes ocasionados por animais peçonhentos por
ano. De maneira geral, os acidentes são classificados
em leves, moderados ou graves de acordo com os sin-
tomas apresentados. O tratamento varia em função da
gravidade do acidente, e é realizado em ambiente hos-
pitalar com a utilização de soros específicos e outros
medicamentos. A identificação do animal que causou
o acidente é importante para o sucesso do tratamento.
Acidentes ocasionados por abelhas
Abelha africanizada – Apis mellifera
Sintomas: dor, inchaço e vermelhidão no local da pi-
cada.
Complicações: choque anafilático.
Tratamento: anti-histamínicos, analgésicos, corticoides.
32. Acidentes ocasionados por aranhas
Aranha marrom – Loxosceles spp.
Sintomas: dor discreta, inchaço e lesão da pele. Necro-
se, febre, vômitos, tontura e dor de cabeça.
Complicações: risco de amputação do membro, anemia
e falência renal.
Tratamento: soro antiaracnídico / soro antiloxoscélico.
Aranha Armadeira – Phoneutria spp.
Sintomas: dor forte irradiada pelo membro, inchaço,
sudorese, vômitos, hipertensão e arritmias.
Complicações: insuficiência cardíaca, convulsões, ede-
ma pulmonar e coma.
Tratamento: soro antiaracnídico.
Aranha Viúva Negra – Latrodectus spp.
Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro. Dor por
todo corpo, agitação, contrações musculares e sudorese.
Complicações: pressão alta, taquicardia, retenção uri-
nária e choque.
Tratamento: soro antilatrodectus.
33. Acidente escorpiônico
Escorpiões- Tityus spp.
Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro, formi-
gamento e sudorese. Vômitos, tremores, pressão alta,
excesso de salivação.
Complicações: insuficiência cardíaca e edema pulmo-
nar.
Tratamento específico: soro antiescorpiônico.
Acidentes ofídicos
Jararacas (jararaca, urutu, jararacuçu, caiça-
ca, jararaca pintada) – Bothrops spp.
Sintomas: sangramento, dor, inchaço e hematoma no
local da picada. Podem surgir bolhas, sangramentos na
gengiva, nariz e escurecimento da urina. Pressão baixa.
Complicações: infecção local, necrose, risco de ampu-
tação e falência renal.
Tratamento específico: soro antibotrópico, ou antibro-
tópico-crotálico.
34. Cascavel – Crotalus durissus
Sintomas: leve inchaço, dor, e sensação de formiga-
mento no local da picada. Visão turva, pálpebras caídas,
dificuldade de deglutição, escurecimento da urina.
Complicação: falência renal.
Tratamento específico: soro anticrotálico, ou antibotró-
pico-crotálico.
Corais – Micrurus spp.
Sintomas: dor e sensação de formigamento no local da
picada. Visão turva ou dupla, pálpebras caídas, excesso
de salivação e dificuldade respiratória.
Complicação: insuficiência respiratória aguda.
Tratamento específico: soro antielapídico.
Surucucu – Lachesis muta
Sintomas: dor, inchaço e hematoma no local da picada,
que podem progredir para todo o membro. Sangramen-
tos, sudorese, cólicas abdominais, náuseas, vômitos,
diarreia, pressão baixa.
Complicações: necrose e risco de amputação.
Tratamento específico: soro antilaquético, ou antibotró-
pico-laquético.
35. O que fazer em caso de acidente
• Lavar o local da picada com água e sabão.
• Manter o membro afetado elevado.
• Procurar atendimento médico imediatamente.
• No caso de acidentes com cobras, aranhas e escorpi-
ões, é importante a captura do animal, vivo ou morto,
para que o mesmo possa ser identificado. Isto agilizará
o tratamento.
• No caso de acidentes com abelhas, retirar o ferrão
com auxílio de lâmina fazendo uma raspagem. Não re-
tirá-lo com pinça para não comprimi-lo, o que poderia
resultar na inoculação do veneno acumulado no ferrão.
A relação das unidades de saúde que realizam trata-
mento de acidentes por animais peçonhentos está dis-
ponível no site da Funed (www.funed.mg.gov.br).