1. O documento discute a interdisciplinaridade em projetos escolares e a interação da comunidade escolar mediada pela internet.
2. Ele apresenta conceitos de interdisciplinaridade e analisa fatores que facilitam ou dificultam a implementação de projetos interdisciplinares.
3. O autor propõe estratégias para viabilizar a interação entre professores e comunidade escolar em projetos interdisciplinares usando ferramentas da internet.
Este trabalho busca oferecer uma reflexão sobre a influência da internet no ensino e aprendizagem dos alunos, resultado de uma experiência vinda do Projeto Didático “A Contribuição da Internet na Alfabetização da EJA– Educação de Jovens e Adultos” desenvolvido no laboratório de informática da Escola Municipal Francisco José Santana, na cidade de Pombal – PB, durante os meses julho a dezembro de 2013 em uma turma multiseriada do ensino Fundamental I. Para tal finalidade, este estudo aborda a história do computador; seus componentes físicos; apresentação do Google e suas multimídias. O Projeto ainda contempla participação de estudantes em jogos de alfabetização, além de acesso a vídeos, músicas, imagens, leram textos etc., nesse contexto, possuiu conta em uma Rede Social (Fecebook). Todas as atividades buscam o desenvolvimento de leitura e escrita, por meio da digitação de texto, em sites de relevância social entre outros mecanismos para o desenvolvimento da Língua Portuguesa. Observou-se que dos 12 alunos matriculados, sete acompanharam bem as aulas via internet, sem nenhum grau de desafio, três apresentaram mediano grau de dificuldade e 16% apresentaram pouca aprendizagem, com forte resistência e aversão à esta tecnologia. As aulas assistidas pelos estudantes despertaram maior interesse pelo fato de serem ministradas em um ambiente virtual. Durante os últimos meses do trabalho, observou-se que 40% dos alunos acessavam à internet em horários extraclasse. Acredita-se que este projeto contribuirá para diminuição da evasão escolar, como também despertará para a participação da comunicação digitação.
M I D I A S E T E C N O L O G I A S N A E S C O L Acefaprotga
O documento discute como as mudanças sociais, tecnológicas e culturais impactam a educação e o uso de mídias e tecnologias na escola. Ele explora como a Internet, computadores e novas formas de comunicação digital estão transformando a aprendizagem e como as escolas precisam se adaptar a essas mudanças.
Este documento discute a integração das tecnologias digitais no currículo escolar. Argumenta que as tecnologias fazem parte da cultura digital vivida por estudantes e devem ser incorporadas no currículo para apoiar a aprendizagem. Define o termo "web currículo" para descrever esta integração das tecnologias no currículo. Aponta desafios como a falta de orientação para o uso educativo de tecnologias pelos estudantes.
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...Jovert Freire
As Redes Sociais Digitais (RSDs) estimulam o conectivismo na educação e são grandes parceiras da EAD, onde dão muito utilizadas como ferramentas de comunicação, possuírem enorme potencial facilitador do processo ensino-aprendizagem.
O uso das RSDs para fins educativos exige respaldo pedagógico e estratégias apropriadas para se desenvolver, para que os alunos aprendam colaborando, interagindo e compartilhando informações, premissas para a inserção adequada na vida profissional. Nesse sentido, o pedagogo deve se adaptar à inclusão digital e às nTICs, para acompanhar as gerações “ciberculturalizadas”, pois os alunos jovens se adaptam facilmente às tecnologias e nelas passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações, pois, interagir com a tecnologia possibilita desenvolver a criatividade, a interação, a seletividade e o interesse. Mas, o potencial de conhecimento construtivo produzido pelas nTICs deve ser ponderado com o seu potencial de má utilização e cabe ao educador perceber e orientar o aluno para os reais valores e ao uso criterioso, ético e responsável, estimular o conhecimento racional e compreender as necessidades empíricas dos educandos. Assim, na busca de um resultado cada vez melhor, a seleção refinada do conteúdo deve descartar o que não é significativo e aprimorar o que é bom, se adquirindo conhecimento de forma mais aperfeiçoada, priorizando o saber verdadeiro e não simplesmente o “cumprir metas”. Este parece ser o atual desafio da EAD e deve ser direcionado para servir ao benefício da humanidade, da natureza e da nossa nave mãe: a Terra.
Este documento apresenta o plano de curso da disciplina "Práticas Mediáticas na Educação" ministrada por Pedro Andrade. A disciplina aborda diretrizes de informatização na educação e usos de tecnologias no processo educativo. O curso objetiva propiciar conhecimento sobre mídias utilizadas na educação e suas aplicações práticas no aprendizado dos alunos.
Educação a Distância e Formação de ProfessoresCarla Arena
O documento discute a importância da inclusão digital de professores em um contexto de sociedade em rede. Aborda temas como alfabetização digital, letramento digital, exclusão digital, contribuições do professor na cibercultura e desafios da formação de professores para a educação no mundo digital.
Este documento apresenta uma proposta de utilização do software GeoGebra no ensino de funções matemáticas para alunos do ensino médio. O trabalho foi desenvolvido em grupo e apresenta atividades com o GeoGebra para analisar funções polinomiais do primeiro e segundo grau. As conclusões indicam que o software facilitou a compreensão dos alunos e tornou o processo de aprendizagem mais interativo e prazeroso.
O documento discute a educação mediada pela tecnologia e a internet como ferramenta metodológica. Primeiro, apresenta a rápida evolução da internet no Brasil e seu importante papel no cenário educacional. Segundo, discute questões fundamentais da didática como as relações entre ensino e aprendizagem. Finalmente, discute como a internet pode constituir uma "didática midiática" que aliando tecnologia e recursos educativos pode apoiar aprendizagem de forma realmente educativa.
Este trabalho busca oferecer uma reflexão sobre a influência da internet no ensino e aprendizagem dos alunos, resultado de uma experiência vinda do Projeto Didático “A Contribuição da Internet na Alfabetização da EJA– Educação de Jovens e Adultos” desenvolvido no laboratório de informática da Escola Municipal Francisco José Santana, na cidade de Pombal – PB, durante os meses julho a dezembro de 2013 em uma turma multiseriada do ensino Fundamental I. Para tal finalidade, este estudo aborda a história do computador; seus componentes físicos; apresentação do Google e suas multimídias. O Projeto ainda contempla participação de estudantes em jogos de alfabetização, além de acesso a vídeos, músicas, imagens, leram textos etc., nesse contexto, possuiu conta em uma Rede Social (Fecebook). Todas as atividades buscam o desenvolvimento de leitura e escrita, por meio da digitação de texto, em sites de relevância social entre outros mecanismos para o desenvolvimento da Língua Portuguesa. Observou-se que dos 12 alunos matriculados, sete acompanharam bem as aulas via internet, sem nenhum grau de desafio, três apresentaram mediano grau de dificuldade e 16% apresentaram pouca aprendizagem, com forte resistência e aversão à esta tecnologia. As aulas assistidas pelos estudantes despertaram maior interesse pelo fato de serem ministradas em um ambiente virtual. Durante os últimos meses do trabalho, observou-se que 40% dos alunos acessavam à internet em horários extraclasse. Acredita-se que este projeto contribuirá para diminuição da evasão escolar, como também despertará para a participação da comunicação digitação.
M I D I A S E T E C N O L O G I A S N A E S C O L Acefaprotga
O documento discute como as mudanças sociais, tecnológicas e culturais impactam a educação e o uso de mídias e tecnologias na escola. Ele explora como a Internet, computadores e novas formas de comunicação digital estão transformando a aprendizagem e como as escolas precisam se adaptar a essas mudanças.
Este documento discute a integração das tecnologias digitais no currículo escolar. Argumenta que as tecnologias fazem parte da cultura digital vivida por estudantes e devem ser incorporadas no currículo para apoiar a aprendizagem. Define o termo "web currículo" para descrever esta integração das tecnologias no currículo. Aponta desafios como a falta de orientação para o uso educativo de tecnologias pelos estudantes.
PÔSTER: UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂ...Jovert Freire
As Redes Sociais Digitais (RSDs) estimulam o conectivismo na educação e são grandes parceiras da EAD, onde dão muito utilizadas como ferramentas de comunicação, possuírem enorme potencial facilitador do processo ensino-aprendizagem.
O uso das RSDs para fins educativos exige respaldo pedagógico e estratégias apropriadas para se desenvolver, para que os alunos aprendam colaborando, interagindo e compartilhando informações, premissas para a inserção adequada na vida profissional. Nesse sentido, o pedagogo deve se adaptar à inclusão digital e às nTICs, para acompanhar as gerações “ciberculturalizadas”, pois os alunos jovens se adaptam facilmente às tecnologias e nelas passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações, pois, interagir com a tecnologia possibilita desenvolver a criatividade, a interação, a seletividade e o interesse. Mas, o potencial de conhecimento construtivo produzido pelas nTICs deve ser ponderado com o seu potencial de má utilização e cabe ao educador perceber e orientar o aluno para os reais valores e ao uso criterioso, ético e responsável, estimular o conhecimento racional e compreender as necessidades empíricas dos educandos. Assim, na busca de um resultado cada vez melhor, a seleção refinada do conteúdo deve descartar o que não é significativo e aprimorar o que é bom, se adquirindo conhecimento de forma mais aperfeiçoada, priorizando o saber verdadeiro e não simplesmente o “cumprir metas”. Este parece ser o atual desafio da EAD e deve ser direcionado para servir ao benefício da humanidade, da natureza e da nossa nave mãe: a Terra.
Este documento apresenta o plano de curso da disciplina "Práticas Mediáticas na Educação" ministrada por Pedro Andrade. A disciplina aborda diretrizes de informatização na educação e usos de tecnologias no processo educativo. O curso objetiva propiciar conhecimento sobre mídias utilizadas na educação e suas aplicações práticas no aprendizado dos alunos.
Educação a Distância e Formação de ProfessoresCarla Arena
O documento discute a importância da inclusão digital de professores em um contexto de sociedade em rede. Aborda temas como alfabetização digital, letramento digital, exclusão digital, contribuições do professor na cibercultura e desafios da formação de professores para a educação no mundo digital.
Este documento apresenta uma proposta de utilização do software GeoGebra no ensino de funções matemáticas para alunos do ensino médio. O trabalho foi desenvolvido em grupo e apresenta atividades com o GeoGebra para analisar funções polinomiais do primeiro e segundo grau. As conclusões indicam que o software facilitou a compreensão dos alunos e tornou o processo de aprendizagem mais interativo e prazeroso.
O documento discute a educação mediada pela tecnologia e a internet como ferramenta metodológica. Primeiro, apresenta a rápida evolução da internet no Brasil e seu importante papel no cenário educacional. Segundo, discute questões fundamentais da didática como as relações entre ensino e aprendizagem. Finalmente, discute como a internet pode constituir uma "didática midiática" que aliando tecnologia e recursos educativos pode apoiar aprendizagem de forma realmente educativa.
Projecto de tese | Doutoramento em Ciências da Comunicação (UBI 2011)Marco Pinheiro
O documento discute a contribuição das comunidades virtuais de desenvolvimento de software livre na construção de ferramentas e tecnologias web, tomando como estudo de caso a comunidade Drupal-pt. Aborda o papel das comunidades no desenvolvimento do CMS Drupal e sua utilização em diversos contextos, além de apresentar brevemente a estrutura da comunidade portuguesa.
O documento discute os recursos multimídias aplicados na sala de aula da educação infantil. Ele explica que as novas tecnologias são uma realidade nas escolas brasileiras e podem ser usadas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem se utilizadas de forma adequada e planejada. O documento também discute como recursos como projetores multimídia e ambientes virtuais de aprendizagem podem ser usados de forma a enriquecer a aprendizagem das crianças na educação infantil.
Este documento discute a importância das tecnologias da informação e comunicação no contexto escolar. Ele reflete sobre como as TICs podem ser usadas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo habilidades como pensamento crítico e produção de conhecimento. Também aborda como a escola deve se adaptar à sociedade tecnológica, incorporando novas linguagens e formas de disseminar informação.
São João do Polêsine - Silvane de Fátima WeippertCursoTICs
1. O documento discute o potencial das tecnologias da informação e comunicação (TICs) para apoiar a educação ambiental, notando que as TICs podem facilitar o ensino-aprendizagem e a conscientização ecológica.
2. É revisada a literatura sobre o uso das TICs na educação em geral e os desafios de incorporá-las na educação ambiental.
3. As TICs podem ajudar a expandir os espaços de comunicação sobre meio ambiente e melhorar a qualidade e eficácia
Balanço de inovações em educação a distânciaAndrea Filatro
O documento analisa as inovações trazidas pela educação on-line em três aspectos: pedagógico, tecnológico e de gestão educacional. A educação on-line possibilita novas formas de comunicação, colaboração e acesso à informação em comparação à educação presencial. No entanto, é importante considerar como integrar adequadamente as metodologias presenciais e à distância.
UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAJovert Freire
As Redes Sociais Digitais (RSDs) estimulam o conectivismo na educação e são grandes parceiras da EAD, onde dão muito utilizadas como ferramentas de comunicação, possuírem enorme potencial facilitador do processo ensino-aprendizagem.
O uso das RSDs para fins educativos exige respaldo pedagógico e estratégias apropriadas para se desenvolver, para que os alunos aprendam colaborando, interagindo e compartilhando informações, premissas para a inserção adequada na vida profissional. Nesse sentido, o pedagogo deve se adaptar à inclusão digital e às nTICs, para acompanhar as gerações “ciberculturalizadas”, pois os alunos jovens se adaptam facilmente às tecnologias e nelas passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações, pois, interagir com a tecnologia possibilita desenvolver a criatividade, a interação, a seletividade e o interesse. Mas, o potencial de conhecimento construtivo produzido pelas nTICs deve ser ponderado com o seu potencial de má utilização e cabe ao educador perceber e orientar o aluno para os reais valores e ao uso criterioso, ético e responsável, estimular o conhecimento racional e compreender as necessidades empíricas dos educandos. Assim, na busca de um resultado cada vez melhor, a seleção refinada do conteúdo deve descartar o que não é significativo e aprimorar o que é bom, se adquirindo conhecimento de forma mais aperfeiçoada, priorizando o saber verdadeiro e não simplesmente o “cumprir metas”. Este parece ser o atual desafio da EAD e deve ser direcionado para servir ao benefício da humanidade, da natureza e da nossa nave mãe: a Terra.
São João do Polêsine - Andreia Vedoin CieloCursoTICs
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso de blogs como ferramenta pedagógica em uma escola municipal. A pesquisa utilizou métodos qualitativos como entrevistas e atividades práticas com alunos para analisar como o blog da escola foi construído e como pode ser usado para promover o compartilhamento e discussão de ideias entre professores, alunos e comunidade.
O documento descreve uma pesquisa sobre os modos de uso da internet por professores do ensino fundamental em escolas públicas e privadas do Distrito Federal. A pesquisa identificou quatro modalidades de navegação na internet e indica que os professores podem avançar no uso educacional da internet, embora a estrutura escolar convencional apresente limitações. A pesquisa analisou como vinte professores usam a internet em suas aulas para fornecer conteúdo e atividades aos alunos.
Este documento descreve uma pesquisa sobre as narrativas de pais e professores sobre os usos das tecnologias digitais em espaços rurais. A pesquisa foi realizada em duas fases e analisou como as tecnologias digitais são integradas na vida familiar e escolar, bem como as perspectivas sobre seu uso educacional. Os achados indicam que as tecnologias digitais desempenham um papel importante na família, embora seu uso na escola tenha sido esporádico apesar do seu potencial.
A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda fazendo e reconheça sua autoria no que produz por meio de questões investigativas que o impulsionam a contextualizar conceitos conhecidos e descobrir novos. É essencial integrar as mídias de forma significativa no desenvolvimento dos projetos, considerando as especificidades de cada mídia no processo de ensino-aprendizagem. A formação de professores deve proporcionar conhecimentos técnicos e pedagógicos para integrar adequadamente as tecnologias disponíveis em pro
O documento discute como a tecnologia da informação e comunicação está revolucionando a educação, permitindo novas formas de ensino e aprendizagem. É importante analisar como as ferramentas digitais impactam o processo educativo e como elas já estão sendo usadas no Brasil. As universidades precisam adotar novos paradigmas tecnológicos e metodológicos para continuarem oferecendo qualidade e competindo com outras instituições.
O documento discute o uso das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem. Apresenta conceitos de educomunicação e ferramentas como Twitter e Facebook. Também descreve uma pesquisa com questionários aplicados a educadores sobre o uso destas redes sociais em sala de aula e conclui que seu uso deve ser estimulado, apesar da necessidade de ampliar habilidades de comunicação e educação no manejo das tecnologias.
NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: QUEM USA A FAVOR DE QUEM ...Bianca Santana
Este documento discute a pesquisa sobre o uso educativo de novas tecnologias como computadores na educação de jovens e adultos, com o objetivo de subsidiar políticas públicas e formação de professores. A pesquisa analisará como as tecnologias são usadas em escolas públicas, mapeando usos e desenvolvendo uma tipologia, e estudando práticas pedagógicas em escolas. O documento também apresenta referencial teórico sobre como as tecnologias podem expandir capacidades ou reforçar exclusão, dependendo de quem as us
Percursos da inclusão digital em comunidades rurais (2º congr. literacia medi...luisa aires
Este documento resume uma apresentação sobre a inclusão digital em espaços rurais, baseada em entrevistas com pais e professores em 2009-2010 e 2013. Apresenta os principais pontos da investigação empírica realizada, incluindo os cronótopos identificados nas duas fases do estudo, que refletem as relações culturais em torno da apropriação das tecnologias digitais na família e escola.
O documento discute o uso da internet para ensinar alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele descreve um projeto em uma escola que ensinou alunos sobre computadores e uso da internet, criando contas no Facebook para atividades educacionais. A maioria dos alunos aprendeu bem com as aulas práticas, mostrando que a tecnologia pode ajudar a ensinar e comunicar estudantes da EJA.
A mediação pedagógica no uso da web 2.0 que possibilite a aprendizagem por me...aninhaw2
O documento discute o uso pedagógico da Web 2.0 e das redes sociais em sala de aula para promover a aprendizagem por meio da autoria. Argumenta-se que as novas tecnologias podem ser utilizadas para desenvolver a autonomia dos alunos e conectar as informações online de forma significativa. No entanto, é necessário que os professores recebam formação para lidar criticamente com essas ferramentas e discutam suas potencialidades e riscos com os estudantes.
1. O documento discute o papel do computador na família e na escola, com foco no uso do computador e internet para melhorar a aprendizagem.
2. Ele apresenta dados sobre o crescimento do uso de computadores e internet no Brasil, tanto nas famílias quanto nas escolas.
3. O autor defende que família e escola devem trabalhar em conjunto para orientar os alunos sobre como usar computadores e internet de forma segura e produtiva para a aprendizagem.
A importância das tecnologias digitais em sala de aula2marta santos
O documento discute a importância da inclusão das tecnologias digitais na educação, especialmente nas escolas públicas. Argumenta que as tecnologias podem potencializar a construção do conhecimento de forma coletiva, mas é necessário novas práticas educacionais, como a educação em redes, para que os alunos se sintam inseridos no mundo contemporâneo. Também destaca o desafio dos professores de acompanhar as mudanças tecnológicas e repensar seu papel diante da educação em rede.
Três de Maio - Arlete Justina Monegat HamerskiCursoTICs
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso da internet de forma segura no ensino-aprendizagem. A pesquisa envolveu professores e alunos de uma escola pública e analisou o uso de uma WebQuest para promover a interação e construção colaborativa de conhecimento. A autora relata como a WebQuest ajudou a motivar professores e alunos a usarem recursos tecnológicos de forma segura e prazerosa.
Este documento descreve uma pesquisa sobre a integração de ferramentas digitais como o Google Earth e Google Maps no ensino de geografia. Ele discute como essas ferramentas podem complementar o processo de ensino-aprendizagem ao permitir que os estudantes visualizem e interajam com mapas de forma interativa. O documento também analisa como essas ferramentas podem ajudar os estudantes a produzir conhecimento de forma mais efetiva do que apenas com livros didáticos e mapas impressos.
Este documento discute a importância do uso de tecnologias da informação e comunicação na educação infantil. Ele analisa as ferramentas tecnológicas mais utilizadas por professores e as dificuldades encontradas, concluindo que as tecnologias podem contribuir para atividades significativas se os professores forem capacitados em seu uso.
Este documento resume um artigo acadêmico que explora as relações entre professores "imigrantes digitais" e alunos "nativos digitais" no contexto educacional. O artigo investiga se a falta de uso de recursos tecnológicos nas escolas se deve à falta de formação digital dos professores e analisa os desafios de professores analógicos ensinando alunos digitais.
Projecto de tese | Doutoramento em Ciências da Comunicação (UBI 2011)Marco Pinheiro
O documento discute a contribuição das comunidades virtuais de desenvolvimento de software livre na construção de ferramentas e tecnologias web, tomando como estudo de caso a comunidade Drupal-pt. Aborda o papel das comunidades no desenvolvimento do CMS Drupal e sua utilização em diversos contextos, além de apresentar brevemente a estrutura da comunidade portuguesa.
O documento discute os recursos multimídias aplicados na sala de aula da educação infantil. Ele explica que as novas tecnologias são uma realidade nas escolas brasileiras e podem ser usadas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem se utilizadas de forma adequada e planejada. O documento também discute como recursos como projetores multimídia e ambientes virtuais de aprendizagem podem ser usados de forma a enriquecer a aprendizagem das crianças na educação infantil.
Este documento discute a importância das tecnologias da informação e comunicação no contexto escolar. Ele reflete sobre como as TICs podem ser usadas para melhorar o processo de ensino-aprendizagem, desenvolvendo habilidades como pensamento crítico e produção de conhecimento. Também aborda como a escola deve se adaptar à sociedade tecnológica, incorporando novas linguagens e formas de disseminar informação.
São João do Polêsine - Silvane de Fátima WeippertCursoTICs
1. O documento discute o potencial das tecnologias da informação e comunicação (TICs) para apoiar a educação ambiental, notando que as TICs podem facilitar o ensino-aprendizagem e a conscientização ecológica.
2. É revisada a literatura sobre o uso das TICs na educação em geral e os desafios de incorporá-las na educação ambiental.
3. As TICs podem ajudar a expandir os espaços de comunicação sobre meio ambiente e melhorar a qualidade e eficácia
Balanço de inovações em educação a distânciaAndrea Filatro
O documento analisa as inovações trazidas pela educação on-line em três aspectos: pedagógico, tecnológico e de gestão educacional. A educação on-line possibilita novas formas de comunicação, colaboração e acesso à informação em comparação à educação presencial. No entanto, é importante considerar como integrar adequadamente as metodologias presenciais e à distância.
UMA INVESTIGAÇÃO DO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIAJovert Freire
As Redes Sociais Digitais (RSDs) estimulam o conectivismo na educação e são grandes parceiras da EAD, onde dão muito utilizadas como ferramentas de comunicação, possuírem enorme potencial facilitador do processo ensino-aprendizagem.
O uso das RSDs para fins educativos exige respaldo pedagógico e estratégias apropriadas para se desenvolver, para que os alunos aprendam colaborando, interagindo e compartilhando informações, premissas para a inserção adequada na vida profissional. Nesse sentido, o pedagogo deve se adaptar à inclusão digital e às nTICs, para acompanhar as gerações “ciberculturalizadas”, pois os alunos jovens se adaptam facilmente às tecnologias e nelas passam a testar hipóteses, refazer raciocínios e estabelecer correlações, pois, interagir com a tecnologia possibilita desenvolver a criatividade, a interação, a seletividade e o interesse. Mas, o potencial de conhecimento construtivo produzido pelas nTICs deve ser ponderado com o seu potencial de má utilização e cabe ao educador perceber e orientar o aluno para os reais valores e ao uso criterioso, ético e responsável, estimular o conhecimento racional e compreender as necessidades empíricas dos educandos. Assim, na busca de um resultado cada vez melhor, a seleção refinada do conteúdo deve descartar o que não é significativo e aprimorar o que é bom, se adquirindo conhecimento de forma mais aperfeiçoada, priorizando o saber verdadeiro e não simplesmente o “cumprir metas”. Este parece ser o atual desafio da EAD e deve ser direcionado para servir ao benefício da humanidade, da natureza e da nossa nave mãe: a Terra.
São João do Polêsine - Andreia Vedoin CieloCursoTICs
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso de blogs como ferramenta pedagógica em uma escola municipal. A pesquisa utilizou métodos qualitativos como entrevistas e atividades práticas com alunos para analisar como o blog da escola foi construído e como pode ser usado para promover o compartilhamento e discussão de ideias entre professores, alunos e comunidade.
O documento descreve uma pesquisa sobre os modos de uso da internet por professores do ensino fundamental em escolas públicas e privadas do Distrito Federal. A pesquisa identificou quatro modalidades de navegação na internet e indica que os professores podem avançar no uso educacional da internet, embora a estrutura escolar convencional apresente limitações. A pesquisa analisou como vinte professores usam a internet em suas aulas para fornecer conteúdo e atividades aos alunos.
Este documento descreve uma pesquisa sobre as narrativas de pais e professores sobre os usos das tecnologias digitais em espaços rurais. A pesquisa foi realizada em duas fases e analisou como as tecnologias digitais são integradas na vida familiar e escolar, bem como as perspectivas sobre seu uso educacional. Os achados indicam que as tecnologias digitais desempenham um papel importante na família, embora seu uso na escola tenha sido esporádico apesar do seu potencial.
A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda fazendo e reconheça sua autoria no que produz por meio de questões investigativas que o impulsionam a contextualizar conceitos conhecidos e descobrir novos. É essencial integrar as mídias de forma significativa no desenvolvimento dos projetos, considerando as especificidades de cada mídia no processo de ensino-aprendizagem. A formação de professores deve proporcionar conhecimentos técnicos e pedagógicos para integrar adequadamente as tecnologias disponíveis em pro
O documento discute como a tecnologia da informação e comunicação está revolucionando a educação, permitindo novas formas de ensino e aprendizagem. É importante analisar como as ferramentas digitais impactam o processo educativo e como elas já estão sendo usadas no Brasil. As universidades precisam adotar novos paradigmas tecnológicos e metodológicos para continuarem oferecendo qualidade e competindo com outras instituições.
O documento discute o uso das redes sociais no processo de ensino e aprendizagem. Apresenta conceitos de educomunicação e ferramentas como Twitter e Facebook. Também descreve uma pesquisa com questionários aplicados a educadores sobre o uso destas redes sociais em sala de aula e conclui que seu uso deve ser estimulado, apesar da necessidade de ampliar habilidades de comunicação e educação no manejo das tecnologias.
NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: QUEM USA A FAVOR DE QUEM ...Bianca Santana
Este documento discute a pesquisa sobre o uso educativo de novas tecnologias como computadores na educação de jovens e adultos, com o objetivo de subsidiar políticas públicas e formação de professores. A pesquisa analisará como as tecnologias são usadas em escolas públicas, mapeando usos e desenvolvendo uma tipologia, e estudando práticas pedagógicas em escolas. O documento também apresenta referencial teórico sobre como as tecnologias podem expandir capacidades ou reforçar exclusão, dependendo de quem as us
Percursos da inclusão digital em comunidades rurais (2º congr. literacia medi...luisa aires
Este documento resume uma apresentação sobre a inclusão digital em espaços rurais, baseada em entrevistas com pais e professores em 2009-2010 e 2013. Apresenta os principais pontos da investigação empírica realizada, incluindo os cronótopos identificados nas duas fases do estudo, que refletem as relações culturais em torno da apropriação das tecnologias digitais na família e escola.
O documento discute o uso da internet para ensinar alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ele descreve um projeto em uma escola que ensinou alunos sobre computadores e uso da internet, criando contas no Facebook para atividades educacionais. A maioria dos alunos aprendeu bem com as aulas práticas, mostrando que a tecnologia pode ajudar a ensinar e comunicar estudantes da EJA.
A mediação pedagógica no uso da web 2.0 que possibilite a aprendizagem por me...aninhaw2
O documento discute o uso pedagógico da Web 2.0 e das redes sociais em sala de aula para promover a aprendizagem por meio da autoria. Argumenta-se que as novas tecnologias podem ser utilizadas para desenvolver a autonomia dos alunos e conectar as informações online de forma significativa. No entanto, é necessário que os professores recebam formação para lidar criticamente com essas ferramentas e discutam suas potencialidades e riscos com os estudantes.
1. O documento discute o papel do computador na família e na escola, com foco no uso do computador e internet para melhorar a aprendizagem.
2. Ele apresenta dados sobre o crescimento do uso de computadores e internet no Brasil, tanto nas famílias quanto nas escolas.
3. O autor defende que família e escola devem trabalhar em conjunto para orientar os alunos sobre como usar computadores e internet de forma segura e produtiva para a aprendizagem.
A importância das tecnologias digitais em sala de aula2marta santos
O documento discute a importância da inclusão das tecnologias digitais na educação, especialmente nas escolas públicas. Argumenta que as tecnologias podem potencializar a construção do conhecimento de forma coletiva, mas é necessário novas práticas educacionais, como a educação em redes, para que os alunos se sintam inseridos no mundo contemporâneo. Também destaca o desafio dos professores de acompanhar as mudanças tecnológicas e repensar seu papel diante da educação em rede.
Três de Maio - Arlete Justina Monegat HamerskiCursoTICs
O documento descreve uma pesquisa sobre o uso da internet de forma segura no ensino-aprendizagem. A pesquisa envolveu professores e alunos de uma escola pública e analisou o uso de uma WebQuest para promover a interação e construção colaborativa de conhecimento. A autora relata como a WebQuest ajudou a motivar professores e alunos a usarem recursos tecnológicos de forma segura e prazerosa.
Este documento descreve uma pesquisa sobre a integração de ferramentas digitais como o Google Earth e Google Maps no ensino de geografia. Ele discute como essas ferramentas podem complementar o processo de ensino-aprendizagem ao permitir que os estudantes visualizem e interajam com mapas de forma interativa. O documento também analisa como essas ferramentas podem ajudar os estudantes a produzir conhecimento de forma mais efetiva do que apenas com livros didáticos e mapas impressos.
Este documento discute a importância do uso de tecnologias da informação e comunicação na educação infantil. Ele analisa as ferramentas tecnológicas mais utilizadas por professores e as dificuldades encontradas, concluindo que as tecnologias podem contribuir para atividades significativas se os professores forem capacitados em seu uso.
Este documento resume um artigo acadêmico que explora as relações entre professores "imigrantes digitais" e alunos "nativos digitais" no contexto educacional. O artigo investiga se a falta de uso de recursos tecnológicos nas escolas se deve à falta de formação digital dos professores e analisa os desafios de professores analógicos ensinando alunos digitais.
Este documento descreve um estudo de caso realizado em uma escola pública no município de Três de Maio, RS para investigar as causas da subutilização da sala digital. O estudo utilizou questionários online com professores para entender as dificuldades no uso das TICs e os conhecimentos dos professores sobre tecnologia. Os resultados mostraram que o principal motivo para a subutilização é o conhecimento insuficiente dos professores sobre informática e TICs.
1. O documento discute o uso do programa EdiLim para criar um objeto de aprendizagem sobre vogais e animais para alunos com deficiência intelectual.
2. O objeto de aprendizagem foi desenvolvido e aplicado com 6 alunos e incluiu atividades como ligar imagens, ordenar vogais, memória e caça-palavras.
3. Criar o objeto de aprendizagem ajudou a entender a importância de considerar a realidade do aluno com deficiência intelectual para propor aprendizagens signific
Este documento apresenta uma pesquisa realizada no Colégio Dom Hermeto em Três de Maio, RS sobre o uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) no contexto escolar. O objetivo foi levantar quais recursos tecnológicos são usados por professores e alunos, analisar os objetivos dos professores ao usar TICs, e entender a postura dos alunos sobre o uso dessas ferramentas. A pesquisa aplicou questionários e entrevistas, e encontrou que a escola usa um portal educ
Três de Maio - Maria Iraci Cardoso TuzzinCursoTICs
Este documento descreve uma pesquisa sobre o uso de um objeto de aprendizagem online para melhorar as habilidades de leitura e escrita de alunos do 5o ano do ensino fundamental. Os resultados do SAERS de 2009 mostraram que os alunos precisavam melhorar nestas áreas. A pesquisa analisou 50% de uma turma após o uso do objeto de aprendizagem e encontrou melhorias nas estratégias de leitura e processamento de texto.
Três de Maio - Laenir Ana Busanello SipmannCursoTICs
Este artigo apresenta um estudo de caso sobre como o uso de um blog colaborativo contribui para a construção de conhecimentos em produção textual com alunos do ensino médio. Os alunos pesquisaram sobre preservação ambiental no blog e escreveram textos dissertativos. Os resultados mostraram que o blog motivou os alunos e melhorou suas habilidades de argumentação e uso crítico da internet para aprendizagem.
Este documento discute o uso de museus virtuais como ferramenta educacional para estudantes do ensino fundamental. Ele apresenta o Museu Imperial Virtual como exemplo e descreve como os estudantes podem virtualmente explorar os quartos e salas do palácio para aprender sobre a vida e costumes do período imperial brasileiro. O documento argumenta que visitar museus virtuais pode complementar o ensino tradicional de forma interativa e envolvente para os alunos.
Três de Maio - Flávia Hitomi Takei de MattosCursoTICs
O documento discute o uso de mapas conceituais na aprendizagem de ciências na 5a série. Mapas conceituais foram construídos por alunos usando o programa Cmap Tools para relacionar conceitos de ciências. Inicialmente, os alunos tiveram resistência, mas melhoraram na construção de mapas com explicações e cores. Os mapas conceituais melhoraram a aprendizagem, concentração e resultados dos alunos em ciências.
Três de Maio - Emilene Andréa EichelbergerCursoTICs
Este documento descreve o uso de uma webquest como ferramenta motivadora para alunos do 7o ano em aulas de ciências. A webquest foi desenvolvida para introduzir o conteúdo sobre anfíbios e envolver os alunos através de imagens, informações e trabalho em grupo. O objetivo era melhorar o interesse dos alunos no assunto e desenvolver habilidades de cooperação.
Três de Maio - Claudenir Beatriz GrizottiCursoTICs
Este documento discute o uso de jogos educativos online como ferramentas de aprendizagem na sala de aula. Ele relata uma experiência de construção de um ambiente virtual educativo para integrar tecnologia e práticas pedagógicas. O objetivo é promover o acesso dos professores a esses recursos e aprimorar sua formação tecnológica.
Este documento descreve uma pesquisa sobre as competências e habilidades de tutores presenciais em um curso de Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). O documento apresenta a metodologia da pesquisa qualitativa realizada por meio de questionários com tutores presenciais. Os resultados descrevem as principais ferramentas e habilidades utilizadas por tutores presenciais de TICs em seu trabalho.
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Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
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Santana do Livramento - Pórcia Guimarães Vasconcellos
1. PÓLO: Santana do Livramento
DISCIPLINA: Elaboração de Artigo Científico
PROFESSOR ORIENTADOR: Marcos Luís Cassal
07/12/2010
Trocas Interdisciplinares em Projetos com o Uso da Internet
Exchanges Interdisciplinary Projects with the Use of Internet
VASCONCELLOS, Pórcia Guimarães
Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais – Universidade Federal do Paraná
RESUMO
O crescente trabalho com projetos interdisciplinares nas escolas motiva a escolha deste tema,
com o propósito de identificar os possíveis fatores que facilitam ou dificultam o processo de
interação e comunicação da comunidade escolar em projetos, com o uso da Internet. Investigam-
se os aspectos conceituais, metodológicos e potenciais da interdisciplinaridade com projetos para
promover o uso das T IC e a interação entre os integrantes da comunidade escolar. O problema
que se propõe analisar é como viabilizar a interação entre os professores e dos professores com a
comunidade escolar nos projetos interdisciplinares, mediada pela Internet. Utiliza-se de estudos e
dados de pesquisa divulgados em dissertações e artigos sobre a interdisciplinaridade,
metodologia de projetos, interação mediada pelas T IC, ferramentas da Internet e sites de redes
sociais. Entende-se que o potencial das TIC em projetos interdisciplinares por si só não garante o
seu uso e que as dificuldades não se restringem ao acesso, conhecimento e manuseio dos
recursos da Internet. Outros fatores ligados ao domínio, entendimento e planejamento da
interdisciplinaridade e da metodologia de projetos, assim como as formas das relações que se
estabelecem entre professores, gestores, funcionários, alunos e pais interferem na prática de uso
2. da Internet para planejar, desenvolver e avaliar os projetos interdisciplinares. O importante é criar
estratégias informais para propiciar a interação da comunidade escolar, criando e fortalecendo
vínculos afetivos e de pertencimento. Com base nos estudos realizados, é feita uma proposta de
interação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares, com o uso de ferramentas da
Internet e sites de redes sociais, que está sendo aplicada em uma escola da rede municipal de
Sant’Ana do Livramento.
Palavras-chave:
Interdisciplinaridade, Projeto, T IC
ABSTRACT
The growing interdisciplinary project work in schools motivates the choice of this theme, in order to
identify possible factors that facilitate or hinder the process of interaction and communication of the
school community in projects, using the Internet. It investigates the conceptual, methodological and
potential of interdisciplinary projects to promote the use of ICT and the interaction between
members of the school community. The problem is to analyze is how make the interaction between
teachers and teachers with the educational community in interdisciplinary projects, mediated by the
Internet. It is used for studies and research data published in articles and dissertations on
interdisciplinarity, design methodology, interaction mediated by ICT tools of the Internet and social
networking sites. It is understood that the potential of ICT in interdisciplinary projects alone will not
guarantee their use and the difficulties are not restricted access, knowledge and management of
Internet resources. Other factors related to the field, understanding and planning of inter-and the
design methodology as well as the shapes of the relationships established between teachers,
administrators, staff, students and parents to interfere in the practice of using the Internet to plan,
develop and evaluate interdisciplinary projects. The important thing is to create strategies to
facilitate informal interaction of the school community, creating and strengthening bonds of
affection and belonging. Based on studies, there is a proposal to integrate the school community in
interdisciplinary projects, with the use of web tools and social networking site, which is being
applied in a school in the Municipality of Sant’Ana do Livramento.
Key-words:
Interdisciplinarity, Design, ICT
1. INTRODUÇÃO
O crescente uso das TIC no cotidiano dos indivíduos tem sido um fator de pressão
para a inserção das novas tecnologias nas escolas. Cada vez mais, as TIC têm sido
introduzidas no ambiente escolar, por alunos e professores com seus recursos próprios
ou pelo poder institucional, com a instalação de equipamentos em salas de informática ou
nos setores administrativos.
3. Assim, tem se combinado iniciativas individuais e coletivas para a informatização
do ensino-aprendizagem, e não são poucas as iniciativas institucionais para a formação
de professores e gestores, nesta área, havendo uma crescente capacitação dos
profissionais da educação e com acesso aos equipamentos informatizados.
No entanto, sabendo que há educadores com, pelo menos, alguma capacitação no
uso das novas tecnologias, que existem alunos interessados e motivados e alguns
recursos tecnológicos disponíveis, geralmente em laboratórios de informática e na
secretaria ou de uso pessoal de professores e alunos, percebe-se que muitas escolas
ainda apresentam um baixo aproveitamento das TIC no processo de interação e
comunicação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares. Como se podem
explicar estas dificuldades? Pela falta de conhecimento ou de domínio no manuseio das
ferramentas interativas das TIC? Pela falta de experiência com a metodologia de projetos
com o uso das TIC? Pelas dificuldades de interação dos professores com a comunidade
escolar? Pelas dificuldades de implantar a interdisciplinaridade, na escola?
Por que algumas escolas estão tendo mais sucesso que outras, nesta área?
Compreende-se que o sucesso não depende só dos recursos disponíveis, mas se baseia
no referencial humano. Interessa saber como as pessoas se relacionam para
conseguirem implantar as TIC na educação, em projetos interdisciplinares.
Neste artigo, o que se propõe é buscar subsídios para viabilizar a interação entre
os professores e dos professores com a comunidade escolar nos projetos
interdisciplinares, com o uso de ferramentas da Internet e sites de redes sociais.
O contexto interdisciplinar envolve, principalmente, os alunos e professores das
diversas disciplinas, devendo abranger, também, os demais integrantes da comunidade
escolar. Por comunidade entende-se, conforme Hamman (1997, apud FILHO et al, 2005),
que é “formada por grupos de pessoas que compartilham de alguma forma interação
social, possuindo alguns laços comuns e que utilizem o mesmo espaço físico por algum
tempo, caracterizando assim uma razão para a sua existência”. Sendo assim, no âmbito
deste trabalho, comunidade escolar tem como referência os alunos, professores,
gestores, funcionários e pais.
O termo TIC tem como referência o computador e a Internet. Empresta-se de
Godoy (2009), a “definição do termo TIC como os recursos tecnológicos que aplicam as
funções da informação e comunicação, em suas diversas formas, que são em seu cerne o
computador e a Internet”, que é baseada nos entendimentos de Barbosa et al (2004, apud
GODOY, 2009):
4. Todas as demais tecnologias (telefone, rádio, TV, vídeo, áudio etc.), que antes
eram utilizadas separadamente, hoje foram todas integradas através do
computador e seus periféricos – câmaras de vídeo, impressoras, conexão à
Internet, leitores e gravadores de discos óticos, sistemas de áudio, estações de
rádio e TV acessíveis via Internet, entre outros (BARBOSA et al, 2004, p.3).
Com vista a dar algumas respostas às indagações apresentadas, neste artigo, será
feita uma revisão da literatura sobre: o conceito de interdisciplinaridade e equivalentes; as
dificuldades e exigências para a realização da interdisciplinaridade; as dificuldades na
interdisciplinaridade com projetos; as abordagens conceituais da metodologia de projetos;
o potencial interativo das TIC; os aspectos que facilitam e dificultam a interação, com o
uso das TIC; algumas ferramentas da Internet e sites de rede sociais, suas definições e
aplicações.
Com base nos estudos e dados levantados na pesquisa bibliográfica será feita uma
proposta de interação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares, com o uso da
Internet e serão apresentados os resultados preliminares da aplicação desta proposta, de
acordo com o contexto, em uma escola da rede municipal de ensino fundamental,
localizada na área urbana de Sant’Ana do Livramento – R S.
2. INTERDISCIPLINARIDADE: INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR E ATITUDES
Em muitas escolas, a necessidade de integração das disciplinas, num mundo que
está “cada vez mais interconectado, interdisciplinarizado e complexo”, convive com uma
organização de ensino fragmentada, estanque, desarticulada e sem comunicação entre
os currículos. (THIESEN, 2008).
O interesse pela interdisciplinaridade tem sido percebido pelos inúmeros textos,
monografias e artigos científicos divulgados sobre este tema, pelos Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCNs, pela demanda de gestões de escolas, de secretarias de
educação e pelas iniciativas de professores.
2.1 Formas de Integração Disciplinar
É corrente o uso do termo “interdisciplinar” em documentos e projetos
educacionais, mas a literatura mostra que não há consenso sobre o conceito e aplicação
deste termo, que tem sido analisado em relação aos conceitos de multidisciplinaridade ou
5. pluridisciplinaridade e transdisciplinaridade. (POMBO, 1993). Então, como designar as
diversas experiências de ensino, uma atividade ou projeto escolar, como multidisciplinar,
pluridisciplinar, interdisciplinar ou transdisciplinar?
Cardoso et al (2008) comentando os estudos de Fazenda (2000) e Bordoni (2005),
apontam que a multidisciplinaridade ocorre quando se trabalham diferentes conteúdos de
disciplinas distintas num mesmo momento, sem integração entre eles. A
pluridisciplinaridade “ocorre quando um único tema é desenvolvido por várias disciplinas
com objetivos distintos”, sem integração entre as disciplinas. A interdisciplinaridade,
“propõe a partir de uma coordenação geral, a integração de objetivos, atividades,
procedimentos e planejamentos, visando o intercâmbio, a troca, o conhecimento conexo e
não mais a compartimentalização das disciplinas”. Exige cooperação entre as disciplinas.
Na transdisciplinaridade “se torna impossível distinguir onde começa e onde termina cada
disciplina”, busca-se a unificação das disciplinas.
Gattás e Furegato (2006) segundo os entendimentos de Fazenda (2001), Severino
(2000), Pombo (2004) e Luck (2000) afirmam que a interdisciplinaridade é mais do que a
pluridisciplinaridade, vista como equivalente à multidisciplinaridade e menos do que a
transdisciplinaridade. É entendida como intermediária num processo de crescente
articulação entre duas ou mais disciplinas, estando entre o ponto mínimo
(multidisciplinaridade) e o ponto máximo (transdisciplinaridade) de integração das
disciplinas.
De acordo com a interpretação de Silva (2007) sobre os estudos de Pombo (2004),
as disciplinas podem ter uma relação que:
[...] se inicia com a simples coordenação à combinação e resulta na fusão. Em
algumas perspectivas poderá ser importante a simples coordenação, mas em
outras a fusão se revelará mais apropriada. A pesquisa interdisciplinar não deve
passar obrigatoriamente por alguma das etapas descritas, assim como não há um
nível melhor ou pior, mas que seja apropriado a determinados contextos.
2.2 Atitudes Interdisciplinares
Segundo Gattás e Furegato (2006), o aspecto fundamental do trabalho
interdisciplinar é a “troca de conhecimentos que acontece no interior das interações”.
Ainda, para as autoras, são muitas as visões sobre a interdisciplinaridade, mas o que elas
têm em comum é uma atitude de cooperação, diálogo, respeito à diversidade,
colaboração, humildade. É um processo que envolve integração e engajamento de
6. educadores, trabalho conjunto. É o esforço de superar a fragmentação do conhecimento,
e alcançar alguma forma de integração e colaboração entre duas ou mais disciplinas,
dentro ou fora da sala de aula.
Nesse sentido, Thiesen (2008) conclui que a interdisciplinaridade requer uma
atitude de colaboração, cooperação e desejar partilhar um saber. Assim, também pode
ser pensada em termos de poder, uma vez que todo saber comporta um poder, sem a
pretensão de anulá-lo, mas de partilhá-lo (POMBO, 2004, apud THIESEN, 2008).
Thiesen (2008), de acordo com Fazenda (1979), sustenta que é preciso ter uma
atitude interdisciplinar “manifestada no compromisso profissional do educador, no
envolvimento com os projetos de trabalho, na busca constante de aprofundamento
teórico” e na postura ética em relação à construção do conhecimento. Acrescenta ainda,
que a escola também deve ser uma instituição interdisciplinar e para isso a “sua
organização curricular, pedagógica e didática deve considerar a pluralidade de vozes, de
concepções, de experiências, de ritmos, de culturas, de interesses.” (THIESEN, 2008).
Embora a temática da interdisciplinaridade esteja em debate nas secretarias de
educação e nas escolas, as experiências interdisciplinares ainda são limitadas. Dentre as
razões identificas por Thiesen (2008), estão: uma formação universitária no modelo
disciplinar, a fragmentação dos currículos escolares, “a resistência dos educadores
quando questionados sobre os limites, a importância e a relevância de sua disciplina”. E
ainda, conforme Luck (2001, apud THIESEN, 2008):
O estabelecimento de um trabalho de sentido interdisciplinar provoca como toda
ação a que não se está habituado, sobrecarga de trabalho, certo medo de errar,
de perder privilégios e direitos estabelecidos. A orientação para o enfoque
interdisciplinar na prática pedagógica implica romper hábitos e acomodações,
implica buscar algo novo e desconhecido. É certamente um grande desafio.
Para aplicar a interdisciplinaridade na educação é necessário rever não só os
aspectos cognitivos, mas também que haja uma mudança nas atitudes dos profissionais
envolvidos e na organização do espaço escolar, bem como uma nova compreensão das
relações de poder na escola. Além disso, pode-se pensar que o nível de coordenação,
cooperação e comunicação entre os integrantes da comunidade escolar tem relação com
o estilo de gestão adotado pela instituição escolar. É preciso refletir sobre as relações
estabelecidas no ambiente escolar, pois a qualidade das relações entre os professores,
gestores, funcionários, alunos e pais é imprescindível para que ocorra a
interdisciplinaridade.
7. 3. A INTERDISCIPLINARIDADE COM PROJETOS
Para Moura e Barbosa (2008, p. 23, apud ARAÚJO, 2009), um projeto educacional
pode ser definido, como:
Um empreendimento de duração finita, com objetivos claramente definidos em
função de problemas, oportunidades, necessidades, desafios ou interesses de um
sistema educacional, de um educador ou grupo de educadores, com a finalidade
de planejar, coordenar e executar ações voltadas para a melhoria de processos
educativos e de formação humana, em diferentes níveis e contextos.
Araújo (2009) aponta que Moura e Barbosa (2008) identificam cinco tipos de
projetos: “projeto de pesquisa, projeto de intervenção, projeto de desenvolvimento
(produto), projeto de ensino e projeto de trabalho (de aprendizagem)” e eles podem
ocorrer de forma articulada e não excludentes. Nas palavras de Araújo (2009), segundo
os entendimentos de Moura e Barbosa (2008), pode- se distinguir os projetos, da seguinte
forma:
a. projeto de intervenção: desenvolvidos com o objetivo de promover uma
intervenção através da introdução de modificações na estrutura e/ou na dinâmica
do sistema ou organização, afetando positivamente seu desempenho em função
de problemas que resolve ou de necessidades que atende;
b. projetos de pesquisa: tem por objetivo a obtenção de conhecimentos sobre
determinado problema, questão ou assunto, com garantia de verificação
experimental;
c. projeto de desenvolvimento (ou produto): ocorrem com a finalidade de produção
ou implantação de novas atividades, serviços ou produtos;
d. projeto de ensino: são dirigidos à melhoria no processo ensino-aprendizagem.
Referem-se ao exercício das funções do professor;
e. projetos de trabalho: são desenvolvidos por alunos no contexto escolar, sob a
orientação de um ou mais professores e tem por objetivo a aprendizagem de
conceitos, aquisição de conhecimentos, desenvolvimento de habilidades
específicas e valores.
Segundo Barbosa et al (2004, p.2, apud GODOY, 2009), a Metodologia de Projetos
é “uma estratégia de ensino aprendizagem que visa, por meio da investigação de um
tema ou problema, vincular teoria e prática” e busca romper com a organização
segmentada de disciplinas, promovendo uma articulação entre os conhecimentos.
3.1 Dificuldades com a Metodologia de Projetos
Na literatura, Araújo (2009) encontrou relatos de algumas dificuldades ao se
trabalhar com projetos, como: o “pouco tempo para planejar atividades, falta de apoio da
instituição, resistência de alunos e professores acostumados com aulas tradicionais”
(MORAN, 2000, apud ARAÚJO, 2009). Acrescenta o pouco domínio ou falta de
8. conhecimentos “sobre o que é um projeto e como trabalhar um projeto com os alunos” e a
falta de uma estrutura adequada na escola. (ARAÚJO, 2009).
Outros fatores apontados pela pesquisa de Araújo (2009) com professores foram:
indecisão quanto à escolha do projeto; falta de recursos, tais como, biblioteca, multimídia,
computadores, laboratórios; especificidades e características do grupo de alunos; falta de
motivação dos alunos; faixa etária dos alunos; saber o que realmente os alunos desejam
aprender; saber coordenar o projeto. A pesquisa revelou que muitos professores
trabalham com projetos sem um planejamento prévio e “aprendem a trabalhar com
projetos principalmente desenvolvendo projetos com seus alunos e com a equipe técnica
de suas escolas”.
De acordo com a pesquisa, os professores não viram como dificuldade para a
realização de projetos, a indisciplina dos alunos, a falta de apoio da equipe técnica, o
temor que os alunos não aprendam os conteúdos (pressão em relação aos conteúdos) e
a objeção dos pais. (ARAÚJO, 2009).
Os problemas no trabalho com projetos podem ser decorrentes das dificuldades
com a interdisciplinaridade frente ao regime tradicional; da obrigatoriedade da escola e
dos professores de cumprir os conteúdos de cada série; da questão do interesse do
professor em se manter atualizado e com uma atitude interdisciplinar; da dificuldade de
uma integração entre professores de diversas disciplinas, dificultando o diálogo sobre
conteúdos que possam ser abordados numa perspectiva interdisciplinar; da insegurança e
despreparo do professor com o trabalho interdisciplinar; da imposição de projetos
pluridisciplinares como sendo interdisciplinares, sem a contextualização, sem a
participação dos professores na escolha do tema e sem a orientação sobre a forma de
trabalho; e do motivo que “professores pertencentes a um projeto realmente
interdisciplinar necessitam estar sempre atualizados também no contexto de outras
disciplinas”. (CARDOSO et al, 2008).
3.2 Os Requisitos e o Potencial da Metodologia de Projetos
A pesquisa de Araújo (2009) também apontou algumas características necessárias
ao professor para trabalhar com projetos:
Ser atento, observador, paciente, ter criatividade, escutar bem, ser aprendiz, não
ter a arrogância da docência, ser humilde para aprender junto, gostar de
pesquisar, respeitar os alunos, perguntar mais do que dar respostas prontas, ter
interesse pelo aluno, saber o que o aluno quer aprender, com que intenção, ser
ousado para inovar, envolver as famílias dos alunos, não ter receio de abrir a sala
9. de aula para pessoas que possam contribuir com os projetos dos alunos,
compartilhar o que se aprende, conseguir coordenar o trabalho de equipe, ter uma
visão de mundo mais aberta, ser comprometido e interessado, gostar de fazer
coisas diferentes, trabalhar temas da atualidade, envolver os alunos,
contextualizar o ensino, não ser acomodado. O professor precisa romper com a
prática tradicional, com o ensino numa perspectiva conteudista, questionar os
métodos utilizados há tempos, gostar de investigar, ser questionador, flexível, ter
vontade de ensinar, não pode ser autoritário, precisa ser uma pessoa afetiva.
Necessita dispor de um tempo extra para trabalhar com projetos, ser reflexivo, ter
condição de se adaptar às mudanças, ser um bom negociador, comunicativo,
seguro, confiante em relação ao que faz, deve ter habilidade para registrar, deve
criar oportunidades para apresentar o projeto para a comunidade em feiras,
eventos da escola, reuniões. Precisa se adaptar à movimentação dos alunos, não
ser rígido, ser uma pessoa afetiva para saber lidar com o grupo, ser capaz de
trabalhar em equipe, ser organizado, saber lidar com uma “desorganização
positiva”, o barulho não pode incomodá-lo. É necessário, também, que o professor
tenha conhecimentos sobre o que é um projeto e como trabalhar um projeto com
os alunos.
Pode-se acrescentar, de acordo com Moura e Barbosa (2008, p.231, apud
ARAÚJO, 2009) a “capacidade para atuar de forma interdisciplinar” e afirmar que a
integração das TIC nos processos educativos também pode se realizar com a prática de
Metodologia de Projetos, que segundo Godoy (2009) é:
[...] uma forma de integrar as TIC nas escolas, favorecendo as mudanças que são
necessárias à educação, propiciando o desenvolvimento de competências e
habilidades e o equilíbrio entre a abstração e o desenvolvimento sensível e
sensório-motor, compensando a tendência de valorizar de forma exagerada a
informação e a dimensão virtual, atraindo o aluno para a sua realidade.
Estudos têm revelado que o trabalho com projetos melhora a qualidade da
aprendizagem com o envolvimento dos alunos, a superação da dicotomia entre o “saber”
e o “fazer, desenvolve habilidades de comunicação e na resolução de problemas, integra
as disciplinas, promove a comunicação e cooperação entre diferentes grupos de alunos, é
motivador para os alunos, serve para “envolver os pais e a comunidade no processo
educacional”. (BUCK, 2008, p.19 apud ARAÚJO, 2009).
Também, segundo Bello e Bassoi (2003, apud ARAÚJO, 2009):
O trabalho com projetos deve favorecer a qualidade da educação escolar uma vez
que as idéias de interdisciplinaridade e contextualização nele presentes a pontam
[...] para uma adoção de estratégias de ensino diversificadas, para uma
organização dos conteúdos em estudos ou áreas que propiciem uma visão não
fragmentada do conhecimento e, principalmente, o tratamento dos diferentes
conteúdos em associação direta a uma realidade sócio-cultural.
Godoy (2009) explica que a metodologia de projetos pode minimizar problemas de
mau uso da Internet, como obter informações erradas, a exposição excessiva às
informações, a formação de grupos com mais ou menos possibilidades de acesso as TIC,
o desinteresse pelo contato presencial e favorecer o uso adequado das TIC.
10. Para Araújo (2009), “apesar do potencial da MP [Metodologia de Projetos], tem-se
verificado grandes dificuldades por parte de escolas e professores para a aplicação dessa
metodologia”, pois, muitas vezes, “percebe-se que o conhecimento para trabalhar com
projetos decorre da prática na escola”, de suas próprias experiências e vivências e há
necessidade de formação dos professores, embora, segundo o autor, “é impossível
desconsiderar que a capacitação para a utilização da MP, ocorre também no dia-a-dia da
prática educativa junto aos alunos”.
De acordo com a revisão bibliográfica, pode-se confirmar o potencial da
Metodologia de Projetos para fazer a interdisciplinaridade e integrar as TIC na educação.
Entretanto, se por um lado existem dificuldades, tanto relacionadas com a
interdisciplinaridade como, também, com os conhecimentos sobre a Metodologia de
Projetos, não se pode deixar de comentar que ao enfrentar o desafio do trabalho, o
educador adquire conhecimentos, práticas, vivências que podem desencadear novas
percepções das relações entre as disciplinas e das relações com a comunidade escolar.
Com isto, não se espera “saber” para “fazer”, mas de querer “aprender” enquanto se “faz”,
respeitando os limites de cada um, dentro das possibilidades do ambiente escolar e,
principalmente, através da interação com a comunidade escolar.
4. INTERAÇÃO MEDIADA PELO USO DA INTERNET
Segundo Scheid (2008), a interação mediada pela Internet acontece em espaços
que se caracterizam pelo uso simultâneo de texto, som e imagem. A autora explica que a
interação se caracteriza por ser monológica (uma notícia on-line) ou dialógica (um chat);
pelos participantes poderem ou não partilhar o mesmo local e tempo; e por serem usados
diferentes recursos para transmitir e interpretar mensagens.
As TIC possibilitam novos modos de interação. Cada tipo de interação que,
segundo Primo (2001), pode ser mútua ou reativa, pressupõe um tipo diferente de
comunicação. Segundo Scheid (2008),
[...] uma instituição ou indivíduo [...] num processo de comunicação mediada por
computador, quando promove ou escolhe um determinado tipo de interação com o
outro, está caracterizando/definindo um processo de comunicação, está propondo
negociação por meio de interação mútua, ou transmitindo informações, via
processo de interação reativa.
11. Scheid (2008) com base nos estudos de Primo (2007) esclarece que o e-mail, o
chat, a videoconferência, a lista de discussão são exemplos de ferramentas que
possibilitam a interação mútua. “Na interação mútua o relacionamento vai se definindo ao
mesmo tempo em que acontecem os eventos interativos”. Os links, os sites são
processos de interação reativa, pois “há como prever qual será o resultado das trocas
comunicativas que irão ocorrer nesses espaços”.
Segundo Primo (2001) a interação mútua é aberta, negociada, enquanto que a
interação reativa é fechada, baseada no estímulo-resposta, predeterminada. Para o autor,
é nas interações mútuas que a Internet encontra a sua expressão máxima.
4.1 Distinções Conceituais: Interação e Interatividade
Recuero (2005), ao discorrer sobre os apontamentos de Primo (2007) sobre a
interação mútua e reativa, explica que:
[...] a interação é classificada pelo modo através do qual se utiliza o meio. A
interatividade é deste modo, uma característica do meio, mas não uma garantia
deste meio, pois depende dos usos que cada parte da relação comunicativa fizer.
[...]. No entanto, só é possível interagir de forma mútua, como a concebida por
Primo, se o meio permitir, oferecendo as ferramentas necessárias, se o meio
possuir a característica aberta, de via de duas mãos, para as trocas
comunicativas. E mesmo que o meio possua essa característica, é ainda,
necessário que os elementos ativos efetivamente realizem essas trocas para que
se possa afirmar que existe interatividade.
De acordo com Mendes et al (2008), a interatividade “ é vista como a possibilidade
da tecnologia de promover a interação, a participação e a construção” e a interação é
“uma ação recíproca entre dois ou mais autores [...]. É necessário que os participantes
interajam, se escutem, troquem idéias, se constituam como grupos e os comportamentos
individuais estimulam os outros”.
A interatividade ocorre entre a pessoa e o computador e a interação ocorre entre as
pessoas mediadas pelo computador. Segundo Amaral (2006),
A interatividade permite a co-autoria do usuário: ser o ator, ser o autor, organizar a
própria duração e o conteúdo do seu programa, estabelecer seu próprio discurso,
voltar atrás ou ir adiante, enviar, receber ou modificar conteúdos e mensagens,
entendidos como espaços de intervenção, de negociação inacabados.
4.2 A Instrumentalização da Interação
Dados de pesquisa referentes às interações em ambientes virtuais “demonstrou
que a interação e a cooperação acontecem de forma mais significativa, para a
12. aprendizagem, não simplesmente quando os recursos tecnológicos estão disponíveis,
mas quando a afetividade e a cognição estão articuladas no processo.” (VALENTINI;
LUCIANO; ANDREOLA, 2002).
Para Mendes et al (2008), da interação “dependerá a qualidade da comunicação e
de trocas de informação” e é fundamental para a construção do conhecimento em práticas
mediadas pela Internet.
Amaral (2006), segundo os apontamentos de Valente (1999, p.45), ressalta que:
[...] os recursos tecnológicos que possibilitam a manifestação e a interatividade
dos professores e alunos, mas a qualidade dessas ações depende da relação
sócio-afetiva entre professor-aluno e entre alunos. Nesse sentido, o desafio a ser
enfrentado se refere mais às estratégias utilizadas e o contato com os alunos, do
que a produção de materiais. Um ambiente com ferramentas interativas, por si só,
não é suficiente para se obter um nível satisfatório de interatividade [...].
Nesse sentido, não é suficiente disponibilizar as ferramentas de interação, o
fundamental é como se propõe a interação. Pensar em estratégias para estruturar o
ambiente virtual, visando facilitar o estabelecimento de uma relação afetiva. (VALENTINI;
LUCIANO; ANDREOLA, 2002).
Sendo assim, o uso das TIC por si só não torna a interação mais interessante, e,
sim, a atitude de cooperação, a comunicação e aproximação entre todos os participantes.
Para se obter uma maior eficiência no planejamento, desenvolvimento e avaliação de
projetos interdisciplinares com o uso das TIC é fundamental perceber como a
comunicação e as trocas ocorrem nos espaços de interação.
Já existem gratuitamente vários recursos na web para mediar a interação, tais
como a sala de chat, fóruns, blogs, Wiki, e-mail, links etc. A partir da utilização de
ferramentas de interação da Internet podem-se criar diferentes espaços para a construção
do conhecimento entre os participantes, através da comunicação síncrona e assíncrona.
Uma ferramenta assíncrona não necessita que as pessoas estejam simultaneamente
conectadas ao ambiente virtual, enquanto que uma ferramenta síncrona precisa que a
interação ocorra ao mesmo tempo e exige a participação simultânea. (PARCHEN, 2008).
A escolha da ferramenta disponível na Internet, segundo Parchen (2008):
[...] depende da forma de colaboração e cooperação utilizada (síncrona ou
assíncrona), na ferramenta empregada (fóruns, editores, cooperativos) ou ainda
no tipo de tarefa colaborativa (resolução de problemas, desenvolvimento de
projeto, discussão de texto, aprendizagem de conceitos.
É importante conhecer os aspectos que podem facilitar ou dificultar a interação e
cooperação com o uso das TIC. Alguns aspectos abordados, na literatura, dizem respeito
13. à visão fragmentada do conhecimento e por haver uma inibição do processo de
cooperação quando ocorre uma disputa pelo poder e pelo saber, ou seja, mais rivalidade
do que cooperação no debate de temas comuns. Alguns participantes podem entender
que a cooperação “seja buscar um acordo sem confronto de idéias”, inibindo as trocas
entre os participantes das diferentes concepções e visões dos temas abordados.
(VALENTINI; LUCIANO; ANDREOLA, 2002).
Com a necessidade de trabalhar de forma interativa, a escola deve reorganizar-se
para incorporar as TIC e facilitar a conectividade, promover a integração e participação da
comunidade escolar com a descentralização do poder e com o compartilhamento de
informações. Segundo Hessel (2010),
[...] inserida num espaço social onde cresce a necessidade de interação e
participação dos sujeitos para enfrentarem seus desafios, a agência educativa
pode facilitar a conectividade, com adoção da TIC. A questão não se reduz a
assimilar a tecnologia como ferramenta de ensino e aprendizagem, de pesquisa,
de automação de rotinas ou como provedora de informações gerenciais. Trata-se
de dar suporte e ampliar os canais de comunicação, quer seja internamente,
porque a descentralização do poder deve promover a integração da equipe
escolar, quer seja externamente, porque a escola precisa compartilhar
informações, estabelecer contatos de todas as espécies, além de ativar uma rede
comunicativa que facilite a interação entre pais, alunos, professores, etc.
De acordo com Hessel (2010), a “TIC pode dar suporte para a comunicação entre
os elementos da escola, gestores, professores, funcionários, alunos, pais, moradores e
outros organismos” e pode ocupar muitos espaços escolares:
Ambientes virtuais podem ser implementados para funcionarem como locais de
interação. A fim de concretizar essas ações, os recursos físicos, isto é, os
computadores, propriamente falando, podem estar distribuídos em muitos
ambientes da escola, ligados em rede, tais como diretoria, sala dos professores,
secretaria, sala de coordenação, biblioteca, etc. Quando todos estão conectados
surgem novas oportunidades de interação.
Entende-se que a escola deve promover estratégias que articulem a interação da
comunidade escolar, criando situações diferenciadas na relação entre os integrantes da
comunidade escolar, em diferentes espaços de interação na Internet e em diferentes
espaços do ambiente escolar. Segundo Hessel (2010),
Ao lado das redes formais, coexistem redes informais de comunicação, que
auxiliam as relações interpessoais e intercâmbio de idéias. A tecnologia pode
torna-se uma aliada [...], pois pode favorecer e expandir a comunicação entre os
sujeitos na escola. Ambientes virtuais podem ser implementados para dar suporte
a uma rede de conversação e para funcionarem como locais de integração.
Nesse sentido, as trocas podem ser mais efetivas e com mais qualidade, se for
pensado em estratégias, em espaços de interação informais, on-line ou presenciais, que
14. considerem o respeito mútuo, a cooperação e em que os indivíduos sintam-se à vontade
para ver e ser visto pelo outro. (HESSEL, 2010).
Se, até agora, ainda estiver pensando: por que usar a Internet para buscar a
participação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares? A resposta pode ser:
porque a interação (mútua) mediada pelas TIC possibilita a confrontação de visões
diferentes entre os participantes, a troca de experiências e conhecimentos, a
reformulação de pontos de vista a partir da crítica do outro, reduz as distâncias quando há
envolvimento, afetividade e, tudo isto, é necessário para que o grupo tenha motivação e
interesse na produção de trabalhos coletivos. Através do uso da Internet pode-se realizar
a interação e a comunicação entre os integrantes da comunidade escolar para promover o
planejamento, desenvolvimento e avaliação de projetos. Os integrantes da comunidade
escolar podem interagir, entre eles, por e-mail, fórum ou outras ferramentas e sites de
redes sociais.
5. FERRAMENTAS DA INTERNET E SITES DE REDES SOCIAIS
Tendo por base os estudos de vários autores: Primo (2001), Parchen (2008),
Scheid (2010), Dutra e Lacerda (2003) e Dutra et al (2006) são apresentadas algumas
ferramentas da Internet e como elas oportunizam diferentes formas de interação e
participação. A seguir, são identificados alguns sites de redes sociais e realizadas
abordagens conceituais sobre “rede social”, “site de rede social” e “comunidade virtual”.
5.1 Ferramentas da Internet
São muitas as possibilidades de uso de ferramentas da Internet para a interação e
cooperação de uma comunidade escolar, mas é necessária a escolha das ferramentas
mais adequadas para o planejamento, desenvolvimento e avaliação de projetos
interdisciplinares.
Dentre as diversas ferramentas da Internet pode-se destacar:
- Lista de discussão: permite um diálogo e discussão envolvendo todos os participantes.
É um serviço que recebe e distribui mensagens de todos os integrantes da lista. Quando
um e-mail é enviado ao endereço eletrônico da lista é distribuído a todos os participantes.
É uma ferramenta assíncrona. Possibilita a interação mútua.
15. - E-mail: é possível enviar mensagens com arquivo anexado para um ou mais
participantes. É possível criar grupos de discussão, mas geralmente, o e-mail tem um
caráter mais pessoal. Pode ser usado como um dos instrumentos de comunicação de
feedback (retorno). É uma ferramenta assíncrona. Constitui uma ferramenta que
possibilita a interação mútua, mas de acesso privado, não são visíveis a todos.
- Fórum: é uma ferramenta que permite uma discussão coletiva, em que os participantes
registram suas mensagens e as contribuições ficam visíveis na tela. É uma ferramenta
assíncrona que dá a cada participante uma oportunidade de elaborar com calma sua
participação em uma discussão.
- Sites ou home Pages: apresentam textos e imagens em uma estrutura determinada.
Geralmente promovem uma interação reativa. Quando se disponibiliza ferramentas como,
por exemplo, chat e e-mail e sendo aproveitadas em todo seu potencial, pode também
ocorrer a interação mútua.
- Videoconferência: permite a comunicação entre várias pessoas com envio de
mensagens e compartilhando recursos de áudio e vídeo, através do uso de webcams. É
uma ferramenta síncrona e de interação mútua.
- Chat ou bate-papo: possibilita a conversação simultânea entre os participantes. É uma
ferramenta síncrona e potencializa a interação mútua.
- Webquest: Solicita o cumprimento de determinadas tarefas, a partir da pesquisa de um
determinado tema em sites pré-selecionados, na Internet. Pode ser organizada com os
seguintes elementos: apresentação, introdução, tarefa, processo, recursos (fontes),
avaliação, créditos, conclusão e bibliografia.
- Blog: podem-se registrar atividades e opiniões acerca de determinado assunto,
documentar eventos, inserir imagens e alterar dados. É construído a partir do site
www.blogger.com.br. O cadastro é feito por um usuário, com uma senha, que pode ser
compartilhada por um grupo, no caso de construção coletiva.
- Mapas conceituais: serve para armazenar e organizar conhecimentos, estabelecendo
conexões entre os conceitos, geralmente em caixas ou círculos. A ferramenta Cmap
Tools, obtida através do endereço: http://cmap.ihmc.us, permite construir mapas
conceituais que podem ser publicados em páginas da Internet.
- Editores de texto colaborativo:
ETC: o Editor de Texto Coletivo - ETC, disponível em
http://www.nuted.edu.ufrgs.br/etc , foi desenvolvido pelo NUTED - Núcleo de
Tecnologia Digital aplicada à Educação - da Faculdade de Educação da
16. Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tem como objetivo propiciar a
escrita colaborativa via Internet.
Wiki: é uma ferramenta de escrita colaborativa onde é possível criar textos com
a participação de várias pessoas adicionando novas páginas web ou
complementando e alterando o conteúdo das páginas já publicadas. As versões
anteriores não são canceladas e podem ser restauradas. É uma ferramenta
assíncrona. Esse é um software livre disponibilizado no endereço
http://mediawiki.org.
TWiki: é um software livre que oferece o serviço de um ambiente Wiki. É
geralmente usado para apoiar o desenvolvimento de projetos. Acesso no
endereço http://twiki.org.
Outros Editores de textos que permitirem a escrita colaborativa são o Equitext,
Forchat, PbWiki etc.
5.2 Softwares Sociais, Redes Sociais e Comunidades Virtuais
Afirmam Machado e Tijiboy (2005) que os softwares sociais são programas que
favorecem a criação de redes sociais e não podem ser confundidos como sendo a própria
comunidade virtual, pois reúnem diversas comunidades virtuais. O usuário que se
cadastra em um software social pode convidar amigos para participarem e estes ao
fazerem o mesmo, vai se formando uma rede de relacionamentos. São as pessoas
interagindo que constituem as redes sociais e os softwares sociais ou sites de redes
sociais são uma das plataformas da Internet que permitem o desenvolvimento de
interações entre os participantes. Os sites de redes sociais dão suporte à formação de
comunidades virtuais, ou seja, grupos de pessoas que compartilham de interesses
comuns. (MACHADO; TIJIBOY, 2005). A expressão “comunidade virtual”, segundo
Machado e Tijiboy (2005):
Serve para designar grupos de pessoas que se relacionam no ciberespaço através
de laços sociais, onde hajam interesses compartilhados, sentimento de
comunidade e perenidade nas relações: a interação é uma condição para que haja
uma construção social nessas redes.
Existem diferentes redes sociais na Internet e diversos ambientes que oportunizam
a constituição de redes sociais. Os sites de redes sociais, de acordo com Recuero (2009,
apud SOUZA; GOMES, 2010) podem ser divididos em sites de redes sociais
17. propriamente ditos, ou seja, criados para mostrar redes sociais e sites de redes sociais
apropriados que, originalmente, não foram criados com este fim. Nestes, os exemplos
são: o fotolog, o blog, o Twitter, entre outros e naqueles, o Orkut, o Facebook e outros.
Os ambientes de redes sociais na Internet disponibilizam diferentes ferramentas de
interação e comunicação síncrona e/ou assíncrona e estimulam as relações sociais por
meio das quais surgem as comunidades virtuais. “As redes sociais apoiadas por
computadores utilizam-se de diferentes recursos, entre eles: e-mails, fóruns, listas de
discussão, [...], grupos de notícias, Chats, Softwares Sociais como Orkut, Muvuca etc.”
(MACHADO; TIJIBOY, 2005).
6. PROPOSTA DE USO DA INTERNET PARA A INTERAÇÃO DA COMUNIDADE
ESCOLAR EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES
É preciso pensar a interdisciplinaridade com projetos não só a partir do
envolvimento de professores e alunos, mas também de gestores, funcionários, pais
(HESSEL, 2010) e com diferentes formas de interação entre os membros da comunidade
escolar mediadas por diferentes recursos da Internet e presenciais.
Pode-se perguntar: como pode se realizar as interações da comunidade escolar
com o uso da Internet para a construção do planejamento do projeto interdisciplinar e para
o seu desenvolvimento e avaliação?
6.1 Organização e Planejamento do Projeto Interdisciplinar
Entende-se, ser necessário, que os participantes tenham acesso a equipamentos
informatizados e conectados à Internet, seja de uso pessoal, no cyber ou em alguma das
dependências da escola: biblioteca, sala de informática, sala de professores ou sala de
administração, quando não seja possível aplicar a proposta de Hessel (2010), interligando
em rede todos os espaços da escola.
As interações entre os professores e a comunidade escolar podem se
complementar em ambientes presenciais e on-line. Estes espaços podem ser reuniões
presenciais, formais e informais, como reuniões de estudo, reuniões na sala dos
professores, trocas de idéias nos horários de recreio de alunos, encontros de
confraternização, festas comemorativas na escola, jogos esportivos inter-séries, palestras
18. com visitantes dentro ou fora da escola e em espaços on-line, possibilitados pela
disponibilização de ferramentas de interação na Internet, site ou home Page da escola e
em sites de redes sociais.
A escolha das ferramentas da Internet e/ou dos sites de redes sociais para darem
suporte às interações deve surgir do diagnóstico do contexto, ou seja, da disponibilização
de equipamentos; do conhecimento técnico dos participantes; do conhecimento dos
interesses, motivações, dos medos e inseguranças; da disponibilidade de tempo; estar
adaptado ao público alvo e ao tema do projeto.
É preciso definir o papel dos participantes e os mecanismos de participação e
comunicação. Segundo Morais (2007, apud PARCHEN, 2008),
Para colaborarem, os indivíduos têm que trocar informações (comunicação),
organizar-se (coordenação) e operar em conjunto num espaço compartilhado
(cooperação). As trocas ocorridas durante a comunicação geram compromissos
que são gerenciados pela coordenação, que por sua vez organiza e dispõe as
tarefas que são executadas na cooperação [...].
Precisa-se de uma coordenação (AMARAL, 2006) com a função de disponibilizar
ambientes de interação, motivar as interações que possam ocorrer com o uso da Internet,
promover a conexão entre as disciplinas, proporcionar o diálogo entre os participantes,
integrar os objetivos e as atividades, possibilitar o planejamento, fomentar o equilíbrio nas
relações afetivas e atitudes.
Para a elaboração do planejamento do projeto interdisciplinar é necessário trocar
idéias sobre os temas de interesse dos professores, alunos e de acordo com a demanda
institucional, fazer leitura de textos sobre a temática escolhida, elaborar conceitos sobre o
tema, saber como se organiza um projeto, escrever o projeto de forma colaborativa entre
os professores participantes, a partir de idéias e sugestões fornecidas por alunos, pais,
gestores e funcionários.
A escrita conjunta requer o uso de um editor de texto colaborativo, o que exige
prática e conhecimentos da linguagem específica de cada editor, mas pode, também, ser
usado o e-mail com arquivo em anexo, quando envolve poucos participantes. Neste caso,
um dos recursos seria o uso de cores diferentes para a inserção de textos de cada
participante.
A participação de pais, alunos e funcionários no processo de planejamento do
projeto interdisciplinar pode ser através da escolha aleatória de alguns indivíduos
interessados ou por eleição de representantes de cada segmento. É necessário limitar o
número de participantes, pois um grande número de interações inviabilizaria o processo
19. de construção do planejamento, já que um dos aspectos que dificulta a
interdisciplinaridade é a falta de tempo dos profissionais da educação. (ARAÚJO, 2009). É
importante que os representantes de pais, alunos e funcionários tenham oportunidades de
se reunirem com seus pares para identificar as principais idéias e críticas. Isto pode
ocorrer em espaços formais e informais, seja presencial e/ou on-line, como nas reuniões
em salas de aula, reuniões da Comissão de Pais e Mestres – CPM, festas na escola,
conversas no Orkut, no MSN, trocas de e-mails, ferramentas, estas, muito conhecidas
pelas pessoas.
As trocas de idéias e conceitos entre os professores e os membros-representantes
da comunidade escolar podem ocorrer através do e-mail com arquivos em anexo, que
podem ser textos para estudo e o texto do projeto a ser escrito, complementado,
acrescentado, analisado, modificado e estruturado a partir das interações entre os
participantes autorizados. O e-mail é uma ferramenta amplamente utilizada pelas pessoas
e requer poucos conhecimentos técnicos, por isso, é aconselhável que nas primeiras
interações se faça uso dela, para desinibir e perder o medo do novo e de errar que,
segundo Valentini, Luciano e Andreola (2002), é “perturbador, no sentido de impulsionar
para as descobertas, ou inibidor, obrigando o aluno a paralisar as suas ações e
interações” e, também, para fazer o diagnóstico dos conhecimentos técnicos dos
participantes, para planejar o uso de outras ferramentas da Internet ou sites de redes
sociais no processo de interação entre os envolvidos no projeto interdisciplinar. Para
facilitar as trocas de mensagens e arquivos e promover a interação entre os participantes
autorizados é aconselhável criar um grupo no e-mail.
6.2 Desenvolvimento do Projeto Interdisciplinar
Uma vez realizado o planejamento do projeto passa-se para a etapa seguinte, que
é a execução do projeto. É importante entender que o planejamento precisa ser
contextualizado para que o “saber” e o “fazer” se articulem e, também, ser flexível para
que possa ser acrescentado, modificado e reinterpretado segundo os acontecimentos,
motivações e interesses que possam surgir durante o seu desenvolvimento.
No processo de execução das atividades planejadas com vista a alcançar os
objetivos definidos é necessário haver uma troca de conhecimentos entre as disciplinas e
a comunidade escolar. Podem-se realizar discussões sobre os temas pertinentes usando
20. as ferramentas fórum ou lista de discussão, fazer enquetes ou comentários no Orkut,
Facebook, Twiter, blog.
Os trabalhos dos alunos podem ser organizados com o uso de uma Webquest ou
de um blog e ser produzidos em um editor de texto, um editor de slides, um editor de
vídeo, através da construção de mapas conceituais e outras ferramentas.
É importante que o texto escrito do planejamento, os registros das atividades dos
alunos no desenvolvimento do projeto e os trabalhos concluídos pelos alunos sejam
disponibilizados em um site de rede social ou site da escola para dar visibilidade ao
projeto, valorizando os profissionais da educação, elevando a auto-estima dos alunos e
proporcionando o acompanhamento e participação da família.
Durante a execução do projeto, os professores e os representantes dos gestores,
funcionários, alunos e pais precisam estar informados sobre o desenvolvimento dos
trabalhos, sejam eles on-line ou presenciais, pois a interdisciplinaridade se constrói na
troca de experiências e conhecimentos, fruto das interações entre os participantes. As
informações e trabalhos em andamento, como resultados de pesquisas e entrevistas,
filmagens e fotografias (com câmera digital, celular etc.), podem ser disponibilizados
usando ferramentas mais privadas, como o e-mail com arquivo em anexo. Este
acompanhamento, pelos participantes autorizados, dos trabalhos desenvolvidos pelos
professores e seus alunos, é importante, porque pode dar origem a novas possibilidades
de interdisciplinaridade.
6.3 Avaliações do Projeto Interdisciplinar
Durante todo o processo de construção dos trabalhos é importante realizar o
feedback (retorno), através das ferramentas e-mail ou fórum. O feedback pode ser feito
pelos professores aos alunos-representantes, pelo coordenador do projeto aos
professores, pelos alunos-representantes aos professores no sentido de motivar análises,
apontar caminhos, incentivar um olhar mais crítico, pedir informações, rever atitudes e
procedimentos, enfim, fazer uma avaliação em busca do aperfeiçoamento dos trabalhos.
A avaliação dos alunos no processo de desenvolvimento do projeto deve ser segundo
critérios definidos e divulgados em ambiente presencial e on-line.
O projeto pode ser avaliado através da observação das interações ocorridas nos
espaços virtuais disponibilizados e pelos professores do projeto, representantes dos
alunos, dos funcionários, dos gestores e dos pais, através de questionário presencial,
21. questionário on-line e entrevistas, quanto às facilidades e dificuldades do uso das TIC em
projetos interdisciplinares, apontando novas possibilidades de interação da comunidade
escolar para que ocorra a troca de conhecimentos e experiências em favor de uma
educação integral.
7. UMA PRÁTICA INTERDISCIPLINAR COM O USO DA INTERNET
As questões abordadas sobre as dificuldades e facilidades do trabalho
interdisciplinar com projetos, o potencial das TIC na interação dos participantes em
projetos interdisciplinares e a proposta do uso de ferramentas da Internet e sites de redes
sociais para a interação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares, estão
sendo usadas como referências para o planejamento de um projeto interdisciplinar sobre
a identidade e diversidade cultural na fronteira: Livramento e Rivera, com o título
“Construção da identidade na diversidade: uma prática interdisciplinar com o uso das
TICs”.
7.1 Contexto e Metodologia
O projeto está sendo aplicado em uma escola Municipal de Ensino Fundamental na
cidade de Sant’Ana do Livramento, por cinco professoras das séries finais: educação
física, geografia, história, língua espanhola, língua portuguesa e com o envolvimento dos
alunos de duas 5ª séries, duas 6ª séries, uma 7ª série e uma 8ª série.
Para as interações privadas on-line, que envolvem o planejamento do projeto, a
troca de informações, conhecimentos dos trabalhos em andamento e o feedback, estão
autorizados a participar a professora-coordenadora e demais professoras do projeto, um
aluno-representante de cada turma, um funcionário, um membro da equipe de gestão e
uma mãe de aluno. Os membros-representantes foram selecionados segundo os critérios
de interesse e motivação, disponibilidade de tempo, possuir um computador conectado à
Internet e saber usar, pelo menos, a ferramenta e-mail. Foi criado um grupo no e-mail e
as interações no grupo estão sendo mediadas pelas ferramentas e-mail com arquivo em
anexo e o MSN.
Está sendo disponibilizado o Orkut da escola para as interações on-line aberta à
comunidade escolar, que prevê a divulgação de fotografias, postagem de recados,
22. mensagens, comentários sobre o projeto interdisciplinar e a criação de uma comunidade
no Orkut, para participação em enquetes e fóruns. Outro espaço virtual (site, Facebook ou
blog) será criado, de acordo com o interesse e diagnóstico dos conhecimentos técnicos
dos alunos, professores e demais membros-representantes da comunidade escolar para
dar visibilidade ao texto escrito do planejamento, aos registros das atividades no
desenvolvimento do projeto e aos trabalhos concluídos pelos alunos.
O projeto está sendo planejado pelas professoras envolvidas, com apoio, revisões,
sugestões e críticas dos demais membros do grupo. Os representantes da comunidade
escolar estão sendo orientados para interagir com seus pares no ambiente on-line e/ou
presencial.
O diagnóstico sobre os conhecimentos das ferramentas da Internet e sites de redes
sociais e o levantamento preliminar das dificuldades e facilidades do uso da Internet no
projeto interdisciplinar está sendo realizado pela professora-coordenadora do projeto
através da observação participante, junto à comunidade escolar e através de um
questionário on-line, enviado por e-mail com arquivo em anexo, endereçado ao grupo dos
participantes autorizados.
7.2 Resultados Preliminares e Discussões
De acordo com as observações participantes no ambiente escolar, pode-se afirmar
que algumas dificuldades e resistências apontadas na revisão bibliográfica também estão
sendo percebidas, nesta fase inicial do projeto, tais como: poucos computadores
disponíveis (grande parte são computadores pessoais); sobrecarga de trabalho de alguns
professores impedindo-os de participarem do projeto, ocorrendo até mesmo desistência
de uma educadora interessada e motivada; falta de tempo dos professores envolvidos no
projeto para realizarem as interações e trocas; desconfiança e medo dos alunos para
participarem como representantes nas interações privadas on-line; dificuldade em usar a
ferramenta e-mail com todos os seus recursos; problemas técnicos (vírus); atraso em
atender às solicitações da coordenação do projeto; resistência de alguns alunos de
turmas envolvidas no projeto com a proposta de usar a Internet para realizar pesquisas,
participar em fóruns, enquete e fazer comentários no Orkut da escola; dificuldades de
professores em trabalhar com projetos de forma interdisciplinar; conhecimentos limitados
para planejar um projeto, quanto à estrutura, à metodologia e à fundamentação teórica;
23. pouca discussão sobre questões conceituais e metodológicas da interdisciplinaridade e da
Metodologia de Projetos.
Pode-se perceber que ocorrem limitações do projeto quanto à organização do
espaço escolar, pois o ideal é que existissem computadores conectados à Internet em
vários espaços da escola, mas por ora só existe um na sala de administração e outros
que em breve serão instalados na sala de informática. Pode-se pensar, também, que
seria mais interessante fazer um projeto sem a tradicional divisão por séries (para tornar a
interdisciplinaridade mais significativa), com a participação de todos os professores e mais
representantes da comunidade escolar, pois a diversidade enriquece o trabalho e ensina
como construir uma identidade na diversidade. Segundo Hessel (2010), “é da diferença de
idéias que emergirá a escolha e adoção da solução mais adequada para o grupo, pois a
construção dialética do projeto coletivo será enriquecida com as contribuições individuais”.
É percebida a importância da coordenação e dos professores, no grupo, para
incentivar os diálogos; combinar as formas e mecanismos de participação; buscar
soluções para problemas técnicos; disponibilizar textos de leitura; promover a alternância
de líderes no grupo, de acordo com o interesse e capacidades cognitivas,
comportamentais e comunicativas para a realização de determinadas atividades e
trabalhos; fomentar as relações afetivas e as trocas de conhecimentos entre os
participantes.
Concorda-se com Hessel (2010) ao defender que:
A gestão deve realizar-se como uma prática de respeito e valorização dos
elementos do grupo e verdadeiro reconhecimento da possibilidade de todos e de
cada um emergirem como líderes. É importante que a liderança surja do próprio
grupo e não de uma imposição exterior, pois ela caracteriza-se por ser uma força
de articulação e interpretação do pensamento e das idéias dos componentes do
grupo. Na verdade, a liderança se estabelece ao fazer que a ação educativa tenha
um significado para cada um e para todos. O líder cria nos liderados a sensação
de um espaço próprio, onde eles podem desenvolver a sua criatividade,
realizando-se na sua ação. A liderança pode surgir em qualquer lugar na equipe
escolar, pois, nas culturas colaborativas, todos podem ser líderes.
Apesar das dificuldades iniciais, a comunidade escolar envolvida no projeto, no
geral, está interessada e motivada com a possibilidade de fazer interações informais em
ambientes presenciais e on-line, com a disponibilidade de mecanismos e formas de
participação, acreditando ser esta prática, um aprendizado, que as dificuldades podem ser
superadas com o trabalho em conjunto, com o planejamento, com trocas de
conhecimentos, elaboração de conceitos a partir dos diálogos e estudos de textos
disponibilizados, revisões das atividades e avaliações dos trabalhos. As relações entre os
24. membros do grupo interdisciplinar estão sendo reforçadas e construídas com respeito,
tolerâncias, compromisso, transparência, companheirismo e, sobretudo, com afetividade.
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verificou-se o potencial das TIC para a interação da comunidade escolar e
realizou-se o levantamento bibliográfico sobre as dificuldades e facilidades em projetos
interdisciplinares. Os dados obtidos, assim como as abordagens teóricas sobre a
interdisciplinaridade, a metodologia de projetos e os estudos sobre as ferramentas da
Internet e sites de redes sociais foram usados como referências para a construção de
uma proposta de interação da comunidade escolar em projetos interdisciplinares mediada
pela Internet e como subsídios para as percepções e vivências no processo de
planejamento de um projeto interdisciplinar envolvendo a comunidade escolar, em uma
escola da rede municipal.
De acordo com os dados bibliográficos e observação participante na fase inicial do
projeto “Construção da identidade na diversidade: uma prática interdisciplinar com o uso
das TICs” pode-se sinalizar que são vários elementos que conjugam para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento escolar.
A interdisciplinaridade com projetos requer o diagnóstico do contexto e do público
alvo sobre os conhecimentos técnicos, conceituais e metodológicos; a contextualização
do tema; a disponibilização de espaços de interação entre os participantes; o
planejamento do projeto interdisciplinar; a elaboração e apreensão de conceitos sobre a
interdisciplinaridade e metodologia de projetos; a disposição, abertura e disponibilidade de
tempo para os profissionais da educação participar do projeto de forma interdisciplinar; ter
interesse e motivação em trabalhar com as TIC; ter uma coordenação; ter relações de
companheirismo e afetivas entre os membros da comunidade escolar.
Para a inserção das TIC em projetos interdisciplinares nas escolas é preciso ter um
“olhar” diferente para as interações da comunidade escolar e para a organização do
espaço escolar. O ideal é fomentar as interações informais através da reorganização do
espaço escolar, disponibilizando equipamentos não só na sala de informática e setores
administrativos, mas também na biblioteca e na sala de professores. Entretanto, em
virtude da carência de recursos em muitas escolas, as trocas e diálogos podem ser feitas
através de computadores pessoais ou no cyber. Muitas etapas do processo de
25. planejamento, desenvolvimento e avaliação do projeto interdisciplinar pode ser realizada
em espaços on-line informais, utilizando-se de variadas ferramentas da Internet (e-mail,
MSN, fórum, enquete, webquest, editor de texto colaborativo etc.) e sites de redes sociais,
como o Orkut, Facebook, Twitter, blog, entre outros.
A visão de espaço de aprendizagem deve ser ampliada, pois a combinação de
espaços presenciais e espaços on-line dinamizam as interações, incentiva a autonomia,
estimula a busca e troca de conhecimentos. As TIC devem ser usadas para permitir a
interação informal, pois fomenta a afetividade e a descontração que facilitam a construção
do conhecimento colaborativo pela comunidade escolar.
A disponibilidade de computadores conectados à Internet é necessária, mas é
fundamental que a coordenação do projeto e os professores fomentem os diálogos,
combinem formas de participação, busquem soluções para questões técnicas, conceituais
e metodológicas com o envolvimento da comunidade escolar e possibilitem a alternância
de líderes, no projeto.
É preciso pensar que as dificuldades serão muitas, mas as que mais paralisam é o
medo, a insegurança, as resistências em vivenciar o novo. Porém, elas podem ser
superadas quando existe o trabalho em conjunto, a partilha de poder, a valorização do
profissional da educação e a elevação da auto-estima do aluno. É preciso pensar como se
constroem as relações sociais e de poder na escola.
A Internet abre as portas para a interação, mas ela só ocorrerá num ambiente em
que o conhecimento seja visto como algo construído em grupo, onde se fomenta a criação
e participação de lideranças, onde exista um sentimento de equipe, onde o conflito e a
harmonia sejam vistos como interdependentes, onde se estabeleça uma relação de
confiança na comunidade escolar, onde exista uma postura de colaboração para superar
as dificuldades.
As estratégias mais eficientes de interação não dependem da disponibilização de
ferramentas da Internet, mas sim do estabelecimento de estratégias de interação que
mobilizem a comunidade escolar. Para isto, é importante criar estratégias que possibilitem
a relação afetiva entre os sujeitos no processo educativo. As ferramentas das TIC
permitem a interatividade da comunidade escolar, mas a qualidade das ações vai
depender da relação social e afetiva que se estabeleça entre os participantes.
Diante do exposto, pode-se pensar que a dificuldade de comunicação entre os
professores e dos professores com a comunidade escolar pode ocorrer porque na escola
predomina uma comunicação formal, sendo necessário criar espaços informais de
26. comunicação com o uso das TIC. Também, há o entendimento de que um planejamento
que integre as TIC favorece a interação da comunidade escolar e que a falta de interação
entre a comunidade escolar, impede ou dificulta o planejamento e desenvolvimento de
projetos interdisciplinares.
Este trabalho não tem a pretensão de elaborar conclusões, mas servir de subsídio
para realizar discussões acerca dos temas abordados e sinalizar a importância na
abertura e disposição dos profissionais da educação e comunidade escolar em vivenciar o
novo, com responsabilidade, planejamento, coordenação, estudo, transparência,
participação, alicerçado nos valores de respeito à diversidade e construção de um
sentimento de equipe.
REFERÊNCIAS
AMARAL, M. M. R. A. A mediação pedagógica e o uso dos ambientes virtuais de
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Pórcia Guimarães Vasconcellos (e-mail: porcia.gv@hotmail.com)
Marcos Luís Cassal (e-mail: marcos.cassal@gmail.com)