O documento discute as intertextualidades entre a obra Otelo, de Shakespeare, e o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Analisa como o ciúme é tratado nas duas obras e como Machado de Assis faz diálogo intertextual com Shakespeare ao abordar o tema do ciúme em seu romance, influenciado pela tragédia de Otelo. Também discute a presença da obra de Shakespeare no texto de Machado e a universalidade do sentimento de ciúme retratado nas duas obras canonais.
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014Umberto Neves
O documento resume destaque enciclopédicos de Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro, e outros escritores como Alain Robbe-Grillet, teórico do nouveau roman, e Honoré de Balzac, fundador do realismo literário. Também menciona a fundação da Embraer e o político Joaquim Nabuco.
1) O documento analisa a obra do poeta e pintor português António Pedro e sua proposta de uma "poética do feio", privilegiando temas monstruosos e grotescos.
2) António Pedro foi um precursor do surrealismo português e usava a arte para denunciar a situação política e desmistificar a estética convencional de sua época.
3) Sua obra é marcada por práticas intertextuais e contaminação entre as diferentes artes, com diálogo entre sua produção literária e pictórica.
1) António Pedro foi um poeta e pintor português que promoveu o surrealismo em Portugal. Sua obra explora uma "poética do feio" que desafia as normas estéticas burguesas.
2) Seu quadro mais famoso, "Rapto na paisagem povoada", utiliza várias técnicas de colagem e intertextualidade com suas próprias obras e de outros artistas como Rubens.
3) Sua poesia e pintura procuram libertar a arte de constrangimentos do belo, introduzindo o feio, o
O documento descreve o movimento modernista no Brasil no início do século XX, destacando suas principais características e influências. As vanguardas artísticas como o futurismo, cubismo e expressionismo influenciaram os modernistas brasileiros a experimentarem novos estilos em literatura, artes visuais e outras áreas. O documento também apresenta alguns dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
O documento discute a crônica brasileira e faz uma comparação entre os cronistas Rubem Braga e Paulo Mendes Campos. Apresenta o contexto cultural do Rio de Janeiro na década de 1950 e características da crônica como gênero híbrido que mistura fatos e subjetividade. Temas preferenciais de Paulo Mendes Campos em suas crônicas são analisados, como a figura do brotinho e a descrição ideal de um domingo.
O documento discute 50 autores influentes do século XX e o que aprendemos ou deveríamos ter aprendido com eles. Brevemente descreve cada autor, sua obra e influência, e o que nos ensinaram. Alguns dos autores destacados incluem Hemingway, Joyce, García Márquez, Woolf, Brecht, Deleuze, Sagan, Calvino, Pessoa, Kafka, Rushdie e Hesse.
O documento discute as intertextualidades entre a obra Otelo, de Shakespeare, e o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Analisa como o ciúme é tratado nas duas obras e como Machado de Assis faz diálogo intertextual com Shakespeare ao abordar o tema do ciúme em seu romance, influenciado pela tragédia de Otelo. Também discute a presença da obra de Shakespeare no texto de Machado e a universalidade do sentimento de ciúme retratado nas duas obras canonais.
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1) O documento analisa a obra do poeta e pintor português António Pedro e sua proposta de uma "poética do feio", privilegiando temas monstruosos e grotescos.
2) António Pedro foi um precursor do surrealismo português e usava a arte para denunciar a situação política e desmistificar a estética convencional de sua época.
3) Sua obra é marcada por práticas intertextuais e contaminação entre as diferentes artes, com diálogo entre sua produção literária e pictórica.
1) António Pedro foi um poeta e pintor português que promoveu o surrealismo em Portugal. Sua obra explora uma "poética do feio" que desafia as normas estéticas burguesas.
2) Seu quadro mais famoso, "Rapto na paisagem povoada", utiliza várias técnicas de colagem e intertextualidade com suas próprias obras e de outros artistas como Rubens.
3) Sua poesia e pintura procuram libertar a arte de constrangimentos do belo, introduzindo o feio, o
O documento descreve o movimento modernista no Brasil no início do século XX, destacando suas principais características e influências. As vanguardas artísticas como o futurismo, cubismo e expressionismo influenciaram os modernistas brasileiros a experimentarem novos estilos em literatura, artes visuais e outras áreas. O documento também apresenta alguns dos principais expoentes do movimento modernista no Brasil como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral.
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O documento discute 50 autores influentes do século XX e o que aprendemos ou deveríamos ter aprendido com eles. Brevemente descreve cada autor, sua obra e influência, e o que nos ensinaram. Alguns dos autores destacados incluem Hemingway, Joyce, García Márquez, Woolf, Brecht, Deleuze, Sagan, Calvino, Pessoa, Kafka, Rushdie e Hesse.
O documento discute 50 autores influentes do século XX e o que aprendemos ou deveríamos ter aprendido com eles. Brevemente discute a influência de autores como Hemingway, Joyce, García Márquez, Woolf, Brecht, Deleuze, Sagan, Calvino, Pessoa, Kafka, Rushdie e Hesse.
O documento fornece um resumo de 50 autores influentes do século XX e o que aprendemos ou devíamos ter aprendido com eles. Em poucas frases, destaca a influência literária de autores como Hemingway, Joyce, García Márquez, Woolf, Brecht, Deleuze, Calvino e Pessoa, assim como o legado de cientistas como Sagan, e o impacto de obras como as de Kafka e Rushdie.
Este documento apresenta resumos biográficos de 50 dos autores mais influentes do século XX e o que podemos aprender com eles. Alguns dos autores destacados incluem Ernest Hemingway, conhecido por seu estilo de prosa curta e dinâmica, Gabriel García Márquez, fundador do realismo mágico, e James Joyce, revolucionário modernista.
O documento discute a representação da experiência urbana através de narrativas e elementos da cidade. Apresenta como Will
Eisner usou elementos da cidade de Nova York como bueiros, degraus e metrô para contar histórias do cotidiano urbano. Também
fala sobre propor narrativas através de montagens envolvendo outros elementos públicos e linguagens para remontar a realidade
urbana.
O documento discute a literatura do conto, desde suas origens até o desenvolvimento no Brasil. Apresenta as características do gênero, como sendo narrativas curtas e ficcionais que concentram drama em poucas páginas com poucos personagens. Também explica como o conto se desenvolveu ao longo dos séculos através de contadores de histórias e obras famosas, culminando no surgimento de grandes contistas como Machado de Assis no Brasil.
O texto discute o envelhecimento e como a obra de Cícero "A arte do envelhecimento" pode ajudar as pessoas a aceitarem melhor o passar do tempo, ao notar que todas as idades têm desafios e que, embora sonhemos com uma vida longa, na velhice tendemos à melancolia em vez de celebrar nossa longevidade.
O trecho descreve o arrependimento do narrador com o livro que está escrevendo. Ele aponta que o livro é enfadonho e cheira a sepulcro, mas que o maior defeito é o leitor, que tem pressa de envelhecer e prefere um estilo mais direto e regular, ao passo que o livro anda devagar.
O documento discute os movimentos literários Realismo e Naturalismo no século XIX. O Realismo procurava retratar problemas sociais de forma objetiva, sem preconceitos. Já o Naturalismo radicalizou esses conceitos, vendo o homem como produto de forças sociais e defendendo um "romance experimental". Exemplos citados são o adultério e a sociedade burguesa em crise no Realismo, e obras que abordaram temas inovadores e denunciaram hipocrisias sociais no Naturalismo.
O documento discute o Romantismo como um movimento artístico e literário que surgiu na oposição à razão iluminista, enfatizando a expressão das emoções individuais. Apresenta características como o nacionalismo, o individualismo e a fuga da realidade através da natureza, do passado e do sobrenatural. Também aborda exemplos de pintores, músicos e obras românticas.
O documento resume a obra e a trajetória do escritor brasileiro José J. Veiga. Veiga nasceu em 1915 em Corumbá de Goiás e trabalhou como jornalista na BBC de Londres antes de se dedicar à literatura. Seu primeiro livro, Os Cavalinhos de Platiplanto, foi publicado em 1959 e lhe rendeu o Prêmio Fábio Prado. Suas obras mais aclamadas foram A Hora dos Ruminantes e Sombras de Reis Barbudos, que abordavam a repressão política na ditadura militar. Veiga f
Do falo como chave do enigma em "A origem do mundo" de CourbetMariana Festucci
O quadro "A origem do mundo" de Gustave Courbet representa o sexo feminino de forma crua e realista, causando estranhamento no espectador. O estranhamento ocorre pelo confronto com o gozo feminino que resiste à significação fálica, representando o Real irrepresentável. Ao longo da história, o quadro teve donos que o esconderam por sua natureza explícita. Jacques Lacan, último dono, via nele a representação do enigma do feminino.
Primo Levi escreveu Histórias Naturais após ser conhecido por seus livros de testemunho sobre Auschwitz. Os contos misturam ficção científica e fantasia para explorar a tensão entre a vida biológica e a organização burocrática das sociedades modernas. Influenciado por seu interesse pela ciência desde a juventude, Levi usou os contos para reivindicar seu direito de criar diferentes tipos de obras literárias.
O capítulo analisa o percurso de escrita de Luigi Pirandello, desde suas primeiras experiências até a maturação de seu estilo único. Destaca as influências iniciais, o processo de desleitura que o levou à autonomia criativa e a temática recorrente da fragmentação da identidade no homem moderno presente em toda sua obra.
Memórias Sentimentais de João Miramar é uma obra fragmentária que narra a trajetória de vida do personagem João Miramar através de 163 episódios curtos. O estilo revolucionário do texto, com linguagem telegráfica e desprezo pela pontuação tradicional, faz uma dura crítica à sociedade burguesa e ao casamento por interesses econômicos na época. A obra também satiriza as relações humanas baseadas em aspectos patrimoniais e a utilização de recursos públicos para fins particulares de alguns artistas
O documento apresenta noções básicas sobre literatura, definindo-a como uma imitação da realidade através da palavra. Explora suas funções, como evasão, diversão e compromisso social, e diferencia textos literários de não literários. Apresenta exemplos de obras literárias brasileiras canonizadas e discute gêneros, formas e estilos literários.
O documento descreve os principais autores e obras associadas ao movimento literário Realismo em Portugal no século XIX, incluindo Antero de Quental, Cesário Verde e Eça de Queirós. O Realismo surgiu como uma reação contra o Romantismo e suas idealizações, buscando retratar a realidade de forma objetiva. A poesia de Antero de Quental e Cesário Verde explorou temas sociais e a condição humana, enquanto os romances realistas de Eça de Queirós criticaram a sociedade portuguesa da ép
Murilo Mendes foi um poeta e escritor brasileiro nascido em 1901 em Juiz de Fora. Publicou diversos livros de poesia e prosa ao longo de sua carreira, abordando temas como religião e cultura brasileira. Mudou-se para a Europa nos anos 1950 onde lecionou literatura brasileira e faleceu em Portugal em 1975, deixando um importante legado para as letras brasileiras.
Os três documentos resumem livros e obras sobre a história de Portugal e Lisboa em diferentes períodos temporais, a psicologia e a filosofia. O último documento é uma coletânea de textos sobre D. Frei Bartolomeu dos Mártires.
«Ver no Escuro» - posfácio a REFLEXÕES À BOCA DE CENA.pdfMadga Silva
O documento discute a poesia e seu papel no mundo. A poesia é comparada a uma árvore que cresce no meio de um jardim e produz flores mágicas que permitem ver no escuro. A poesia de João Ricardo tem esse efeito, permitindo que as pessoas sobrevivam e se protejam dos perigos.
«Em Nome da Luz ou Uma Poética do Silêncio».pdfMadga Silva
Crítica / Recensão literária do livro «Em Nome da Luz», escrita por Paulo José Miranda (professor universitário e escritor).
«Em Nome da Luz» foi a obra vencedora da 31.ª edição do Prémio Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres.
Escritor português nascido em 1977. Publicou livros de poesia, crónicas e contos. Foi galardoado com os prémios Revelação de Poesia Ary dos Santos/APE (2001), Conto/Maria Irene Lisboa (2009) e Nacional de Poesia da Vila de Fânzeres (2001 e 2022). Parte da sua obra literária foi traduzida para castelhano, francês, inglês, servo-croata e arménio.
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Primo Levi escreveu Histórias Naturais após ser conhecido por seus livros de testemunho sobre Auschwitz. Os contos misturam ficção científica e fantasia para explorar a tensão entre a vida biológica e a organização burocrática das sociedades modernas. Influenciado por seu interesse pela ciência desde a juventude, Levi usou os contos para reivindicar seu direito de criar diferentes tipos de obras literárias.
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Memórias Sentimentais de João Miramar é uma obra fragmentária que narra a trajetória de vida do personagem João Miramar através de 163 episódios curtos. O estilo revolucionário do texto, com linguagem telegráfica e desprezo pela pontuação tradicional, faz uma dura crítica à sociedade burguesa e ao casamento por interesses econômicos na época. A obra também satiriza as relações humanas baseadas em aspectos patrimoniais e a utilização de recursos públicos para fins particulares de alguns artistas
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Crítica ao livro «Em Nome da Luz» - José António Gomes.docxMadga Silva
O poema de João Ricardo Lopes constrói-se a partir de pequenos momentos e lugares, e é marcado por uma prosódia serena. A poesia explora a ideia do "serendipismo", ou descoberta agradável de coisas por acaso. Os poemas também retratam pessoas e obras de arte que povoam a memória do autor. Em geral, o livro captura um amor pelas coisas simples e transmite uma sageza discreta através da qualidade da linguagem e construção dos poemas.
Crítica ao livro «Além do Dia Hoje» de João Ricardo LopesMadga Silva
Ensaio literário sobre a obra poética de João Ricardo Lopes, da autoria de Maria de Fátima Saldanha (2005): crítica aos livros «Além do Dia Hoje», «A Pedra Que Chora Como Palavras», «Contra o Esquecimento das Mãos» e «Dias Desiguais».
Crítica ao livro «Reflexões à Boca de Cena / Onstage Reflections» de João Ric...Madga Silva
1. O documento analisa a poesia de João Ricardo Lopes, notando sua exploração da teatralidade da vida e da relação entre o interior e o exterior do eu poético.
2. O autor discute como a obra equilibra a reflexão interna e a observação externa do mundo de forma a misturar os dois, captando a natureza teatral da existência humana.
3. Apesar das ameaças e incertezas do mundo, o eu poético busca a esperança e reinvenção através da presença da amada e
Crítica ao livro «Eutrapelia» de João Ricardo Lopes»Madga Silva
Este documento resume um livro de poesia de João Ricardo Lopes intitulado "Eutrapelia". O autor descreve a carreira poética de 20 anos de João Ricardo Lopes e analisa vários poemas no livro, destacando temas como as estações do ano, lugares e obras de arte que inspiraram o poeta. O documento fornece um panorama abrangente da obra poética de João Ricardo Lopes e da análise detalhada de vários poemas no livro.
Crítica ao livro «Reflexões à Boca de Cena / Onstage Reflections» de João Ric...Madga Silva
Ensaio literário sobre o livro bilingue «Reflexões à Boca de Cena / Onstage Reflections» de João Ricardo Lopes, publicado em 2011.
Autoria de César Augusto Freitas
Crítica ao livro «A Pedra Que Chora Como Palavras» de João Ricardo LopesMadga Silva
Ensaio literário sobre o livro «A Pedra Que Chora Como Palavras» de João Ricardo Lopes, vencedor do Prémio Literário «Revelação de Poesia Ary dos Santos», em 2001.
Autoria de Pompeu Miguel Martins
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
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Crítica e Posfácio ao livro «O Moscardo e Outras Histórias» de João Ricardo Lopes
1. O MOSCARDO E OUTRAS HISTÓRIAS
Posfácio
“Nenhum homem é uma ilha, isolado em si mesmo; todo o homem é um
pedaço do continente, uma parte da terra firme” afirmava o poeta John Donne1
no
século XVII. A pequenez e individualidade do ser humano rapidamente se desfazem
pela imersão do Eu no coletivo, na cultura e história da humanidade. Um dos elos
fulcrais para a concatenação do indivíduo aos restantes elementos da sua espécie
está associado ao papel ancestral desempenhado pelos aedos, os contadores de
histórias. Ao transmitirem um conjunto de narrativas (pictóricas, linguísticas ou
fazendo recurso a outros suportes), procuravam legitimar a pertença desse Eu a um
coletivo.
Se, na antiguidade, essas narrativas serviam para perpetuar as façanhas dos
heróis, ensinar a distinguir o bem do mal, transmitir valores éticos e morais; na
contemporaneidade, elas extravasaram esse papel e procuram, agora,
problematizar o real, surgir como instantâneos de situações quotidianas, muitas
vezes irrelevantes e/ou negligenciáveis, e para as quais a narrativa não procura
apresentar uma resolução do problema ou fornecer uma moralidade a ser
interiorizada. No fundo, foi esse papel de instrumento lúdico e, em simultâneo, de
farpa cravada na consciência do homem para o relembrar da sua fragilidade que
Eça de Queirós realçou ao afirmar que “Contar histórias é uma das mais belas
ocupações humanas: e a Grécia assim o compreendeu, divinizando Homero que
não era mais que um sublime contador de contos da carochinha. Todas as outras
ocupações humanas tendem mais ou menos a explorar o homem; só essa de contar
histórias se dedica amoravelmente a entretê-lo, o que tantas vezes equivale a
consolá-lo. Infelizmente, quase sempre, os contistas estragam os seus contos por os
encherem de literatura, de tanta literatura que nos sufoca a vida!”2
A coletânea O Moscardo e outras histórias, de João Ricardo Lopes, entronca,
precisamente, nessa linha de narrativas problematizadoras do real; estes contos
presenteiam o leitor com uma visão crítica e reflexiva da existência humana, como
se fossem fotogramas, quadros, telas vivas que o instigam a uma autorreflexão
contínua, a indagar e a exorcizar o seu próprio quotidiano. Por isso mesmo, no final
1
Cf. DONNE, John - “Meditation XVII” in Devotions upon Emergent Occasions, Michigan: The
University of Michigan Press, 1959, pág. 109.
2
Cf. QUEIRÓS, Eça – Correspondência, Porto: Livraria Chandron de Lello & Irmãos Lda., 1925, pág.
160.
2. da generalidade dos contos, o leitor não consegue evitar que um “E se….” domine o
seu cérebro e o force a redefinir o seu conceito de realidade. É precisamente esse o
ponto de partida, iniciado pela epígrafe de Borges: os feitos heroicos em si mesmo
são irrelevantes; porém, são fundamentais enquanto início da invenção e da
racionalização.
Assim, no conto inaugural, “O Moscardo”, o leitor é transportado para o
interior de um acontecimento insólito ocorrido no Rijksmuseum, associa-se à
investigação do narrador-personagem para, tal como ele, se surpreender com a fuga
do moscardo – “assinatura satírica” do pintor Adriaen Pietersz van de Venne –,
cansado de viver aprisionado numa obra de arte. Este desconcerto é também
explorado no conto “Em branco” e em “Um encontro com o diabo”. No primeiro,
efetua-se uma reflexão sobre a produção artística, neste caso, a de um quadro.
Após um extenso processo criativo, ocorrido na mente do pintor, conclui-se que a
sua melhor produção é aquela que permite ao observador ficar fascinado com todas
as possibilidades latentes e preso à incapacidade de atingir o incognoscível, o
indizível, isto é, aceder à intenção do autor; daí a tela surgir “em branco”. No
segundo, ocorre uma conversa entre Emil Corian e o Diabo, durante a qual o
símbolo da maldade procura explicar que as suas diversas faces são apenas fruto
de construção humana na sua ânsia de imputar os seus erros a uma entidade alheia
a si próprio. Ao tentar escapar a essa teia horrenda criada à sua volta, o Diabo
procura auxiliar Emil ao dizer-lhe que deverá rejeitar o convite que lhe será feito
pouco depois e partir com a sua futura esposa, uma judia, para a América. Como é
óbvio, Emil faz o contrário do que lhe foi sugerido, pensando, assim, enganar o
Diabo. No entanto, o estranho diálogo ocorre na fatídica noite de 14 de agosto de
1939 e, ao não aceitar o conselho do Diabo, a personagem condena-se às
perseguições do III Reich.
Os contos funcionam como um imenso painel constituído por diversos
azulejos onde se recriam situações do mundo hodierno ou, como brilhantemente lhe
chamou o autor, é “uma casa com muitas janelas” que confluem para um “pátio”
repleto de pequenos “flagrantes” da vida humana repleta de contradições e
incertezas. Inseridas no “mundo líquido” da modernidade, como o classificou
Gaulejac3
, liquidez advinda da inexistência de metanarrativas legitimadoras, da
contínua presença do multiperspetivismo, da ausência de valores e padrões
seguros, as personagens, o sujeito “hipermoderno”, são forçadas a aceitar o
desencanto e a desilusão. Nem mesmo a escrita sai imune a esta contínua reflexão.
3
Cf. GAULEJAC, Vincent - Qui est «je»?, Paris: Éditions du Seuil, 2009.
3. Por isso, em “Epílogo” termina-se com uma metaficção ao abordar-se os meandros
da originalidade e da luta contínua entre o autor e o seu alter ego, ao constatar-se
que todas as narrativas são influenciadas por tudo o que existe/existiu, a
originalidade reside na forma como cada aedo as conta.
Esse “pátio” torna-se ainda mais amplo e complexo já que o texto exige
sistematicamente o trabalho colaborativo do leitor, tarefa indispensável à
interpretação de qualquer texto, a “máquina preguiçosa que requer do leitor um
árduo trabalho cooperativo para preencher espaços do não-dito ou do já-dito,
espaços, por assim dizer, deixados em branco”4
. Porém, esse trabalho é ainda mais
aturado visto o “leitor modelo” aqui inserido ser, por vezes, o alter ego do próprio
autor: conhecedor da história da humanidade, capaz de identificar diversas
personalidades (Cristo, o imperador Nero, o oficial romano que presenciou a morte
de Cristo, Lavoisier, Maria Callas, Bakhtin, entre outras), com uma ampla cultura
literária, musical e fílmica (daí alguns contos terem como protagonista autores como
Tranströmer, trazerem para a narrativa os cenários dos contos de Edgar Allan Poe,
a diegese da Metamorfose de Kafka, o conflito de Leandro, rei da Helíria mesclado
com o regresso a casa de Ulisses, incluírem a sonoridade dos mais diversos
compositores clássicos como Bach, Rachmaninoff, Donizetti, os filmes de Tarkovski,
as telas de van Gogh,…), o viajante atento e observador (Milão, Amesterdão, Paris,
Lanzarote, Porto, Suécia,…). A obra surge, assim, como um rizoma5
; nela literatura,
música, pintura, história, teologia, entre muitas outras áreas do saber, entrecruzam-
se e criam ramificações inseparáveis.
João Ricardo Lopes criou, deste modo, um conjunto de narrativas que
permite ao leitor posicionar-se numa das muitas janelas do pátio ou ficar na esquina
e brincar a uma espécie de jogo de “silêncio e sombra”, de “dito e não dito”,
vivenciando quadros da vida moderna com todas as suas incongruências, deceções,
ilusões, surpreender-se com as situações narradas e sentir nascer dentro de si a
dúvida, a necessidade de observar de outro ângulo a realidade.
Paula Morais
4
ECO, Umberto – Leitura do texto literário Lector in fabula: a cooperação interpretativa nos textos
literários, (trad. de Mário Brito), 2.ª ed., Lisboa: Presença, 1983, pág. 27.
5
Cf. DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix - Mille plateaux: capitalisme et schizophrénie, Paris: Les
Éditions de Minuit, 1980, pp. 13 – 31.