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Seita e preconceito
Por que alguns evangélicos consideram a Igreja Adventista do Sétimo Dia
uma seita não cristã?

Por Alberto R. Timm
Destacados eruditos evangélicos têm reconhecido a Igreja Adventista do Sétimo Dia como uma
denominação genuinamente cristã. Podem ser mencionados, por exemplo, o presbiteriano Donald G.
Barnhouse, o batista Walter R. Martin e o anglicano Geoffrey J. Paxton. Também o “Relatório das
Conversações Bilaterais entre a Federação Mundial Luterana e a Igreja Adventista do Sétimo Dia”,
ocorridas entre 1994 e 1998, sugere que os luteranos “não tratem a Igreja Adventista do Sétimo Dia
como uma seita, mas como uma igreja livre e uma comunhão mundial cristã”. Mas, a despeito disso,
evangélicos brasileiros de tendência fundamentalista continuam insistindo que os adventistas devem ser
considerados uma “seita” herética e não cristã.
O termo “seita” é geralmente um rótulo apologético e pejorativo, usado por líderes religiosos como um
mecanismo de autodefesa, destinado a inibir as pessoas de se relacionarem com pretensos hereges.
Em relação aos adventistas, diferentes justificativas têm sido sugeridas para considerá-los como
sectários. Uma das mais comuns é a alegação de que os adventistas advogam algumas doutrinas
distintivas (como a observância do sábado, a inconsciência dos mortos, a destruição final dos ímpios, o
juízo investigativo pré-advento) não compartilhadas pela maioria dos cristãos.
Por trás dessa alegação está a teoria de que uma doutrina, para ser verdadeira, deve ser aceita pelo
consenso da maioria dos cristãos, especialmente dos evangélicos. Embora devamos respeitar a opinião
de outros, pois “na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11:14; ver 15:22), nem sempre a maioria
está correta. Mais importante do que um mero consenso doutrinário é certificarmo-nos de que as
doutrinas que advogamos são realmente bíblicas. Toda vez que o consenso da maioria se opõe ao claro
ensinamento bíblico, o cristão deve assumir a postura apostólica de que “antes, importa obedecer a
Deus do que aos homens” (At 5:29).
Outra justificativa para considerar os adventistas como sectários, usada especialmente pelos
evangélicos calvinistas, é o fato de os adventistas aceitarem uma manifestação moderna do dom
profético na vida e obra de Ellen G. White. Os evangélicos calvinistas acreditam que o dom profético se
extinguiu com a morte do apóstolo João, o último dos apóstolos. Por sua vez, os adventistas crêem que
o dom profético foi concedido pelo Espírito Santo à igreja cristã, e não apenas aos apóstolos (ver Rm
12:6; 1Co 12:10, 28; Ef 4:11-14). O próprio apóstolo João orientou os cristãos a testarem os pretensos
profetas, e não simplesmente rejeitá-los como se todos os demais fossem falsos (ver 1Jo 4:1). Assim,
os adventistas aceitam Ellen White como uma profetisa verdadeira, embora não canônica.
A simples alegação de que determinado grupo de professos cristãos deva ser considerado como
sectário não significa muito, pois até mesmo os primeiros cristãos foram considerados pelos judeus
como uma “seita” (At 24:14; 28:22). A questão básica não é tanto saber o que os apologetas modernos
dizem, de forma preconceituosa, a respeito das “seitas”, mas o que diz a própria Bíblia sobre os ensinos
desses grupos religiosos (ver Mt 7:21-23).
Em relação aos adventistas, o melhor seria consultar a sua mais importante e representativa exposição
doutrinária, encontrada na obra Nisto Cremos: 27 Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia (Tatuí,
SP: Casa Publicadora Brasileira, 1989), e analisar criticamente os seus ensinos à luz da Bíblia. À
semelhança dos bereanos, devemos sempre examinar as Escrituras “para ver se as coisas” são
realmente como as pessoas alegam ser (At 17:11).
Fonte: Sinais dos Tempos, maio/junho de 2002. p. 26 (usado com permissão)

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