1) Ser crente significa seguir radicalmente o Evangelho de Jesus Cristo com mente e coração renovados, não apenas por atitudes exteriores.
2) Muitos se dizem crentes ou evangélicos sem realmente viver segundo os ensinamentos de Cristo, trazendo descrédito ao nome cristão.
3) Verdadeiros crentes honram Cristo vivendo como sal e luz na sociedade.
2. No início da Era Cristã, os discípulos
de Jesus foram chamados de
cristãos, mas isso nada tinha de
elogio; era apenas um adjetivo
pejorativo, pois eles eram
“diferentes”.
3. Naquele tempo eles eram
perseguidos e lançados às feras.
Quando o cristianismo se tornou a
religião majoritária e oficial, cristão
virou substantivo. Ficou “chique”,
pois não mais havia perseguições e
apenas se requeria deles mera
formalidade exterior.
4. Aconteceu de modo semelhante
com os crentes no Brasil. De um
passado de perseguições
inclementes, ocasião em que
muitos pagaram com a própria vida
por causa de suas convicções,
depois as coisas mudaram.
5. Com inúmeras igrejas e teologias
para todos os gostos (e desgostos),
ser crente ganhou uma conotação
“chique” que destoa de seu antigo
significado.
6. Muitos acham que crente é aquele
que não mata, não rouba, não
mente, não tem vícios, frequenta
igreja, veste-se modesta e
decentemente, e não fala coisas
inconvenientes.
7. Outros acham que o crente não
precisa ser diferente, isto é, pode
viver do mesmo jeito que vivia
antes, desde que faça as coisas “em
nome do Senhor”.
8. Já outros acham que, sendo
crentes, adquirem um passaporte
para um mundo-cor-de-rosa,
tornando-se supercrentes: jamais
ficam doentes, não têm crises
financeiras, nem quaisquer
problemas.
9. Ser crente é algo mais profundo,
pois tem a ver com a mente e o
coração, com uma radical mudança
na essência do ser, e não apenas
com meras atitudes exteriores.
10. Pode-se tentar dar muitas
definições, mas ser crente jamais
passará disso: uma nova criatura a
viver de conformidade com o
Evangelho de Jesus Cristo. Esse
ponto tem sido ignorado e traz
muitas confusões às mentes das
pessoas.
11. Mas o termo crente está em
desuso. Agora, o chique é ser
evangélico. Quando mulheres
famosas posam nuas, falam
imoralidades e rebolam “em nome
do Senhor”, se dizendo evangélicas
e defendendo que o exterior não
importa, pois “Deus quer é o
coração”;
12. Quando bandidos contumazes
cometem todo tipo de atrocidade,
mas no dia seguinte a serem pegos
já se postam com a Bíblia na mão e
se dizem evangélicos; quando
desvios de comportamento
procuram ser atenuados com essa
nova palavra mágica,
13. Então podemos ver que algo está
errado não só no entendimento do
que significa ser evangélico, mas no
próprio “modus vivendi” das
pessoas que trazem afrontas e
vitupério ao nome de Cristo.
14. Crente e evangélico, por definição,
deveriam ser essencialmente a
mesma coisa — aquele que segue
fielmente o Evangelho. O problema
é o desvio espiritual de quem quer
apenas um rótulo chique
15. 1 - Cristianismo sem Cristo,
2 - Discipulado sem cruz,
3 - Privilégios sem responsabilidades,
4 - Espiritualidade sem amor,
5 - Liturgia sem liberdade do Espírito, e
6 - Piedade sem poder de Deus.
Cuja religião demonstra:
16. Crente é aquele que segue o
Evangelho de Cristo.
Tomemos uma expressão do
Sermão do Monte para julgarmos a
situação segundo a reta justiça.
Jesus disse: “Vós sois o sal da terra;
ora, se o sal vier a ser insípido...
17. A função primária do sal é salgar,
preservar e dar sabor. O propósito
da luz é iluminar. São coisas tão
evidentes que não necessitam de
ilustração. Jesus as utilizou para
deixar claro que esperava de Seus
discípulos que a sua influência na
sociedade fosse semelhante ao sal e
luz.
18. O problema é que alguns são
“crentes” apenas nominalmente,
não são regenerados.
Esses são “crentes” insípidos e em
trevas, que nunca salgam e jamais
iluminam nada.
Jesus os identificou como “joio”.
19. Esses alargam o
“caminho estreito” da
salvação e fazem com
que o nome do Senhor
seja blasfemado.
20. Em contrapartida, louvo a Deus
pelos crentes fiéis, os quais vivem
de modo digno do Evangelho,
honrando o bom nome de Cristo e
demonstrando com o seu exemplo
que a verdade do Evangelho se
credencia na prática.
21. Quando a sociedade julga os
crentes por aqueles que não vivem
de acordo com o Evangelho,
podemos tirar disso uma lição. A
sociedade espera que sejamos
realmente diferentes, que vivamos
o que pregamos, não o contrário.
22. Quando somos expostos pela
imprensa por causa de uns poucos
“convencidos” (não convertidos),
isso só deve nos fortalecer no
propósito de continuarmos a ser sal
e luz num mundo que se revolve
cada vez mais na podridão de suas
próprias trevas espirituais e morais.
23. Jesus disse que a árvore é
conhecida pelos seus frutos. E
também afirmou: “Nem todo o que
me diz: ‘Senhor, Senhor!’ entrará
no reino dos céus, mas aquele que
faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus”.