SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Roteiro Prático de Avaliação - Atendimento Pré-Hospitalar do Trauma
Baseado na 7ª Edição do PHTLS
* Daniel Valente Batista
1) Saber se a cena é segura ( Violência? Há polícia no local? Trânsito controlado? Combustível? Cheiro
de Gás?) NÃO TRANSFORME SUA EQUIPE EM MAIS PACIENTES. NÃO DIMINUA NÚMERO
DE SOCORRISTAS. NÃO CONFUNDA PRECAUÇÃO COM OMISSÃO.Tenha senso crítico.
2) Avaliar se a equipe está com equipamento adequado.
3) Avaliar cinemática do trauma, quantas vítimas,..
Se queda: 1) Altura ( importância a partir de 3x a altura) 2) Superfície que caiu (sólida? Teve algum
anteparo?) 3) Contato com rede elétrica?
4) Preciso de ajuda? Comunique logo!( IMV, Catástrofe,Vítimas presas nas ferragens, Fios de alta tensão
próximos,...)
5) Avaliar Via Aérea (A): necessidade de imobilização e colocar 02 com máscara reservatório a 100%
12 a 15 litros/minuto. Avalie colocando alguém ( ou mesmo você) estabilizando a coluna cervical do
paciente manualmente. Decida sobre a necessidade de passagem de Colar Cervical. Se necessário, faça
rotações para que o doente fique em posição supina e alinhado. Meça o Tamanho apropriado do Colar e o
passe, mas continue estabilizando evitando lateralização da coluna. Cervical coluna vertebra
ASPIRAÇÃO
6) Avaliar Respiração (B): Inspeção, Palpação e Ausculta. Colocar oxímetro de pulso. Se necessário
ventilar o paciente e você estiver só: Fique de joelhos e coloque a cabeça do paciente entre eles. Ventile
sempre numa frequência de 1 a cada 5 ou 6 segundos ( em torno de 12 irpm). Não se afobe nem
hiperventile  Evite Distensão Gástrica. Em caso de PCR no adulto, ventile na Frequência de 30: 2
7) Avaliar a Circulação (C) : H P P P. Mnmônica ‘H 3 P’ Hemorragia Visível ? Pulso(palpe
inicialmente o pulso radial e bilateralmente, de preferência) – busque qualidade e frequência, não há
necessidade de precisão na contagem do pulso. É preferível que o socorrista treinado tenha noção de que
o mesmo está ‘fraca e rápido’ do que o seu valor exato. Perfusão através de Tempo de Enchimento
Capilar. Pele – cor e temperatura. Não há necessidade de se obter os acessos venosos no local do trauma.
Isso pode ser feito no caminho para o Hospital. Consiga 2 acessos calibrosos 14-16 e inicie a infusão de 2
l de RL Aquecido.
Controle imediato das lesões. Lembre-se que a premissa básica do PHTLS é tratar a medida que for
vendo. Por isso, só passe do A para B se o A estiver tratado e assim por diante.
Tem alterações no ABC? Sim, paciente crítico  priorize transporte. O D e o E são importantes, mas
nesse caso tornam-se menos prioritários que as lesões em ABC
Se não, Prossiga! Avalie o D e o E
8) Avaliar o D: Neurológico. Pupilas e Glasgow. Peça para mover o dedão dos pés. Se não mover, avalie
lesões em coluna cervical C4-5, T4, T10 e T 12. Avalie Glicemia se disponível. Lembre-se, se há suspeita
de trauma na coluna pesquise por outros pontos de dor na coluna. Faça o rolamente para avaliar. Na
suspeita de TCE fique atento para sinais do Fenômeno de Cushing: FC baixa + Hipertensão + Alteração
na Respiração. Na suspeita de TRM, fique atento para choque neurogênico: FC relativamente baixa +
.* Médico Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Oficial do Serviço
de Saúde do Exército Brasileiro.
Hipotensão + má perfusão
Qual a nota de Glasgow?
9) Pranche e leve para ambulância.
10) Reavalie ABC na ambulância
11) Avise ao Hospital de Referência ou a Regulação pra onde está levando o paciente e quais as
condições. Seja sucinto e DIRETO POR EXEMPLO...
12) Avalie o E após reavaliação: Se não tiver rodado, essa é a hora de fazê-lo. Exponha toda a vítima,
preocupe-se com o pudor do paciente e não esqueça de cobri-lo com manta térmica
13) Reavalie. Se os problemas em ABC primário tiverem sido resolvidos e as ameaças controladas. Do
contrário, permanece na avaliação destas!
14) Comece avaliação secundária.
OBTENHA SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL, PULSO, FR, FC, Sat de 02 e Temperatura.
Observe que a Pressão está sendo obtida apenas na avaliação secundária.
A: Alergias
M: Medicações Prévias
P: Passado Médico
P: Prenhez
L: Líquidos/Alimentos ingeridos
A: Ambiente do trauma
15) Exame Físico detalhado: Cabeça aos Pés.
Palpe couro cabeludo, região orbitária, maxilar, mandibular, retro-auricular, observe pescoço e traqueia.
Faça exame de torax e abdome. Palpe cristas e pesquise por instabilidade. Palpe membros inferiores e
superiores.
16) Reavalie continuamente
17) Considerar Sondagem Vesical e Sondagem Nasogástrica a caminho do Hospital se transporte
prolongado
18) Documente tudo o que foi feito no prontuário (folha de atendimento do paciente)
Em caso de queimaduras
1) Obtenha a SCQ e arredonde para o múltiplo de 10 mais próximo e multiplique por 10 =
Quantidade em ml/hora de reposição até a chegada no hospital.
Se paciente maior que 70 kg, acrescente 100 ml/h para cada 10 kg acima de 70 kg.
Por exemplo: Paciente 50 kg com 36 % SCQ. 36% -> 40% x 10 = 400ml/hora
Por exemplo: Paciente 80 kg com 25% SCQ. 25 %--> 30% X 10 = 300 ml/hor + 100 ml/hora ( pois
passou em 10kg os 70kg) = 400 ml/hora
2) Lembrar que a fórmula de Parkland: 4 ml x SCQ x Peso = ml/por dia, sendo ½ nas primeiras oito horas
e ½ nas 16 horas seguintes leva em consideração o momento do acidente e não a chegada da equipe ou a
admissão no Hospital. Sendo assim, um Senhor com 70 kg e 30% da SCQ com acidente as 22h e chegada
da equipe as 01h do dia seguinte, deverá receber 4200 ml até as 06h ( ou seja, correr em 5 horas)

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
Suporte Avançado de Vida em CardiologiaSuporte Avançado de Vida em Cardiologia
Suporte Avançado de Vida em CardiologiaAugusto Moraes
 
Primeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVPrimeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVZeca Ribeiro
 
Gelcampo sessão - sbv
Gelcampo   sessão - sbvGelcampo   sessão - sbv
Gelcampo sessão - sbvsininhu
 
Avaliação primária
Avaliação primáriaAvaliação primária
Avaliação primárialayls
 
3ª aula atendimento inicial no trauma
3ª aula   atendimento inicial no trauma3ª aula   atendimento inicial no trauma
3ª aula atendimento inicial no traumaProf Silvio Rosa
 
ACLS 2010 Prática Rafael Otsuzi
ACLS 2010 Prática Rafael OtsuziACLS 2010 Prática Rafael Otsuzi
ACLS 2010 Prática Rafael OtsuziRafael Otsuzi
 
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizadoLaec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizadoLAEC UNIVAG
 
Atendimento cardiovascular de emergência
Atendimento cardiovascular de emergênciaAtendimento cardiovascular de emergência
Atendimento cardiovascular de emergênciaLeandro de Carvalho
 
SBV.Patologia
SBV.PatologiaSBV.Patologia
SBV.PatologiaScotchMan
 
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017WALFRIDO Farias Gomes
 

Mais procurados (20)

Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
Suporte Avançado de Vida em CardiologiaSuporte Avançado de Vida em Cardiologia
Suporte Avançado de Vida em Cardiologia
 
E Nf. 03
E Nf. 03E Nf. 03
E Nf. 03
 
Primeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBVPrimeiros socorros SBV
Primeiros socorros SBV
 
PCR- Parada Cardiorrespiratória
PCR- Parada CardiorrespiratóriaPCR- Parada Cardiorrespiratória
PCR- Parada Cardiorrespiratória
 
Sbv
SbvSbv
Sbv
 
Gelcampo sessão - sbv
Gelcampo   sessão - sbvGelcampo   sessão - sbv
Gelcampo sessão - sbv
 
Aula 3 rcp e dea[1]
Aula 3   rcp e dea[1]Aula 3   rcp e dea[1]
Aula 3 rcp e dea[1]
 
Avaliação primária
Avaliação primáriaAvaliação primária
Avaliação primária
 
Suporte básico de vida
Suporte básico de vidaSuporte básico de vida
Suporte básico de vida
 
RCP/DEA
RCP/DEARCP/DEA
RCP/DEA
 
Cap 09-rcp
Cap 09-rcpCap 09-rcp
Cap 09-rcp
 
3ª aula atendimento inicial no trauma
3ª aula   atendimento inicial no trauma3ª aula   atendimento inicial no trauma
3ª aula atendimento inicial no trauma
 
ACLS 2010 Prática Rafael Otsuzi
ACLS 2010 Prática Rafael OtsuziACLS 2010 Prática Rafael Otsuzi
ACLS 2010 Prática Rafael Otsuzi
 
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizadoLaec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
 
Palestra Parada Cárdiorrespiratória
Palestra Parada CárdiorrespiratóriaPalestra Parada Cárdiorrespiratória
Palestra Parada Cárdiorrespiratória
 
Atendimento cardiovascular de emergência
Atendimento cardiovascular de emergênciaAtendimento cardiovascular de emergência
Atendimento cardiovascular de emergência
 
Suporte básico de vida
Suporte básico de vidaSuporte básico de vida
Suporte básico de vida
 
Suporte Básico Vida
Suporte Básico VidaSuporte Básico Vida
Suporte Básico Vida
 
SBV.Patologia
SBV.PatologiaSBV.Patologia
SBV.Patologia
 
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017
Suporte Básico de Vida - EEEP WALFRIDO 2017
 

Semelhante a Roteiro Prático de Avaliação Pré-Hospitalar do Trauma

TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdf
TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdfTRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdf
TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdfmaykotojal
 
Aula 5 Primeiros Socorros.pdf
Aula 5 Primeiros Socorros.pdfAula 5 Primeiros Socorros.pdf
Aula 5 Primeiros Socorros.pdfontimiza
 
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)ElioenaiAlmeida1
 
ITO 23 - Módulo 200 sbv
ITO 23 - Módulo 200   sbvITO 23 - Módulo 200   sbv
ITO 23 - Módulo 200 sbvComandantelima
 
Primeiros socorros para conselheiros
Primeiros socorros para conselheirosPrimeiros socorros para conselheiros
Primeiros socorros para conselheirosIsmael Rosa
 
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensiva
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensivaAPOSTILA 3 cti centro de terapia intensiva
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensivaizabellinurse
 
Apresentação Primeiros Socorros.pptx
Apresentação Primeiros Socorros.pptxApresentação Primeiros Socorros.pptx
Apresentação Primeiros Socorros.pptxAdirAntniodeLima
 
ATLS TRASNCRICAO.doc
ATLS TRASNCRICAO.docATLS TRASNCRICAO.doc
ATLS TRASNCRICAO.doczLazaro
 
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01Dina Alves
 
Bombeiro civil primeiros socorros
Bombeiro civil primeiros socorrosBombeiro civil primeiros socorros
Bombeiro civil primeiros socorrosmarceloteacher
 
Parada cardiorrespiratória acls
Parada cardiorrespiratória aclsParada cardiorrespiratória acls
Parada cardiorrespiratória aclsdapab
 

Semelhante a Roteiro Prático de Avaliação Pré-Hospitalar do Trauma (20)

TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdf
TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdfTRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdf
TRAUMA ABDOMINAL_apresentação_cirurgia .pdf
 
Mercredi pcr
Mercredi pcrMercredi pcr
Mercredi pcr
 
Aula 5 Primeiros Socorros.pdf
Aula 5 Primeiros Socorros.pdfAula 5 Primeiros Socorros.pdf
Aula 5 Primeiros Socorros.pdf
 
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)
5- Parada cardiorrespiratória (PCR), Suporte básico de vida (DEA)
 
Mercredi pcr
Mercredi pcrMercredi pcr
Mercredi pcr
 
Aula PCR.pptx
Aula PCR.pptxAula PCR.pptx
Aula PCR.pptx
 
Primeiros socorros
Primeiros socorrosPrimeiros socorros
Primeiros socorros
 
ITO 23 - Módulo 200 sbv
ITO 23 - Módulo 200   sbvITO 23 - Módulo 200   sbv
ITO 23 - Módulo 200 sbv
 
Primeiros socorros para conselheiros
Primeiros socorros para conselheirosPrimeiros socorros para conselheiros
Primeiros socorros para conselheiros
 
slide-sv.pdf
slide-sv.pdfslide-sv.pdf
slide-sv.pdf
 
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensiva
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensivaAPOSTILA 3 cti centro de terapia intensiva
APOSTILA 3 cti centro de terapia intensiva
 
3 aula souza aph
3 aula souza  aph   3 aula souza  aph
3 aula souza aph
 
Apresentação Primeiros Socorros.pptx
Apresentação Primeiros Socorros.pptxApresentação Primeiros Socorros.pptx
Apresentação Primeiros Socorros.pptx
 
revisao aph ronald.pptx
revisao aph ronald.pptxrevisao aph ronald.pptx
revisao aph ronald.pptx
 
ATLS TRASNCRICAO.doc
ATLS TRASNCRICAO.docATLS TRASNCRICAO.doc
ATLS TRASNCRICAO.doc
 
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
Atendimento inicial-politraumatizadofinal-141025012159-conversion-gate01
 
Primeiros socorrosbombeiro civil
Primeiros socorrosbombeiro civilPrimeiros socorrosbombeiro civil
Primeiros socorrosbombeiro civil
 
Reanimação Cardiopulmonar - Enf. Simone Crispim
Reanimação Cardiopulmonar - Enf. Simone CrispimReanimação Cardiopulmonar - Enf. Simone Crispim
Reanimação Cardiopulmonar - Enf. Simone Crispim
 
Bombeiro civil primeiros socorros
Bombeiro civil primeiros socorrosBombeiro civil primeiros socorros
Bombeiro civil primeiros socorros
 
Parada cardiorrespiratória acls
Parada cardiorrespiratória aclsParada cardiorrespiratória acls
Parada cardiorrespiratória acls
 

Mais de Enfermare Home Care

Apostila de desenho técnico pdf
Apostila de desenho técnico pdfApostila de desenho técnico pdf
Apostila de desenho técnico pdfEnfermare Home Care
 
Acup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfAcup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfEnfermare Home Care
 
Calendário nacional de vacinação da criança pni - 2016
Calendário nacional de vacinação da criança   pni - 2016Calendário nacional de vacinação da criança   pni - 2016
Calendário nacional de vacinação da criança pni - 2016Enfermare Home Care
 
Monografia estudo da estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...
Monografia estudo da  estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...Monografia estudo da  estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...
Monografia estudo da estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...Enfermare Home Care
 
Enfermeiro atribuições legais-psf
Enfermeiro atribuições legais-psfEnfermeiro atribuições legais-psf
Enfermeiro atribuições legais-psfEnfermare Home Care
 

Mais de Enfermare Home Care (8)

Guia de alimentos
Guia de alimentosGuia de alimentos
Guia de alimentos
 
Gotejamento
GotejamentoGotejamento
Gotejamento
 
Apostila de desenho técnico pdf
Apostila de desenho técnico pdfApostila de desenho técnico pdf
Apostila de desenho técnico pdf
 
Acup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdfAcup apostila oficial endócrino-pdf
Acup apostila oficial endócrino-pdf
 
Calendário nacional de vacinação da criança pni - 2016
Calendário nacional de vacinação da criança   pni - 2016Calendário nacional de vacinação da criança   pni - 2016
Calendário nacional de vacinação da criança pni - 2016
 
Acupuntura manual
Acupuntura manualAcupuntura manual
Acupuntura manual
 
Monografia estudo da estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...
Monografia estudo da  estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...Monografia estudo da  estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...
Monografia estudo da estudo da qualidade de vidas das enfermeiras do portão ...
 
Enfermeiro atribuições legais-psf
Enfermeiro atribuições legais-psfEnfermeiro atribuições legais-psf
Enfermeiro atribuições legais-psf
 

Último

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxPedroHPRoriz
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completomiriancarvalho34
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAKaiannyFelix
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 

Último (12)

Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptxConceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
Conceitos de Saúde Coletiva e Saúde Pública.pptx
 
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis  de biosseguranca ,com um resumo completoNíveis  de biosseguranca ,com um resumo completo
Níveis de biosseguranca ,com um resumo completo
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICAPNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
PNAB- POLITICA NACIONAL DE ATENÇAO BASICA
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 

Roteiro Prático de Avaliação Pré-Hospitalar do Trauma

  • 1. Roteiro Prático de Avaliação - Atendimento Pré-Hospitalar do Trauma Baseado na 7ª Edição do PHTLS * Daniel Valente Batista 1) Saber se a cena é segura ( Violência? Há polícia no local? Trânsito controlado? Combustível? Cheiro de Gás?) NÃO TRANSFORME SUA EQUIPE EM MAIS PACIENTES. NÃO DIMINUA NÚMERO DE SOCORRISTAS. NÃO CONFUNDA PRECAUÇÃO COM OMISSÃO.Tenha senso crítico. 2) Avaliar se a equipe está com equipamento adequado. 3) Avaliar cinemática do trauma, quantas vítimas,.. Se queda: 1) Altura ( importância a partir de 3x a altura) 2) Superfície que caiu (sólida? Teve algum anteparo?) 3) Contato com rede elétrica? 4) Preciso de ajuda? Comunique logo!( IMV, Catástrofe,Vítimas presas nas ferragens, Fios de alta tensão próximos,...) 5) Avaliar Via Aérea (A): necessidade de imobilização e colocar 02 com máscara reservatório a 100% 12 a 15 litros/minuto. Avalie colocando alguém ( ou mesmo você) estabilizando a coluna cervical do paciente manualmente. Decida sobre a necessidade de passagem de Colar Cervical. Se necessário, faça rotações para que o doente fique em posição supina e alinhado. Meça o Tamanho apropriado do Colar e o passe, mas continue estabilizando evitando lateralização da coluna. Cervical coluna vertebra ASPIRAÇÃO 6) Avaliar Respiração (B): Inspeção, Palpação e Ausculta. Colocar oxímetro de pulso. Se necessário ventilar o paciente e você estiver só: Fique de joelhos e coloque a cabeça do paciente entre eles. Ventile sempre numa frequência de 1 a cada 5 ou 6 segundos ( em torno de 12 irpm). Não se afobe nem hiperventile  Evite Distensão Gástrica. Em caso de PCR no adulto, ventile na Frequência de 30: 2 7) Avaliar a Circulação (C) : H P P P. Mnmônica ‘H 3 P’ Hemorragia Visível ? Pulso(palpe inicialmente o pulso radial e bilateralmente, de preferência) – busque qualidade e frequência, não há necessidade de precisão na contagem do pulso. É preferível que o socorrista treinado tenha noção de que o mesmo está ‘fraca e rápido’ do que o seu valor exato. Perfusão através de Tempo de Enchimento Capilar. Pele – cor e temperatura. Não há necessidade de se obter os acessos venosos no local do trauma. Isso pode ser feito no caminho para o Hospital. Consiga 2 acessos calibrosos 14-16 e inicie a infusão de 2 l de RL Aquecido. Controle imediato das lesões. Lembre-se que a premissa básica do PHTLS é tratar a medida que for vendo. Por isso, só passe do A para B se o A estiver tratado e assim por diante. Tem alterações no ABC? Sim, paciente crítico  priorize transporte. O D e o E são importantes, mas nesse caso tornam-se menos prioritários que as lesões em ABC Se não, Prossiga! Avalie o D e o E 8) Avaliar o D: Neurológico. Pupilas e Glasgow. Peça para mover o dedão dos pés. Se não mover, avalie lesões em coluna cervical C4-5, T4, T10 e T 12. Avalie Glicemia se disponível. Lembre-se, se há suspeita de trauma na coluna pesquise por outros pontos de dor na coluna. Faça o rolamente para avaliar. Na suspeita de TCE fique atento para sinais do Fenômeno de Cushing: FC baixa + Hipertensão + Alteração na Respiração. Na suspeita de TRM, fique atento para choque neurogênico: FC relativamente baixa + .* Médico Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará. Oficial do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.
  • 2. Hipotensão + má perfusão Qual a nota de Glasgow? 9) Pranche e leve para ambulância. 10) Reavalie ABC na ambulância 11) Avise ao Hospital de Referência ou a Regulação pra onde está levando o paciente e quais as condições. Seja sucinto e DIRETO POR EXEMPLO... 12) Avalie o E após reavaliação: Se não tiver rodado, essa é a hora de fazê-lo. Exponha toda a vítima, preocupe-se com o pudor do paciente e não esqueça de cobri-lo com manta térmica 13) Reavalie. Se os problemas em ABC primário tiverem sido resolvidos e as ameaças controladas. Do contrário, permanece na avaliação destas! 14) Comece avaliação secundária. OBTENHA SINAIS VITAIS: PRESSÃO ARTERIAL, PULSO, FR, FC, Sat de 02 e Temperatura. Observe que a Pressão está sendo obtida apenas na avaliação secundária. A: Alergias M: Medicações Prévias P: Passado Médico P: Prenhez L: Líquidos/Alimentos ingeridos A: Ambiente do trauma 15) Exame Físico detalhado: Cabeça aos Pés. Palpe couro cabeludo, região orbitária, maxilar, mandibular, retro-auricular, observe pescoço e traqueia. Faça exame de torax e abdome. Palpe cristas e pesquise por instabilidade. Palpe membros inferiores e superiores. 16) Reavalie continuamente 17) Considerar Sondagem Vesical e Sondagem Nasogástrica a caminho do Hospital se transporte prolongado 18) Documente tudo o que foi feito no prontuário (folha de atendimento do paciente) Em caso de queimaduras 1) Obtenha a SCQ e arredonde para o múltiplo de 10 mais próximo e multiplique por 10 = Quantidade em ml/hora de reposição até a chegada no hospital. Se paciente maior que 70 kg, acrescente 100 ml/h para cada 10 kg acima de 70 kg. Por exemplo: Paciente 50 kg com 36 % SCQ. 36% -> 40% x 10 = 400ml/hora
  • 3. Por exemplo: Paciente 80 kg com 25% SCQ. 25 %--> 30% X 10 = 300 ml/hor + 100 ml/hora ( pois passou em 10kg os 70kg) = 400 ml/hora 2) Lembrar que a fórmula de Parkland: 4 ml x SCQ x Peso = ml/por dia, sendo ½ nas primeiras oito horas e ½ nas 16 horas seguintes leva em consideração o momento do acidente e não a chegada da equipe ou a admissão no Hospital. Sendo assim, um Senhor com 70 kg e 30% da SCQ com acidente as 22h e chegada da equipe as 01h do dia seguinte, deverá receber 4200 ml até as 06h ( ou seja, correr em 5 horas)