SlideShare uma empresa Scribd logo
I Encuentro Continental de Docentes y
Organizaciones para la Educación en Contextos de
                    Encierro




               Eliane Leal Vasquez - GEDHEP / Brasil
            Edmar Souza das Neves - GEDHEP / Brasil
         Lucidea Portal Melo de Carvalho - GEDHEP / Brasil
            Zoar Monteiro de Oliveira - GEDHEP / Brasil



              Provincia de Misiones / Argentina
                                                             1
                            2011
Neste trabalho analisamos o debate atual e
desafios para implantação das Políticas Públicas
para Educação Penitenciária no Brasil. O texto é
constituído nas seguintes discussões: Aspectos
históricos     da     educação     penitenciária
brasileira, Programa Educar para a Liberdade e a
implantação das políticas públicas para
educação       penitenciária,   resultados     e
considerações finais.

                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           2
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Desde a segunda metade do século XIX no
Brasil a “instrução escolar” a população carcerária
é mencionada no conteúdo de regulamentos
penitenciários da Casa de Correção da Corte/Rio de
Janeiro, Presídio de Fernando de Noronha, Casa de
Correção de Porto Alegre, Colônia Correcional de
Dois Reis, Casa de Correção de São Paulo e outras
instituições     disciplinares    destinadas      a
cumprimento de pena com trabalho obrigatório,
além das penas de galés, desterro e outras.

                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            3
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Desse modo, a promoção da cultura
escolar ao sujeito-preso antecede as
determinações da atual Lei de Execução Penal
(Lei no 7210/84). Nesse contexto, é interessante
observar que a introdução da “instrução escolar
na prisão” ocorreu no Brasil em paralelo à
organização da instrução pública em nível de
ensino primário, secundário e superior, além do
período que se difundiu as bibliotecas públicas,
a exemplo da estruturação da biblioteca da
corte no império brasileiro. Nesse período da
história das prisões no Brasil, o controle político
da nação esteve nas mãos dos imperadores D.
Pedro I e D. Pedro II (1822 a 1889).
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            4
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Sabe-se que no século XIX pela análise de
Foucault      (1977),    que     o    estabelecimento
penitenciário surgiu enquanto prisão-aparelho, isto
é,     instituição    disciplinar     destinada       ao
controle, vigília e punição do corpo do
condenado, com base nos princípios que passaram
a vigorar nessa época, as conhecidas técnicas
penitenciárias. Essas técnicas se constituíram com
os princípios da (correção, classificação, modulação
da     pena,     trabalho     como      obrigação      e
direito, educação penitenciária, controle técnico da
detenção e instituições anexas).          Na prática do
encarceramento, isto significou, à entrada da
escola, igreja e hospital para o interior das prisões
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               5
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Oferta das instruções moral, religiosa e
                 intelectual às pessoas presas

                                                             Instrução moral, religiosa
                Séc. XIX                                             e escolar
                                     Escola de
                                     primeiras
                                       letras
Instrução moral, religiosa
  e escolar e prática de
     atividade física                                                         Séc. XX ao XXI
                                                                 Educação e
                                                                  Jovens e
                       Escolas
                                                                  Adultos:
                     correcionais
                                                                   escolas
                                                                    (EJA)
                                                                            Instrução moral, religiosa,
                                                                                 escolar, artística,
  Início do séc. XX                                                          profissional e educação
                                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
                                                                                       física      6
Em síntese, a educação penitenciária brasileira
vem se desenvolvendo desde a segunda metade do
século XIX, orientada por uma vasta legislação e obras
de diferentes áreas do conhecimento científico, como
da ciência penitenciaria, e a partir do século XX, do e
direito penitenciário, educação, direitos humanos,
execução penal, política criminal e penitenciária e
outras áreas. Quanto à realidade da oferta da
educação básica às pessoas presas ou detidas, e a
atuação das escolas no interior das instituições penais
e instituições de medida sócio-educativa, é preciso
ressaltar que a cultura que impera nessas instituições
disciplinares é a cultura do controle e cultura
prisional em detrimento a cultura escolar.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                              7
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Algumas consequências do convívio da cultura
   do controle, a cultura prisional e cultura escolar:

• Demora da liberação do sujeito preso ou detido de sua
cela para chegar à escola.
• Difíceis relações sociais entre as pessoas presas e
servidores penitenciários.
• Ampliação das manifestações da cultura prisional como
mecanismo de resistência ao sistema de controle, vigília e
punição.

• Prática de violação aos direitos humanos impedindo a
promoção da cultura escolar.
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               8
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
A referida problemática é pauta dos debates
preparatórios para implantação das políticas
públicas para educação penitenciária. Atualmente é
recorrente em publicações no Brasil (2007 a
2010), resultantes de pesquisas e discussões no
Fórum Mundial Social (2009):




                                                              Políticas
                                                            Públicas para
                                                            Educação nas
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               Prisões
                                                                       9
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Neste tópico, apresentaremos a transcrição de
entrevistas na íntegra realizadas no período de 11 de
abril a 04 de maio de 2011 pelo Grupo de Estudos de
Direitos Humanos e Educação Penitenciária – GEDHEP,
com finalidade de levantar dados atuais sobre o
processo de elaboração dos planos estaduais de
educação em prisões no contexto do Programa
Educando para a Liberdade no Brasil.

                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             10
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 ENTREVISTA 1: CARLOS JOSÉ PINHEIRO TEIXEIRA
  (MEC/SECAD)

 Auto-apresentação

GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro
de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto-
apresentação.
 C.J.P.T.: Licenciado e especialista em Filosofia (UFRN),
com atuação em Lógica e Ética. Mestre em Estudos da
Linguagem (UFRN). Coordenador das ações de
educação em prisões na Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade/Ministério da
Educação no Brasil.
                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             11
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Programa Educando para a Liberdade
GEDHEP: Como surgiu o Programa Educando para a
Liberdade,     nos      esclareça    sobre     a    sua
coordenação, finalidade, ações pretendidas, verba para
execução do seu cronograma de ações e tempo de
duração?
 C.J.P.T.: Surgiu a partir da provocação do
Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da
Justiça ao Ministério da Educação em 2004. Como
conseqüência foi assinado Protocolo de Intenções entre
estes dois Ministérios e criado grupo de trabalho com a
participação de representantes das secretarias de
estaduais de educação e dos órgãos responsáveis pela
administração penitenciária, com o apoio da UNESCO.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
                                                              12
Este grupo definiu com o Projeto Educando
para a Liberdade:

• Ações e realização de seminários regionais e
nacional para a definição de diretrizes para a
oferta de educação nas prisões.
• O Ministério da educação transferiu recursos
para os estados realizarem ações de formação
dos profissionais envolvidos na oferta de
educação nas prisões.
• Definição de Estratégias para a inclusão da
população carcerária nas Políticas de Educação
de Jovens e Adultos.
                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           13
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
• Essas estratégias foram:

Financiamento via FUNDEB; Distribuição dos livros do
Programa Nacional do Livro Didático; Merenda Escolar
(PNAE); Plano Nacional de Formação de professores;
Assistência Técnica e Financeira via Plano de Ações
Articuladas (PAR Prisional), com recursos para elaboração
dos Planos Estaduais de Educação em Prisões, formação de
profissionais e aquisição de acervos literários.




    OBJETIVO: Implementar as políticas públicas
       para educação nas prisões no Brasil.
                     Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                               14
                    Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Implicações para a oferta da Educação Formal no
Sistema Penitenciário Brasileiro

GEDHEP: Qual a relevância da Resolução CNE/CEB n°
2/2010 que normatiza as diretrizes nacionais para
educação em prisões?

C.J.P.T.: As Diretrizes é o marco normativo que orienta a
oferta de educação nas prisões no Brasil. Marco este que
era reclamado por todos os profissionais que atuam
nesta oferta. O processo de elaboração dos planos
estaduais de educação em prisões ainda não foi
encerrado. Em função da publicação das Diretrizes e do
interesse dos Conselhos Estaduais se manifestarem
sobre a matéria, o prazo de finalização destes planos
passou para o final de 2011.
                    Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                              15
                   Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
GEDHEP: E quais os Estados que já concluíram a
elaboração do Plano Estadual de Educação em
Prisões no Brasil?




                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            16
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
ENTREVISTA 2: ROBERTO DA SILVA (USP)

 Auto-apresentação

GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro
de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto-
apresentação.

R.S: Roberto da Silva é pedagogo (UFMT, 1993),
mestre (USP, 1998), doutor (USP, 2001) em Educação
e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009).
Professor do Departamento de Administração Escolar
e Economia da Educação (USP).
                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            17
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Participação de grupos de pesquisas no processo de
elaboração de Plano Estadual de Educação em Prisões
no Brasil

GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva, quais os Estados
em que o senhor contribuiu com a produção do plano
estadual de educação em prisões?
 R.S: Colaborei com os estados de Mato Grosso do
Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Participei das
discussões no Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Acre.
Rio Grande do Norte já tem o plano e outros estados
estão em fase inicial de discussão.




                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             18
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
 Plano estadual de educação em prisões do Sistema
Penitenciário de São Paulo

GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva discorra sobre como se
encontra o debate em São Paulo para a implantação das
políticas públicas para educação em prisões, e, por conseguinte
na elaboração do seu plano estadual para a referida área.
 R.S.: Apenas em Março de 2011 a Secretaria de Administração
Penitenciária criou uma comissão para iniciar esta discussão.
São Paulo tem estado ausente dos debates nacionais por óbvias
rivalidades políticas com o governo federal e isso atrasou
significativamente o início da discussão no estado mais
importante da federação e que é responsável por cerca de 40%
dos presos no Brasil. A comissão constituída por decreto do
governador não contempla a participação das universidades e
da sociedade civil, havendo neste exato momento uma intensa
mobilização para viabilizar estas participações.
                       Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                                 19
                      Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
1.3. Resultados e considerações finais

       Nesse trabalho contextualizamos aspectos
históricos da educação penitenciária brasileira para
situar a tentativa de implantação das políticas
públicas para a educação nas prisões no século XXI,
como uma pauta atual do Ministério da Educação
(MEC)      e Ministério da Justiça (MJ). Esses
ministérios por meio de cooperação institucional
têm procurado através do Programa Educando
para a Liberdade, promover a articulação
institucional necessária para implantação das
políticas públicas para a oferta da educação no
sistema penitenciário brasileiro.

                 Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                           20
                Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Em termos concretos, o que se efetivou
foram as aprovações das resoluções do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária e
Conselho Nacional de Educação (CNPCP no 3/2009 e
CNE/CEB n° 2/2010), que legitimam as diretrizes
nacionais para oferta da educação às pessoas
privadas de liberdade, como ainda, a elaboração de
4 (quatro) planos estaduais de educação nas
prisões - PEEP, respectivamente nos estados: Santa
Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul.


                  Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                            21
                 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
Apresentamos dados quantitativos que
esclarecem com relação às demais unidades
federadas / Brasil :

   Unidades         Unidades           Unidades
 Federadas com    Federadas com    Federadas com
 PEEP concluído   PEEP previstos        dados
                  para conclusão indisponíveis sobre
                                   a elaboração do
                                         PEEP
   4      14,88 %  11    44,44 %    12      40,74%

Fonte: Elaboração da exposição tabular pelo GEDHEP, 2011.

                         Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                                   22
                        Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
As diretrizes nacionais para educação nas
prisões visa a urgente implantação das políticas
públicas para referida área, para que de fato o
acesso à educação como direito social e humano se
efetive a homens e mulheres que estão cumprindo
penas no sistema penitenciário brasileiro, caso
contrário, teremos apenas novas resoluções para a
oferta da educação nas prisões, o que não garantirá
a sua execução pelas unidades federadas como
política criminal e penitenciária ou política pública
na área da educação de jovens e adultos.

                   Grupo de Estudos Direitos Humanos e
                                                             23
                  Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
Márcia Siqueira
 
Aula 3: História da educação no Brasil
Aula 3: História da educação no BrasilAula 3: História da educação no Brasil
Aula 3: História da educação no Brasil
Israel serique
 
O que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
O que é Pedagogia: Paulo GhiraldelliO que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
O que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
Claudinéia da Silva
 
Eja
EjaEja
Princípios da educação inclusiva
Princípios da educação inclusivaPrincípios da educação inclusiva
Princípios da educação inclusiva
mainamgar
 
5541
55415541
5541
rpabr
 
08 18 48_2165-7303-1-pb
08 18 48_2165-7303-1-pb08 18 48_2165-7303-1-pb
08 18 48_2165-7303-1-pb
Januário Esteves
 
Dcn educação especial
Dcn  educação especialDcn  educação especial
Dcn educação especial
marcaocampos
 
Ensino Superior No Brasil
Ensino Superior No BrasilEnsino Superior No Brasil
Ensino Superior No Brasil
guest9af8f23
 
Historico brasil
Historico brasilHistorico brasil
Historico brasil
estudosacademicospedag
 
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
eurenicedosreis
 
Politica nacional de_educacao_especial
Politica nacional de_educacao_especialPolitica nacional de_educacao_especial
Politica nacional de_educacao_especial
martamello
 
Educaçao infantil no brasil avanços e limites
Educaçao infantil no brasil   avanços e limitesEducaçao infantil no brasil   avanços e limites
Educaçao infantil no brasil avanços e limites
Anna Paula Krasnhak Marino
 
História da educação
História da educaçãoHistória da educação
História da educação
Andreia Carla Lobo
 
Educação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira RepúblicaEducação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira República
Vivilane Ferreira
 
Ms c ifmonteiro
Ms c ifmonteiroMs c ifmonteiro
Ms c ifmonteiro
Donato Americo Montanha
 
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
Beatriz EAloísio
 
Ensino superior no brasil
Ensino superior no brasil Ensino superior no brasil
Ensino superior no brasil
anaervilha
 

Mais procurados (18)

Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
Radio instrumento potencializador_processo_aprender_ensinar_jovens_privados_l...
 
Aula 3: História da educação no Brasil
Aula 3: História da educação no BrasilAula 3: História da educação no Brasil
Aula 3: História da educação no Brasil
 
O que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
O que é Pedagogia: Paulo GhiraldelliO que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
O que é Pedagogia: Paulo Ghiraldelli
 
Eja
EjaEja
Eja
 
Princípios da educação inclusiva
Princípios da educação inclusivaPrincípios da educação inclusiva
Princípios da educação inclusiva
 
5541
55415541
5541
 
08 18 48_2165-7303-1-pb
08 18 48_2165-7303-1-pb08 18 48_2165-7303-1-pb
08 18 48_2165-7303-1-pb
 
Dcn educação especial
Dcn  educação especialDcn  educação especial
Dcn educação especial
 
Ensino Superior No Brasil
Ensino Superior No BrasilEnsino Superior No Brasil
Ensino Superior No Brasil
 
Historico brasil
Historico brasilHistorico brasil
Historico brasil
 
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
4a s aee_ead_2013_politica_nacional_de_educacao_especial (1)
 
Politica nacional de_educacao_especial
Politica nacional de_educacao_especialPolitica nacional de_educacao_especial
Politica nacional de_educacao_especial
 
Educaçao infantil no brasil avanços e limites
Educaçao infantil no brasil   avanços e limitesEducaçao infantil no brasil   avanços e limites
Educaçao infantil no brasil avanços e limites
 
História da educação
História da educaçãoHistória da educação
História da educação
 
Educação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira RepúblicaEducação Escolar na Primeira República
Educação Escolar na Primeira República
 
Ms c ifmonteiro
Ms c ifmonteiroMs c ifmonteiro
Ms c ifmonteiro
 
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
A afetividade nas relaçes professor aluno um estudo na educao de jovens e adu...
 
Ensino superior no brasil
Ensino superior no brasil Ensino superior no brasil
Ensino superior no brasil
 

Semelhante a POLÍTICA PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO PENITENCIÁRIA: Panorama do debate atual e seus desafios para implantação no Brasil

A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptxA educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
AyanneVieira1
 
Projeto diversidade sexual na escola
Projeto diversidade sexual na escolaProjeto diversidade sexual na escola
Projeto diversidade sexual na escola
ecossexualidade
 
EDUCAÇÃO EJA NO SISTEMA PRISIONAL
EDUCAÇÃO  EJA  NO SISTEMA PRISIONALEDUCAÇÃO  EJA  NO SISTEMA PRISIONAL
EDUCAÇÃO EJA NO SISTEMA PRISIONAL
Elionaldo Cruz
 
Educação nas Prisões - Prison Education.pdf
Educação nas Prisões - Prison Education.pdfEducação nas Prisões - Prison Education.pdf
Educação nas Prisões - Prison Education.pdf
VitorReis59
 
Artigo leda
Artigo ledaArtigo leda
Artigo leda
tarcizzo
 
A educação infantil na história e na atualidade
A educação infantil na história e na atualidadeA educação infantil na história e na atualidade
A educação infantil na história e na atualidade
Gizelda Rodrigues de Araújo
 
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptxDilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
EversonLima23
 
Francielle gustavo neide
Francielle gustavo neideFrancielle gustavo neide
Francielle gustavo neide
Fernando Pissuto
 
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certoRevisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
Cleia Mendes
 
Painelcreche
PainelcrechePainelcreche
Painelcreche
mcrisvilas
 
Painel 1
Painel 1Painel 1
Painel 1
mcrisvilas
 
Ressocialização através da educação
Ressocialização através da educaçãoRessocialização através da educação
Ressocialização através da educação
wilso saggiori
 
Funcionários e educadores certo/ profuncionários
Funcionários e educadores certo/ profuncionáriosFuncionários e educadores certo/ profuncionários
Funcionários e educadores certo/ profuncionários
Andreá Perez Leinat
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
paemelo
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
paemelo
 
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptxANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
AyanneVieira1
 
Atps ensino fundamental
Atps ensino fundamentalAtps ensino fundamental
Atps ensino fundamental
Patrícia M O Raymundo
 
Políticas e Leis em Biblioteca Escolar
Políticas e Leis em Biblioteca EscolarPolíticas e Leis em Biblioteca Escolar
Políticas e Leis em Biblioteca Escolar
InclusaoDigitalSocial
 
Educação Infantil - MPCOMP T16
Educação Infantil - MPCOMP T16Educação Infantil - MPCOMP T16
Educação Infantil - MPCOMP T16
Thomas Victor Rodrigues de Oliveira
 
Jessica jucilene nair
Jessica jucilene nairJessica jucilene nair
Jessica jucilene nair
Fernando Pissuto
 

Semelhante a POLÍTICA PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO PENITENCIÁRIA: Panorama do debate atual e seus desafios para implantação no Brasil (20)

A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptxA educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
A educação infantil nos países do MERCOSUL.pptx
 
Projeto diversidade sexual na escola
Projeto diversidade sexual na escolaProjeto diversidade sexual na escola
Projeto diversidade sexual na escola
 
EDUCAÇÃO EJA NO SISTEMA PRISIONAL
EDUCAÇÃO  EJA  NO SISTEMA PRISIONALEDUCAÇÃO  EJA  NO SISTEMA PRISIONAL
EDUCAÇÃO EJA NO SISTEMA PRISIONAL
 
Educação nas Prisões - Prison Education.pdf
Educação nas Prisões - Prison Education.pdfEducação nas Prisões - Prison Education.pdf
Educação nas Prisões - Prison Education.pdf
 
Artigo leda
Artigo ledaArtigo leda
Artigo leda
 
A educação infantil na história e na atualidade
A educação infantil na história e na atualidadeA educação infantil na história e na atualidade
A educação infantil na história e na atualidade
 
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptxDilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
Dilemas_e_desafios_para_consolidao_da_educao_bsica_Slides.pptx
 
Francielle gustavo neide
Francielle gustavo neideFrancielle gustavo neide
Francielle gustavo neide
 
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certoRevisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
Revisões das diretrizes curriculares nacionais para educação infantil certo
 
Painelcreche
PainelcrechePainelcreche
Painelcreche
 
Painel 1
Painel 1Painel 1
Painel 1
 
Ressocialização através da educação
Ressocialização através da educaçãoRessocialização através da educação
Ressocialização através da educação
 
Funcionários e educadores certo/ profuncionários
Funcionários e educadores certo/ profuncionáriosFuncionários e educadores certo/ profuncionários
Funcionários e educadores certo/ profuncionários
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
 
Apresentação2
Apresentação2Apresentação2
Apresentação2
 
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptxANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
ANÁLISE DA POLÍTICA CURRICULAR PARA A PRIMEIRA INFANCIA NA AMÉRICA LATINA.pptx
 
Atps ensino fundamental
Atps ensino fundamentalAtps ensino fundamental
Atps ensino fundamental
 
Políticas e Leis em Biblioteca Escolar
Políticas e Leis em Biblioteca EscolarPolíticas e Leis em Biblioteca Escolar
Políticas e Leis em Biblioteca Escolar
 
Educação Infantil - MPCOMP T16
Educação Infantil - MPCOMP T16Educação Infantil - MPCOMP T16
Educação Infantil - MPCOMP T16
 
Jessica jucilene nair
Jessica jucilene nairJessica jucilene nair
Jessica jucilene nair
 

Último

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
JoeteCarvalho
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
AmiltonAparecido1
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
TomasSousa7
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
LeticiaRochaCupaiol
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
PatriciaZanoli
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
KleginaldoPaz2
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
Manuais Formação
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
SILVIAREGINANAZARECA
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
eaiprofpolly
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
soaresdesouzaamanda8
 

Último (20)

slides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentarslides de Didática 2.pdf para apresentar
slides de Didática 2.pdf para apresentar
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdfOS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
OS elementos de uma boa Redação para o ENEM.pdf
 
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões.          pptxRimas, Luís Vaz de Camões.          pptx
Rimas, Luís Vaz de Camões. pptx
 
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
1ª LEI DE OHN, CARACTERISTICAS IMPORTANTES.
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.pptLeis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
Leis de Mendel - as ervilhas e a maneira simples de entender.ppt
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptxSlides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
Slides Lição 11, Central Gospel, Os Mortos Em CRISTO, 2Tr24.pptx
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vidakarl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
karl marx biografia resumida com suas obras e história de vida
 
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdfUFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
UFCD_10145_Enquadramento do setor farmacêutico_indice.pdf
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
1_10_06_2024_Criança e Cultura Escrita, Ana Maria de Oliveira Galvão.pdf
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
 
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdfCRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
CRONOGRAMA - PSC 2° ETAPA 2024.pptx (1).pdf
 

POLÍTICA PÚBLICA PARA EDUCAÇÃO PENITENCIÁRIA: Panorama do debate atual e seus desafios para implantação no Brasil

  • 1. I Encuentro Continental de Docentes y Organizaciones para la Educación en Contextos de Encierro Eliane Leal Vasquez - GEDHEP / Brasil Edmar Souza das Neves - GEDHEP / Brasil Lucidea Portal Melo de Carvalho - GEDHEP / Brasil Zoar Monteiro de Oliveira - GEDHEP / Brasil Provincia de Misiones / Argentina 1 2011
  • 2. Neste trabalho analisamos o debate atual e desafios para implantação das Políticas Públicas para Educação Penitenciária no Brasil. O texto é constituído nas seguintes discussões: Aspectos históricos da educação penitenciária brasileira, Programa Educar para a Liberdade e a implantação das políticas públicas para educação penitenciária, resultados e considerações finais. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 2 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 3. Desde a segunda metade do século XIX no Brasil a “instrução escolar” a população carcerária é mencionada no conteúdo de regulamentos penitenciários da Casa de Correção da Corte/Rio de Janeiro, Presídio de Fernando de Noronha, Casa de Correção de Porto Alegre, Colônia Correcional de Dois Reis, Casa de Correção de São Paulo e outras instituições disciplinares destinadas a cumprimento de pena com trabalho obrigatório, além das penas de galés, desterro e outras. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 3 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 4. Desse modo, a promoção da cultura escolar ao sujeito-preso antecede as determinações da atual Lei de Execução Penal (Lei no 7210/84). Nesse contexto, é interessante observar que a introdução da “instrução escolar na prisão” ocorreu no Brasil em paralelo à organização da instrução pública em nível de ensino primário, secundário e superior, além do período que se difundiu as bibliotecas públicas, a exemplo da estruturação da biblioteca da corte no império brasileiro. Nesse período da história das prisões no Brasil, o controle político da nação esteve nas mãos dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II (1822 a 1889). Grupo de Estudos Direitos Humanos e 4 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 5. Sabe-se que no século XIX pela análise de Foucault (1977), que o estabelecimento penitenciário surgiu enquanto prisão-aparelho, isto é, instituição disciplinar destinada ao controle, vigília e punição do corpo do condenado, com base nos princípios que passaram a vigorar nessa época, as conhecidas técnicas penitenciárias. Essas técnicas se constituíram com os princípios da (correção, classificação, modulação da pena, trabalho como obrigação e direito, educação penitenciária, controle técnico da detenção e instituições anexas). Na prática do encarceramento, isto significou, à entrada da escola, igreja e hospital para o interior das prisões Grupo de Estudos Direitos Humanos e 5 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 6. Oferta das instruções moral, religiosa e intelectual às pessoas presas Instrução moral, religiosa Séc. XIX e escolar Escola de primeiras letras Instrução moral, religiosa e escolar e prática de atividade física Séc. XX ao XXI Educação e Jovens e Escolas Adultos: correcionais escolas (EJA) Instrução moral, religiosa, escolar, artística, Início do séc. XX profissional e educação Grupo de Estudos Direitos Humanos e Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil física 6
  • 7. Em síntese, a educação penitenciária brasileira vem se desenvolvendo desde a segunda metade do século XIX, orientada por uma vasta legislação e obras de diferentes áreas do conhecimento científico, como da ciência penitenciaria, e a partir do século XX, do e direito penitenciário, educação, direitos humanos, execução penal, política criminal e penitenciária e outras áreas. Quanto à realidade da oferta da educação básica às pessoas presas ou detidas, e a atuação das escolas no interior das instituições penais e instituições de medida sócio-educativa, é preciso ressaltar que a cultura que impera nessas instituições disciplinares é a cultura do controle e cultura prisional em detrimento a cultura escolar. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 7 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 8. Algumas consequências do convívio da cultura do controle, a cultura prisional e cultura escolar: • Demora da liberação do sujeito preso ou detido de sua cela para chegar à escola. • Difíceis relações sociais entre as pessoas presas e servidores penitenciários. • Ampliação das manifestações da cultura prisional como mecanismo de resistência ao sistema de controle, vigília e punição. • Prática de violação aos direitos humanos impedindo a promoção da cultura escolar. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 8 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 9. A referida problemática é pauta dos debates preparatórios para implantação das políticas públicas para educação penitenciária. Atualmente é recorrente em publicações no Brasil (2007 a 2010), resultantes de pesquisas e discussões no Fórum Mundial Social (2009): Políticas Públicas para Educação nas Grupo de Estudos Direitos Humanos e Prisões 9 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 10. Neste tópico, apresentaremos a transcrição de entrevistas na íntegra realizadas no período de 11 de abril a 04 de maio de 2011 pelo Grupo de Estudos de Direitos Humanos e Educação Penitenciária – GEDHEP, com finalidade de levantar dados atuais sobre o processo de elaboração dos planos estaduais de educação em prisões no contexto do Programa Educando para a Liberdade no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 10 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 11.  ENTREVISTA 1: CARLOS JOSÉ PINHEIRO TEIXEIRA (MEC/SECAD)  Auto-apresentação GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto- apresentação. C.J.P.T.: Licenciado e especialista em Filosofia (UFRN), com atuação em Lógica e Ética. Mestre em Estudos da Linguagem (UFRN). Coordenador das ações de educação em prisões na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade/Ministério da Educação no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 11 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 12. Programa Educando para a Liberdade GEDHEP: Como surgiu o Programa Educando para a Liberdade, nos esclareça sobre a sua coordenação, finalidade, ações pretendidas, verba para execução do seu cronograma de ações e tempo de duração? C.J.P.T.: Surgiu a partir da provocação do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça ao Ministério da Educação em 2004. Como conseqüência foi assinado Protocolo de Intenções entre estes dois Ministérios e criado grupo de trabalho com a participação de representantes das secretarias de estaduais de educação e dos órgãos responsáveis pela administração penitenciária, com o apoio da UNESCO. Grupo de Estudos Direitos Humanos e Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil 12
  • 13. Este grupo definiu com o Projeto Educando para a Liberdade: • Ações e realização de seminários regionais e nacional para a definição de diretrizes para a oferta de educação nas prisões. • O Ministério da educação transferiu recursos para os estados realizarem ações de formação dos profissionais envolvidos na oferta de educação nas prisões. • Definição de Estratégias para a inclusão da população carcerária nas Políticas de Educação de Jovens e Adultos. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 13 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 14. • Essas estratégias foram: Financiamento via FUNDEB; Distribuição dos livros do Programa Nacional do Livro Didático; Merenda Escolar (PNAE); Plano Nacional de Formação de professores; Assistência Técnica e Financeira via Plano de Ações Articuladas (PAR Prisional), com recursos para elaboração dos Planos Estaduais de Educação em Prisões, formação de profissionais e aquisição de acervos literários. OBJETIVO: Implementar as políticas públicas para educação nas prisões no Brasil. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 14 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 15.  Implicações para a oferta da Educação Formal no Sistema Penitenciário Brasileiro GEDHEP: Qual a relevância da Resolução CNE/CEB n° 2/2010 que normatiza as diretrizes nacionais para educação em prisões? C.J.P.T.: As Diretrizes é o marco normativo que orienta a oferta de educação nas prisões no Brasil. Marco este que era reclamado por todos os profissionais que atuam nesta oferta. O processo de elaboração dos planos estaduais de educação em prisões ainda não foi encerrado. Em função da publicação das Diretrizes e do interesse dos Conselhos Estaduais se manifestarem sobre a matéria, o prazo de finalização destes planos passou para o final de 2011. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 15 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 16. GEDHEP: E quais os Estados que já concluíram a elaboração do Plano Estadual de Educação em Prisões no Brasil? Grupo de Estudos Direitos Humanos e 16 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 17. ENTREVISTA 2: ROBERTO DA SILVA (USP)  Auto-apresentação GEDHEP: Boa tarde! Estamos encaminhando o roteiro de entrevista. Fique a vontade para fazer a sua auto- apresentação. R.S: Roberto da Silva é pedagogo (UFMT, 1993), mestre (USP, 1998), doutor (USP, 2001) em Educação e Livre Docente em Pedagogia Social (USP, 2009). Professor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação (USP). Grupo de Estudos Direitos Humanos e 17 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 18.  Participação de grupos de pesquisas no processo de elaboração de Plano Estadual de Educação em Prisões no Brasil GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva, quais os Estados em que o senhor contribuiu com a produção do plano estadual de educação em prisões? R.S: Colaborei com os estados de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso. Participei das discussões no Rio de Janeiro, Bahia, Rondônia e Acre. Rio Grande do Norte já tem o plano e outros estados estão em fase inicial de discussão. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 18 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 19.  Plano estadual de educação em prisões do Sistema Penitenciário de São Paulo GEDHEP: Prof. Dr. Roberto da Silva discorra sobre como se encontra o debate em São Paulo para a implantação das políticas públicas para educação em prisões, e, por conseguinte na elaboração do seu plano estadual para a referida área. R.S.: Apenas em Março de 2011 a Secretaria de Administração Penitenciária criou uma comissão para iniciar esta discussão. São Paulo tem estado ausente dos debates nacionais por óbvias rivalidades políticas com o governo federal e isso atrasou significativamente o início da discussão no estado mais importante da federação e que é responsável por cerca de 40% dos presos no Brasil. A comissão constituída por decreto do governador não contempla a participação das universidades e da sociedade civil, havendo neste exato momento uma intensa mobilização para viabilizar estas participações. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 19 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 20. 1.3. Resultados e considerações finais Nesse trabalho contextualizamos aspectos históricos da educação penitenciária brasileira para situar a tentativa de implantação das políticas públicas para a educação nas prisões no século XXI, como uma pauta atual do Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Justiça (MJ). Esses ministérios por meio de cooperação institucional têm procurado através do Programa Educando para a Liberdade, promover a articulação institucional necessária para implantação das políticas públicas para a oferta da educação no sistema penitenciário brasileiro. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 20 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 21. Em termos concretos, o que se efetivou foram as aprovações das resoluções do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária e Conselho Nacional de Educação (CNPCP no 3/2009 e CNE/CEB n° 2/2010), que legitimam as diretrizes nacionais para oferta da educação às pessoas privadas de liberdade, como ainda, a elaboração de 4 (quatro) planos estaduais de educação nas prisões - PEEP, respectivamente nos estados: Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 21 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 22. Apresentamos dados quantitativos que esclarecem com relação às demais unidades federadas / Brasil : Unidades Unidades Unidades Federadas com Federadas com Federadas com PEEP concluído PEEP previstos dados para conclusão indisponíveis sobre a elaboração do PEEP 4 14,88 % 11 44,44 % 12 40,74% Fonte: Elaboração da exposição tabular pelo GEDHEP, 2011. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 22 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil
  • 23. As diretrizes nacionais para educação nas prisões visa a urgente implantação das políticas públicas para referida área, para que de fato o acesso à educação como direito social e humano se efetive a homens e mulheres que estão cumprindo penas no sistema penitenciário brasileiro, caso contrário, teremos apenas novas resoluções para a oferta da educação nas prisões, o que não garantirá a sua execução pelas unidades federadas como política criminal e penitenciária ou política pública na área da educação de jovens e adultos. Grupo de Estudos Direitos Humanos e 23 Educação Penitenciária - GEDHEP / Brasil