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Poesia
Mário de Sá-Carneiro
1. ANÁLISE FORMAL
• O poema é composto por seis estrofes, seguindo o
esquema quadra + dístico.
• A rima é cruzada na quadras (abab) e em cada
dístico há sempre um primeiro verso branco
(versos 5, 11 e 17) e um outro que rima com os
segundo e quarto da quadra imediatamente
precedente, seguindo, pois, um esquema do tipo
cb.
• Todos os versos têm sete sílabas métricas
(heptassílabo ou redondilha maior)
2. Travessão:
O poema é constituído como se fosse um diálogo
interior do “eu” com o “eu”. O travessão marca o
turno de fala de uma das vozes.
3. As imagens sugerem o mundo da infância.
3.1. O sujeito lírico pensa que o mundo da infância é
melhor que o mundo dos adultos (“casaca”). Por essa
razão não vai substituir a corda, para que tudo se
mantenha na sua alma tal como está nesse momento.
:
José Gomes Ferreira
Recursos Expressivos
Jorge de Sena
Ruy Belo
Este poema divide-se em duas partes lógicas:
 um antes (passado, no qual predomina o Pretérito Imperfeito do Indicativo, que marca a continuidade de
uma ação passada)
 um agora (presente, em que se destaca o uso do Presente do Indicativo).
Passado (“antes”) Presente (“agora”
Associado à juventude, à casa dos pais, um espaço de sonho e
imaginação;
É o tempo das viagens, da descoberta, mas
também da perda da inocência de criança.
 "eu conhecia já o rebentar do mar" = Antes de sair de casa
dos pais, o sujeito poético já revelava conhecimento do
mundo.
• "das páginas dos livros que já tinha lido" = A leitura era a
grande fonte do seu conhecimento passado.
• "e era só ouvir o sonhador falar/ da vida como se ela
houvesse acontecido" = O sujeito poético falava da vida que
imaginou como se já a tivesse vivido.
• “e havia para as coisas sempre uma saída" = Tudo era fácil e
havia sempre uma solução para os problemas.
• o sujeito poético quase não consegue
precisar o tempo da sua juventude
dourada “Quando foi isso? Eu próprio
não o sei dizer”.
 A viagem marca a transição para a idade adulta e, do ponto de vista simbólico, representa um trajeto
de experiência ativa, um momento de descoberta, de aprendizagem e de conhecimento. Descoberta e
conhecimento de um mundo que nos rodeia, dos outros e de nós mesmos.
 Em conclusão, neste poema, a ideia de viagem está ligada ao próprio ato de crescer, de descoberta
de uma realidade que não era visível no mundo fantasioso da infância e da juventude: uma realidade
bem mais amarga, onde o homem se confronta com as suas próprias limitações.
Análise formal:
• Poema constituído por duas quadras e dois tercetos
• Os versos são dodecassilábicos ou alexandrinos, ou seja, têm doze sílabas
métricas. (Na| mi|nha| ju|ven|tu|de an|tes| de| ter| sa| í|do)
• No que diz respeito à rima este poema apresenta uma rima interpolada e
emparelhada, cujo esquema rimático é: abba abba ccd eef.
Soneto
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Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 

Poesia

  • 3. 1. ANÁLISE FORMAL • O poema é composto por seis estrofes, seguindo o esquema quadra + dístico. • A rima é cruzada na quadras (abab) e em cada dístico há sempre um primeiro verso branco (versos 5, 11 e 17) e um outro que rima com os segundo e quarto da quadra imediatamente precedente, seguindo, pois, um esquema do tipo cb. • Todos os versos têm sete sílabas métricas (heptassílabo ou redondilha maior) 2. Travessão: O poema é constituído como se fosse um diálogo interior do “eu” com o “eu”. O travessão marca o turno de fala de uma das vozes. 3. As imagens sugerem o mundo da infância. 3.1. O sujeito lírico pensa que o mundo da infância é melhor que o mundo dos adultos (“casaca”). Por essa razão não vai substituir a corda, para que tudo se mantenha na sua alma tal como está nesse momento. :
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  • 15. Este poema divide-se em duas partes lógicas:  um antes (passado, no qual predomina o Pretérito Imperfeito do Indicativo, que marca a continuidade de uma ação passada)  um agora (presente, em que se destaca o uso do Presente do Indicativo). Passado (“antes”) Presente (“agora” Associado à juventude, à casa dos pais, um espaço de sonho e imaginação; É o tempo das viagens, da descoberta, mas também da perda da inocência de criança.  "eu conhecia já o rebentar do mar" = Antes de sair de casa dos pais, o sujeito poético já revelava conhecimento do mundo. • "das páginas dos livros que já tinha lido" = A leitura era a grande fonte do seu conhecimento passado. • "e era só ouvir o sonhador falar/ da vida como se ela houvesse acontecido" = O sujeito poético falava da vida que imaginou como se já a tivesse vivido. • “e havia para as coisas sempre uma saída" = Tudo era fácil e havia sempre uma solução para os problemas. • o sujeito poético quase não consegue precisar o tempo da sua juventude dourada “Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer”.
  • 16.  A viagem marca a transição para a idade adulta e, do ponto de vista simbólico, representa um trajeto de experiência ativa, um momento de descoberta, de aprendizagem e de conhecimento. Descoberta e conhecimento de um mundo que nos rodeia, dos outros e de nós mesmos.  Em conclusão, neste poema, a ideia de viagem está ligada ao próprio ato de crescer, de descoberta de uma realidade que não era visível no mundo fantasioso da infância e da juventude: uma realidade bem mais amarga, onde o homem se confronta com as suas próprias limitações. Análise formal: • Poema constituído por duas quadras e dois tercetos • Os versos são dodecassilábicos ou alexandrinos, ou seja, têm doze sílabas métricas. (Na| mi|nha| ju|ven|tu|de an|tes| de| ter| sa| í|do) • No que diz respeito à rima este poema apresenta uma rima interpolada e emparelhada, cujo esquema rimático é: abba abba ccd eef. Soneto
  • 17. Sophia de Mello Breyner