Este documento apresenta o Programa Nacional do Ensino do Português (PNEP) e descreve seus objetivos, estrutura e compromissos. O PNEP visa melhorar os níveis de leitura, compreensão oral e expressão escrita dos alunos portugueses através da formação contínua dos professores. O programa envolve escolas, universidades, professores, alunos e suas famílias em um esforço colaborativo para elevar o desempenho linguístico dos estudantes.
POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ÂMBITO DA REDE FEDERAL...Carlos Fabiano de Souza
Partindo da experiência com a língua inglesa (LI) no IFFluminense, este trabalho visa discutir propostas para a ressignificação do ensino deste componente curricular no âmbito da Rede Federal Tecnológica (RFT), buscando, sobretudo, fomentar reflexões acerca da necessidade de implementação de práticas pedagógicas que vão além da abordagem instrumental com ênfase no desenvolvimento das habilidades de leitura. Pode-se afirmar que essa abordagem de ensino tem sido predominantemente usada em diversos percursos formativos da RFT ao longo das últimas décadas. No entanto, o atual cenário, no qual as escolas da Rede se enquadram como instituições pluricurriculares, multicampi que se organizam tendo como eixo a articulação entre Ensino, Pesquisa e Extensão, coloca-nos diante do desafio de pensar uma formação em LI que permita aos nossos educandos fazer uso do idioma alvo como ferramenta significativa e essencial não só para a formação pessoal, mas também para a inserção na Comunidade Global. Assim, o nosso enfoque faz eco com a concepção de apropriação do uso da terminologia Inglês para Fins Especiais (IFE), o que requer pensar o ensino de línguas à luz de uma perspectiva que abarque as novas demandas, com ênfase nas habilidades de compreensão e produção escrita e oral, e o uso das tecnologias digitais. Nossa discussão será fundamentada na análise de ementas de LI de diferentes cursos do IFFluminense, sobre propostas de ensino-aprendizagem de línguas que vão além da perspectiva instrumental em análise, a qual tem sido a principal abordagem de ensino de língua estrangeira utilizada ao longo dos últimos 20 anos nos currículos de abrangência deste componente curricular nesta instituição. Espera-se, portanto, que este trabalho possa vir a contribuir com propostas pedagógicas que busquem engendrar novas formas de aprender-ensinar LI no âmbito da RFT, levando os alunos a fazer uso do idioma alvo de modo eficaz e proficiente.
OCEM - Orientações Curriculares para o Ensino MédioFlávia Nascimento
Conhecimentos de Línguas Estrangeiras
Feito por Flávia do Nascimento e Crislayne Melo, estudantes de letras português-espanhol, da Universidade Federal de Sergipe
POR UMA RESSIGNIFICAÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ÂMBITO DA REDE FEDERAL...Carlos Fabiano de Souza
Partindo da experiência com a língua inglesa (LI) no IFFluminense, este trabalho visa discutir propostas para a ressignificação do ensino deste componente curricular no âmbito da Rede Federal Tecnológica (RFT), buscando, sobretudo, fomentar reflexões acerca da necessidade de implementação de práticas pedagógicas que vão além da abordagem instrumental com ênfase no desenvolvimento das habilidades de leitura. Pode-se afirmar que essa abordagem de ensino tem sido predominantemente usada em diversos percursos formativos da RFT ao longo das últimas décadas. No entanto, o atual cenário, no qual as escolas da Rede se enquadram como instituições pluricurriculares, multicampi que se organizam tendo como eixo a articulação entre Ensino, Pesquisa e Extensão, coloca-nos diante do desafio de pensar uma formação em LI que permita aos nossos educandos fazer uso do idioma alvo como ferramenta significativa e essencial não só para a formação pessoal, mas também para a inserção na Comunidade Global. Assim, o nosso enfoque faz eco com a concepção de apropriação do uso da terminologia Inglês para Fins Especiais (IFE), o que requer pensar o ensino de línguas à luz de uma perspectiva que abarque as novas demandas, com ênfase nas habilidades de compreensão e produção escrita e oral, e o uso das tecnologias digitais. Nossa discussão será fundamentada na análise de ementas de LI de diferentes cursos do IFFluminense, sobre propostas de ensino-aprendizagem de línguas que vão além da perspectiva instrumental em análise, a qual tem sido a principal abordagem de ensino de língua estrangeira utilizada ao longo dos últimos 20 anos nos currículos de abrangência deste componente curricular nesta instituição. Espera-se, portanto, que este trabalho possa vir a contribuir com propostas pedagógicas que busquem engendrar novas formas de aprender-ensinar LI no âmbito da RFT, levando os alunos a fazer uso do idioma alvo de modo eficaz e proficiente.
OCEM - Orientações Curriculares para o Ensino MédioFlávia Nascimento
Conhecimentos de Línguas Estrangeiras
Feito por Flávia do Nascimento e Crislayne Melo, estudantes de letras português-espanhol, da Universidade Federal de Sergipe
2. • Apresentação
Educar é o mesmo
que pôr um motor num barco…
há que medir , pesar, equilibrar…
… e pôr tudo em marcha.
Mas para isso,
tem-se que levar na alma
um pouco de marinheiro…
um pouco de pirata…
um pouco de poeta…
e um quilo e meio de paciência
concentrada.
Mas é consolador sonhar,
enquanto se trabalha,
que esse barco, essa criança,
irá muito longe pela água.
sonhar que esse navio
levará a nossa carga de palavras
para portos distantes
para ilhas longínquas.
Sonhar que, quando um dia
estiver dormindo o nosso próprio barco,
em barcos novos continuará desfraldada
a nossa bandeira.
G. Celaya
in Parábolas como setas, de Manuel Sanchez Monge
Helena Oliveira
Setembro 2008
E d u c a r
3. Helena Oliveira
Setembro 2008
OCDE 19.1%
União Europeia 19.8%
Portugal 22%
Quadro 1- Maus leitores (desempenhos abaixo do
nível 1, numa escala de -1 a 5 )
Fonte: PISA 2003
Como surge o PNEP?
A necessidade de melhorar o ensino do Português na educação básica está solidamente
fundamentada com os resultados obtidos em estudos nacionais de todos os projectos internacionais
em que Portugal participou; nas provas nacionais de aferição (2000 a 2005) e nos exames nacionais
do 9º ano (2005).
Impõe-se a necessidade da tomada de medidas urgentes que melhorem os
desempenhos dos alunos em competências referentes ao domínio da língua materna
Assinalam-se os objectivos referenciais (benchmarks) estabelecidos para a União
Europeia, na Cimeira de Estocolmo de 2001, que apontam para a urgência do decréscimo
de maus leitores de 15 anos para valores de 15.5% em 2010
5. Helena Oliveira
Setembro 2008
O Programa Nacional de Ensino do Português no 1.º Ciclo, pretende contribuir
para a alteração das condições de ensino da língua portuguesa,
nomeadamente no que respeita ao período crucial em que o aluno é
formalmente ensinado a ler e a exprimir-se através da língua escrita. Por
conseguinte, contemplará, de forma privilegiada, as aprendizagens que
suportam a descoberta e a aprendizagem da descodificação da língua escrita
(último ano da educação de infância e primeiros anos de escolaridade) e o uso
da língua escrita para aprender e estudar (3.º e 4.º anos de escolaridade).
6. Helena Oliveira
Setembro 2008
Princípios, estrutura e objectivos
O Programa contempla uma vertente de formação em rede
regida por três grandes princípios:
A formação dos professores é:
centrada na escola ou no agrupamento de escolas;
visa a utilização de metodologias sistemáticas e de estratégias
explícitas de ensino da língua na sala de aula;
é regulada por processos de avaliação das aprendizagens dos alunos
ao nível individual, da classe e da escola.
7. Helena Oliveira
Setembro 2008
Desenvolvimento do Programa
1.A unidade base da formação é a escola ou agrupamento de escolas que será acompanhada por
um formador residente oriundo dos seus quadros, com funções específicas de dinamização e
acompanhamento da formação.
2.A adesão da escola ao projecto de formação implica a ligação da escola à RCTS (a rede de
investigação e ensino nacional) para recepção de materiais pedagógicos, de informação orientadora e de
comunicação síncrona (on line).
3. Os formadores residentes integram o núcleo de formação da ESE/Universidade da região, os
quais, através do coordenador designado pela instituição de formação, se articulam com a
Comissão Nacional de Coordenação e Acompanhamento do Projecto.
4. A Comissão Nacional de Coordenação e Acompanhamento é responsável pela concepção e
acompanhamento nacional do Programa e, definirá os conteúdos a serem trabalhados, produzirá textos
formativos, seleccionará artigos e obras publicadas com vista à formação dos docentes, e desenvolverá
propostas de actividades, de materiais didácticos e de avaliação, os quais serão disponibilizados a nível
nacional através de uma plataforma informática.
8. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos específicos do Programa e
compromissos inerentes
Melhorar os níveis de compreensão de leitura e de
expressão oral e escrita em todas as escolas do 1.º ciclo, num
período entre 4 a 8 anos, através da modificação das práticas
docentes do ensino da língua
1. Objectivos nacionais
9. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos e compromissos para cada escola ou
agrupamento participante
1. Assumir o propósito de querer melhorar o nível da escola no desempenho da leitura e
expressão escrita dos alunos;
2. Aceitar a existência da figura de um formador residente para dinamizar e acompanhar
a formação interna no domínio do ensino da língua;
3. Criar as condições essenciais à dinâmica de formação em contexto no domínio do
ensino da língua;
4. Em colaboração com a Comissão Nacional e com os Coordenadores dos Núcleos de
Formação, estabelecer metas e formas de avaliação de progresso dos níveis de
desempenho da língua escrita dos alunos da escola/do agrupamento participante;
5. Disponibilizar os meios de acesso à informação on line para os docentes em formação
e para os alunos;
6. Envolver encarregados de educação, autarcas e outros recursos da comunidade.
10. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos e compromissos do professor da turma
1. Assumir que todas as crianças podem aprender a ler e a escrever;
2. Criar a rotina de um tempo de leitura diária recreativa em voz alta pelo professor;
3. Tornar a aprendizagem da língua escrita um desafio interessante para si próprio e para as
crianças;
4. Desenvolver um ensino sistematizado da língua escrita, nomeadamente através de actividades e
materiais disponibilizados on line e em papel pela equipa coordenadora do Programa;
5. Desenvolver actividades de ensino sistematizado em que esteja explícita uma profunda relação
entre o desenvolvimento da oralidade e as competências de leitura e de expressão escrita;
6. Desenvolver um processo de monitorização das aprendizagens das crianças, através da avaliação
individual e colectiva da turma;
7. Contribuir com a sua experiência e conhecimento para o enriquecimento formativo de toda a
equipa de docentes da escola;
8. Frequentar as sessões presenciais de formação organizadas para a escola
11. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos e compromissos das escolas de formação (instituições de
ensino superior)
1. Desenhar um programa de acção e o
respectivo calendário para 4/5 anos;
2. Avaliar periodicamente a formação
desenvolvida no âmbito do programa;
3. Produzir relatórios periódicos sobre o
desenvolvimento do programa;
4. Promover a formação interna da equipa de
formadores;
5. Dinamizar a ligação entre escolas e
agrupamentos de escolas participantes no
Programa;
7.Desenvolver materiais úteis à formação;
8.Desenvolver materiais pedagógicos e de avaliação da
aprendizagem da língua no 1.º ciclo do ensino Básico e
partilhá-los entre consultores e escolas;
9.Promover a articulação entre o Programa e a formação
inicial de professores do 1.º ciclo e de educadores de
infância;
10.Promover a articulação entre o Programa e a
formação inicial de professores do 1.º ciclo e de
professores do 2.º ciclo;
11. Desenvolver investigação no domínio do ensino e da
aprendizagem da língua no 1.º ciclo do ensino Básico.
6. Organizar e dinamizar encontros regionais
sobre temas e actividades de interesse para a
formação de professores;
12. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos e compromissos do formador residente
1. Integrar o núcleo de formação da ESE/Universidade e participar na
formação desenhada para o núcleo;
2. Responsabilizar-se pelo acompanhamento da formação nas escolas
que lhe forem atribuídas;
3. Dinamizar sessões regulares de formação com todos os docentes
da escola sobre temáticas acordadas no núcleo de formação;
4. Realizar o acompanhamento individual aos docentes e, de acordo com o
plano de formação, participar directamente nas actividades dentro da sala
de aula;
5. Devolver à coordenação do núcleo da ESE/Universidade informação sobre a
implementação da formação da(s) escola(s) que apoia;
6. Dinamizar e participar em actividades formativas na(s) escola(s) que apoia.
13. Helena Oliveira
Setembro 2008
Objectivos e compromissos da equipa de
coordenação nacional
1. Conceber e acompanhar o Programa de
formação;
2.Definir os conteúdos e as metodologias para
operacionalização da formação;
3. Promover a articulação com todas as escolas de
formação envolvidas no Programa;
4.Acompanhar nacionalmente a implementação
das medidas, ajustando-as aos resultados;
5.Construir e divulgar brochuras, em suporte de
papel e on line, que funcionem como
organizadores da formação e da actividade do
ensino da língua no 1.º ciclo;
6.Divulgar bibliografia útil para a formação de
professores deste nível de ensino;
7.Definir critérios nacionais para a selecção dos
formadores residentes;
8.Disponibilizar meios de formação para os
formadores residentes;
14. Helena Oliveira
Setembro 2008
Domínios da formação:
Conhecimento da língua: a consciência fonológica
Conhecimento da língua: a consciência linguística
Ensino da leitura: a compreensão de textos
Ensino da escrita: a dimensão textual
15. Planificação Anual das Oficinas Temáticas
(4ª feiras das 16h às 18h 30m)
Helena Oliveira
Setembro 2008
16. • Avaliação
1- Regime de Assiduidade
De acordo com o nº2 do artº13 do RJFC é obrigatória a presença em dois terços do número de
horas de duração da acção.
2- Avaliação Quantitativa
A escala a utilizar será de 1 a 10, considerando-se classificação positiva a partir de 5.
3- Avaliação Qualitativa
A classificação será de acordo com o nº2 do artº 46 do ECD:
Excelente – de 9 a 10 valores.
Muito bom – de 8 a 8,9 valores.
Bom – de 6,5 a 7,9 valores.
Regular – de 5 a 6,4 valores.
Insuficiente – de 1 a 4,9 valores
4- Instrumento de avaliação – Portefólio
Nos Certificados de Formação será mencionada a acreditação atribuída, a avaliação qualitativa
e quantitativa, bem como, a respectiva escala.
Helena Oliveira
Setembro 2008
18. Terra Humana
É inútil desistir.
Por detrás das muralhas da
vontade
Mora o desejo, a força que as
derruba.
Deixa que nasça, que avolume e
suba
Esta maré de seiva e de ternura!
A grandeza do homem, criatura
Que cresce enquanto ama e pode
amar,
É saber
Que só depois do gosto de pecar
Lhe vem o gosto de se arrepender.
Miguel Torga
in Torga, Miguel, Diário VII, Coimbra, Coimbra Editora
Helena Oliveira
Setembro 2008