1. O documento discute os referenciais teóricos e metodológicos da Pedagogia da Alternância, ressignificando-os à luz de novas perspectivas. 2. São analisados diversos referenciais como humanismo cristão, pedagogia ativa, construtivismo, complexidade e educação popular. 3. Defende-se que a Pedagogia da Alternância deve ser compreendida à luz do materialismo histórico-dialético para se constituir como experiência contra-hegemônica.
O curso tem como principal objetivo introduzir vocês, futuros educadores, ao modo
sociológico de pensar as experiências educacionais. Abordaremos três eixos fundamentais - a
educação como processo social, o estudo sociológico da escola e temas relevantes da educação escolar
brasileira - cada um articulado a diferentes dimensões para uma análise aprofundada da educação
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL: a ressignificaçao dos centros escolares.Wilson Melo
A diversidade é uma riqueza da humanidade (UNESCO, 2002). Valorizá-la significa potencializar o respeito à dignidade humana. É, ainda, um fator de fortalecimento da democracia. Esse valor gera uma cultura ponderada da paz como necessidade e utopia. Em um plano mais terreno, redunda em justiça social. O social
como imperativo fundante da condição humana. A ressignificação desse movimento implica a (des)construção/(re)construção dos tempos e dos espaços que o opercionalizam. E constitui ponto para os centros escolares e para o currículo em sua acepção ressignificada.
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Materialismo historico dialético como referência para a educação física críticaGabriel Paes
Trata-se de revisão bibliográfica, na qual procuramos analisar a relação entre o Materialismo Histórico Dialético (MHD) e a prática pedagógica do professor de Educação Física. Consideramos a responsabilidade do educador em um processo educativo que não pode deixar de considerar a sua dimensão política e social, o MHD deve orientar a prática pedagógica. É necessária a proposição de caminhos, no âmbito didático, metodológico, de questões pertinentes ao currículo escolar, sobre a educação física, que é o paradigma da cultura corporal, o qual tem a educação como um ato intencional, ou seja, uma ação intencional de professores e professoras, que se unem em pró da mudança, que constroem sua prática pedagógica como prática social de forma revolucionária.
A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-apre...PIBID UFPEL
A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem
http://www.pibidufpel.tk/
Ministério da Educação (MEC) / Diretoria de Educação Básica Presencial (DEB)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)
Apontamentos da aula 02 da disciplina de História da Educação e da Educação Física da Faculdade de Educação Física d Instituto federal do Ceará. Campus Limoeiro do Norte.
O texto Interdisciplinaridade subsidiou uma palestrada apresentada no evento da UEG em Morrinhos e publicado nos anais do evento "V Semana de Pesquisa e Extensão da Universidade Estadual de Goiás" com ISBN 2237-9177, ocorrido em 2013. Discute sobre conceitos da prática interdisciplinar, apresentando seus limites e suas possibilidades. Este assunto faz parte do Grupo de Estudos em Formação de Professores e Interdisciplinaridade da UEG, Câmpus São Luis de Montes Belos, coordenador pela autora do referido texto.
regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins regulamento de uniformes do colegio da policia militar do estado do tocantins
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Pedagogia da Alternância e seus referenciais teróricos.pptx
1. Ressignificando referenciais
teóricos e metodológicos
João Batista Begnami
Coordenador Pedagógico
Associação Mineira das Escolas Família Agrícola – AMEFA
Belo Horizonte – MG - 30/07/2021
2. 1. A sistematização teórica jogam importância para o
processo da compreensão das práticas, da
alimentação da ação e ressignificação da ação no
terreno e também ajuda a situar-se no horizonte
educativo, a sair de isolamentos, criar identidade,
posicionar-se e afirmar-se politicamente na história,
(GIMONET,2007).
2. “Sem teoria pedagógica revolucionária, não poderá
haver prática pedagógica revolucionária. Sem uma
teoria de Pedagogia Social, nossa prática levará a
uma acrobacia sem finalidade social.” (PISTRAK,
2000, p. 24)
3. “... a escola fora da vida, fora da política, é uma
mentira, e uma hipocrisia.” (PISTRAK, 2000, p. 22).
3. 4. Observa-se um ecletismo nas referências
teóricas da Pedagogia da Alternância. O
ecletismo teórico não contribui para uma
perspectiva pedagógica contra-hegemônica.
5. 4. A PA é uma longa construção histórica,
inacabada, originária no movimento popular
camponês, podemos ressignificá-la em suas
bases teóricas, em seus distintos contextos.
4. 1. Método VER – JULGAR – AGIR
Na sua origem, a PA se encontra com o
movimento de educação popular promovido
pela Juventude Agrária Católica (JAC) e
adota a sua metodologia “Ver-Julgar-Agir”
(CALIARI (2013, p. 264).
5. 2. Filosofia personalista
o Emmanuel Mounier
o Base do pensamento social Católico
o Inspiração na encíclica “Rerum Novarum” que
trata da doutrina social da Igreja Católica.
o Perspectiva conciliadora e reformista da
sociedade capitalista
6. 3. Doutrina social cristã católica = humanismo
cristão
Havia uma influência forte do pensamento social
católico, por intermédio do Padre Granereau que, a
princípio, idealizou este movimento dos CEFFAs
como uma ação pastoral da Igreja Católica, em
reparação ao que ela e o Estado não faziam pelo
campo. (NOSELLA, 2012)
7. o Após a Segunda Grande Guerra Mundial, o movimento se
expande e exige maior organicidade.
o O movimento camponês luta pelo protagonismo camponês;
o Afirmação da autonomia pela definição: “as MFRs não podem
ser nem do Estado, nem da Igreja e sim das famílias.” (GARCIA-
MARIRRRODRIGA e PUIG-CALVÓ, 2010, p. 40);
o A autonomia dos CEFFAs em relação à Igreja e ao poder
público, em termos políticos, administrativos e metodológicos
não rompe com os princípios filosóficos do humanismo Cristão;
o É o Humanismo Cristão Católico que animará a Pedagogia da
Alternância em sua fase inicial na França.
8. 4. Pedagogia ativa = escola nova
o André Duffaure e Daniel Chartier são duas
referências importantes na fundamentação teórica da
PA
o Centro Nacional Pedagógico
o Plano de formação de educadores
o Sistematização das mediações didáticas da PA
(Instrumentos Pedagógicos)
o A 1ª sistematização da experiência de mais de 10
anos de práticas, ocorreu com bases nas Ciências
pedagógicas e na Psicologia da Educação.
o Decroly, Cousinet, Dewey, Freinet, Montessori,
Steiner, entre outros. (GIMONET, 2007, p. 23-24).
9. o Jean-Claude Gimonet, um dos autores mais lidos
e citados no Brasil, sustenta a abordagem
humanista da Pedagogia da Alternância. Sua tese
doutoral, “Alternância e relações humanas”, tem
bases fundamentadas em C. Rogers, referência
moderna do humanismo.
10. 5. Pedagogia construtivista
Gimonet caminha para a apropriação de teorias mais
críticas, trazendo em seus estudos referências de J.
Piaget.
A Alternância é elaborada em um processo criativo, com
a primazia da ação e da experimentação. Uma
abordagem da compreensão, da teorização da prática
opera-se um pouco depois, conforme Piaget.
“Réussir et Comprendre”. (Compreender para
aprender), é uma das obras mais referenciadas pela
Pedagogia da Alternância, conforme Gimonet (2007).
11. 6. Teoria da complexidade
Para Gimonet, a Alternância tem um corolário da complexidade por
envolver:
- a vida quotidiana como um todo, nos seus aspectos políticos,
sociais, comunitários, culturais, ambientais, religiosos, não se
reduzindo apenas à dimensão econômica da produção e das
demandas do mercado de trabalho.
- Sendo assim, a Alternância é uma Pedagogia da Complexidade
por suas características “multidimensionais e relacionais”.
- Ela é uma “Pedagogia das relações”: “relações de espaços e
tempos” escola-família-comunidade; “relações de saberes”
teóricos e práticos; “relações de processos metodológicos”,
envolvendo a epistemologia da práxis: ação-reflexão-ação e
“relação entre pessoas”, o alternante, os pais, os educadores,
os mestres de estágio, as lideranças comunitárias e “relações
entre instituições”, a escola, família, segundo Gimonet (2007,
p.121).
12. 7. Educação popular e a Teologia da Libertação
no Brasil
Encontro da PA com:
o Pedagogia do Oprimido - Paulo Freire
o Movimentos de Educação Popular
o Teologia da Libertação
o Encíclica papal, Gaudium et Spes - Concílio
Vaticano II, nos anos de 1960 – Documentos de
Medellin (1968) e Puebla (1979).
13. A prática pedagógica da Alternância se aproxima de uma proposta
popular de educação por considerar os conhecimentos das famílias
camponesas, dos educandos e das comunidades e por se constituir
de espaços provocadores de diálogos possíveis entre o exercício
didático-pedagógico de valorização dos diferentes saberes e
conhecimento que as pessoas possuem e reelaboram dentro da
escola, fora da escola e nos interstícios da escola.
As Escolas Famílias, ao considerar e resgatar, em permanente
diálogo no ambiente escolar, o saber da experiência, a matriz
cultural dos coletivos camponeses, o papel da ancestralidade na
transmissão intergeracional do conhecimento elaborado no grupo e
a partir do grupo, encontra neles a fundamentação de sua prática
educacional popular. (CALIARI, 2013, p. 269).
14. 9. Pedagogia do Movimento e a PA
“[...] a pedagogia da alternância não é uma pedagogia;
ela é apenas um detalhe da organização do curso e da
escola [...].” Esta afirmação se encontra no Caderno da
Educação no 13, Dossiê MST – Escola, 2005, afirmado
por Ricardo Cerioli, conforme citado por Ribeiro (2010, p.
327-328).
Neste documento há uma sugestão de se criar uma
“Pedagogia da Cooperação” e Caldart (2004) defende a
tese da “Pedagogia do Movimento”.
15. Os cursos formais organizados pelo MST e os movimentos da
Via Campesina “são realizados no sistema da alternância.
Essa modalidade nos permite trabalhar de forma conjugada o
Tempo Escola e o Tempo Comunidade. Experiência que vem
se mostrando muito promissora.” (KOLLING (2002, p. 55)
Outros teóricos do MST, como Caldart (2000) e a própria
Camini (2009), passam a reconhecer a importância da
Pedagogia da Alternância, mas que a pedagogia do MST a
politiza e não se filia a ela.
“O que remete ao fato de que o MST e outros sujeitos da
educação fazem, com base nos seus fins políticos, uma
leitura própria do significante flutuante alternância”, afirma
Figueiredo (2015).
16. 10. Alternância no pensamento pedagógico
socialista
A alternância entre estudo e trabalho se encontra nos
Socialistas Utópicos, Fourier e Robert Owen (1771-1858),
inspiradores das ideias de Marx e Engels.
Gimonet (2007), ao tratar dos antecedentes da Alternância
nos CEFFAs franceses, enuncia rapidamente o princípio da
união do ensino com o trabalho na literatura socialista
Marxista.
A Alternância é um “princípio educativo” que se faz presente
nos pensadores como Marx, Lênin e Gramsci até o
pensamento cristão católico romano, inaugurado com a
experiência dos CEFFAs na França, de acordo com Ribeiro
(2010), Mesquita e Nascimento (2014) e Figueiredo (2015).
17. o O que diferencia a Alternância dos CEFFAs e
dos movimentos da Via Campesina?
o A citação explícita nos seus Projetos Político
Pedagógicos, dos clássicos do socialismo
científico como Marx, Engels, Gramsci, Lenin,
entre outros, e se referenciarem na experiência
educacional da Pedagogia Socialista, legada
pela Rússia pós- revolucionária, destacando os
pioneiros Pistrak, Makarenko, entre outros,
conforme Ribeiro (2010, p. 321-322).
18. “O princípio da alternância do trabalho com o tempo
escolar não era, nesse contexto, aplicado à fábrica,
mas à comunidade. O discurso universalista cristão
é quem animava esse princípio metodológico, longe,
portanto, do éthos marxista revolucionário.”
(MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p.1091).
19. O éthos socialista é o que anima a Alternância no
contexto da via Campesina
Sendo assim, “O MST, que articula cristianismo e
marxismo (via Teologia da Libertação) (Stedile,
2005), desloca o princípio da alternância do sentido
cristão humanista e o ressignifica no bojo de um
projeto revolucionário socialista em que o camponês
desempenha um papel de suma importância,” São
nestes aspectos que residem a ação criativa do
MST na sua interpretação, e ressignificação em
torno de suas práticas dos “princípios da
Alternância”. (MESQUITA e NASCIMENTO, 2014, p.
1092).
20. Princípios da Alternância Pedagógica
há um Princípio de Alternância perpassando a história
desde o XIX ao século XX, nas relações trabalho-
educação.
Sendo assim, seria oportuno a nomenclatura
Princípios de Alternância para substituir a Pedagogia
da Alternância nos contextos de educação alternada
dos movimentos da Via Campesina, como para outros
espaços onde ocorrem esta proposta pedagógica.
Por isso, em outros contextos, o mais correto, talvez,
fosse chamar de Formação em Alternância.
21. A corrente humanista historicamente envolvida na
Pedagogia da Alternância “colocou em cheque a sua
identidade histórica como pedagogia popular do
campo, trazendo entraves para que os CEFFAs se
constituíssem na perspectiva contra-hegemônica da
sociedade, ou seja, que realizassem uma educação
comprometida com a emancipação humana”, com
outro projeto de campo e sociedade. (TELAU, 2015,
p. 43-44).
22. 11. A PA e a Educação do Campo
O Vínculo da Educação do Campo com os
Movimentos Sociais aponta, [...] para algumas
dimensões da formação humana que não podem ser
esquecidas em seu projeto político e pedagógico:
pensar que precisamos ajudar a educar não apenas
trabalhadores do campo, mas também lutadores
sociais, militantes de causas coletivas e cultivadores
de utopias sociais libertárias. [...]. (CALDART, 2004,
p.31).
23. [...] a Educação do Campo emancipatória. [...] é uma
educação contra o capital, mais especificamente, contra o
agronegócio. Pois, o mesmo é inimigo do campesinato. A
agricultura camponesa e a agricultura capitalista são
formadas por classes antagônicas. Logo, os interesses entre
as mesmas são, a priori, antagônicos. Esta perspectiva
demonstra que a Educação do Campo no Paradigma da
Questão Agrária tem um recorte de classe bem definido.
Neste contexto, a Educação do Campo se transforma em um
instrumento de resistência cultural e política da classe
camponesa frente ao capital. (CAMACHO, 2013, p. 763).
24. Para “a Pedagogia da Alternância se constituir como
uma experiência contra-hegemônica na construção
dessa sociedade é preciso que se ajuste a um
referencial que a instrumentalize nessa perspectiva,”
afirma Telau (2015, p. 167).
Este autor assevera ainda que a luta do Movimento
da Educação do Campo e a do Movimento CEFFA
deve ser a mesma.
25. 12. A PA o MHD
Um dos desafios é se esforçar para transformar dilemas em
possibilidades de reelaborações e ressignificações da
Pedagogia da Alternância, buscando sínteses que a inclua
numa perspectiva da epistemologia e metodologia da práxis
crítica transformadora, rompendo com uma perspectiva
epistemológica da prática.
O referencial teórico que mais potencializa a captura das
contradições do movimento do real é sem dúvida o
Materialismo Histórico e Dialético originário em Marx,
Engels. (CALDART, 2017).
26. Se a Educação do Campo foi constituída,
principalmente, com base nos pressupostos teóricos-
metodológicos da Pedagogia Socialista, Pedagogia
Libertadora-Freireana, Pedagogia do Movimento e a
Pedagogia da Alternância; também podemos afirmar
que a Pedagogia da Alternância é uma construção
histórica, cujas práticas soiciopedagógicas, da
maioria dos CEFFAs, aproximam-se dos
pressupostos teóricos, metodológicos e
epistemológicos da Educação do Campo, Pedagogia
Socialista, Pedagogia Libertadora-Freireana e
Pedagogia do Movimento.
27. O movimento da escola do trabalho, pertencente
espiritualmente ao mundo do trabalho e inspirada
pelo trabalho, em especial do campo, deve tornar o
campo e a propriedade agrícola lugares de
trabalhadores intelectuais orgânicos, porque passou
a ser território humanizado e potenciado pela escola.
28. BOFF, Clodovis. Teologia e prática – Teologia do político e suas mediações. Petrópolis, RJ: Vozes, 1978.
CALDART, Roseli Salete. Palestra realizada sobre Educação do Campo e Licenciatura em Educação do Campo.
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CEFFAs sobre os processos de ensino/aprendizagem. 2015. 179 f. Dissertação (Mestrado em Educação) –
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte – MG, 2015.