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País do Desperdício
Alimentos jogados no lixo somam milhões de toneladas
Apesar dos avanços tecnológicos e do aumento da área cultivada, que levaram a
produção agrícola a níveis nunca antes alcançados, em torno de 800 milhões de
pessoas no mundo – um a cada nove terráqueos – ainda passam fome.
• Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), cerca
de 30% de tudo que é produzido anualmente pelo campo vai
para o lixo em algum momento de sua trajetória entre a
lavoura e a casa do consumidor. No Brasil, o quarto produtor
mundial de comida, cerca de 3,4 milhões de indivíduos
vivem em situação de insegurança alimentar, eufemismo
para dizer que na maior parte do tempo eles não têm o que
comer. O número poderia ser menor se ao redor de 26,3
milhões de toneladas de produtos alimentícios não fossem
jogadas fora todos os anos
GRÁFICO
30%
70%
30% COM FOME
O ALIMENTO DESDE O PRODUTOR ATÉ NOSSA CASA
• Primeiro
“PLANTIO DO ALIMENTO “
• Segundo
“A INDUSTRIALIZAÇÃO”
• Terceiro
“ CONSUMO”
O ALIMENTO
DESDE O
PRODUTOR
ATÉ NOSSA
MESA
PLANTIO ,
COLHEITA AO
CARREGAMENTO
ENTREGA
CONSUMIDOR
INDÚSTRIA,
DISTRIBUIDOR E
COMÉRCIO
Descarte dos centros de distribuição poderia alimentar muitos / Foto: Fernando
Piovesan
O que se perde no lixo falta na mesa
COMPARAÇÃO – BRASIL E
JAPÃO
• Brasil, o País dos Desperdícios,
somos um dos campeões mundiais
em perdas de alimentos.
“Descartamos cerca de 50% do total
que produzimos”, diz. Isto equivale,
segundo ele, a cerca de 2% do
Produto Interno Bruto (PIB), o que
correspondeu a algo perto de R$ 28
bilhões em 2015. “A nação que
menos desperdiça é o Japão, com
20%, seguido da Europa e dos
Estados Unidos, onde esse índice
varia entre 25% e 30%”, informa.
CONSEQUÊNCIA
• O desproveito se caracteriza quando
o alimento produzido é jogado fora,
ou seja, não chega a quem
necessita. A maior parte dos
produtos é desprezada porque está
fora do prazo de validade ou fora do
padrão estabelecido pela legislação
do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Um exemplo é dado pelos frutos
considerados feios, que não são
padronizados nem têm um apelo de
venda comercial elevado, mas têm
as proteínas, as vitaminas e os sais
minerais de um produto normal.
CAUSAS DO DESPERDÍCIO
PRIMEIRA
No Brasil, as perdas ocorrem em todas as fases da cadeia produtiva, desde o plantio
até chegar à mesa dos consumidores. Segundo Abrantes, já no plantio a perda é de
5%, porcentual que se repete durante o crescimento e amadurecimento da cultura. O
manuseio inadequado e técnicas ultrapassadas durante a colheita levam outros 20%.
Saindo da lavoura, mais 20% de desperdício se dá durante o transporte. Os
problemas começam quando a safra sai da porteira da fazenda, rumo a seu destino
final, que pode ser um porto, de onde será exportada, ou os grandes centros urbanos
consumidores no próprio país. Para isso, ela tem de cumprir uma longa jornada, que
às vezes pode chegar até 2 mil quilômetros, enfrentando, na maior parte das vezes,
estradas esburacadas, ferrovias escassas e lentas e portos sucateados. Não é de se
surpreender, portanto, com a ocorrência de desperdício pelo caminho. Ao chegar a
seus destinos intermediários, entre a lavoura e a mesa, isto é, nos locais de
SEGUNDA
Apenas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), 100 toneladas diárias de
comida vão para o lixo a despeito do fato de que de 30% a 50% ainda são próprias para o consumo”, informa.
“Esse volume daria para alimentar mais de 30 milhões de pessoas durante um ano (o suficiente para acabar
com a fome no Brasil)”. Para fechar os 100% de desperdício vale citar a perda de 5% no percurso entre o
supermercado e as casas dos consumidores e 25% nas próprias residências. Segundo a Embrapa, cada
brasileiro desperdiça 37 quilos de hortaliças por ano. Com base na informação do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), de que cada morador de uma grande cidade consome, em média, 35 quilos
daqueles itens por ano, conclui-se que são jogados no lixo mais alimentos do que a quantidade consumida
por uma pessoa.
As razões desse desperdício no Brasil são muitas e podem variar conforme o produto. Uma delas, segundo
Flavia, é a falta de consciência da população sobre o problema. “Isso é uma característica da nossa cultura e
que acaba afetando a economia nacional, apresentando resultado negativo para toda a sociedade”,
argumenta. Há causas mais concretas, no entanto. Estudos da Embrapa apontam, no caso de frutas e
hortaliças, o manuseio inadequado no campo, o uso de embalagens impróprias, o transporte deficiente, a
comercialização de produtos a granel, a ausência de refrigeração, a contaminação, a ineficiência do
comércio no atacado, o excesso de manuseio por parte dos consumidores, a forma como são dispostas nas
gôndolas dos supermercados e a deficiência administrativa nos centros atacadistas e varejistas.
TERCEIRA
Há ainda os restos que estragam na geladeira e os que sobram nos pratos e têm o lixo
como destino. Flavia explica que estes últimos são chamados tecnicamente de resto-
ingestão, nome que se dá aos alimentos distribuídos, mas não consumidos. São
quantidades desperdiçadas por motivos vários, tais como, cardápio não compatível com o
paladar do usuário e porções inadequadas, maiores do que uma pessoa pode comer. Com
o objetivo de conhecer o perfil de desperdício dos clientes de uma Unidade de
Alimentação e Nutrição (UAN) de uma empresa metalúrgica de Botucatu, a nutricionista
realizou, anos atrás, uma pesquisa que durou 45 dias. “Nesse período coletamos dados
nos dias úteis, quando então são oferecidas cerca de 4.800 refeições diárias, entre almoço,
jantar e ceia, em seus dois refeitórios”, conta. Os resultados, revela Flavia, mostraram que
as porcentagens de sobra no almoço variaram de 7,48% a 13,39%; no jantar, de 5,53% a
9,68%, e na ceia, de 17,09% a 60,85%. “Com relação ao índice de resto-ingestão os valores
encontrados estão abaixo de 10%, com exceção do 14º dia no período do jantar, quando o
porcentual foi de 11,15%”, ela conta. “Com a comida descartada na UAN poderiam ser
alimentadas cerca de 11.450 pessoas. Os resultados obtidos indicam que é necessário um
processo de treinamento dos colaboradores e conscientização dos comensais, por meio
CONSCIENTIZAÇÃO
Enquanto desperdiçamos pessoas passam fome.
A fome dói.
E quando desperdiçamos deixamos de comer melhor,
com qualidade e variedade.
COMBATENDO O DESPERDÍCIO
Não são apenas os governos, instituições, ONGs e empresas
públicas que devem fazer algo para enfrentar o problema.
Os consumidores também podem ajudar.
O consumidor é você, sou eu, somos nós.
Uma maneira de diminuir o desperdício de alimentos é aproveitá-los
totalmente, ou seja, utilizar cascas, folhas e talos e não simplesmente descartá-
los. “O desconhecimento do valor nutricional dessas partes gera parcela
considerável do lixo doméstico que se acumula nas cidades”, relata. “O
aproveitamento integral dos vegetais ajuda a promover a diminuição do
descarte, a melhora na qualidade nutricional da dieta e amplia a variedade de
pratos.”
Como por exemplo suco da casca do abacaxi.
Na geladeira, os vegetais devem ser colocados de preferência inteiros, para evitar
o envelhecimento precoce. Ao comprar alimentos industrializados em
promoção é preciso ter cuidado, pois não é raro que a data de validade esteja
prestes a vencer.
Na escola a merenda.
Restaurantes.
Lanchonetes.
E esses alimentos que são jogados?
• Porque não são aproveitados por instituições?
• Doados antes de se deteriorarem?
• Porque o alimento é tão caro e ao mesmo tempo grande
parte jogado fora?
• Porque tem muitas famílias passando fome, crianças
desnutridas e alimentos no lixo?
Você conheceu três etapas do desperdício agora
produzirá um artigo de opinião:
Neste artigo de soluções para o problema.
Eu acredito no futuro.
Na juventude com atitudes
Faça sua parte.
Juntos podemos mais.
A educação de que precisamos há de ser a
que liberte pela conscientização. A que
comunica e não a que faz comunicados.
(Paulo Freire)
Professora: Lurdinei de S Lines Coelho
Fonte de Pesquisa: Revista Problemas Brasileiros/nº434

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Alimentos no Lixo, Pessoas com Fome

  • 1. País do Desperdício Alimentos jogados no lixo somam milhões de toneladas
  • 2. Apesar dos avanços tecnológicos e do aumento da área cultivada, que levaram a produção agrícola a níveis nunca antes alcançados, em torno de 800 milhões de pessoas no mundo – um a cada nove terráqueos – ainda passam fome. • Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), cerca de 30% de tudo que é produzido anualmente pelo campo vai para o lixo em algum momento de sua trajetória entre a lavoura e a casa do consumidor. No Brasil, o quarto produtor mundial de comida, cerca de 3,4 milhões de indivíduos vivem em situação de insegurança alimentar, eufemismo para dizer que na maior parte do tempo eles não têm o que comer. O número poderia ser menor se ao redor de 26,3 milhões de toneladas de produtos alimentícios não fossem jogadas fora todos os anos
  • 4. O ALIMENTO DESDE O PRODUTOR ATÉ NOSSA CASA • Primeiro “PLANTIO DO ALIMENTO “ • Segundo “A INDUSTRIALIZAÇÃO” • Terceiro “ CONSUMO” O ALIMENTO DESDE O PRODUTOR ATÉ NOSSA MESA PLANTIO , COLHEITA AO CARREGAMENTO ENTREGA CONSUMIDOR INDÚSTRIA, DISTRIBUIDOR E COMÉRCIO
  • 5. Descarte dos centros de distribuição poderia alimentar muitos / Foto: Fernando Piovesan
  • 6. O que se perde no lixo falta na mesa COMPARAÇÃO – BRASIL E JAPÃO • Brasil, o País dos Desperdícios, somos um dos campeões mundiais em perdas de alimentos. “Descartamos cerca de 50% do total que produzimos”, diz. Isto equivale, segundo ele, a cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB), o que correspondeu a algo perto de R$ 28 bilhões em 2015. “A nação que menos desperdiça é o Japão, com 20%, seguido da Europa e dos Estados Unidos, onde esse índice varia entre 25% e 30%”, informa. CONSEQUÊNCIA • O desproveito se caracteriza quando o alimento produzido é jogado fora, ou seja, não chega a quem necessita. A maior parte dos produtos é desprezada porque está fora do prazo de validade ou fora do padrão estabelecido pela legislação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Um exemplo é dado pelos frutos considerados feios, que não são padronizados nem têm um apelo de venda comercial elevado, mas têm as proteínas, as vitaminas e os sais minerais de um produto normal.
  • 7. CAUSAS DO DESPERDÍCIO PRIMEIRA No Brasil, as perdas ocorrem em todas as fases da cadeia produtiva, desde o plantio até chegar à mesa dos consumidores. Segundo Abrantes, já no plantio a perda é de 5%, porcentual que se repete durante o crescimento e amadurecimento da cultura. O manuseio inadequado e técnicas ultrapassadas durante a colheita levam outros 20%. Saindo da lavoura, mais 20% de desperdício se dá durante o transporte. Os problemas começam quando a safra sai da porteira da fazenda, rumo a seu destino final, que pode ser um porto, de onde será exportada, ou os grandes centros urbanos consumidores no próprio país. Para isso, ela tem de cumprir uma longa jornada, que às vezes pode chegar até 2 mil quilômetros, enfrentando, na maior parte das vezes, estradas esburacadas, ferrovias escassas e lentas e portos sucateados. Não é de se surpreender, portanto, com a ocorrência de desperdício pelo caminho. Ao chegar a seus destinos intermediários, entre a lavoura e a mesa, isto é, nos locais de
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  • 10. SEGUNDA Apenas na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), 100 toneladas diárias de comida vão para o lixo a despeito do fato de que de 30% a 50% ainda são próprias para o consumo”, informa. “Esse volume daria para alimentar mais de 30 milhões de pessoas durante um ano (o suficiente para acabar com a fome no Brasil)”. Para fechar os 100% de desperdício vale citar a perda de 5% no percurso entre o supermercado e as casas dos consumidores e 25% nas próprias residências. Segundo a Embrapa, cada brasileiro desperdiça 37 quilos de hortaliças por ano. Com base na informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de que cada morador de uma grande cidade consome, em média, 35 quilos daqueles itens por ano, conclui-se que são jogados no lixo mais alimentos do que a quantidade consumida por uma pessoa. As razões desse desperdício no Brasil são muitas e podem variar conforme o produto. Uma delas, segundo Flavia, é a falta de consciência da população sobre o problema. “Isso é uma característica da nossa cultura e que acaba afetando a economia nacional, apresentando resultado negativo para toda a sociedade”, argumenta. Há causas mais concretas, no entanto. Estudos da Embrapa apontam, no caso de frutas e hortaliças, o manuseio inadequado no campo, o uso de embalagens impróprias, o transporte deficiente, a comercialização de produtos a granel, a ausência de refrigeração, a contaminação, a ineficiência do comércio no atacado, o excesso de manuseio por parte dos consumidores, a forma como são dispostas nas gôndolas dos supermercados e a deficiência administrativa nos centros atacadistas e varejistas.
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  • 12. TERCEIRA Há ainda os restos que estragam na geladeira e os que sobram nos pratos e têm o lixo como destino. Flavia explica que estes últimos são chamados tecnicamente de resto- ingestão, nome que se dá aos alimentos distribuídos, mas não consumidos. São quantidades desperdiçadas por motivos vários, tais como, cardápio não compatível com o paladar do usuário e porções inadequadas, maiores do que uma pessoa pode comer. Com o objetivo de conhecer o perfil de desperdício dos clientes de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) de uma empresa metalúrgica de Botucatu, a nutricionista realizou, anos atrás, uma pesquisa que durou 45 dias. “Nesse período coletamos dados nos dias úteis, quando então são oferecidas cerca de 4.800 refeições diárias, entre almoço, jantar e ceia, em seus dois refeitórios”, conta. Os resultados, revela Flavia, mostraram que as porcentagens de sobra no almoço variaram de 7,48% a 13,39%; no jantar, de 5,53% a 9,68%, e na ceia, de 17,09% a 60,85%. “Com relação ao índice de resto-ingestão os valores encontrados estão abaixo de 10%, com exceção do 14º dia no período do jantar, quando o porcentual foi de 11,15%”, ela conta. “Com a comida descartada na UAN poderiam ser alimentadas cerca de 11.450 pessoas. Os resultados obtidos indicam que é necessário um processo de treinamento dos colaboradores e conscientização dos comensais, por meio
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  • 14. CONSCIENTIZAÇÃO Enquanto desperdiçamos pessoas passam fome. A fome dói. E quando desperdiçamos deixamos de comer melhor, com qualidade e variedade.
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  • 16. COMBATENDO O DESPERDÍCIO Não são apenas os governos, instituições, ONGs e empresas públicas que devem fazer algo para enfrentar o problema. Os consumidores também podem ajudar. O consumidor é você, sou eu, somos nós.
  • 17. Uma maneira de diminuir o desperdício de alimentos é aproveitá-los totalmente, ou seja, utilizar cascas, folhas e talos e não simplesmente descartá- los. “O desconhecimento do valor nutricional dessas partes gera parcela considerável do lixo doméstico que se acumula nas cidades”, relata. “O aproveitamento integral dos vegetais ajuda a promover a diminuição do descarte, a melhora na qualidade nutricional da dieta e amplia a variedade de pratos.” Como por exemplo suco da casca do abacaxi. Na geladeira, os vegetais devem ser colocados de preferência inteiros, para evitar o envelhecimento precoce. Ao comprar alimentos industrializados em promoção é preciso ter cuidado, pois não é raro que a data de validade esteja prestes a vencer. Na escola a merenda. Restaurantes. Lanchonetes.
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  • 19. E esses alimentos que são jogados? • Porque não são aproveitados por instituições? • Doados antes de se deteriorarem? • Porque o alimento é tão caro e ao mesmo tempo grande parte jogado fora? • Porque tem muitas famílias passando fome, crianças desnutridas e alimentos no lixo?
  • 20. Você conheceu três etapas do desperdício agora produzirá um artigo de opinião: Neste artigo de soluções para o problema.
  • 21. Eu acredito no futuro. Na juventude com atitudes Faça sua parte. Juntos podemos mais.
  • 22. A educação de que precisamos há de ser a que liberte pela conscientização. A que comunica e não a que faz comunicados. (Paulo Freire) Professora: Lurdinei de S Lines Coelho Fonte de Pesquisa: Revista Problemas Brasileiros/nº434