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A nova literatura brasileira Ano I nº 2                                 Edição II
                                                                                                                                 Julho de 2010




                                                           Olá queridos Leito-                     Concursos de Poesia pelo Brasil
                                                         res, a edição desse
                                                         mês do papéis está
                                                                                                   Muitos Concursos de Poesia estão aconte-
                                                         de cara nova. Você
                                                                                                   cendo pelo Brasil, aqui vamos destacar al-
                                                         deve ter reparado
                                                                                                   guns que são confiáveis e que ainda dá tem-
                                                         no papel que ele foi
                                                                                                   po de você participar, não perca a chance!
                                                         impresso e também
                                                         na quantidade de
                                                                                                   Prêmio Canon de Poesia: (até 30/09)
                                                         folhas; Pois bem,
                                                         resolvemos ampliar                        Nesse concurso os 50 melhores poemas se-
                                                         e publicar aqui os
                              Papéis de Circunstâncias



                                                                                                   rão publicados em uma coletânea e a premi-
                                                         textos selecionados                       ação será de 10 títulos exclusivos para os
                                                         de nossos leitores                        selecionados. Informações e inscrições no
                                                         que postam no blog.                       endereço:
                                                            Lembramos que                          http://www.concursosliterarios.com.br
                                                         você pode entrar no
                                                         blog, mandar seu
                                                         texto, participar do                      Nosso Membro e presidente do papéis de
                                                         esquema de pontos                         circunstancias          Talles     Azigon
                                                         e ter seu texto publi-                    (tallesazigon.blogspot.com) foi classificado
                                                         cado aqui no nosso                        entre os 100 melhores do concurso toc de
                                                         papéis e parar na                         poesia da FLIPORTO e será lançado em u-
                                                         casa de nossos lei-                       ma antologia.
                                                         tores    espalhados
ANOVA LITERATURA BRASILEIRA




                                                         pelos 4 cantos do
                                                         Brasil nas casas dos
                                                         nossos assinantes.
                                                            A poesia não
                                                         morrerá, pelo menos
                                                         se depender do pa-
                                                         péis de circunstân-
                                                         cias.                                     Nessa edição conta-
                                                                                                   mos com os trabalhos
                                                         [Talles Azigon]                           de ilustração maravi-
                                                                                                   lhoso de Gesiara Lima
                                                                                                   (desenho do lado)
                                                                Acesse                             http://curvapagan.blogs
                                                                                                   pot.com/ e Reh santos
                                                                                                   d                     o
                                                                                                   http://redesenhei.blogs
                                                                                                   pot.com/
Página 2                                                                TÍTULO DO BOLETIM INFORMATIVO




                                                                      Poema sem fim

                                                            Pode se passar o tempo necessário
                                                            para que o futuro se torne presente
                                                            e o presente se torne passado,
                                                            porque nesse mundo que gira
                                                            nesse mundo que mira,
                                                            nesse mundo que expira o tempo
                                                            que por si vai passando,
                                                            hei que poderei de afirmar uma só
                                                            coisa:
                                                            Eu te amo!
                                                            E enquanto esse poema eu recitar,
                                                            esse amor sucinto ainda há de ficar,
                                                            porque quando este poema sem fim
                     Descobimanto
                                                            acabar,
Descobridor da minha alma impura                            e o tempo minhas palavras levar,
tu és                                                       então, o amor que sinto por ti
meu Cortez                                                  foram apenas palavras do futuro
meu Colombo                                                 que viraram presente
meu Cabral                                                  e com o vento que sopra carente
                                                            no passado vão ficar!
Desbravador dos arredios mares
do meu corpo                                                                    Ricardo Fenerich
                                                               Um aprendiz das letras, um poeta
Bandeirante de minhas matas                                                          em formação.
quase virgens                                                 http://ricardofenerich.blogspot.com/


explorador dos meus sonhos
indomáveis                       [desenho]Geisiara Lima

Tu és
meu Colombo                          [Talles Azigon]
meu Cortez
meu Cabral

Então me desligo e percebo
que faço parte de uma grande      Kenia Cris Desenho Rhe Santios
mentira nossa de todos os di-
as. Você me personifica num
mundo que é só seu. E todos
fazem o mesmo. A realidade
nada mais é do que o conjunto
EDIÇÃO II                                                                                          Página 3




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       cionados e publicados no blog papeisonline.blogspot.com


                                                A Verdade
  Então me desligo e percebo que faço parte de uma grande mentira nossa de todos os dias. Você
  me personifica num mundo que é só seu. E todos fazem o mesmo. A realidade nada mais é do que
  o conjunto de vários mundos imaginários; complexas ilusões individuais.
  Por um minuto – que pareciam eras, pois certas teorias de “como teria sido se..” ocupavam cada
  milésimo desse tempo– me permiti imaginar que cada palavra pronunciada naquele instante foi ver-
  dadeira. Penso, pois, que a palavra “verdade” é perigosa. Considero que essas mesmas palavras,
  que para mim foram um atestado da falta com a realidade, sejam fruto do emaranhado de personifi-
  cações imaginárias do mundo individual do autor que as criou. Logo, seguindo o raciocínio, já que
  as palavras narravam a realidade por ele criada, eram verdadeiras – em seu mundo.
  Há, portanto, duas realidades distintas e dois mundos diferentes. Duas verdades.

                                                          [Rúbia Gondim—http://colerica.wordpress.com/]


               O Cravo Nu                                             O Será
                                           Hoje tenho sede de ter sede do mundo
        Por que tua flor rebelde           E por qualquer querer eu tenho pressa.
   Insiste em desabrochar na minha         A velocidade me instiga,
                 frente?
         Acariciarei-te. Oh, flor          Mas são os acontecimentos que me movem
  Para te deleitares com meus mimos        Moendo os minutos em segundos intermináveis
         Lamberei tuas pétalas             Do ar que respiro em goles indecifráveis
       Apertarei os teus espinhos          E ter da vida a coisa inteira vivida
           Eu ousado zangão
    Beberei teu doce-amargo néctar         Em fortes doses homeopáticas, simpáticas e cotidianas.
   E te caberei inteira dentro de mim
         Até morreres sufocada             A fé que emana em meu peito é de outro jeito
      Com o calor do meu desejo            que não a querer é pecar pelo direito do torpor com o ar.
      Para que assim os campos
      Nos libertem e nos mostrem           Tomar os dias pelos dedos sem saber separar
       A verdadeira face da vida           O ontem do hoje que não termina em ser o amanhã,
    Pois tudo aquilo que a princípio       Pois quando a manhã cisma em nascer,
    Não se identifica, com o tempo         Meus olhos já estão castos de mais viver.
  Vai se deixando revelar aos poucos
    Mesmo que involuntariamente.
                                        Castro a boca e selo o peito
                                        Sem amargar o doce da língua,
                         [Marico Rufino
                                        Porque é no céu do céu que eu quero voar
                                http://
                                        E amar o que vier a ser; o será.
      emaranhadorufiniano.blogspot.com
        http://po-de-poesia.blogspot.com
                                           Peter Zoster
A Fotografia

                                   Eu ficaria muito feliz se conseguisse reduzir o que sinto numa fotografia. Ali
                                   ainda não seria o caso, talvez chegasse perto. Mais pra esquerda, mãe! Junta
                                   esse aí que eu não sei o nome! Calma Não empurra!
                                   Faria um dia daqueles, a explosão de fotossensibilidade se agrupando numa
                                   harmonia de arrancar suspiro, pouco sol, o suficiente para o brilho natural de
                                   uma captação bem feita. A grama sorriria, as flores nem se incomodariam com
                                   o câncer de pele carregado no canteiro dos hospitais. Até as rachaduras das
                                   paredes ao longe parecendo dizer xis. Sorririam mais que felizes. Diga xis!
                                   Não! Não! Calma! Mais pra cá! Você tá cobrindo a Marta, cara! Vai pra trás
                                   porque você é mais alto.
                                   Ele se importaria? Estaria apenas centrado numa boa foto, com a turma toda
                                   reunida, não repararia em algumas pessoas insignificantes. Droga! Mesmo
assim acharia bom, seria um deleite, as coisas caminhariam para um final feliz. Pára de se mexer! Desculpa! E
a música lá no fundo, é linda, né? E cantaria com aquele inglês horrível da minha escola. Todo mundo me
mandaria parar, se irritariam por não entender minha felicidade. Ele olharia para os lados, desconversaria, afi-
nal, não seria de sua conta, não é verdade? Um fotógrafo com boa fama pela cidade. Ele consegue fotografar
até sua alma, as dondocas da alta falando quando de cara com o resultado. Um dia eu conseguiria... Seus
resultados, incríveis. Estou emocionada com essa foto! Quando você vem tirar mais? Escuta, eu tenho uma
filha linda, ela quer ver se tem jeito pra modelo, tá até de regime, você não quer fotografá-la? Ele repararia
nessas, mas não na sua foto mais importante. Eu o faria, com certeza.
Eu teria a chance do perdão, nunca mais reclamaria, ele me amaria outra vez. A praça, os gritos... Por que
será que as pessoas não conseguem enxergar coisas assim? Eu quero a família, a paz, o amor, a ordem e o
progresso – meus ditos comuns àquela época. O vento da tarde ampliaria a beleza da fotografia, meus cabe-
los voariam brilhantes, atiraria meu lenço que me sufocava o pescoço às alturas. Diga xis! E os arredores diri-
am. As estátuas da praça, os muros caindo, as grades esfaceladas de tanto sacudir se envergariam em forma
de um largo sorriso. Vocês tão se mexendo demais! Assim a foto vai ficar ruim! Aproveita a posição do sol, a
luz tá perfeita! Os policiais passando se esconderiam, as cáries se ergueriam para ficar bem na foto, eu nem
se fala... A praça os gritos, a turma, ele lá...
Seria bom se prender totalmente nessa foto... Pra que meus erros se guardassem lá, para que não me massa-
crassem tanto... Quem mandou dizer o que não devia? Isso não é papel de uma mãe, ainda mais naquelas
circunstâncias. Sai da direita, mãe! Assim você não vai sair na foto! Olha, lá vai, hein? Prontos? Lá vai!
- Xiiiiiiiiiiiiiiiiisss!!!
Flash!
Seria tudo uma maravilha, mas isso é só uma hipótese. Se eu soubesse ao menos onde você foi parar esses
anos todos...
                                                                                              [Wander Shirukaya]



                                                                    Expediente
                                          O Papéis de circunstancia é feito por um coletivo de poetas,
                                          contistas, cronistas e ilustradores que escrevem e publicam
                                          no blog papeisonline.blogspot.com

                                          Editor: Talles Azigon
                                          Revisora: Karla Hack
                                          Ilustração Geisiara Lima e Rhe Santos

                                          Siga agente no twitter.com/papeisonline

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Nova edição do boletim Papéis de Circunstâncias destaca concursos de poesia e textos de leitores

  • 1. A nova literatura brasileira Ano I nº 2 Edição II Julho de 2010 Olá queridos Leito- Concursos de Poesia pelo Brasil res, a edição desse mês do papéis está Muitos Concursos de Poesia estão aconte- de cara nova. Você cendo pelo Brasil, aqui vamos destacar al- deve ter reparado guns que são confiáveis e que ainda dá tem- no papel que ele foi po de você participar, não perca a chance! impresso e também na quantidade de Prêmio Canon de Poesia: (até 30/09) folhas; Pois bem, resolvemos ampliar Nesse concurso os 50 melhores poemas se- e publicar aqui os Papéis de Circunstâncias rão publicados em uma coletânea e a premi- textos selecionados ação será de 10 títulos exclusivos para os de nossos leitores selecionados. Informações e inscrições no que postam no blog. endereço: Lembramos que http://www.concursosliterarios.com.br você pode entrar no blog, mandar seu texto, participar do Nosso Membro e presidente do papéis de esquema de pontos circunstancias Talles Azigon e ter seu texto publi- (tallesazigon.blogspot.com) foi classificado cado aqui no nosso entre os 100 melhores do concurso toc de papéis e parar na poesia da FLIPORTO e será lançado em u- casa de nossos lei- ma antologia. tores espalhados ANOVA LITERATURA BRASILEIRA pelos 4 cantos do Brasil nas casas dos nossos assinantes. A poesia não morrerá, pelo menos se depender do pa- péis de circunstân- cias. Nessa edição conta- mos com os trabalhos [Talles Azigon] de ilustração maravi- lhoso de Gesiara Lima (desenho do lado) Acesse http://curvapagan.blogs pot.com/ e Reh santos d o http://redesenhei.blogs pot.com/
  • 2. Página 2 TÍTULO DO BOLETIM INFORMATIVO Poema sem fim Pode se passar o tempo necessário para que o futuro se torne presente e o presente se torne passado, porque nesse mundo que gira nesse mundo que mira, nesse mundo que expira o tempo que por si vai passando, hei que poderei de afirmar uma só coisa: Eu te amo! E enquanto esse poema eu recitar, esse amor sucinto ainda há de ficar, porque quando este poema sem fim Descobimanto acabar, Descobridor da minha alma impura e o tempo minhas palavras levar, tu és então, o amor que sinto por ti meu Cortez foram apenas palavras do futuro meu Colombo que viraram presente meu Cabral e com o vento que sopra carente no passado vão ficar! Desbravador dos arredios mares do meu corpo Ricardo Fenerich Um aprendiz das letras, um poeta Bandeirante de minhas matas em formação. quase virgens http://ricardofenerich.blogspot.com/ explorador dos meus sonhos indomáveis [desenho]Geisiara Lima Tu és meu Colombo [Talles Azigon] meu Cortez meu Cabral Então me desligo e percebo que faço parte de uma grande Kenia Cris Desenho Rhe Santios mentira nossa de todos os di- as. Você me personifica num mundo que é só seu. E todos fazem o mesmo. A realidade nada mais é do que o conjunto
  • 3. EDIÇÃO II Página 3 Textos dessa página foram enviados por e-mail e foram sele- cionados e publicados no blog papeisonline.blogspot.com A Verdade Então me desligo e percebo que faço parte de uma grande mentira nossa de todos os dias. Você me personifica num mundo que é só seu. E todos fazem o mesmo. A realidade nada mais é do que o conjunto de vários mundos imaginários; complexas ilusões individuais. Por um minuto – que pareciam eras, pois certas teorias de “como teria sido se..” ocupavam cada milésimo desse tempo– me permiti imaginar que cada palavra pronunciada naquele instante foi ver- dadeira. Penso, pois, que a palavra “verdade” é perigosa. Considero que essas mesmas palavras, que para mim foram um atestado da falta com a realidade, sejam fruto do emaranhado de personifi- cações imaginárias do mundo individual do autor que as criou. Logo, seguindo o raciocínio, já que as palavras narravam a realidade por ele criada, eram verdadeiras – em seu mundo. Há, portanto, duas realidades distintas e dois mundos diferentes. Duas verdades. [Rúbia Gondim—http://colerica.wordpress.com/] O Cravo Nu O Será Hoje tenho sede de ter sede do mundo Por que tua flor rebelde E por qualquer querer eu tenho pressa. Insiste em desabrochar na minha A velocidade me instiga, frente? Acariciarei-te. Oh, flor Mas são os acontecimentos que me movem Para te deleitares com meus mimos Moendo os minutos em segundos intermináveis Lamberei tuas pétalas Do ar que respiro em goles indecifráveis Apertarei os teus espinhos E ter da vida a coisa inteira vivida Eu ousado zangão Beberei teu doce-amargo néctar Em fortes doses homeopáticas, simpáticas e cotidianas. E te caberei inteira dentro de mim Até morreres sufocada A fé que emana em meu peito é de outro jeito Com o calor do meu desejo que não a querer é pecar pelo direito do torpor com o ar. Para que assim os campos Nos libertem e nos mostrem Tomar os dias pelos dedos sem saber separar A verdadeira face da vida O ontem do hoje que não termina em ser o amanhã, Pois tudo aquilo que a princípio Pois quando a manhã cisma em nascer, Não se identifica, com o tempo Meus olhos já estão castos de mais viver. Vai se deixando revelar aos poucos Mesmo que involuntariamente. Castro a boca e selo o peito Sem amargar o doce da língua, [Marico Rufino Porque é no céu do céu que eu quero voar http:// E amar o que vier a ser; o será. emaranhadorufiniano.blogspot.com http://po-de-poesia.blogspot.com Peter Zoster
  • 4. A Fotografia Eu ficaria muito feliz se conseguisse reduzir o que sinto numa fotografia. Ali ainda não seria o caso, talvez chegasse perto. Mais pra esquerda, mãe! Junta esse aí que eu não sei o nome! Calma Não empurra! Faria um dia daqueles, a explosão de fotossensibilidade se agrupando numa harmonia de arrancar suspiro, pouco sol, o suficiente para o brilho natural de uma captação bem feita. A grama sorriria, as flores nem se incomodariam com o câncer de pele carregado no canteiro dos hospitais. Até as rachaduras das paredes ao longe parecendo dizer xis. Sorririam mais que felizes. Diga xis! Não! Não! Calma! Mais pra cá! Você tá cobrindo a Marta, cara! Vai pra trás porque você é mais alto. Ele se importaria? Estaria apenas centrado numa boa foto, com a turma toda reunida, não repararia em algumas pessoas insignificantes. Droga! Mesmo assim acharia bom, seria um deleite, as coisas caminhariam para um final feliz. Pára de se mexer! Desculpa! E a música lá no fundo, é linda, né? E cantaria com aquele inglês horrível da minha escola. Todo mundo me mandaria parar, se irritariam por não entender minha felicidade. Ele olharia para os lados, desconversaria, afi- nal, não seria de sua conta, não é verdade? Um fotógrafo com boa fama pela cidade. Ele consegue fotografar até sua alma, as dondocas da alta falando quando de cara com o resultado. Um dia eu conseguiria... Seus resultados, incríveis. Estou emocionada com essa foto! Quando você vem tirar mais? Escuta, eu tenho uma filha linda, ela quer ver se tem jeito pra modelo, tá até de regime, você não quer fotografá-la? Ele repararia nessas, mas não na sua foto mais importante. Eu o faria, com certeza. Eu teria a chance do perdão, nunca mais reclamaria, ele me amaria outra vez. A praça, os gritos... Por que será que as pessoas não conseguem enxergar coisas assim? Eu quero a família, a paz, o amor, a ordem e o progresso – meus ditos comuns àquela época. O vento da tarde ampliaria a beleza da fotografia, meus cabe- los voariam brilhantes, atiraria meu lenço que me sufocava o pescoço às alturas. Diga xis! E os arredores diri- am. As estátuas da praça, os muros caindo, as grades esfaceladas de tanto sacudir se envergariam em forma de um largo sorriso. Vocês tão se mexendo demais! Assim a foto vai ficar ruim! Aproveita a posição do sol, a luz tá perfeita! Os policiais passando se esconderiam, as cáries se ergueriam para ficar bem na foto, eu nem se fala... A praça os gritos, a turma, ele lá... Seria bom se prender totalmente nessa foto... Pra que meus erros se guardassem lá, para que não me massa- crassem tanto... Quem mandou dizer o que não devia? Isso não é papel de uma mãe, ainda mais naquelas circunstâncias. Sai da direita, mãe! Assim você não vai sair na foto! Olha, lá vai, hein? Prontos? Lá vai! - Xiiiiiiiiiiiiiiiiisss!!! Flash! Seria tudo uma maravilha, mas isso é só uma hipótese. Se eu soubesse ao menos onde você foi parar esses anos todos... [Wander Shirukaya] Expediente O Papéis de circunstancia é feito por um coletivo de poetas, contistas, cronistas e ilustradores que escrevem e publicam no blog papeisonline.blogspot.com Editor: Talles Azigon Revisora: Karla Hack Ilustração Geisiara Lima e Rhe Santos Siga agente no twitter.com/papeisonline Estamos precisando de ajuda financeira para fazer a versão impressa e enviar aos nossoas assinantes entre em contato azigon@hotmail.com Geisiara Lima