1) O documento discute os caminhos do desenvolvimento econômico e social em países capitalistas periféricos como o Brasil.
2) Argumenta que o capitalismo de Estado promoveu o desenvolvimento econômico em diversos países, mas não necessariamente o desenvolvimento social.
3) Defende que o desenvolvimento econômico sustentável requer acumulação de capital interno e fortalecimento da sociedade civil organizada.
O modelo de desenvolvimento requerido para o brasil superar a crise atualFernando Alcoforado
Considerando o fracasso do modelo neoliberal no Brasil e no mundo, urge a adoção no País do Estado de Bem-Estar Social nos moldes dos países escandinavos que tem apresentado excelentes resultados econômicos e sociais. Foi a social democracia construída até hoje, sobretudo nos países escandinavos, o único modelo de sociedade que permitiu avanços econômicos, sociais e políticos simultâneos com o Estado atuando como mediador dos conflitos entre os interesses do capital e da Sociedade Civil. Este deveria ser o modelo econômico a ser adotado no Brasil para retirar o país da estagnação econômica e da devastação social em que se encontra. A grave situação vivida pelo Brasil no momento está a exigir não apenas a substituição dos atuais detentores do poder, mas, sobretudo o fim do malfadado modelo neoliberal em vigor com a implantação do Estado de Bem-Estar Social nos moldes escandinavos.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
O modelo de desenvolvimento requerido para o brasil superar a crise atualFernando Alcoforado
Considerando o fracasso do modelo neoliberal no Brasil e no mundo, urge a adoção no País do Estado de Bem-Estar Social nos moldes dos países escandinavos que tem apresentado excelentes resultados econômicos e sociais. Foi a social democracia construída até hoje, sobretudo nos países escandinavos, o único modelo de sociedade que permitiu avanços econômicos, sociais e políticos simultâneos com o Estado atuando como mediador dos conflitos entre os interesses do capital e da Sociedade Civil. Este deveria ser o modelo econômico a ser adotado no Brasil para retirar o país da estagnação econômica e da devastação social em que se encontra. A grave situação vivida pelo Brasil no momento está a exigir não apenas a substituição dos atuais detentores do poder, mas, sobretudo o fim do malfadado modelo neoliberal em vigor com a implantação do Estado de Bem-Estar Social nos moldes escandinavos.
Legado econômico dos governos neoliberais de fhc, lula e dilma roussefFernando Alcoforado
O legado dos governos FHC, Lula e Dilma Roussef nos últimos 20 anos de graves consequências para o Brasil. O baixo crescimento econômico do Brasil e a elevação desmesurada da dívida pública federal durante os governos FHC, Lula e Dilma Roussef demonstram a inviabilidade do modelo neoliberal implantado no País e a incompetência destes governantes na condução dos destinos da nação brasileira. Não apenas FHC deixou um legado econômico comprometedor do desenvolvimento do Brasil. Lula e Dilma Roussef são também responsáveis por esta situação porque não foram capazes de adotar um modelo econômico que contribuísse com efetividade para o progresso econômico e social do Brasil. O futuro do Brasil está a exigir não apenas a substituição de um presidente da República incompetente por outro mais capaz, mas principalmente a substituição do fracassado modelo neoliberal por outro, nacional desenvolvimentista, baseado na abertura seletiva da economia brasileira em relação ao exterior.
Sinopse
O leitor tem em mãos um livro demolidor. As políticas econômica e social do governo Lula são analisadas à luz de inovações metodológicas e conceituais concebidas com grande rigor, sem exageros, sem chavões e sem adjetivação. Surge uma imagem desoladora. A eleição de Lula à Presidência da República foi a operação política conservadora mais bem-sucedida da nossa história, pois deu novo fôlego a um modelo que estava esgotado. Seus resultados comprometem o futuro do Brasil. Isso tem sido parcialmente mascarado pelos efeitos de uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável, que não persistirá para sempre. Quando essa conjuntura mudar, todos os nossos problemas estruturais estarão agigantados. Nunca antes neste país houve tanta mistificação. Não é verdade que a vulnerabilidade externa tenha diminuído, quando comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o crescimento das exportações sinalize uma inserção internacional mais virtuosa, pois estamos vivendo mais um episódio de adaptação passiva e regressiva ao sistema econômico internacional. A indústria de transformação perde dinamismo, com fortalecimento dos setores intensivos em recursos naturais e desarticulação de cadeias produtivas. Na pauta de exportações, têm peso crescente os bens de baixo valor agregado. Há perda de eficiência sistêmica. Nossas taxas de crescimento são inferiores à média internacional. Estamos ficando para trás. Quando se consideram, em conjunto, as seis variáveis macroeconômicas mais importantes, Lula obtém o quarto pior índice de desempenho presidencial da nossa história republicana. E sua política social, centrada no Programa Bolsa Família, é uma grosseira mistificação. Ao contrário do que se diz, não está em curso um processo de distribuição de renda, pois os rendimentos do trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente, como proporção da renda nacional. Com a adesão do Partido dos Trabalhadores ao sistema tradicional de poder, chegou ao fim o impulso transformador que surgiu nas lutas pela redemocratização do país. A política brasileira apequenou-se ainda mais. Sem disputa de projetos, o sistema político faliu. Foi despolitizado, reduzido a doses cavalares de marketing e a um conjunto de pequenos acordos, tudo a serviço da conquista e da preservação de posições de poder. Nunca foi tão grande, na sociedade, o sentimento difuso de desimportância em relação à política institucional. O governo que, na origem, prometia mudanças tornou-se o governo do cinismo e da passividade.
Para reativar a economia, o governo deve atuar como o grande indutor do desen...Fernando Alcoforado
As maiores taxas de crescimento do PIB do Brasil ocorreram de 1930 a 1980 quando o governo federal exerceu um papel ativo no desenvolvimento econômico e social do País. A partir de 1990, quando foi adotado o modelo neoliberal e o governo pouco interveio sobre a economia brasileira, o Brasil apresentou retrocesso em seu processo de desenvolvimento econômico e social. Urge, portanto, o abandono do modelo econômico neoliberal, para reativar a economia brasileira com ativa participação do Estado na atividade econômica como ocorreu de 1930 a 1980.
Em defesa de um aperfeiçoado modelo de social democracia para derrotar o neol...Fernando Alcoforado
Para acabar com a barbárie que caracteriza o mundo em que vivemos, urge a edificação de um novo modelo de sociedade que possibilite uma convivência civilizada entre todos os seres humanos. No artigo de nossa autoria A social democracia é a solução para o fracasso do liberalismo, do socialismo e do neoliberalismo na construção de uma ordem política viável? publicado no Blog de Falcoforado (http//Fernando.alcoforado.zip.net) procurou-se demonstrar que o liberalismo, o socialismo e o neoliberalismo fracassaram na construção de uma sociedade econômica, social e politicamente viável em vários países do mundo. Ao analisar o modelo da social democracia, constatamos que foi na Escandinávia onde foi implantado o mais bem sucedido entre todos eles apesar da necessidade de aperfeiçoamentos que serão apresentadas nas conclusões deste artigo.
A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico neoliberal em todo o mundo, inclusive no Brasil. A manutenção do modelo neoliberal se traduzirá no aprofundamento da recessão econômica e da desnacionalização do que ainda resta do patrimônio público no Brasil e, consequentemente, em maior subordinação do País em relação ao exterior. Um governo seriamente comprometido com a defesa da soberania nacional, o progresso do Brasil, o bem-estar-social de sua população e o desenvolvimento sustentável tem que, necessariamente, repelir este cenário substituindo o modelo econômico neoliberal por outro que corresponda aos interesses da população brasileira com o governo exercendo um efetivo controle da economia, além de propiciar a retomada do desenvolvimento nacional.
A discussão acerca do papel do Estado na economia é fundamental no âmbito do processo de desenvolvimento. Na América Latina e, em geral, nos países de industrialização tardia, as empresas estatais tiveram um papel muito importante na formatação da estrutura produtiva. No Brasil, não apenas a participação do Estado, mas, também, das empresas estatais é um dos temais mais discutidos e analisados desde a proclamação da República
Governo dilma rousseff é fator de instabilidade político institucional do brasilFernando Alcoforado
A governabilidade de um país só é alcançada quando o governo conta com o apoio da grande maioria da população e de suas diversas classes sociais, além de possuir maioria parlamentar para implementar suas políticas. Para haver governabilidade, o governo precisa atender as demandas das diversas classes sociais para obter o apoio da Sociedade Civil e deve contar com o apoio de partidos políticos para obter no Parlamento a aprovação de seus projetos legislativos. Em suma, governabilidade diz respeito à capacidade política do governo de decidir, possibilitando a realização de políticas públicas. Dilma Rousseff não reúne nenhuma dessas condições para governar a nação.
China Comunista, China Socialista, Comunismo na China, Mao Tsé Tung, China, Solialismo, Comunismo, Comunista, Comunismo, Revolução Chinesa, revolução chinesa, china comunista, socialista;
Sinopse
O leitor tem em mãos um livro demolidor. As políticas econômica e social do governo Lula são analisadas à luz de inovações metodológicas e conceituais concebidas com grande rigor, sem exageros, sem chavões e sem adjetivação. Surge uma imagem desoladora. A eleição de Lula à Presidência da República foi a operação política conservadora mais bem-sucedida da nossa história, pois deu novo fôlego a um modelo que estava esgotado. Seus resultados comprometem o futuro do Brasil. Isso tem sido parcialmente mascarado pelos efeitos de uma conjuntura internacional excepcionalmente favorável, que não persistirá para sempre. Quando essa conjuntura mudar, todos os nossos problemas estruturais estarão agigantados. Nunca antes neste país houve tanta mistificação. Não é verdade que a vulnerabilidade externa tenha diminuído, quando comparada com o resto do mundo; na verdade, aumentou. Não é verdade que o crescimento das exportações sinalize uma inserção internacional mais virtuosa, pois estamos vivendo mais um episódio de adaptação passiva e regressiva ao sistema econômico internacional. A indústria de transformação perde dinamismo, com fortalecimento dos setores intensivos em recursos naturais e desarticulação de cadeias produtivas. Na pauta de exportações, têm peso crescente os bens de baixo valor agregado. Há perda de eficiência sistêmica. Nossas taxas de crescimento são inferiores à média internacional. Estamos ficando para trás. Quando se consideram, em conjunto, as seis variáveis macroeconômicas mais importantes, Lula obtém o quarto pior índice de desempenho presidencial da nossa história republicana. E sua política social, centrada no Programa Bolsa Família, é uma grosseira mistificação. Ao contrário do que se diz, não está em curso um processo de distribuição de renda, pois os rendimentos do trabalho, vistos como um todo, continuam a cair sistematicamente, como proporção da renda nacional. Com a adesão do Partido dos Trabalhadores ao sistema tradicional de poder, chegou ao fim o impulso transformador que surgiu nas lutas pela redemocratização do país. A política brasileira apequenou-se ainda mais. Sem disputa de projetos, o sistema político faliu. Foi despolitizado, reduzido a doses cavalares de marketing e a um conjunto de pequenos acordos, tudo a serviço da conquista e da preservação de posições de poder. Nunca foi tão grande, na sociedade, o sentimento difuso de desimportância em relação à política institucional. O governo que, na origem, prometia mudanças tornou-se o governo do cinismo e da passividade.
Para reativar a economia, o governo deve atuar como o grande indutor do desen...Fernando Alcoforado
As maiores taxas de crescimento do PIB do Brasil ocorreram de 1930 a 1980 quando o governo federal exerceu um papel ativo no desenvolvimento econômico e social do País. A partir de 1990, quando foi adotado o modelo neoliberal e o governo pouco interveio sobre a economia brasileira, o Brasil apresentou retrocesso em seu processo de desenvolvimento econômico e social. Urge, portanto, o abandono do modelo econômico neoliberal, para reativar a economia brasileira com ativa participação do Estado na atividade econômica como ocorreu de 1930 a 1980.
Em defesa de um aperfeiçoado modelo de social democracia para derrotar o neol...Fernando Alcoforado
Para acabar com a barbárie que caracteriza o mundo em que vivemos, urge a edificação de um novo modelo de sociedade que possibilite uma convivência civilizada entre todos os seres humanos. No artigo de nossa autoria A social democracia é a solução para o fracasso do liberalismo, do socialismo e do neoliberalismo na construção de uma ordem política viável? publicado no Blog de Falcoforado (http//Fernando.alcoforado.zip.net) procurou-se demonstrar que o liberalismo, o socialismo e o neoliberalismo fracassaram na construção de uma sociedade econômica, social e politicamente viável em vários países do mundo. Ao analisar o modelo da social democracia, constatamos que foi na Escandinávia onde foi implantado o mais bem sucedido entre todos eles apesar da necessidade de aperfeiçoamentos que serão apresentadas nas conclusões deste artigo.
A prática vem demonstrando a inviabilidade do modelo econômico neoliberal em todo o mundo, inclusive no Brasil. A manutenção do modelo neoliberal se traduzirá no aprofundamento da recessão econômica e da desnacionalização do que ainda resta do patrimônio público no Brasil e, consequentemente, em maior subordinação do País em relação ao exterior. Um governo seriamente comprometido com a defesa da soberania nacional, o progresso do Brasil, o bem-estar-social de sua população e o desenvolvimento sustentável tem que, necessariamente, repelir este cenário substituindo o modelo econômico neoliberal por outro que corresponda aos interesses da população brasileira com o governo exercendo um efetivo controle da economia, além de propiciar a retomada do desenvolvimento nacional.
A discussão acerca do papel do Estado na economia é fundamental no âmbito do processo de desenvolvimento. Na América Latina e, em geral, nos países de industrialização tardia, as empresas estatais tiveram um papel muito importante na formatação da estrutura produtiva. No Brasil, não apenas a participação do Estado, mas, também, das empresas estatais é um dos temais mais discutidos e analisados desde a proclamação da República
Governo dilma rousseff é fator de instabilidade político institucional do brasilFernando Alcoforado
A governabilidade de um país só é alcançada quando o governo conta com o apoio da grande maioria da população e de suas diversas classes sociais, além de possuir maioria parlamentar para implementar suas políticas. Para haver governabilidade, o governo precisa atender as demandas das diversas classes sociais para obter o apoio da Sociedade Civil e deve contar com o apoio de partidos políticos para obter no Parlamento a aprovação de seus projetos legislativos. Em suma, governabilidade diz respeito à capacidade política do governo de decidir, possibilitando a realização de políticas públicas. Dilma Rousseff não reúne nenhuma dessas condições para governar a nação.
China Comunista, China Socialista, Comunismo na China, Mao Tsé Tung, China, Solialismo, Comunismo, Comunista, Comunismo, Revolução Chinesa, revolução chinesa, china comunista, socialista;
CAUSAS DO FRACASSO DO NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO NO BRASIL E NO MUNDO E COMO...Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar os fatores que levaram ao fracasso do nacional desenvolvimentismo adotado no Brasil e no mundo e mostrar como resgatá-lo na era contemporânea. Entende-se por nacional desenvolvimentismo o esforço encetado por vários governos no mundo após a 2ª Guerra Mundial no sentido de fazer com que seus países alcançassem o mesmo nível de desenvolvimento dos países capitalistas desenvolvidos. A identificação dos fatores ou causas que levaram ao fracasso do nacional desenvolvimentismo vai possibilitar resgatá-lo com os devidos ajustes que, no caso específico do Brasil, é muito importante que aconteça porque foi, com o nacional desenvolvimentismo de 1930 a 1980, que o país alcançou o mais elevado nível de desenvolvimento econômico e social de sua história. O que se pretende, também, neste artigo é, identificando as reais causas do fracasso do nacional desenvolvimentismo, contribuir para mostrar os caminhos que levem à emancipação econômica e social da grande maioria dos países do mundo.
Para James K. Galbraith, autor do livro L´État Prédateur, o Estado Predador tem por base uma classe empenhada em apoderar-se do Estado, não por razões ideológicas, mas simplesmente para que isso lhes traga, individualmente ou como grupo, o máximo de dinheiro, o mínimo de incômodo ao exercício do seu o poder, e no caso de alguma coisa correr mal, o papel do Estado é o de ir em seu socorro. Apesar da retórica em defesa do Estado mínimo, não lhes interessa a redução do Estado pois, sem seu apoio, a concretização dos seus objetivos estaria fortemente comprometida. A sua razão de ser é fazer dinheiro à custa do Estado. Ao Governo é reservado o papel de adotar políticas de redução dos rendimentos dos trabalhadores e de cortes nos serviços públicos, ao mesmo tempo em que faz concessões milionárias a companhias que ajudam a eleger os detentores do poder estatal. O Governo deve socorrer as grandes empresas quando necessário e deve recusar-se a apoiar os cidadãos comuns. E tudo isto acontece, segundo James K. Galbraith, não como anomalias ou desvios, mas sim como condições centrais de funcionamento do sistema.
AS CAUSAS DO FRACASSO NA CONSTRUÇÃO DO SOCIALISMO E SEU FUTURO Fernando Alcoforado
Este artigo tem por objetivo apresentar as promessas do socialismo, o seu processo de construção em vários países do mundo, as causas de seu fracasso com as conclusões sobre seu futuro.
Plataforma para o Desenvolvimento Sustentável das Américas, na visão dos trabalhadores. Documento elaborado pela CSA - Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas
Os desafios actuais e as insuficiências à esquerdaGRAZIA TANTA
Sumário
1 – Introdução
2 - Síntese de aspectos estruturais que configuraram a Europa nas últimas décadas
3 - Medidas anti-sociais levadas a cabo na Europa
4 - Elementos da crise económica, social e política portuguesa
5 - Inconsistências e insuficiências à esquerda - Construção da unidade
Pode-se afirmar que o insucesso na promoção do desenvolvimento econômico e social da quase totalidade dos países periféricos e semiperiféricos do mundo pode ser atribuído ao fato de os governos desses países terem adotado estratégias para promover o desenvolvimento nacional de forma isolada em relação ao sistema-mundo capitalista. O novo referencial teórico de análise do sistema econômico de uma nação levando em conta o sistema-mundo capitalista proposto por Wallerstein se contrapõe ao método cartesiano que formula o desenvolvimento do sistema econômico nacional dissociado da inserção da economia nacional no sistema capitalista mundial. Portanto, está explicado o fracasso do nacional desenvolvimentismo e de implantação do socialismo real que resultou do fato de seus mentores admitirem ter capacidade de promover o desenvolvimento econômico e social nacional dissociado do sistema- mundo capitalista
Semelhante a Os caminhos do desenvolvimento em paises capitalistas perifericos como o brasil (20)
Baile da Saudade / Loja Maçônica Segredo, Força e União de Juazeiro Ba
Os caminhos do desenvolvimento em paises capitalistas perifericos como o brasil
1. OS CAMINHOS DO DESENVOLVIMENTO EM PAÍSES CAPITALISTAS
PERIFÉRICOS COMO O BRASIL
Fernando Alcoforado*
A história econômica de inúmeros países demonstra que o capitalismo de Estado tem
sido a solução para vencer o atraso econômico. Foi o caso da União Soviética, da China,
de Taiwan, do Japão e da Coreia do Sul no Século XX. O progresso econômico
alcançado por esses países se deveu fundamentalmente ao papel desempenhado pelo
Estado na promoção do desenvolvimento. Muito provavelmente o desempenho
econômico desses países seria inferior se suas economias ficassem sob o livre jogo do
mercado. O papel do Estado é decisivo para que se desenvolvam as condições para
incrementar o progresso técnico e viabilizar o processo de acumulação do capital em
países periféricos. O Estado pode assumir, em um extremo, o papel de planejar e
controlar a economia como um todo e, no outro, o de apoiar as empresas na consecução
de seus objetivos.
No entanto, nas nações onde o capitalismo de Estado foi bem sucedido, o
desenvolvimento social não aconteceu no mesmo ritmo em que se deu o
desenvolvimento econômico. Isso se deve ao fato de que nesses países a Sociedade
Civil não encontrou espaço para interferir nos rumos da atividade econômica. Uma das
características dos países onde prevalece o capitalismo de Estado é a centralização do
poder em mãos de uma burocracia estatal que privilegia os interesses dos grupos
econômicos capitalistas e/ou das elites dirigentes em detrimento dos interesses sociais.
Em outras palavras, o capitalismo de Estado pode realizar o progresso econômico sem
alcançar, no entanto, o progresso social. Este foi o caso de países como o Japão, a
Coréia do Sul, Taiwan, a União Soviética e a China.
Na União Soviética, por exemplo, onde ocorreu uma revolução socialista voltada para
atender os interesses do proletariado e da grande maioria da população, o
desenvolvimento social do país não aconteceu no mesmo ritmo de seu desenvolvimento
econômico. A prioridade dos governantes da União Soviética era promover o
desenvolvimento acelerado das forças produtivas para superar o atraso econômico. Nos
primórdios da revolução, sob a liderança de Lênin, havia a participação da sociedade
civil (sovietes) nas decisões do governo, apesar da prevalência do partido comunista
como supremo poder da nação. Com a morte de Lênin e a ascensão de Stalin ao
comando do partido comunista, os sovietes foram excluídos de participação nas
decisões do governo e, mais tarde, a ditadura do partido comunista se transformou em
ditadura pessoal de Stalin. Apenas com a morte de Stalin, o poder soviético voltou a ser
exercido pela máquina do partido comunista, apesar da força de seus dirigentes
máximos. A economia soviética se transformou com o tempo em capitalismo de estado
em que o excedente econômico ou mais valia gerada pela sociedade era utilizada na
expansão econômica e em benefício da elite dirigente do país, que se transformou em
burguesia de estado.
Na China, onde ocorreu também uma revolução socialista voltada também para atender
os interesses do proletariado e da grande maioria da população, o desenvolvimento
social do país não aconteceu no mesmo ritmo de seu desenvolvimento econômico.
Quando Mao Tse Tung exercia sua liderança à frente do partido comunista e da nação,
seu propósito era implantar o socialismo a todo o custo combatendo todas as
possibilidades de renascimento do capitalismo no país. A revolução cultural representou
1
2. a última tentativa de Mao Tse Tung de evitar o retorno do capitalismo no país. A morte
de Mao Tse Tung e a derrota política das forças que o apoiavam significou a ascensão
ao poder no partido comunista e na China de Deng Xiaoping que promoveu o
renascimento do capitalismo no país e a abertura da economia chinesa ao capital
internacional. O socialismo de Deng Xiaoping passou a se denominar de “socialismo de
mercado”. A economia chinesa se transformou a partir deste momento em capitalismo
de estado em que o excedente econômico ou mais valia gerada pela sociedade era
utilizada na expansão econômica e em benefício da elite dirigente do país, que se
transformou em burguesia de estado. Desde a revolução chinesa até o presente
momento, a China vem sendo governada pelo partido comunista e por uma elite
dirigente que exercem o comando da nação usufruindo de grandes privilégios. A
sociedade civil não participa das decisões do governo que são exercidas exclusivamente
pela elite dirigente. A China se constitui hoje na segunda potência econômica do
planeta. No entanto, o mesmo não ocorre no plano social.
À exceção do Canadá e dos países escandinavos (Dinamarca, Suécia, Finlândia e
Noruega), não há registro, na história econômica mundial, de país que tenha promovido
o desenvolvimento econômico simultaneamente com o desenvolvimento social, isto é,
que tenha apresentado elevadas taxas de crescimento do PIB e desenvolvimento
regional equilibrado ao mesmo tempo em que tenha atendido às demandas sociais em
termos de pleno emprego, adequada distribuição da renda e da riqueza nacionais,
habitação, serviços de educação e saúde e acesso à cultura, dentre outros. No
capitalismo, a compatibilização do progresso econômico com o bem–estar social
depende fundamentalmente da capacidade que os movimentos sociais tenham de
pressionar o governo e as classes dominantes no atendimento das demandas sociais. Os
países da Europa Ocidental conquistaram grande avanço nas leis sociais graças à força
da Sociedade Civil organizada.
No momento atual, com a expansão do neoliberalismo em escala planetária, muitas das
conquistas sociais alcançadas pelos trabalhadores em todo o mundo no Século XX estão
sendo postas em xeque, incluindo o próprio Estado do Bem–Estar Social implantado em
alguns países da Europa Ocidental. Nos países capitalistas periféricos como o Brasil,
seus governos estão promovendo um processo de abertura da economia e flexibilização
da legislação trabalhista com base no modelo neoliberal para facilitar o ingresso de
capitais externos em detrimento dos interesses dos trabalhadores e da maioria da
população. Diante desse fato, o desenvolvimento social não acompanha o
desenvolvimento econômico onde este ocorra.
Pode-se afirmar que os países que têm maior capacidade de gerar poupança própria
realizam maior volume de investimentos na atividade produtiva e têm mais chance de
promover o desenvolvimento econômico acelerado. Constata-se que o desenvolvimento
econômico tem mais chance de ocorrer de forma acelerada nas economias de mercado
onde prevalece o capitalismo de Estado e nas economias centralmente planificadas,
sobretudo nessas últimas, devido ao maior controle do Estado sobre o ato de poupar e
de investir. A história econômica mundial é plena de exemplos dessa ordem, como é o
caso dos países denominados socialistas (União Soviética e China) e dos países do
Pacífico Asiático (Japão, Coréia do Sul e Taiwan).
Viabilizar poupança própria em grande volume para poder investir no processo de
acumulação de capital representa o grande desafio dos países periféricos e
semiperiféricos. Os países do Pacífico Asiático (Japão, Coréia do Sul e Taiwan)
2
3. conseguiram realizar tal proeza e expandir suas economias na segunda metade do
Século XX. No entanto, outros países, como foi o caso do Brasil de 1930 até o presente
momento, expandiram suas economias apoiando-se na poupança externa para não
comprometerem os níveis de consumo interno. Os países que optaram por utilizar
poupança externa na promoção de seu desenvolvimento fracassaram duplamente: a
expansão econômica cessou ou declinou, isto é, não foi sustentável e o endividamento
externo ampliou-se. Esse fato mostra que a chave para promover o desenvolvimento
econômico de um país reside na geração da poupança interna para realizar os
investimentos necessários.
Está bastante comprovado pelos exemplos da história que o desenvolvimento
econômico não se sustenta com a insuficiência do processo de acumulação do capital,
da mesma forma que o desenvolvimento social não se realiza com a fraqueza da
Sociedade Civil organizada, dos sindicatos de trabalhadores e dos partidos políticos
progressistas, somados a fatores culturais inibidores. Acumulação de capital apoiado na
poupança interna para promover o desenvolvimento econômico e o fortalecimento da
Sociedade Civil Organizada são essenciais para que o desenvolvimento econômico e o
desenvolvimento social se realizem na plenitude e simultaneamente.
Constata-se, também, pelos exemplos da história, que um país ou uma região só alcançará
níveis elevados de desenvolvimento econômico se existirem recursos humanos e naturais
em quantidade e qualidade, infraestrutura econômica e social compatível com as
necessidades, mercados interno e externo para os produtos e serviços nele produzidos,
economias de aglomeração que assegurem produtividade e competitividade para os
produtos e serviços, redes de empresas que possibilitem a constituição de cadeias produtivas
de elevada competitividade e disponibilidade de recursos públicos e privados para
investimento. As fragilidades do Brasil em termos de recursos humanos, infraestrutura
econômica e social e recursos públicos e privados para investimento comprometem
enormemente seu desenvolvimento econômico.
Está também bastante demonstrado que o país ou a região que reunir todos esses fatores
se constituirá em lócus privilegiado para o processo de acumulação de capital e, em
consequência, promoverá seu desenvolvimento econômico. Os países capitalistas
desenvolvidos (Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França, etc), também os
novos países industrializados (Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Austrália, Nova Zelândia,
etc.), prosperaram economicamente porque conseguiram reunir a maior parte dos fatores
acima mencionados. De modo geral, os países que não prosperaram são aqueles que
apresentam carência total ou parcial desses fatores. Por sua vez, os países capitalistas
periféricos e semiperiféricos têm seu progresso barrado, não apenas devido à existência
de modos de produção pré-capitalistas e ao atraso ou inviabilidade do processo de
industrialização, mas, sobretudo, em consequência da ação colonialista e imperialista
das grandes potências capitalistas.
Não há exemplo na história de transformação de país capitalista periférico para a
condição de país desenvolvido. No Século XX, nenhum país situado na periferia
capitalista se tornou desenvolvido. A Coréia do Sul foi o único da periferia capitalista
que avançou para a condição de país semiperiférico e o Japão e a Itália saíram da
condição de países semiperiféricos para a de integrantes do núcleo de países capitalistas
desenvolvidos. A União soviética, os países socialistas do leste europeu e a China não
conseguiram se transformar em países desenvolvidos, apesar do grande esforço
realizado.
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4. Não há progresso econômico e social de uma nação sem a realização de mudanças
econômicas e sociais. O progresso econômico se materializa quando há transformação,
mudança e criação de riqueza e o progresso social só acontece quando a riqueza é
amplamente distribuída pela população, isto é, não é concentrada. Um projeto de
desenvolvimento tem, portanto, caráter progressista quando o desenvolvimento
econômico e o desenvolvimento social ocorrem simultaneamente. No mundo inteiro,
também nos países desenvolvidos, com a exceção de alguns poucos países (Canadá e
países escandinavos) o progresso ainda não se realizou na plenitude. No planeta, tem
havido na era contemporânea uma piora em todos os países nos indicadores de bem-estar
social. Não apenas os países periféricos e semiperiféricos encontram-se em
regressão em termos de progresso no bem-estar social, mas também os países
desenvolvidos.
O fato de o Brasil ter evoluído da condição de economia primário-exportadora para a de
economia industrial na segunda metade do século XX é saudado como demonstração de
progresso. No entanto, aumentou enormemente sua dependência econômica e tecnológica
em relação ao Exterior, haja vista ter seu crescimento econômico se apoiado fortemente em
capitais externos, sobretudo a partir do processo de industrialização iniciado na década de
1930. O verdadeiro progresso econômico e social está ainda por se realizar no Brasil. No
Brasil, nenhum governo foi capaz de realizar ao longo da história as mudanças exigidas
para a promoção de seu progresso econômico e social. Na era contemporânea, os
governantes brasileiros realizaram muito pouco para reduzir as disparidades sociais e
regionais de renda que são ainda gigantescas no Brasil. Além disso, adotaram desde o
governo Fernando Collor a política econômica neoliberal, se subordinando aos interesses do
grande capital nacional e internacional.
Fernando Alcoforado, 74, membro da Academia Baiana de Educação, engenheiro e doutor em
Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor
universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento
regional e planejamento de sistemas energéticos, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São
Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo,
1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel, São Paulo, 2000), Os condicionantes do
desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado. Universidade de Barcelona,
http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e Desenvolvimento (Editora Nobel,
São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX e Objetivos Estratégicos na Era
Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of the Economic and Social
Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller Aktiengesellschaft & Co. KG,
Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária (P&A Gráfica e Editora,
Salvador, 2010), Amazônia Sustentável- Para o progresso do Brasil e combate ao aquecimento global
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2011) e Os Fatores Condicionantes do
Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV, Curitiba, 2012), entre outros.
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