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OS 27 SUBTIPOS DE PERSONALIDADE DO SISTEMA DO ENEAGRAMA
POR BEATRICE CHESTNUT
O que são os subtipos do Eneagrama? O eneagrama descreve três centros de inteligência
humana – a cabeça, o coração e o corpo. Cada tríade, então, se divide em 3 para criar nove
tipos de personalidade interconectados. Cada um destes tipos tem sua própria tríade – a
terceira divisão por três – os 27 subtipos. Os subtipos baseiam-se em se uma pessoa tem uma
motivação instintiva predominante na direção de Autopreservação, interação Social em grupos
ou conexão Um-a-Um. Estas 27 descrições de subtipos oferecem uma visão ainda melhor e em
maior nuance dos tipos de personalidade do que os nove tipos, revelando nosso nível mais
inconsciente de funcionamento, para que possamos nos tornar mais conscientes.
Por que é importante conhecer os subtipos? As descrições dos 27 subtipos fornecem
informação valiosa que pode ajudar na normalmente difícil tarefa de identificar o tipo correto
de uma pessoa. O conteúdo dos 27 subtipos também destaca as razões pelas quais duas
pessoas de um mesmo tipo podem ser parecer muito diferentes e esclarece o impacto das
motivações biológicas fortemente ligadas ao comportamento humano.
Qual é a fonte deste material sobre subtipos? Esta versão dos 27 subtipos baseia-se na
articulação mais recente de Claudio Naranjo sobre os 27 diferentes tipos de personalidade do
Eneagrama.
Definindo subtipos: cada um dos nove tipos de personalidade do Eneagrama vem em três
versões distintas centradas em cada um dos três instintos básicos que todas as criaturas sociais
compartilham. Os três instintos se referem as três motivações mais centrais nos humanos (e
em todos os animais) por autopreservação, interação social e conexão um-a-um. Cada um dos
27 ‘subtipos’ reflete um estilo diferente delineado pela paixão do tipo e uma destas três
energias biológicas instintivas poderosas.
As paixões dos nove tipos são fatores emocionais-motivacionais centrais da personalidade que
frequentemente operam em níveis inconscientes e influenciam muito a estrutura e a atividade
da personalidade. Elas são ira, orgulho, vaidade, inveja, avareza, medo, gula, luxúria e
preguiça.
Quando estas duas forças dentro da psique se unem – a paixão e a motivação instintiva
dominante -, elas criam um foco de atenção ainda mais específico, refletindo uma necessidade
particularmente insaciável que forma comportamentos. Estes subtipos portanto, refletem três
diferentes subgrupos dos padrões dos nove tipos, que fornecem ainda mais especificidade ao
descrever a personalidade humana.
De acordo com esta teoria, ao mesmo tempo em que todos estes três instintos operam em
todos nós, em cada indivíduo uma destas três motivações ou metas instintivas fundamentais
do comportamento humano, acaba por dominar. Para maioria das pessoas, há normalmente
uma segunda que é secundária e uma terceira que opera muito menos. Quando o instinto
dominante está a serviço da ‘paixão’, isto resulta em um estilo mais distinto e em nuances, um
subtipo (um de 27) do tipo principal de personalidade (um de 9).
Definições de paixão do tipo: as paixões dos tipos são estados emocionais que são parte da
máquina humana ou personalidade condicionada. As paixões são o combustível emocional
impulsionando as necessidades (majoritariamente) inconscientes que dão forma a
personalidade humana e estruturam prioridades egóicas. Cada uma das paixões gera um foco
de atenção particular e um conjunto de padrões habituais de pensar, sentir e se comportar.
O foco distinto de atenção do subtipo mostra como um fator egóico, a paixão da
personalidade, se envolve em alterar a motivação instintiva, que junto reflete uma experiência
de escassez daquilo de que uma pessoa precisa para sobreviver e uma tentativa da
personalidade de compensar por aquela ausência percebida. Como mostra Naranjo, em uma
pessoa saudável, as motivações instintivas são livres e não restritas, mas na personalidade
condicionada, nossas motivações instintivas se tornam fortemente influenciada e, portanto,
coagidas ou redirecionadas pela paixão (ou motivações emocionais chaves) do tipo.
Definição das três metas instintivas:
Autopreservação: o instinto de autopreservação foca atenção e dá forma a comportamentos
relacionados a sobrevivência e a segurança material. Geralmente, esta motivação biológica
poderosa direciona energia para preocupações com segurança, incluindo ter recursos
suficientes, evitar o perigo e manter um senso básico de estrutura e bem-estar no mundo.
Além destas três preocupações básicas, o instinto de autopreservação pode colocar ênfase em
outras áreas da segurança, seja o que for que isto signifique para uma pessoa de um tipo
específico.
Social: o instinto social foca atenção e dá forma a comportamentos relacionados a pertencer,
reconhecimento e relacionamentos em grupos sociais. Geralmente, esta motivação biológica
direciona energia na direção de sentir se a pessoa está ou não tão incluída e reconhecida no
grupo ou comunidade e como ela está posicionada e vista em grupos. Este instinto também se
relaciona a quanto poder ou representatividade a pessoa tem, com relação aos outros
membros do grupo e ao mundo em geral, em termos do que quer que seja que isso possa
significar para uma pessoa de um tipo específico.
Um-a-Um (ou Sexual): o instinto um-a-um foca a atenção e dá forma a comportamentos
relacionados a problemas de qualidade e importância nas relações com indivíduos específicos.
Geralmente, esta motivação biológica direciona energia na direção da conquista e da
manutenção de relacionamentos com outras pessoas importantes, incluindo conexões sexuais,
atração interpessoal e ligação afetiva. Este instinto busca um sentido de bem-estar por meio
de formação de conexões um-a-um com indivíduos da vida da pessoa, em termos do que quer
que seja que isso possa significar para uma pessoa de um tipo específico.
As três categorias instintivas versus os 27 subtipos: é importante não enfatizar excessivamente
o papel da meta instintiva que domina o comportamento de uma pessoa às custas da sua
interação com a paixão do tipo. O perfil distinto de cada um dos 27 tipos fica mais vago e
confuso quando generalizamos excessivamente o papel do instinto – o que significa ter um ou
outro instinto dominante – sem levar em conta sua interação fundamental com a paixão.
As pessoas que são Autopreservação dominantes não são exatamente iguais, da mesma
maneira que os subtipos Sociais e os subtipos Sexuais tampouco o são. Apesar dos indivíduos
de diferentes tipos (do Um ao Nove) com o mesmo instinto dominante compartilharem certos
traços em comum, uma vez que a paixão está envolvida, a personalidade resultante pode
revelar alguns aspectos paradoxais sobre o estilo específico, com relação a orientação
instintiva de um dado subtipo.
Outras ideias chaves para entender os subtipos do Eneagrama:
Contratipos: em todos os nove pontos do Eneagrama, sem exceção, há dois subtipos que vão
na direção do fluxo de energia da paixão e há um que está de ponta-cabeça, um que vai na
direção contrária a direção da principal energia da paixão. Este tipo de contra-paixão é
chamado de contratipo entre os três subtipos.
Por exemplo: o Seis contrafóbico é o mais conhecido dos contratipos. Ele é uma espécie de
Seis que não mostra medo. A paixão do Seis é Medo, mas o subtipo Um-a-Um ou Sexual – um
dos três subtipos – vai contra o medo ao ser forte e intimidador, como forma de lidar com o
medo. Todos os nove tipos têm este tipo de contratipo, entre seus três subtipos.
Tipos parecidos: um dos aspectos mais valiosos de se entender estas 27 descrições de subtipos
é que elas ajudam muito no processo normalmente traiçoeiro de identificar o tipo correto de
alguém no Eneagrama. Na medida em que os subtipos descrevem subcategorias mais
específicas em nuances para cada um dos nove tipos, eles fornecem informações adicionais
que ajudam a identificar o tipo de alguém. Alguns dos subtipos se parecem com outros tipos e
as distinções de subtipos ajudam a tornar mais claros os fatores diferenciadores entre os nove
tipos.
Os 54 subtipos: um outro aspecto relevante desta teoria dos subtipos é que há na verdade seis
subtipos para cada um dos nove tipos. Na maioria das vezes, as pessoas acham que elas têm
um destes três subtipos que domina seus comportamentos, outro que é secundário e mais
próximo ou mais distante do primeiro, e um terceiro que é um fator bem menor.
Então, de acordo com qual subtipo domina, e com qual dos outros dois vem em segundo,
podemos identificar 54 subtipos, assim como haverá, por exemplo, uma pessoa
Autopreservação dominante que tem o instinto Social em segundo lugar e um outro subtipo
Autopreservação dominante que tem o instinto Um-a-Um como sua segunda influência – e
assim por diante para o restante dos subtipos.
Usar os insights de subtipos para o crescimento pessoal: há muitas maneiras pelas quais o
conhecimento do próprio subtipo pode apoiar esforços de autoanálise e
autodesenvolvimento.
Os subtipos fornecem descrições mais especificas das 27 subcategorias no processo de
identificar seu tipo correto.
As diferentes descrições de subtipos acentuam dados mais específicos sobre como as
personalidades funcionam e o que as pessoas com necessidades neuróticas relacionadas a
subtipos podem fazer para percorrer seus caminhos únicos de conversão do Vício em Virtude.
Cada subtipo tem suas próprias sub-tarefas relacionadas a se tornar mais consciente da
atividade da paixão (o Vício) e a mover-se na direção de incorporar o seu oposto (a Virtude).
O comportamento dirigido pelo Instinto + Paixão normalmente opera em um nível
subconsciente, mostrando-se como o mais automático e menos consciente dos padrões de
personalidade. Reconhecer e observar o comportamento relacionado ao subtipo permite-nos
nos tornarmos mais conscientes de uma camada importante da operação da personalidade e,
portanto, nos dá uma maior capacidade de acessar e mudar hábitos problemáticos que podem
permanecer fixados e menos disponíveis para a mudança consciente.
SUBTIPOS DO TIPO UM
A paixão do Tipo Um é a Ira. Na personalidade do Tipo Um, a paixão da Ira e suas versões
reprimidas (ansiedade, ressentimento e irritação) alimenta uma busca por perfeição, conforme
a Ira busca soluções no aprimoramento e na virtude. Em cada um dos três subtipos do Tipo
Um, a Ira é canalizada por diferentes motivações relacionadas a tentar transformar as coisas
em perfeitas – seja o ambiente, o ‘eu’ ou outras pessoas. Os Uns Autopreservação são
perfeccionistas e continuamente tentam transformar a eles mesmos e as coisas que eles fazem
em mais perfeitas, os Uns Sociais são perfeitos, no sentido em que eles acreditam saber a
‘forma correta de ser’ e modelam isto para outras pessoas, e os Sexuais tem uma necessidade
de reformar e aperfeiçoar os outros.
TIPO UM – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – PREOCUPAÇÃO
 O Um Autopreservação é o melhor exemplo acabado do verdadeiro perfeccionista.
Estes indivíduos são os mais ativamente perfeccionistas dos três subtipos do Um.
 Neste tipo, a raiva é mais reprimida. O mecanismo da formação reativa opera ao
transformar o calor da ira em calidez. O resultado exterior é uma pessoa
excessivamente gentil, decente e respeitosa. Na busca de auto aperfeiçoamento, os
Uns Autopreservação acreditam que é ruim ser bravo e então transformam tolerância
em virtude, assim como o perdão e a doçura, sempre que possível.
 Subliminarmente, os Uns Autopreservação são muito bravos, mas eles controlam
muito isto. Eles podem esconder a raiva debaixo de uma benevolência amigável. Sob
pressão, entretanto a raiva deste Um pode vazar como irritação, ressentimento, ou ao
achar-se o correto e o que tem razão.
 O Um Autopreservação tende a se preocupar muito e a se sentir muito ansioso. Um
senso excessivo de responsabilidade (normalmente experimentado muito cedo na
vida) toma a forma de uma paixão por se preocupar e se inquietar.
 Os Uns Autopreservação frequentemente têm uma história na qual as suas famílias
foram caóticas e eles tiveram que garantir a estabilidade. Frequentemente, são os
mais responsáveis na família, sendo que mesmo como crianças eles podem ter se
sentido mais responsáveis até do que seus pais.
 Por causa desta história, o Um Autopreservação tem um medo de sobrevivência que
cria uma necessidade de ter tanto quanto possível sob controle – existe uma
necessidade de antever, uma preocupação com o que acontecerá a seguir e uma
necessidade de exercer controle sobre tudo no seu ambiente.
 Os Uns Autopreservação não se veem como perfeitos ou como sempre fazendo a coisa
certa. Ao contrário, eles tendem a acreditar que são muito imperfeitos e então
precisam trabalhar duro para se aperfeiçoarem. O crítico interno enfoca
principalmente a própria ação e como eles próprios podem ser melhores.
 O Um Autopreservação pode ser parecer com um Tipo Seis, por que essa pessoa tem
muita ansiedade e medo. Um fator chave de distinção entre Uns e Seis é que os Uns se
sentem confiantes sobre os padrões de perfeição que eles adotam, enquanto o
pensamento do Seis é caracterizado mais por padrões de pensamento contrário,
questionamento e dúvida.
 Ao trabalharem em si mesmo, Uns Autopreservação podem crescer na direção da
virtude da Serenidade ao tentarem ser menos duros consigo mesmos, ao relaxarem as
cobranças do crítico interno e suas exigências por perfeição e ao dedicarem mais
tempo ao prazer e a diversão.
TIPO UM – SUBTIPO SOCIAL – INADAPTABILIDADE OU RIGIDEZ
 O Um Social não é tão perfeccionista quando o Um Autopreservação. Ao contrário, o
Um Social foca mais em ser perfeito.
 No tipo Social, a raiva está semiescondida. Este é um tipo mais intelectual, no qual a
característica principal é o controle. Nesta personalidade, há uma transformação do
calor da raiva em frieza. Então, esta tende a ser uma pessoa mais fria – uma
personalidade mais crítica e severa que sabe o que e como deve ser feito.
 Os Uns Sociais reprimem as emoções desde a infância – eles são boas crianças que não
causam problemas. Entretanto, a raiva do Um Social não é completamente reprimida,
por que há um equivalente da raiva na paixão por ser o dono da verdade. Há uma
paixão por estar certo e mostrar que os outros estão errados.
 O Um Social tipicamente sente uma necessidade de saber e de demonstrar a forma
certa de se fazer as coisas. Este subtipo sente uma necessidade instintiva de modelar a
forma correta de ser para os outros, ensinando pelo exemplo como as coisas devem
ser feitas.
 Este Um tem uma certa mentalidade de professor de escola e mostra uma perspectiva
generalizadora, como ao dizer: ‘o que eu faço é certo – meu jeito é o certo’.
 O nome Inadaptabilidade ou Rigidez, refere-se a tendência destes Uns a aderirem
fortemente ao que eles veem como ‘a forma certa de ser’, mesmo que outros sejam
diferentes.
 O Um Social age como se dissesse: ‘assim é como isto é’ e ‘eu vou te dizer como isto
deveria ser’. Este Um tem uma necessidade (frequentemente inconsciente) de fazer
com que os outros estejam errados para ter algum poder sobre eles.
 Uns Sociais pode ser parecer um pouco com os Cincos – eles estão separados da
multidão porque se veem como perfeitos e podem aparentar superioridade.
Paradoxalmente para um tipo ‘social’, eles nunca se sentem completamente
confortáveis em grupos; eles tendem a se sentir alienados.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Uns Sociais podem se mover na direção da virtude
da Serenidade ao observar e afrouxar a necessidade de modelar a forma certa para os
outros, transformando em consciente qualquer necessidade inconsciente de
superioridade, observando e relaxando a necessidade de ser o dono da ‘forma certa’,
usando humor regularmente ao se comunicar, como forma de ser menos sisudo e
abrindo-se a aprender com as outras pessoas a se adaptar a elas.
TIPO UM – SUBTIPO SEXUAL – FERVOR – CONTRATIPO
 Os tipos Uns do subtipo Sexual são mais reformadores do que perfeccionistas. Eles
têm uma necessidade de aperfeiçoar os outros, mas não focam muito neles mesmos
serem perfeitos.
 Este é o único Um que é explicitamente bravo. Uns Sexuais são impacientes, podem
ser invasivos, buscam o que querem e tem uma sensação de terem mais direito sobre
as coisas.
 Este perfil se sente tendo direitos no sentido de possuir a mentalidade de um
reformista ou de um fanático – alguém que sabe como viver ou fazer coisas melhor e
então se sente no direito de impor sua vontade sobre os outros, dizendo a eles como
devem viver. Esta abordagem pode ser racionalizada (e transformada em virtuosa)
através da retórica da sua aderência a um código moral superior ou chamado.
 De acordo com Naranjo, o nome que Ichazo deu a este subtipo foi ‘fervor’, nome que
descreve uma intensidade especial ou desejo. Para este subtipo, ‘fervor’ tem duplo
significado: uma intensidade e excitação ao buscar o objeto do seu desejo (‘cio’) e uma
paixão por fazer as coisas de forma fervorosa, com cuidado e dedicação.
 Uns do subtipo Sexual tem uma intensidade de desejo abastecida pela raiva que os
motiva a querer aprimorar os outros – deixar as coisas, pessoas e a sociedade mais do
jeito que eles acham que deveria ser. Isto pode ser expresso como um senso de
excitação ou paixão sobre a forma como as coisas poderiam ser as pessoas pudessem
reformar seus comportamentos.
 No Um Sexual, a raiva potencializa o desejo – a raiva infunde os desejos dessa pessoa
por uma intensidade especial e a pessoa sente assim: ‘eu tenho que ter isto’ ou ‘eu
tenho que fazer isto’. Este subtipo tende a se sentir como tendo um direito a ter e
fazer o que querem por que ele se sente tendo um entendimento superior da verdade
e das razões por detrás da ação certa. A raiva é assertividade excessiva por detrás dos
gestos quando diz ‘eu fico com isto’ e ‘eu tiro isto de você’ ou ‘eu te digo o que fazer’ é
apoiado por um senso de dever, o senso de ser nobre ou superior.
 Uns Sexuais podem ter uma atitude do tipo ‘por que eu não posso?’ em relação ao
atendimento de suas necessidades. Por isso, este tipo é o contratipo dos subtipos do
Um. Enquanto os outros dos Uns são ‘anti-institucionais’, no sentido de eles
reprimirem seus desejos e acham que quem fica bravo está tendo um mal
comportamento, este Um Sexual, vai contra tudo isso e coloca seus impulsos, desejos
e raiva mais para fora.
 O Um Sexual pode ser parecer com o Tipo Oito, por estarem mais prontos para
expressar raiva do que os outros dois Uns e podem ser enérgicos ao buscarem o que
querem e tentando exercer controle sobre como os outros fazem as coisas.
Entretanto, enquanto o Tipo Oito é menos social, os Uns são mais sociais.
 Ao trabalharem em si mesmos, o Um Sexual pode se mover na direção da virtude da
Serenidade ao observar como o interesse pessoal pode estar associado negativamente
a uma ‘missão superior’ ou fervor para aperfeiçoar os outros, canalizando a raiva de
formas mais conscientes, permitindo outros sentimentos, incluindo a dor, e relaxando
a necessidade de reformar os outros ao explorar razões mais profundas por detrás dos
esforços para reformar.
SUBTIPOS DO TIPO DOIS
A paixão do Tipo Dois é o Orgulho. O orgulho se manifesta na personalidade Dois
através de uma necessidade de seduzir os outros, na tentativa estratégica de atender
as próprias necessidade que são rejeitadas como parte da postura orgulhosa. Os três
subtipos do Dois representam três ângulos diferentes da necessidade implícita de
seduzir. O Dois Autopreservação seduz como uma criança ao ser charmoso, brincalhão
e fofo; o Dois Social seduz grupos através do poder e competência; e o Dois Sexual
emprega um modo mais clássico de sedução, por meio de ser atraente e adulador,
seduzindo indivíduos específicos ao atender suas necessidades e desejos. A paixão do
orgulho, portanto, se canaliza de três diferentes formas ou tentativas de atender as
necessidades: indiretamente, por meio da proteção dos outros e gentileza; ganhando
admiração e respeito, por meio do conhecimento e das habilidades; ou ao criar uma
imagem agradável, adaptando-se a pessoas específicas.
TIPO DOIS – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – EU PRIMEIRO/PRIVILÉGIO
 Os Dois Autopreservação se mostram fofos, brincalhões e agradáveis. Eles jogam
charme para as pessoas ao redor deles para conseguir o que querem, sem precisar
pedir por isso. Este padrão expressa uma necessidade inconsciente de que tomem
conta dele e de serem amados.
 O Dois Autopreservação é o contratipo do Dois. É mais difícil ver o orgulho neste
tipo. Ao contrário de sempre se mover na direção dos outros, este Dois é mais
ambivalente sobre conectar-se e fazer pelos outros e também parece mais
fechado e cauteloso.
 O nome ‘Eu Primeiro/Privilégio’ refere-se a ideia de ‘eu sou doce e agradável – e
sou único – e, portanto, sou o mais importante’. Inconscientemente, este subtipo
declara um tipo de prioridade infantil ao querer que outras pessoas atendam aos
seus desejos. A criança quer ser amada não por fazer pelos outros, mas apenas por
quem elas são. Estes Dois não querem precisar fazer ou ajudar ou provar sua
importância para serem de fato importantes, mas eles darão compulsivamente por
causa do medo relativo a sobrevivência.
 Este Dois é mais medroso, sente-se mais sobrecarregado quando doa ou ajuda os
outros e experimenta mais dificuldade ao confiar nas pessoas do que os outros
Dois.
 O padrão do Dois Autopreservação faz com que esta pessoa inconscientemente
assuma a posição do caçula da família, como se dissesse: ‘eu devo ser visto como o
centro aqui, porque eu sou eu’. Uma criança, com razão, espera ter privilégios,
porque eles vêm junto com a infância. Então, o Dois Autopreservação retém um
tipo de simpatia jovial como jogo de charme para ganhar tratamento especial
muito além da fase da infância.
 O comportamento desta pessoa pode parecer imaturo. Se, por um lado, ele pode
não querer ver isto nele próprio, ele pode ficar birrado, emburrado ou se retirar
quando está insatisfeito. Neste Dois ‘jovial’, o que mais fica visível é auto
importância, a irresponsabilidade, o humor, o lado brincalhão, a hipersensibilidade
e o charme.
 Por causa desta postura, a liberdade pode se tornar um problema para estes Dois.
O Dois Autopreservação se sente menos livre por que as pessoas mais jovens, em
contraste com os adultos, são menos livres.
 A dependência pode ficar proeminente, embora ainda fortemente inconsciente.
Estes Dois, como outros Dois, consideram-se independentes e não se sentem
confortáveis ao precisar de outras pessoas. Eles podem ativamente resistir a serem
ajudados, e ainda assim pode haver um ponto cego relativo a manter dependência
dos outros.
 Os Dois Autopreservação se parecem com os Seis Autopreservação, porque eles
têm mais medo e ambivalência sobre relacionamentos. Mas, para os Seis, a ênfase
está num medo mais generalizado, enquanto o medo destes Dois se manifesta
principalmente nos relacionamentos. Estes Dois também se parecem com Quatros.
Eles expressam mais sentimentalismo e carência de amor, mas eles reprimem
sentimentos e focam nos outros mais do que os Quatros.
 Ao trabalharem sobre si mesmos, os Dois Autopreservação se aproximam da
virtude da Humildade ao transformar a dependência, os sentimentos e as
necessidades mais conscientes; observando, reconhecendo e trabalhando o medo
e a ambivalência nos relacionamentos; reconhecendo como eles resistem a crescer
e se tornarem responsáveis por eles próprios e notando como o orgulho e a falta
de confiança mantém as defesas armadas e previnem o engajamento real e a
intimidade.
TIPO DOIS – SUBTIPO SOCIAL – AMBIÇÃO
 O Dois Social é um sedutor de ambientes e grupos. Este Dois faz mais o perfil de
um líder, frequentemente uma pessoa poderosa – o dono da empresa ou a pessoa
que manda.
 Este Dois é subtipo mais visivelmente orgulhoso, por que esta pessoa é ambiciosa,
conhece as pessoas certas, faz coisas importantes, sobe a uma posição de
liderança e é frequentemente admirado por suas conquistas.
 O orgulho do Dois Social se manifesta ao cultivar a imagem de ser uma pessoa
influente, altamente inteligente e supercompetente. O orgulho também se
expressa como um senso de satisfação na conquista de uma plateia. Os Dois
Sociais podem ser viciados em trabalho, com uma tendência a certa onipotência.
 Uma pessoa com este subtipo tem uma paixão por se destacar e ser superior, para
ter influência e vantagens. Em alguma medida, eles operam a partir da ideia de
que ter superioridade é a recompensa em si. A necessidade deles por
superioridade também pode ser expressa por meio de competição, uma
necessidade de glória e uma indiferença (frequentemente inconsciente) as
emoções dos outros.
 O Dois Social precisa ser alguém. Esta é uma pessoa que quer ser importante para
alimentar o orgulho, mais do que ter alguém apaixonado por ela, que a estratégia
do Dois Sexual.
 O Dois Social é o que mais ‘dá para receber’ – este Dois sempre tem um ângulo
estratégico e um plano para conseguir algo quando dá (ou quando parece dar) –
apesar de que isto frequentemente opera em um nível inconsciente. Eles também
expressam um grande desejo de adotar o papel de protetor.
 O Dois Social é o Dois mais civilizado e ‘adulto’, em contraste com o
Autopreservação, que é mais infantil e com o Dois Sexual, que é mais voluptuoso,
flexível e selvagem. Este Dois pode ter uma cara social, com a qual se mostram
cálidos, relacionais e magnânimos, mas podem ter também um lado privado,
caracterizado por um desejo de ser reverenciado e um foco em atingir o poder e o
seu próprio sucesso individual.
 O Dois Social pode lembrar um Tipo Oito ou um Tipo Três, por trabalharem duro,
realizarem muito, podendo ser territoriais, negar emoções relacionadas a
vulnerabilidade e frequentemente atingir uma posição de poder ou alto status.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Dois Sociais vão na direção da virtude da
Humildade ao reconhecerem e observarem como a necessidade de poder opera
para distraí-los dos sentimentos e necessidade mais profundas, tornando-se mais
conscientes da doação estratégica, aprendendo a receber tanto quanto dão e
permitindo maior autenticidade, vulnerabilidade e igualdade nos relacionamentos
com os outros.
TIPO DOIS – SEXUAL – AGRESSIVO SEDUTOR
 O Dois Sexual é um sedutor de indivíduos, com uma necessidade de seduzir
pessoas específicas, abastecida por uma necessidade orgulhosa de ser desejado
pelos outros. Este Dois se sente impulsionado a inspirar afeição ou atração na
outra pessoa, de tal maneira que ela atenda às necessidades e desejos do Dois.
 O orgulho não é tão facilmente reconhecido como tal neste Dois por que ele é
frequentemente satisfeito pela pessoa amada. De maneira semelhante ao Quatro
Sexual, a estratégia do Dois Sexual implica ser muito atraente e um pouco menos
envergonhado de ter necessidades. Este padrão reflete um senso orgulhoso de
que os outros desejarão atender as necessidades do Dois, porque ele ou ela é
muito interessante.
 O propósito por detrás da sedução dos Dois Sexuais é que esta é uma forma de
solucionar qualquer problema ou atender qualquer necessidade na vida – ela
resolve o dilema de ter necessidades, mas não desejar expressá-las, por ter uma
ligação forte com alguém que dará qualquer coisa a eles.
 A sedução clássica é o traço principal do Dois Sexual. Esta sedução ocorrer por
meio da expressão do sentimento como uma maneira de conquistar alianças ou
inflamar o desejo do outro. O nome ‘Agressivo/Sedutor’ sugere uma associação
com o arquétipo de um vampiro. É alguém irresistível, alguém muito bonito, mas
alguém com uma beleza perigosa. É uma beleza que necessita exercer poder sobre
você e pode terminar por consumir o seu admirador.
 O arquétipo do Dois Sexual é similar a ‘Femme Fatale’ francesa. Como Helena de
Troia da literatura grega, o Dois Sexual se especializa em ser o arquétipo da pessoa
pela qual as guerras são guerreadas – a amante que pode inspirar grandes paixões.
 Tipicamente, a vida do Dois Sexual é uma vida de se apaixonar intensamente, ter
casos românticos extraordinários e depois sofrer muito quando a relação chega ao
fim.
 Este é um Dois generoso, flexível e que continua acreditando no amor apesar do
sofrimento passado, além de ser orientado a ação. Em contraste com o Dois
Autopreservação, ele não teme cortejar ou paquerar o outro de maneira ativa ou
agressiva. A sexualidade é usada como uma força de conquista. Este subtipo é uma
força da natureza, um redemoinho emocional que ser orgulha de ser excepcional
para o seu parceiro.
 O Dois Sexual busca mais relações um-a-um do que o autopreservação e o social. A
energia deste Dois é como a de um ‘duplo Dois’, porque o instinto Sexual amplifica
o movimento natural na direção dos outros.
 Ao trabalharem sobre si mesmos, os Dois Sexuais podem mover-se na direção da
Humildade por meio do desenvolvimento de aspectos do seu eu real separado da
necessidade de seduzir ou adaptar-se aos outros, achando várias maneiras de
atender suas necessidades e mais conscientemente gerenciar suas conexões de
energia (dar e receber, conter energia sedutora, manter barreiras) com os outros.
SUBTIPOS DO TIPO TRES
A paixão do Tipo Três é a Vaidade e a fixação mental é o Autoengano. Os três subtipos
de Três mostram-se como tipos muito distintos entre si. Cada um expressa vaidade por
meio da necessidade de atingir e manter uma imagem bem-sucedida, mas isto se
manifesta em três maneiras. O Três Autopreservação é um viciado em trabalho ou
‘workaholic’ eficaz e autossuficiente, a serviço da segurança, que por sua vez se opõe a
Vaidade de tentar ser bom. O Três Social expressa Vaidade ao desejar ser reconhecido
no palco social ao criar, alavancar e vender uma imagem requintada. E, o Três Sexual é
uma pessoa carismática que busca satisfazer o outro e que expressa Vaidade ao se
tornar atraente, ao apoiar outras pessoas e ao alcançar êxitos por meio delas.
TIPO TRES – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – SEGURANÇA
 O Três Autopreservação é o contratipo do Três. Apesar da paixão dos Três ser
a Vaidade, esta é uma pessoa que tem vaidade de não ter vaidade. Este Três,
como os demais Três, quer que os outros o vejam como atraente e bem-
sucedido, mas eles não querem que ninguém saiba que ele quer isto e, então,
ele não promove ativamente suas qualidades positivas.
 O Três Autopreservação é determinado ao tentar ser uma boa pessoa, a seguir
o modelo perfeito de como uma pessoa deveria ser: a boa mãe ou pai, o bom
trabalhador, a boa esposa ou marido, etc.
 Ser uma pessoa que se esforça para ser o modelo perfeito de qualidade
implica virtude e virtude implica não ter vaidade. Existe aqui uma necessidade
de não apenas ser bom, mas de ser visto como bom. Estas são pessoas que
querem ser tão perfeitas que não faz parte do código de honra delas permitir a
vaidade.
 Em termos do hábito mental do autoengano, este tipo é anti-engano, no
sentido de que ele tenta falar a verdade. O autoengano do Três vem em um
nível mais inconsciente, quando precisa saber qual a sua motivação mais
verdadeira, já que os Três frequentemente se confundem sobre suas razões
baseadas em imagem para fazer as coisas versus seus reais sentimentos e
convicções.
 O nome tradicional do subtipo Autopreservação é ‘segurança‘, o que tem a ver
com autonomia, com saber como tomar conta de si mesmo. O Três
Autopreservação confia mais nele mesmo e é autossuficiente.
 Ele se sente responsável por tudo. Esta pessoa é alguém que pode não ter tido
proteção suficiente durante a infância e então aprendeu a ser um ‘fazedor’.
Estes Três são ativos e eficazes ao tomar conta deles mesmos.
 Para apoiar a segurança, eles têm um foco grande em eficácia e uma forte
tendência a ser viciado em trabalho – seja financeira, seja emocional, eles
buscam segurança na aprovação e no sentido da vida. Eles podem parecer
tranquilos do lado de fora, enquanto podem ser ansiosos por dentro e podem
entrar em pânico quando precisam da ajuda ou quando perdem autonomia,
mas eles não revelam este estresse interno as outras pessoas.
 Apesar deles trabalharem duro para criar e manter relações, eles também
podem ter dificuldade em estabelecer conexões mais profundas – quando eles
fazem conexões, elas podem ser superficiais.
 Por causa do foco na bondade, ética e autossuficiência, estes Três podem
frequentemente parecer como Uns, exceto que a imagem deles de serem
perfeitos é mais externa – fazer as coisas certas formalmente (conforme
julgado pelo consenso social), ao invés do ‘certo’ de acordo com um padrão
interno do que é ideal. O Três Autopreservação também se assemelha ao Seis,
no sentido de que pode se preocupar com segurança e ser medroso e ansioso
por detrás de sua calma aparente exterior.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da virtude da
Esperança e da Ideia Santa da Veracidade ao diminuir o ritmo e abrir espaço a
experiência e a expressão dos sentimentos verdadeiros. Eles também se
beneficiam ao achar segurança nas conexões com os outro, ao invés de
ficarem sozinhos e trabalharem tão duramente para serem autônomos. Ajuda
se eles puderem notar quando criam racionalizações ao não abrir espaço as
emoções e as necessidades relacionais mais profundas.
TIPO TRES – SUBTIPO SOCIAL– PRESTÍGIO
 O Três Social tem um desejo de ser visto e de ter influência com as pessoas.
Este Três age com vaidade, por meio do desejo de brilhar aos olhos do mundo
inteiro: Três Sociais gostam de palco.
 Este é o Três mais conhecido, o “ mais Três” de todos os Três. Este subtipo é o
mais vaidoso dos Três e o maior dos camaleões.
 O nome deste subtipo é Prestígio, o qual reflete a ideia de necessitar da
admiração e do aplauso de todos. Este Três, mais do que os outros dois
subtipos, gosta e precisa ser reconhecido e admirado, e então tende a estar
mais em evidência e sob holofotes.
 Três Sociais são socialmente brilhantes – eles sabem como falar com as
pessoas e como galgar a escada social. Três Sociais sentem uma necessidade
de enquadrar as palavras cuidadosamente para conseguir o benefício máximo,
o qual é medido em termos da impressão correta causada aos outros, de
conseguir o que querem e de atingir suas metas.
 Três Sociais tem um talento altamente desenvolvido para construir imagens e
ter uma habilidade forte de vender e fazer “marketing’ de si mesmos ou do
produto que desejam promover. Estes Três parecem tão bons que existe quase
um senso de que eles não tem nenhuma falha aparente. É difícil ver seus
defeitos porque eles fazem um excelente trabalho ao criar a imagem certa.
 O Três Social é muito preocupado em competir e vencer. Este é o mais
competitivo e o mais agressivo dos Três.
 Este Três tem uma mentalidade corporativa e uma paixão por fazer o trabalho
da melhor forma possível – e especialmente em termos das aparências
externas. Impulsionados por um desejo de sucesso social, eles pensam em
termos do que é melhor para o grupo, especialmente em termos do que vende
e do que parece bom. E, fazer o que funciona para o grupo pega bem para eles
e melhora ainda mais a imagem do sucesso.
 Três Sociais podem sentir ansiedade sobre serem superexpostos e vulneráveis.
Eles podem sentir uma necessidade de manter as pessoas distantes, porque
eles querem muito ser vistos como positivos e então sentem algum medo de
que as pessoas podem ver por detrás das suas imagens. E, dado que eles
valorizam tanto a impressão que causam, críticas podem ser devastadoras a
eles, mas você não saberá disso ao olhar para eles, pois eles não mostram isso.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da
Esperança ao reconhecer e observar a diferença entre suas imagens e seus eu
reais (especialmente conforme refletido por meio dos sentimentos reais). Eles
também podem se beneficiar ao aprender que suas imagens não é superior ou
mais digna de amor do que seus eus reais (mas pode ser menos digna). Além
disso, ajuda quando, de maneira auto-compassiva, fazem uso consciente de
reveses, fracassos e experimentam vulnerabilidade para ampliar o sentido de
quem verdadeiramente são.
TIPO TRES – SUBTIPO UM-A-UM – MASCULINIDADE/FEMINILIDADE
 A vitória ou meta que o subtipo Um-a-Um está interessado (o que expressa a
vaidade deste Três) é a do sex-appeal e da beleza, mais do que o dinheiro ou
prestígio – mas este Três é tão competitivo ao perseguir esta meta quanto um
executivo em temas de trabalho.
 O Três Um-a-Um é doce e tímido e não tão extrovertido quanto o Três Social –
especialmente quando se trata de falar deles mesmos. É mais difícil para eles
falarem deles mesmos e então eles frequentemente colocam o foco nos outros
que eles querem apoiar.
 Os Três Um-a-Um buscam satisfazer os outros e então eles podem se parecer
como Dois: Este Três tende a adquirir sucesso ao apoiar alguém, gastando
muita energia para promover outras pessoas. O Três Um-a-Um podem ser
muito ambiciosos e trabalhadores, mas sempre para que outra pessoa fique
bem na foto. Então, neste Três, a vaidade não é negada (como para o Três
Autopreservação) ou reconhecida (como para o Três Social), mas fica mais ou
menos no meio, sendo empregada a serviço de criar uma imagem atrativa e de
promover outras pessoas especiais.
 Frequentemente, os Três Um-a-Um não parecem ser Três, porque eles não são
tão focados no próprio status e conquistas: são mais preocupados em serem
atraentes e em apoiarem os outros – é suficiente para eles serem bonitos, eles
não precisam realizar muito para obter amor. Agradar os outros é o que traz
aprovação ou amor, sem ter que se tornar realizadores convencionais.
 Três Um-a-Um tendem a buscar agradar os outros, no sentido de ter uma
mentalidade de família ou equipe. Eles podem enfocar mais aquilo que é bom
para a família ou time e projetar a imagem de alguém que é bom nisso.
Relacionado a este padrão, eles temem a separação e o abandono.
 Em contraste com o Três Autopreservação, o Três Sexual é mais focado em ser
bom num sentido diferente da palavra, mais em termos de atração sexual ou
pessoal ou o charme masculino ou feminino, mais do que padrões sociais. E,
isto reflete uma sede por amor que pode se manifestar em fantasias de achar
o “parceiro ideal”. Apesar de poderem ser muito atraentes, eles tendem a ter
baixa autoestima.
 Este subtipo do Três não usa o tipo de máscara social que o Três Social usa. O
Três Um-a-Um é o mais emocional dos Três. E, ainda assim, este Três
frequentemente experimenta um sentido de vazio ou desconexão deles
mesmos e dos outros. Eles também têm uma profunda tristeza.
 Este Três pode parecer um Dois ou um Sete. Eles podem ser confundidos com
Setes ao serem positivos e entusiasmados.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da
Esperança ao observarem o foco em agradar outros e querer ser vistos como
atraentes e relaxar estes hábitos para abrir mais espaço para desenvolver sua
própria identidade e uma conexão mais forte às suas necessidades e
sentimentos. Além disso, compartilhar sentimentos conscientemente com
outras pessoas pode ajuda-los a se relacionar de maneira autêntica.
SUBTIPOS DO TIPO QUATRO
A paixão do Tipo Quatro é a Inveja. O contraste entre os três tipos de Quatros é talvez
o maior de todos os nove tipos. Todos os Quatros têm alguma coisa relacionada ao
sofrimento (relacionado a Inveja) que é exagerado, mas isto é diferente para cada um
dos subtipos. O sofrimento do Quatro cresce do hábito de comparar-se com outros e
sentir-se invejoso. Quatros Sociais sofrem, Quatros Autopreservação são sofredores de
longo prazo e Quatros Sexuais fazem os outros sofrerem. Ao mesmo tempo em que o
Quatro Autopreservação internaliza e em alguma medida nega um sendo de
sofrimento, o Quatro Social vive nele excessivamente e o guarda na manga e o Quatro
Sexual projeta-o em outras pessoas, para esvaziar um sentido doloroso de falta e
inferioridade.
TIPO QUATRO – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – TENACIDADE
 Este é o contratipo dos subtipos do Quatro. A Inveja é o menos aparente no
Quatro Autopreservação. Apesar deste Quatro experimentar inveja como os
outros Quatros, ele expressa inveja e sofre menos do que os outros dois. Ao
invés de ser alguém que tem uma necessidade de sofrer, esta é uma pessoa
que sofre longamente, uma pessoa que aprendeu a sentir dor sem
transparecer ou fazer careta. Eles têm a tendência de negar a inveja e a
suportar sofrimento demais.
 A inveja serve para motivar o Quatro Autopreservação a assumir o desafio de
trabalhar duro para ter o que os outros têm que ele ou ela não tem. A inveja
se manifesta como uma ação orientada às metas e como esforço. Ao mesmo
tempo em que os outros dois subtipos de Quatro podem ser dramáticos, o
Quatro Autopreservação é mais masoquista do que melodramático.
 Esta não é uma pessoa que aparenta hipersensibilidade ou que comunica
vergonha ou inveja, mas alguém que aprendeu a engoli-los. Ao passo que eles
normalmente sentem estes sentimentos e podem ser sensíveis, eles não falam
tanto sobre suas emoções – eles não compartilham tanto sua dor com os
outros. Estes indivíduos são mais estoicos e fortes frente à dor.
 Quatro Autopreservação Demandam de si mesmos. Há uma necessidade forte
de aguentar, de forma que este subtipo desenvolve uma habilidade de ficar ou
fazer sem. Eles se colocam em situações que são duras. Eles testam e desafiam
a si mesmos. Eles também se auto-desmerecem.
 Os dois outros subtipos do Quatro são sensíveis demais á frustação. Eles tanto
sofrem demais como fazem com que você sofra demais (como compensação
pelo sofrimento deles). Este Quatro é o contratipo porque este tipo vai ao
outro extremo ao desenvolver uma alta capacidade de suportar a frustação.
Eles transformam em virtude a resistência à frustração – sem usar a
“reclamação” como forma de ganhar amor.
 O Quatro Autopreservação tende a ser humanitário com uma disposição
empática e nutridora, alguém que protesta pelo bem dos outros e é
tipicamente sensível aos carentes, aos sem posse e às vítimas de injustiças.
 Assim como a forma agressiva do Tipo Quatro ( o Um-a-Um) se assemelha ao
Tipo Dois na sua arrogância, este Quatro contra-depende se assemelha a um
Tipo Um, na sua maior autonomia e autodisciplina. Entretanto, o estilo Dois
usa primariamente a referência externa, enquanto o Quatro é autorreferente.
E, Quatros tendem a se sentirem mais emocionais mais frequentemente do
que os Tipos Uns.
 Este subtipo também pode parecer um Sete. Em alguns Quatro
Autopreservação, há uma necessidade de ser leve. Isto é o que explica
existirem alguns Quatros que não parecem ser tão melancólicos – Quatros
mais alegres e tranquilos – ou de “boa”. Esta leveza também pode ser uma
saída – uma fuga saudável da dor interior – refletindo uma necessidade de
achar alguma leveza no meio do sofrimento internalizado e do estoicismo.
(Estes “Quatros Autopreservação alegres” frequentemente têm o instinto
sexual como segundo).
 Ao trabalharem sobre si mesmos, Quatros Autopreservação podem mover-se
na direção da Virtude da Equanimidade ao compartilharem e comunicarem
seus sentimentos mais com os outros, permitindo maior leveza e diversão,
vivendo mais a partir da fragilidade e pegando mais leves com eles próprios.
TIPO QUATRO – SUBTIPO SOCIAL– VERGONHA
 O Quatro Social parece emocionalmente sensível (ou excessivamente sensível),
sente as coisas profundamente e sofre mais do que a maioria das pessoas. Esta
é uma pessoa que expressa inveja por meio da lamentação excessiva e
assumindo o papel de vítima.
 A inveja aumenta um foco dos Quatros Sociais na vergonha e no sofrimento.
Entretanto, o sofrimento é também o que faz deles únicos e especiais - há
uma espécie de sedução por meio do sofrimento.
 Para o Quatro Social, há um senso de conforto e de familiaridade no
sofrimento. Eles tendem a racionalizar o sofrimento ao invés de fazer algo
sobre ele, dependendo muito de obter satisfação por meio do alívio fornecido
pelos outros.
 Mas, o problema central do Quatro Social não é apenas o sofrimento, mas a
inferioridade. Para este subtipo, há uma necessidade de auto-humilhação,
auto-recriminação e auto-sabotagem – por voltar-se contra si mesmo, por
auto-enfraquecer-se. É inveja como a expressa por meio de uma paixão por
comparar-se com outros e acabar na última posição. Para outros, o
extremismo da mentalidade e insistência de que “há algo errado comigo” pode
ser surpreendente.
 O Quatro Social é frequentemente tímido, não se sente livre para manifestar
desejos e é envergonhado da sexualidade e da raiva. A raiva se converte em
lágrimas e num senso de vitimação. Quatros Sociais tendem a sentir um senso
forte de vergonha sobre seus desejos e necessidades e tem uma tendência a
dramatizar a vida.
 Há um contraste agudo entre o Quatro “louco” (o Um-a-Um) e o triste (Social);
enquanto o Quatro Um-a-Um reclama e é explicitamente exigente, o Social é
muito tímido para expressar desejos, exceto por meio de uma intensificação e
mostra de sofrimento. O Quatro Social é a pessoa mais envergonhada,
enquanto o Um-a-Um tende a não ter vergonha.
 Outro contraste entre o Quatro Um-a-Um e o Social pode ser visto na área de
competição. O Quatro Um-a-Um é competitivo, enquanto o Quatro Social está
do outro lado do espectro, sendo fundamentalmente não competitivo.
Entretanto, ele pode ser ferozmente competitivo de uma maneira menos
consciente que nem sempre reconhecem – de uma maneira que é a mais
escondida do que o Quatro Um-a-Um.
 Quatro Sociais não competem com os outros tanto quanto se comparam,
concluindo que a eles falta algo, quase se, ao se mostrarem carentes, eles
podem atrair o que precisam dos outros.
 Ao trabalharem em si mesmos, Quatro Sociais podem mover-se na direção da
Virtude da Equanimidade ao reconhecer a inferioridade e ao atribuir-se
atributos positivos. Isto os ajuda a relaxar autojulgamentos e percepções
negativas e a apreciar o que é positivo na vida, ao invés de ficarem presos nas
comparações invejosas e na vergonha. Eles necessitam entrar em ação ao
invés de serem parados pelas emoções e aprender a ficar com raiva e
expressar desejos e sentimentos diretamente, ao invés de seduzir por meio do
sofrimento.
TIPO QUATRO – SUBTIPO UM-A-UM – COMPETIÇÃO
 Para o Quatro Um-a-Um, a motivação interna é a Inveja, mas na sua
manifestação de competição. Então, ele não se sente tão invejoso quanto se
sente competitivo (como forma de calar a dor associada à inveja). E, quando
eles ficam com raiva, eles expressam raiva invejosa.
 O Quatro Um-a-Um é mais assertivo e mais bravo que os outros subtipos. Estes
Quatros podem ser bastante desbocados com a raiva. Para este Quatro, a
expressão da raiva pode ser uma forma de defender-se contra sentimentos
dolorosos: a dor se torna raiva, então ela não é mais experimentada como dor.
 Quatros Um-a-Um fazem os outros sofrerem porque eles sentem que eles
foram feitos para sofrer e, então, merecem alguma compensação. Suas
relações com o sofrimento podem ser melhor entendidas como uma recusa
em sofrer. Isso acaba expresso como uma insistência ativa das suas
necessidades de serem validados e vistos.
 Eles podem buscar ferir ou punir os outros como uma forma inconsciente de
repudiar ou minimizar sua própria dor. Ao externalizar a dor, esta pessoa pode
aliviar o senso de inferioridade.
 Quatros Um-a-Um acreditam que é bom ser o melhor. Eles tendem a ter uma
crença do tipo “tudo ou nada” voltada ao sucesso. A maioria das pessoas quer
apresentar uma boa imagem aos outros, mas os Quatro Um-a-Um na verdade
não se preocupam tanto com isto. Para eles, é melhor ser superior. E, para
estarem em contato com seus fortes desejos pelas coisas, eles
frequentemente escolham abandonar os esforços para serem gentis ou
agradáveis, assim como a preocupação com a imagem.
 Quatros Um-a-Um normalmente são arrogantes, apesar de também terem um
senso generalizado de inferioridade e uma tendência indireta de se sentirem
culpados. Frente à dor de se sentirem não compreendidos, uma atitude
arrogante é adotada como uma compensação excessiva, de forma a serem
reconhecidos. Eles gostam de ser parte do grupo “seleto e escolhido” e podem
ser elitistas.
 Mais desenvergonhados do que envergonhados, quando outros experimentam
os Quatros Um-a-Um como exigentes, isto pode levar a um ciclo de rejeição e
raiva, já que quando os Quatros Um-a-Um ficam bravos, o jeito exigente deles
faz com que as pessoas os evitem ou os rejeitem, e eles ficam bravos com isto.
A rejeição leva ao protesto e o protesto leva à rejeição.
 Quando os Quatro Um-a-Um querem o amor de alguém eles dizem “ me dê
esse amor” ou eles se tornam extraordinários – especiais e atraentes e
superiores – para atraírem esse amor. Quatros Um-a-Um podem ser muito
atraentes, pessoas intensas – então pode ser excitante estar numa relação
com eles. Eles gostam muito de intensidade, sem intensidade, tudo pode
parecer chato e monótono. Pode ser difícil para eles manterem uma atitude
amorosa, porque eles confundem doçura com falta de sinceridade.
 Ao trabalharem em si mesmos, Quatros Um-a-Um podem mover-se na direção
da Virtude da Equanimidade ao fortalecerem suas habilidades de ficar com o
próprio sofrimento sem precisar externalizá-los ou projetá-los nos outros. Eles
também podem crescer ao se permitirem contatar qualquer dor mais profunda
por debaixo da raiva e realmente senti-la.
SUBTIPOS DO TIPO CINCO
A paixão do Tipo Cinco é a Avareza, no sentido de se sentir forçado a reter e se apegar
ao pouco de tempo, energia e recursos que ele acredita possuir. Os três subtipos do
Cinco são relativamente similares um ao outro – eles se parecem bem mais entre eles
do que alguns dos subtipos de outros tipos. Todos os três Tipos Cinco expressam um
senso diferente daquilo que enfocam para se sustentarem, dada a paixão da Avareza,
e a tendência correspondente para minimizar suas necessidades e conexões com os
outros. O Cinco Autopreservação age com Avareza por meio da construção e da
manutenção de fronteiras, o Cinco Social por meio da aderência a ideais específicos
relacionados a grupos e ideias e o Cinco Sexual por meio da busca do parceiro ideal em
quem possa confiar e ao expressar ideais românticos.
TIPO CINCO – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CASTELO
 O Cinco Autopreservação expressa Avareza ao ter uma paixão por ficar
escondido ou por ter seu santuário. Para ele, há uma necessidade de ficar
“encastelado”, capaz de se esconder por detrás de muralhas ou de ser
protegido por elas.
 De uma perspectiva psicológica (e frequentemente física0, Cincos
Autopreservação constroem muros altos para proteger-se do mundo e das
pessoas. Indivíduos com esse subtipo tipicamente necessitam ter tudo dentro
dessas muralhas, para que eles sejam autossuficientes e não precisem
aventurar-se nas perigosas imediações se eles não quiserem.
 Esse Cinco necessita manter fronteiras reais e potenciais em relação aos
outros, para prevenir qualquer ameaça de escassez ou esgotamento pelos
quais ele possa vir a passar. Mas, mais importante, esta pessoa precisa ter
controle sobre suas fronteiras para evitar perder controle sobre os recursos ou
desperdiça-los, incluindo tempo e espaço pessoal.
 O problema com esta postura, entretanto, ocorre quando ela tende ao
extremo, pois viver em clausula não é de fato compatível com a satisfação de
necessidades humanas básicas.
 Normalmente, as pessoas têm alguma habilidade de dizer “eu quero isto” para
expressar desejos e para colocar para o mundo aquilo que desejam. Este Cinco
não consegue pedir e não consegue receber. Então, ele tem que conservar
aquilo que consegue adquirir por conta própria. O Cinco Autopreservação
limita suas necessidades e quereres porque todos os desejos podem abrir a
porta para tornar-se dependente dos outros.
 Cincos Autopreservação precisam saber que eles têm um lugar de segurança
para evitar se sentirem perdidos no mundo. Há um sentimento de ter que se
manter vigilante e uma dificuldade para expressar a raiva, A paixão por
manter-se escondido também se manifesta ao manter atividades em segredo,
para que suas ações não comprometam suas habilidades de manter-se
vigilantes.
 Esta necessidade por ocultar-se pode criar dificuldades com a expressão de si
mesmo: este subtipo é o menos comunicativo dos três Cincos. O Cinco
Autopreservação é o mais isolado dos Cincos e tem um lado natural de
renúncia das necessidades e desejos, tentando virar-se com muito pouco. Este
Cinco normalmente experimenta um senso de apego a objetos, lugares e aos
poucos relacionamentos que possuem.
 Por isso, o Cinco Autopreservação aprende a sobreviver intramuros. Isto
aparece no trabalho de Kafka (um provável Cinco Autopreservação). Ele tem
um Livro intitulado “ O) Castelo”, outro chamado “ O Mundo Prodigioso que
tenho na Cabeça” e uma estória com o título “ Um Artista da Fome”, na qual o
protagonista se torna um especialista em renúncias. Os Cinco Autopreservação
preferem a resignação ao risco, pensando assim: “ não vale a pena arriscar-
se”.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Cincos Autopreservação pode3m mover-se
na direção da Virtude do Não Apego ao relaxar mais suas fronteiras e ao
empreender esforços para se conectar com sentimentos (como a raiva),
mesmo quando eles trouxerem medo ou desconforto; ao tentar ser mais
aberto com os outros e de maneira mais frequente. E, também, ao notarem
como crenças (potencialmente falsas) sobre a dificuldade de atender
necessidades podem empobrecê-lo.
TIPO CINCO – SUBTIPO SOCIAL - TOTEM
 No Cinco Social, é como se a paixão da Avareza estivesse conectada ao
conhecimento. Esta pessoa pode não pre3cisar muito de satisfações humanas
(relacionamentos), porque a paixão por conhecimento compensa isto de
alguma maneira. É como se ele tivesse a intuição de que é possível encontrar
tudo por meio da mente. Necessidades (para pessoas, por sustento) desloca-se
para uma sede por conhecimento.
 O Cinco Social está mais tipicamente “ no mundo” do que os outros Cincos, no
sentido de ser mais social e capaz de engajar-se do que os outros Cincos.
 O nome “Totem” comunica a necessidade por ideais supremos. Estes Cincos
não se relacionam com pessoas, eles se relacionam com valores representados
por certas pessoas. Eles olham para cima, na direção de um ideal maior.
 Para Cincos Sociais, a Avareza se manifesta por meio de uma busca mesquinha
por ideais maiores que possam elevar a vida de alguém ao conferir sentido,
por meio da conexão com algo especial. Eles sentem a necessidade do
essencial, do sublime, ao invés do que está aqui e agora.
 Cincos Sociais são admiradores – indivíduos que admiram outros que
expressam esses ideais (em contraste com os Cincos Um-a-Um que são
iconoclastas). Estes podem se esconder por detrás de uma pose de
especialistas. Preferindo não sentir, eles tendem a acreditar que o intelecto é
onipotente.
 Cinco Sociais focam a busca do significado último na vida. Mas, nesta busca,
eles tentam tanto a achar a quintessência da vida que se tornam
desinteressados da vida cotidiana.
 Na busca por significado, este subtipo do Cinco pode se tornar excessivamente
espiritual ou idealista, de uma maneira que de fato pode ser oposta à
verdadeira realização espiritual, porque ela pula a compaixão, a empatia e o
nível prático de como as pessoas conectam uma com as outras na vida comum.
Esta tendência é remanescente daquilo que às vezes é chamado de “ atalho
espiritual”. Todos os tipos podem fazer contornos indevidos dos caminhos
espirituais, mas este é o protótipo de alguém que impregna este método como
estratégica de defesa.
 A motivação deste Cinco para chegar ao extraordinário sublinha uma
polaridade entre busca pelo extraordinário e a insignificância – como ao ter
uma ideia de que as coisas são insignificantes, a não ser que o significado
último seja encontrado. Para este Cinco, o comum e o simples não tem
significado suficiente para satisfazer esta motivação. Como consequência, ele
pode ser misterioso e inacessível.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Cincos Sociais podem esforçar-se na direção
da Virtude do Não Apego ao ampliar o foco do conhecimento para as emoções
e para as pessoas, reconhecendo quando eles começam a se relacionar com
um ideal maior mais do que com os outros “humanos”, e ao compartilhar mais
sobre eles mesmos com outras pessoas em ambientes sociais. Também pode
ser benéfico ao Cinco Social notar quando ele começa a desvalorizar a vida do
dia-a-dia e as experiências humanas mais simples, desmerecendo-as em favor
dos ideais grandiosos que eles podem estar idealizando excessivamente, em
um esforço defensivo para evitar a insignificância.
TIPO CINCO – SUBTIPO UM-A-UM – (CONTRATIPO) – CONFIDÊNCIA
 Neste subtipo a Avareza é expressa por meio de uma busca contínua de uma pessoa
(ou pessoas) que poderão satisfazer a necessidade do Cinco Um-a-Um ter a
experiência da união perfeita, a mais segura e satisfatória. Se de um lado os Cincos
Social e Autopreservação são mais apartados das suas emoções, o Cinco Um-a-Um é
intenso, romântico e mais emocionalmente sensível. Este Cinco sofre mais, lembra
mais o Quatro e tem desejos mais explícitos.
 Este é o contratipo entre os Cincos. Mas, isto pode não ficar totalmente visível ou
óbvio do lado de fora – eles podem se parecer muito como outros Cincos, até que você
toque seu lado romântico ou inspire seus sentimentos românticos.
 Cincos Um-a-Um tendem a ser muito apaixonados por uma pessoa, às vezes uma
pessoa que eles não conseguem encontrar. Tal como na busca pelo extraordinário do
Cinco Social, o parceiro ideal no âmbito do amor é uma pessoa altamente especial.
Eles buscam algo com a união mística suprema – uma experiência do divino na relação
humana e podem ter fantasias utópicas sobre achar o amor incondicional. E, isto
também pode acontecer por uma busca por um mestre espiritual.
 A busca por uma pessoa altamente especial que incorpore o amor absoluto é tal que,
se você for um candidato, pode sentir que este é um teste muito difícil de passar com
nota alta. A confiança é um problema básico com este Cinco. Este subtipo tem
tamanha necessidade de confiar no outro que esta necessidade de um grande amor
não é facilmente satisfeita – e então podem existir muitas provas nos
relacionamentos. É muito fácil para o Cinco Um-a-Um ficar desapontado se o outro
não estiver muito aberto.
 Cincos tendem a ser pessoas privadas, mas Cincos Um-a-Um têm uma grande
necessidade de intimidade em determinadas circunstâncias - se eles se eles
conseguirem achar uma pessoa que eles podem realmente confiar para amá-los,
apesar dos seus defeitos. Este subtipo tem uma grande necessidade de ser
completamente transparente um com o outro – eles precisam que seus parceiros
sejam muito francos – e esse nível de confiança e intimidade não é fácil de encontrar.
 O nome atribuído a este subtipo é Confidência – mas no sentido especial de confiar
um no outro, olhando para esta pessoa que estará contigo “ na alegria e na tristeza, na
saúde e na doença”, o parceiro a quem você pode confiar todos os seus segredos.
 Este ideal de Confidência é um tipo de ideal que faz com que o Cinco Um-a-Um seja
muito romântico lá no fundo; eles tem uma vida interior vibrante, a qual eles podem
não revelar aos outros.
 Há exemplos de artistas do Tipo Cinco Um-a-Um, como Chopin - o mais romântico dos
compositores clássicos, que expressava emocionalidade extrema por meio das suas
criações artísticas – mas que são desconectados dos outros no mundo do dia-a-dia, de
diferentes maneiras.
 Ao trabalharem em si mesmos, pessoas com este subtipo podem mover-se na direção
da Virtude do Não-Apego ao notarem e relaxarem a tendência de impor altos padrões
para os outros para evitar a intimidade; reconhecer quando testam os outros; e
permitir-se sentir por dentro o medo, quando ele surge nas relações, e a expressão das
emoções.
SUBTIPOS DO TIPO SEIS
A paixão do Tipo Seis é o Medo. Cada subtipo tem uma abordagem diferente de lidar
com a ansiedade e a paixão do Medo. A variação entre os três subtipos é novamente
particularmente visível no Tipo Seis. Estes três Seis têm diferentes temperaturas ou
energias. O Seis Conservação é morno, o Seis Social é um pouco frio e o Seis Sexual é
quente. No seu livro ‘Os Nove Tipos de Personalidades’ (do original em inglês chamado
‘Character and Neurosis’), Naranjo fala das três variações do Seis ao longo de todo o
capítulo do Seis como se os subtipos fossem tão distintos que se torna difícil falar de
apenas um Seis – ele se refere aos três tipos de Seis como o Seis ‘afetuoso’
(Autopreservação), o Seis obediente (Social) e o agressivo (Sexual). Os Seis
Autopreservação lidam com o medo ao fazerem conexões com pessoas, os Seis Sociais
enfrentam o medo ao consultar regras e pontos de referência e os Seis Sexuais dão
conta do medo indo contra esse medo, a partir de uma posição de força.
TIPO SEIS – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – AFETO
 No Seis Autopreservação, a paixão do Medo se manifesta como insegurança,
um medo de não estar protegido.
 Este é o mais fóbico dos três subtipos do Seis – este é que se sente mais
ativamente medroso.
 Em um mundo que eles percebem como perigoso, os Seis Autopreservação
buscam alianças e para fazer isto eles se esforçam para ser amigáveis,
confiáveis e apoiadores – como se supõe que aliados sejam.
 Estes Seis buscam escapar da ansiedade por meio da busca da segurança da
proteção e então se tornam dependentes dos outros. Ao não confiarem
suficientemente neles próprios, eles se sentem sozinhos e incapazes sem
suporte externo. Os Seis Autopreservação querem sentir o aconchego da
família em um lugar cálido e protegido que eles possam se sentir protegidos
do perigo.
 A necessidade premente é por algo como amizade ou afetividade, a qual faz
com este subtipo seja o mais cálido dos Seis. Ser afetuoso é a forma de
conseguir que as pessoas sejam amigáveis e não fiquem bravas, e então elas
não serão atacadas. O tabu da agressão que resulta das necessidades dos Seis
de depender dos outros os enfraquece frente a agressividade dos outros e
contribui com a insegurança que sentem e com suas necessidades por suporte
externo.
 Ter medo da agressão de outras pessoas significa que eles não podem
expressar sua própria agressividade. É preciso ser bom e para ser bom é
preciso não ter raiva.
 Há uma hesitação, indecisão e incerteza neste tipo. Ele faz muitas perguntas,
mas não responde nenhuma delas. Ao se sentir tão em dúvida, o Seis
Autopreservação desenvolve tolerância excessiva à ambiguidade e se torna
uma pessoa ambígua. Este subtipo tem dificuldade de chegar a um senso de
certeza e por isso não quer afirmar se algo de fato é ou não é ou se vai ou não
vai. Os Seis Autopreservação veem as coisas mais em tom de cinza entre o
preto e o branco, com dificuldade de tomar decisões, porque eles não podem
dissipar o senso profundo de dúvida ou incerteza.
 O subtipo Autopreservação do Seis pode se parecer um Tipo Dois –
especialmente o Dois Autopreservação. Por fora, são percebidos como
amorosos, mas são mentais por dentro.
 Ao trabalharem em si mesmos, estes Seis podem mover-se na direção da
Virtude da Coragem ao ficarem mais em contato com a raiva, ao confiarem
mais em si mesmos, ao arriscarem mais para tomar decisões e ao
identificarem e afirmarem suas opiniões e preferências, ao invés de serem
vagos. Eles necessitam arriscar serem maus, ficarem com raiva e se tornarem
confiantes.
TIPO SEIS – SUBTIPO SOCIAL - DEVER
 O Seis Sociais não tem nem a confiança em si mesmos (como o Seis
Autopreservação) nem a confiança nos outros (como o Seis Um-a-Um). Eles
lidam com a paixão do Medo e a ansiedade com ele relacionada por meio da
intelectualização abstrata ou ideologia, como referências impessoais,
procurando ter certeza das coisas ao confiarem excessivamente na razão, nas
regras e no pensamento racional.
 O nome aqui é Dever, não muito no sentido de que cumprem o dever, mas sim
que se preocupam em saber qual é o dever deles – há uma preocupação com
o modelo a seguir. Eles sentem uma necessidade de conhecer as regras e os
pontos de referência – sabendo quais são as diretrizes, as políticas e quem são
os mocinhos e os bandidos.
 O Seis Social tipicamente representa uma mistura entre as expressões fóbica e
contra-fóbica. Estes Seis tem um temperamento mais frio e preciso que o Seis
Autopreservação. Ele se sente seguro ao ser claro sobre como uma pessoa
deve se comportar.
 O Seis Social mostra mais força que o Seis Autopreservação. Esta força maior
tem a ver com ter mais certeza do que incerteza. Eles não toleram incertezas
porque a incerteza se equivale à ansiedade.
 O Seis Autopreservação é uma pessoa insegura - ele hesita porque não tem
certeza. O Seis Social é alguém que, como defesa em relação à insegurança,
desenvolve uma certeza excessiva. Uma pessoa que se torna certa das coisas
pode – no externo -, se tornar um crente ou um fanático, alguém que se aferra
a ideologias.
 Em contraste ao Seis Autopreservação, os Seis Sociais amam a precisão e são
intolerantes às ambiguidades. Eles veem as coisas mais como pretas ou como
brancas e não como cinzas.
 Os Seis Sociais (conscientemente ou inconscientemente) temem a
desaprovação das autoridades e pensam que a forma de se sentirem seguros é
fazer a coisa certa - e a forma de saber qual é a coisa certa é ter regras claras.
Arquetipicamente, a aderência a diretrizes de qualquer que seja o sistema
escolhido se torna uma autoridade substituta à autoridade original, de um
genitor, normalmente o pai. Este Seis encontra segurança por meio de uma
submissão total à autoridade e às regras (ou autoridade, na forma de regras).
 O Seis Social se preocupa com a eficiência e tem um perfil um pouco legalista,
de forma que se podem parecer com um Tipo Três. Ele também tende a ser
autocrítico, intelectual e preciso, podendo, portanto, se confundir também
com o Tipo Um. Este subtipo é preciso no sentido do personagem arquetípico
alemão ou prussiano.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da
Coragem ao aprenderem a agir mais com o instinto e a serem mais
espontâneos. Eles precisam aprender a usar mais a intuição e menos o dever,
a se dedicarem mais ao prazer do que a seguir regras e a esquecerem a
ideologia e a racionalidade. Ajuda quando eles usam impulsos instintivos e
emocionais para se tornarem mais livres, ao invés de contraírem seus instintos
por causa do medo de cometer erros ou desagradar a autoridade.
TIPO SEIS – SUBTIPO UM-A-UM – FORÇA/BELEZA
 Este contratipo dos subtipos do Seis, o Seis Um-a-Um, é o mais contrafóbico
dos Seis, aquele que se volta contra a paixão do Medo com força.
 Seis Um-a-Um tem uma necessidade não apenas de força, mas também de
intimidação. Eles têm um programa interno que dispara a defesa do ataque
quando sente medo. E, de forma alinhada com esta postura, o Seis Um-a-Um
pode se parecer feroz.
 Esta pessoa vai contra o perigo, a partir de uma posição de força. Esta
expressão intimidadora se torna o núcleo deste perfil: se ele(a) se parecer
forte, então ele(a) não será atacado. A Ansiedade neste Seis fica aliviada com a
habilidade e a prontidão frente ao ataque sofrido.
 Esta não é apenas uma personalidade forte, mas também o tipo de força que
faz com que os outros fiquem com medo – uma postura suficientemente
poderosa para manter o inimigo à distância. Ela deseja ser forte em termos de
habilidades físicas, resistência e a habilidade de sair ileso do perigo.
 No contratipo Seis Um-a-Um, o perfil visível dificilmente poderia ser chamado
de “medroso”. Estes indivíduos aprendem a defender-se frente às fantasias
paranoicas por meio da intimidação, de tal forma que a agressividade e o
medo passam a construir um círculo vicioso. Ele se convence (e aos outros)
que eles não são vítimas do medo.
 O Seis Um-a-Um tipicamente se movem muito contra o perigo (ou perigo
percebido) e isto pode, às vezes, dar à eles a aparência de um louco ou louca,
um rebelde doido, uma pessoa propensa ao risco, um viciado em adrenalina
ou um causador de problemas. Eles tendem a não reconhecer seus lados
agressivos e podem não se tornar conscientes deles ou da intensidade deles. E,
eles expressam a agressividade e assertividade mais na área social do que na
privada.
 Em contraste com o Seis Autopreservação, que se afasta das ameaças, este
Seis Um-a-Um tende a mover-se na direção de situações de riscos, com uma
sensação de segurança ao realmente confrontar o perigo, mais do que se
esconder ou evita-lo.
 O Seis Um-a-Um pode se parecer com um Oito. Entretanto, em contraste com
o Tipo Oito, que tende a não sentir medo, o Seis Um-a-Um é motivado por um
medo de raiz, mesmo quando eles não sentem conscientemente. E, se por um
lado os Oitos gostam de produzir ordem, os Seis Um-a-Um (pag. 28) gostam de
romper a ordem e criar caos.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da
Coragem ao aprenderem a permitir-se estar desarmados e a serem mais
vulneráveis. Para este subtipo, a coragem pode não parecer tão relevante,
porque eles já parecem ser corajosos, mas a coragem deste Seis é a coragem
de quem empunha uma arma. Então, eles precisam depor as armas, entrar
mais em contato com o medo e notar como ser forte inibe o acesso aos seus
sentimentos vulneráveis.
SUBTIPOS DO TIPO SETE
A paixão do Tipo Sete é a Gula. Cada um dos três Setes representa uma forma
diferente de expressar a paixão da Gula. O Sete Autopreservação se sente seguro com
uma busca gulosa do prazer, satisfazendo oportunidades, e com uma rede de aliados.
O Sete Social expressa um tipo de anti-gula, colocando-se a serviço dos outros. E, o
Sete Sexual canaliza a gula por meio de uma busca idealista da melhor das relações e
melhores experiências que se possa imaginar.
TIPO SETE – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – DEFENSORES DO CASTELO
 Setes Autopreservação são pessoas que expressam gula por meio da
construção de alianças. Eles tipicamente colecionam ao seu redor uma espécie
de rede de “família”, no sentido de se aquartelar e criar uma máfia do bem ou
grupo partidário deles.
 Há um elemento de interesse pessoal nas alianças formadas por um Sete
Autopreservação que pode ser negado ou inconsciente para alguém deste
subtipo.
 Sete Autopreservação são muito práticos e bons ao obter aquilo que eles
querem e ao conseguirem um acordo favorável: eles tendem a ser
oportunistas, defenderem seus próprios interesses, serem pragmáticos,
calculistas e muito bons em “networking”. Ter muitas relações próximas é algo
que eles veem como um investimento - como acumular dinheiro no banco.
 Esta é uma pessoa que reconhece prontamente as oportunidades para criar
uma vantagem. Desta maneira, a gula se expressa como uma preocupação
excessiva para conseguir fazer um bom negócio a cada oportunidade. Ela
procura sempre manter o tino para os negócios e as negociações. Há poucas
conversas que não levam a algum tipo de oportunidade de alguma maneira.
 O Sete Autopreservação é animado, falante e simpático, com traços que
lembra o estilo pessoal de um “playboy” hedonista. Ao ser amante do prazer,
ele se torna uma companhia engraçada, mas também tende a se desconectar
de suas emoções e pode ser que tentem contemplar seus próprios interesses
às custas dos outros.
 O Sete Autopreservação e o Sete Um-a-Um ocupam polos opostos do espectro
de diferentes dimensões dessa personalidade. Há uma polaridade entre o
idealismo exaltado do Sete Um-a-Um e a falta de idealismo do Sete
Autopreservação e entre a característica de ingenuidade ou sugestionabilidade
do Sete Um-a-Um e a desconfiança do subtipo Autopreservação.
 Uma outra polaridade que existe entre estes dois subtipos é entre um ser
demasiado sonhador ( o Um-a-Um) e outro ser “materialista” e pragmático ( o
Autopreservação).
 O traço dominante que se destaca no Sete Autopreservação é a combinação
de ser ao mesmo tempo amante do prazer e defensor dos próprios interesses,
em contraste com a fuga da concretude que se vê nos Sete Um-a-Um e o lado
solidário dos Setes Sociais. Isto faz com que o Sete Autopreservação busque o
prazer sensorial, seja mais terreno e menos idealista do que o Sete Um-a-Um.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Sete Autopreservação podem mover-se mais
na direção da Virtude da Sobriedade, observando e assumindo suas
motivações para atender seus próprios interesses, tendências oportunistas e
notando como seus comportamentos egoístas e o hábito de minimizar
sentimentos podem impactar as relações e as metas maiores.
TIPO SETE – SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - SACRIFICIO
 Setes Sociais representam um estilo de pureza que, como contratipos do Sete,
expressam uma espécie de contra-gula. Eles são conscientes de não explorar
os outros – é como se eles sentissem a tendência da gula e, ao contrário dela,
decidissem se auto-definirem como anti-gula.
 Se a gula é um desejo por mais, uma vontade de levar vantagem em tudo o
que pode obter em uma situação, há um traço de exploração na gula. Mas, o
subtipo Social, sendo o contratipo, quer ser puro, quer evitar ser excessivo ou
excessivamente oportunista – quer ser bom – e, então, trabalha ativamente
contra qualquer tendência que possa ter de explorar os outros.
 Este subtipo expressa um tipo de ideal asceta, parecido com os Cincos. Eles
transformam em virtude a capacidade de virar-se com menos para eles
mesmos. Eles tipicamente dão mais aos outros e pegam menos para eles
próprios, como forma de irem contra o desejo guloso por mais e em um
esforço para provar sua bondade. A Gula fica, então, difícil de ser enxergada no
Sete Social, porque ele se esforça para se esconder por detrás de um
comportamento altruísta. Isto os purifica da culpa de sentir uma atração pelo
prazer ou por tirar vantagem.
 Sete Sociais assumem a responsabilidade pelo grupo ou família e, ao fazê-lo,
expressam o sacrifício da gula pelo benefício dos outros, como um
adiantamento do desejo pessoal por um ideal. Eles são entusiásticos, idealistas
visionários que imaginam um mundo melhor, mais livre, mais saudável e mais
pacífico.
 O nome aqui é “ Sacrifício” e sacrifício significa uma vontade de estar a
serviço. É um sacrifício da gula – um sacrifício relativo -, não o mesmo tipo de
sacrifício de outros tipos de personalidade, como o Quatro ou o Dois. Há aqui
um tabu relativo ao egoísmo.
 Sete Sociais querem ser vistos como bons ao se sacrificarem – eles lutam para
serem vistos como boas pessoas, conforme definido pelo consenso social. Se
por um lado esse perfil é bom e puro, esta posição também tem recompensas
egóicas: apreciação, reconhecimento, ter uma boa imagem, reduzir conflitos e
criar débitos para os outros.
 Há uma tendência generalizada neste subtipo Social de adotar o papel de
ajudante, de estar a serviço e de estar preocupado em aliviar as dores alheias.
 Por causa deste desejo de estar a serviço, Setes Sociais podem se parecer
como Dois. Mas, os Dois focam nos outros, enquanto os Setes são mais
autorreferentes e, portanto, tem uma experiência mais direta das suas
próprias necessidades, apesar de sua inclinação para ajudar.
 Ao trabalharem em si mesmos, as pessoas com este subtipo podem mover-se
na direção da Virtude da Sobriedade, tornando suas reais motivações mais
conscientes, quando estão sendo uteis aos outros e se tornando mais
polaridade entre gula e “anti-gula”, enxergando como ela opera para mascarar
um medo de sentimentos específicos. Também os ajuda quando param de de
demonizar o egoísmo e quando notam o quanto evitam o conflito e entrar em
contato com motivações que sejam sombras.
TIPO SETE – SUBTIPO UM-A-UM - SUGESTIONABILIDADE
 Indivíduos com este subtipo Um-a-Um do Sete têm gula pelas coisas de um
modo superior e pela idealização. Este subtipo é muito idealista e pode ser um
pouco ingênuo, em contraste com o Autopreservação, que é pragmático. Esta
pessoa tem a cabeça no céu e não os pés no chão.
 Este Sete é um sonhador com necessidade de imaginar algo melhor do que a
realidade austera e comum – este é o perfil mais de alguém que desfruta das
coisas de forma despreocupada. Este subtipo está interessado em uma
dimensão superior e mais avançada. Ele olha para os céus como uma forma de
escape da Terra.
 Setes Um-a-Um tem uma paixão por embelezar a realidade – por idealizar
coisas e ver o mundo como um lugar melhor do que de fato é. Suas
necessidades de idealização se manifestam como uma paixão por ver a vida
como ela poderia ser ou como eles imaginam que ela seja.
 Pessoas deste subtipo tendem a ver as coisas com otimismo de alguém que
está apaixonado. Tudo parece melhor quando a pessoa está apaixonada e o
Sete Um-a-Um se refugia neste tipo de experiência positiva, como maneira de
inconscientemente evitar emoções mais profundas que eles percebem como
negativas, desprazerosas ou assustadoras.
 Diz-se que “o amor é cego”. Os Setes Um-a-Um podem se tornar cegos neste
mesmo sentido – eles mostram entusiasmo um pouco excessivo e otimismo e
prestam atenção desproporcional aos dados positivos em uma situação.
 Os Setes Um-a-Um tem uma necessidade de fantasiar, uma necessidade de
sonhar e uma necessidade de usar lentes cor-de-rosa e uma tendência de ser
quase que excessivamente contente ou entusiástico. Isto pode ser visto como
uma compensação excessiva que reflete um desejo inconsciente de negar ou
evitar as partes da vida que são dolorosas ou monótonas. Eles podem sentir
um medo implícito de serem pegos por sentimentos ruins. Uma armadilha
típica para estes Setes ocorre quando a frustação de não ter ou de não
experimentar algo fica (inconscientemente) substituída por uma fantasia cor-
de-rosa, a qual serve como um substituto satisfatório.
 O título dado a este subtipo é “ Sugestionabilidade”, o que é similar ao ver o
mundo com imaginação – mas isto também tem a ver com ser uma pessoa
crédula ou fácil de ser hipnotizada, suscetível tanto à infecção quanto ao
entusiasmo. Para eles, prevalecem os pensamentos e a imaginação e não os
sentimentos e o instinto.
 Eles experimentam ansiedade com a dificuldade de se engajar em muitos
cenários de uma única vez e de precisar desistir de algo. Eles podem tender a
ficar inquietos e participar de muitas atividades ao mesmo tempo. A
empolgação e a ansiedade podem embaçar as suas percepções da realidade.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Setes Um-a-Um podem mover-se na direção
da Virtude da Sobriedade notando quando eles estão vivendo na imaginação (
ao contrário da realidade) e por que, e também observando a tendência a
embelezar e idealizar e explorando os sentimentos e medos por detrás destas
tendências.
SUBTIPOS DO TIPO OITO
A paixão do Tipo Oito é a Luxúria. Os três subtipos de Tipo Oito expressam a paixão da
Luxúria de três formas distintas. O Oito Autopreservação faz o que precisa ser feito
para sobreviver de uma forma direta, poderosa e excessiva. O Oito Social tem uma
necessidade de proteger os outros e ir contra aqueles que cometem uma injustiça. E o
Oito Sexual é uma pessoa apaixonada e carismática que vai contra as convenções
sociais de forma provocativa.
TIPO OITO– SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – SATISFAÇÃO
 O Oito Autopreservação expressa a Luxúria por meio de uma necessidade
forte de obter o que é deles – de obter o que eles precisam para sobreviver.
Eles tendem a se sentir onipotentes, capazes de satisfazer qualquer
necessidade.
 O título dado à este subtipo é “Satisfação”. Esta pessoa tem um desejo forte
pela satisfação das necessidades materiais e uma intolerância à frustação.
 Oitos Autopreservação vão atrás do que precisam sem falar muito sobre isso.
Com uma pessoa desse subtipo, não há conversas sem sentido, preocupações,
simulação ou jogo de palavras.
 Esta pessoa se sente impulsionada a ir realizar aquilo que deseja de uma
maneira forte e direta, sem estardalhaço ou explicações. Este perfil tem mais
dificuldade de ser paciente quando suas necessidades e desejos não são
imediatamente satisfeitas.
 Este é um pouco como o Um-a-Um, que também expressa um sentido de “
precisar obter o que quer” e de se safar.
 A necessidade central do Oito Autopreservação é uma habilidade exagerada
de tomar conta de si mesmo e de suas necessidades. Você poderia dizer que
essa necessidade é como um egoísmo exagerado. Oitos Autopreservação são
pessoas que sabem como fazer negócios – eles sabem regatear e barganhar e
também ficar em vantagem na disputa com alguém.
 Oitos Autopreservação tem perfis que sabem como sobreviver nas situações
mais difíceis e como obter o que eles querem das outras pessoas. Eles
desqualificam qualquer sentimento, pessoa, ideia ou instituição que se opõe
aos seus desejos. Eles vão contra o que for e buscam vingança sem saber por
que ( os outros Oitos tem uma razão quando são vingativos).
 O Oito Autopreservação é o mais armado e protegido de todos os Oitos – um
Oito que se parece mais com Cinco. Ele desvaloriza o mundo dos sentimentos.
Este Oito pode ser confundido com um Um do subtipo Um-a-Um. Mas, esse
Um é diferente desse Oito – esse Um é mais social do que esse Oito.
 Ao trabalharem em si mesmos, eles se movem na direção da Virtude da
Inocência, aprendendo a permitir uma maior gama de emoções –
especialmente sentimentos de vulnerabilidade – e expressando mais
pensamentos e emoções – especialmente nos relacionamentos. Isto os ajuda a
se desafiar a desenvolver confiança de forma mais consciente e a depender
mais dos outros para atender às suas necessidades.
TIPO OITO– SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - SOLIDARIEDADE
 O Oito Social é o contratipo dos subtipos do Oito. Oitos Sociais representam
uma contradição: O Oito é uma pessoa rebelde que frequentemente vai contra
as normas sociais, mas o Oito Social também é voltado a oferecer proteção e
lealdade. Assim, esta é uma pessoa social com tendências antissociais. Ela
expressa luxúria e agressividade a serviço da vida e das outras pessoas.
 Em contraste ao Oito Autopreservação, o Oito Social é mais leal e menos
agressivo.
 Um Oito Social é um Oito prestativo – alguém que está preocupado com as
injustiças que acontecem com os outros. E, ainda assim, há um elemento
antissocial desse perfil com respeito às regras da sociedade.
 Simbolicamente, este perfil representa a criança que se tornou dura (ou
violenta) ao proteger sua mãe contra seu pai. Essa pessoa é também alguém
que se alia a sua mãe para ir contra o poder patriarcal e tudo que está
associado a ele. É uma violência gerada a partir da solidariedade.
 Por um lado, esse subtipo de Oito desenvolve uma habilidade forte de cuidar e
proteger os outros, enquanto, por outro lado, em relação a ele mesmo, há
uma desistência inconsciente da necessidade de amor da criança interior e um
movimento compensatório na direção do poder e do prazer. Ele gosta do
poder que um grupo oferece e pode, no extremo, tender à megalomania.
 Oitos Sociais são muito sensíveis a detectar situações nas quais algumas
pessoas estão sendo perseguidas ou exploradas por outras que detêm mais
poder. E, quando eles detectam algo assim, eles tendem a agir para proteger
aqueles que são menos poderosos (Karl Marx era provavelmente um Oito
Social). Eles entram em ação constante e ação é aonde eles se perdem deles
mesmos.
 De maneira geral, esse Oito aparenta ser mais suave e amigável e parecem
demorar mais para acessar a raiva do que os outros Oitos. Ele tende a se
rebelar de forma mais sutil e menos óbvia.
 Oitos Sociais podem se parecer com Noves ou Dois (especialmente mulheres)
porque eles podem ser muito voltados aos relacionamentos e menos
claramente agressivos do que os outros Oitos, mas eles podem ser
diferenciados desses outros tipos por ainda serem bastante assertivos e
rebeldes.
 Ao trabalharem em si mesmos, estes Oitos podem mover-se na direção da
Virtude da Inocência, aprendendo a ser mais conscientes e protetores da
criança interior. Eles crescem quando desenvolvem tanto cuidado com seus
eus mais jovens quando têm com outras pessoas. Outra coisa que os ajuda a
evoluir é quando eles se permitem se abrir para receber mais amor e cuidados
das outras pessoas.
TIPO OITO– SUBTIPO UM-A-UM - POSSE
 Os Oitos Um-a-Um têm uma tendência antissocial forte. Pessoas com este
subtipo são provocativas e expressam Luxúria por meio da rebeldia e dizendo
abertamente que seus valores diferem da norma.
 O Oito Um-a-Um é o mais rebelde dos subtipos do Oito e, curiosamente,
também o mais emocional. Neste Oito, já há uma desconexão do intelecto -
há muita ação e paixão, mas não muito pensamento.
 Estes Oitos são mais desbocados com seus lados rebeldes. Eles gostam ou pelo
menos não ligam de serem vistos como maus. Eles não respeitam as regras e
as leis. É quase uma questão de orgulho ir contra a linha convencional.
 O nome dado aos Oito Um-a-Um é “Posse”. Este Oito mostra a ideia de
“Posse” no sentido de que ele ou ela absorve energeticamente toda a cena,
tornando-se o centro das coisas. Oitos Um-a-Um gostam de sentir o seu poder
por meio de conquistar a atenção de todo mundo. Eles não buscam segurança
material, mas buscam obter poder sobre as coisas.
 Naranjo diz que ele originalmente pensava que “Posse” significava possuir o
parceiro, mas mais tarde concluiu que ela significava algo mais abrangente do
que isso. – um tipo de controle energético e carismático do outro ou
dominância de todo o ambiente. Eles têm uma ideia de que o mundo começa
a girar quando eles chegam.
 Oitos Um-a-Um podem ser fascinantes e carismáticos, e o poder deles vem de
uma espécie de sedução e intensidade que os diferencia em termos de estilo
dos outros dois subtipos de Oito – estes Oitos tem mais cor nas suas penas e
eles são mais magnéticos e mais falantes.
 Como o mais emocional dos Oitos, o subtipo Um-a-Um mostra muita paixão
pelas coisas e esta paixão às vezes se expressa por meio da expressão das
emoções e da vulnerabilidade que pode parecer surpreendente aos outros e
atípica para muitos Oitos.
 Este Oito provavelmente não será confundido com outro tipo muito
frequentemente, sendo bem parecido com o Oito mesmo, mas ele pode
lembrar às vezes o Quatro Um-a-Um na sua intensidade na habilidade de
expressar raiva.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Oitos Um-a-Um podem mover-se na
direção da Virtude da Inocência ao explorarem e compartilharem suas
emoções mais conscientemente, como uma forma de assumir mais
vulnerabilidade. Também os ajuda quando observam e exploram a
necessidade de se rebelarem, vendo qual(is) adjacentes isto pode estar
escondendo e gerenciando seus níveis de energia de forma que eles possam
dividir mais o espaço com os outros. Eles podem também se beneficiar ao
refletir mais sobre as coisas – e não apenas sentir e agir.
SUBTIPOS DO TIPO NOVE
A paixão do Tipo Nove é a Preguiça. Os três subtipos do Nove expressam uma
necessidade de fusão a serviço da paixão da Preguiça, porque fundir-se com alguém
além deles mesmos age como uma maneira inconsciente de distraí-los da própria
relutância de agir para si mesmos e a partir de um senso de ‘eu’. Cada um dos três
subtipos demonstra um foco diferente da fusão, eles se fundem com outra pessoa, se
fundem com o grupo ou se fundem com seu próprio corpo e com um senso de
conforto. Mas, esta fusão confortável com algo extra traz um custo ligado a própria
vida – ou um custo de não conseguir se conectar com nível sutil de vida dentro deles.
TIPO NOVE– SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO - APETITE
 O nome dado a este subtipo é “Apetite” – mas não somente ligado a comida.
Em um nível mais profundo, ele diz respeito à necessidade de achar proteção
no conforto de fundir-se com uma experiência de satisfação de necessidades
físicas. Desta maneira, o Nove Autopreservação se funde com um sentido de
conforto e satisfação física como forma de expressar a Preguiça envolvida em
inconscientemente evitar estar mais aberto aos rigores de uma vida mais ativa
e engajada.
 O Tipo Nove é o ponto nuclear da tríade que às vezes é chamada de
“esquecimento de si mesmo”. Todos os três tipos no topo do Eneagrama, de
uma forma ou de outra, colocam suas próprias necessidades e vontades para
dormir. Ao conscientemente se perderem em uma atividade ou outra (comer,
dormir, ler, trabalhar etc), Noves Autopreservação evitam ou esquecem deles
mesmos – ou a dor de experimentar um vazio no nível do ser – e
simultaneamente encontram um sentido substituto de “ser” no conforto do
atendimento dos seus apetites.
 Para Noves Autopreservação, pode ser mais seguro esconder-se no conforto
de uma rotina familiar do que ter que se colocar e arriscar entrar em conflito
ou sentir-se hiperestimulado. É mais fácil anular-se com atividades
confortáveis do que destacar-se e colocar-se à disposição para o que quer que
aconteça e que não parece pacífico ou harmonioso.
 Para o Nove Autopreservação, é como se houvesse um sentido de abnegação
ou uma desistência da necessidade de amor e uma correspondente busca de
conforto em atividades agradáveis e a entrega aos apetites para compensar
essa ausência.
 Apetite também se refere a um sentido de concretude, num aspecto básico de
atender às necessidades materiais de formas simples e diretas. Noves
Autopreservação são pessoas mais concretas que não se relacionam muito
com abstrações ou conceitos metafísicos. Noves Autopreservação tendem a
ser pessoas práticas e eles nem sempre colocam suas experiências em
palavras. As coisas do dia-a-dia podem obstruir a consciência, eles acham a
experiência muito mais fácil do que a teoria e eles podem se tornar cegos à
necessidade de introspecção.
 O Nove Autopreservação é mais irritadiço e teimoso e tem uma presença um
pouco mais forte do que os outros Noves. Apesar deles também
experimentarem um sentido de inércia com relação a entrar em ação, eles têm
uma tendência de se parecerem mais sólidos e de serem mais parecido com o
Oito do que os outros dois subtipos do Nove.
 Noves Autopreservação tendem a querer mais tempo sozinhos do que os
outros dois Noves.
 Estes Noves frequentemente tem um senso de humor diferente: seco e
autodepreciativo.
 Ao trabalharem em si mesmos, estes Noves Autopreservação podem mover-
se na direção da Virtude da Ação Certa ao fazerem contato mais consciente
com a raiva e ao serem mais proativos ao agir pelo seu próprio interesse.
Também os ajuda quando eles usam a raiva para conectar-se com seu poder
mais profundo – aparecer mais no mundo, arriscar agir mais pelo seu próprio
bem e atender suas necessidades e vontades.
TIPO NOVE– SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - PARTICIPAÇÃO
 Noves Sociais são o contratipo dos subtipos do Nove porque eles podem ser
viciados em trabalho. Eles expressam preguiça ao se fundirem com o grupo,
trabalhando duro ao apoiar os interesses do grupo e priorizando as
necessidades do grupo em detrimento das suas próprias.
 Estas são pessoas generosas e não egoístas, conscientes do grupo e com
habilidade de satisfazer as necessidades dos outros, ao ponto de se
sacrificarem elas mesmas para assumir a responsabilidade que os outros
querem atribuir à elas. Elas também podem ser amantas da diversão e
sociáveis, mas quando eles trabalham duro, eles não mostram suas dores e
não incomodam os outros com seu próprio estresse.
 Noves Sociais são pessoas agradáveis, com uma necessidade de se sentirem
parte das coisas que expressam (de maneira compensatória) uma experiência
de se sentirem diferentes ou de não se encaixarem no grupo ou na
comunidade. O Nove Social é despreocupado, engraçado e expressa uma
necessidade central de fazer parte das coisas.
 Esta experiência basal de não pertencer ao grupo leva o Nove Social a
compensar em excesso, sendo generoso e se sacrificando para fazer o que for
necessário para atender as necessidades do grupo. Eles também têm uma vida
muito cheia – cheia de tudo, menos deles mesmos. Noves Sociais formam sua
identidade e seus sentidos de realidade ao redor de pertencerem, mas
frequentemente duvidam de sua própria existência e de seu próprio sentido
de “eu”.
 Há uma necessidade ou paixão de fazer o que for necessário para ser admitido
no grupo, para se tornar um com o grupo, mas isso exige muito esforço. E, o
Nove Social para trabalhar duro nesse esforço, mas também tenta não deixar
os outros verem o quão grande esse esforço é e quanta energia ele requer.
Eles não sentem muito sofrimento, e eles também não sentem euforias – eles
ficam mais numa emocionalidade intermediária.
 Noves Sociais podem ser mediadores muito hábeis, porque querem
naturalmente traduzir diferentes opiniões de maneira que todos sejam
ouvidos e que o conflito no grupo seja evitado.
 Esta pessoa pode ser um líder muito bom – o melhor tipo de líder no sentido
de ser uma pessoa boa, não egoísta e de estar disponível para assumir
totalmente a responsabilidade que outros querem colocar sobre ele.
 Noves Sociais podem se parecer como Tipos Três, porque eles trabalham
muito duro e conquistam muito, sem mostrar o estresse que sentem. Eles
também podem ser confundidos com o Dois, porque eles são mais ativos para
atender às necessidades das outras pessoas.
 Ao trabalharem em si mesmos, os Noves Sociais podem mover-se na direção
da Virtude da Ação Certa ao entrarem em contato com a tristeza sobre não se
encaixarem, por debaixo do estilo bem-humorados e da atitude simpática e
observarem e se tornarem mais conscientes de como o fato de trabalharem
duro para apoiar o grupo pode distraí-los da evolução pessoal.
TIPO NOVE– SUBTIPO UM-A-UM - FUSÃO
 Noves Um-a-Um têm uma necessidade de ser alguém por meio de outra
pessoa – de adquirir um senso de “ser” que não encontram dentro deles por
meio da fusão com alguém mais. Eles podem ter a sensação de que não existe
fronteiras entre a experiência deles e de outras pessoas importantes, de modo
que a Preguiça é expressa por meio de um foco total e uma fusão com outra
pessoa, como forma de evitar sentir-se como tendo um “eu separado”.
 A pessoa com este subtipo exemplifica o uso do relacionamento para
alimentar o próprio sentido de ser, porque é muito doloroso ou ameaçador
estar só.
 O problema inerente à postura do Nove Um-a-Um é que a união verdadeira
requer que ambas as pessoas permaneçam nelas mesmas antes de se
encontrarem. Mas, estas pessoas podem experimentar dificuldade de localizar
sua própria paixão por viver e então podem tentar achar isso em outra pessoa.
É o uso(inconsciente) dos relacionamentos para alimentar o seu ser, porque
você não está enraizado em si mesmo e não está vivendo seu próprio sentido
ou propósito.
 Esta é uma espécie de substituição ou compensação das prioridades dos
outros, em detrimento das próprias, porque é mais confortável “ser” por
intermédio do outro. E, estes Noves podem nem mesmo se dar conta que eles
fizeram esta substituição, já que perder-se de si mesmo em outra pessoa pode
acontecer em um nível inconsciente ou subconsciente.
 Esta pessoa pode se fundir com um parceiro, um genitor ou com qualquer
pessoa importante, como forma de achar um propósito de vida e evitar sua
própria experiência da ausência de tal propósito.
 A fusão com o outro toma a forma de assumir a energia dos sentimentos,
atitudes, crenças e até do comportamento. Esta pessoa tem problemas com
identidade e uma falta de estrutura nas suas vidas. Eles podem estar tão
focados em encontrar as necessidades dos outros que eles traem suas próprias
e então eles podem desenvolver uma rebelião passivo-agressiva.
 Noves Um-a-Um tendem a ser muito gentis e suaves, meigos e doces e podem
ser a pessoa menos assertiva de todas. Elas são pessoas amáveis, mas sua
afeição pode se tornar “suspeita” e eles podem ser muito frios ou não
emocionais.
 O Nove Um-a-Um pode se parecer com um Tipo Dois ou especialmente um
Tipo Quatro – eles podem experimentar ou expressar temas similares e
sentimentos relacionados aos relacionamentos, como melancolia, solidão e
um medo da separação e do abandono.
 Ao trabalharem em si mesmos: principalmente os Noves Um-a-Um podem
mover-se na direção da Virtude da Ação Certa, ao reconhecerem e agirem
sobre a necessidade mais profunda de separação, tentando experimentar a
solidão com maior frequência, criando fronteiras conscientes e nem sempre
achando um sentido de “ser” por meio da companhia. Eles precisam explorar
seus próprios interesses, sentimentos e desejos, para achar suas próprias
identidades e sentido de propósito.

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Os 27 Subtipos do Eneagrama

  • 1. OS 27 SUBTIPOS DE PERSONALIDADE DO SISTEMA DO ENEAGRAMA POR BEATRICE CHESTNUT O que são os subtipos do Eneagrama? O eneagrama descreve três centros de inteligência humana – a cabeça, o coração e o corpo. Cada tríade, então, se divide em 3 para criar nove tipos de personalidade interconectados. Cada um destes tipos tem sua própria tríade – a terceira divisão por três – os 27 subtipos. Os subtipos baseiam-se em se uma pessoa tem uma motivação instintiva predominante na direção de Autopreservação, interação Social em grupos ou conexão Um-a-Um. Estas 27 descrições de subtipos oferecem uma visão ainda melhor e em maior nuance dos tipos de personalidade do que os nove tipos, revelando nosso nível mais inconsciente de funcionamento, para que possamos nos tornar mais conscientes. Por que é importante conhecer os subtipos? As descrições dos 27 subtipos fornecem informação valiosa que pode ajudar na normalmente difícil tarefa de identificar o tipo correto de uma pessoa. O conteúdo dos 27 subtipos também destaca as razões pelas quais duas pessoas de um mesmo tipo podem ser parecer muito diferentes e esclarece o impacto das motivações biológicas fortemente ligadas ao comportamento humano. Qual é a fonte deste material sobre subtipos? Esta versão dos 27 subtipos baseia-se na articulação mais recente de Claudio Naranjo sobre os 27 diferentes tipos de personalidade do Eneagrama. Definindo subtipos: cada um dos nove tipos de personalidade do Eneagrama vem em três versões distintas centradas em cada um dos três instintos básicos que todas as criaturas sociais compartilham. Os três instintos se referem as três motivações mais centrais nos humanos (e em todos os animais) por autopreservação, interação social e conexão um-a-um. Cada um dos 27 ‘subtipos’ reflete um estilo diferente delineado pela paixão do tipo e uma destas três energias biológicas instintivas poderosas. As paixões dos nove tipos são fatores emocionais-motivacionais centrais da personalidade que frequentemente operam em níveis inconscientes e influenciam muito a estrutura e a atividade da personalidade. Elas são ira, orgulho, vaidade, inveja, avareza, medo, gula, luxúria e preguiça. Quando estas duas forças dentro da psique se unem – a paixão e a motivação instintiva dominante -, elas criam um foco de atenção ainda mais específico, refletindo uma necessidade particularmente insaciável que forma comportamentos. Estes subtipos portanto, refletem três diferentes subgrupos dos padrões dos nove tipos, que fornecem ainda mais especificidade ao descrever a personalidade humana. De acordo com esta teoria, ao mesmo tempo em que todos estes três instintos operam em todos nós, em cada indivíduo uma destas três motivações ou metas instintivas fundamentais do comportamento humano, acaba por dominar. Para maioria das pessoas, há normalmente uma segunda que é secundária e uma terceira que opera muito menos. Quando o instinto dominante está a serviço da ‘paixão’, isto resulta em um estilo mais distinto e em nuances, um subtipo (um de 27) do tipo principal de personalidade (um de 9). Definições de paixão do tipo: as paixões dos tipos são estados emocionais que são parte da máquina humana ou personalidade condicionada. As paixões são o combustível emocional
  • 2. impulsionando as necessidades (majoritariamente) inconscientes que dão forma a personalidade humana e estruturam prioridades egóicas. Cada uma das paixões gera um foco de atenção particular e um conjunto de padrões habituais de pensar, sentir e se comportar. O foco distinto de atenção do subtipo mostra como um fator egóico, a paixão da personalidade, se envolve em alterar a motivação instintiva, que junto reflete uma experiência de escassez daquilo de que uma pessoa precisa para sobreviver e uma tentativa da personalidade de compensar por aquela ausência percebida. Como mostra Naranjo, em uma pessoa saudável, as motivações instintivas são livres e não restritas, mas na personalidade condicionada, nossas motivações instintivas se tornam fortemente influenciada e, portanto, coagidas ou redirecionadas pela paixão (ou motivações emocionais chaves) do tipo. Definição das três metas instintivas: Autopreservação: o instinto de autopreservação foca atenção e dá forma a comportamentos relacionados a sobrevivência e a segurança material. Geralmente, esta motivação biológica poderosa direciona energia para preocupações com segurança, incluindo ter recursos suficientes, evitar o perigo e manter um senso básico de estrutura e bem-estar no mundo. Além destas três preocupações básicas, o instinto de autopreservação pode colocar ênfase em outras áreas da segurança, seja o que for que isto signifique para uma pessoa de um tipo específico. Social: o instinto social foca atenção e dá forma a comportamentos relacionados a pertencer, reconhecimento e relacionamentos em grupos sociais. Geralmente, esta motivação biológica direciona energia na direção de sentir se a pessoa está ou não tão incluída e reconhecida no grupo ou comunidade e como ela está posicionada e vista em grupos. Este instinto também se relaciona a quanto poder ou representatividade a pessoa tem, com relação aos outros membros do grupo e ao mundo em geral, em termos do que quer que seja que isso possa significar para uma pessoa de um tipo específico. Um-a-Um (ou Sexual): o instinto um-a-um foca a atenção e dá forma a comportamentos relacionados a problemas de qualidade e importância nas relações com indivíduos específicos. Geralmente, esta motivação biológica direciona energia na direção da conquista e da manutenção de relacionamentos com outras pessoas importantes, incluindo conexões sexuais, atração interpessoal e ligação afetiva. Este instinto busca um sentido de bem-estar por meio de formação de conexões um-a-um com indivíduos da vida da pessoa, em termos do que quer que seja que isso possa significar para uma pessoa de um tipo específico. As três categorias instintivas versus os 27 subtipos: é importante não enfatizar excessivamente o papel da meta instintiva que domina o comportamento de uma pessoa às custas da sua interação com a paixão do tipo. O perfil distinto de cada um dos 27 tipos fica mais vago e confuso quando generalizamos excessivamente o papel do instinto – o que significa ter um ou outro instinto dominante – sem levar em conta sua interação fundamental com a paixão. As pessoas que são Autopreservação dominantes não são exatamente iguais, da mesma maneira que os subtipos Sociais e os subtipos Sexuais tampouco o são. Apesar dos indivíduos de diferentes tipos (do Um ao Nove) com o mesmo instinto dominante compartilharem certos traços em comum, uma vez que a paixão está envolvida, a personalidade resultante pode revelar alguns aspectos paradoxais sobre o estilo específico, com relação a orientação instintiva de um dado subtipo.
  • 3. Outras ideias chaves para entender os subtipos do Eneagrama: Contratipos: em todos os nove pontos do Eneagrama, sem exceção, há dois subtipos que vão na direção do fluxo de energia da paixão e há um que está de ponta-cabeça, um que vai na direção contrária a direção da principal energia da paixão. Este tipo de contra-paixão é chamado de contratipo entre os três subtipos. Por exemplo: o Seis contrafóbico é o mais conhecido dos contratipos. Ele é uma espécie de Seis que não mostra medo. A paixão do Seis é Medo, mas o subtipo Um-a-Um ou Sexual – um dos três subtipos – vai contra o medo ao ser forte e intimidador, como forma de lidar com o medo. Todos os nove tipos têm este tipo de contratipo, entre seus três subtipos. Tipos parecidos: um dos aspectos mais valiosos de se entender estas 27 descrições de subtipos é que elas ajudam muito no processo normalmente traiçoeiro de identificar o tipo correto de alguém no Eneagrama. Na medida em que os subtipos descrevem subcategorias mais específicas em nuances para cada um dos nove tipos, eles fornecem informações adicionais que ajudam a identificar o tipo de alguém. Alguns dos subtipos se parecem com outros tipos e as distinções de subtipos ajudam a tornar mais claros os fatores diferenciadores entre os nove tipos. Os 54 subtipos: um outro aspecto relevante desta teoria dos subtipos é que há na verdade seis subtipos para cada um dos nove tipos. Na maioria das vezes, as pessoas acham que elas têm um destes três subtipos que domina seus comportamentos, outro que é secundário e mais próximo ou mais distante do primeiro, e um terceiro que é um fator bem menor. Então, de acordo com qual subtipo domina, e com qual dos outros dois vem em segundo, podemos identificar 54 subtipos, assim como haverá, por exemplo, uma pessoa Autopreservação dominante que tem o instinto Social em segundo lugar e um outro subtipo Autopreservação dominante que tem o instinto Um-a-Um como sua segunda influência – e assim por diante para o restante dos subtipos. Usar os insights de subtipos para o crescimento pessoal: há muitas maneiras pelas quais o conhecimento do próprio subtipo pode apoiar esforços de autoanálise e autodesenvolvimento. Os subtipos fornecem descrições mais especificas das 27 subcategorias no processo de identificar seu tipo correto. As diferentes descrições de subtipos acentuam dados mais específicos sobre como as personalidades funcionam e o que as pessoas com necessidades neuróticas relacionadas a subtipos podem fazer para percorrer seus caminhos únicos de conversão do Vício em Virtude. Cada subtipo tem suas próprias sub-tarefas relacionadas a se tornar mais consciente da atividade da paixão (o Vício) e a mover-se na direção de incorporar o seu oposto (a Virtude). O comportamento dirigido pelo Instinto + Paixão normalmente opera em um nível subconsciente, mostrando-se como o mais automático e menos consciente dos padrões de personalidade. Reconhecer e observar o comportamento relacionado ao subtipo permite-nos nos tornarmos mais conscientes de uma camada importante da operação da personalidade e, portanto, nos dá uma maior capacidade de acessar e mudar hábitos problemáticos que podem permanecer fixados e menos disponíveis para a mudança consciente.
  • 4. SUBTIPOS DO TIPO UM A paixão do Tipo Um é a Ira. Na personalidade do Tipo Um, a paixão da Ira e suas versões reprimidas (ansiedade, ressentimento e irritação) alimenta uma busca por perfeição, conforme a Ira busca soluções no aprimoramento e na virtude. Em cada um dos três subtipos do Tipo Um, a Ira é canalizada por diferentes motivações relacionadas a tentar transformar as coisas em perfeitas – seja o ambiente, o ‘eu’ ou outras pessoas. Os Uns Autopreservação são perfeccionistas e continuamente tentam transformar a eles mesmos e as coisas que eles fazem em mais perfeitas, os Uns Sociais são perfeitos, no sentido em que eles acreditam saber a ‘forma correta de ser’ e modelam isto para outras pessoas, e os Sexuais tem uma necessidade de reformar e aperfeiçoar os outros. TIPO UM – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – PREOCUPAÇÃO  O Um Autopreservação é o melhor exemplo acabado do verdadeiro perfeccionista. Estes indivíduos são os mais ativamente perfeccionistas dos três subtipos do Um.  Neste tipo, a raiva é mais reprimida. O mecanismo da formação reativa opera ao transformar o calor da ira em calidez. O resultado exterior é uma pessoa excessivamente gentil, decente e respeitosa. Na busca de auto aperfeiçoamento, os Uns Autopreservação acreditam que é ruim ser bravo e então transformam tolerância em virtude, assim como o perdão e a doçura, sempre que possível.  Subliminarmente, os Uns Autopreservação são muito bravos, mas eles controlam muito isto. Eles podem esconder a raiva debaixo de uma benevolência amigável. Sob pressão, entretanto a raiva deste Um pode vazar como irritação, ressentimento, ou ao achar-se o correto e o que tem razão.  O Um Autopreservação tende a se preocupar muito e a se sentir muito ansioso. Um senso excessivo de responsabilidade (normalmente experimentado muito cedo na vida) toma a forma de uma paixão por se preocupar e se inquietar.  Os Uns Autopreservação frequentemente têm uma história na qual as suas famílias foram caóticas e eles tiveram que garantir a estabilidade. Frequentemente, são os mais responsáveis na família, sendo que mesmo como crianças eles podem ter se sentido mais responsáveis até do que seus pais.  Por causa desta história, o Um Autopreservação tem um medo de sobrevivência que cria uma necessidade de ter tanto quanto possível sob controle – existe uma necessidade de antever, uma preocupação com o que acontecerá a seguir e uma necessidade de exercer controle sobre tudo no seu ambiente.  Os Uns Autopreservação não se veem como perfeitos ou como sempre fazendo a coisa certa. Ao contrário, eles tendem a acreditar que são muito imperfeitos e então precisam trabalhar duro para se aperfeiçoarem. O crítico interno enfoca principalmente a própria ação e como eles próprios podem ser melhores.  O Um Autopreservação pode ser parecer com um Tipo Seis, por que essa pessoa tem muita ansiedade e medo. Um fator chave de distinção entre Uns e Seis é que os Uns se sentem confiantes sobre os padrões de perfeição que eles adotam, enquanto o pensamento do Seis é caracterizado mais por padrões de pensamento contrário, questionamento e dúvida.  Ao trabalharem em si mesmo, Uns Autopreservação podem crescer na direção da virtude da Serenidade ao tentarem ser menos duros consigo mesmos, ao relaxarem as
  • 5. cobranças do crítico interno e suas exigências por perfeição e ao dedicarem mais tempo ao prazer e a diversão. TIPO UM – SUBTIPO SOCIAL – INADAPTABILIDADE OU RIGIDEZ  O Um Social não é tão perfeccionista quando o Um Autopreservação. Ao contrário, o Um Social foca mais em ser perfeito.  No tipo Social, a raiva está semiescondida. Este é um tipo mais intelectual, no qual a característica principal é o controle. Nesta personalidade, há uma transformação do calor da raiva em frieza. Então, esta tende a ser uma pessoa mais fria – uma personalidade mais crítica e severa que sabe o que e como deve ser feito.  Os Uns Sociais reprimem as emoções desde a infância – eles são boas crianças que não causam problemas. Entretanto, a raiva do Um Social não é completamente reprimida, por que há um equivalente da raiva na paixão por ser o dono da verdade. Há uma paixão por estar certo e mostrar que os outros estão errados.  O Um Social tipicamente sente uma necessidade de saber e de demonstrar a forma certa de se fazer as coisas. Este subtipo sente uma necessidade instintiva de modelar a forma correta de ser para os outros, ensinando pelo exemplo como as coisas devem ser feitas.  Este Um tem uma certa mentalidade de professor de escola e mostra uma perspectiva generalizadora, como ao dizer: ‘o que eu faço é certo – meu jeito é o certo’.  O nome Inadaptabilidade ou Rigidez, refere-se a tendência destes Uns a aderirem fortemente ao que eles veem como ‘a forma certa de ser’, mesmo que outros sejam diferentes.  O Um Social age como se dissesse: ‘assim é como isto é’ e ‘eu vou te dizer como isto deveria ser’. Este Um tem uma necessidade (frequentemente inconsciente) de fazer com que os outros estejam errados para ter algum poder sobre eles.  Uns Sociais pode ser parecer um pouco com os Cincos – eles estão separados da multidão porque se veem como perfeitos e podem aparentar superioridade. Paradoxalmente para um tipo ‘social’, eles nunca se sentem completamente confortáveis em grupos; eles tendem a se sentir alienados.  Ao trabalharem em si mesmos, os Uns Sociais podem se mover na direção da virtude da Serenidade ao observar e afrouxar a necessidade de modelar a forma certa para os outros, transformando em consciente qualquer necessidade inconsciente de superioridade, observando e relaxando a necessidade de ser o dono da ‘forma certa’, usando humor regularmente ao se comunicar, como forma de ser menos sisudo e abrindo-se a aprender com as outras pessoas a se adaptar a elas. TIPO UM – SUBTIPO SEXUAL – FERVOR – CONTRATIPO  Os tipos Uns do subtipo Sexual são mais reformadores do que perfeccionistas. Eles têm uma necessidade de aperfeiçoar os outros, mas não focam muito neles mesmos serem perfeitos.  Este é o único Um que é explicitamente bravo. Uns Sexuais são impacientes, podem ser invasivos, buscam o que querem e tem uma sensação de terem mais direito sobre as coisas.
  • 6.  Este perfil se sente tendo direitos no sentido de possuir a mentalidade de um reformista ou de um fanático – alguém que sabe como viver ou fazer coisas melhor e então se sente no direito de impor sua vontade sobre os outros, dizendo a eles como devem viver. Esta abordagem pode ser racionalizada (e transformada em virtuosa) através da retórica da sua aderência a um código moral superior ou chamado.  De acordo com Naranjo, o nome que Ichazo deu a este subtipo foi ‘fervor’, nome que descreve uma intensidade especial ou desejo. Para este subtipo, ‘fervor’ tem duplo significado: uma intensidade e excitação ao buscar o objeto do seu desejo (‘cio’) e uma paixão por fazer as coisas de forma fervorosa, com cuidado e dedicação.  Uns do subtipo Sexual tem uma intensidade de desejo abastecida pela raiva que os motiva a querer aprimorar os outros – deixar as coisas, pessoas e a sociedade mais do jeito que eles acham que deveria ser. Isto pode ser expresso como um senso de excitação ou paixão sobre a forma como as coisas poderiam ser as pessoas pudessem reformar seus comportamentos.  No Um Sexual, a raiva potencializa o desejo – a raiva infunde os desejos dessa pessoa por uma intensidade especial e a pessoa sente assim: ‘eu tenho que ter isto’ ou ‘eu tenho que fazer isto’. Este subtipo tende a se sentir como tendo um direito a ter e fazer o que querem por que ele se sente tendo um entendimento superior da verdade e das razões por detrás da ação certa. A raiva é assertividade excessiva por detrás dos gestos quando diz ‘eu fico com isto’ e ‘eu tiro isto de você’ ou ‘eu te digo o que fazer’ é apoiado por um senso de dever, o senso de ser nobre ou superior.  Uns Sexuais podem ter uma atitude do tipo ‘por que eu não posso?’ em relação ao atendimento de suas necessidades. Por isso, este tipo é o contratipo dos subtipos do Um. Enquanto os outros dos Uns são ‘anti-institucionais’, no sentido de eles reprimirem seus desejos e acham que quem fica bravo está tendo um mal comportamento, este Um Sexual, vai contra tudo isso e coloca seus impulsos, desejos e raiva mais para fora.  O Um Sexual pode ser parecer com o Tipo Oito, por estarem mais prontos para expressar raiva do que os outros dois Uns e podem ser enérgicos ao buscarem o que querem e tentando exercer controle sobre como os outros fazem as coisas. Entretanto, enquanto o Tipo Oito é menos social, os Uns são mais sociais.  Ao trabalharem em si mesmos, o Um Sexual pode se mover na direção da virtude da Serenidade ao observar como o interesse pessoal pode estar associado negativamente a uma ‘missão superior’ ou fervor para aperfeiçoar os outros, canalizando a raiva de formas mais conscientes, permitindo outros sentimentos, incluindo a dor, e relaxando a necessidade de reformar os outros ao explorar razões mais profundas por detrás dos esforços para reformar.
  • 7. SUBTIPOS DO TIPO DOIS A paixão do Tipo Dois é o Orgulho. O orgulho se manifesta na personalidade Dois através de uma necessidade de seduzir os outros, na tentativa estratégica de atender as próprias necessidade que são rejeitadas como parte da postura orgulhosa. Os três subtipos do Dois representam três ângulos diferentes da necessidade implícita de seduzir. O Dois Autopreservação seduz como uma criança ao ser charmoso, brincalhão e fofo; o Dois Social seduz grupos através do poder e competência; e o Dois Sexual emprega um modo mais clássico de sedução, por meio de ser atraente e adulador, seduzindo indivíduos específicos ao atender suas necessidades e desejos. A paixão do orgulho, portanto, se canaliza de três diferentes formas ou tentativas de atender as necessidades: indiretamente, por meio da proteção dos outros e gentileza; ganhando admiração e respeito, por meio do conhecimento e das habilidades; ou ao criar uma imagem agradável, adaptando-se a pessoas específicas. TIPO DOIS – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – EU PRIMEIRO/PRIVILÉGIO  Os Dois Autopreservação se mostram fofos, brincalhões e agradáveis. Eles jogam charme para as pessoas ao redor deles para conseguir o que querem, sem precisar pedir por isso. Este padrão expressa uma necessidade inconsciente de que tomem conta dele e de serem amados.  O Dois Autopreservação é o contratipo do Dois. É mais difícil ver o orgulho neste tipo. Ao contrário de sempre se mover na direção dos outros, este Dois é mais ambivalente sobre conectar-se e fazer pelos outros e também parece mais fechado e cauteloso.  O nome ‘Eu Primeiro/Privilégio’ refere-se a ideia de ‘eu sou doce e agradável – e sou único – e, portanto, sou o mais importante’. Inconscientemente, este subtipo declara um tipo de prioridade infantil ao querer que outras pessoas atendam aos seus desejos. A criança quer ser amada não por fazer pelos outros, mas apenas por quem elas são. Estes Dois não querem precisar fazer ou ajudar ou provar sua importância para serem de fato importantes, mas eles darão compulsivamente por causa do medo relativo a sobrevivência.  Este Dois é mais medroso, sente-se mais sobrecarregado quando doa ou ajuda os outros e experimenta mais dificuldade ao confiar nas pessoas do que os outros Dois.  O padrão do Dois Autopreservação faz com que esta pessoa inconscientemente assuma a posição do caçula da família, como se dissesse: ‘eu devo ser visto como o centro aqui, porque eu sou eu’. Uma criança, com razão, espera ter privilégios, porque eles vêm junto com a infância. Então, o Dois Autopreservação retém um tipo de simpatia jovial como jogo de charme para ganhar tratamento especial muito além da fase da infância.  O comportamento desta pessoa pode parecer imaturo. Se, por um lado, ele pode não querer ver isto nele próprio, ele pode ficar birrado, emburrado ou se retirar quando está insatisfeito. Neste Dois ‘jovial’, o que mais fica visível é auto importância, a irresponsabilidade, o humor, o lado brincalhão, a hipersensibilidade e o charme.
  • 8.  Por causa desta postura, a liberdade pode se tornar um problema para estes Dois. O Dois Autopreservação se sente menos livre por que as pessoas mais jovens, em contraste com os adultos, são menos livres.  A dependência pode ficar proeminente, embora ainda fortemente inconsciente. Estes Dois, como outros Dois, consideram-se independentes e não se sentem confortáveis ao precisar de outras pessoas. Eles podem ativamente resistir a serem ajudados, e ainda assim pode haver um ponto cego relativo a manter dependência dos outros.  Os Dois Autopreservação se parecem com os Seis Autopreservação, porque eles têm mais medo e ambivalência sobre relacionamentos. Mas, para os Seis, a ênfase está num medo mais generalizado, enquanto o medo destes Dois se manifesta principalmente nos relacionamentos. Estes Dois também se parecem com Quatros. Eles expressam mais sentimentalismo e carência de amor, mas eles reprimem sentimentos e focam nos outros mais do que os Quatros.  Ao trabalharem sobre si mesmos, os Dois Autopreservação se aproximam da virtude da Humildade ao transformar a dependência, os sentimentos e as necessidades mais conscientes; observando, reconhecendo e trabalhando o medo e a ambivalência nos relacionamentos; reconhecendo como eles resistem a crescer e se tornarem responsáveis por eles próprios e notando como o orgulho e a falta de confiança mantém as defesas armadas e previnem o engajamento real e a intimidade. TIPO DOIS – SUBTIPO SOCIAL – AMBIÇÃO  O Dois Social é um sedutor de ambientes e grupos. Este Dois faz mais o perfil de um líder, frequentemente uma pessoa poderosa – o dono da empresa ou a pessoa que manda.  Este Dois é subtipo mais visivelmente orgulhoso, por que esta pessoa é ambiciosa, conhece as pessoas certas, faz coisas importantes, sobe a uma posição de liderança e é frequentemente admirado por suas conquistas.  O orgulho do Dois Social se manifesta ao cultivar a imagem de ser uma pessoa influente, altamente inteligente e supercompetente. O orgulho também se expressa como um senso de satisfação na conquista de uma plateia. Os Dois Sociais podem ser viciados em trabalho, com uma tendência a certa onipotência.  Uma pessoa com este subtipo tem uma paixão por se destacar e ser superior, para ter influência e vantagens. Em alguma medida, eles operam a partir da ideia de que ter superioridade é a recompensa em si. A necessidade deles por superioridade também pode ser expressa por meio de competição, uma necessidade de glória e uma indiferença (frequentemente inconsciente) as emoções dos outros.  O Dois Social precisa ser alguém. Esta é uma pessoa que quer ser importante para alimentar o orgulho, mais do que ter alguém apaixonado por ela, que a estratégia do Dois Sexual.  O Dois Social é o que mais ‘dá para receber’ – este Dois sempre tem um ângulo estratégico e um plano para conseguir algo quando dá (ou quando parece dar) – apesar de que isto frequentemente opera em um nível inconsciente. Eles também expressam um grande desejo de adotar o papel de protetor.
  • 9.  O Dois Social é o Dois mais civilizado e ‘adulto’, em contraste com o Autopreservação, que é mais infantil e com o Dois Sexual, que é mais voluptuoso, flexível e selvagem. Este Dois pode ter uma cara social, com a qual se mostram cálidos, relacionais e magnânimos, mas podem ter também um lado privado, caracterizado por um desejo de ser reverenciado e um foco em atingir o poder e o seu próprio sucesso individual.  O Dois Social pode lembrar um Tipo Oito ou um Tipo Três, por trabalharem duro, realizarem muito, podendo ser territoriais, negar emoções relacionadas a vulnerabilidade e frequentemente atingir uma posição de poder ou alto status.  Ao trabalharem em si mesmos, os Dois Sociais vão na direção da virtude da Humildade ao reconhecerem e observarem como a necessidade de poder opera para distraí-los dos sentimentos e necessidade mais profundas, tornando-se mais conscientes da doação estratégica, aprendendo a receber tanto quanto dão e permitindo maior autenticidade, vulnerabilidade e igualdade nos relacionamentos com os outros. TIPO DOIS – SEXUAL – AGRESSIVO SEDUTOR  O Dois Sexual é um sedutor de indivíduos, com uma necessidade de seduzir pessoas específicas, abastecida por uma necessidade orgulhosa de ser desejado pelos outros. Este Dois se sente impulsionado a inspirar afeição ou atração na outra pessoa, de tal maneira que ela atenda às necessidades e desejos do Dois.  O orgulho não é tão facilmente reconhecido como tal neste Dois por que ele é frequentemente satisfeito pela pessoa amada. De maneira semelhante ao Quatro Sexual, a estratégia do Dois Sexual implica ser muito atraente e um pouco menos envergonhado de ter necessidades. Este padrão reflete um senso orgulhoso de que os outros desejarão atender as necessidades do Dois, porque ele ou ela é muito interessante.  O propósito por detrás da sedução dos Dois Sexuais é que esta é uma forma de solucionar qualquer problema ou atender qualquer necessidade na vida – ela resolve o dilema de ter necessidades, mas não desejar expressá-las, por ter uma ligação forte com alguém que dará qualquer coisa a eles.  A sedução clássica é o traço principal do Dois Sexual. Esta sedução ocorrer por meio da expressão do sentimento como uma maneira de conquistar alianças ou inflamar o desejo do outro. O nome ‘Agressivo/Sedutor’ sugere uma associação com o arquétipo de um vampiro. É alguém irresistível, alguém muito bonito, mas alguém com uma beleza perigosa. É uma beleza que necessita exercer poder sobre você e pode terminar por consumir o seu admirador.  O arquétipo do Dois Sexual é similar a ‘Femme Fatale’ francesa. Como Helena de Troia da literatura grega, o Dois Sexual se especializa em ser o arquétipo da pessoa pela qual as guerras são guerreadas – a amante que pode inspirar grandes paixões.  Tipicamente, a vida do Dois Sexual é uma vida de se apaixonar intensamente, ter casos românticos extraordinários e depois sofrer muito quando a relação chega ao fim.  Este é um Dois generoso, flexível e que continua acreditando no amor apesar do sofrimento passado, além de ser orientado a ação. Em contraste com o Dois Autopreservação, ele não teme cortejar ou paquerar o outro de maneira ativa ou agressiva. A sexualidade é usada como uma força de conquista. Este subtipo é uma
  • 10. força da natureza, um redemoinho emocional que ser orgulha de ser excepcional para o seu parceiro.  O Dois Sexual busca mais relações um-a-um do que o autopreservação e o social. A energia deste Dois é como a de um ‘duplo Dois’, porque o instinto Sexual amplifica o movimento natural na direção dos outros.  Ao trabalharem sobre si mesmos, os Dois Sexuais podem mover-se na direção da Humildade por meio do desenvolvimento de aspectos do seu eu real separado da necessidade de seduzir ou adaptar-se aos outros, achando várias maneiras de atender suas necessidades e mais conscientemente gerenciar suas conexões de energia (dar e receber, conter energia sedutora, manter barreiras) com os outros.
  • 11. SUBTIPOS DO TIPO TRES A paixão do Tipo Três é a Vaidade e a fixação mental é o Autoengano. Os três subtipos de Três mostram-se como tipos muito distintos entre si. Cada um expressa vaidade por meio da necessidade de atingir e manter uma imagem bem-sucedida, mas isto se manifesta em três maneiras. O Três Autopreservação é um viciado em trabalho ou ‘workaholic’ eficaz e autossuficiente, a serviço da segurança, que por sua vez se opõe a Vaidade de tentar ser bom. O Três Social expressa Vaidade ao desejar ser reconhecido no palco social ao criar, alavancar e vender uma imagem requintada. E, o Três Sexual é uma pessoa carismática que busca satisfazer o outro e que expressa Vaidade ao se tornar atraente, ao apoiar outras pessoas e ao alcançar êxitos por meio delas. TIPO TRES – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – SEGURANÇA  O Três Autopreservação é o contratipo do Três. Apesar da paixão dos Três ser a Vaidade, esta é uma pessoa que tem vaidade de não ter vaidade. Este Três, como os demais Três, quer que os outros o vejam como atraente e bem- sucedido, mas eles não querem que ninguém saiba que ele quer isto e, então, ele não promove ativamente suas qualidades positivas.  O Três Autopreservação é determinado ao tentar ser uma boa pessoa, a seguir o modelo perfeito de como uma pessoa deveria ser: a boa mãe ou pai, o bom trabalhador, a boa esposa ou marido, etc.  Ser uma pessoa que se esforça para ser o modelo perfeito de qualidade implica virtude e virtude implica não ter vaidade. Existe aqui uma necessidade de não apenas ser bom, mas de ser visto como bom. Estas são pessoas que querem ser tão perfeitas que não faz parte do código de honra delas permitir a vaidade.  Em termos do hábito mental do autoengano, este tipo é anti-engano, no sentido de que ele tenta falar a verdade. O autoengano do Três vem em um nível mais inconsciente, quando precisa saber qual a sua motivação mais verdadeira, já que os Três frequentemente se confundem sobre suas razões baseadas em imagem para fazer as coisas versus seus reais sentimentos e convicções.  O nome tradicional do subtipo Autopreservação é ‘segurança‘, o que tem a ver com autonomia, com saber como tomar conta de si mesmo. O Três Autopreservação confia mais nele mesmo e é autossuficiente.  Ele se sente responsável por tudo. Esta pessoa é alguém que pode não ter tido proteção suficiente durante a infância e então aprendeu a ser um ‘fazedor’. Estes Três são ativos e eficazes ao tomar conta deles mesmos.  Para apoiar a segurança, eles têm um foco grande em eficácia e uma forte tendência a ser viciado em trabalho – seja financeira, seja emocional, eles buscam segurança na aprovação e no sentido da vida. Eles podem parecer tranquilos do lado de fora, enquanto podem ser ansiosos por dentro e podem entrar em pânico quando precisam da ajuda ou quando perdem autonomia, mas eles não revelam este estresse interno as outras pessoas.
  • 12.  Apesar deles trabalharem duro para criar e manter relações, eles também podem ter dificuldade em estabelecer conexões mais profundas – quando eles fazem conexões, elas podem ser superficiais.  Por causa do foco na bondade, ética e autossuficiência, estes Três podem frequentemente parecer como Uns, exceto que a imagem deles de serem perfeitos é mais externa – fazer as coisas certas formalmente (conforme julgado pelo consenso social), ao invés do ‘certo’ de acordo com um padrão interno do que é ideal. O Três Autopreservação também se assemelha ao Seis, no sentido de que pode se preocupar com segurança e ser medroso e ansioso por detrás de sua calma aparente exterior.  Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da virtude da Esperança e da Ideia Santa da Veracidade ao diminuir o ritmo e abrir espaço a experiência e a expressão dos sentimentos verdadeiros. Eles também se beneficiam ao achar segurança nas conexões com os outro, ao invés de ficarem sozinhos e trabalharem tão duramente para serem autônomos. Ajuda se eles puderem notar quando criam racionalizações ao não abrir espaço as emoções e as necessidades relacionais mais profundas. TIPO TRES – SUBTIPO SOCIAL– PRESTÍGIO  O Três Social tem um desejo de ser visto e de ter influência com as pessoas. Este Três age com vaidade, por meio do desejo de brilhar aos olhos do mundo inteiro: Três Sociais gostam de palco.  Este é o Três mais conhecido, o “ mais Três” de todos os Três. Este subtipo é o mais vaidoso dos Três e o maior dos camaleões.  O nome deste subtipo é Prestígio, o qual reflete a ideia de necessitar da admiração e do aplauso de todos. Este Três, mais do que os outros dois subtipos, gosta e precisa ser reconhecido e admirado, e então tende a estar mais em evidência e sob holofotes.  Três Sociais são socialmente brilhantes – eles sabem como falar com as pessoas e como galgar a escada social. Três Sociais sentem uma necessidade de enquadrar as palavras cuidadosamente para conseguir o benefício máximo, o qual é medido em termos da impressão correta causada aos outros, de conseguir o que querem e de atingir suas metas.  Três Sociais tem um talento altamente desenvolvido para construir imagens e ter uma habilidade forte de vender e fazer “marketing’ de si mesmos ou do produto que desejam promover. Estes Três parecem tão bons que existe quase um senso de que eles não tem nenhuma falha aparente. É difícil ver seus defeitos porque eles fazem um excelente trabalho ao criar a imagem certa.  O Três Social é muito preocupado em competir e vencer. Este é o mais competitivo e o mais agressivo dos Três.  Este Três tem uma mentalidade corporativa e uma paixão por fazer o trabalho da melhor forma possível – e especialmente em termos das aparências externas. Impulsionados por um desejo de sucesso social, eles pensam em termos do que é melhor para o grupo, especialmente em termos do que vende
  • 13. e do que parece bom. E, fazer o que funciona para o grupo pega bem para eles e melhora ainda mais a imagem do sucesso.  Três Sociais podem sentir ansiedade sobre serem superexpostos e vulneráveis. Eles podem sentir uma necessidade de manter as pessoas distantes, porque eles querem muito ser vistos como positivos e então sentem algum medo de que as pessoas podem ver por detrás das suas imagens. E, dado que eles valorizam tanto a impressão que causam, críticas podem ser devastadoras a eles, mas você não saberá disso ao olhar para eles, pois eles não mostram isso.  Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da Esperança ao reconhecer e observar a diferença entre suas imagens e seus eu reais (especialmente conforme refletido por meio dos sentimentos reais). Eles também podem se beneficiar ao aprender que suas imagens não é superior ou mais digna de amor do que seus eus reais (mas pode ser menos digna). Além disso, ajuda quando, de maneira auto-compassiva, fazem uso consciente de reveses, fracassos e experimentam vulnerabilidade para ampliar o sentido de quem verdadeiramente são. TIPO TRES – SUBTIPO UM-A-UM – MASCULINIDADE/FEMINILIDADE  A vitória ou meta que o subtipo Um-a-Um está interessado (o que expressa a vaidade deste Três) é a do sex-appeal e da beleza, mais do que o dinheiro ou prestígio – mas este Três é tão competitivo ao perseguir esta meta quanto um executivo em temas de trabalho.  O Três Um-a-Um é doce e tímido e não tão extrovertido quanto o Três Social – especialmente quando se trata de falar deles mesmos. É mais difícil para eles falarem deles mesmos e então eles frequentemente colocam o foco nos outros que eles querem apoiar.  Os Três Um-a-Um buscam satisfazer os outros e então eles podem se parecer como Dois: Este Três tende a adquirir sucesso ao apoiar alguém, gastando muita energia para promover outras pessoas. O Três Um-a-Um podem ser muito ambiciosos e trabalhadores, mas sempre para que outra pessoa fique bem na foto. Então, neste Três, a vaidade não é negada (como para o Três Autopreservação) ou reconhecida (como para o Três Social), mas fica mais ou menos no meio, sendo empregada a serviço de criar uma imagem atrativa e de promover outras pessoas especiais.  Frequentemente, os Três Um-a-Um não parecem ser Três, porque eles não são tão focados no próprio status e conquistas: são mais preocupados em serem atraentes e em apoiarem os outros – é suficiente para eles serem bonitos, eles não precisam realizar muito para obter amor. Agradar os outros é o que traz aprovação ou amor, sem ter que se tornar realizadores convencionais.  Três Um-a-Um tendem a buscar agradar os outros, no sentido de ter uma mentalidade de família ou equipe. Eles podem enfocar mais aquilo que é bom para a família ou time e projetar a imagem de alguém que é bom nisso. Relacionado a este padrão, eles temem a separação e o abandono.  Em contraste com o Três Autopreservação, o Três Sexual é mais focado em ser bom num sentido diferente da palavra, mais em termos de atração sexual ou pessoal ou o charme masculino ou feminino, mais do que padrões sociais. E,
  • 14. isto reflete uma sede por amor que pode se manifestar em fantasias de achar o “parceiro ideal”. Apesar de poderem ser muito atraentes, eles tendem a ter baixa autoestima.  Este subtipo do Três não usa o tipo de máscara social que o Três Social usa. O Três Um-a-Um é o mais emocional dos Três. E, ainda assim, este Três frequentemente experimenta um sentido de vazio ou desconexão deles mesmos e dos outros. Eles também têm uma profunda tristeza.  Este Três pode parecer um Dois ou um Sete. Eles podem ser confundidos com Setes ao serem positivos e entusiasmados.  Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da Esperança ao observarem o foco em agradar outros e querer ser vistos como atraentes e relaxar estes hábitos para abrir mais espaço para desenvolver sua própria identidade e uma conexão mais forte às suas necessidades e sentimentos. Além disso, compartilhar sentimentos conscientemente com outras pessoas pode ajuda-los a se relacionar de maneira autêntica.
  • 15. SUBTIPOS DO TIPO QUATRO A paixão do Tipo Quatro é a Inveja. O contraste entre os três tipos de Quatros é talvez o maior de todos os nove tipos. Todos os Quatros têm alguma coisa relacionada ao sofrimento (relacionado a Inveja) que é exagerado, mas isto é diferente para cada um dos subtipos. O sofrimento do Quatro cresce do hábito de comparar-se com outros e sentir-se invejoso. Quatros Sociais sofrem, Quatros Autopreservação são sofredores de longo prazo e Quatros Sexuais fazem os outros sofrerem. Ao mesmo tempo em que o Quatro Autopreservação internaliza e em alguma medida nega um sendo de sofrimento, o Quatro Social vive nele excessivamente e o guarda na manga e o Quatro Sexual projeta-o em outras pessoas, para esvaziar um sentido doloroso de falta e inferioridade. TIPO QUATRO – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CONTRATIPO – TENACIDADE  Este é o contratipo dos subtipos do Quatro. A Inveja é o menos aparente no Quatro Autopreservação. Apesar deste Quatro experimentar inveja como os outros Quatros, ele expressa inveja e sofre menos do que os outros dois. Ao invés de ser alguém que tem uma necessidade de sofrer, esta é uma pessoa que sofre longamente, uma pessoa que aprendeu a sentir dor sem transparecer ou fazer careta. Eles têm a tendência de negar a inveja e a suportar sofrimento demais.  A inveja serve para motivar o Quatro Autopreservação a assumir o desafio de trabalhar duro para ter o que os outros têm que ele ou ela não tem. A inveja se manifesta como uma ação orientada às metas e como esforço. Ao mesmo tempo em que os outros dois subtipos de Quatro podem ser dramáticos, o Quatro Autopreservação é mais masoquista do que melodramático.  Esta não é uma pessoa que aparenta hipersensibilidade ou que comunica vergonha ou inveja, mas alguém que aprendeu a engoli-los. Ao passo que eles normalmente sentem estes sentimentos e podem ser sensíveis, eles não falam tanto sobre suas emoções – eles não compartilham tanto sua dor com os outros. Estes indivíduos são mais estoicos e fortes frente à dor.  Quatro Autopreservação Demandam de si mesmos. Há uma necessidade forte de aguentar, de forma que este subtipo desenvolve uma habilidade de ficar ou fazer sem. Eles se colocam em situações que são duras. Eles testam e desafiam a si mesmos. Eles também se auto-desmerecem.  Os dois outros subtipos do Quatro são sensíveis demais á frustação. Eles tanto sofrem demais como fazem com que você sofra demais (como compensação pelo sofrimento deles). Este Quatro é o contratipo porque este tipo vai ao outro extremo ao desenvolver uma alta capacidade de suportar a frustação. Eles transformam em virtude a resistência à frustração – sem usar a “reclamação” como forma de ganhar amor.  O Quatro Autopreservação tende a ser humanitário com uma disposição empática e nutridora, alguém que protesta pelo bem dos outros e é tipicamente sensível aos carentes, aos sem posse e às vítimas de injustiças.  Assim como a forma agressiva do Tipo Quatro ( o Um-a-Um) se assemelha ao Tipo Dois na sua arrogância, este Quatro contra-depende se assemelha a um
  • 16. Tipo Um, na sua maior autonomia e autodisciplina. Entretanto, o estilo Dois usa primariamente a referência externa, enquanto o Quatro é autorreferente. E, Quatros tendem a se sentirem mais emocionais mais frequentemente do que os Tipos Uns.  Este subtipo também pode parecer um Sete. Em alguns Quatro Autopreservação, há uma necessidade de ser leve. Isto é o que explica existirem alguns Quatros que não parecem ser tão melancólicos – Quatros mais alegres e tranquilos – ou de “boa”. Esta leveza também pode ser uma saída – uma fuga saudável da dor interior – refletindo uma necessidade de achar alguma leveza no meio do sofrimento internalizado e do estoicismo. (Estes “Quatros Autopreservação alegres” frequentemente têm o instinto sexual como segundo).  Ao trabalharem sobre si mesmos, Quatros Autopreservação podem mover-se na direção da Virtude da Equanimidade ao compartilharem e comunicarem seus sentimentos mais com os outros, permitindo maior leveza e diversão, vivendo mais a partir da fragilidade e pegando mais leves com eles próprios. TIPO QUATRO – SUBTIPO SOCIAL– VERGONHA  O Quatro Social parece emocionalmente sensível (ou excessivamente sensível), sente as coisas profundamente e sofre mais do que a maioria das pessoas. Esta é uma pessoa que expressa inveja por meio da lamentação excessiva e assumindo o papel de vítima.  A inveja aumenta um foco dos Quatros Sociais na vergonha e no sofrimento. Entretanto, o sofrimento é também o que faz deles únicos e especiais - há uma espécie de sedução por meio do sofrimento.  Para o Quatro Social, há um senso de conforto e de familiaridade no sofrimento. Eles tendem a racionalizar o sofrimento ao invés de fazer algo sobre ele, dependendo muito de obter satisfação por meio do alívio fornecido pelos outros.  Mas, o problema central do Quatro Social não é apenas o sofrimento, mas a inferioridade. Para este subtipo, há uma necessidade de auto-humilhação, auto-recriminação e auto-sabotagem – por voltar-se contra si mesmo, por auto-enfraquecer-se. É inveja como a expressa por meio de uma paixão por comparar-se com outros e acabar na última posição. Para outros, o extremismo da mentalidade e insistência de que “há algo errado comigo” pode ser surpreendente.  O Quatro Social é frequentemente tímido, não se sente livre para manifestar desejos e é envergonhado da sexualidade e da raiva. A raiva se converte em lágrimas e num senso de vitimação. Quatros Sociais tendem a sentir um senso forte de vergonha sobre seus desejos e necessidades e tem uma tendência a dramatizar a vida.  Há um contraste agudo entre o Quatro “louco” (o Um-a-Um) e o triste (Social); enquanto o Quatro Um-a-Um reclama e é explicitamente exigente, o Social é muito tímido para expressar desejos, exceto por meio de uma intensificação e mostra de sofrimento. O Quatro Social é a pessoa mais envergonhada, enquanto o Um-a-Um tende a não ter vergonha.
  • 17.  Outro contraste entre o Quatro Um-a-Um e o Social pode ser visto na área de competição. O Quatro Um-a-Um é competitivo, enquanto o Quatro Social está do outro lado do espectro, sendo fundamentalmente não competitivo. Entretanto, ele pode ser ferozmente competitivo de uma maneira menos consciente que nem sempre reconhecem – de uma maneira que é a mais escondida do que o Quatro Um-a-Um.  Quatro Sociais não competem com os outros tanto quanto se comparam, concluindo que a eles falta algo, quase se, ao se mostrarem carentes, eles podem atrair o que precisam dos outros.  Ao trabalharem em si mesmos, Quatro Sociais podem mover-se na direção da Virtude da Equanimidade ao reconhecer a inferioridade e ao atribuir-se atributos positivos. Isto os ajuda a relaxar autojulgamentos e percepções negativas e a apreciar o que é positivo na vida, ao invés de ficarem presos nas comparações invejosas e na vergonha. Eles necessitam entrar em ação ao invés de serem parados pelas emoções e aprender a ficar com raiva e expressar desejos e sentimentos diretamente, ao invés de seduzir por meio do sofrimento. TIPO QUATRO – SUBTIPO UM-A-UM – COMPETIÇÃO  Para o Quatro Um-a-Um, a motivação interna é a Inveja, mas na sua manifestação de competição. Então, ele não se sente tão invejoso quanto se sente competitivo (como forma de calar a dor associada à inveja). E, quando eles ficam com raiva, eles expressam raiva invejosa.  O Quatro Um-a-Um é mais assertivo e mais bravo que os outros subtipos. Estes Quatros podem ser bastante desbocados com a raiva. Para este Quatro, a expressão da raiva pode ser uma forma de defender-se contra sentimentos dolorosos: a dor se torna raiva, então ela não é mais experimentada como dor.  Quatros Um-a-Um fazem os outros sofrerem porque eles sentem que eles foram feitos para sofrer e, então, merecem alguma compensação. Suas relações com o sofrimento podem ser melhor entendidas como uma recusa em sofrer. Isso acaba expresso como uma insistência ativa das suas necessidades de serem validados e vistos.  Eles podem buscar ferir ou punir os outros como uma forma inconsciente de repudiar ou minimizar sua própria dor. Ao externalizar a dor, esta pessoa pode aliviar o senso de inferioridade.  Quatros Um-a-Um acreditam que é bom ser o melhor. Eles tendem a ter uma crença do tipo “tudo ou nada” voltada ao sucesso. A maioria das pessoas quer apresentar uma boa imagem aos outros, mas os Quatro Um-a-Um na verdade não se preocupam tanto com isto. Para eles, é melhor ser superior. E, para estarem em contato com seus fortes desejos pelas coisas, eles frequentemente escolham abandonar os esforços para serem gentis ou agradáveis, assim como a preocupação com a imagem.  Quatros Um-a-Um normalmente são arrogantes, apesar de também terem um senso generalizado de inferioridade e uma tendência indireta de se sentirem culpados. Frente à dor de se sentirem não compreendidos, uma atitude arrogante é adotada como uma compensação excessiva, de forma a serem
  • 18. reconhecidos. Eles gostam de ser parte do grupo “seleto e escolhido” e podem ser elitistas.  Mais desenvergonhados do que envergonhados, quando outros experimentam os Quatros Um-a-Um como exigentes, isto pode levar a um ciclo de rejeição e raiva, já que quando os Quatros Um-a-Um ficam bravos, o jeito exigente deles faz com que as pessoas os evitem ou os rejeitem, e eles ficam bravos com isto. A rejeição leva ao protesto e o protesto leva à rejeição.  Quando os Quatro Um-a-Um querem o amor de alguém eles dizem “ me dê esse amor” ou eles se tornam extraordinários – especiais e atraentes e superiores – para atraírem esse amor. Quatros Um-a-Um podem ser muito atraentes, pessoas intensas – então pode ser excitante estar numa relação com eles. Eles gostam muito de intensidade, sem intensidade, tudo pode parecer chato e monótono. Pode ser difícil para eles manterem uma atitude amorosa, porque eles confundem doçura com falta de sinceridade.  Ao trabalharem em si mesmos, Quatros Um-a-Um podem mover-se na direção da Virtude da Equanimidade ao fortalecerem suas habilidades de ficar com o próprio sofrimento sem precisar externalizá-los ou projetá-los nos outros. Eles também podem crescer ao se permitirem contatar qualquer dor mais profunda por debaixo da raiva e realmente senti-la.
  • 19. SUBTIPOS DO TIPO CINCO A paixão do Tipo Cinco é a Avareza, no sentido de se sentir forçado a reter e se apegar ao pouco de tempo, energia e recursos que ele acredita possuir. Os três subtipos do Cinco são relativamente similares um ao outro – eles se parecem bem mais entre eles do que alguns dos subtipos de outros tipos. Todos os três Tipos Cinco expressam um senso diferente daquilo que enfocam para se sustentarem, dada a paixão da Avareza, e a tendência correspondente para minimizar suas necessidades e conexões com os outros. O Cinco Autopreservação age com Avareza por meio da construção e da manutenção de fronteiras, o Cinco Social por meio da aderência a ideais específicos relacionados a grupos e ideias e o Cinco Sexual por meio da busca do parceiro ideal em quem possa confiar e ao expressar ideais românticos. TIPO CINCO – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – CASTELO  O Cinco Autopreservação expressa Avareza ao ter uma paixão por ficar escondido ou por ter seu santuário. Para ele, há uma necessidade de ficar “encastelado”, capaz de se esconder por detrás de muralhas ou de ser protegido por elas.  De uma perspectiva psicológica (e frequentemente física0, Cincos Autopreservação constroem muros altos para proteger-se do mundo e das pessoas. Indivíduos com esse subtipo tipicamente necessitam ter tudo dentro dessas muralhas, para que eles sejam autossuficientes e não precisem aventurar-se nas perigosas imediações se eles não quiserem.  Esse Cinco necessita manter fronteiras reais e potenciais em relação aos outros, para prevenir qualquer ameaça de escassez ou esgotamento pelos quais ele possa vir a passar. Mas, mais importante, esta pessoa precisa ter controle sobre suas fronteiras para evitar perder controle sobre os recursos ou desperdiça-los, incluindo tempo e espaço pessoal.  O problema com esta postura, entretanto, ocorre quando ela tende ao extremo, pois viver em clausula não é de fato compatível com a satisfação de necessidades humanas básicas.  Normalmente, as pessoas têm alguma habilidade de dizer “eu quero isto” para expressar desejos e para colocar para o mundo aquilo que desejam. Este Cinco não consegue pedir e não consegue receber. Então, ele tem que conservar aquilo que consegue adquirir por conta própria. O Cinco Autopreservação limita suas necessidades e quereres porque todos os desejos podem abrir a porta para tornar-se dependente dos outros.  Cincos Autopreservação precisam saber que eles têm um lugar de segurança para evitar se sentirem perdidos no mundo. Há um sentimento de ter que se manter vigilante e uma dificuldade para expressar a raiva, A paixão por manter-se escondido também se manifesta ao manter atividades em segredo, para que suas ações não comprometam suas habilidades de manter-se vigilantes.  Esta necessidade por ocultar-se pode criar dificuldades com a expressão de si mesmo: este subtipo é o menos comunicativo dos três Cincos. O Cinco Autopreservação é o mais isolado dos Cincos e tem um lado natural de renúncia das necessidades e desejos, tentando virar-se com muito pouco. Este
  • 20. Cinco normalmente experimenta um senso de apego a objetos, lugares e aos poucos relacionamentos que possuem.  Por isso, o Cinco Autopreservação aprende a sobreviver intramuros. Isto aparece no trabalho de Kafka (um provável Cinco Autopreservação). Ele tem um Livro intitulado “ O) Castelo”, outro chamado “ O Mundo Prodigioso que tenho na Cabeça” e uma estória com o título “ Um Artista da Fome”, na qual o protagonista se torna um especialista em renúncias. Os Cinco Autopreservação preferem a resignação ao risco, pensando assim: “ não vale a pena arriscar- se”.  Ao trabalharem em si mesmos, os Cincos Autopreservação pode3m mover-se na direção da Virtude do Não Apego ao relaxar mais suas fronteiras e ao empreender esforços para se conectar com sentimentos (como a raiva), mesmo quando eles trouxerem medo ou desconforto; ao tentar ser mais aberto com os outros e de maneira mais frequente. E, também, ao notarem como crenças (potencialmente falsas) sobre a dificuldade de atender necessidades podem empobrecê-lo. TIPO CINCO – SUBTIPO SOCIAL - TOTEM  No Cinco Social, é como se a paixão da Avareza estivesse conectada ao conhecimento. Esta pessoa pode não pre3cisar muito de satisfações humanas (relacionamentos), porque a paixão por conhecimento compensa isto de alguma maneira. É como se ele tivesse a intuição de que é possível encontrar tudo por meio da mente. Necessidades (para pessoas, por sustento) desloca-se para uma sede por conhecimento.  O Cinco Social está mais tipicamente “ no mundo” do que os outros Cincos, no sentido de ser mais social e capaz de engajar-se do que os outros Cincos.  O nome “Totem” comunica a necessidade por ideais supremos. Estes Cincos não se relacionam com pessoas, eles se relacionam com valores representados por certas pessoas. Eles olham para cima, na direção de um ideal maior.  Para Cincos Sociais, a Avareza se manifesta por meio de uma busca mesquinha por ideais maiores que possam elevar a vida de alguém ao conferir sentido, por meio da conexão com algo especial. Eles sentem a necessidade do essencial, do sublime, ao invés do que está aqui e agora.  Cincos Sociais são admiradores – indivíduos que admiram outros que expressam esses ideais (em contraste com os Cincos Um-a-Um que são iconoclastas). Estes podem se esconder por detrás de uma pose de especialistas. Preferindo não sentir, eles tendem a acreditar que o intelecto é onipotente.  Cinco Sociais focam a busca do significado último na vida. Mas, nesta busca, eles tentam tanto a achar a quintessência da vida que se tornam desinteressados da vida cotidiana.  Na busca por significado, este subtipo do Cinco pode se tornar excessivamente espiritual ou idealista, de uma maneira que de fato pode ser oposta à verdadeira realização espiritual, porque ela pula a compaixão, a empatia e o nível prático de como as pessoas conectam uma com as outras na vida comum. Esta tendência é remanescente daquilo que às vezes é chamado de “ atalho
  • 21. espiritual”. Todos os tipos podem fazer contornos indevidos dos caminhos espirituais, mas este é o protótipo de alguém que impregna este método como estratégica de defesa.  A motivação deste Cinco para chegar ao extraordinário sublinha uma polaridade entre busca pelo extraordinário e a insignificância – como ao ter uma ideia de que as coisas são insignificantes, a não ser que o significado último seja encontrado. Para este Cinco, o comum e o simples não tem significado suficiente para satisfazer esta motivação. Como consequência, ele pode ser misterioso e inacessível.  Ao trabalharem em si mesmos, os Cincos Sociais podem esforçar-se na direção da Virtude do Não Apego ao ampliar o foco do conhecimento para as emoções e para as pessoas, reconhecendo quando eles começam a se relacionar com um ideal maior mais do que com os outros “humanos”, e ao compartilhar mais sobre eles mesmos com outras pessoas em ambientes sociais. Também pode ser benéfico ao Cinco Social notar quando ele começa a desvalorizar a vida do dia-a-dia e as experiências humanas mais simples, desmerecendo-as em favor dos ideais grandiosos que eles podem estar idealizando excessivamente, em um esforço defensivo para evitar a insignificância. TIPO CINCO – SUBTIPO UM-A-UM – (CONTRATIPO) – CONFIDÊNCIA  Neste subtipo a Avareza é expressa por meio de uma busca contínua de uma pessoa (ou pessoas) que poderão satisfazer a necessidade do Cinco Um-a-Um ter a experiência da união perfeita, a mais segura e satisfatória. Se de um lado os Cincos Social e Autopreservação são mais apartados das suas emoções, o Cinco Um-a-Um é intenso, romântico e mais emocionalmente sensível. Este Cinco sofre mais, lembra mais o Quatro e tem desejos mais explícitos.  Este é o contratipo entre os Cincos. Mas, isto pode não ficar totalmente visível ou óbvio do lado de fora – eles podem se parecer muito como outros Cincos, até que você toque seu lado romântico ou inspire seus sentimentos românticos.  Cincos Um-a-Um tendem a ser muito apaixonados por uma pessoa, às vezes uma pessoa que eles não conseguem encontrar. Tal como na busca pelo extraordinário do Cinco Social, o parceiro ideal no âmbito do amor é uma pessoa altamente especial. Eles buscam algo com a união mística suprema – uma experiência do divino na relação humana e podem ter fantasias utópicas sobre achar o amor incondicional. E, isto também pode acontecer por uma busca por um mestre espiritual.  A busca por uma pessoa altamente especial que incorpore o amor absoluto é tal que, se você for um candidato, pode sentir que este é um teste muito difícil de passar com nota alta. A confiança é um problema básico com este Cinco. Este subtipo tem tamanha necessidade de confiar no outro que esta necessidade de um grande amor não é facilmente satisfeita – e então podem existir muitas provas nos relacionamentos. É muito fácil para o Cinco Um-a-Um ficar desapontado se o outro não estiver muito aberto.  Cincos tendem a ser pessoas privadas, mas Cincos Um-a-Um têm uma grande necessidade de intimidade em determinadas circunstâncias - se eles se eles
  • 22. conseguirem achar uma pessoa que eles podem realmente confiar para amá-los, apesar dos seus defeitos. Este subtipo tem uma grande necessidade de ser completamente transparente um com o outro – eles precisam que seus parceiros sejam muito francos – e esse nível de confiança e intimidade não é fácil de encontrar.  O nome atribuído a este subtipo é Confidência – mas no sentido especial de confiar um no outro, olhando para esta pessoa que estará contigo “ na alegria e na tristeza, na saúde e na doença”, o parceiro a quem você pode confiar todos os seus segredos.  Este ideal de Confidência é um tipo de ideal que faz com que o Cinco Um-a-Um seja muito romântico lá no fundo; eles tem uma vida interior vibrante, a qual eles podem não revelar aos outros.  Há exemplos de artistas do Tipo Cinco Um-a-Um, como Chopin - o mais romântico dos compositores clássicos, que expressava emocionalidade extrema por meio das suas criações artísticas – mas que são desconectados dos outros no mundo do dia-a-dia, de diferentes maneiras.  Ao trabalharem em si mesmos, pessoas com este subtipo podem mover-se na direção da Virtude do Não-Apego ao notarem e relaxarem a tendência de impor altos padrões para os outros para evitar a intimidade; reconhecer quando testam os outros; e permitir-se sentir por dentro o medo, quando ele surge nas relações, e a expressão das emoções.
  • 23. SUBTIPOS DO TIPO SEIS A paixão do Tipo Seis é o Medo. Cada subtipo tem uma abordagem diferente de lidar com a ansiedade e a paixão do Medo. A variação entre os três subtipos é novamente particularmente visível no Tipo Seis. Estes três Seis têm diferentes temperaturas ou energias. O Seis Conservação é morno, o Seis Social é um pouco frio e o Seis Sexual é quente. No seu livro ‘Os Nove Tipos de Personalidades’ (do original em inglês chamado ‘Character and Neurosis’), Naranjo fala das três variações do Seis ao longo de todo o capítulo do Seis como se os subtipos fossem tão distintos que se torna difícil falar de apenas um Seis – ele se refere aos três tipos de Seis como o Seis ‘afetuoso’ (Autopreservação), o Seis obediente (Social) e o agressivo (Sexual). Os Seis Autopreservação lidam com o medo ao fazerem conexões com pessoas, os Seis Sociais enfrentam o medo ao consultar regras e pontos de referência e os Seis Sexuais dão conta do medo indo contra esse medo, a partir de uma posição de força. TIPO SEIS – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – AFETO  No Seis Autopreservação, a paixão do Medo se manifesta como insegurança, um medo de não estar protegido.  Este é o mais fóbico dos três subtipos do Seis – este é que se sente mais ativamente medroso.  Em um mundo que eles percebem como perigoso, os Seis Autopreservação buscam alianças e para fazer isto eles se esforçam para ser amigáveis, confiáveis e apoiadores – como se supõe que aliados sejam.  Estes Seis buscam escapar da ansiedade por meio da busca da segurança da proteção e então se tornam dependentes dos outros. Ao não confiarem suficientemente neles próprios, eles se sentem sozinhos e incapazes sem suporte externo. Os Seis Autopreservação querem sentir o aconchego da família em um lugar cálido e protegido que eles possam se sentir protegidos do perigo.  A necessidade premente é por algo como amizade ou afetividade, a qual faz com este subtipo seja o mais cálido dos Seis. Ser afetuoso é a forma de conseguir que as pessoas sejam amigáveis e não fiquem bravas, e então elas não serão atacadas. O tabu da agressão que resulta das necessidades dos Seis de depender dos outros os enfraquece frente a agressividade dos outros e contribui com a insegurança que sentem e com suas necessidades por suporte externo.  Ter medo da agressão de outras pessoas significa que eles não podem expressar sua própria agressividade. É preciso ser bom e para ser bom é preciso não ter raiva.  Há uma hesitação, indecisão e incerteza neste tipo. Ele faz muitas perguntas, mas não responde nenhuma delas. Ao se sentir tão em dúvida, o Seis Autopreservação desenvolve tolerância excessiva à ambiguidade e se torna uma pessoa ambígua. Este subtipo tem dificuldade de chegar a um senso de certeza e por isso não quer afirmar se algo de fato é ou não é ou se vai ou não vai. Os Seis Autopreservação veem as coisas mais em tom de cinza entre o preto e o branco, com dificuldade de tomar decisões, porque eles não podem dissipar o senso profundo de dúvida ou incerteza.
  • 24.  O subtipo Autopreservação do Seis pode se parecer um Tipo Dois – especialmente o Dois Autopreservação. Por fora, são percebidos como amorosos, mas são mentais por dentro.  Ao trabalharem em si mesmos, estes Seis podem mover-se na direção da Virtude da Coragem ao ficarem mais em contato com a raiva, ao confiarem mais em si mesmos, ao arriscarem mais para tomar decisões e ao identificarem e afirmarem suas opiniões e preferências, ao invés de serem vagos. Eles necessitam arriscar serem maus, ficarem com raiva e se tornarem confiantes. TIPO SEIS – SUBTIPO SOCIAL - DEVER  O Seis Sociais não tem nem a confiança em si mesmos (como o Seis Autopreservação) nem a confiança nos outros (como o Seis Um-a-Um). Eles lidam com a paixão do Medo e a ansiedade com ele relacionada por meio da intelectualização abstrata ou ideologia, como referências impessoais, procurando ter certeza das coisas ao confiarem excessivamente na razão, nas regras e no pensamento racional.  O nome aqui é Dever, não muito no sentido de que cumprem o dever, mas sim que se preocupam em saber qual é o dever deles – há uma preocupação com o modelo a seguir. Eles sentem uma necessidade de conhecer as regras e os pontos de referência – sabendo quais são as diretrizes, as políticas e quem são os mocinhos e os bandidos.  O Seis Social tipicamente representa uma mistura entre as expressões fóbica e contra-fóbica. Estes Seis tem um temperamento mais frio e preciso que o Seis Autopreservação. Ele se sente seguro ao ser claro sobre como uma pessoa deve se comportar.  O Seis Social mostra mais força que o Seis Autopreservação. Esta força maior tem a ver com ter mais certeza do que incerteza. Eles não toleram incertezas porque a incerteza se equivale à ansiedade.  O Seis Autopreservação é uma pessoa insegura - ele hesita porque não tem certeza. O Seis Social é alguém que, como defesa em relação à insegurança, desenvolve uma certeza excessiva. Uma pessoa que se torna certa das coisas pode – no externo -, se tornar um crente ou um fanático, alguém que se aferra a ideologias.  Em contraste ao Seis Autopreservação, os Seis Sociais amam a precisão e são intolerantes às ambiguidades. Eles veem as coisas mais como pretas ou como brancas e não como cinzas.  Os Seis Sociais (conscientemente ou inconscientemente) temem a desaprovação das autoridades e pensam que a forma de se sentirem seguros é fazer a coisa certa - e a forma de saber qual é a coisa certa é ter regras claras. Arquetipicamente, a aderência a diretrizes de qualquer que seja o sistema escolhido se torna uma autoridade substituta à autoridade original, de um genitor, normalmente o pai. Este Seis encontra segurança por meio de uma submissão total à autoridade e às regras (ou autoridade, na forma de regras).  O Seis Social se preocupa com a eficiência e tem um perfil um pouco legalista, de forma que se podem parecer com um Tipo Três. Ele também tende a ser
  • 25. autocrítico, intelectual e preciso, podendo, portanto, se confundir também com o Tipo Um. Este subtipo é preciso no sentido do personagem arquetípico alemão ou prussiano.  Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da Coragem ao aprenderem a agir mais com o instinto e a serem mais espontâneos. Eles precisam aprender a usar mais a intuição e menos o dever, a se dedicarem mais ao prazer do que a seguir regras e a esquecerem a ideologia e a racionalidade. Ajuda quando eles usam impulsos instintivos e emocionais para se tornarem mais livres, ao invés de contraírem seus instintos por causa do medo de cometer erros ou desagradar a autoridade. TIPO SEIS – SUBTIPO UM-A-UM – FORÇA/BELEZA  Este contratipo dos subtipos do Seis, o Seis Um-a-Um, é o mais contrafóbico dos Seis, aquele que se volta contra a paixão do Medo com força.  Seis Um-a-Um tem uma necessidade não apenas de força, mas também de intimidação. Eles têm um programa interno que dispara a defesa do ataque quando sente medo. E, de forma alinhada com esta postura, o Seis Um-a-Um pode se parecer feroz.  Esta pessoa vai contra o perigo, a partir de uma posição de força. Esta expressão intimidadora se torna o núcleo deste perfil: se ele(a) se parecer forte, então ele(a) não será atacado. A Ansiedade neste Seis fica aliviada com a habilidade e a prontidão frente ao ataque sofrido.  Esta não é apenas uma personalidade forte, mas também o tipo de força que faz com que os outros fiquem com medo – uma postura suficientemente poderosa para manter o inimigo à distância. Ela deseja ser forte em termos de habilidades físicas, resistência e a habilidade de sair ileso do perigo.  No contratipo Seis Um-a-Um, o perfil visível dificilmente poderia ser chamado de “medroso”. Estes indivíduos aprendem a defender-se frente às fantasias paranoicas por meio da intimidação, de tal forma que a agressividade e o medo passam a construir um círculo vicioso. Ele se convence (e aos outros) que eles não são vítimas do medo.  O Seis Um-a-Um tipicamente se movem muito contra o perigo (ou perigo percebido) e isto pode, às vezes, dar à eles a aparência de um louco ou louca, um rebelde doido, uma pessoa propensa ao risco, um viciado em adrenalina ou um causador de problemas. Eles tendem a não reconhecer seus lados agressivos e podem não se tornar conscientes deles ou da intensidade deles. E, eles expressam a agressividade e assertividade mais na área social do que na privada.  Em contraste com o Seis Autopreservação, que se afasta das ameaças, este Seis Um-a-Um tende a mover-se na direção de situações de riscos, com uma sensação de segurança ao realmente confrontar o perigo, mais do que se esconder ou evita-lo.  O Seis Um-a-Um pode se parecer com um Oito. Entretanto, em contraste com o Tipo Oito, que tende a não sentir medo, o Seis Um-a-Um é motivado por um medo de raiz, mesmo quando eles não sentem conscientemente. E, se por um
  • 26. lado os Oitos gostam de produzir ordem, os Seis Um-a-Um (pag. 28) gostam de romper a ordem e criar caos.  Ao trabalharem em si mesmos, eles podem mover-se na direção da Virtude da Coragem ao aprenderem a permitir-se estar desarmados e a serem mais vulneráveis. Para este subtipo, a coragem pode não parecer tão relevante, porque eles já parecem ser corajosos, mas a coragem deste Seis é a coragem de quem empunha uma arma. Então, eles precisam depor as armas, entrar mais em contato com o medo e notar como ser forte inibe o acesso aos seus sentimentos vulneráveis.
  • 27. SUBTIPOS DO TIPO SETE A paixão do Tipo Sete é a Gula. Cada um dos três Setes representa uma forma diferente de expressar a paixão da Gula. O Sete Autopreservação se sente seguro com uma busca gulosa do prazer, satisfazendo oportunidades, e com uma rede de aliados. O Sete Social expressa um tipo de anti-gula, colocando-se a serviço dos outros. E, o Sete Sexual canaliza a gula por meio de uma busca idealista da melhor das relações e melhores experiências que se possa imaginar. TIPO SETE – SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – DEFENSORES DO CASTELO  Setes Autopreservação são pessoas que expressam gula por meio da construção de alianças. Eles tipicamente colecionam ao seu redor uma espécie de rede de “família”, no sentido de se aquartelar e criar uma máfia do bem ou grupo partidário deles.  Há um elemento de interesse pessoal nas alianças formadas por um Sete Autopreservação que pode ser negado ou inconsciente para alguém deste subtipo.  Sete Autopreservação são muito práticos e bons ao obter aquilo que eles querem e ao conseguirem um acordo favorável: eles tendem a ser oportunistas, defenderem seus próprios interesses, serem pragmáticos, calculistas e muito bons em “networking”. Ter muitas relações próximas é algo que eles veem como um investimento - como acumular dinheiro no banco.  Esta é uma pessoa que reconhece prontamente as oportunidades para criar uma vantagem. Desta maneira, a gula se expressa como uma preocupação excessiva para conseguir fazer um bom negócio a cada oportunidade. Ela procura sempre manter o tino para os negócios e as negociações. Há poucas conversas que não levam a algum tipo de oportunidade de alguma maneira.  O Sete Autopreservação é animado, falante e simpático, com traços que lembra o estilo pessoal de um “playboy” hedonista. Ao ser amante do prazer, ele se torna uma companhia engraçada, mas também tende a se desconectar de suas emoções e pode ser que tentem contemplar seus próprios interesses às custas dos outros.  O Sete Autopreservação e o Sete Um-a-Um ocupam polos opostos do espectro de diferentes dimensões dessa personalidade. Há uma polaridade entre o idealismo exaltado do Sete Um-a-Um e a falta de idealismo do Sete Autopreservação e entre a característica de ingenuidade ou sugestionabilidade do Sete Um-a-Um e a desconfiança do subtipo Autopreservação.  Uma outra polaridade que existe entre estes dois subtipos é entre um ser demasiado sonhador ( o Um-a-Um) e outro ser “materialista” e pragmático ( o Autopreservação).  O traço dominante que se destaca no Sete Autopreservação é a combinação de ser ao mesmo tempo amante do prazer e defensor dos próprios interesses, em contraste com a fuga da concretude que se vê nos Sete Um-a-Um e o lado solidário dos Setes Sociais. Isto faz com que o Sete Autopreservação busque o prazer sensorial, seja mais terreno e menos idealista do que o Sete Um-a-Um.  Ao trabalharem em si mesmos, os Sete Autopreservação podem mover-se mais na direção da Virtude da Sobriedade, observando e assumindo suas
  • 28. motivações para atender seus próprios interesses, tendências oportunistas e notando como seus comportamentos egoístas e o hábito de minimizar sentimentos podem impactar as relações e as metas maiores. TIPO SETE – SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - SACRIFICIO  Setes Sociais representam um estilo de pureza que, como contratipos do Sete, expressam uma espécie de contra-gula. Eles são conscientes de não explorar os outros – é como se eles sentissem a tendência da gula e, ao contrário dela, decidissem se auto-definirem como anti-gula.  Se a gula é um desejo por mais, uma vontade de levar vantagem em tudo o que pode obter em uma situação, há um traço de exploração na gula. Mas, o subtipo Social, sendo o contratipo, quer ser puro, quer evitar ser excessivo ou excessivamente oportunista – quer ser bom – e, então, trabalha ativamente contra qualquer tendência que possa ter de explorar os outros.  Este subtipo expressa um tipo de ideal asceta, parecido com os Cincos. Eles transformam em virtude a capacidade de virar-se com menos para eles mesmos. Eles tipicamente dão mais aos outros e pegam menos para eles próprios, como forma de irem contra o desejo guloso por mais e em um esforço para provar sua bondade. A Gula fica, então, difícil de ser enxergada no Sete Social, porque ele se esforça para se esconder por detrás de um comportamento altruísta. Isto os purifica da culpa de sentir uma atração pelo prazer ou por tirar vantagem.  Sete Sociais assumem a responsabilidade pelo grupo ou família e, ao fazê-lo, expressam o sacrifício da gula pelo benefício dos outros, como um adiantamento do desejo pessoal por um ideal. Eles são entusiásticos, idealistas visionários que imaginam um mundo melhor, mais livre, mais saudável e mais pacífico.  O nome aqui é “ Sacrifício” e sacrifício significa uma vontade de estar a serviço. É um sacrifício da gula – um sacrifício relativo -, não o mesmo tipo de sacrifício de outros tipos de personalidade, como o Quatro ou o Dois. Há aqui um tabu relativo ao egoísmo.  Sete Sociais querem ser vistos como bons ao se sacrificarem – eles lutam para serem vistos como boas pessoas, conforme definido pelo consenso social. Se por um lado esse perfil é bom e puro, esta posição também tem recompensas egóicas: apreciação, reconhecimento, ter uma boa imagem, reduzir conflitos e criar débitos para os outros.  Há uma tendência generalizada neste subtipo Social de adotar o papel de ajudante, de estar a serviço e de estar preocupado em aliviar as dores alheias.  Por causa deste desejo de estar a serviço, Setes Sociais podem se parecer como Dois. Mas, os Dois focam nos outros, enquanto os Setes são mais autorreferentes e, portanto, tem uma experiência mais direta das suas próprias necessidades, apesar de sua inclinação para ajudar.  Ao trabalharem em si mesmos, as pessoas com este subtipo podem mover-se na direção da Virtude da Sobriedade, tornando suas reais motivações mais
  • 29. conscientes, quando estão sendo uteis aos outros e se tornando mais polaridade entre gula e “anti-gula”, enxergando como ela opera para mascarar um medo de sentimentos específicos. Também os ajuda quando param de de demonizar o egoísmo e quando notam o quanto evitam o conflito e entrar em contato com motivações que sejam sombras. TIPO SETE – SUBTIPO UM-A-UM - SUGESTIONABILIDADE  Indivíduos com este subtipo Um-a-Um do Sete têm gula pelas coisas de um modo superior e pela idealização. Este subtipo é muito idealista e pode ser um pouco ingênuo, em contraste com o Autopreservação, que é pragmático. Esta pessoa tem a cabeça no céu e não os pés no chão.  Este Sete é um sonhador com necessidade de imaginar algo melhor do que a realidade austera e comum – este é o perfil mais de alguém que desfruta das coisas de forma despreocupada. Este subtipo está interessado em uma dimensão superior e mais avançada. Ele olha para os céus como uma forma de escape da Terra.  Setes Um-a-Um tem uma paixão por embelezar a realidade – por idealizar coisas e ver o mundo como um lugar melhor do que de fato é. Suas necessidades de idealização se manifestam como uma paixão por ver a vida como ela poderia ser ou como eles imaginam que ela seja.  Pessoas deste subtipo tendem a ver as coisas com otimismo de alguém que está apaixonado. Tudo parece melhor quando a pessoa está apaixonada e o Sete Um-a-Um se refugia neste tipo de experiência positiva, como maneira de inconscientemente evitar emoções mais profundas que eles percebem como negativas, desprazerosas ou assustadoras.  Diz-se que “o amor é cego”. Os Setes Um-a-Um podem se tornar cegos neste mesmo sentido – eles mostram entusiasmo um pouco excessivo e otimismo e prestam atenção desproporcional aos dados positivos em uma situação.  Os Setes Um-a-Um tem uma necessidade de fantasiar, uma necessidade de sonhar e uma necessidade de usar lentes cor-de-rosa e uma tendência de ser quase que excessivamente contente ou entusiástico. Isto pode ser visto como uma compensação excessiva que reflete um desejo inconsciente de negar ou evitar as partes da vida que são dolorosas ou monótonas. Eles podem sentir um medo implícito de serem pegos por sentimentos ruins. Uma armadilha típica para estes Setes ocorre quando a frustação de não ter ou de não experimentar algo fica (inconscientemente) substituída por uma fantasia cor- de-rosa, a qual serve como um substituto satisfatório.  O título dado a este subtipo é “ Sugestionabilidade”, o que é similar ao ver o mundo com imaginação – mas isto também tem a ver com ser uma pessoa crédula ou fácil de ser hipnotizada, suscetível tanto à infecção quanto ao entusiasmo. Para eles, prevalecem os pensamentos e a imaginação e não os sentimentos e o instinto.  Eles experimentam ansiedade com a dificuldade de se engajar em muitos cenários de uma única vez e de precisar desistir de algo. Eles podem tender a ficar inquietos e participar de muitas atividades ao mesmo tempo. A empolgação e a ansiedade podem embaçar as suas percepções da realidade.
  • 30.  Ao trabalharem em si mesmos, os Setes Um-a-Um podem mover-se na direção da Virtude da Sobriedade notando quando eles estão vivendo na imaginação ( ao contrário da realidade) e por que, e também observando a tendência a embelezar e idealizar e explorando os sentimentos e medos por detrás destas tendências.
  • 31. SUBTIPOS DO TIPO OITO A paixão do Tipo Oito é a Luxúria. Os três subtipos de Tipo Oito expressam a paixão da Luxúria de três formas distintas. O Oito Autopreservação faz o que precisa ser feito para sobreviver de uma forma direta, poderosa e excessiva. O Oito Social tem uma necessidade de proteger os outros e ir contra aqueles que cometem uma injustiça. E o Oito Sexual é uma pessoa apaixonada e carismática que vai contra as convenções sociais de forma provocativa. TIPO OITO– SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO – SATISFAÇÃO  O Oito Autopreservação expressa a Luxúria por meio de uma necessidade forte de obter o que é deles – de obter o que eles precisam para sobreviver. Eles tendem a se sentir onipotentes, capazes de satisfazer qualquer necessidade.  O título dado à este subtipo é “Satisfação”. Esta pessoa tem um desejo forte pela satisfação das necessidades materiais e uma intolerância à frustação.  Oitos Autopreservação vão atrás do que precisam sem falar muito sobre isso. Com uma pessoa desse subtipo, não há conversas sem sentido, preocupações, simulação ou jogo de palavras.  Esta pessoa se sente impulsionada a ir realizar aquilo que deseja de uma maneira forte e direta, sem estardalhaço ou explicações. Este perfil tem mais dificuldade de ser paciente quando suas necessidades e desejos não são imediatamente satisfeitas.  Este é um pouco como o Um-a-Um, que também expressa um sentido de “ precisar obter o que quer” e de se safar.  A necessidade central do Oito Autopreservação é uma habilidade exagerada de tomar conta de si mesmo e de suas necessidades. Você poderia dizer que essa necessidade é como um egoísmo exagerado. Oitos Autopreservação são pessoas que sabem como fazer negócios – eles sabem regatear e barganhar e também ficar em vantagem na disputa com alguém.  Oitos Autopreservação tem perfis que sabem como sobreviver nas situações mais difíceis e como obter o que eles querem das outras pessoas. Eles desqualificam qualquer sentimento, pessoa, ideia ou instituição que se opõe aos seus desejos. Eles vão contra o que for e buscam vingança sem saber por que ( os outros Oitos tem uma razão quando são vingativos).  O Oito Autopreservação é o mais armado e protegido de todos os Oitos – um Oito que se parece mais com Cinco. Ele desvaloriza o mundo dos sentimentos. Este Oito pode ser confundido com um Um do subtipo Um-a-Um. Mas, esse Um é diferente desse Oito – esse Um é mais social do que esse Oito.  Ao trabalharem em si mesmos, eles se movem na direção da Virtude da Inocência, aprendendo a permitir uma maior gama de emoções – especialmente sentimentos de vulnerabilidade – e expressando mais pensamentos e emoções – especialmente nos relacionamentos. Isto os ajuda a se desafiar a desenvolver confiança de forma mais consciente e a depender mais dos outros para atender às suas necessidades.
  • 32. TIPO OITO– SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - SOLIDARIEDADE  O Oito Social é o contratipo dos subtipos do Oito. Oitos Sociais representam uma contradição: O Oito é uma pessoa rebelde que frequentemente vai contra as normas sociais, mas o Oito Social também é voltado a oferecer proteção e lealdade. Assim, esta é uma pessoa social com tendências antissociais. Ela expressa luxúria e agressividade a serviço da vida e das outras pessoas.  Em contraste ao Oito Autopreservação, o Oito Social é mais leal e menos agressivo.  Um Oito Social é um Oito prestativo – alguém que está preocupado com as injustiças que acontecem com os outros. E, ainda assim, há um elemento antissocial desse perfil com respeito às regras da sociedade.  Simbolicamente, este perfil representa a criança que se tornou dura (ou violenta) ao proteger sua mãe contra seu pai. Essa pessoa é também alguém que se alia a sua mãe para ir contra o poder patriarcal e tudo que está associado a ele. É uma violência gerada a partir da solidariedade.  Por um lado, esse subtipo de Oito desenvolve uma habilidade forte de cuidar e proteger os outros, enquanto, por outro lado, em relação a ele mesmo, há uma desistência inconsciente da necessidade de amor da criança interior e um movimento compensatório na direção do poder e do prazer. Ele gosta do poder que um grupo oferece e pode, no extremo, tender à megalomania.  Oitos Sociais são muito sensíveis a detectar situações nas quais algumas pessoas estão sendo perseguidas ou exploradas por outras que detêm mais poder. E, quando eles detectam algo assim, eles tendem a agir para proteger aqueles que são menos poderosos (Karl Marx era provavelmente um Oito Social). Eles entram em ação constante e ação é aonde eles se perdem deles mesmos.  De maneira geral, esse Oito aparenta ser mais suave e amigável e parecem demorar mais para acessar a raiva do que os outros Oitos. Ele tende a se rebelar de forma mais sutil e menos óbvia.  Oitos Sociais podem se parecer com Noves ou Dois (especialmente mulheres) porque eles podem ser muito voltados aos relacionamentos e menos claramente agressivos do que os outros Oitos, mas eles podem ser diferenciados desses outros tipos por ainda serem bastante assertivos e rebeldes.  Ao trabalharem em si mesmos, estes Oitos podem mover-se na direção da Virtude da Inocência, aprendendo a ser mais conscientes e protetores da criança interior. Eles crescem quando desenvolvem tanto cuidado com seus eus mais jovens quando têm com outras pessoas. Outra coisa que os ajuda a evoluir é quando eles se permitem se abrir para receber mais amor e cuidados das outras pessoas.
  • 33. TIPO OITO– SUBTIPO UM-A-UM - POSSE  Os Oitos Um-a-Um têm uma tendência antissocial forte. Pessoas com este subtipo são provocativas e expressam Luxúria por meio da rebeldia e dizendo abertamente que seus valores diferem da norma.  O Oito Um-a-Um é o mais rebelde dos subtipos do Oito e, curiosamente, também o mais emocional. Neste Oito, já há uma desconexão do intelecto - há muita ação e paixão, mas não muito pensamento.  Estes Oitos são mais desbocados com seus lados rebeldes. Eles gostam ou pelo menos não ligam de serem vistos como maus. Eles não respeitam as regras e as leis. É quase uma questão de orgulho ir contra a linha convencional.  O nome dado aos Oito Um-a-Um é “Posse”. Este Oito mostra a ideia de “Posse” no sentido de que ele ou ela absorve energeticamente toda a cena, tornando-se o centro das coisas. Oitos Um-a-Um gostam de sentir o seu poder por meio de conquistar a atenção de todo mundo. Eles não buscam segurança material, mas buscam obter poder sobre as coisas.  Naranjo diz que ele originalmente pensava que “Posse” significava possuir o parceiro, mas mais tarde concluiu que ela significava algo mais abrangente do que isso. – um tipo de controle energético e carismático do outro ou dominância de todo o ambiente. Eles têm uma ideia de que o mundo começa a girar quando eles chegam.  Oitos Um-a-Um podem ser fascinantes e carismáticos, e o poder deles vem de uma espécie de sedução e intensidade que os diferencia em termos de estilo dos outros dois subtipos de Oito – estes Oitos tem mais cor nas suas penas e eles são mais magnéticos e mais falantes.  Como o mais emocional dos Oitos, o subtipo Um-a-Um mostra muita paixão pelas coisas e esta paixão às vezes se expressa por meio da expressão das emoções e da vulnerabilidade que pode parecer surpreendente aos outros e atípica para muitos Oitos.  Este Oito provavelmente não será confundido com outro tipo muito frequentemente, sendo bem parecido com o Oito mesmo, mas ele pode lembrar às vezes o Quatro Um-a-Um na sua intensidade na habilidade de expressar raiva.  Ao trabalharem em si mesmos, os Oitos Um-a-Um podem mover-se na direção da Virtude da Inocência ao explorarem e compartilharem suas emoções mais conscientemente, como uma forma de assumir mais vulnerabilidade. Também os ajuda quando observam e exploram a necessidade de se rebelarem, vendo qual(is) adjacentes isto pode estar escondendo e gerenciando seus níveis de energia de forma que eles possam dividir mais o espaço com os outros. Eles podem também se beneficiar ao refletir mais sobre as coisas – e não apenas sentir e agir.
  • 34. SUBTIPOS DO TIPO NOVE A paixão do Tipo Nove é a Preguiça. Os três subtipos do Nove expressam uma necessidade de fusão a serviço da paixão da Preguiça, porque fundir-se com alguém além deles mesmos age como uma maneira inconsciente de distraí-los da própria relutância de agir para si mesmos e a partir de um senso de ‘eu’. Cada um dos três subtipos demonstra um foco diferente da fusão, eles se fundem com outra pessoa, se fundem com o grupo ou se fundem com seu próprio corpo e com um senso de conforto. Mas, esta fusão confortável com algo extra traz um custo ligado a própria vida – ou um custo de não conseguir se conectar com nível sutil de vida dentro deles. TIPO NOVE– SUBTIPO AUTOPRESERVAÇÃO - APETITE  O nome dado a este subtipo é “Apetite” – mas não somente ligado a comida. Em um nível mais profundo, ele diz respeito à necessidade de achar proteção no conforto de fundir-se com uma experiência de satisfação de necessidades físicas. Desta maneira, o Nove Autopreservação se funde com um sentido de conforto e satisfação física como forma de expressar a Preguiça envolvida em inconscientemente evitar estar mais aberto aos rigores de uma vida mais ativa e engajada.  O Tipo Nove é o ponto nuclear da tríade que às vezes é chamada de “esquecimento de si mesmo”. Todos os três tipos no topo do Eneagrama, de uma forma ou de outra, colocam suas próprias necessidades e vontades para dormir. Ao conscientemente se perderem em uma atividade ou outra (comer, dormir, ler, trabalhar etc), Noves Autopreservação evitam ou esquecem deles mesmos – ou a dor de experimentar um vazio no nível do ser – e simultaneamente encontram um sentido substituto de “ser” no conforto do atendimento dos seus apetites.  Para Noves Autopreservação, pode ser mais seguro esconder-se no conforto de uma rotina familiar do que ter que se colocar e arriscar entrar em conflito ou sentir-se hiperestimulado. É mais fácil anular-se com atividades confortáveis do que destacar-se e colocar-se à disposição para o que quer que aconteça e que não parece pacífico ou harmonioso.  Para o Nove Autopreservação, é como se houvesse um sentido de abnegação ou uma desistência da necessidade de amor e uma correspondente busca de conforto em atividades agradáveis e a entrega aos apetites para compensar essa ausência.  Apetite também se refere a um sentido de concretude, num aspecto básico de atender às necessidades materiais de formas simples e diretas. Noves Autopreservação são pessoas mais concretas que não se relacionam muito com abstrações ou conceitos metafísicos. Noves Autopreservação tendem a ser pessoas práticas e eles nem sempre colocam suas experiências em palavras. As coisas do dia-a-dia podem obstruir a consciência, eles acham a experiência muito mais fácil do que a teoria e eles podem se tornar cegos à necessidade de introspecção.  O Nove Autopreservação é mais irritadiço e teimoso e tem uma presença um pouco mais forte do que os outros Noves. Apesar deles também
  • 35. experimentarem um sentido de inércia com relação a entrar em ação, eles têm uma tendência de se parecerem mais sólidos e de serem mais parecido com o Oito do que os outros dois subtipos do Nove.  Noves Autopreservação tendem a querer mais tempo sozinhos do que os outros dois Noves.  Estes Noves frequentemente tem um senso de humor diferente: seco e autodepreciativo.  Ao trabalharem em si mesmos, estes Noves Autopreservação podem mover- se na direção da Virtude da Ação Certa ao fazerem contato mais consciente com a raiva e ao serem mais proativos ao agir pelo seu próprio interesse. Também os ajuda quando eles usam a raiva para conectar-se com seu poder mais profundo – aparecer mais no mundo, arriscar agir mais pelo seu próprio bem e atender suas necessidades e vontades. TIPO NOVE– SUBTIPO SOCIAL (CONTRATIPO) - PARTICIPAÇÃO  Noves Sociais são o contratipo dos subtipos do Nove porque eles podem ser viciados em trabalho. Eles expressam preguiça ao se fundirem com o grupo, trabalhando duro ao apoiar os interesses do grupo e priorizando as necessidades do grupo em detrimento das suas próprias.  Estas são pessoas generosas e não egoístas, conscientes do grupo e com habilidade de satisfazer as necessidades dos outros, ao ponto de se sacrificarem elas mesmas para assumir a responsabilidade que os outros querem atribuir à elas. Elas também podem ser amantas da diversão e sociáveis, mas quando eles trabalham duro, eles não mostram suas dores e não incomodam os outros com seu próprio estresse.  Noves Sociais são pessoas agradáveis, com uma necessidade de se sentirem parte das coisas que expressam (de maneira compensatória) uma experiência de se sentirem diferentes ou de não se encaixarem no grupo ou na comunidade. O Nove Social é despreocupado, engraçado e expressa uma necessidade central de fazer parte das coisas.  Esta experiência basal de não pertencer ao grupo leva o Nove Social a compensar em excesso, sendo generoso e se sacrificando para fazer o que for necessário para atender as necessidades do grupo. Eles também têm uma vida muito cheia – cheia de tudo, menos deles mesmos. Noves Sociais formam sua identidade e seus sentidos de realidade ao redor de pertencerem, mas frequentemente duvidam de sua própria existência e de seu próprio sentido de “eu”.  Há uma necessidade ou paixão de fazer o que for necessário para ser admitido no grupo, para se tornar um com o grupo, mas isso exige muito esforço. E, o Nove Social para trabalhar duro nesse esforço, mas também tenta não deixar os outros verem o quão grande esse esforço é e quanta energia ele requer. Eles não sentem muito sofrimento, e eles também não sentem euforias – eles ficam mais numa emocionalidade intermediária.
  • 36.  Noves Sociais podem ser mediadores muito hábeis, porque querem naturalmente traduzir diferentes opiniões de maneira que todos sejam ouvidos e que o conflito no grupo seja evitado.  Esta pessoa pode ser um líder muito bom – o melhor tipo de líder no sentido de ser uma pessoa boa, não egoísta e de estar disponível para assumir totalmente a responsabilidade que outros querem colocar sobre ele.  Noves Sociais podem se parecer como Tipos Três, porque eles trabalham muito duro e conquistam muito, sem mostrar o estresse que sentem. Eles também podem ser confundidos com o Dois, porque eles são mais ativos para atender às necessidades das outras pessoas.  Ao trabalharem em si mesmos, os Noves Sociais podem mover-se na direção da Virtude da Ação Certa ao entrarem em contato com a tristeza sobre não se encaixarem, por debaixo do estilo bem-humorados e da atitude simpática e observarem e se tornarem mais conscientes de como o fato de trabalharem duro para apoiar o grupo pode distraí-los da evolução pessoal. TIPO NOVE– SUBTIPO UM-A-UM - FUSÃO  Noves Um-a-Um têm uma necessidade de ser alguém por meio de outra pessoa – de adquirir um senso de “ser” que não encontram dentro deles por meio da fusão com alguém mais. Eles podem ter a sensação de que não existe fronteiras entre a experiência deles e de outras pessoas importantes, de modo que a Preguiça é expressa por meio de um foco total e uma fusão com outra pessoa, como forma de evitar sentir-se como tendo um “eu separado”.  A pessoa com este subtipo exemplifica o uso do relacionamento para alimentar o próprio sentido de ser, porque é muito doloroso ou ameaçador estar só.  O problema inerente à postura do Nove Um-a-Um é que a união verdadeira requer que ambas as pessoas permaneçam nelas mesmas antes de se encontrarem. Mas, estas pessoas podem experimentar dificuldade de localizar sua própria paixão por viver e então podem tentar achar isso em outra pessoa. É o uso(inconsciente) dos relacionamentos para alimentar o seu ser, porque você não está enraizado em si mesmo e não está vivendo seu próprio sentido ou propósito.  Esta é uma espécie de substituição ou compensação das prioridades dos outros, em detrimento das próprias, porque é mais confortável “ser” por intermédio do outro. E, estes Noves podem nem mesmo se dar conta que eles fizeram esta substituição, já que perder-se de si mesmo em outra pessoa pode acontecer em um nível inconsciente ou subconsciente.  Esta pessoa pode se fundir com um parceiro, um genitor ou com qualquer pessoa importante, como forma de achar um propósito de vida e evitar sua própria experiência da ausência de tal propósito.  A fusão com o outro toma a forma de assumir a energia dos sentimentos, atitudes, crenças e até do comportamento. Esta pessoa tem problemas com identidade e uma falta de estrutura nas suas vidas. Eles podem estar tão
  • 37. focados em encontrar as necessidades dos outros que eles traem suas próprias e então eles podem desenvolver uma rebelião passivo-agressiva.  Noves Um-a-Um tendem a ser muito gentis e suaves, meigos e doces e podem ser a pessoa menos assertiva de todas. Elas são pessoas amáveis, mas sua afeição pode se tornar “suspeita” e eles podem ser muito frios ou não emocionais.  O Nove Um-a-Um pode se parecer com um Tipo Dois ou especialmente um Tipo Quatro – eles podem experimentar ou expressar temas similares e sentimentos relacionados aos relacionamentos, como melancolia, solidão e um medo da separação e do abandono.  Ao trabalharem em si mesmos: principalmente os Noves Um-a-Um podem mover-se na direção da Virtude da Ação Certa, ao reconhecerem e agirem sobre a necessidade mais profunda de separação, tentando experimentar a solidão com maior frequência, criando fronteiras conscientes e nem sempre achando um sentido de “ser” por meio da companhia. Eles precisam explorar seus próprios interesses, sentimentos e desejos, para achar suas próprias identidades e sentido de propósito.