SlideShare uma empresa Scribd logo
O Mito da Caverna
É Platão quem nos dá uma idéia magnífica sobre a questão da
ordem implícita e explícita no seu célebre "Mito da Caverna" que se
encontra no centro do Diálogo A República.
Vejamos o que nos diz Platão, através da boca de Sócrates:
Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre
para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso.
Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes
tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não
possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo
da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em
frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de
um homem e que, por trás desse muro, se movam homens
carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e
madeira, representando os mais diversos tipos de coisas.
Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente,
imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que
passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes
ecoem no fundo da caverna.
Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada
poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas
no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto,
por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas
sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a
única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som
real das vozes emitidas pelas sombras.
Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar
das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se
freqüentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir
até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se
perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se
deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas
moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmeras hipóteses,
por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito
mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora
lhes parece algo irreal ou limitado.
Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro.
Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de
luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e,
por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas.
Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a
realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas
ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem
ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das
coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar
seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam.
Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não
reconhece ou não mais se adapta à realidade que eles pensam ser
a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o
desprezariam...
Qualquer semelhança com a vida dos grandes gênios e
reformadores de todas as áreas da humanidade não é mera
coincidência.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Esquecimento do passado
Esquecimento do passadoEsquecimento do passado
Esquecimento do passado
Ponte de Luz ASEC
 
A fé transporta montanhas cap 19 ese
A fé transporta montanhas cap 19 eseA fé transporta montanhas cap 19 ese
A fé transporta montanhas cap 19 ese
ctollin
 
Falsos cristos e falsos profetas
Falsos cristos e falsos profetasFalsos cristos e falsos profetas
Falsos cristos e falsos profetas
Alice Lirio
 
Evangelização - Juventude Espírita
Evangelização - Juventude EspíritaEvangelização - Juventude Espírita
Evangelização - Juventude Espírita
Antonino Silva
 
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIAPALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
Mauro Santos
 
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouroNão vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Henrique Vieira
 
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
Patricia Farias
 
A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09
Luís Filipe Claro
 
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMOLIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
Jorge Luiz dos Santos
 
Ante Os Pequeninos
Ante Os PequeninosAnte Os Pequeninos
Ante Os Pequeninos
Grupo Espírita Cristão
 
Autodescobrimento
AutodescobrimentoAutodescobrimento
Autodescobrimento
Marilice Passos
 
Inteligência artificial filosofia
Inteligência artificial   filosofiaInteligência artificial   filosofia
Inteligência artificial filosofia
guestbdb4ab6
 
Jesus e as Parábolas
Jesus e as ParábolasJesus e as Parábolas
Jesus e as Parábolas
Isnande Mota Barros
 
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo DescartesProvas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Joana Filipa Rodrigues
 
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
grupodepaisceb
 
Zaqueu, o rico de humildade
Zaqueu, o rico de humildadeZaqueu, o rico de humildade
Zaqueu, o rico de humildade
Angelo Baptista
 
As três Revelações
As três RevelaçõesAs três Revelações
As três Revelações
Graça Maciel
 
Liberdade e determinismo
Liberdade  e determinismoLiberdade  e determinismo
Liberdade e determinismo
Luis De Sousa Rodrigues
 
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BAOlhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
Danilo Galvão
 
Mente humana 4
Mente humana 4Mente humana 4
Mente humana 4
Jorge Barbosa
 

Mais procurados (20)

Esquecimento do passado
Esquecimento do passadoEsquecimento do passado
Esquecimento do passado
 
A fé transporta montanhas cap 19 ese
A fé transporta montanhas cap 19 eseA fé transporta montanhas cap 19 ese
A fé transporta montanhas cap 19 ese
 
Falsos cristos e falsos profetas
Falsos cristos e falsos profetasFalsos cristos e falsos profetas
Falsos cristos e falsos profetas
 
Evangelização - Juventude Espírita
Evangelização - Juventude EspíritaEvangelização - Juventude Espírita
Evangelização - Juventude Espírita
 
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIAPALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
PALESTRA - LIBERDADE E CONSCIENCIA
 
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouroNão vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis pela posse do ouro
 
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
Livro dos Espíritos-Kardec ESE cap.26 item 3
 
A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09A Alegoria Da Caverna 2008 09
A Alegoria Da Caverna 2008 09
 
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMOLIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
LIVRE -ARBÍTRIO E DETERMINISMO
 
Ante Os Pequeninos
Ante Os PequeninosAnte Os Pequeninos
Ante Os Pequeninos
 
Autodescobrimento
AutodescobrimentoAutodescobrimento
Autodescobrimento
 
Inteligência artificial filosofia
Inteligência artificial   filosofiaInteligência artificial   filosofia
Inteligência artificial filosofia
 
Jesus e as Parábolas
Jesus e as ParábolasJesus e as Parábolas
Jesus e as Parábolas
 
Provas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo DescartesProvas da existência de Deus segundo Descartes
Provas da existência de Deus segundo Descartes
 
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
Capítulo XVI - Evangelho Segundo o Espiritismo
 
Zaqueu, o rico de humildade
Zaqueu, o rico de humildadeZaqueu, o rico de humildade
Zaqueu, o rico de humildade
 
As três Revelações
As três RevelaçõesAs três Revelações
As três Revelações
 
Liberdade e determinismo
Liberdade  e determinismoLiberdade  e determinismo
Liberdade e determinismo
 
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BAOlhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
Olhai as aves do céu - Palestrante Professor Danilo Galvão - SAJ/BA
 
Mente humana 4
Mente humana 4Mente humana 4
Mente humana 4
 

Semelhante a O Mito da Caverna

Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
J. Alfredo Bião
 
Filosofia Aula Ii
Filosofia Aula IiFilosofia Aula Ii
Filosofia Aula Ii
Mário Serra
 
mito da caverna.docx
mito da caverna.docxmito da caverna.docx
mito da caverna.docx
Janelindinha Sempre
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
pascoalnaib
 
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
Antonio Inácio Ferraz
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
Brena De La Concepcion
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
Alinne Sousa
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
Arpus Supra
 
20 o-mito-da-caverna
20 o-mito-da-caverna20 o-mito-da-caverna
20 o-mito-da-caverna
Gisele Batista
 
mito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdfmito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdf
malviana1
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
sesouff2014
 
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
Valter Gomes
 
Texto alegoria da caverna
Texto alegoria da cavernaTexto alegoria da caverna
Texto alegoria da caverna
Pedro Almeida
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
Dea Conti
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
driminas
 
Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
silvana bento
 
Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
Rafael Alves de Santana
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
Erica Frau
 
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de PlatãoSobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Taitson Leal dos Santos
 
Mito da Caverna
Mito da CavernaMito da Caverna
Mito da Caverna
Taitson Leal dos Santos
 

Semelhante a O Mito da Caverna (20)

Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
 
Filosofia Aula Ii
Filosofia Aula IiFilosofia Aula Ii
Filosofia Aula Ii
 
mito da caverna.docx
mito da caverna.docxmito da caverna.docx
mito da caverna.docx
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
 
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
MITO DA CAVERNA-FILOSOFIA JURÍDICA-ANTONIO INACIO FERRAZ, TÉCNICO EM ELETRONI...
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
 
Platao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_cavernaPlatao o mito_da_caverna
Platao o mito_da_caverna
 
20 o-mito-da-caverna
20 o-mito-da-caverna20 o-mito-da-caverna
20 o-mito-da-caverna
 
mito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdfmito da carvena-CERTO.pdf
mito da carvena-CERTO.pdf
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
 
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
Folhetim do Estudante - Ano VIII - Núm. 63
 
Texto alegoria da caverna
Texto alegoria da cavernaTexto alegoria da caverna
Texto alegoria da caverna
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
 
O mito da caverna
O mito da cavernaO mito da caverna
O mito da caverna
 
Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
 
Alegoria da caverna
Alegoria da cavernaAlegoria da caverna
Alegoria da caverna
 
O mito da_caverna
O mito da_cavernaO mito da_caverna
O mito da_caverna
 
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de PlatãoSobre a "Alegora da Caverna", de Platão
Sobre a "Alegora da Caverna", de Platão
 
Mito da Caverna
Mito da CavernaMito da Caverna
Mito da Caverna
 

Último

Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptxSlides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
JoanaFigueira11
 
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptxAtpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
joaresmonte3
 
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....pptA Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
WilianeBarbosa2
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
MatheusSousa716350
 
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptxTudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
IACEMCASA
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
fernandacosta37763
 
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTALPlanejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
katbrochier1
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
silvamelosilva300
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.pptESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
maria-oliveira
 
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdf
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdfAula Contrato Individual de Trabalho .pdf
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdf
Pedro Luis Moraes
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
mamaeieby
 
Trabalho de Geografia industrialização.pdf
Trabalho de Geografia industrialização.pdfTrabalho de Geografia industrialização.pdf
Trabalho de Geografia industrialização.pdf
erico paulo rocha guedes
 
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
JohnnyLima16
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Zenir Carmen Bez Trombeta
 
Gênero Textual sobre Crônicas, 8º e 9º
Gênero Textual sobre Crônicas,  8º e  9ºGênero Textual sobre Crônicas,  8º e  9º
Gênero Textual sobre Crônicas, 8º e 9º
sjcelsorocha
 

Último (20)

Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptxSlides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
Slides Lição 12, CPAD, A Bendita Esperança, A Marca do Cristão, 2Tr24.pptx
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
497417426-conheca-os-principais-graficos-da-radiestesia-e-da-radionica.pdf
 
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptxAtpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
Atpcg PEI Rev Irineu GESTÃO DE SALA DE AULA.pptx
 
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....pptA Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
A Núbia e o Reino De Cuxe- 6º ano....ppt
 
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptxPP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
PP Slides Lição 11, Betel, Ordenança para exercer a fé, 2Tr24.pptx
 
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
cidadas 5° ano - ensino fundamental 2 ..
 
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptxTudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
Tudo sobre a Inglaterra, curiosidades, moeda.pptx
 
Atividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º anoAtividade de reforço de matemática 2º ano
Atividade de reforço de matemática 2º ano
 
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTALPlanejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
Planejamento BNCC - 4 ANO -TRIMESTRAL - ENSINO FUNDAMENTAL
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdfO Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
O Mito da Caverna de Platão_ Uma Jornada em Busca da Verdade.pdf
 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.pptESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS- 9º ANO A - 2024.ppt
 
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdf
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdfAula Contrato Individual de Trabalho .pdf
Aula Contrato Individual de Trabalho .pdf
 
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantilVogais Ilustrados para alfabetização infantil
Vogais Ilustrados para alfabetização infantil
 
Trabalho de Geografia industrialização.pdf
Trabalho de Geografia industrialização.pdfTrabalho de Geografia industrialização.pdf
Trabalho de Geografia industrialização.pdf
 
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
12072423052012Critica_Literaria_-_Aula_07.pdf
 
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptxCartinhas de solidariedade e esperança.pptx
Cartinhas de solidariedade e esperança.pptx
 
Gênero Textual sobre Crônicas, 8º e 9º
Gênero Textual sobre Crônicas,  8º e  9ºGênero Textual sobre Crônicas,  8º e  9º
Gênero Textual sobre Crônicas, 8º e 9º
 

O Mito da Caverna

  • 1. O Mito da Caverna É Platão quem nos dá uma idéia magnífica sobre a questão da ordem implícita e explícita no seu célebre "Mito da Caverna" que se encontra no centro do Diálogo A República. Vejamos o que nos diz Platão, através da boca de Sócrates: Imaginemos homens que vivam numa caverna cuja entrada se abre para a luz em toda a sua largura, com um amplo saguão de acesso. Imaginemos que esta caverna seja habitada, e seus habitantes tenham as pernas e o pescoço amarrados de tal modo que não possam mudar de posição e tenham de olhar apenas para o fundo da caverna, onde há uma parede. Imaginemos ainda que, bem em frente da entrada da caverna, exista um pequeno muro da altura de um homem e que, por trás desse muro, se movam homens carregando sobre os ombros estátuas trabalhadas em pedra e madeira, representando os mais diversos tipos de coisas. Imaginemos também que, por lá, no alto, brilhe o sol. Finalmente, imaginemos que a caverna produza ecos e que os homens que passam por trás do muro estejam falando de modo que suas vozes ecoem no fundo da caverna. Se fosse assim, certamente os habitantes da caverna nada poderiam ver além das sombras das pequenas estátuas projetadas no fundo da caverna e ouviriam apenas o eco das vozes. Entretanto, por nunca terem visto outra coisa, eles acreditariam que aquelas
  • 2. sombras, que eram cópias imperfeitas de objetos reais, eram a única e verdadeira realidade e que o eco das vozes seriam o som real das vozes emitidas pelas sombras. Suponhamos, agora, que um daqueles habitantes consiga se soltar das correntes que o prendem. Com muita dificuldade e sentindo-se freqüentemente tonto, ele se voltaria para a luz e começaria a subir até a entrada da caverna. Com muita dificuldade e sentindo-se perdido, ele começaria a se habituar à nova visão com a qual se deparava. Habituando os olhos e os ouvidos, ele veria as estatuetas moverem-se por sobre o muro e, após formular inúmeras hipóteses, por fim compreenderia que elas possuem mais detalhes e são muito mais belas que as sombras que antes via na caverna, e que agora lhes parece algo irreal ou limitado. Suponhamos que alguém o traga para o outro lado do muro. Primeiramente ele ficaria ofuscado e amedrontado pelo excesso de luz; depois, habituando-se, veria as várias coisas em si mesmas; e, por último, veria a própria luz do sol refletida em todas as coisas. Compreenderia, então, que estas e somente estas coisas seriam a realidade e que o sol seria a causa de todas as outras coisas. Mas ele se entristeceria se seus companheiros da caverna ficassem ainda em sua obscura ignorância acerca das causas últimas das coisas. Assim, ele, por amor, voltaria à caverna a fim de libertar seus irmãos do julgo da ignorância e dos grilhões que os prendiam. Mas, quando volta, ele é recebido como um louco que não
  • 3. reconhece ou não mais se adapta à realidade que eles pensam ser a verdadeira: a realidade das sombras. E, então, eles o desprezariam... Qualquer semelhança com a vida dos grandes gênios e reformadores de todas as áreas da humanidade não é mera coincidência.