O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO capítulo 22.pptx
1. O EVANGELHO SEGUNDO
O ESPIRITISMO
O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar
legalmente o que já está separado de fato.
Não cortes onde possas desatar.
Emmanuel
Questão primeira - compromisso com Deus
2. Divórcio
Remédio jurídico para separar o que já está
separado de fato;
Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas
reforma o que os homens hão feito e só é
aplicável nos casos em que não se levou em
conta a lei divina. ESE Cap. XXII Item 5
Nem Lei e nem Religião é suficiente
para ditar normas ao coração de quem quer
que seja;
3. - Por causa das dureza dos corações -
- Jesus veio colocar apenas o adultério e comprovado -
4. CARTA DE REPÚDIO
Antigamente (VT) existiam os imaturos, como hoje ainda existem,
- passado a ilusão da paixão desejavam a separação -
Era então permitido dar a Carta de repúdio à mulher.
Os motivos eram os mais variados (SÉRIO!!!) como por exemplo:
● A comida feita pela esposa era considerada desagradável;
● A mulher era considerada feia;
Não cortes onde possas desatar. Emmanuel
5. CARTA DE REPÚDIO
Por qualquer motivo". Deuteronômio 24.1
"Quando um homem tomar uma mulher e se casar com
ela, então será que, se
não achar graça em seus olhos, por nela
achar coisa feia,
ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a
despedirá da sua casa".
6. CARTA DE REPÚDIO
Motivo?
Se um homem se encontrar com uma moça sem
compromisso de casamento e a violentar, e eles forem
descobertos, ele pagará ao pai da moça cinquenta
peças de prata.
Terá que casar-se com a moça, pois a violentou.
Jamais poderá divorciar-se dela.
Deuteronômio 22
7. CARTA DE REPÚDIO
O pai pagava um dote ao marido para que filha se
casasse.
Tem um caso célebre de Cícero,
Cícero dava carta de repúdio para saldar dívidas,
devolvia a mulher e pegava outra outro dote;
8. CARTA DE REPÚDIO
Não era por infidelidade, pois a adúltera teria que ser
morta, e não divorciada Lv 20.10; Deuteronômio
● Acusação de adultério; (comprovação da água amarga)
Considerada adúltera sem necessidade do marido provar algo.
A mulher tomava a água amarga e se vomitasse o adultério era então
confirmado, e após era lapidada, apedrejada até a morte.
9. Era então permitido dar a Carta de repúdio à mulher.
Era considerado normal esse recurso grécia china,
Só o homem poderia dar carta de repúdio, a mulher teria que se tornar
insuportável, ou o homem era forçado quando se afastava da Palestina por
longos anos, ou tivesse uma doença incurável como lepra, ou quando
tinha um trabalho considerado impuro, cuidar de cadáver…
Mulher não tinha direito,
10. NT
- Por causa das dureza dos corações -
- Jesus veio colocar apenas o adultério e comprovado -
11. CARTA DE REPÚDIO X DIVÓRCIO
● Proibido até pelo Estado que era religioso;
● Uma mulher separada era uma mulher marginalizada;
● O medo do “Deus juntou” ninguém pode separar
● Como consequência muita perversidade;
● Casamentos duradouros significa relacionamentos duradouros de
aprendizado, de construção do amor, ou, ao contrário, de auto
anulação, subjugação de alienação e xxx de direitos?
● Os muitos anos de casamento foi a que custo?
● Medo do inferno, por medo da pressão social…
Houve a emancipação econômica do elemento feminino e o aumento do
divórcio:
● Hoje 70% dos pedidos de divórcio é da mulher,
● A cada 4 casamento um divórcio,
● Média dos casamento 12 anos
12. CARTA DE REPÚDIO X DIVÓRCIO
A mulher passou a ser mais independente…
Então …
- A separação é por causa da mulher trabalhar fora?
Não pode ser. Vejamos, pode ocorrer que:
● Quando se conquista a liberdade é natural uma experiência de
liberalidade maior no começo, pois não sabemos utilizar essa
liberdade;
● Casamentos só de aparência aos poucos vão sendo substituídos
por casamentos de compromissos afetivos firmados na
erraticidade;
● alguns aprendem observando, outros, a maioria de nós, só
aprende experimentando, ou seja , se equivocando….
13. CARTA DE REPÚDIO X DIVÓRCIO
● Falar que o divórcio está sempre certo é tão errado como dizer que o
não divórcio está certo;
O casal que decidiram compartilhar uma vida comum -
- também decidiram que não era mais possível manter junto -
● Maioria dos casamento é de provação -
comprometeram na erraticidade se organizar aquilo que não conseguiram
em outras vidas através da convivência
Significam que não podem separar? O que acontece?
Não cortes onde possas desatar. Emmanuel
14. O Feijão e o Sonho
- O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o
cérebro e o coração do organismo doméstico.
Ambos são portadores de uma responsabilidade igual no sagrado
colégio da família; e, se a alma feminina sempre apresentou um
coeficiente mais avançado de espiritualidade na vida, é que,
desde cedo, o espírito masculino intoxicou as fontes da sua
liberdade, através de todos os abusos, prejudicando a sua posição
moral no decurso das existências numerosas, em múltiplas
experiências seculares. Jesus no Lar Neio Lúcio
15. PROCESSO ESPIRITUAL
O que acontece?
Na espiritualidade somos muito otimista, não consideramos a visão de
encarnado e sim a visão de espírito
Quando chegamos aqui nossa memória é abafada, vem as paixões e
começamos dar bicadas um no outro;
No início só via flores e agora estou encontrando dores
Eram necessária as flores para que aquelas almas fossem atraídas para
os compromissos
Após os primeiros momentos afloram as situações dos pretéritos,
Até resolvermos abdicar dos nosso próprios prazeres para aprender a
amar e a se tolerar - vida e sexo emmanuel
16. - A escravidão não vem de Deus -
O casamento será sempre um instituto benemérito
Sabedoria Divina jamais institui princípios de violência,
Em situações que possam agravar os próprios débitos
❖ dispõe da faculdade de:
➢ interromper,
➢ recusar,
➢ modificar,
➢ discutir ou
➢ adiar,
transitoriamente, o desempenho dos compromissos que abraça.
17. CASAMENTO DIFÍCIL
chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os
ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em
outras épocas.
Reconduzida, … Por vezes, o companheiro ou a companheira voltam ao exercício
da crueldade de outro tempo, seja através de:
● menosprezo,
● desrespeito,
● violência ou
● deslealdade,
e o cônjuge prejudicado nem sempre encontra recursos em si para se sobrepor aos
processos de dilapidação moral de que é vítima.
18. últimas fronteiras da resistência,
é natural
divórcio por medida extrema contra o:
● suicídio,
● homicídio ou
● calamidades outras
que lhes complicariam ainda mais o destino.
19. Nesses lances da experiência, surge a separação
à maneira de
bênção necessária
cônjuge prejudicado encontra no tribunal da
própria consciência o apoio moral da auto
aprovação para renovar o caminho que lhe diga
respeito, acolhendo ou não nova companhia
para a jornada humana.
20. Primeira - Renúncia
Narrada por Ana Jayce Guimarães
Marido jogador alcoólatra
Todas as noites aguardava ele acordada com comida
reservada
Primeiros dias se irritava, dizia que não deveria aguardá-
lo, e ela assim mesmo o aguardava.
Venceu pelo cansaço
21. Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em
tempo algum, competindo nos tão somente, nesse
sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos
casamentos de provação, a fim de que se sobreponham
às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as
duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram
antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si
mesmos; ainda assim, é justo reconhecer que a
escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito
de torturar ninguém, à face das leis eternas. O divórcio,
pois, baseado em razões justas, é providência humana e
claramente compreensível nos processos de evolução
pacífica.
22. Óbvio que não nos é lícito estimular o divórcio em
tempo algum, competindo nos tão somente, nesse
sentido, reconfortar e reanimar os irmãos em lide, nos
casamentos de provação, a fim de que se sobreponham
às próprias suscetibilidades e aflições, vencendo as
duras etapas de regeneração ou expiação que rogaram
antes do renascimento no Plano Físico, em auxílio a si
mesmos; ainda assim, é justo reconhecer que a
escravidão não vem de Deus e ninguém possui o direito
de torturar ninguém, à face das leis eternas. O divórcio,
pois, baseado em razões justas, é providência humana e
claramente compreensível nos processos de evolução
pacífica.
23. Efetivamente, ensinou Jesus:
“não separeis o que Deus ajuntou”,
e não nos cabe interferir na vida de cônjuge
algum, no intuito de arredá lo da obrigação a
que se confiou. Ocorre, porém, que se não nos
cabe separar aqueles que as Leis de Deus
reuniu para determinados fins, são eles
mesmos, os amigos que se enlaçaram pelos
vínculos do casamento, que desejam a
separação entre si, tocando nos unicamente a
obrigação de respeitar lhes a livre escolha sem
ferir lhes a decisão
24. ALMAS-PROBLEMA
À pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, não te
é desconhecida...
O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao
teu lado por primeira vez.
O ancião-renitente que te parece um pesadelo contínuo, exaurindo-te
as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
25. O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é
resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência
dolorosa.
Todos eles provêm do teu passado espiritual.
Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando,
hoje, a resgatar injunção penosa.
Mas, tu também.
Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes e outros
predisponentes, que induzem e levam ao abismo.
26. Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do
mundo.
Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.
Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-
se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou mediante a
espiritual, na grande família humana, tomando o caminho das reparações e
compensações indispensáveis.
Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário;
ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante;
acolá, é o familiar vitimado pela artériosclérose tormentosa;
mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da
tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
27. Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que
repouses...
Horas soam em que um sentimento de surda animosidade contra eles te cicia o
anelo de ver-te libertado. ..
Ledo engano!
28. Só há liberdade real, quando se resgata o débito.
Distância física não constitui impedimento psíquico.
Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.
O Espírito é a vida, e enquanto o amor não Iene as dores e não lima as arestas das
dificuldades, o problema prossegue inalterado.
Arrima-te ao amor e sofre com paciência.
Suporta a alma-problema que se junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e
prosseguir.
29. Ama, socorrendo.
Dia nascerá, luminoso, em que, superadas as sombras que impedem
a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a
felicidade da tua afeição a todos.
O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.
Mas o amor, que “cobre a multidão dos pecados” voltado para o bem,
resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre,
duradoura, a paz por que te afadigas.
30. Segunda aguentar
Nesta situação casados e o marido extremamente
dominador, cheio de vícios, grosseiro….
E a esposa suportou durante toda uma vida, ao chegar ao
plano espiritual surpreendeu-se ao saber que falhou em
sua missão de amar e tornar-e amável pelo espírito
comprometido do passado.
Teria que retornar em situação semelhante para
desenvolver o amor
31. Terceira Anulação
Uma vida dedicada a um marido ausente, indiferente
Nos últimos 10 anos permaneceu ao lado do marido doente vítima de um avc
que o tornara dependente de seus cuidados. Passava noites e noites
cuidando do esposo. Pessoa incapaz de causar qualquer mal quem quer que
fosse, não reclamava, não maldizia,
Ao desencarnar surpresa, permaneceu por muito anos em sofrimento,
Seu compromisso aprenderem a amar
Nunca desista do amor, amor se aprende
32. Quarto caso
Seu compromisso se conduzir pelo espiritismo e conduzir
duas oportunidades
Seu compromisso se conduzir pelo espiritismo e conduzir
34. Amor e casamento
É necessário aprender-se a amar, porquanto o amor também
se aprende. A mais poderosa expressão do sentimento é o
amor. Força incoercível, a tudo transforma e enriquece com a
pujança de que se constitui. Não foi por outra razão que Jesus o
transformou no mandamento maior, aquele de mais alto
significado, que abrange todas as aspirações e ideais da
criatura humana.
35. Amor e casamento
Quando esplende no coração, faz-se dínamo gerador de
energias que propiciam vida e fertilizam os seres, enquanto que
ausente faz-se responsável pela debilidade das emoções e
transtorno dos comportamentos. O amor é de essência divina,
por facultar os estímulos necessários para a sublimação dos
sentimentos.
36. Em face da necessidade da reprodução dos seres, no homem e
na mulher expressa-se como a força de atração dos sexos, que
supera os impulsos primários e oferece estabilidade emocional
para toda uma existência de união e de lutas renovadoras.
Quando viceja o interesse entre duas pessoas que aspiram à
união, o amor faz-se responsável pelo equilíbrio e pela
felicidade dos parceiros, produzindo energias que são
permutadas a serviço da construção da beleza, da arte, dos
valores dignificadores do pensamento e do conhecimento.
37. A medida, porém, que os impulsos diminuem de intensidade e
os conflitos do relacionamento se estabelecem, desvitaliza-se e,
não raro, consomese. Cabe, então, a cada parceiro, observar os
desvios pelos quais se vem conduzindo e o comportamento que
se tem aplicado, exigindo sempre mais do outro ao invés de
avançar no rumo do seu entendimento. Em favor da perfeita
identificação, cabe-lhe não impor o que não pode oferecer, e
mesmo que lhe seja factível essa doação, estimular o outro a
que a logre, sem a necessidade de exigências ou caprichos que
geram ressentimentos dispensáveis ou distâncias
desnecessárias.
38. Nem todos os seres encontram-se aptos para AMAR,
porquanto nem sempre aprendem como se AMA e como
se expressa o AMOR.
Quem não recebeu AMOR não sabe o que ele significa,
nem como brindá-lo.
Especialmente quem lhe sofreu carência na infância,
ressente-se por toda a existência, tendo dificuldade de
identificá-lo, quando surge, ou expressá-lo, quando já o
possui.
39. Nessa ausência de sentimento de AMOR, confundem-se
exigência e posse, capricho e morbidez com o nobre sentido
da vida, ficando-se à margem da sua manifestação
libertadora.
Eis por que é necessário aprender-se a AMAR, porquanto o
AMOR também se aprende, aprimorando-se incessantemente.
Esse aprendizado é feito através de treinamento, de
exercícios repetitivos, no início sem muita convicção, para, de
imediato, passar-se a senti-lo em forma de bem-estar e de
harmonia íntima.
40. A medida que se fixa no sentimento o AMOR, ocorre uma
mudança de comportamento, de saúde, de experiências
humanas e o ser todo se transforma conquistado pela sua
dúlcida melodia envolvente.
Ao mesmo tempo o AMOR, irrompe calmamente em forma de
auto-estima e confiança em si mesmo, fazendo que
desabrochem os valores espirituais que dão sentido e
significado à vida.
morbidez = doença
Irrompe = inesperado
41. Boa noite meus companheiros nessa jornada tão dura rumo ao que é novo.
Rumo ao que é maior. Acredito que minhas palavras que narram minha triste trajetória terrena possam servir de
conforto ou alerta para alguns ou para muitos de vocês. Talvez seja útil para algum conhecido, ou algum conhecido de
algum amigo ou familiar.
Tudo começa com meu nascimento em um bairro militar numa cidade do interior de Minas Gerais. Meu pai, militar de
carreira exemplar, cresceu em sua profissão devido a seu empenho e disciplina. Machista e chefe da família, mantinha
a ordem com punho de ferro. Sei que em seu coração nunca faltou amor, ele simplesmente agia de acordo com o que
acreditava ser certo.
Quando me tornei adolescente fui percebendo que tinha algo diferente dos meus amigos da escola militar. Eles sempre
muito grosseiros e durões gostavam de contar vantagens e exibir seus dotes com as garotas. Eu ouvia tudo e fingia
concordar, mas, no fundo, eu não me interessava por essas histórias e muito menos pelas meninas.
A cada dia sentia-me mais atraído pelos meninos, um em especial. Mas como cresci ouvindo as mais terríveis histórias
envolvendo garotos como eu, não me sentia com coragem o suficiente para revelar-me. Meu pai começou a me achar
“estranho” e para que não criasse um “maricas”, me levava com frequência em casas de mulheres que vendiam seus
corpos por alguns trocados. Que sensação ruim! Que humilhação... mas ele me obrigava e eu não tinha coragem de me
assumir.
42. Acabei me adequando aos moldes preconizados por meu pai. Sentia-me preso dentro de mim mesmo. Como se
eu tivesse que escolher entre ser feliz ou fazer papai feliz. Com os outros eu não me preocupava. Mas meu pai
exercia sobre mim um poder sobre humano. Seu olhar me congelava. Sempre que ele percebia algo de feminino
em mim sobrava para mamãe. E ela resignava-se e me olhava com a alma como quem diz: “meu filho, nos poupe
dessa vergonha”.
Quando fiz 20 anos minha mãe desencarnou e eu ganhei a liberdade. Abandonei a casa do meu pai e mudei-me
para um lugar longe onde pude ser quem eu sempre fui e livre do olhar de desaprovação do meu pai. Fiquei
sabendo de sua morte pelo jornal que relatava, vez ou outra, notas sobre os militares de carreira importante.
Não me importei tanto, afinal já me sentia órfão.
Ao desencarnar, vítima de uma doença nova e sem cura, após muitos desencontros deparei-me com tantas
verdades sobre a minha história. Vim ao mundo para ajudar com o progresso de papai. Como ele sempre me
amara muito, acabaria por exercer sua tolerância e lutaria para defender outros filhos que sofriam como eu.
Eu, por minha vez, após várias encarnações em corpos femininos e sentindo-me superior aos irmãos que não se
enquadravam nos padrões sociais, teria certamente valiosos aprendizados. Mamãe, após muito sofrer, teria seus
dias mais felizes com a sensação da união família e a depressão não a levaria tão cedo.
43. Esse era o nosso plano reencarnatório.
O que pretendo deixar é o seguinte recado para quem vive história semelhante à minha: Enfrentem! Enfrentem
sempre! Se Deus nos impõe tal prova é porque o aprendizado é necessário e o resultado final certamente trará
consequências importantes para o nosso progresso.
Não nos esqueçamos, é claro, que as atitudes no bem serão nossa carta de recomendação por onde andarmos.
Amem-se meus irmãos. Respeitem-se, assim como também devem respeitar aqueles que não vibram na mesma
sintonia que vocês.
Nada pode dar errado quando o que nos move é a amor. Eu perdi oportunidades valiosas em meu
aperfeiçoamento e a minha covardia atrasou também o progresso de meus pais que eu tanto queria proteger.
Nunca deixem de praticar a tolerância, a empatia e a ternura. E isso vale para os iguais a vocês. Mas vale mais
ainda para quem é diferente. Fiquem na paz.
Marco Antônio Bernardes
44. O Feijão e o Sonho
-O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e
o coração do organismo doméstico. Ambos são portadores de
uma responsabilidade igual no sagrado colégio da família; e, se a
alma feminina sempre apresentou um coeficiente mais avançado
de espiritualidade na vida, é que, desde cedo, o espírito masculino
intoxicou as fontes da sua liberdade, através de todos os abusos,
prejudicando a sua posição moral no decurso das existências
numerosas, em múltiplas experiências seculares.
45. PROCESSO ESPIRITUAL
Partindo do princípio de que
Pergunta 774
Há pessoas que, do fato de os animais ao cabo de certo tempo
abandonarem suas crias, deduzem não serem os laços de família, entre
os homens, mais do que resultado dos costumes sociais e não efeito de
uma lei da Natureza. Que devemos pensar a esse respeito?
46. Partindo do princípio de que
Resposta: “Diverso do dos animais é o destino do homem. Por que,
então, querem identificá-lo com estes? Há no homem alguma coisa mais,
além das necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os laços
sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados
tomam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da
Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a
amar-se como irmãos.” (205)
47. Partindo do princípio de que
Pergunta 775
Qual seria, para a sociedade, o resultado do
relaxamento dos laços de família?
Resposta: “Uma recrudescência do egoísmo.”
48. PROCESSO ESPIRITUAL
Partindo do princípio de que
Não existem uniões conjugais ao acaso,
O divórcio, a rigor, não deve ser facilitado entre as criaturas. É aí,
nos laços matrimoniais definidos nas leis do mundo, que se
operam burilamentos e reconciliações endereçados à precisa
sublimação da alma.
Não cortes onde possas desatar. Emmanuel
49. Uniões antipáticas
939. Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a
unir-se, como é que, entre os encarnados, frequentemente
só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê
acolhido com indiferença e, até, com repulsão? Como é,
além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode
mudar-se em antipatia e mesmo em ódio?
50. Uniões antipáticas
Quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que,
obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um
encantamento material!
Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades.
Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la.
Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão
material, o Espírito vê a realidade.
Duas espécies há de afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar-se uma pela
outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo. Daí vem que,
muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam a odiar-se, desde que a ilusão se
desfaça.
51. Partindo do princípio de que
Não existem uniões conjugais ao acaso,
Divórcio termina com as relações?
...uma matéria tão complexa e delicada que envolve os dramas de
almas que se amam e se odeiam na escalada das múltiplas
existências. …
Regulamenta uma situação existente.
52. “Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no
caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te
entregue ao juiz e o juiz te entregue ao oficial de justiça, e te
encerrem na prisão.” Jesus. (Mateus, 5:25.)
O Pão Nosso - Emmanuel
53. Muitas almas enobrecidas, após receberem a exortação desta
passagem, sofrem intimamente por esbarrarem com a dureza do
adversário de ontem, inacessível a qualquer conciliação.
A advertência do Mestre, no entanto, é fundamentalmente
consoladora para a consciência individual.
Assevera a palavra do Senhor – “concilia-te”, o que equivale a
dizer “faze de tua parte”.
Corrige quanto for possível, relativamente aos erros do passado,
movimenta-te no sentido de revelar a boa-vontade perseverante.
Insiste na bondade e na compreensão.
54. Se o adversário é ignorante, medita na época em que também
desconhecias as obrigações primordiais e observa se não agiste
com piores características; se é perverso, categoriza-o à conta de
doente e dementado em vias de cura.
55. 940. A falta de simpatia entre os seres destinados a viver juntos
não é igualmente uma fonte de sofrimentos, tanto mais amarga
quando envenena toda a existência?
56. — Muito amarga, de fato; mas é uma dessas infelicidades de que, na maioria das
vezes, sois a primeira causa. Em primeiro lugar, as vossas leis são erradas, pois
acreditais vós que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam?
Depois, nessas uniões procurais quase sempre mais a satisfação do vosso
orgulho e da vossa ambição do que a felicidade de uma afeição mútua. E sofreis,
então, apenas a consequência dos vossos preconceitos.
57. 940– a) Mas nesse caso não haverá quase sempre uma vítima inocente?
58. – Sim, e isso é para ela uma dura expiação, mas a
responsabilidade de sua infelicidade recairá sobre os que a
causaram. Se a luz da verdade tiver penetrado em sua alma, ela
se consolará com a fé no futuro. De resto, à medida que os
preconceitos se enfraquecerem, desaparecerão também as
causas das infelicidades íntimas.
Notas do Editor
Título
Lei de Deus X Vontade do Ser Humano ///
Compromisso com homem é formalizado em cartório
e rompido também em cartório.
(onde é que Deus entra nesta história?)
E o compromisso com Deus? Seria perante o Pastor, Padre ou outro líder religioso?
Por certo que não, afinal, cada vez mais, percebemos os que se assumem como
representante de Deus aqui na Terra, são tão falíveis como uqalquer outro ser humano.
Então qual seri esse “juntou” por Deus citado por Jesus. Esse compromisso perante Deus?
Uma pista, somos espíritos imortais, oriundos de muitas reencarnações...
Lei Humana - Material
Lei de Deus - Coração
Algum humano conseguiria separar uma união de Deus?
Nem a condenação da morte separar o amor
Dureza - interesses diversos ao de relacionamentos para o aprendizado do amor.
Casamentos onde o esforço para se desenvolver o amor inexiste.
Kardec cita vários casamentos que se originaram em interesses puramente materiais.
Originaram, mas podem e devem ser convertido em amor - Amar se aprende amando - Drumond
Ouvistes o que foi dito aos antigos:"Quem abandonar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
Eu, porém, vos digo que quem repudiar sua mulher, a não ser por causa de infidelidade,
a torna adúltera; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério." (MATEUS, 5 :31-32.)
Nos primórdios do judaísmo os vínculos matrimoniais eram bastante frágeis.
Se o homem chegasse à conclusão de que sua esposa não lhe convinha, até pelo fato de cometer uma falha no
preparo da comida, bastava dar-lhe carta de divórcio, uma espécie de demissão ou rescisão do contrato matrimonial.
Isto bem de acordo com a mentalidade da época, situada a mulher em regime de escravidão.
Por incrível que pareça, a carta de divórcio, instituída por Moisés, representava um progresso,
pois regulamentava a separação e dava à repudiada o direito de constituir nova família.
No capítulo 19, do Evangelho de Mateus, Jesus diz, categórico, que semelhante instituição deveu-se à dureza do coração humano.
Ao referir-se ao assunto, no Sermão da Montanha, o Mestre explica que o casamento deve ser indissolúvel,
admitindo a separação apenas num caso - a infidelidade -, porque esta destrói as bases fundamentais da união matrimonial:
a confiança, a integridade, o respeito, o amor, a dignidade.
A Doutrina Espírita é bastante clara quanto à seriedade do vínculo matrimonial, demonstrando que ele é, geralmente, fruto de planejamento espiritual, e que, ao se ligarem, os cônjuges assumem compromissos muito sérios, não tão-somente em relação ao próprio ajuste, mas, particularmente, no concernente aos filhos.
Todo casamento dissolvido representa fracasso dos cônjuges. A separação não faz parte do destino de ambos - é simplesmente uma alternativa, quando a união entra em crise insuperável. O divórcio, nesta circunstância, defendido por Kardec, em "O Evangelho segundo o Espiritismo", capítulo 22, limita-se tão-só a reconhecer uma separação já existente. É o mal menor, oferecendo ao casal divorciado a oportunidade de recompor suas vidas e de legalizar sua nova situação perante a sociedade.
Imperioso reconhecer - e nisso reside a seriedade do problema - que a separação representa uma transferência de compromissos para o futuro, em regime de débito agravado, sempre que os filhos ou os próprios cônjuges venham a comprometer-se em desajustes e desequilíbrios diretamente relacionados com a desintegração do lar.
Inútil, entretanto, considerar-se os prejuízos advindos da separação, diante daqueles que chegaram a extremos tais de desentendimento que tornam impossível a vida em comum. Nesta circunstância, nem toda a sabedoria do Mundo os convencerá a permanecerem juntos, superando suas desavenças.
Por isso, mais importante do que tentar ajustar peças demasiadamente comprometidas pela ferrugem da discórdia, é cuidar de recursos que garantam a estabilidade matrimonial, a saúde do casamento.
Para tanto, a primeira providência é superar o velho engano cometido pelo homem e pela mulher, que se julgam casados apenas porque assinaram o livro do registro civil, submetendo-se às demais disposições legais.
Socialmente falando o casamento é isso, mas, sob o ponto de vista moral e espiritual, trata-se de um compromisso a ser renovado todos os dias. Deve representar o empenho diário de dois seres, de estrutura biológica e psicológica totalmente diferentes, no sentido de se ajustarem. Cérebro e coração, razão e sentimento, força e sensibilidade, o homem e a mulher, realmente, são duas partes que se completam - mas somente com a força do amor. Não o amor paixão, que se esvai após a embriaguez dos primeiros tempos, mas o amor convivência, que se consolida com o perpassar dos anos, desde que sustentado pelos valores da compreensão, do respeito mútuo, da tolerância e da boa-vontade.
Emmanuel tem uma imagem muito feliz a respeito do casamento, quando diz que a euforia dos noivos, no grande dia, é semelhante à do estudante que recebe o diploma do curso superior. É o coroamento de seus esforços, de seus anseios ...
Mas, depois vem o trabalho de cada dia, a dedicação, o esforço, o sacrifício, para que seu diploma represente para ele a base de uma vida melhor, econômica e socialmente.
Assim acontece com o casamento. Muita alegria no início, muito empenho depois, porque nenhuma casa será um lar autêntico, oásis de bênçãos e ternura, se não for primeiro uma oficina de boa-vontade e de esforço em favor da paz.
Para tanto, lembrando ainda Jesus, é preciso que combatamos a dureza de nossos corações, pois, se bem analisarmos, verificaremos que todo problema de relacionamento humano, em qualquer lugar, principalmente no lar, nasce justamente porque nosso coração se fecha com muita facilidade ante as manifestações do egoísmo, que nos leva a exigir demais dos outros e tão pouco de nós mesmos.
Richard Simonetti
Mulher Relacionamento
1 Velho Testamento
2 Novo Testamento
X
1 Judeus AC
2 Inicio da Era Cristã
3 Movimento Feminista
Hoje
Mancha no lençol
Um costume para lá de indiscreto tomou conta do Brasil no século XIX. Após a primeira relação sexual, depois da cerimônia do casamento, o pai da noiva orgulhosamente apresentava o lençol sujo de sangue para sociedade como prova de virgindade da filha. Porém esse hábito já era algo antigo e que surgiu em Roma no século II a.C. Por muito tempo, quando uma moça se casava o lençol da primeira noite era exposto para comprovar sua castidade até aquele dia. Se por outro lado o pano não fosse exposto sujo de sangue, a mulher seria marginalizada pela família e pela sociedade.
Quando as pessoas vão entender que FEMINISMO não é o contrário de MACHISMO?
O Feijão e o sonho, é o título de uma novela, exibida alguns anos atrás, em que os dois personagens principais, um casal, em que o marido era um sonhador, vivia de poesias e criações literárias, que não davam retorno financeiros, enquanto que a esposa era mais voltada para as questões financeiras. Por conta dessa diferença de posições, os conflitos se multiplicavam, Me ocorreu lembrar dessa novela considerando que a exposição apresentada por Neio Lúcio retrata essa situação, um é cérebro e o outro é o coração. Dessa forma promove o aprendizado de ambos. Consideremos ainda que, o homem, geralmente apresenta mais esse viés de menos avançado de espiritualidade na vida, em decorrência da oportunidade que a cultura oferece para ele, pois desde os primórdios foi sempre considerado superior à mulher. Assim abusa de sua posição.
Já pensaram se não fosse abafada? Como seria? …
Início, meio e fim, dos encontros e relacionamentos
O Evangelho no Lar
O culto do Evangelho no Lar não é uma inovação.
É uma necessidade em toda parte, onde o Cristianismo lança raízes de aperfeiçoamento e sublimação.
A Boa Nova seguiu da manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro
para a glorificação no Pentecostes.
A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo,
por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais
devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibra entre as quatro paredes de um templo doméstico, os
pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio obtém compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros,
o estímulo é cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de
paz e entendimento, a gentileza é a inspiração de todas as horas, o sorriso é a senha de
cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir
o pão divino da Boa Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho
santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar,
onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo,
sob o reinado legítimo do amor, porque estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos,
que constituem o Testamento da Luz, somos cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado,
mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a
nossa vida seja uma relação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade
de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
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Hoje
Boa noite meus companheiros nessa jornada tão dura rumo ao que é novo.
Rumo ao que é maior. Acredito que minhas palavras que narram minha triste trajetória terrena possam servir de conforto ou alerta para alguns ou para muitos de vocês. Talvez seja útil para algum conhecido, ou algum conhecido de algum amigo ou familiar.
Tudo começa com meu nascimento em um bairro militar numa cidade do interior de Minas Gerais. Meu pai, militar de carreira exemplar, cresceu em sua profissão devido a seu empenho e disciplina. Machista e chefe da família, mantinha a ordem com punho de ferro. Sei que em seu coração nunca faltou amor, ele simplesmente agia de acordo com o que acreditava ser certo.
Quando me tornei adolescente fui percebendo que tinha algo diferente dos meus amigos da escola militar. Eles sempre muito grosseiros e durões gostavam de contar vantagens e exibir seus dotes com as garotas. Eu ouvia tudo e fingia concordar, mas, no fundo, eu não me interessava por essas histórias e muito menos pelas meninas.
A cada dia sentia-me mais atraído pelos meninos, um em especial. Mas como cresci ouvindo as mais terríveis histórias envolvendo garotos como eu, não me sentia com coragem o suficiente para revelar-me. Meu pai começou a me achar “estranho” e para que não criasse um “maricas”, me levava com frequência em casas de mulheres que vendiam seus corpos por alguns trocados. Que sensação ruim! Que humilhação... mas ele me obrigava e eu não tinha coragem de me assumir.
Acabei me adequando aos moldes preconizados por meu pai. Sentia-me preso dentro de mim mesmo. Como se eu tivesse que escolher entre ser feliz ou fazer papai feliz. Com os outros eu não me preocupava. Mas meu pai exercia sobre mim um poder sobre humano. Seu olhar me congelava. Sempre que ele percebia algo de feminino em mim sobrava para mamãe. E ela resignava-se e me olhava com a alma como quem diz: “meu filho, nos poupe dessa vergonha”.
Quando fiz 20 anos minha mãe desencarnou e eu ganhei a liberdade. Abandonei a casa do meu pai e mudei-me para um lugar longe onde pude ser quem eu sempre fui e livre do olhar de desaprovação do meu pai. Fiquei sabendo de sua morte pelo jornal que relatava, vez ou outra, notas sobre os militares de carreira importante. Não me importei tanto, afinal já me sentia órfão.
Ao desencarnar, vítima de uma doença nova e sem cura, após muitos desencontros deparei-me com tantas verdades sobre a minha história. Vim ao mundo para ajudar com o progresso de papai. Como ele sempre me amara muito, acabaria por exercer sua tolerância e lutaria para defender outros filhos que sofriam como eu.
Eu, por minha vez, após várias encarnações em corpos femininos e sentindo-me superior aos irmãos que não se enquadravam nos padrões sociais, teria certamente valiosos aprendizados. Mamãe, após muito sofrer, teria seus dias mais felizes com a sensação da união família e a depressão não a levaria tão cedo.
Esse era o nosso plano reencarnatório.
O que pretendo deixar é o seguinte recado para quem vive história semelhante à minha: Enfrentem! Enfrentem sempre! Se Deus nos impõe tal prova é porque o aprendizado é necessário e o resultado final certamente trará consequências importantes para o nosso progresso.
Não nos esqueçamos, é claro, que as atitudes no bem serão nossa carta de recomendação por onde andarmos. Amem-se meus irmãos. Respeitem-se, assim como também devem respeitar aqueles que não vibram na mesma sintonia que vocês.
Nada pode dar errado quando o que nos move é a amor. Eu perdi oportunidades valiosas em meu aperfeiçoamento e a minha covardia atrasou também o progresso de meus pais que eu tanto queria proteger.
Nunca deixem de praticar a tolerância, a empatia e a ternura. E isso vale para os iguais a vocês. Mas vale mais ainda para quem é diferente. Fiquem na paz.
Marco Antônio Bernardes
Boa noite meus companheiros nessa jornada tão dura rumo ao que é novo.
Rumo ao que é maior. Acredito que minhas palavras que narram minha triste trajetória terrena possam servir de conforto ou alerta para alguns ou para muitos de vocês. Talvez seja útil para algum conhecido, ou algum conhecido de algum amigo ou familiar.
Tudo começa com meu nascimento em um bairro militar numa cidade do interior de Minas Gerais. Meu pai, militar de carreira exemplar, cresceu em sua profissão devido a seu empenho e disciplina. Machista e chefe da família, mantinha a ordem com punho de ferro. Sei que em seu coração nunca faltou amor, ele simplesmente agia de acordo com o que acreditava ser certo.
Quando me tornei adolescente fui percebendo que tinha algo diferente dos meus amigos da escola militar. Eles sempre muito grosseiros e durões gostavam de contar vantagens e exibir seus dotes com as garotas. Eu ouvia tudo e fingia concordar, mas, no fundo, eu não me interessava por essas histórias e muito menos pelas meninas.
A cada dia sentia-me mais atraído pelos meninos, um em especial. Mas como cresci ouvindo as mais terríveis histórias envolvendo garotos como eu, não me sentia com coragem o suficiente para revelar-me. Meu pai começou a me achar “estranho” e para que não criasse um “maricas”, me levava com frequência em casas de mulheres que vendiam seus corpos por alguns trocados. Que sensação ruim! Que humilhação... mas ele me obrigava e eu não tinha coragem de me assumir.
Acabei me adequando aos moldes preconizados por meu pai. Sentia-me preso dentro de mim mesmo. Como se eu tivesse que escolher entre ser feliz ou fazer papai feliz. Com os outros eu não me preocupava. Mas meu pai exercia sobre mim um poder sobre humano. Seu olhar me congelava. Sempre que ele percebia algo de feminino em mim sobrava para mamãe. E ela resignava-se e me olhava com a alma como quem diz: “meu filho, nos poupe dessa vergonha”.
Quando fiz 20 anos minha mãe desencarnou e eu ganhei a liberdade. Abandonei a casa do meu pai e mudei-me para um lugar longe onde pude ser quem eu sempre fui e livre do olhar de desaprovação do meu pai. Fiquei sabendo de sua morte pelo jornal que relatava, vez ou outra, notas sobre os militares de carreira importante. Não me importei tanto, afinal já me sentia órfão.
Ao desencarnar, vítima de uma doença nova e sem cura, após muitos desencontros deparei-me com tantas verdades sobre a minha história. Vim ao mundo para ajudar com o progresso de papai. Como ele sempre me amara muito, acabaria por exercer sua tolerância e lutaria para defender outros filhos que sofriam como eu.
Eu, por minha vez, após várias encarnações em corpos femininos e sentindo-me superior aos irmãos que não se enquadravam nos padrões sociais, teria certamente valiosos aprendizados. Mamãe, após muito sofrer, teria seus dias mais felizes com a sensação da união família e a depressão não a levaria tão cedo.
Esse era o nosso plano reencarnatório.
O que pretendo deixar é o seguinte recado para quem vive história semelhante à minha: Enfrentem! Enfrentem sempre! Se Deus nos impõe tal prova é porque o aprendizado é necessário e o resultado final certamente trará consequências importantes para o nosso progresso.
Não nos esqueçamos, é claro, que as atitudes no bem serão nossa carta de recomendação por onde andarmos. Amem-se meus irmãos. Respeitem-se, assim como também devem respeitar aqueles que não vibram na mesma sintonia que vocês.
Nada pode dar errado quando o que nos move é a amor. Eu perdi oportunidades valiosas em meu aperfeiçoamento e a minha covardia atrasou também o progresso de meus pais que eu tanto queria proteger.
Nunca deixem de praticar a tolerância, a empatia e a ternura. E isso vale para os iguais a vocês. Mas vale mais ainda para quem é diferente. Fiquem na paz.
Marco Antônio Bernardes
Boa noite meus companheiros nessa jornada tão dura rumo ao que é novo.
Rumo ao que é maior. Acredito que minhas palavras que narram minha triste trajetória terrena possam servir de conforto ou alerta para alguns ou para muitos de vocês. Talvez seja útil para algum conhecido, ou algum conhecido de algum amigo ou familiar.
Tudo começa com meu nascimento em um bairro militar numa cidade do interior de Minas Gerais. Meu pai, militar de carreira exemplar, cresceu em sua profissão devido a seu empenho e disciplina. Machista e chefe da família, mantinha a ordem com punho de ferro. Sei que em seu coração nunca faltou amor, ele simplesmente agia de acordo com o que acreditava ser certo.
Quando me tornei adolescente fui percebendo que tinha algo diferente dos meus amigos da escola militar. Eles sempre muito grosseiros e durões gostavam de contar vantagens e exibir seus dotes com as garotas. Eu ouvia tudo e fingia concordar, mas, no fundo, eu não me interessava por essas histórias e muito menos pelas meninas.
A cada dia sentia-me mais atraído pelos meninos, um em especial. Mas como cresci ouvindo as mais terríveis histórias envolvendo garotos como eu, não me sentia com coragem o suficiente para revelar-me. Meu pai começou a me achar “estranho” e para que não criasse um “maricas”, me levava com frequência em casas de mulheres que vendiam seus corpos por alguns trocados. Que sensação ruim! Que humilhação... mas ele me obrigava e eu não tinha coragem de me assumir.
Acabei me adequando aos moldes preconizados por meu pai. Sentia-me preso dentro de mim mesmo. Como se eu tivesse que escolher entre ser feliz ou fazer papai feliz. Com os outros eu não me preocupava. Mas meu pai exercia sobre mim um poder sobre humano. Seu olhar me congelava. Sempre que ele percebia algo de feminino em mim sobrava para mamãe. E ela resignava-se e me olhava com a alma como quem diz: “meu filho, nos poupe dessa vergonha”.
Quando fiz 20 anos minha mãe desencarnou e eu ganhei a liberdade. Abandonei a casa do meu pai e mudei-me para um lugar longe onde pude ser quem eu sempre fui e livre do olhar de desaprovação do meu pai. Fiquei sabendo de sua morte pelo jornal que relatava, vez ou outra, notas sobre os militares de carreira importante. Não me importei tanto, afinal já me sentia órfão.
Ao desencarnar, vítima de uma doença nova e sem cura, após muitos desencontros deparei-me com tantas verdades sobre a minha história. Vim ao mundo para ajudar com o progresso de papai. Como ele sempre me amara muito, acabaria por exercer sua tolerância e lutaria para defender outros filhos que sofriam como eu.
Eu, por minha vez, após várias encarnações em corpos femininos e sentindo-me superior aos irmãos que não se enquadravam nos padrões sociais, teria certamente valiosos aprendizados. Mamãe, após muito sofrer, teria seus dias mais felizes com a sensação da união família e a depressão não a levaria tão cedo.
Esse era o nosso plano reencarnatório.
O que pretendo deixar é o seguinte recado para quem vive história semelhante à minha: Enfrentem! Enfrentem sempre! Se Deus nos impõe tal prova é porque o aprendizado é necessário e o resultado final certamente trará consequências importantes para o nosso progresso.
Não nos esqueçamos, é claro, que as atitudes no bem serão nossa carta de recomendação por onde andarmos. Amem-se meus irmãos. Respeitem-se, assim como também devem respeitar aqueles que não vibram na mesma sintonia que vocês.
Nada pode dar errado quando o que nos move é a amor. Eu perdi oportunidades valiosas em meu aperfeiçoamento e a minha covardia atrasou também o progresso de meus pais que eu tanto queria proteger.
Nunca deixem de praticar a tolerância, a empatia e a ternura. E isso vale para os iguais a vocês. Mas vale mais ainda para quem é diferente. Fiquem na paz.
Marco Antônio Bernardes
Começando pelo fim - juiz/consciência
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Mulher alcoólatra que abandonou seu filho em uma lixeira - Zíbia Gasparetto
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