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1
O DISCURSO ARGUMENTATIVOO DISCURSO ARGUMENTATIVO
NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃONOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
DIGITAISDIGITAIS
Prof.ª Drª Juliana da Silveira
juliasilveira@hotmail.com
2
Pontos da Palestra
1) O que é argumentação ?
2) O que é discurso ?
3) Condições de produção dos meios de
comunicação digitais
4) Uma visão discursiva das conversações
nas mídias sociais digitais
3
O que é argumentação?O que é argumentação?
1) O que é argumentação?
4
A argumentação é objeto de estudo de
diferentes teorias lógica, retórica,
filosofia, nova retórica, pragmática,
análise do discurso...
1) O que é argumentação?
5
Retórica (Aristóteles)
Nova retórica (Perelman e Olbrechts-Tyteca –
1996)
Semântica argumentativa (Oswald Ducrot e
Ascombre)
Análise do discurso (Pragmático – Charadeau,
Ruth Amossy, Osakabe)
1) O que é argumentação?
6
Triângulo retórica aristotélica: Aristóteles delimita a
existência de três elementos na composição do discurso:
aquele que fala; aquilo sobre o que se fala e aquele a
quem se fala
ETHOSETHOS
PATHOSPATHOS LOGOSLOGOS
argumentação
1) O que é argumentação?
7
Teoria da Argumentação na Língua (TAL)
•Ducrot e Ascombre (Semântica argumentativa)
•Diferença entre argumentação retórica e argumentação
linguística
•A argumentação está presente na língua, e não fora dela
diz respeito ao encadeamentos de duas proposições que
orientam para uma direção
1) O que é argumentação?
8
A diferença essencial entre as duas concepções de argumentação
reside na abordagem, linguística ou não: Ducrot entende que a
argumentação retórica precisa valer-se de uma série de outros
mecanismos, ou da análise de tais mecanismos, que não são
linguísticos, para se efetivar como argumentação que leva alguém a
fazer algo (desenvolvimento de uma imagem positiva do locutor e do
desejo do ouvinte de crer no orador). Já seu entendimento de que o
próprio sistema linguístico é argumentativo toma por base o fato de
que palavras e enunciados oferecem uma orientação argumentativa
ao discurso. No exemplo: “tu diriges depressa demais, tu corres o
risco de sofrer um acidente”, dado pelo autor (2009, p. 22), depressa
demais e acidente possuem uma relação semântica atualizada pelo
discurso, diferente da relação possível entre, por exemplo, depressa
demais e multa. Como afirma Ducrot, “o próprio conteúdo do
argumento só pode ser compreendido pelo fato de que conduz à
conclusão” (AZEVEDO e MILESKI, 2011)
1) O que é argumentação?
9
A Nova retórica (Perelman e Olbrechts-Tyteca -1947/1958):
•Escrevem Tratado da argumentação, retomando a visão
dialética de Aristóteles
•Nova roupagem aos estudos retóricos;
•Noção de auditório de Aristóteles é retomada como
elemento fundamental do desenvolvimento da argumentação;
•Argumentação adquire sentido pela relação entre orador e
auditório;
•O auditório é visto sob a ótica da heterogeneidade.
1) O que é argumentação?
10
“O conhecimento jurídico de qual seria a
decisão judicial verdadeiramente derivada de
uma norma geral, com exclusão de todas as
outras, as falsamente derivadas; ocupa-se,
isto sim, dos meios de sustentar determinada
decisão como sendo mais justa, equitativa,
razoável, oportuna ou conforme o direito do
que outras tantas decisões igualmente
cabíveis.” (COELHO, 2005)
1) O que é argumentação?
11
Análise do Discurso
- Patrick Charaudeau (Discurso político e Discurso
das Mídias)
- Ruth Amossy (Revisão da argumentação na
Análise do Discurso)
- Hakira Osakabe (Retomada da AD materialista,
Michel Pêcheux, para pensar a argumentação no
discurso político)
1) O que é argumentação?
12
O que é discurso?O que é discurso?
O que é discurso argumentativo?
13
Ao criticar o esquema elementar da
comunicação, Michel Pêcheux (1969)
vai dizer que o discurso é:
““efeito de sentidos entre interlocutores”efeito de sentidos entre interlocutores”
2) O que é discurso?
14
“Dizer que o discurso é efeito de sentidos entre interlocutores significa
deslocar a análise do discurso do terreno da linguagem como instrumento
de comunicação. Além disso significa, em termos do esquema elementar
da comunicação, sair do comportamentalismo que preside a relação entre
locutores como relação de estímulo e resposta em que alguém toma a
palavra transmite uma mensagem a propósito de um referente e
baseando-se em um código que seria a língua, o outro responde e
teríamos aí o circuito da comunicação. Não há essa relação linear entre
enunciador e destinatário. Ambos estão sempre já tocados pelo simbólico.
Tampouco a língua é apenas um código no qual se pautaria a mensagem
que seria assim transmitida de um a outro. Não há essa transmissão: há
efeitos de sentidos entre locutores. Efeitos que resultam da relação de
sujeitos simbólicos que participam do discurso, dentro de circunstâncias
dadas. [...] Daí dizermos que na análise do discurso não podemos deixar
de relacionar o discurso com suas condições de produção, sua
exterioridade.” (ORLANDI, 2006, p, 15)
2) O que é discurso?
15
““O sujeito da análise do discursoO sujeito da análise do discurso
não é o sujeito empírico, mas a posição sujeito
projetada no discurso. isso significa dizer que há
em toda a língua mecanismos de projeção que
nos permitem passar da situação sujeito para a
posição sujeito no discurso. Portanto, não é o
sujeito físico, empírico que funciona no discurso,
mas a posição sujeito discursiva. O enunciador e
o destinatário, enquanto sujeitos, são pontos de
relação de interlocução, indicando diferentes
posições sujeito”. (ORLANDI, 2006, p.15)
2) O que é discurso?
16
““Formação discursiva e interdiscursoFormação discursiva e interdiscurso
Remetem ao fato de que o sentido de uma palavra, uma expressão, de
uma proposição etc., não existe em si mesmo (isto é, em uma relação
transparente com a literalidade) mas ao contrário é determinado pelas
posições ideológicas que estão em jogo no processo sócio-histórico no
qual as palavras, expressões, proposições são produzidas (isto é,
reproduzidas). Elas mudam de sentido segundo as posições
sustentadas por aqueles que as empregam. As formações discursivas
são a projeção, na linguagem, das formações ideológicas. Chamamos
então formação discursiva aquilo que numa formação ideológica dada,
isto é, a partir de uma posição dada numa conjuntura dada, determina
o que pode e deve ser dito. [...] O discurso é aO discurso é a
materialidade específica da ideologia e a língua ématerialidade específica da ideologia e a língua é
a materialidade específica do discursoa materialidade específica do discurso.”(ORLANDI,
2006, p. 17)
2) O que é discurso?
17
18
“Um discurso envia a outro, frente ao qual é
uma resposta direta ou indireta, ou do qual
ele “orquestra” os termos principais, ou cujos
argumentos destrói. Assim é que o processo
discursivo não tem, de direito, um início: o
discurso se estabelece sempre sobre um
discurso prévio” (PÊCHEUX, 1969)
2) O que é discurso?
Dimensão argumentativa do discursoDimensão argumentativa do discurso
19
““O jogo das formações imagináriasO jogo das formações imaginárias
presidem todo discurso:presidem todo discurso:
a imagem que o sujeito faz dele mesmo, a
imagem que ele faz de seu interlocutor, a
imagem que ele faz do objeto do discurso. Assim
como também se tem a imagem que o
interlocutor tem de si mesmo, de quem lhe fala, e
do objeto de discurso”. (ORLANDI, 2006, p.15)
2) O que é discurso?
20
Quadro das formações imaginárias de Michel Pêcheux:Quadro das formações imaginárias de Michel Pêcheux:
Ia (a)
Ia (b)
Ia (r)
Ib (b)
Ib (a)
Ib (r)
- Imagem que A tem de A
- Imagem que A tem de B
- Imagem que A tem de R
- Imagem que B tem de B
- Imagem que B tem de A
- Imagem que B tem de R
2) O que é discurso?
21
““As condições de produção do discursoAs condições de produção do discurso,,
incluem os sujeitos e a situação. A situação, por
sua vez, pode ser pensada no sentido estrito e
em sentido lato. Em sentido estrito ela
compreende as circunstâncias da enunciação, o
aqui e o agora do dizer, o contexto imediato. No
sentido lato, a situação compreende o contexto
sóciohistórico, ideológico, mais amplo”
(ORLANDI, 2006, p. 15)
2) O que é discurso?
22
“O sujeito e a situação que tinham sido postos para
fora da análise linguística, contam
fundamentalmente para a análise do discurso. Mas
este sujeito e esta situação contam na medida em
que são redefinidos discursivamente como partes
das condições de produção do discurso. Daí
dizermos que na análise do discurso não podemos
deixar de relacionar o discurso com suas condições
de produção, sua exterioridade.” (ORLANDI, 2006,
p. 15)
2) O que é discurso?
23
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
- Efeito conversa global interconectada;
- Profusão gigantesca do arquivo de trocas de dados
em um contexto dito interativo, cada vez mais
quantificáveis e mapeáveis pelas práticas
tecnocientíficas que se proliferam nos dias atuais;
24
Na esteira do que escreve Castells (2013), podemos dizer que
“o ambiente comunicacional afeta diretamente as normas de construção
de significado e, portanto, a produção de relações de poder”
(CASTELLS, 2013, p. 15).
Do ponto de vista discursivo não é a “interação” o elemento mais
relevante, mas a relação dos sujeitos com as “informações” que circulam
nos meios de comunicação digitais e de que os sujeitos produzem seus
discursos nesse espaço de divisões e polêmicas.
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
25
Chama a atenção o destaque que os
analistas da “informação” e
“comunicação” conferem à emergência
e o aumento do número cada dia maior
que os usuários comuns ganham no
mundo digital, sobretudo no acesso às
mídias sociais digitais.
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
26
Tradicionalmente, os responsáveis por distribuir as
informações, notícias e pronunciamentos políticos
sempre foram os grandes veículos de radiodifusão
e da chamada grande imprensa, que sempre
apareceram sob o efeito de transparência,
objetividade, informatividade, neutralidade etc.
Buscava-se, assim, atender ao anseio por
informação e conhecimento próprio dos sujeitos
contemporâneos que, como escreve Orlandi (2008,
p.144) “precisam se informar sobre tudo”.
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
27
Espaço de disputa pela palavra e pelo
sentido: vlogs, twitter e blogs
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
28
https://www.youtube.com/watch?v=LuEdiQxWV7o
Estado Islâmico e Mariana – MGEstado Islâmico e Mariana – MG
MAS POXA VIDAMAS POXA VIDA
A disputa de sentidos nos VLOGSA disputa de sentidos nos VLOGS
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
29
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
A disputa de sentidos nos VLOGSA disputa de sentidos nos VLOGS
“A luta pelos objetos com o intuito de preenchê-
los de significado para todos em qualquer
condição, além de não ser possível, busca um
consenso que é imobilizador. Seja em
movimentos de esquerda ou em políticas
públicas atuais, os objetos paradoxais não
comportam, eles mesmos, a mudança. Ser
contra ou ser favorável a um lugar ocupado por
estes objetos em nossa formação social, quando
reduzido ao performativo, substitui as práticas
por gestos de consenso” (ADORNO, 2015).
30
A noção de informação, regida pela
tensão entre o excesso e a falta, passa a
ser estruturante da relação entre os
discursos políticos e midiáticos e os
sujeitos ordinários, uma vez que em
nossa sociedade, a noção de informação
funciona sob o efeito da estabilidade.
(SILVEIRA, 2015)
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
31
* Hashtags são consideradas como elementos
tecnodiscursivos que servem à circulação de conteúdos
político-midiáticos a partir da veiculação de um ponto de
vista dos sujeitos ordinários no embate com as versões
oficiais;
* Forte reorganização do jogo argumentativo da
linguagem nesse espaço de circulação digital, que passa
a ser mais valorizado justamente por seu caráter
polissêmico e não por ser caráter de “verdade”;
.
AS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTOAS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTO
DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)
32
* Midiatização das versões e opiniões não “oficiais” e não
“legitimadas” postas em circulação por usuários comuns;
* Complexidade das tecnologias midiáticas e o link entre
canais oficiais e não oficiais, um trabalhando o discurso
do outro, transforma os meios digitais em espaços
próprios para a disputa dos sentidos e para a construção
de processos imaginários também variados e complexos
* Construção de arquivos antagônicos, cuja
argumentação se organiza em torno das diferentes FDs.
AS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTOAS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTO
DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)
33
#jesuisnico#jesuisnico
https://www.youtube.com/watch?v=Za0SsAxh-Es
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
34
O ENUNCIADO LIBERDADE DE EXPRESSÃOO ENUNCIADO LIBERDADE DE EXPRESSÃO
(SOUZA, 2015)(SOUZA, 2015)
* Formação Discursiva de Mídia Progressista (FDMP)
* Questiona a existência de liberdade de expressão no
Brasil
* Liberdade de expressão - regulação dos meios de
comunicação
* É um enunciado dividido
* Legitimação de um outro lugar de dizer
* Língua de protesto: produz sentidos que apontam para
uma redistribuição do poder de tomar decisões
importantes em sociedade.
3) Condições de produção do discurso
nas mídias sociais digitais
35
Frente a um discurso dominante a circulação de versões
que constroem novos argumentos, que visam manter a
abertura do espaço democrático e frente aos diversos
riscos que corremos de vermos nosso direito à palavra e
ao debate caçados ou limitados a observações
classificatórias, redutores e performativas; frente, ainda, ao
domínio de uma mídia hegemônica, ainda que essa
funcione sob a evidência de ser um espaço democrático -
que apaga o caráter técnico da estrutura, com os gestos
antecipadores de programadores – eles mesmos sujeitos
à ordem do espetacular e ao regime da visibilidade – dos
rankings e concorrências entre palavras-chaves, ou da
ideologia da “audiência pela audiência” da prática
jornalística) o espaço midiático digital ainda se constitui
como um espaço polêmico dos discursos.
Conclusão
36
Do potencial emocional e afetivo da argumentação nasDo potencial emocional e afetivo da argumentação nas
mídias digitaismídias digitais
Pra não dizer que não falei de Facebook
37
38
Aproveitando que estamos falando em força argumentativa coletiva global...
https://www.youtube.com/watch?v=Us-TVg40ExM
Stand By Me | Playing For Change | Song AroundStand By Me | Playing For Change | Song Around
the Worldthe World
39
ADORNO, Guilherme. Discursos sobre o eu na composição material dos
vlogs (no prelo). 2015. 150 f. Tese (Doutorado) - Curso de Estudos da
Linguagem, Iel, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015.
AMOSSY, Ruth (Org.). Imagens de Si no Discurso: a construção do ethos. 2.
ed. São Paulo: Contexto, 2011.
CHARAUDEAU, P. Discurso político. São Paulo: Contexto,
ORLANDI, Eni; LAGAZZI, Suzy.(orgs.). Discurso e textualidade. Campinas, SP:
Pontes Editores, 2006.
OSAKABE, Haquira. Argumentação e discurso político. São Paulo : Martins
Fontes, 1999.
PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 4.
ed. Campinas, Sp: Editora da Unicamp, 2009. 287 p. Tradução de: Eni Puccinelli
Orlandi.
Referências
40
SENA, G. C. A; FIGUEIREDO, M. F. Um estudo da Teoria da
Argumentação da Retórica Aristotélica à Teoria dos Blocos
Semânticos. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 02, n. 01, p. 4 – 23,
jan./jun. 2013. Disponível em:<
file:///C:/Users/Juliana/Downloads/539-1268-1-PB.pdf>. Acesso em 10 nov
2015.
SOUZA, Renata Adriana de. O enunciado liberdade de expressão em
Webblogs progressistas:: produção e circulação de sentidos (no prelo).
2015. 200 f. Tese (Doutorado) - Curso de Letras, Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Port Alegre, 2015.
PERELMAN, Chaim. Tratado da argumentação: a nova retórica. 2ª ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2005.
SILVEIRA, Juliana da. Rumor(es) e Humor(es) na circulação de
hashtags do discurso político ordinário no Twitter (no prelo). 2015.
200 f. Tese (Doutorado) - Curso de Letras, Pós-graduação em Letras,
Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.
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O Discurso argumentativo nos meios de comunicação digitais

  • 1. 1 O DISCURSO ARGUMENTATIVOO DISCURSO ARGUMENTATIVO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃONOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAISDIGITAIS Prof.ª Drª Juliana da Silveira juliasilveira@hotmail.com
  • 2. 2 Pontos da Palestra 1) O que é argumentação ? 2) O que é discurso ? 3) Condições de produção dos meios de comunicação digitais 4) Uma visão discursiva das conversações nas mídias sociais digitais
  • 3. 3 O que é argumentação?O que é argumentação? 1) O que é argumentação?
  • 4. 4 A argumentação é objeto de estudo de diferentes teorias lógica, retórica, filosofia, nova retórica, pragmática, análise do discurso... 1) O que é argumentação?
  • 5. 5 Retórica (Aristóteles) Nova retórica (Perelman e Olbrechts-Tyteca – 1996) Semântica argumentativa (Oswald Ducrot e Ascombre) Análise do discurso (Pragmático – Charadeau, Ruth Amossy, Osakabe) 1) O que é argumentação?
  • 6. 6 Triângulo retórica aristotélica: Aristóteles delimita a existência de três elementos na composição do discurso: aquele que fala; aquilo sobre o que se fala e aquele a quem se fala ETHOSETHOS PATHOSPATHOS LOGOSLOGOS argumentação 1) O que é argumentação?
  • 7. 7 Teoria da Argumentação na Língua (TAL) •Ducrot e Ascombre (Semântica argumentativa) •Diferença entre argumentação retórica e argumentação linguística •A argumentação está presente na língua, e não fora dela diz respeito ao encadeamentos de duas proposições que orientam para uma direção 1) O que é argumentação?
  • 8. 8 A diferença essencial entre as duas concepções de argumentação reside na abordagem, linguística ou não: Ducrot entende que a argumentação retórica precisa valer-se de uma série de outros mecanismos, ou da análise de tais mecanismos, que não são linguísticos, para se efetivar como argumentação que leva alguém a fazer algo (desenvolvimento de uma imagem positiva do locutor e do desejo do ouvinte de crer no orador). Já seu entendimento de que o próprio sistema linguístico é argumentativo toma por base o fato de que palavras e enunciados oferecem uma orientação argumentativa ao discurso. No exemplo: “tu diriges depressa demais, tu corres o risco de sofrer um acidente”, dado pelo autor (2009, p. 22), depressa demais e acidente possuem uma relação semântica atualizada pelo discurso, diferente da relação possível entre, por exemplo, depressa demais e multa. Como afirma Ducrot, “o próprio conteúdo do argumento só pode ser compreendido pelo fato de que conduz à conclusão” (AZEVEDO e MILESKI, 2011) 1) O que é argumentação?
  • 9. 9 A Nova retórica (Perelman e Olbrechts-Tyteca -1947/1958): •Escrevem Tratado da argumentação, retomando a visão dialética de Aristóteles •Nova roupagem aos estudos retóricos; •Noção de auditório de Aristóteles é retomada como elemento fundamental do desenvolvimento da argumentação; •Argumentação adquire sentido pela relação entre orador e auditório; •O auditório é visto sob a ótica da heterogeneidade. 1) O que é argumentação?
  • 10. 10 “O conhecimento jurídico de qual seria a decisão judicial verdadeiramente derivada de uma norma geral, com exclusão de todas as outras, as falsamente derivadas; ocupa-se, isto sim, dos meios de sustentar determinada decisão como sendo mais justa, equitativa, razoável, oportuna ou conforme o direito do que outras tantas decisões igualmente cabíveis.” (COELHO, 2005) 1) O que é argumentação?
  • 11. 11 Análise do Discurso - Patrick Charaudeau (Discurso político e Discurso das Mídias) - Ruth Amossy (Revisão da argumentação na Análise do Discurso) - Hakira Osakabe (Retomada da AD materialista, Michel Pêcheux, para pensar a argumentação no discurso político) 1) O que é argumentação?
  • 12. 12 O que é discurso?O que é discurso? O que é discurso argumentativo?
  • 13. 13 Ao criticar o esquema elementar da comunicação, Michel Pêcheux (1969) vai dizer que o discurso é: ““efeito de sentidos entre interlocutores”efeito de sentidos entre interlocutores” 2) O que é discurso?
  • 14. 14 “Dizer que o discurso é efeito de sentidos entre interlocutores significa deslocar a análise do discurso do terreno da linguagem como instrumento de comunicação. Além disso significa, em termos do esquema elementar da comunicação, sair do comportamentalismo que preside a relação entre locutores como relação de estímulo e resposta em que alguém toma a palavra transmite uma mensagem a propósito de um referente e baseando-se em um código que seria a língua, o outro responde e teríamos aí o circuito da comunicação. Não há essa relação linear entre enunciador e destinatário. Ambos estão sempre já tocados pelo simbólico. Tampouco a língua é apenas um código no qual se pautaria a mensagem que seria assim transmitida de um a outro. Não há essa transmissão: há efeitos de sentidos entre locutores. Efeitos que resultam da relação de sujeitos simbólicos que participam do discurso, dentro de circunstâncias dadas. [...] Daí dizermos que na análise do discurso não podemos deixar de relacionar o discurso com suas condições de produção, sua exterioridade.” (ORLANDI, 2006, p, 15) 2) O que é discurso?
  • 15. 15 ““O sujeito da análise do discursoO sujeito da análise do discurso não é o sujeito empírico, mas a posição sujeito projetada no discurso. isso significa dizer que há em toda a língua mecanismos de projeção que nos permitem passar da situação sujeito para a posição sujeito no discurso. Portanto, não é o sujeito físico, empírico que funciona no discurso, mas a posição sujeito discursiva. O enunciador e o destinatário, enquanto sujeitos, são pontos de relação de interlocução, indicando diferentes posições sujeito”. (ORLANDI, 2006, p.15) 2) O que é discurso?
  • 16. 16 ““Formação discursiva e interdiscursoFormação discursiva e interdiscurso Remetem ao fato de que o sentido de uma palavra, uma expressão, de uma proposição etc., não existe em si mesmo (isto é, em uma relação transparente com a literalidade) mas ao contrário é determinado pelas posições ideológicas que estão em jogo no processo sócio-histórico no qual as palavras, expressões, proposições são produzidas (isto é, reproduzidas). Elas mudam de sentido segundo as posições sustentadas por aqueles que as empregam. As formações discursivas são a projeção, na linguagem, das formações ideológicas. Chamamos então formação discursiva aquilo que numa formação ideológica dada, isto é, a partir de uma posição dada numa conjuntura dada, determina o que pode e deve ser dito. [...] O discurso é aO discurso é a materialidade específica da ideologia e a língua ématerialidade específica da ideologia e a língua é a materialidade específica do discursoa materialidade específica do discurso.”(ORLANDI, 2006, p. 17) 2) O que é discurso?
  • 17. 17
  • 18. 18 “Um discurso envia a outro, frente ao qual é uma resposta direta ou indireta, ou do qual ele “orquestra” os termos principais, ou cujos argumentos destrói. Assim é que o processo discursivo não tem, de direito, um início: o discurso se estabelece sempre sobre um discurso prévio” (PÊCHEUX, 1969) 2) O que é discurso? Dimensão argumentativa do discursoDimensão argumentativa do discurso
  • 19. 19 ““O jogo das formações imagináriasO jogo das formações imaginárias presidem todo discurso:presidem todo discurso: a imagem que o sujeito faz dele mesmo, a imagem que ele faz de seu interlocutor, a imagem que ele faz do objeto do discurso. Assim como também se tem a imagem que o interlocutor tem de si mesmo, de quem lhe fala, e do objeto de discurso”. (ORLANDI, 2006, p.15) 2) O que é discurso?
  • 20. 20 Quadro das formações imaginárias de Michel Pêcheux:Quadro das formações imaginárias de Michel Pêcheux: Ia (a) Ia (b) Ia (r) Ib (b) Ib (a) Ib (r) - Imagem que A tem de A - Imagem que A tem de B - Imagem que A tem de R - Imagem que B tem de B - Imagem que B tem de A - Imagem que B tem de R 2) O que é discurso?
  • 21. 21 ““As condições de produção do discursoAs condições de produção do discurso,, incluem os sujeitos e a situação. A situação, por sua vez, pode ser pensada no sentido estrito e em sentido lato. Em sentido estrito ela compreende as circunstâncias da enunciação, o aqui e o agora do dizer, o contexto imediato. No sentido lato, a situação compreende o contexto sóciohistórico, ideológico, mais amplo” (ORLANDI, 2006, p. 15) 2) O que é discurso?
  • 22. 22 “O sujeito e a situação que tinham sido postos para fora da análise linguística, contam fundamentalmente para a análise do discurso. Mas este sujeito e esta situação contam na medida em que são redefinidos discursivamente como partes das condições de produção do discurso. Daí dizermos que na análise do discurso não podemos deixar de relacionar o discurso com suas condições de produção, sua exterioridade.” (ORLANDI, 2006, p. 15) 2) O que é discurso?
  • 23. 23 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais - Efeito conversa global interconectada; - Profusão gigantesca do arquivo de trocas de dados em um contexto dito interativo, cada vez mais quantificáveis e mapeáveis pelas práticas tecnocientíficas que se proliferam nos dias atuais;
  • 24. 24 Na esteira do que escreve Castells (2013), podemos dizer que “o ambiente comunicacional afeta diretamente as normas de construção de significado e, portanto, a produção de relações de poder” (CASTELLS, 2013, p. 15). Do ponto de vista discursivo não é a “interação” o elemento mais relevante, mas a relação dos sujeitos com as “informações” que circulam nos meios de comunicação digitais e de que os sujeitos produzem seus discursos nesse espaço de divisões e polêmicas. 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 25. 25 Chama a atenção o destaque que os analistas da “informação” e “comunicação” conferem à emergência e o aumento do número cada dia maior que os usuários comuns ganham no mundo digital, sobretudo no acesso às mídias sociais digitais. 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 26. 26 Tradicionalmente, os responsáveis por distribuir as informações, notícias e pronunciamentos políticos sempre foram os grandes veículos de radiodifusão e da chamada grande imprensa, que sempre apareceram sob o efeito de transparência, objetividade, informatividade, neutralidade etc. Buscava-se, assim, atender ao anseio por informação e conhecimento próprio dos sujeitos contemporâneos que, como escreve Orlandi (2008, p.144) “precisam se informar sobre tudo”. 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 27. 27 Espaço de disputa pela palavra e pelo sentido: vlogs, twitter e blogs 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 28. 28 https://www.youtube.com/watch?v=LuEdiQxWV7o Estado Islâmico e Mariana – MGEstado Islâmico e Mariana – MG MAS POXA VIDAMAS POXA VIDA A disputa de sentidos nos VLOGSA disputa de sentidos nos VLOGS 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 29. 29 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais A disputa de sentidos nos VLOGSA disputa de sentidos nos VLOGS “A luta pelos objetos com o intuito de preenchê- los de significado para todos em qualquer condição, além de não ser possível, busca um consenso que é imobilizador. Seja em movimentos de esquerda ou em políticas públicas atuais, os objetos paradoxais não comportam, eles mesmos, a mudança. Ser contra ou ser favorável a um lugar ocupado por estes objetos em nossa formação social, quando reduzido ao performativo, substitui as práticas por gestos de consenso” (ADORNO, 2015).
  • 30. 30 A noção de informação, regida pela tensão entre o excesso e a falta, passa a ser estruturante da relação entre os discursos políticos e midiáticos e os sujeitos ordinários, uma vez que em nossa sociedade, a noção de informação funciona sob o efeito da estabilidade. (SILVEIRA, 2015) 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 31. 31 * Hashtags são consideradas como elementos tecnodiscursivos que servem à circulação de conteúdos político-midiáticos a partir da veiculação de um ponto de vista dos sujeitos ordinários no embate com as versões oficiais; * Forte reorganização do jogo argumentativo da linguagem nesse espaço de circulação digital, que passa a ser mais valorizado justamente por seu caráter polissêmico e não por ser caráter de “verdade”; . AS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTOAS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTO DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)
  • 32. 32 * Midiatização das versões e opiniões não “oficiais” e não “legitimadas” postas em circulação por usuários comuns; * Complexidade das tecnologias midiáticas e o link entre canais oficiais e não oficiais, um trabalhando o discurso do outro, transforma os meios digitais em espaços próprios para a disputa dos sentidos e para a construção de processos imaginários também variados e complexos * Construção de arquivos antagônicos, cuja argumentação se organiza em torno das diferentes FDs. AS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTOAS HASHTAGS POLÍTICAS E HUMORÍSTICAS COMO ARGUMENTO DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)DO DISCURSO ORDINÁRIO (SILVEIRA, 2015)
  • 34. 34 O ENUNCIADO LIBERDADE DE EXPRESSÃOO ENUNCIADO LIBERDADE DE EXPRESSÃO (SOUZA, 2015)(SOUZA, 2015) * Formação Discursiva de Mídia Progressista (FDMP) * Questiona a existência de liberdade de expressão no Brasil * Liberdade de expressão - regulação dos meios de comunicação * É um enunciado dividido * Legitimação de um outro lugar de dizer * Língua de protesto: produz sentidos que apontam para uma redistribuição do poder de tomar decisões importantes em sociedade. 3) Condições de produção do discurso nas mídias sociais digitais
  • 35. 35 Frente a um discurso dominante a circulação de versões que constroem novos argumentos, que visam manter a abertura do espaço democrático e frente aos diversos riscos que corremos de vermos nosso direito à palavra e ao debate caçados ou limitados a observações classificatórias, redutores e performativas; frente, ainda, ao domínio de uma mídia hegemônica, ainda que essa funcione sob a evidência de ser um espaço democrático - que apaga o caráter técnico da estrutura, com os gestos antecipadores de programadores – eles mesmos sujeitos à ordem do espetacular e ao regime da visibilidade – dos rankings e concorrências entre palavras-chaves, ou da ideologia da “audiência pela audiência” da prática jornalística) o espaço midiático digital ainda se constitui como um espaço polêmico dos discursos. Conclusão
  • 36. 36 Do potencial emocional e afetivo da argumentação nasDo potencial emocional e afetivo da argumentação nas mídias digitaismídias digitais Pra não dizer que não falei de Facebook
  • 37. 37
  • 38. 38 Aproveitando que estamos falando em força argumentativa coletiva global... https://www.youtube.com/watch?v=Us-TVg40ExM Stand By Me | Playing For Change | Song AroundStand By Me | Playing For Change | Song Around the Worldthe World
  • 39. 39 ADORNO, Guilherme. Discursos sobre o eu na composição material dos vlogs (no prelo). 2015. 150 f. Tese (Doutorado) - Curso de Estudos da Linguagem, Iel, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. AMOSSY, Ruth (Org.). Imagens de Si no Discurso: a construção do ethos. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2011. CHARAUDEAU, P. Discurso político. São Paulo: Contexto, ORLANDI, Eni; LAGAZZI, Suzy.(orgs.). Discurso e textualidade. Campinas, SP: Pontes Editores, 2006. OSAKABE, Haquira. Argumentação e discurso político. São Paulo : Martins Fontes, 1999. PÊCHEUX, Michel. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 4. ed. Campinas, Sp: Editora da Unicamp, 2009. 287 p. Tradução de: Eni Puccinelli Orlandi. Referências
  • 40. 40 SENA, G. C. A; FIGUEIREDO, M. F. Um estudo da Teoria da Argumentação da Retórica Aristotélica à Teoria dos Blocos Semânticos. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 02, n. 01, p. 4 – 23, jan./jun. 2013. Disponível em:< file:///C:/Users/Juliana/Downloads/539-1268-1-PB.pdf>. Acesso em 10 nov 2015. SOUZA, Renata Adriana de. O enunciado liberdade de expressão em Webblogs progressistas:: produção e circulação de sentidos (no prelo). 2015. 200 f. Tese (Doutorado) - Curso de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Port Alegre, 2015. PERELMAN, Chaim. Tratado da argumentação: a nova retórica. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. SILVEIRA, Juliana da. Rumor(es) e Humor(es) na circulação de hashtags do discurso político ordinário no Twitter (no prelo). 2015. 200 f. Tese (Doutorado) - Curso de Letras, Pós-graduação em Letras, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015. Referências

Notas do Editor

  1. A minha fala será organizada em 4 tópicos diferentes, mas que se interelacionam com a proposta de falar sobre argumentação nos meios de comunicação digitais, portanto, da noção/conceito de ARGUMENTAÇÃO, passar pelo conceito de DISCURSO – MATERIALISTA, para depois articular esses ESTUDOS com alguns trabalhos e discussões sobre os chamados MEIOS DE COMUNICAÇÃO DIGITAIS, mais precisamente nesse momento sobre algumas MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS.