1. LINGUA PORTUGUESA - PROFa DANIELA GATOLINI
NEOLOGISMO: nova palavra. Os neologismos são muito comuns na mídia e também com
os recém-chegados como, por exemplo, a internet. Nesta, encontramos vários termos que
acabaram se tornando cotidianos em nosso vocabular: deletar, printar, escanear, mouse,
site e etc.
Esses termos surgem como um modo de suprir uma necessidade vocabular momentânea,
transitória ou permanente.
Momentânea: surge bruscamente em um diálogo entre amigos. Pode até ter uma
repercussão maior, mas acaba sendo esquecida com o tempo: somatoriar.
Transitória: aparece em um determinado grupo e se espalha para os demais. Pode tanto
ser esquecida, como pode se tornar parte do vocabulário da língua: mensalão.
Permanente: surge rapidamente, mas por ser muito utilizada, acaba por se estabelecer de
vez no idioma e se tornar parte do léxico: deletar.
Geralmente, os neologismos são criados a partir de processos que já existem na língua:
justaposição Unem-se os vocábulos sem perder de todo sua autonomia, ou seja, sem
alterar a sua integridade fônica, Pombo-correio, porco-espinho,
aglutinacao Os vocábulos se unem de tal forma que perdem a sua integridade fônica,
ou seja há perda de fonema ou de tonicidade (uma sílaba tônica passa a átona) perna + longo -
pernilongo
Podemos dizer que neologismo é toda palavra que não existia e passou a existir,
independente do tempo de vida.
Pode ser ainda a aquisição de palavras pertencentes à outra língua, como em alguns dos
termos na informática, já citados acima. Ainda pode ser um novo sentido que damos a
termos já existentes, como por exemplo, a palavra burro, que ganhou novo significado:
pessoa que não é inteligente!
O neologismo está presente na representação de sons (puf!, Vrum!, miar, piar, tibum,
chuá, cataplaft, etc) e na linguagem do msn (blz, flw, t+, qq, vc, ker, abc, xau, bju, etc).
Nesta última, até mesmo os próprios símbolos são neologismos, uma vez que estes
representam a linguagem não verbal e são considerados como parte da língua: =) (feliz),
=( (triste).
Nós, como falantes, sentimos necessidade em criar e recriar palavras e sentidos, pois a
língua é viva e apresenta muitas possibilidades de transformações, inovações.
Um exemplo muito citado de neologismo está no poema de Manuel Bandeira que possui
este mesmo título:
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.