2. O Impressionismo.
O Impressionismo foi um movimento que
revolucionou a pintura e deu início as
grandes tendências da arte do século XX.
Os impressionistas buscavam observar os
diversos efeitos da luz solar sobre os
objetos ao longo do dia para registrar na
tela as variações provocadas nas cores da
natureza. Eles não chegaram a formar
uma escola o sistema; apenas
compartilharam algumas técnicas e
procedimentos gerais.
3. Cor e movimento no pincel
Observe nas obras os seguintes aspectos: ausência de contorno nítido nos barcos, casas,
pessoas e árvores evidência das pinceladas coloridas do artista reflexo dos Barcos das
casas e das árvores; nas duas telas a paisagem é a mesma; o que difere é o ponto de
onde ela é vista e a luz do dia que cada imagem reflete. Em uma delas, há Sol e a água
parece tranquila; na outra, temos a impressão de um dia nublado e de vento, pois as
pinceladas com que o artista pintou a água sugere agitação.
6. Procedimentos
gerais dos
impressionistas.
a pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao
refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da
natureza se modificam constantemente dependendo da incidência da
luz do sol.
As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é só uma
forma encontrada pelo ser humano para representar, por meio de
imagens, a natureza, os objetos, os seres em geral, etc.
As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão
visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores as
representavam até então.
As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas
na paleta. Devem ser puros e utilizadas na telas em pequenas
pinceladas. É O Observador que, ao apreciar a pintura, combina as
várias cores, obtendo o resultado final.
A mistura das cores passa a ser, portanto, resultado do olhar humano,
e não da técnica do pintor, pois ele não as misturas em sua paleta.
7. Os grandes
pintores
impressionistas
O primeiro contato do público com os
impressionistas foi em uma exposição
coletiva realizada em Paris em 1874. O
público e os críticos, porém, reagiram
mal ao movimento pois ainda se
mantinham fiéis a pintura tradicional. Só
na década seguinte os impressionistas
começaram a ser compreendidos.
8. Monet as cores
mutáveis da
natureza
O francês Claude Monet 1840-1926
apreciava a pintura ao ar livre, que lhe
permite a reproduzir os efeitos da luz
solar diretamente da natureza. o maior
exemplo desses interesses está na série
que teve como tema a fachada da
catedral de Rouen. Ele a pintou em vários
momentos do dia, registrando as
diferentes entre as impressões que ela
lhe causava.
9. A passagem da
Luz em Rouen
A Catedral de Rouen, importante cidade da
França, começou a ser seguida no final do
século XII e é uma das mais belas construções
góticas francesas. Observe, nas três telas a
variação das cores e da aparência da fachada
da Catedral. A causa dessas variações e a
mudança de luz solar: Monet fez as pinturas em
diferentes momentos do dia, comprovando a
sua ideia de que as cores da natureza e dos
objetos expostos ao ar livre se modificam
constantemente, dependendo da incidência da
luz do sol.
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12. Renoir: alegria
e otimismo
Dois impressionistas, o francês Pierre Auguste
Renoir 1841-1919 foi o que ganhou maior
popularidade, chegando até o reconhecimento
da crítica ainda em vida. Seus quadros
expressam otimismo, alegria e a intensa
movimentação da vida parisiense das últimas
décadas do século XIX. Em 1869, Renoir
envolveu-se em uma curiosa coincidência. Ele e
Monet pintaram a mesma cena: um grupo
divertindo-se próximo a um rio. O fato, além de
dar fama as duas telas, mostrou bem o
empenho de ambos os artistas em explorar as
superfícies que refletem a luz.
13. A dança das
cores
Le Moulin de la galette era um café em
Montmartre, Paris, onde aos domingos se
dançava ao ar livre, sob as árvores e a luz
natural do jardim. Observe o grande número de
pessoas que parecem mover-se felizes durante
o baile. Note as pinceladas coloridas nas
roupas: não se trata de manchas, mas os
diferentes modos como os tecidos refletem a
luz que ilumina o local. Os tons de azul, rosa e
Amarelo sugerem o movimento dos casais em
sua dança.
15. Um só tema
duas visões
La grenouilliere era o nome de um restaurante nos
arredores de Paris, muito procurado aos domingos.
Observe como os dois artistas pintaram um momento
alegre para um grupo de pessoas. Embora
semelhantes, as cenas têm diferenças, duas das quais
chamam mais a atenção: a primeira é que cada pintor
parece ter visto a cena de um ponto diferente, a
segunda é que cada um parece tê-la visto com uma
iluminação solar diferente. Nas duas, porém, notamos
o mesmo aspecto do Impressionismo: é o Observador
que une visualmente as pinceladas coloridas e
compõem o todo, percebido como um grupo se
divertindo.
17. Degas: a luz
dos ambientes
fechados
O francês Edgar Degas 1834-1917 participou do
Impressionismo mas desenvolver um estilo diferente:
além da cor, a grande paixão dos impressionistas, ele
valorizavam o desenho. Pintou poucas paisagens e
cenas ao ar livre: em seus quadros predominam os
ambientes e interiores, onde a luz é artificial. Seu
grande interesse era flagrar o momento da vida das
pessoas, apreender um instante do movimento de um
corpo ou da expressão de um rosto.
A tentativa de flagrar instantes revela a influência da
fotografia sobre Degas. É inegável a semelhança de
alguns dos seus quadros com fotos instantâneas: as
pessoas são pintadas como se tivessem sido
registradas em um momento da ação que realizam,
despreocupadas com a presença do artista.
18. Leveza e
movimento
O Opéra era o teatro mais importante de Paris, e a palavra
foyer, nesse caso, designa o espaço do teatro reservado ao
ensaio das bailarinas. veja como Degas com pois a cena: ao
centro há um espaço vazio, lembrando um círculo; ao redor
dele estão o professor de dança, um músico e as bailarinas.
Uma bailarina se apresenta ao professor três fazem
exercícios na barra, algumas observam a primeira, outras
conversam e uma descansa sentada. Assim, nosso olhar
circula pela cena e podemos ter a impressão de que o
movimento iniciado com a bailarina que se apresenta
continua no círculo formado pelas outras moças, até chegar
a que está sentada. Talvez seja ela aproximar a dançar e
retomar o movimento que parece ter parado nela. Note a
delicadeza das cores e dos desenhos. Degas construir uma
cena de leveza e movimento com linhas e cores suaves.
22. O pontilhismo
Em 1886 ocorreu na França a última exposição Coletiva dos
impressionistas. Uma nova tendência artística teria lugar com dois
de seus participantes - Georges Seurat e Paul Signac -, que
aprofundaram as pesquisas impressionistas quanto à percepção
óptica, isto é, o modo como os objetos são vistos.
George Seurat 1859-1891 em especial, reduziu as pinceladas a um
sistema de pontos uniforme que, no conjunto, permitem perceber
uma cena. Essa técnica foi chamada de pontilhismo: as figuras são
representadas com fragmentos ou pontos, cabe ao observador
percebê-las como um todo plenamente organizado.
Paul Signac 1863-1935 foi outro grande pintor que dominou a
técnica pontilhista. Ele gostava de observar o movimento da água
no mar e nos rios e procurou registrá-los em muitas de suas obras.
23. Tarde de
Domingo na Ilha
deGrandeJatte.
1884-1886
2,60x 3,50m
TheArt Institute,
Chicago.
24. OCirco
1891
73 x 59 cm
Museu D’Orsay,
Paris.
Essa é uma importante obra
pontilhista. Além da técnica, observe a
organização dos elementos da cena:
em primeiro plano, vemos a cabeça e
parte das costas e dos braços de um
palhaço. Isso já é uma grande ousadia
na pintura: apresentar, em primeiro
plano uma figura incompleta e de
costas para o observador. O palhaço e a
bailarina que se equilibra no cavalo
ocupam a área central; à direita estão o
adestrador, o malabarista, um grupo de
pessoas com mesmo traje e, mais
acima, a orquestra. À esquerda estão
cavalo e parte da plateia. Observe
como as linhas curvas predominam à
direita e existe em menor número a
esquerda, o que dá a impressão de que
movimento vem da direita para a
esquerda e descreve um círculo pois
segue a linha do picadeiro.
25. A boia
vermelha
1895
PaulSignac
Museu
D’Orsay, Paris.
Reflexos por meio de pontos
Observe nessa obra
principalmente os pequenos
pontos coloridos que, colocados
lado a lado, formam todos os
elementos representados: o céu,
as casas, as embarcações, a
água, a boia e o reflexo de tudo
isso na água.