2. INDEPENDÊNCIAS
No séc. XIX os europeus se apossaram de grandes porções da Ásia
e da África submetendo seus povos.
Caracterizado por: violência (irracionalidade), confisco de terras,
trabalho forçado, cobrança de impostos abusivos e o racismo.
A resistência africana e asiática à dominação europeia, ficou
conhecida como IMPERIALISMO ou NEOCOLONIALISMO.
Essa dominação ocorreu entre as décadas de 1930 e 1960.
Após 30 anos, finalmente a independência.
3. RAZÕES DA INDEPENDÊNCIA
1. A luta dos próprios africanos e asiáticos
pela independência de seus países;
2. O enfraquecimento das potências
colonialistas europeias devido às
perdas sofridas durante a Segunda
Guerra;
3. A força de movimentos como o pan-
africanismo e a negritude;
4. MOVIMENTOS SOCIAIS
Dois grupos sociais se destacaram dando forças a independência da
África e da Ásia:
PAN-AFRICANISMO
Foi um movimento político-ideológico surgido na América
Central e nos Estados Unidos no início do século XX, que
visava transformar a situação de todos os africanos e seus
descendentes, chamados à época de “raça negra”. A intenção
dos líderes do movimento era libertá-los da pobreza e da
opressão. Um importante pensador do pan-africanismo foi o
jamaicano Marcus Garvey.
5. A NEGRITUDE
Foi um movimento político-literário nascido no final dos
anos 1930, também contribuiu com ideias que alimentaram
as independências africanas. A negritude teve entre seus
principais representantes o senegalês Léopold Senghor,
primeiro presidente do Senegal (1960-1980), e Aimé
Césaire (natural da Martinica), ambos escritores e poetas.
Eles defendiam a valorização das culturas
negras e rejeitavam radicalmente a dominação colonialista.
6. As lutas pela independência da África e da Ásia também contaram
com a solidariedade dos países recém-libertos. Na Conferência de
Bandung, realizada na cidade de Bandung, na Indonésia, em 1955,
29 países independentes se autodenominaram
Terceiro Mundo, declararam-se não alinhados prometendo apoiar
as independências na África e na Ásia.
Aimé Césaire
Léopold Senghor
Marcus Garvey
7. ÁSIA
Na Ásia, vamos acompanhar o movimento pela independência na
Índia.
Índia
No séc. XIX – conhecida como a joia mais preciosa da Coroa
Britânica.
No inicio do séc. XX – resistência indiana liderada por Mohandas
Gandhi, mais conhecido como Mahatma (grande alma).
8. Para enfrentar a dominação inglesa, Gandhi propôs e liderou a
resistência pacífica, tática baseada na não violência e na
desobediência civil.
9. Nos anos 1930, o movimento de resistência pacífica alcançou
grande popularidade e reconhecimento internacional.
Pressionado pela resistência indiana e abalado pela crise
decorrente das perdas sofridas com a Segunda Guerra, o
governo britânico aceitou negociar a independência com os
indianos. Mas optou pela divisão da Índia em dois países:
• República da Índia, de maioria hindu;
• República do Paquistão, oriental e ocidental, de maioria
muçulmana.
Em 1971, o Paquistão Oriental constituiu um país separado,
de nome Banglades.
10. ÁFRICA
Em 1945, o número de países africanos independentes era muito
reduzido. Nos 30 anos seguintes, a maior parte da África tinha
conquistado sua independência.
Congo
O Congo foi inicialmente propriedade particular do rei belga
Leopoldo II; depois, passou à administração da Bélgica. Rico
em cobre, zinco, manganês, urânio e diamante, o Congo atraiu
poderosas companhias internacionais, como a Unilever e a
Companhia Mineira do Alto Katanga, que exploravam suas
riquezas em troca de baixíssimos salários pagos aos
congoleses.
11. A administração belga era autoritária e racista; os congoleses não
tinham liberdade de expressão, nem de representação, e só podiam
frequentar a escola por quatro anos.
Para lutar contra a opressão e a discriminação racial, os congoleses
criaram:
• Em 1956 - Abako, Associação do Baixo Congo, chefiada por J.
Kasavubu;
• Em 1957 - Movimento Nacional Congolês (MNC), liderado por
Patrice Lumumba.
Pressionados pela resistência congolesa, os belgas se retiraram e, em
30 de junho de 1960, o Congo tornou-se independente; o primeiro
chefe de governo foi o próprio Patrice Lumumba.
12. Pressionados pela resistência congolesa, os belgas se retiraram e,
em 30 de junho de 1960, o Congo tornou-se independente; o
primeiro chefe de governo foi o próprio Patrice Lumumba.
13. A LUTA CONTRA O APARTHEID
NA ÁFRICA DO SUL
Em alguns países africanos independentes, os nativos tiveram de
lutar contra a opressão de regimes segregacionistas como o da
Rodésia e o da África do Sul.
No começo do séc. XX, a África do Sul, país rico em recursos
minerais, era habitada por povos negros, como os bosquímanos,
os xosas e os zulus, e por descendentes de holandeses e ingleses
(cerca de 15% da população).
- Em 1911, essa minoria impôs à maioria negra uma série de
leis segregacionistas.
14. Os negros, liderados por Pixley Ka, fundaram, no ano seguinte,
um partido político para lutar por seus direitos, o Congresso
Nacional Africano (CNA).
Em 1948 – oficializa o apartheid;
Obrigava os negros a morar em lugares separados dos brancos,
a frequentar escolas, praias e banheiros só para negros e a
andar constantemente com um passe.
15. - Reagindo a situação o CNA promove várias manifestações.
- Em 1964, o governo prende 8 líderes do CNA, entre eles
Nelson Mandela condenado a prisão perpétua.
- Em 1976, protesto em Johanesburgo pelo fim do racismo e
contra a imposição da língua africâner.
- Massacre de Soweto: Policia atira em (175) crianças e
jovens que marchavam vestidos com uniformes escolares.
- A ONU proibi a venda de armas ao país.
16. Sob forte pressão interna e externa, o governo sul-africano
anulou as leis do apartheid em 1990;
Nelson Mandela foi libertado da prisão, o CNA recuperou a
legalidade e os negros passaram a ter os mesmos direitos civis e
políticos dos brancos.
Em 1994, ocorreram as primeiras
eleições com a participação dos
negros na África do Sul. Mandela foi
eleito presidente da República e, com
o apoio da maioria no Parlamento,
conseguiu mais uma conquista:
aprovou a Lei de Direitos sobre a
Terra.