ELIMINAÇÃO DA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA
COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre a Eliminação da Mutilação Genital Feminina
MGF
CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA
Bruxelas, 2 de dezembro de 2013 (09.01)
(OR. en)
17228/13
FREMP 203
SOC 1009
DROIPEN 154
COHOM 270
NOTA DE ENVIO
De Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET PUIGARNAU, Diretor.
Data de Recepção: 25, de novembro de 2013.
Para: Uwe CORSEPIUS, Secretário-Geral do Conselho da União Européia
Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão – COM (2013) 833 final.
Mutilação Genital Feminina
Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a Eliminação da Mutilação Genital Feminina
Por ocasião do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a Comissão Européia anunciou, num documento de estratégia, novas medidas para impulsionar a luta contra a mutilação genital feminina (MGF) na União Européia e no mundo. Para lutar contra a mutilação genital feminina, a Comissão tirará o máximo partido do futuro financiamento da UE com o objetivo de prevenir esta prática, melhorar a ajuda às vítimas, apoiar os profissionais da saúde e a aplicação coerciva das legislações nacionais neste domínio, bem como reforçar a proteção das mulheres em risco ao abrigo das regras da UE em matéria de asilo. A Comissão e o Serviço Europeu para a Ação Externa também se comprometeram a promover em todo o mundo a eliminação da mutilação genital feminina através do diálogo bilateral e multilateral.
Por último, a Comissão incentivará a realização de estudos sobre o número de mulheres e raparigas em risco. O plano de ação constitui um seguimento da consulta pública sobre a mutilação genital feminina lançado pela Comissão em março.
Fonte: http://www.cig.gov.pt/2014/01/comunicacao-da-comissao-ao-parlamento-europeu-e-ao-conselho-sobre-a-eliminacao-da-mutilacao-genital-feminina/
Publicação: 2014/01/10
Acesso dia 06/02/2014.
http://www.cig.gov.pt/wp-content/uploads/2014/01/20140110Comunicacao_MGF.pdf
Doc.
Mutilação Genital Feminina – UNIÃO EUROPÉIA
O documento descreve 4 tipos de mutilação genital feminina, praticada principalmente em países africanos e do Oriente Médio sem anestesia. Os tipos variam desde a remoção parcial ou total dos lábios genitais e do clítoris até a infibulação, que fecha parcialmente a vagina. A prática causa dor aguda e problemas de saúde, e é motivada por crenças culturais rather do que por benefícios médicos.
O documento discute a mutilação genital feminina (MGF), uma prática ainda comum em 28 países que causa danos à saúde das mulheres. O Dia Internacional contra a MGF busca conscientizar sobre os riscos da prática. A Comissão Europeia anunciou novas medidas para combater a MGF na UE e no mundo, como melhorar apoio às vítimas, aplicar leis nacionais sobre o tema e proteger mulheres em risco de asilo. A Comissão também se compromete a promover a eliminação da MGF através de diálogos bilaterais
O documento discute vários aspectos do desenvolvimento humano na adolescência, incluindo mudanças físicas e emocionais como puberdade, menstruação, sexualidade e saúde reprodutiva.
O HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero, que é a segunda maior causa de morte por câncer entre mulheres. A prevenção através da vacinação, exames regulares e uso de preservativos é essencial para proteger a saúde das mulheres.
O documento discute a importância do exame preventivo do câncer do colo do útero, destacando que ele é rápido e indolor, e pode evitar o câncer se feito periodicamente. Também aborda outras doenças que podem ser diagnosticadas durante o exame e ressalta a necessidade de retornar para saber o resultado.
O documento discute a campanha Outubro Rosa, que conscientiza sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Apresenta estatísticas sobre casos novos e mortes por câncer de mama no Brasil e explica que a detecção precoce aumenta as chances de cura através de exames como a mamografia e autopalpação.
Em Portugal, em 2010 foram realizados cerca de 19 mil abortos por opção da mulher, menos 300 do que no ano anterior. Uma em cada 200 jovens portuguesas entre 15 e 19 anos já abortou, sendo mais comum entre as de 19 anos, onde 5% dos namorados disseram que a parceira já abortou. A maioria dos abortos foi realizada de forma legal.
O documento discute conceitos sobre câncer e câncer de mama, fatores de risco, sinais e sintomas, prevenção e detecção precoce. Especificamente, o texto explica que o câncer de mama é causado por células anormais na mama que formam um tumor, e que a campanha Outubro Rosa busca conscientizar sobre a doença e importância do diagnóstico precoce.
O documento descreve 4 tipos de mutilação genital feminina, praticada principalmente em países africanos e do Oriente Médio sem anestesia. Os tipos variam desde a remoção parcial ou total dos lábios genitais e do clítoris até a infibulação, que fecha parcialmente a vagina. A prática causa dor aguda e problemas de saúde, e é motivada por crenças culturais rather do que por benefícios médicos.
O documento discute a mutilação genital feminina (MGF), uma prática ainda comum em 28 países que causa danos à saúde das mulheres. O Dia Internacional contra a MGF busca conscientizar sobre os riscos da prática. A Comissão Europeia anunciou novas medidas para combater a MGF na UE e no mundo, como melhorar apoio às vítimas, aplicar leis nacionais sobre o tema e proteger mulheres em risco de asilo. A Comissão também se compromete a promover a eliminação da MGF através de diálogos bilaterais
O documento discute vários aspectos do desenvolvimento humano na adolescência, incluindo mudanças físicas e emocionais como puberdade, menstruação, sexualidade e saúde reprodutiva.
O HPV é responsável por 99,7% dos casos de câncer do colo do útero, que é a segunda maior causa de morte por câncer entre mulheres. A prevenção através da vacinação, exames regulares e uso de preservativos é essencial para proteger a saúde das mulheres.
O documento discute a importância do exame preventivo do câncer do colo do útero, destacando que ele é rápido e indolor, e pode evitar o câncer se feito periodicamente. Também aborda outras doenças que podem ser diagnosticadas durante o exame e ressalta a necessidade de retornar para saber o resultado.
O documento discute a campanha Outubro Rosa, que conscientiza sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Apresenta estatísticas sobre casos novos e mortes por câncer de mama no Brasil e explica que a detecção precoce aumenta as chances de cura através de exames como a mamografia e autopalpação.
Em Portugal, em 2010 foram realizados cerca de 19 mil abortos por opção da mulher, menos 300 do que no ano anterior. Uma em cada 200 jovens portuguesas entre 15 e 19 anos já abortou, sendo mais comum entre as de 19 anos, onde 5% dos namorados disseram que a parceira já abortou. A maioria dos abortos foi realizada de forma legal.
O documento discute conceitos sobre câncer e câncer de mama, fatores de risco, sinais e sintomas, prevenção e detecção precoce. Especificamente, o texto explica que o câncer de mama é causado por células anormais na mama que formam um tumor, e que a campanha Outubro Rosa busca conscientizar sobre a doença e importância do diagnóstico precoce.
Este documento fornece diretrizes para educação sexual e saúde no ensino pré-escolar. Ele discute a interiorização da moral sexual por crianças, o papel fundamental das famílias, e objetivos como desenvolver relacionamentos positivos e prevenção de abusos. Ele também lista conteúdos como diferenças de gênero, cuidados com o corpo, e noções de família e limites.
A mutilação genital feminina é uma prática que envolve cortar parte ou a totalidade dos órgãos genitais externos da mulher, causando graves problemas de saúde e violando os direitos humanos. A prática é justificada por tradições culturais, mas causa sofrimento físico e psicológico extremo às vítimas. Apesar dos esforços para abolir a prática, cerca de 3 milhões de meninas ainda são mutiladas a cada ano.
Este documento apresenta um projeto de educação para a saúde e educação sexual em uma escola. Ele descreve o enquadramento legal e objetivos do projeto, incluindo abordar tópicos como alimentação, saúde mental, uso de substâncias e educação sexual. O projeto visa desenvolver competências dos alunos para tomada de decisões sobre seu bem-estar.
O documento discute a mutilação genital feminina, incluindo o que é, os tipos, as razões por trás da prática, e os impactos negativos na saúde das mulheres. A prática envolve a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos e é comum em alguns países africanos e do Oriente Médio, trazendo riscos de infecções e complicações.
Este plano de aula descreve uma lição sobre reprodução humana para alunos do 3o ano. A lição usará um PowerPoint chamado "Para onde foi o Zézinho?" para ensinar sobre o corpo, características de gênero e fecundação. A avaliação será baseada na observação da participação e interesse dos alunos.
O documento descreve as diferenças e semelhanças físicas entre meninos e meninas. Explica que meninas têm vulva e vagina enquanto meninos têm pênis e testículos. Também menciona que embora haja diferenças físicas, meninos e meninas podem gostar dos mesmos jogos.
Este documento descreve um projeto de educação sexual para crianças em idade pré-escolar. O projeto tem como objetivos ensinar as crianças sobre as diferenças entre os corpos masculino e feminino, cuidados com o corpo, sentimentos, tipos de família, e concepção de bebês. Atividades planejadas incluem jogos, livros, dramatizações e conversas sobre esses tópicos. O projeto será implementado na sala de aula e salão do jardim de infância.
O documento descreve as diferenças nos órgãos genitais masculinos e femininos. Explica que meninas nascem com uma vulva, enquanto meninos nascem com um pênis. Detalha os órgãos internos femininos como a vagina, útero e trompas de Falópio, e os masculinos como as bolsas e testículos.
A oficina do afeto discute a importância do diálogo na família sobre temas como respeito, solidariedade, direitos, deveres, sexualidade, drogas e planejamento familiar para promover o namoro com base no respeito mútuo.
O documento conta a história do Pedrinho e da Joana. O Pedrinho descobre as diferenças físicas entre meninos e meninas e começa a apresentar mudanças na puberdade. A mãe explica as mudanças que ocorrem nos corpos masculino e feminino durante a puberdade.
O documento discute os conceitos de afecto, amizade e paixão. Apresenta exemplos de manifestações de afecto como depressão e ansiedade e explica que as mesmas experiências podem causar sentimentos diferentes em pessoas diferentes. Explora ainda o significado de amizade, paixão e atitudes positivas e negativas no namoro.
O documento discute a sexualidade infantil e o papel dos educadores em orientar as crianças sobre o assunto de forma segura e sem preconceitos. Abrange tópicos como as fases do desenvolvimento psicosssexual segundo Freud, a importância de considerar as crianças como seres sexuados e como lidar com situações como masturbação e experiências sexuais entre crianças de forma apropriada.
O documento discute a sexualidade infantil e a importância da educação sexual desde a infância. Ele define sexo e sexualidade e explica que a sexualidade é uma dimensão humana que engloba sentimentos, relacionamentos e prazer. Também descreve características típicas da sexualidade em diferentes faixas etárias da infância e argumenta que a educação sexual na infância pode preparar melhor as crianças para a vida adulta e promover respeito e autoestima.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho custará US$ 100 a mais que o modelo anterior e estará disponível para pré-venda em 1 mês. Analistas esperam que o novo smartphone ajude a empresa a aumentar suas vendas e receita no próximo trimestre.
Como ensinar os conceitos de Sexo e de Sexualidade na escola?Thiago de Almeida
O documento discute a sexualidade humana, desde a infância até a adolescência. Aborda como a sexualidade se desenvolve em cada fase da vida, os comportamentos sexuais comuns nessas idades e a importância da educação sexual na escola para orientar os jovens de forma saudável.
2015 Comunicação para o congresso Paulo MalaquiasPaulo Malaquias
Este documento discute a violência contra as mulheres na União Europeia. Aponta que 1/4 a 1/5 das mulheres sofreram atos de violência física e 1/10 sofreram violência sexual. Também destaca que a violência doméstica custa à UE cerca de 250 bilhões de euros por ano. Finalmente, analisa instrumentos internacionais e da UE para combater a violência contra as mulheres.
O documento descreve um projeto sobre sexualidade na adolescência com os seguintes objetivos: 1) conscientizar adolescentes sobre questões como gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos; 2) despertar a consciência sobre a importância de passar pela adolescência de forma responsável; 3) discutir tópicos como gravidez indesejada, autocuidado, doenças, mudanças no corpo, relacionamentos e sexo. O projeto utilizará atividades como leituras, filmes e oficinas para atingir
O trabalho foi desenvolvido para alerta alunos sobre os riscos de uma relação sem proteção e alertar sobre a violência sexual . Alcançou os alunos positivamente , pois eles tiveram a oportunidade de expor vários temas que em casa eles não tem este alcance. Com a colaboração de todo o corpo docente e supervisão Uiara Vaz.
Apresentação VIII Congresso Luso Brasileiro CDL OA Paulo MalaquiasPaulo Malaquias
Este documento discute a violência contra as mulheres na União Europeia. Apresenta as ações da UE para combater este problema, incluindo diálogos sobre direitos humanos, declarações públicas e participação em fóruns multilaterais. Também identifica lacunas, como proteção desigual entre os Estados-membros e deficiências nos mecanismos de prevenção. Finalmente, sugere considerações como a adoção de um plano estratégico da UE para combater a violência contra as mulheres.
Este documento apresenta um manual sobre a investigação e documentação eficazes da tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. O manual fornece diretrizes para documentar provas da tortura de forma a responsabilizar os infratores e servir os interesses da justiça. A documentação da tortura é fundamental para proteger as pessoas contra violações dos direitos humanos.
Este resumo aborda uma entrevista com Philip Davies, da Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero, sobre medidas para prevenir este tipo de câncer. Davies afirma que programas de rastreamento nacional combinados com novas tecnologias como vacinas e testes para detecção do HPV podem evitar 95% dos casos. No entanto, os custos elevados destas iniciativas têm dificultado sua implementação pelos governos, apesar de fundos europeus estarem disponíveis.
Este documento fornece diretrizes para educação sexual e saúde no ensino pré-escolar. Ele discute a interiorização da moral sexual por crianças, o papel fundamental das famílias, e objetivos como desenvolver relacionamentos positivos e prevenção de abusos. Ele também lista conteúdos como diferenças de gênero, cuidados com o corpo, e noções de família e limites.
A mutilação genital feminina é uma prática que envolve cortar parte ou a totalidade dos órgãos genitais externos da mulher, causando graves problemas de saúde e violando os direitos humanos. A prática é justificada por tradições culturais, mas causa sofrimento físico e psicológico extremo às vítimas. Apesar dos esforços para abolir a prática, cerca de 3 milhões de meninas ainda são mutiladas a cada ano.
Este documento apresenta um projeto de educação para a saúde e educação sexual em uma escola. Ele descreve o enquadramento legal e objetivos do projeto, incluindo abordar tópicos como alimentação, saúde mental, uso de substâncias e educação sexual. O projeto visa desenvolver competências dos alunos para tomada de decisões sobre seu bem-estar.
O documento discute a mutilação genital feminina, incluindo o que é, os tipos, as razões por trás da prática, e os impactos negativos na saúde das mulheres. A prática envolve a remoção parcial ou total dos órgãos genitais femininos e é comum em alguns países africanos e do Oriente Médio, trazendo riscos de infecções e complicações.
Este plano de aula descreve uma lição sobre reprodução humana para alunos do 3o ano. A lição usará um PowerPoint chamado "Para onde foi o Zézinho?" para ensinar sobre o corpo, características de gênero e fecundação. A avaliação será baseada na observação da participação e interesse dos alunos.
O documento descreve as diferenças e semelhanças físicas entre meninos e meninas. Explica que meninas têm vulva e vagina enquanto meninos têm pênis e testículos. Também menciona que embora haja diferenças físicas, meninos e meninas podem gostar dos mesmos jogos.
Este documento descreve um projeto de educação sexual para crianças em idade pré-escolar. O projeto tem como objetivos ensinar as crianças sobre as diferenças entre os corpos masculino e feminino, cuidados com o corpo, sentimentos, tipos de família, e concepção de bebês. Atividades planejadas incluem jogos, livros, dramatizações e conversas sobre esses tópicos. O projeto será implementado na sala de aula e salão do jardim de infância.
O documento descreve as diferenças nos órgãos genitais masculinos e femininos. Explica que meninas nascem com uma vulva, enquanto meninos nascem com um pênis. Detalha os órgãos internos femininos como a vagina, útero e trompas de Falópio, e os masculinos como as bolsas e testículos.
A oficina do afeto discute a importância do diálogo na família sobre temas como respeito, solidariedade, direitos, deveres, sexualidade, drogas e planejamento familiar para promover o namoro com base no respeito mútuo.
O documento conta a história do Pedrinho e da Joana. O Pedrinho descobre as diferenças físicas entre meninos e meninas e começa a apresentar mudanças na puberdade. A mãe explica as mudanças que ocorrem nos corpos masculino e feminino durante a puberdade.
O documento discute os conceitos de afecto, amizade e paixão. Apresenta exemplos de manifestações de afecto como depressão e ansiedade e explica que as mesmas experiências podem causar sentimentos diferentes em pessoas diferentes. Explora ainda o significado de amizade, paixão e atitudes positivas e negativas no namoro.
O documento discute a sexualidade infantil e o papel dos educadores em orientar as crianças sobre o assunto de forma segura e sem preconceitos. Abrange tópicos como as fases do desenvolvimento psicosssexual segundo Freud, a importância de considerar as crianças como seres sexuados e como lidar com situações como masturbação e experiências sexuais entre crianças de forma apropriada.
O documento discute a sexualidade infantil e a importância da educação sexual desde a infância. Ele define sexo e sexualidade e explica que a sexualidade é uma dimensão humana que engloba sentimentos, relacionamentos e prazer. Também descreve características típicas da sexualidade em diferentes faixas etárias da infância e argumenta que a educação sexual na infância pode preparar melhor as crianças para a vida adulta e promover respeito e autoestima.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e melhor processador. O novo aparelho custará US$ 100 a mais que o modelo anterior e estará disponível para pré-venda em 1 mês. Analistas esperam que o novo smartphone ajude a empresa a aumentar suas vendas e receita no próximo trimestre.
Como ensinar os conceitos de Sexo e de Sexualidade na escola?Thiago de Almeida
O documento discute a sexualidade humana, desde a infância até a adolescência. Aborda como a sexualidade se desenvolve em cada fase da vida, os comportamentos sexuais comuns nessas idades e a importância da educação sexual na escola para orientar os jovens de forma saudável.
2015 Comunicação para o congresso Paulo MalaquiasPaulo Malaquias
Este documento discute a violência contra as mulheres na União Europeia. Aponta que 1/4 a 1/5 das mulheres sofreram atos de violência física e 1/10 sofreram violência sexual. Também destaca que a violência doméstica custa à UE cerca de 250 bilhões de euros por ano. Finalmente, analisa instrumentos internacionais e da UE para combater a violência contra as mulheres.
O documento descreve um projeto sobre sexualidade na adolescência com os seguintes objetivos: 1) conscientizar adolescentes sobre questões como gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e métodos contraceptivos; 2) despertar a consciência sobre a importância de passar pela adolescência de forma responsável; 3) discutir tópicos como gravidez indesejada, autocuidado, doenças, mudanças no corpo, relacionamentos e sexo. O projeto utilizará atividades como leituras, filmes e oficinas para atingir
O trabalho foi desenvolvido para alerta alunos sobre os riscos de uma relação sem proteção e alertar sobre a violência sexual . Alcançou os alunos positivamente , pois eles tiveram a oportunidade de expor vários temas que em casa eles não tem este alcance. Com a colaboração de todo o corpo docente e supervisão Uiara Vaz.
Apresentação VIII Congresso Luso Brasileiro CDL OA Paulo MalaquiasPaulo Malaquias
Este documento discute a violência contra as mulheres na União Europeia. Apresenta as ações da UE para combater este problema, incluindo diálogos sobre direitos humanos, declarações públicas e participação em fóruns multilaterais. Também identifica lacunas, como proteção desigual entre os Estados-membros e deficiências nos mecanismos de prevenção. Finalmente, sugere considerações como a adoção de um plano estratégico da UE para combater a violência contra as mulheres.
Este documento apresenta um manual sobre a investigação e documentação eficazes da tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes. O manual fornece diretrizes para documentar provas da tortura de forma a responsabilizar os infratores e servir os interesses da justiça. A documentação da tortura é fundamental para proteger as pessoas contra violações dos direitos humanos.
Este resumo aborda uma entrevista com Philip Davies, da Associação Europeia Contra o Cancro do Colo do Útero, sobre medidas para prevenir este tipo de câncer. Davies afirma que programas de rastreamento nacional combinados com novas tecnologias como vacinas e testes para detecção do HPV podem evitar 95% dos casos. No entanto, os custos elevados destas iniciativas têm dificultado sua implementação pelos governos, apesar de fundos europeus estarem disponíveis.
C:\documents and settings\administrador\desktop\versão 1.2tvf
1) O documento discute as diretrizes para o atendimento médico de mulheres e crianças vítimas de violência sexual, incluindo exames, tratamento de emergência e aconselhamento.
2) Recomenda-se realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, oferecer anticoncepção de emergência e, se a vítima estiver grávida, discutir a interrupção da gravidez de acordo com a lei.
3) As equipes médicas devem ser treinadas para tratar vítimas com empatia e of
1) O documento discute as diretrizes para o atendimento médico de mulheres e crianças vítimas de violência sexual, incluindo exames, tratamento de emergência e aconselhamento.
2) Recomenda-se a realização de exames físicos e laboratoriais, assim como a oferta de anticoncepção de emergência, quimioprofilaxia para DSTs e imunização contra hepatite B.
3) As orientações abordam também procedimentos para a interrupção da gravidez decorrente de estupro de acordo com a idade gestacional
1) O documento discute as diretrizes para o atendimento médico de mulheres e crianças vítimas de violência sexual, incluindo exames, tratamento de emergência e aconselhamento.
2) Recomenda-se a realização de exames físicos e laboratoriais, assim como a oferta de anticoncepção de emergência, quimioprofilaxia para DSTs e imunização contra hepatite B.
3) As orientações abordam também procedimentos para a interrupção da gravidez decorrente de estupro com base na idade gestacional.
1) O documento discute as diretrizes para o atendimento médico de mulheres e crianças vítimas de violência sexual, incluindo exames, tratamento de emergência e aconselhamento.
2) Recomenda-se realizar testes para doenças sexualmente transmissíveis, oferecer anticoncepção de emergência e, se a vítima estiver grávida, discutir a interrupção da gravidez.
3) As equipes médicas devem ser treinadas para tratar vítimas com empatia e oferecer todos os cuidados
2012 pl dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para a realiz...drtaylorjr
O projeto de lei concede às mulheres a partir dos 30 anos o direito a uma folga anual para realizar exames de controle do câncer de mama e do colo do útero. As beneficiárias devem comunicar à chefia com 30 dias de antecedência e apresentar comprovante do exame após a realização.
A deputada Lúcia Dornellas discursou sobre a Campanha Outubro Rosa, que tem como objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. Ela destacou estatísticas alarmantes sobre a doença e a falta de acesso à informação e exames preventivos, principalmente entre mulheres de baixa renda e do sistema público de saúde. A deputada também elogiou iniciativas de iluminação de pontos turísticos na cor rosa e ações como uma van itinerante para ex
Discurso realizado em comemoração ao mês de outubro onde são realizadas diversas atividades para conscientizar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.
O documento discute a importância da higiene íntima masculina para prevenir doenças e promover a saúde. Ele também aborda as principais doenças que afetam os homens, como problemas cardiovasculares e câncer de próstata, e a importância dos exames preventivos a partir dos 40 anos.
O documento fornece a programação de atividades da Universidade Aberta da Terceira Idade para o mês de abril de 2014, incluindo palestras sobre saúde, aniversário da instituição, e oficinas de atividades como canto coral, teatro e yoga.
O documento resume um evento da Acção Europeia sobre a Droga (EAD) que ocorrerá em Lisboa, Portugal. O evento reunirá autoridades e organizações para discutir compromissos relacionados ao combate às drogas e aumento da conscientização. O programa inclui painéis sobre projetos de signatários antigos e novos da EAD.
Este documento descreve os objetivos e atividades de uma instituição portuguesa sem fins lucrativos dedicada ao apoio de pacientes com câncer. A instituição se dedica à prevenção, detecção precoce, tratamento multidisciplinar e apoio psicossocial de pacientes com câncer e suas famílias na região do Algarve.
Europeias 2009 - Documento da Ecolojovem-«Os Verdes»ecolojovem
O documento promove o partido político Ecolojovem—“Os Verdes”, defendendo uma Europa sustentável, socialmente justa e que proteja os direitos dos jovens. O documento incentiva os jovens a votarem no partido nas eleições europeias de 7 de junho para que “Os Verdes” defendam os seus interesses no Parlamento Europeu.
O documento discute acidentes na infância como um importante problema de saúde pública. Ele fornece estatísticas mostrando que acidentes são uma das principais causas de mortalidade e morbidade entre crianças em todo o mundo. O documento também descreve fatores que tornam as crianças mais vulneráveis a acidentes, como falta de experiência e coordenação motora. Ele argumenta que a prevenção de acidentes deve ser prioridade, especialmente em países em desenvolvimento, por meio de programas educacionais.
O documento discute:
1) A campanha Outubro Rosa para conscientização e prevenção do câncer de mama;
2) Pesquisadores da Unicamp desenvolveram um colírio para prevenir e tratar a perda de visão em diabéticos;
3) Uma pesquisa mostra que 58% da população brasileira acessa a internet.
Semelhante a Mutilação Genital Feminina e a UNIÃO EUROPÉIA (20)
História do Direito - Idade Moderna - Professora LuizaNathália Camargo
O documento descreve o desenvolvimento da história como disciplina acadêmica na Idade Moderna. A crítica erudita estabeleceu métodos para analisar documentos de forma rigorosa. Vico definiu a história como o estudo do desenvolvimento das sociedades humanas. Os iluministas ampliaram as perspectivas da história para incluir aspectos culturais e questões políticas e econômicas.
O documento descreve o pensamento político de Thomas Hobbes sobre o Estado absolutista, conforme expresso em sua obra Leviatã. Hobbes defendia que, no estado de natureza, os homens são egoístas e tendem a se enfrentar, de modo que é necessário um Estado soberano com poder absoluto para garantir a paz e a segurança por meio de leis e punições. O Leviatã representa esse poder absoluto do Estado, capaz de manter a ordem social e evitar que os homens vivam em um estado de guerra permanente.
O documento descreve o direito inglês, incluindo o Statute Law, Common Law e Equity. O Common Law surgiu nos séculos XI-XII através dos tribunais reais, baseando-se em precedentes judiciais e costumes. Ele se desenvolveu por meio dos writs e se difundiu para as colônias inglesas e outros países.
Este documento apresenta uma coletânea de peças jurídicas produzidas por Nathália Martins Soares de Camargo para a disciplina de Linguagem e Comunicação Jurídica ministrada pela professora Célia. A coletânea contém exemplos de procuração, contrato, requerimento, petição inicial, contestação e sentença.
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, tela maior e bateria de longa duração por um preço acessível. O novo aparelho oferece especificações técnicas avançadas para competir com rivais e atender às necessidades dos usuários por um dispositivo completo a um preço justo.
Integração das Lacunas da Lei - Carlos Fred. Filho - Constitucional 1Nathália Camargo
1. O artigo discute as lacunas na lei e as diferentes abordagens teóricas sobre o tema, desde quem nega a possibilidade de lacunas até quem defende que o juiz deve preenchê-las com base em princípios gerais. 2. Apesar das divergências teóricas, na prática todos reconhecem que o juiz deve julgar os casos e dar uma solução, mesmo sem lei aplicável específica. 3. Um exemplo histórico de lacuna foi a ausência de lei sobre emancipação de escravos no Brasil,
Este documento fornece receitas para pães e saladas leves, diet ou integrais. Inclui receitas para pão orgânico, pão de liquidificador, pão de milho light, pão de beterraba ou espinafre e pão de granola, além de uma salada de macarrão integral com ricota e legumes. Todas as receitas contêm ingredientes saudáveis como aveia, linhaça, granola, fubá e vegetais e fornecem instruções passo a passo para prepará-los.
O documento discute a importância da sustentabilidade nos hospitais, destacando iniciativas de hospitais brasileiros para reduzir seu impacto ambiental, como tratamento de resíduos, uso de energia renovável e educação para promover hábitos sustentáveis.
IBDI Instituto Brasileiro de Política e Direito da InformáticaNathália Camargo
O documento descreve o Instituto Brasileiro de Política e Direito da Informática (IBDI), uma associação sem fins lucrativos dedicada a pesquisas sobre direito da informática no Brasil, incluindo realizar eventos, estimular o ensino da área e prestar assistência técnica e jurídica.
A mediação cultural e a construção de uma vanguarda institucional: O caso da ...Nathália Camargo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES - ECA / USP
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA E DOCUMENTAÇÃO
MARILÚCIA BOTTALLO
A mediação cultural e a construção de uma vanguarda institucional brasileira: O caso da arte construtiva brasileira
São Paulo / 2011
Tese de Doutorado
Orientador: Professor Dr. José Teixeira Coelho Netto.
Centro de Artes e Educação Física da PUC - SP. Documento BásicoNathália Camargo
1. O documento descreve a origem e objetivos do Centro de Artes e Educação Física da PUC-SP, criado em parceria com o MEC para oferecer formação continuada de professores.
2. O Centro visa discutir concepções pedagógicas em Artes e Educação Física e desenvolver cursos e materiais didáticos para professores de educação infantil e ensino fundamental.
3. Serão realizadas ações como programas de formação, produção de materiais didáticos e formação de tutores, visando
Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos 2012Nathália Camargo
Este documento fornece informações sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa) e apresenta um guia para avaliação da segurança de produtos cosméticos, discutindo critérios como avaliação toxicológica de ingredientes, ensaios pré-clínicos e clínicos, estudos de compatibilidade e aceitabilidade, e cosmetovigilância.
Guia de Orientação para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos. 2003Nathália Camargo
Guia para Avaliação de Segurança de Produtos Cosméticos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Brasília / 2003. 47 páginas.
Diretor-Presidente: Gonzalo Vecina Neto
Diretores:
Cláudio Maierovitch P. Henriques
Luis Carlos Wanderley Lima
Luiz Milton Veloso Costa
Ricardo Oliva
Gerência-Geral de Cosméticos:
Josineire Melo Costa Sallum – Gerente-Geral
Silas Paulo R. Gouveia – Gerente-Geral Substituto
O documento discute a Análise Econômica do Direito como método e disciplina. Aponta que teve início em 1960 com os estudos de Ronald Coase, que argumentou que o resultado final de decisões jurídicas é independente da atribuição inicial de direitos se não houver custos de transação. O método analisa o Direito buscando o arranjo final que maximiza o valor da produção, em vez de investigar culpa.
O documento discute os atos administrativos, definindo-os como manifestações unilaterais de vontade da administração pública que visam adquirir, transferir ou modificar direitos. Apresenta os requisitos essenciais dos atos administrativos, como competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Também classifica os atos de acordo com critérios como liberdade da vontade do administrador, formação da vontade administrativa e destinatários.
O documento discute direitos de vizinhança no direito civil brasileiro. Ele aborda o uso nocivo de propriedade e como lidar com conflitos de vizinhança, mencionando que atividades toleráveis devem ser permitidas, enquanto as intoleráveis devem ser reduzidas ou cessadas. Também discute árvores limítrofes, passagem de cabos e tubulações entre propriedades, direitos de águas e construção.
O documento discute os conceitos de condomínio no direito civil brasileiro. Apresenta as noções introdutórias de condomínio, as espécies de acordo com a origem, forma e duração. Também descreve os direitos e deveres dos condôminos, bem como as formas de extinção do condomínio, incluindo a divisão e administração da propriedade.
O documento discute os modos de aquisição da propriedade imóvel no direito civil brasileiro, incluindo aquisição originária e derivada, singular e universal. Detalha formas como transcrição, acessão e usucapião, e discute acessão natural através de formação de ilhas, aluvião, avulsão e abandono de álveo.
1. 17228/13 /fc 1
DG D 2B PT
CONSELHO DA
UNIÃO EUROPEIA
Bruxelas, 2 de dezembro de 2013 (09.01)
(OR. en)
17228/13
FREMP 203
SOC 1009
DROIPEN 154
COHOM 270
NOTA DE ENVIO
de: Secretário-Geral da Comissão Europeia, assinado por Jordi AYET
PUIGARNAU, Diretor
data de receção: 25 de novembro de 2013
para: Uwe CORSEPIUS, Secretário-Geral do Conselho da União Europeia
n.º doc. Com.: COM(2013) 833 final
Assunto: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO
CONSELHO sobre a eliminação da mutilação genital feminina
Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento da Comissão – COM(2013) 833 final.
________________________
Anexo: COM(2013) 833 final
3. PT 2 PT
COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO
CONSELHO
sobre a eliminação da mutilação genital feminina
4. PT 3 PT
ÍNDICE
1. Introdução .................................................................................................................... 4
2. Conhecer melhor o fenómeno da mutilação genital feminina na UE Erro! Marcador
não definido.
3. Promover uma mudança social durável para prevenir a mutilação genital feminina
..................................................................................... Erro! Marcador não definido.
4. Apoiar os Estados-Membros a reprimirem mais eficazmente a mutilação genital
feminina........................................................................................................................ 9
5. Assegurar a proteção das mulheres em risco no território da UE.............................. 10
6. Promover a eliminação da mutilação genital feminina no mundo..... Erro! Marcador
não definido.
7. Aplicação, acompanhamento e avaliação .................................................................. 13
8. Conclusão................................................................................................................... 14
5. PT 4 PT
1. INTRODUÇÃO
Todos os anos, milhões de mulheres e raparigas no mundo têm a sua qualidade de vida
gravemente afetada em resultado das mutilações genitais femininas (MGF). Esta prática
consiste na remoção total ou parcial dos seus órgãos genitais externos ou outras lesões dos
órgãos genitais por motivos não médicos1
. Milhares de mulheres e raparigas que vivem na
Europa são vítimas desta prática ou encontram-se em situação de risco.
A mutilação genital feminina é reconhecida internacionalmente como uma violação dos
direitos fundamentais das mulheres e uma forma de abuso de menores. Tal como outras
formas de violência baseada no género, "constitui uma violação do direito fundamental à vida,
à liberdade, à segurança, à dignidade, à igualdade entre homens e mulheres, à não
discriminação e à integridade física e mental"2
. Viola igualmente os direitos da criança tal
como definidos na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança.
Em todo o mundo, intensifica-se o apelo a que se ponha cobro às mutilações genitais
femininas. Sob a liderança do Grupo Africano das Nações Unidas e com o apoio determinado
da União Europeia, a Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou uma resolução
histórica em 2012 sobre a intensificação da ação mundial para eliminar as mutilações genitais
femininas3
. No seu seguimento, uma declaração do Grupo Africano, adotada no âmbito do
Conselho dos Direitos Humanos da ONU em junho de 2013, que teve o apoio dos Estados-
-Membros da UE, incide especialmente sobre os desafios a que a comunidade internacional
deve responder para alcançar o objetivo de tolerância zero neste domínio. Além disso, é dada
especial atenção a este problema no quadro do acompanhamento da Convenção das Nações
Unidas contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
Os direitos fundamentais e a igualdade entre homens e mulheres constituem valores essenciais
da União Europeia. Com efeito, a UE desde há muitos anos que está empenhada em eliminar
a violência com base no género e a violência contra as crianças, tal como indicado na sua
"Estratégia para a igualdade entre homens e mulheres"4
, na Diretiva relativa aos direitos das
vítimas5
e no Programa da UE para os direitos da criança6
.
A presente comunicação da Comissão sobre a mutilação genital feminina tem por base a ação
desenvolvida pela União Europeia ao longo de muitos anos e um relatório do Instituto
Europeu para a Igualdade de Género (EIGE)7
. Beneficiou igualmente dos resultados de uma
mesa redonda de alto nível sobre as mutilações genitais femininas8
, das contribuições da
sociedade civil, de organizações internacionais, do meio académico e de entidades para a
igualdade no âmbito de uma consulta pública9
, bem como de um parecer escrito do Comité
1
Segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS).
2
Conclusões do Conselho intituladas "Combater a violência contra as mulheres e disponibilizar serviços
de apoio às vítimas da violência doméstica", adotadas em 6 de dezembro de 2012.
3
Resolução 67/146 adotada pela AGNU em 20 de dezembro de 2012.
4
COM(2010) 491 final.
5
Diretiva 2012/29/UE que estabelece normas mínimas relativas aos direitos, ao apoio e à proteção das
vítimas da criminalidade.
6
COM(2011) 60 final.
7
EIGE 2013. Female genital mutilation in the European Union and Croatia.
8
Alguns dos principais defensores ativos no combate às mutilações genitais femininas foram convidados
para uma mesa redonda em 6 de março de 2013, a fim de darem os seus pontos de vista e prestarem
aconselhamento.
9
Os resultados podem ser consultados em: http://ec.europa.eu/justice/newsroom/gender-
-equality/opinion/130306_en.htm
6. PT 5 PT
Consultivo para a Igualdade de Oportunidades entre Homens e Mulheres10
. A presente
comunicação abrange tanto as políticas internas como externas e adota uma abordagem global
e integrada que coloca especial ênfase na prevenção.
2. CONHECER MELHOR A PROBLEMÁTICA DA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA NA UE
Segundo a UNICEF11
, mais de 125 milhões de mulheres no mundo vivem atualmente com
as consequências de mutilações genitais femininas. Esta prática é mais comum nas regiões
ocidental, oriental e nordeste de África, em alguns países da Ásia e do Médio Oriente e, a
nível mundial, entre alguns migrantes originários dessas zonas. Na UE, o número mais
frequentemente citado é de 500 000 vítimas12
.
É difícil calcular o número de raparigas em risco. As raparigas que migraram de um país
onde as mutilações genitais femininas são praticadas, ou em que um ou ambos os progenitores
são originários desse país, podem ser consideradas em situação de risco13
. No entanto, uma
avaliação rigorosa dos fatores determinantes do risco deve ter em conta outras causas,
designadamente a alteração do comportamento ou das crenças dos progenitores na sequência
da sua migração.
Prevalência das MGF nos Estados-Membros da UE14
País Ano de
publicação
Número de
mulheres vítimas
de MGF
Número de
raparigas em
risco de MGF
Número de
processos penais15
Bélgica 2011 6 260 1 975
Dinamarca Dados indisponíveis 1
Alemanha 2007 19 000 4 000
Irlanda 2011 3 170 Não disponível
Espanha Dados indisponíveis 6
França 2007 61 000 Não disponível 29
Itália 2009 35000 1 000 2
Hungria 2012 170‐350 Não disponível
Países Baixos 2013 29 210 40‐50/ano 1
Suécia Dados indisponíveis 2
Reino Unido 2007 65 790 30 000
10
http://ec.europa.eu/justice/gender-equality/other-institutions/advisory-comittee.
11
Relatório da UNICEF intitulado Female Genital Mutilation/Cutting: A Statistical Overview and
Exploration of the Dynamics of Change, Nova Iorque, 2013.
12
Parlamento Europeu: Resolução sobre a eliminação da mutilação genital feminina 16.6.2012
[2012/2684 (RSP)]. Deve referir-se que nem todos os países possuem estimativas e as que existem não
são necessariamente comparáveis.
13
EIGE 2013, Female genital mutilation in the European Union and Croatia.
14
Fontes: EIGE 2013, com exceção dos Países Baixos: Exterkate2013 — Female Genital Mutilation in
the Netherlands. Prevalence, incidence and determinants. Pharos — Centro de especialização Health
for Migrants and Refugees.
15
Trata-se de processos penais, incluindo condenações, registados até janeiro de 2012.
7. PT 6 PT
Além disso, as provas sobre as circunstâncias das mutilações praticadas contra raparigas que
vivem na UE são insuficientes. No final dos anos 70 e início dos anos 80, diversos casos
levados a tribunal em França16
forneceram provas de mutilações realizadas no território
francês. Mais tarde, as condenações de pais e autores materiais17
podem ter levado as famílias
a impor essa prática às suas filhas nos países de origem ou nos Estados-Membros da UE onde
a legislação na matéria ou a sua repressão são menos severas. Os processos judiciais mais
recentes registados na UE dizem respeito a mutilações praticadas tanto em países terceiros
(processos intentados em Itália, Espanha, Dinamarca e Suécia) como na UE (processos
intentados em Espanha e França).
Objetivo:
Conhecer melhor o fenómeno da mutilação genital feminina na UE
Ações:
A Comissão Europeia:
– solicitará ao Instituto Europeu para a Igualdade de Género que elabore uma
metodologia e indicadores comuns tendo em vista avaliar a prevalência das
mutilações genitais femininas, calcular o número de mulheres e raparigas em risco de
serem mutiladas e o número de vítimas de mutilações genitais femininas na UE;
– examinará a viabilidade de realizar um inquérito, bem como investigações
quantitativas e qualitativas sobre as mutilações genitais femininas;
– incentivará os Estados-Membros a elaborarem indicadores específicos sobre as
mutilações genitais femininas no âmbito do acompanhamento pela UE da Plataforma
de Ação de Pequim das Nações Unidas.
3. PROMOVER UMA MUDANÇA SOCIAL DURÁVEL PARA PREVENIR A MUTILAÇÃO
GENITAL FEMININA
3.1. Promover uma mudança social durável para prevenir a mutilação genital
feminina
As mutilações genitais femininas constituem uma convenção social profundamente
enraizada que pressiona as famílias a conformarem-se com as expectativas da sua
comunidade. Está relacionada com o controlo social da sexualidade das mulheres e
igualmente com um grande conjunto de crenças e receios. Apesar das graves consequências
físicas e psicológicas imediatas e a longo prazo, a mutilação genital feminina é
frequentemente praticada na crença de que é no interesse da jovem. Num contexto de
migração, pode ser também uma forma de manter uma ligação ao país de origem e preservar a
identidade cultural. A mutilação genital feminina é uma questão íntima e, muitas vezes, é
igualmente um assunto tabu entre as comunidades envolvidas. Por isso é crucial ter em conta
a sua complexidade.
Os quadros legislativos e repressivos são necessários, mas não são suficientes para assegurar
o abandono das mutilações genitais femininas. É imperativo haver uma mudança nas
atitudes e crenças das comunidades envolvidas. Os resultados de vários projetos
financiados pelos programas Daphne da UE18
revelam que devem ser elaboradas medidas de
16
EIGE 2012 — Study to map the current situation and trends of FGM: country reports.
17
A pessoa (geralmente uma mulher) que pratica as mutilações genitais femininas.
18
Decisão n.º 779/2007/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de junho de 2007, que
estabelece para o período de 2007 a 2013 um programa específico de prevenção e de combate à
violência contra as crianças, os jovens e as mulheres e de proteção das vítimas e dos grupos de risco
8. PT 7 PT
sensibilização específicas em conjunto e no interior das comunidades afetadas. Tal implica o
envolvimento tanto de homens como de mulheres, de dirigentes religiosos e de chefes das
comunidades, de personalidades respeitadas e influentes das diferentes comunidades, bem
como das vítimas que estejam dispostas a testemunhar, de jovens e de idosos. Essas medidas
devem basear-se na oposição atualmente existente contra a mutilação genital feminina a nível
da população afetada e no estabelecimento de ligações da União Europeia com os países de
origem.
Um relatório recente19
revela que existe uma maior prevalência das mutilações genitais
femininas nas famílias pobres ou naquelas em que os progenitores têm um nível de instrução
reduzido. Por conseguinte, capacitar as mulheres para tomarem decisões informadas, para si
próprias e para os seus filhos, é uma questão essencial quando se trata de estabelecer medidas
visando assegurar o abandono desta prática.
3.2. Desenvolver uma cooperação pluridisciplinar
Tudo indica que vivem na UE milhares de raparigas que podem estar em risco de ser vítimas
desta prática. Numerosos profissionais estão em contacto com elas, especialmente nas áreas
da saúde, educação, proteção de menores, serviços sociais, setor judicial, imigração e asilo.
No caso de estes profissionais tencionarem proporcionar a proteção e o apoio adequados, é
necessária uma cooperação pluridisciplinar com base em conhecimentos sólidos sobre as
mutilações genitais femininas. Em função do seu papel e responsabilidades, os profissionais
devem estar em condições de identificar as raparigas em risco e as mulheres vítimas desta
prática e informar as autoridades competentes para que sejam mobilizados os mecanismos de
proteção e de apoio adequados. Para esse efeito, o tema da violência em razão do género,
incluindo as mutilações genitais femininas, tem de ser incluído nos programas de ensino de
todas as profissões potencialmente em contacto com as comunidades afetadas. Deve ser
elaborado material pedagógico e formações neste domínio, bem como assegurado o apoio das
ONG ativas na abordagem desta problemática e criados protocolos multissetoriais eficazes.
São essenciais orientações claras sobre o sigilo profissional e as condições de divulgação
neste âmbito.
As mutilações genitais femininas praticadas por profissionais de saúde são cada vez mais
um motivo de preocupação a nível mundial. Algumas ONG também alertaram para a questão
das mulheres serem sujeitas à reinfibulação20
no hospital depois do parto, a pedido da mulher
ou da sua família, não obstante o facto de esta prática ser proibida pelas legislações nacionais
na UE.
Além disso, muitas mulheres que sobreviveram às mutilações genitais femininas podem
igualmente ser vítimas de outras formas de violência, designadamente casamentos
precoces, casamentos de crianças ou casamentos forçados ou ainda a violência doméstica.
Enquanto migrantes, por vezes a cargo dos respetivos cônjuges, pais ou familiares, podem ser
especialmente vulneráveis. Os Estados-Membros são encorajados, portanto, a facilitar-lhes o
acesso adequado às prestações e serviços de proteção social quando necessário, bem como o
acesso à educação.
(programa Daphne III) no âmbito do programa geral Direitos Fundamentais e Justiça. Ver também
http://ec.europa.eu/justice/grants/programmes/daphne/
19
UNICEF 2013.
20
De acordo com a OMS, a infibulação é o estreitamento do orifício vaginal através da criação de uma
membrana selante. A membrana selante é formada pelo corte e aposição dos pequenos e/ou dos grandes
lábios, com ou sem ablação do clítoris. O orifício vaginal tem de ser reaberto para as relações sexuais e
o parto, um procedimento conhecido por "desfibulação". Em alguns casos, esta prática é seguida de
reinfibulação.
9. PT 8 PT
A maioria das mulheres que sobreviveu às mutilações genitais femininas precisa de ajuda para
suportar as consequências imediatas e a longo prazo desse traumatismo. As suas necessidades
variarão em função da sua idade ou situação. Graças a um apoio adequado, ficarão mais
sensibilizadas para as consequências desastrosas destas práticas para a sua saúde. Alguns
Estados-Membros (como a Bélgica, a França, a Itália, a Suécia ou o Reino Unido21
) criaram
centros de saúde especializados no apoio às vítimas de mutilações genitais femininas,
prestando-lhes principalmente cuidados ginecológicos, em especial às mulheres grávidas.
Contudo, há falta de serviços com uma estratégia integrada que inclua, por exemplo, apoio
psicológico, psicossexual ou pós-traumático.
Os Estados-Membros são encorajados a melhorar a sensibilização dos profissionais da saúde
para a mutilação genital feminina (identificação, prevenção, tratamento, cuidados de saúde
adequados durante a gravidez e o parto), incluindo o acompanhamento do filho saudável. São
incentivados a apresentar relatórios adequadas sobre a mutilação genital feminina, em
especial através da plena utilização da Classificação Internacional de Doenças da OMC.
Objetivo:
Promover medidas de prevenção eficazes e de apoio às vítimas, nomeadamente fazendo
evoluir as normas sociais e concedendo às mulheres os meios para agir.
Ações:
A Comissão Europeia:
– promoverá a conceção de módulos de formação, de guias multissetoriais e de
protocolos, no âmbito do futuro programa "Direitos, Igualdade e Cidadania". Estes
diferentes instrumentos serão dirigidos para os profissionais envolvidos e terão por
finalidade prevenir as mutilações genitais femininas e apoiar as vítimas;
– encorajará os Estados-Membros a reforçarem os seus sistemas de proteção da
criança, garantindo uma melhor coordenação e cooperação entre os serviços, a fim de
os tornar mais integrados e melhor equipados para fazer face a casos concretos ou
aos riscos de maus tratos de crianças, incluindo os casos de mutilação genital
feminina;
– no seguimento do programa Daphne da UE, tirará pleno partido do novo programa
da União "Direitos, Igualdade e Cidadania"22
para financiar atividades concebidas
pelas ONG que visam prevenir a violência contra mulheres e crianças. A Comissão
informará as crianças sobre os seus direitos e promoverá, em especial, o respeito do
seu direito a serem ouvidas;
– na continuidade do programa "Aprendizagem ao Longo da Vida e Juventude em
Ação", tirará pleno partido do programa Erasmus+, bem como de outros
instrumentos de financiamento europeus para subvencionar, se for caso disso,
campanhas de sensibilização e favorecer a evolução dos comportamentos
(especialmente dos pais) associando professores, educadores, famílias e
comunidades. As atividades poderão ter por finalidade capacitar as jovens migrantes,
melhorar a qualidade da formação dos professores e de outros profissionais
suscetíveis de entrar em contacto com as comunidades afetadas e prevenir a violência
contra as mulheres;
21
EIGE 2013.
22
COM(2011) 758 final.
10. PT 9 PT
– promoverá medidas ao abrigo do futuro Fundo para o Asilo e a Migração visando a
capacitação das mulheres e raparigas e o reforço da sua integração nas sociedades de
acolhimento;
– incluirá a violência associada ao género, incluindo a mutilação genital feminina, em
todos os futuros trabalhos relativos às orientações da UE sobre os sistemas de
proteção da criança;
– elaborará módulos de formação específicos, incluindo sobre questões associadas às
mutilações genitais femininas, destinados aos profissionais da saúde que trabalham
com migrantes.
4. APOIAR OS ESTADOS-MEMBROS A REPRIMIREM MAIS EFICAZMENTE A MUTILAÇÃO
GENITAL FEMININA
A Resolução das Nações Unidas sobre a intensificação dos esforços da comunidade mundial
para eliminar as mutilações genitais femininas23
apela aos Estados no sentido de adotarem e
aplicarem legislação que proíba as mutilações genitais femininas.
A mutilação genital feminina é punível em todos os Estados-Membros da UE, quer
através da legislação penal geral, quer de disposições específicas do direito penal24
. Um
princípio de extraterritorialidade está muitas vezes previsto, tornando possível punir a
mutilação genital feminina quando é praticada no estrangeiro, caso a vítima e/ou a pessoa ou
pessoas que exercem ou planeiam essa prática sejam nacionais do país que realiza a
investigação.
Contudo, os tribunais penais raramente têm de apreciar processos relacionados com a
mutilação genital feminina, principalmente devido à relutância das vítimas em apresentar
queixa. Também há poucos serviços com competências e conhecimentos suficientes para
apoiarem as vítimas que decidiram denunciar essa prática. As regulamentações em matéria de
sigilo profissional, bem como a falta de mecanismos para orientar de forma eficaz as raparigas
em risco, ou que foram vítimas de mutilação genital feminina, para os serviços de apoio
competentes, impede igualmente um acompanhamento adequado das vítimas.
Legislação na matéria, uma repressão penal efetiva e a condenação dos pais e autores
materiais considerados culpados parecem indispensáveis para dissuadir os progenitores de
sujeitarem as filhas a essa prática e ajudá-los a resistir melhor à pressão exercida pelas
respetivas famílias e comunidades.
Existem razões para examinar tanto as legislações nacionais como a jurisprudência na
matéria, uma vez que fornecem uma perspetiva sobre algumas das principais questões
jurídicas em matéria de mutilação genital feminina. Em Espanha, por exemplo, foram
recentemente punidos os progenitores devido à mutilação da sua filha antes de terem migrado
para a Europa. A questão do interesse superior da criança deve ser igualmente considerada
a preocupação primordial durante qualquer processo penal (desde a fase de inquérito até à
sentença), devendo evitar-se, por exemplo, que uma criança se torne vítima duas vezes,
primeiro devido à mutilação genital feminina propriamente dita e, em seguida, por ser
subtraída à guarda parental.
23
Resolução 67/146 adotada pela AGNU.
24
BE, DK, IE, ES, IT, CY, AT, SE, UK e HR preveem disposições específicas sobre a mutilação genital
feminina.
11. PT 10 PT
Objetivo:
Ajudar os Estados-Membros a fazerem aplicar as respetivas legislações que proíbem a
mutilação genital feminina.
Ações:
A Comissão Europeia:
– examinará as legislações penais e os processos judiciais relativos às mutilações
genitais femininas e organizará um intercâmbio de boas práticas entre os Estados-
-Membros para determinar as ações a nível da UE que poderiam ter um valor
acrescentado;
– divulgará o material de formação existente para os profissionais da justiça através
das plataformas adequadas;
fará respeitar os direitos das vítimas da criminalidade, definidos na Diretiva relativa aos
direitos das vítimas25
, em especial o direito de acesso aos serviços de apoio gerais e
especializados.
5. ASSEGURAR A PROTEÇÃO DAS MULHERES EM RISCO NO TERRITÓRIO DA UE
A Diretiva relativa ao estatuto de refugiado26
assegura o direito de proteção internacional às
mulheres que têm o receio fundado de serem perseguidas ou que correm o risco de serem
vítimas de mutilações genitais femininas. Esta diretiva torna extensivo esse direito aos pais
que receiam serem perseguidos ou que correm um risco efetivo de sofrerem ofensas graves
porque recusam dar o seu consentimento a que as filhas sejam submetidas a mutilações
genitais femininas. A referida diretiva revista27
reforça a proteção das pessoas que receiam ser
vítimas dessa prática. Reconhece expressamente que as questões relacionadas com o género
do requerente devem ser devidamente tidas em conta caso se prendam com o receio fundado
de ser perseguido. Tais questões incluem a identidade de género e a orientação sexual, que
podem estar relacionadas com determinados tradições jurídicas e costumes, que dão origem,
por exemplo, à mutilação genital feminina.
A reformulação da Diretiva relativa aos procedimentos de asilo28
integra a dimensão do
género nos procedimentos de asilo. Concretamente, i) todos os requerentes mulheres
poderão ter acesso a um procedimento de asilo, beneficiar do exame individual do seu pedido
e receber uma proteção efetiva se preencherem as condições para esse efeito; ii) as
autoridades responsáveis devem estar devidamente preparadas para ter em conta a
complexidade dos pedidos associados ao género; iii) os requerentes mulheres devem ter a
possibilidade efetiva de comunicar as suas experiências pessoais aos serviços de asilo
competentes num ambiente seguro e que preserve a confidencialidade, bem como beneficiar
das garantias processuais fundamentais, designadamente serviços de interpretação e
aconselhamento jurídico; iv) as vítimas de tortura ou outras formas graves de violência
25
Diretiva 2012/29/UE.
26
Diretiva 2004/83/CE do Conselho que estabelece normas mínimas relativas às condições a preencher
por nacionais de países terceiros ou apátridas para poderem beneficiar do estatuto de refugiado ou de
pessoa que, por outros motivos, necessite de proteção internacional, bem como relativas ao respetivo
estatuto, e relativas ao conteúdo da proteção concedida.
27
Diretiva 2011/95/UE que estabelece normas relativas às condições a preencher pelos nacionais de
países terceiros ou por apátridas para poderem beneficiar de proteção internacional, a um estatuto
uniforme para refugiados ou pessoas elegíveis para proteção subsidiária e ao conteúdo da proteção
concedida.
28
Diretiva 2013/32/UE relativa a procedimentos comuns de concessão e retirada do estatuto de proteção
internacional.
12. PT 11 PT
psicológica, psíquica ou sexual beneficiarão de um período de tempo suficiente e do apoio
adequado para preparar as entrevistas pessoais e outras etapas essenciais dos procedimentos.
A reformulação da Diretiva relativa às condições de acolhimento dos requerentes de asilo29
introduz condições de acolhimento associadas ao género que se aplicarão igualmente às
pessoas que receiam ser vítimas de mutilações genitais femininas, a saber: i) as necessidades
especiais de todos os requerentes vulneráveis do sexo feminino deverão ser identificadas
atempadamente; ii) as pessoas que foram vítimas de formas graves de violência deverão ter
acesso a serviços de readaptação, a fim de obter a ajuda psicológica e médica de que
necessitam; e iii) os centros de acolhimento deverão ter em conta as especificidades de
género.
Em complemento a estas medidas legislativas, o Gabinete Europeu de Apoio em matéria de
Asilo (EASO) pode promover as melhores práticas e uma abordagem comum sobre as
questões de género, em especial no que se refere à formação do pessoal dos serviços de asilo
e às informações sobre os países de origem.
O Fundo Europeu para os Refugiados e o futuro Fundo para o Asilo e a Migração concederão
incentivos financeiros aos Estados-Membros para efeitos da reinstalação (transferência),
numa base voluntária, de determinadas categorias de pessoas, incluindo crianças e mulheres
em risco, nesses Estados-Membros.
Objetivo:
Assegurar a proteção das mulheres em risco, no âmbito do atual quadro legislativo da UE em
matéria de asilo.
Ações:
A Comissão Europeia:
– continuará a acompanhar a transposição atempada e a aplicação correta do quadro
legislativo da UE em matéria de asilo, que garante a proteção das mulheres em risco;
– assegurará que as ferramentas de formação e as informações sobre os países de
origem, provenientes do EASO, integrem a dimensão do género e, quando
necessário, mencionem as mutilações genitais femininas;
– continuará a encorajar os Estados-Membros a recorrerem aos incentivos financeiros
previstos nos instrumentos legislativos em vigor com vista a sensibilizar os
profissionais que trabalham no domínio do asilo;
encorajará os Estados-Membros a que continuem, iniciem ou aumentem a utilização de
incentivos financeiros para efeitos da reinstalação de crianças e mulheres em risco, incluindo
as que correm o risco de ser vítimas de violência em razão do género.
6. PROMOVER A ELIMINAÇÃO DA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA NO MUNDO
A UE desde há numerosos anos que participa ativamente na cooperação internacional
visando promover a eliminação da mutilação genital feminina. A nível mundial, a UE
contribuiu para a adoção de compromissos sólidos que obrigam todos os países a proibir e a
sancionar as mutilações genitais femininas e a tomar medidas adequadas para alterar as
convenções sociais que lhes estão subjacentes. Por exemplo, apoiou a Resolução da
Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a eliminação das mutilações genitais femininas30
29
Diretiva 2013/33/UE que estabelece normas para a acolhimento dos requerentes de proteção
internacional.
30
Resolução 67/146 adotada pela AGNU.
13. PT 12 PT
e associou-se, em 2012, ao Grupo Africano a nível do Conselho dos Direitos Humanos das
Nações Unidas, de modo a acelerar a concretização dos compromissos assumidos na referida
resolução.
A União Europeia promove igualmente a uma melhor proteção internacional das mulheres
e das raparigas em risco de mutilação genital feminina no mundo, no quadro das suas
relações com os países terceiros e nas instâncias internacionais.
A ação que a União desenvolve fora da Europa para combater a mutilação genital feminina
apoia-se em compromissos políticos e documentos de orientação específicos da UE (diretrizes
da UE sobre a violência contra as mulheres, quadro estratégico e plano de ação da UE a favor
dos direitos humanos e da democracia, e as estratégias por país em matéria de direitos
humanos, que concedem prioridade à luta contra as mutilações genitais femininas nos países
em causa). A prevenção das mutilações genitais femininas constitui igualmente uma vertente
da cooperação existente no âmbito do Acordo de Cotonu, o acordo de parceria mais completo
concluído entre a UE e 79 países de África, das Caraíbas e do Pacífico. Além disso, a UE
contribui para a luta contra as causas profundas das mutilações genitais femininas, apoiando
objetivos de desenvolvimento mais amplos, quer se trate da igualdade de género ou da
capacitação das mulheres, nomeadamente das raparigas e mulheres, dos seus direitos
fundamentais e da sua saúde sexual e reprodutiva.
De 2006 a 2012, 17 projetos visando lutar contra as mutilações genitais femininas em 18
países beneficiaram de um financiamento da UE de cerca de 8 milhões de EUR para apoiar os
esforços das organizações da sociedade civil e dos governos, bem como as organizações das
Nações Unidas, especialmente a UNICEF.
Em termos globais, verifica-se uma tendência positiva no sentido do abandono progressivo
das mutilações genitais femininas nos 28 países mais afetados. Até à data, 42 países
adotaram legislação a condenar expressamente as mutilações genitais femininas. A adoção de
todo um conjunto de compromissos sólidos por parte dos governos em causa assume uma
importância crucial a este respeito. As organizações regionais, em especial a União Africana
(UA), têm desempenhado um papel essencial. O Protocolo da UA relativo aos direitos das
mulheres em África, ratificado por 33 países, estabelece que devem ser adotadas todas as
medidas legislativas e outras medidas necessárias com vista à eliminação das mutilações
genitais femininas, incluindo a sensibilização do público para estas práticas, a sua proibição
através de medidas legislativas acompanhadas de sanções, bem como o apoio às vítimas.
A UE prosseguirá a sua ação visando promover o abandono das mutilações genitais
femininas, orientada pelas boas práticas documentadas quanto à melhor forma de proceder
para alcançar os desejados progressos. A União baseará a sua ação em avanços históricos e
recentes registados no âmbito do consenso mundial sobre a necessidade de reforçar a
determinação da comunidade internacional para pôr cobro às mutilações genitais femininas. O
facto de associar a luta contra as mutilações genitais femininas à capacitação e à educação das
raparigas e mulheres, à sua saúde sexual e reprodutiva, bem como à prevenção de casamentos
precoces, casamentos entre crianças e casamentos forçados, permitiu facilitar o abandono
destas práticas.
Objetivo:
Promover a eliminação das mutilações genitais femininas no mundo e reforçar a proteção das
mulheres em risco nos países terceiros.
Ações:
A Comissão Europeia e o Serviço Europeu para a Ação Externa:
14. PT 13 PT
– incluirão a problemática das mutilações genitais femininas nos diálogos anuais da
UE com as organizações da sociedade civil nos países parceiros em causa;
– redigirão uma nota de orientação sobre a mutilação genital feminina dirigida aos
Chefes de Missão da UE nos países parceiros em causa;
– integrarão a questão da mutilação genital feminina nas formações sobre a igualdade
entre homens e mulheres e sobre os direitos da criança facultadas ao pessoal das
instituições europeias que trabalha nas delegações da UE nos países em causa;
– apoiarão uma campanha regional a favor da eliminação das mutilações genitais
femininas;
– continuarão a trabalhar em estreita colaboração com a União Africana e Grupo
Africano na ONU sobre a elaboração de novas iniciativas para reforçar a luta
mundial contra a mutilação genital feminina;
– continuarão a apoiar ações de sensibilização a favor da melhoria das legislações
nacionais relativas à mutilação genital feminina, quando necessário;
– continuarão a apoiar iniciativas destinadas a reforçar a capacidade dos organismos
públicos e das organizações da sociedade civil;
– continuarão a abordar as questões associadas à mutilação genital feminina no âmbito
dos diálogos políticos, sobre os direitos humanos e sobre as políticas a desenvolver,
com os países parceiros em causa, incluindo aqueles em que a saúde é um setor
prioritário de cooperação;
– continuarão a promover uma melhor proteção internacional das mulheres em risco de
sofrer mutilações genitais femininas no mundo, no quadro das suas relações com os
países terceiros e nas instâncias internacionais.
7. APLICAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO
A fim de assegurar progressos rápidos e atingir os objetivos fixados na presente comunicação,
um grupo ad hoc do grupo interserviços da Comissão para a igualdade entre homens e
mulheres examinará, avaliará e acompanhará as ações nela previstas e elaborará anualmente
um relatório sobre as medidas implementadas. Dois anos após a adoção da presente
comunicação, a Comissão avaliará as medidas adotadas e decidirá sobre o seu seguimento.
Para além deste acompanhamento interno, a Comissão Europeia consultará regularmente as
ONG e peritos ativos neste domínio. Com efeito, as organizações não governamentais
sempre desempenharam e continuarão a desempenhar um papel essencial na proteção de
raparigas em risco, na formação de profissionais, na sensibilização das comunidades afetadas,
no desenvolvimento dos conhecimentos, na documentação e boas práticas, na inscrição desta
questão na ordem do dia dos responsáveis políticos e no estabelecimento de relações entre a
Europa e os países de origem. Em toda a União, as organizações da sociedade civil são
confrontadas com os mesmos problemas e têm necessidade de trocar informações e boas
práticas, de elaborar projetos e métodos, bem como de fazer avaliar os seus trabalhos pelos
pares.
Objetivo:
Realizar as ações previstas na presente comunicação e assegurar que a questão da mutilação
genital feminina é objeto de atenção permanente.
Ações:
15. PT 14 PT
A Comissão Europeia:
– acompanhará a realização atempada das ações previstas na presente comunicação e
fará anualmente o ponto da situação sobre os progressos realizados por volta
de 6 de fevereiro, Dia Mundial da Tolerância Zero contra a Mutilação Genital
Feminina;
– facilitará o intercâmbio de experiências e boas práticas sobre as questões associadas
às mutilação genitais femininas entre as ONG e os peritos;
– encorajará as presidências do Conselho da União Europeia a colocar a questão da
mutilação genital feminina na ordem de trabalhos dos responsáveis pelos serviços de
saúde da UE;
– organizará um seminário sobre a mutilação genital feminina no âmbito do Fórum
Europeu sobre os direitos da criança de 2013;
– incluirá a questão da mutilação genital feminina no programa de trabalho do grupo
de peritos nacionais sobre os direitos da criança que será constituído a título informal
em 2014.
8. CONCLUSÃO
Com a presente comunicação sobre a mutilação genital feminina, a Comissão Europeia e o
Serviço Europeu para a Ação Externa reiteram o seu compromisso de combater a violência
contra as mulheres e eliminar as mutilações genitais femininas tanto no interior como no
exterior da UE, reconhecendo que é importante ter em conta a relação existente entre as
comunidades em causa na UE e os seus países de origem.
A UE não deixará de suscitar esta questão no futuro e dará o seu apoio a todos os
intervenientes ativos neste domínio desde há numerosos anos, nomeadamente as organizações
internacionais, os Estados-Membros e as ONG. A União Europeia continuará a elaborar
políticas e a adotar medidas nesse sentido, tendo simultaneamente em conta os múltiplos
aspetos da mutilação genital feminina, os quais exigem uma abordagem pluridisciplinar e uma
estreita cooperação com as comunidades onde é praticada.