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15-10-2021 Movimento
Feminista
Disciplina de História A
Beatriz Santos Nº4; João Costa Nº19; Lídia Sales
Nº23 12ºH
ESCOLA SECUNDÁRIA DE POMBAL
1
Índice
❖ A origem do feminismo;
❖ O lento progressismo no mundo e as reivindicações;
❖ O feminismo português e as protagonistas do feminismo mundial;
❖ A vida de Carolina Beatriz Ângelo;
❖ O pós-guerra e o progressismo feminista;
2
Figura 1
A origem do feminismo
A história do “empoderamento” feminino, ou feminismo, não é tão antiga como
deveria ser. Em geral, até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos
homens, as quais não possuíam os mesmos privilégios que eles.
Foi durante a Revolução Francesa, em 1789, que Olympe de Gouges (1), uma
dramaturga e feminista francesa, atraiu a atenção de várias mulheres de toda a
Europa com a divulgação de uma das suas obras - “Declaração dos Direitos da
Mulher e da Cidadã”. Esta foi considerada na época, não só uma afronta à
“Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” mas também ao próprio país,
tendo por isso sido condenada à morte 2 anos após a sua publicação.
É a partir da proliferação da Revolução Industrial no século XIX, que esse
panorama muda de maneira substancial: as mulheres já começam a trabalhar nas
fábricas, fazendo parte da força econômica do país. Assim, aos poucos, os
movimentos feministas espalhados pelo mundo foram tomando corpo e cada vez
mais lutando e conquistando diversos direitos reivindicados pelas mulheres. Com
este direito laboral, também outros direitos surgiram em cadeia, quer seja em
relação ao estatuto familiar, social ou político.
Figura 2- Revolução Francesa
3
Figura 3
Figura 4
O lento progressismo no mundo e as reivindicações
Após a conquista laboral, também o sufrágio feminino teve sucesso nos países democráticos;
destacaram-se países como a Nova Zelândia, Austrália e Finlândia que tornaram o sufrágio
universal, em 1893, 1903 e 1906, respetivamente (3).
Agora com as bases estabelecidas, cada vez mais se pretendiam dar a conhecer ao mundo os
objetivos de um movimento que apenas desejava igualdade. Os objetivos do feminismo
baseavam-se nas reivindicações do direito das mulheres casadas à propriedade de bens, à tutela
dos filhos, ao acesso à educação e a um trabalho socialmente valorizado; em suma, lutava por
alterações jurídicas que cessassem o estatuto de menoridade em que a sociedade colocava as
mulheres.
O feminismo português e as protagonistas do feminismo mundial
Em Portugal, o movimento feminista estabeleceu-se em
1909, com a criação da Liga Republicana das Mulheres
Portuguesas (4), e em 1911, com a criação da
Associação de Propaganda Feminista; Ambas as
associações seguiram os ideais defendidos pelos seus
antecessores europeus, dando agora destaque a
mulheres portuguesas, como Ana de Castro Osório,
Adelaide Cabete, Maria Veleda e Carolina Beatriz
Ângelo.
Em países democráticos como os EUA e o Reino
Unido, que serviram como berço do feminismo,
destacaram-se personalidades como Emmeline
Pankhurst e Joan Crawford.
4
Figura 5- Beatriz Ângelo
A vida de Carolina Beatriz Ângelo
Carolina Beatriz Ângelo – Nasceu a 16 de abril de 1878, na Guarda, numa família de classe
média. Em 1891 entra com grande distinção no Liceu da Guarda, tornando-se médica-cirurgiã
em 1902, sendo também a primeira mulher em Portugal a fazê-lo. Ainda nesse ano casou com o
seu primo, colega de estudos e deputado republicano, Januário Barreto. Na sua área profissional,
especificou-se na ginecologia.
Ao longo dos anos, participou em e liderou vários grupos feministas em Portugal, tornando-se
parte da elite republicana lisboeta, tendo até liderado um quarteto feminino maçónico, a partir
de 1907. Aquando da revolução de 5 de outubro Beatriz Ângelo já se encontrava viúva e, agora
dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, encontrou nas eleições de 1911 uma
oportunidade de conciliar os seus ideais sufragistas com o regime republicano; a 28 de maio de
1911, usufruindo da lei a seu favor, pode exercer o seu direito de voto como chefe de família,
com mais do que 21 anos e com educação.
Este ato de coragem mereceu destaque em jornais de influência europeia, não só pelo ato em si
mas pelo rumo progressista que a República Portuguesa aparentava ter. Vindo a falecer a 3 de
outubro do mesmo ano, nunca chegou a assistir às mudanças na lei eleitoral que impediram o
voto feminino, algo que só seria revertido após a revolução de abril.
5
O pós-guerra e o progressismo feminista
Com o auge da Grande Guerra deu-se também o auge do combate ao feminismo, mas o facto
dos homens partirem para as trincheiras fez com que as donas de casa ficassem livres no seu
país, normalizando, ainda que lentamente, o papel mais ativo da mulher na sociedade.
Com o fim da guerra, mais e mais políticos britânicos e estadunidenses valorizaram o esforço
das mulheres durante o período de guerra, permitindo com isso a libertação da mulher no
mundo do trabalho nos anos consequentes. Ainda que lento, as reivindicações familiares,
sociais, laborais e políticas estavam lentamente a ser concretizadas, dando com isso um tom de
otimismo ao movimento feminista.
6
Bibliografia
https://www.cdocfeminista.org/carolina-beatriz-angelo-1878-1911/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carolina_Beatriz_%C3%82ngelo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo_em_Portugal
Manual de História A, 12º Ano Parte 1

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Movimento feminista - trabalho word

  • 1. 15-10-2021 Movimento Feminista Disciplina de História A Beatriz Santos Nº4; João Costa Nº19; Lídia Sales Nº23 12ºH ESCOLA SECUNDÁRIA DE POMBAL
  • 2. 1 Índice ❖ A origem do feminismo; ❖ O lento progressismo no mundo e as reivindicações; ❖ O feminismo português e as protagonistas do feminismo mundial; ❖ A vida de Carolina Beatriz Ângelo; ❖ O pós-guerra e o progressismo feminista;
  • 3. 2 Figura 1 A origem do feminismo A história do “empoderamento” feminino, ou feminismo, não é tão antiga como deveria ser. Em geral, até o século XIX, a mulher era vista como um ser inferior aos homens, as quais não possuíam os mesmos privilégios que eles. Foi durante a Revolução Francesa, em 1789, que Olympe de Gouges (1), uma dramaturga e feminista francesa, atraiu a atenção de várias mulheres de toda a Europa com a divulgação de uma das suas obras - “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”. Esta foi considerada na época, não só uma afronta à “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” mas também ao próprio país, tendo por isso sido condenada à morte 2 anos após a sua publicação. É a partir da proliferação da Revolução Industrial no século XIX, que esse panorama muda de maneira substancial: as mulheres já começam a trabalhar nas fábricas, fazendo parte da força econômica do país. Assim, aos poucos, os movimentos feministas espalhados pelo mundo foram tomando corpo e cada vez mais lutando e conquistando diversos direitos reivindicados pelas mulheres. Com este direito laboral, também outros direitos surgiram em cadeia, quer seja em relação ao estatuto familiar, social ou político. Figura 2- Revolução Francesa
  • 4. 3 Figura 3 Figura 4 O lento progressismo no mundo e as reivindicações Após a conquista laboral, também o sufrágio feminino teve sucesso nos países democráticos; destacaram-se países como a Nova Zelândia, Austrália e Finlândia que tornaram o sufrágio universal, em 1893, 1903 e 1906, respetivamente (3). Agora com as bases estabelecidas, cada vez mais se pretendiam dar a conhecer ao mundo os objetivos de um movimento que apenas desejava igualdade. Os objetivos do feminismo baseavam-se nas reivindicações do direito das mulheres casadas à propriedade de bens, à tutela dos filhos, ao acesso à educação e a um trabalho socialmente valorizado; em suma, lutava por alterações jurídicas que cessassem o estatuto de menoridade em que a sociedade colocava as mulheres. O feminismo português e as protagonistas do feminismo mundial Em Portugal, o movimento feminista estabeleceu-se em 1909, com a criação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas (4), e em 1911, com a criação da Associação de Propaganda Feminista; Ambas as associações seguiram os ideais defendidos pelos seus antecessores europeus, dando agora destaque a mulheres portuguesas, como Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete, Maria Veleda e Carolina Beatriz Ângelo. Em países democráticos como os EUA e o Reino Unido, que serviram como berço do feminismo, destacaram-se personalidades como Emmeline Pankhurst e Joan Crawford.
  • 5. 4 Figura 5- Beatriz Ângelo A vida de Carolina Beatriz Ângelo Carolina Beatriz Ângelo – Nasceu a 16 de abril de 1878, na Guarda, numa família de classe média. Em 1891 entra com grande distinção no Liceu da Guarda, tornando-se médica-cirurgiã em 1902, sendo também a primeira mulher em Portugal a fazê-lo. Ainda nesse ano casou com o seu primo, colega de estudos e deputado republicano, Januário Barreto. Na sua área profissional, especificou-se na ginecologia. Ao longo dos anos, participou em e liderou vários grupos feministas em Portugal, tornando-se parte da elite republicana lisboeta, tendo até liderado um quarteto feminino maçónico, a partir de 1907. Aquando da revolução de 5 de outubro Beatriz Ângelo já se encontrava viúva e, agora dirigente da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, encontrou nas eleições de 1911 uma oportunidade de conciliar os seus ideais sufragistas com o regime republicano; a 28 de maio de 1911, usufruindo da lei a seu favor, pode exercer o seu direito de voto como chefe de família, com mais do que 21 anos e com educação. Este ato de coragem mereceu destaque em jornais de influência europeia, não só pelo ato em si mas pelo rumo progressista que a República Portuguesa aparentava ter. Vindo a falecer a 3 de outubro do mesmo ano, nunca chegou a assistir às mudanças na lei eleitoral que impediram o voto feminino, algo que só seria revertido após a revolução de abril.
  • 6. 5 O pós-guerra e o progressismo feminista Com o auge da Grande Guerra deu-se também o auge do combate ao feminismo, mas o facto dos homens partirem para as trincheiras fez com que as donas de casa ficassem livres no seu país, normalizando, ainda que lentamente, o papel mais ativo da mulher na sociedade. Com o fim da guerra, mais e mais políticos britânicos e estadunidenses valorizaram o esforço das mulheres durante o período de guerra, permitindo com isso a libertação da mulher no mundo do trabalho nos anos consequentes. Ainda que lento, as reivindicações familiares, sociais, laborais e políticas estavam lentamente a ser concretizadas, dando com isso um tom de otimismo ao movimento feminista.