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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
                  THIAGO GHIZZO DE CAMPOS




    PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA
REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À
                        TECNOLOGIA




                         Araranguá
                           2008
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                    THIAGO GHIZZO DE CAMPOS




    PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA
REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À
                            TECNOLOGIA


                                    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
                                    Curso de Graduação em Sistemas de Informação,
                                    da Universidade do Sul de Santa Catarina, como
                                    requisito parcial à obtenção do título de Bacharel.




            Orientador: Prof.ª Ingrid Weingartiner Reis, Esp.




                               Araranguá
                                 2008
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                   THIAGO GHIZZO DE CAMPOS




    PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA
REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À
                           TECNOLOGIA




                                  Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado
                                  adequado à obtenção do título de Bacharel e
                                  aprovado em sua forma final pelo Curso de
                                  Sistemas de Informação, da Universidade do Sul
                                  de Santa Catarina.




                 Araranguá, 01 de dezembro de 2008.




       ___________________________________________________
                    Prof.ª Daniela Leandro Eufrazio



       ___________________________________________________
                  Prof. Eliel Marlon de Lima Pinto, Msc.



       ___________________________________________________
                     Prof.ª Josiane Milanez, Msc
3




Ao finalizar um trabalho, como este, é fácil
lembrarmos das dificuldades encontradas
durante seu desenvolvimento, porém, o
mais importante, é poder dedicá-lo às
pessoas que estavam ao nosso lado, nos
ajudando, de alguma forma, a encontrar a
solução.
Dedico àqueles que participaram deste
projeto, direta ou indiretamente, e em
especial, minha família que tanto amo.
4



                                 AGRADECIMENTOS




          Não é possível iniciar um agradecimento sem antes falar Dele – Deus.
Tenho certeza que Ele estava comigo a cada parágrafo escrito, a cada capítulo
terminado. Agradeço à Ele pela minha vida, e pela capacidade que me deu de
superar desafios.
          Agradeço à minha mãe Valdete, meu pai Jorge e meus irmãos Scheila,
Luana e Emanuel, que sempre torceram por mim, e sabem que todo o esforço é
válido quando se tem um objetivo.
          Existem pessoas que caem de pára-quedas em nossas vidas, ou vice-
versa. Minha orientadora, Profª Ingrid, foi uma dessas pessoas. Apareceu no lugar
certo e na hora certa, aceitando sem titubear meu convite e enriquecendo muito meu
trabalho. Quero agradecê-la por ter apostado em mim suas “fichinhas”, e dizer que
parte do meu esforço foi pensando em fazer o melhor para não decepcioná-la.
          Aos meus amigos que aturaram os meus dias de mau humor devido à
pressão da reta final e que evitavam me convidar para sair, pois sabiam que eu
aceitaria o convite, mesmo precisando ficar em casa para estudar, estudar e
estudar. Eles que participaram muito da minha vida nesse último ano, e que apesar
de não entender nada de Sistemas de Informação, me ajudaram muito, me dando
força e incentivo, pois são especialistas em companheirismo.
          A família Longa – Rosana e Luigi – que por um bom tempo foram a minha
segunda família. Um presente que ganhei de Deus. Poucos têm o privilégio de
encontrar pessoas assim durante suas vidas, e eu tive essa sorte.
          As melhores coisas da faculdade que levaremos para nossas vidas são os
conhecimentos adquiridos e os amigos conquistados. Alguns foram apenas colegas,
que se respeitavam e trocavam conhecimentos, outros foram amigos, que serão
sempre bem vindos em nossas casas (até porque nos ajudaram a carregar a
mudança).
          Ao amigo Jaime, que durante suas monitorias aos sábados, na UNISUL,
teve paciência para me ensinar a linguagem JSP, me dando as dicas e orientações
para que eu conseguisse terminar a aplicação em tempo. Arrisco em dizer que ele
foi meu co-orientador extra oficial.
5



         Enfim, esse projeto não é só meu. Cada pessoa que esteve comigo
durante esse ano, participou de alguma forma dele. Há um pouco de cada um nas
páginas desse trabalho, e agradeço muito a Deus por isso.
         Obrigado!
6




“De tudo, ficaram três coisas: a certeza de
que ele estava sempre começando, a
certeza de que era preciso continuar e a
certeza de que seria interrompido antes
de terminar.
Fazer da interrupção um novo caminho.
Fazer da queda um passo de dança, do
medo uma escada, do sono uma ponte,
da procura um encontro”.


 Trecho da obra “O encontro marcado” de
                           Fernando Sabino
7



                                     RESUMO




A primeira coisa que se pensa quando o assunto é tecnologia é a evolução que ela
causou no mundo e nos benefícios que trouxe para nossas vidas. O que muitos
ainda não perceberam é que a evolução tecnológica pode causar impactos nocivos
à humanidade. Um exemplo é o lixo tecnológico gerado no processo. Uma vez, que
evoluir significa mudar para encontrar uma maneira mais eficaz de adaptar-se ao
ambiente e suas exigências. E na prática, para a tecnologia, evoluir significa trocar
equipamentos eletrônicos ultrapassados por equipamentos novos, com mais funções
e mais adaptados às novas necessidades. O problema do lixo tecnológico é uma
realidade preocupante, e está se tornando um assunto bastante discutido entre
ambientalistas e empresas de tecnologia. Estimativas da ONU apontam que 50
toneladas de lixo tecnológico são produzidos por ano, em todo o mundo. E a
previsão é que esse volume triplique até 2011. Este projeto de conclusão de curso
apresentará um estudo feito sobre o lixo tecnológico comprovando a necessidade da
existência de um destino ecologicamente correto para esses resíduos, criando um
portal colaborativo onde acontecerá a troca de equipamentos eletrônicos sem uso.




Palavras-chave: Lixo Tecnológico. Portal Colaborativo. Sistema Web. Web 2.0.
8



                                     ABSTRACT




The first thing you think when it comes to technology is the evolution it has caused to
the world and the benefits it has brought to our lives. What many have not perceived
is that this technological evolution may cause harmful impacts to humanity. One
example is the technological waste generated in the process. Once progress means
changing to find a more effective way to adapt to the environment and its
demandings. And in practice, for technology, development means exchanging
overshot electronic equipment by new one with more features and more adapted to
the changing needs. The problem about the technological waste is a disturbing
reality, and it is becoming a quite discussed topic among environmentalists and the
ones who run the technological market. ONU estimation indicates that 50 tons of
technological garbage are produced worldwide every year. And the prediction is that
this volume will be thrice more by 2011. This closing course project is going to
present a study done about the technological waste confirming the need of
existence of an ecologically correct destination for such residue, creating a
collaborative portal where non used electronic equipment can be exchanged.




Keywords: Technological Waste. Collaborative Portal. Sistema Web. Web 2.0.
9



                                          LISTA DE FIGURAS




Figura 1 – Tempo decorrido para a Internet atingir 50 milhões de usuários ............38
Figura 2 – Como funciona um servlet .......................................................................43
Figura 3 – Web 1.0 X web 2.0 ..................................................................................56
Figura 4 – Diagrama de caso de uso – Colaborador ................................................58
Figura 5 – Diagrama de caso de uso – Administrador .............................................58
Figura 6 – Diagrama de classes ...............................................................................60
Figura 7 – Diagrama de sequência – Tornar-se colaborador ...................................61
Figura 8 – Diagrama de sequência – Manter colaborador .......................................62
Figura 9 – Diagrama de sequência – Manter artigo .................................................62
Figura 10 – Diagrama de sequência – Manter notícia ..............................................63
Figura 11 – Diagrama de sequência – Adquirir equipamento ...................................64
Figura 12 – Diagrama de sequência – Manter equipamento ....................................64
Figura 13 – Diagrama de sequência – Registrar denúncia ......................................65
Figura 14 – Diagrama de sequência – Notificar colaborador ...................................66
Figura 15 – Diagrama de pacotes ............................................................................67
Figura 16 – Página inicial – Perfil de Visitante .........................................................69
Figura 17 – Página inicial – Perfil de Colaborador ...................................................70
Figura 18 – Cadastrar equipamento .........................................................................71
10



                                         LISTA DE TABELAS




Tabela 1 – Os vilões dos eletrônicos ........................................................................20
Tabela 2 – Do que é feito um desktop.......................................................................21
Tabela 3 – Matriz de Perfis e Acessos ......................................................................50
11



                                                     SUMÁRIO




1     INTRODUÇÃO ...................................................................................................14
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................15
1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................16
1.2.1       Objetivo Geral ...........................................................................................16
1.2.2       Objetivos Específicos...............................................................................16
1.3 ABRANGÊNCIA .................................................................................................17
1.4 METODOLOGIA ................................................................................................18
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO...........................................................................18
2     LIXO TECNOLÓGICO .......................................................................................19
2.1 O PERIGO .........................................................................................................20
2.2 O QUE PODE SER FEITO.................................................................................21
2.3 MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA ................................................................23
3     PORTAIS ...........................................................................................................25
3.1 ORIGEM E SURGIMENTO DOS PORTAIS.......................................................25
3.1.1       Portal Público............................................................................................26
3.1.2       Portal Corporativo.....................................................................................28
3.1.3       Portal do Conhecimento...........................................................................29
3.2 RELAÇÃO ENTRE PORTAIS E A GESTÃO DO CONHECIMENTO.................30
3.2.1       Etapas da gestão do conhecimento ........................................................31
3.3 USABILIDADE ...................................................................................................32
3.3.1       “Não me faça pensar”...............................................................................34
3.3.1.1        Convenções ............................................................................................35
3.3.1.2        Palavras desnecessárias.........................................................................35
4     TECNOLOGIAS UTILIZADAS...........................................................................37
4.1 INTERNET .........................................................................................................37
4.1.1       Funcionamento .........................................................................................38
4.1.2       Web 2.0 ......................................................................................................38
4.2 JEE – JAVA ENTERPRISE EDITION ................................................................39
4.2.1       Aplicativo Web ..........................................................................................41
4.2.1.1        Tecnologia Servlet...................................................................................41
4.2.1.2        Tecnologia JavaServer Pages – JSP ......................................................43
12



4.2.1.3        Frameworks.............................................................................................44
4.2.1.3.1      Struts 2 ....................................................................................................45
4.2.1.4        CSS – Cascading Style Sheet.................................................................46
4.2.1.5        RSS – Really Simple Syndication............................................................47
4.2.1.6        PostgreSQL.............................................................................................47
5     PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA
REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À
TECNOLOGIA ..........................................................................................................49
5.1 SOLUÇÃO PROPOSTA.....................................................................................49
5.1.1       Perfis de acesso........................................................................................49
5.1.1.1        Perfil de Visitante.....................................................................................50
5.1.1.2        Perfil de Colaborador...............................................................................51
5.1.1.3        Perfil de Administrador ............................................................................52
5.1.2       Ferramentas integrantes do portal ..........................................................52
5.1.2.1        Troca de equipamentos eletrônicos sem uso ..........................................53
5.1.2.1.1      Doar equipamento sem uso ....................................................................53
5.1.2.1.2      Como funciona a troca ............................................................................53
5.1.2.1.3      Como localizar equipamentos .................................................................54
5.1.2.2        Artigos científicos ....................................................................................54
5.1.2.3        Sistema de Notícias.................................................................................55
5.1.3       Mediação de conteúdo e controle de irregularidades ...........................55
5.2 MODELAGEM....................................................................................................57
5.2.1       Diagrama de Caso de Uso........................................................................57
5.2.2       Diagrama de Classes ................................................................................59
5.2.3       Diagrama de seqüência ............................................................................61
5.2.3.1        Tornar-se colaborador .............................................................................61
5.2.3.2        Manter colaborador .................................................................................61
5.2.3.3        Manter artigo ...........................................................................................62
5.2.3.4        Manter notícia..........................................................................................63
5.2.3.5        Adquirir equipamento ..............................................................................63
5.2.3.6        Manter equipamento................................................................................64
5.2.3.7        Registrar denúncia ..................................................................................65
5.2.3.8        Notificar colaborador ...............................................................................65
5.2.4       Diagrama de pacotes ................................................................................66
13



5.2.5        Base de dados...........................................................................................68
5.3 TELAS DO PORTAL ..........................................................................................68
5.3.1        Página Inicial .............................................................................................68
5.3.2        Cadastrar Equipamentos..........................................................................70
6     CONCLUSÃO ....................................................................................................72
7     TRABALHOS FUTUROS ..................................................................................73
REFERÊNCIAS.........................................................................................................74
ANEXOS ...................................................................................................................80
ANEXO A – Diagrama da Base de Dados ..............................................................81
ANEXO B – Pesquisa sobre lixo tecnológico realizada com acadêmicos da
UNISUL ....................................................................................................................82
14



1     INTRODUÇÃO




           Quando se fala em tecnologia, a primeira coisa que se pensa é a evolução
que ela causou no mundo e nos benefícios que trouxe para nossas vidas.
           A tecnologia, de fato, representou um grande avanço para a humanidade,
podendo ser demonstrado desde a área da informação, com softwares e estruturas
de redes cada vez mais potentes e inteligentes, capazes de ajudar-nos a aperfeiçoar
processos e tomar decisões, até áreas como a medicina que desenvolve pesquisas
para encontrar a cura para doenças, como as pesquisas envolvendo as células
tronco, por exemplo.
           O que muitos ainda não perceberam é que determinados impactos dessa
evolução podem ser nocivos à humanidade.
           Evoluir significa mudar, para encontrar uma maneira mais eficaz e
eficiente de adaptar-se ao ambiente e suas exigências. Na prática, para a
tecnologia, evoluir significa trocar equipamentos eletrônicos ultrapassados por
equipamentos novos, com mais funções e mais adaptados às novas necessidades.
           Mas o que fazer com esses equipamentos eletrônicos que não têm mais
utilidade e só ocupam espaço em nossas casas e empresas? E não é correto
simplesmente jogá-los no lixo. Em muitos casos esses equipamentos possuem
baterias e peças que podem poluir os solos e as águas. Ainda, é preciso considerar
que, geralmente, estes são equipamentos caros, que representaram um valor
significativo em investimentos pessoais ou de indústrias e empresas, e foram úteis
por muito tempo. É estranho que simplesmente sejam jogados fora.
           Considera-se ainda que o sistema público de coleta de lixo ainda não está
preparado para receber esse tipo de material. O destino provável serão os aterros
sanitários, como acontece com os lixos do dia-a-dia.
           É importante encontrar uma destinação mais inteligente para esse “lixo”
tecnológico que não seja a natureza (como agente poluidor).
           Entretanto, já existem iniciativas, grupos de pessoas que perceberam a
gravidade do problema. Algumas ONGs e Instituições mantém projetos de
reciclagem de equipamentos eletrônicos, como a de computadores. Esses projetos
doam os eletrônicos reciclados para Instituições, promovendo assim a inclusão
digital.
15



           Esse é o destino ideal para o nosso lixo tecnológico. A reciclagem, o
reaproveitamento de peças e partes de computadores e outros equipamentos.
           A proposta deste projeto de conclusão de curso será a criação de um
sistema de portal colaborativo na Internet, onde esses equipamentos sem uso
poderão ser disponibilizados para as ONGs e instituições, que façam o
reaproveitamento. Além de auxiliar na transação e articular interesses e
interessados, o portal se propõe a ser uma fonte de informação sobre questões
envolvendo a tecnologia e seus impactos no ambiente e no meio em que vivemos.




1.1 JUSTIFICATIVA




           O problema do lixo tecnológico é uma realidade preocupante, e está se
tornando um assunto bastante discutido entre ambientalistas e empresas de
tecnologia.
           O tempo de vida de computadores, celulares, impressoras e outros
eletrônicos, está cada vez mais curto. Equipamentos que há um ano eram de última
geração, hoje são ultrapassados e obsoletos para executar as funções para que
foram criados.
           A velocidade que a tecnologia se renova é proporcional à dimensão do
problema do lixo tecnológico em nossa sociedade, porém, iniciativas já foram
tomadas para tentar reverter essa situação.
           Existem empresas especializadas, que cobram uma taxa para recolher
esse tipo de lixo em casas e empresas, para aproveitar as peças que ainda
funcionam e reciclar aquelas que não têm conserto.
           Além dessas empresas, existem também alguns projetos mantidos por
ONGs e instituições, que reciclam computadores velhos e repassam para escolas,
creches, associações, outras ONGs e instituições, com a finalidade de promover a
inclusão digital.
           O portal colaborativo servirá para pessoas e empresas se desfazerem dos
seus lixos, mantendo a consciência ambiental, ao mesmo tempo em que criam uma
16



fonte de matéria-prima para esses projetos de reciclagem de computadores e
equipamentos eletrônicos.
            Ele será também um repositório de informações e conhecimentos sobre a
área da tecnologia envolvendo questões ambientais como o lixo tecnológico, uma
vez que um portal pretende criar um local de vivências para interessados em adquirir
e compartilhar conhecimentos. (SALDANHA, 2004).




1.2 OBJETIVOS




1.2.1 Objetivo Geral




            Desenvolver o protótipo de um portal integrado com um sistema web, onde
será possível disponibilizar equipamentos eletrônicos sem uso para serem
reciclados e reutilizados, criando um ambiente de colaboração entre interessados na
área da tecnologia e questões ambientais como o lixo tecnológico.




1.2.2 Objetivos Específicos




        •    Apresentar a tecnologia escolhida para desenvolver o protótipo do portal
             colaborativo integrado ao sistema web;
        •    Estudar a estrutura dos portais, entendendo como funciona e para que
             serve um portal colaborativo;
        •    Realizar pesquisa com acadêmicos da UNISUL para saber se eles têm
             conhecimento do problema do lixo tecnológico;
        •    Projetar o banco de dados da solução;
        •    Desenvolver o protótipo.
17



1.3 ABRANGÊNCIA




          O portal será construído com as tecnologias HTML e CSS, e terá
integração com um sistema web, feito em JSP, utilizando o Frameworks Struts 2.
Foi escolhido o banco de dados PostgreSQL.
          Para ter acesso ao sistema, o usuário criará uma conta. Através dessa
conta, se ele tiver um equipamento/ peça que não utiliza mais, poderá cadastrá-lo,
deixando-o disponível para outros usuários que darão um destino útil para ele.
          No cadastro do equipamento/ peça, o usuário informará o nome da
mercadoria, uma breve descrição, dizer se está funcionando ou não, e o mais
importante, onde a pessoa interessada deverá buscá-la.
          Qualquer visitante poderá pesquisar no portal quais mercadorias foram
disponibilizadas para reutilização, e se alguma delas o interessar, ele poderá
visualizar informações sobre a mesma, sobre o doador e sua localização.
          Caso queira receber esta mercadoria, o visitante também criará uma
conta, e terá acesso a todas as funcionalidades do sistema, ou seja, ele também
poderá disponibilizar algo se desejar.
          Depois que as duas partes interessadas tiverem suas contas de usuário,
toda a transação será feita através do sistema. Mensagens serão trocadas até que a
negociação seja concluída, para resolver a melhor forma de entrega da mercadoria.
Cada usuário terá uma lista de pendência com todas as mercadorias que foram
disponibilizadas por ele, e no momento que a transação for efetivada, ele deverá
finalizar essa pendência para que a mercadoria seja excluída do portal.
          O portal terá uma área destinada a publicação de artigos relacionados à
tecnologia, meio ambiente, lixo tecnológico, etc. Os visitantes também poderão
assinar notícias sobre esses assuntos, usando a tecnologia RSS, como forma de
divulgação das novidades publicadas no portal.
18



1.4 METODOLOGIA




            Será adotada a seguinte metodologia para que os resultados esperados
sejam alcançados:
               a)     Definição do cronograma;
               b)     Estruturação do trabalho e metodologia;
               c)     Estudo das tecnologias que serão usadas no projeto;
               d)     Orientação feita uma vez por semana, seguindo a metodologia
                      definida para o projeto e desenvolvimento da proposta.




1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO




            O capítulo 1 faz a introdução do trabalho, trazendo os objetivos, a
justificativa e a metodologia utilizada.
            No capítulo 2 é explanado o assunto lixo tecnológico, tema principal deste
trabalho.
            Os portais aparecem no capítulo 3, onde são estudados os tipos
existentes juntamente com sua evolução no âmbito corporativo.
            Em      seguida,   no   capítulo   4,   as   tecnologias   utilizadas   para   o
desenvolvimento do sistema web integrado ao portal colaborativo são explicadas, a
fim de entender como funcionam.
            O portal colaborativo integrado com sistema web, proposto neste trabalho,
é apresentado no capítulo 5.
            O capítulo 6 traz a conclusão, seguido do capítulo 7 que sugere trabalhos
futuros para este.
19



2       LIXO TECNOLÓGICO




           Lixo tecnológico consiste em resíduos ou sobras de dispositivos
eletroeletrônicos que são descartados por estarem danificados, fora de uso ou
obsoletos. Podem ser considerados lixos tecnológicos os computadores, pilhas,
baterias, celulares, filmadoras, impressoras, monitores, televisores etc. (SENAI,
2008).
           “O cenário parece o futuro decadente e tecnológico a La Mad Max:
guimbas de cigarro ao lado de transistores, uma garrafa vazia de vinho no meio de
carcaças amareladas de computador, um tênis velho entre placas-mãe molhadas
pela chuva”. (BERTOLOTTO, 2007).
           Enquanto a tecnologia evolui e o seu mercado cresce assustadoramente,
o lixo que é gerado neste processo está tomando proporções preocupantes.
           Segundo o Comitê para Democratização da Informática, esse lixo atinge a
marca de 40 toneladas anuais. No Brasil, dez milhões de equipamentos novos
chegam às lojas todos os anos, e cerca de um milhão de computadores são jogados
fora.
           O surgimento de tanto lixo tecnológico é fruto da busca contínua pelo
novo, pelo mais rápido, mais potente. O surgimento de novas tecnologias faz com
que a vida útil de um computador – e outros eletrônicos – dure em média quatro
anos. “Quatro anos é o tempo médio que leva para um computador novinho, top de
linha, virar sucata”. (FACHEL, 2008).
           Segundo Fachel (2008), a ONU estima que a quantidade de lixo
tecnológico produzido por ano chega a 50 toneladas, ultrapassando as 40
divulgadas pelo Comitê para Democratização da Informática. A ONU ainda alerta
que, baseado no volume de vendas de novos equipamentos nas lojas, a única
certeza é de que o entulho cibernético vai triplicar nos próximos três anos.
           Lange (2007) relata que segundo alguns levantamentos feitos em nosso
país, a geração dos resíduos tecnológicos entre 2002 e 2016 chegará a 493.400
tonelada/ano, representando uma média por habitante de 2,6 kg/ano.
           Baio (2008) afirma que as 50 toneladas de lixo tecnológico geradas
anualmente representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Para se ter
20



uma idéia, se todo esse lixo fosse colocado em vagões de um trem, a locomotiva
seria capaz de dar a volta ao mundo.
             O vilão dessa história foi o barateamento do PC que fez crescer as vendas
desses equipamentos. “Até pouco tempo atrás, descartar o PC velho era uma tarefa
relativamente fácil. As máquinas eram caras e existia muita gente a fim de
economizar comprando um computador usado”. (BAIO, 2008).




2.1 O PERIGO




             O descarte desses resíduos merece atenção especial, pois possuem
substâncias perigosas como metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio e cromo),
substâncias halogenadas (gases de efeito estufa), clorofluorocarbonetos (o
conhecido CFC), entre outras. A disposição incorreta desses equipamentos pode
causar danos ao solo, água e ar. (LANGE, 2007).
             Segundo Baio (2008), o arsênio também é uma das substâncias tóxicas
usada para fabricação de equipamentos eletrônicos. Quando em contato com seres
humanos, essas substâncias podem causar diversos danos à saúde, conforme
tabela 1:




 Tabela 1 – Os vilões dos eletrônicos.
 (continua)
                                OS VILÕES DOS ELETRÔNICOS
  Mercúrio         Computador, monitor e TV de tela   Danos no cérebro e fígado
                   plana
  Cádmio           Computador, monitores de tubo e    Envenenamento, problemas nos ossos,
                   baterias de laptops                rins e pulmões
  Arsênio          Celulares                          Pode causar câncer no pulmão, doenças
                                                      de pele e prejudicar o sistema nervoso
  Berílio          Computadores e celulares           Causa câncer no pulmão
  Retardantes      Usado para prevenir incêndios      Problemas hormonais,        no   sistema
  de    chamas     em diversos eletrônicos            nervoso e reprodutivo
  (BRT)
  Chumbo           Computador, celular e televisão    Causa danos ao sistema nervoso e
                                                      sanguíneo
21



 (conclusão)
  Bário         Lâmpadas fluorescentes e tubos        Edema cerebral, fraqueza muscular,
                                                      danos ao coração, fígado e baço
  PVC             Usado em     fios   para   isolar   Se inalado,     pode   causar   problemas
                  corrente                            respiratórios
 Fonte: (BAIO, 2008).




          De acordo com um estudo divulgado pela Universidade das Nações, para
a montagem de um desktop de 17 polegadas são usados cerca de 1800 quilos de
componentes. Somente de combustíveis fósseis são gastos 240 quilos, 22 quilos de
produtos químicos e 1500 quilos de água. (BAIO, 2008).
          A tabela 2 mostra os componentes necessários para fabricar um
computador desktop:




                           Tabela 2 – Do que é feito um desktop.
                             DO QUE É FEITO UM DESKTOP
                             25% de sílica
                             23% de plástico
                             20% de ferro
                             14% de alumínio
                             7% de cobre
                            6% de chumbo
                           Fonte: (BAIO, 2008).




          Os computadores mais antigos contém altas taxas de produtos químicos
venenosos ou metais pesados como o mercúrio, cádmio e o chumbo. Quando
incinerados, lançam gases tóxicos no meio ambiente, e o risco de vazamento
dessas toxinas e metais pesados no solo e nos lençóis freáticos é altíssimo.
(COMITÊ).




2.2 O QUE PODE SER FEITO
22




         Segundo Lange (2007), em países onde a legislação para esses resíduos
já está implantada, o reuso e a reciclagem são os destinos mais comuns, porém, em
países onde não há políticas públicas para estes resíduos o armazenamento e a
disposição em aterros é a mais praticada.
         O Greenpeace publica bimestralmente um ranking que acompanha os 14
maiores fabricantes de eletrônicos do mundo. Em 2007, a Apple, que era sempre a
última colocada, conseguiu subir na colocação, após prometer eliminar produtos
como PVC de suas mercadorias e reciclar até 28% da quantidade de aparelho que
venderá em 2010. A Nokia ocupa o primeiro lugar, ainda incentivando um
compromisso para que cada fabricante recolha tudo o que fabricou e foi descartado.
(BERTOLOTTO, 2007).
         Cerca de 10% do plástico utilizado pela HP para novos produtos, vem da
reciclagem de equipamentos antigos, entregues por empresas e pessoas físicas.
Empresas como a Xerox e Oki Data, oferecem bonificações para companhias que
participam de campanhas de reciclagem de cartucho. (BAIO, 2008).


                     Como medida mais recente, o Brasil, como estado membro do
                     MERCOSUL, em 2006, assinou em conjunto com os demais membros, um
                     acordo de Gestão Ambiental de Resíduos Especiais de Geração Universal
                     e Responsabilidade Pós-Consumo. Sob essa ótica, os fabricantes e
                     importadores de produtos eletrônicos que contenham mercúrio são
                     responsáveis pelo produtos pós-consumo através de programas de
                     devolução e campanha de sensibilização do consumidor. (LANGE, 2007)


         Segundo Bertolotto (2007), no Brasil não há uma legislação para o
descarte tecnológico, com uma proposta parada no Congresso Nacional – a exceção
é uma resolução de 1999 que obriga a coleta de pilhas e baterias de celular.
Empresas como a Dell, IBM e HP, já estão se antecipando e promovendo políticas
de coleta, sob pressão de ONGs internacionais.


                     O reaproveitamento de computadores no Brasil ainda parece insuficiente, a
                     julgar pela comparação entre dois números: o mercado brasileiro deve
                     consumir 10 milhões de computadores até o final de 2007 (20% a mais que
                     em 2006); a organização não-governamental Comitê para Democratização
                     da Informática, com presença em 19 Estados, recolheu em 2006, 5000
                     computadores usados para programas de inclusão digital. (BERTOLOTTO,
                     2007).
23



          Além das substâncias tóxicas, o lixo tecnológico também contém quantias
significativas de prata, ouro e metais com alto valor de mercado. A reciclagem do
ouro contido em velhas placas de computador, por exemplo, é muito mais vantajosa
e produz menos impacto ambiental que extrair o metal da terra. (COMITÊ).
          Segundo matéria publicada no portal Unisul Hoje (2008), os computadores
possuem ainda prata, paládio, cobre, estanho, gálio, índio e mais uma família inteira
de metais únicos e indispensáveis e, portanto, de altíssimo valor. O índio, um
subproduto da mineração do zinco, por exemplo, é essencial na fabricação de
monitores de tela plana, ou LCD, e de telefones celulares.
          Há quem transforme transistor em brinco, orne anéis com botões de
teclado ou use a torre do computador como churrasqueira, entretanto, nem essas
soluções bizarras nem a reciclagem corporativa nem os programas de inclusão vêm
dando conta do volume de lixo eletrônico. (BERTOLOTTO, 2007).




2.3 MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA




          O lixo tecnológico não é um problema apenas dos grandes centros. Não é
preciso ir muito longe para perceber que ele já faz parte de nosso cotidiano.
          Em uma pesquisa realizada pelo acadêmico Thiago Ghizzo de Campos,
autor desse projeto de conclusão curso, com alunos da UNISUL, foi constatado que
lixo tecnológico é um assunto conhecido por grande parte deles, porém, muitos não
sabem qual destino devem dar à ele.
          Foram entrevistados 97 alunos do Curso de Administração – Campus
Araranguá, no dia 30 de setembro de 2008. Os documentos da pesquisa estão no
final deste trabalho, no Anexo A.
          Ao serem questionados sobre o que é lixo tecnológico, um pouco mais da
metade respondeu que sabe o que é, enquanto os outros disseram que não sabem.
          Entre os 97 alunos que foram pesquisados, 93 deles acham que o lixo
tecnológico não pode ser jogado no lixo comum, e o mais importante, dentre esses
93 alunos, 54 guardam seus equipamentos quando estragam.
24



          Fica claro, então, que a maioria já tem consciência que o lixo tecnológico
não é um lixo comum, porém, pelo fato de ainda não existir uma coleta que dê um
destino correto para ele, a metade dos alunos guarda seus equipamentos, enquanto
a outra metade os joga fora.
          A existência de uma ferramenta que promovesse a troca desses
equipamentos estragados facilitaria a vida dessas pessoas, pois elas não
precisariam ficar armazenando sucatas em seus armários e teriam a certeza que um
destino ecologicamente correto seria dado aos seus resíduos tecnológicos.
25



3   PORTAIS




          “Estimativas apontam que a quantidade de conhecimento no mundo é
multiplicada por dois a cada ano. Reter, filtrar e direcionar estas informações,
gerando melhores bases para tomada de decisão, é o desafio que se apresenta”.
(SALDANHA, 2003).
          Segundo Angeloni (2006), o momento que vivemos é de valorização do
conhecimento ou, assim como Drucker (1994) foi citado por Angeloni, somos a
sociedade do conhecimento.
          Para Barbalho (2004), as novas tecnologias da informação e da
comunicação assumem um papel ativo na chamada sociedade do conhecimento,
proporcionando acesso rápido a informações veiculadas em meio eletrônico. O que
faz dessas tecnologias um ambiente tão favorável a disseminação de informações, é
a facilidade, praticidade, rapidez e comodidade com que elas são acessadas,
armazenadas, excluídas, recuperadas e processadas.
          Nesse sentido, o portal atua como um elemento importante para a
integração entre a oferta e a demanda de informação, ligando as dimensões, real e
virtual, permitindo que o usuário aprenda, por meio da tela do computador, os
saberes expostos por meio desse elemento intermediador. (ORLANDO, 2001 apud
BARBALHO, 2004).




3.1 ORIGEM E SURGIMENTO DOS PORTAIS




          “Os mestres cabalísticos previam que, no futuro, surgiria um shaar – um
portão de acesso para transpassar de um lugar para outro, aparentemente distante,
sem que fosse necessário passar por um espaço intermediário” (BONDER, 1996
apud BARBALHO, 2004, p. 5).
          Assim como foi afirmado por Barbalho (2004), para Bonder (1996), os
portais criados no ambiente virtual para centralizar informações gerais ou
especializadas são a concretização da previsão feita, ou seja, através deles é
26



possível acessar informações, que antes estavam muito distantes e difíceis de
localizar.




3.1.1 Portal Público




             Inicialmente, a estratégia dos portais públicos, também chamados de
portais web, era baseada na idéia de orientar os usuários quanto à navegação pela
Internet, sendo uma porta de principal acesso. (BARBOSA, 2002).
             Segundo Barbosa (2002), os mecanismos de busca, espécie de páginas
amarelas, criados com a função de localizar e classificar informações para facilitar o
uso da Internet, foram os primeiros registros de estruturas web que mais se
assemelham, e que deram origem aos portais. Eles apareceram neste formato mais
simples nos primeiros anos da década de 90.
             O próximo passo foi incluir nessas máquinas de busca, uma pré-
configuração que separava sites e documentos da Internet em categorias, conforme
seus conteúdos. Entre essas categorias estavam notícias, esportes, previsão do
tempo, turismo, cultura, finanças, religião, saúde, etc.
             Após essa separação dos documentos e sites da Internet levando em
conta seus conteúdos, foram integradas outras funções a essas máquinas de busca,
como as comunidades virtuais com suas listas de discussão, salas de bate-papo em
tempo real, personalização de páginas (My Yahoo!, My Excite, etc), assim como
acesso a conteúdos especializados e comerciais. Tudo oferecido gratuitamente para
manter os usuários no site pelo maior tempo possível. Segundo Dias (2001), essa
nova concepção de máquina de busca é que passou a ser chamada de portal.
             Os internautas passaram a visitar esses portais com mais freqüência e
permaneciam neles por um tempo maior, pois diante da confusão de informação que
é a Internet, eles encontraram uma página que os auxiliavam na localização do que
queriam, de forma rápida e objetiva, tendo em vista que a lógica dos portais públicos
é a separação de sites e documentos da Internet conforme seus conteúdos.
             Isso criou uma fidelização dos usuários, fazendo com que os portais
fossem as primeiras páginas acessadas pelos usuários ao se conectar na Internet.
27



Alguns configuraram seus navegadores, e quando eram iniciados, abriam os portais
como página inicial, a chamada home.
           Barbalho (2004) afirma que os portais representam a reunião de diversos
serviços ofertados por meio eletrônico, agrupados em um único, onde o usuário
encontra uma variedade de opções que atenda às suas necessidades e expectativas
ao acessar a Internet, gerando assim uma fidelização à eles.


                        Inicialmente, a estratégia dos portais baseou-se na idéia de esta página de
                        partida ser apenas a entrada para o conteúdo na Internet [...]. Com o
                        tempo, não é de estranhar que as empresas passaram a achar
                        interessante que o usuário permanecesse por mais tempo no site do qual o
                        portal faz parte. Já que o usuário começava ali, por que não usar sua
                        presença para gerar mais tráfego interno? Assim, o site pode vender mais
                        (e mais valiosos) espaços de propaganda, criar situações de comércio e
                                                                                       1
                        começar a formar uma percepção mais forte pelo seu brand (PÓVOAS,
                        2000 apud BARBOSA, 2002).


           Quando os portais entraram nessa fase, as empresas América OnLine
(AOL), Microsoft Network (MSN), Altavista e GeoCities perceberam o potencial que
eles tinham e apostaram nessa tendência, investindo também na criação de seus
portais.
           Essas empresas firmaram parcerias com agências de notícias, redes de
TV, canais de notícias de esportes e tecnologia, para ampliar as opções de
conteúdos com o intuito de atrair mais usuários e mantê-los conectados por mais
tempo.
           O primeiro portal a estrear no Brasil foi o Cadê, em outubro de 1995. Sua
estrutura seguiu a mesma dos portais existentes até aquela época, uma máquina de
busca de sites e documentos na Internet, que servia como um portão para o usuário
iniciar sua navegação. Mas logo precisou agregar serviços diferenciados para
competir com os grandes que estavam se consolidando, como UOL e ZAZ, além dos
norte-americanos que estavam chegando, como Altavista, MSN, Yahoo!, com suas
versões em português. (BARBOSA, 2002).




1
 Conceito de experiência de marca (ou, do inglês brand experience). Sempre que o consumidor tem
contato ou recebe uma mensagem referente a alguma marca há criação, adição ou destruição de
valor (CESAR, 2006).
28



3.1.2 Portal Corporativo




          Segundo Dias (2001), a evolução do portal web, ou portal público, chamou
a atenção da comunidade corporativa, que percebeu a possibilidade de utilização
dessa mesma tecnologia para organizar e facilitar o acesso às informações internas
da empresa.
           Os portais corporativos, também chamados de portais empresariais, são
aplicativos que permitem às empresas libertar informações armazenadas interna e
externamente, provendo aos usuários uma única via de acesso à informação
personalizada, necessária para a tomada de decisões de negócio. Trata-se de um
sistema capaz de reunir em uma única página web personalizada, todas as
informações e ferramentas para uso corporativo, agregando ainda aplicativos
dinâmicos, como relatórios on-line, correio eletrônico, agendas e serviços
comerciais. (DIAS, 2001).
           Terra (2005) apresenta algumas características que permitem definir um
portal corporativo:
              •   Single sign-on: o usuário não precisa fica digitando sua senha
                  cada vez que precisar usar uma ferramenta do portal. Uma vez que
                  acessou sua página personalizada, terá acesso livre a todos os
                  aplicativos da empresa que estão integrados ao portal.
              •   Personalização: cada usuário tem a possibilidade de personalizar
                  sua página de modo que se adapte a sua forma navegação.
              •   Integração: tem a capacidade de integrar aplicativos e sistemas
                  sem necessidade de muita programação ou customização de
                  plataformas.
              •   Portabilidade: possibilidade de ser acessado por meio de vários
                  tipos de hardware como PCs, terminais, palms, celulares etc.
              •   Escalabilidade: capacidade de suportar acesso simultâneo de
                  vários usuários. Utiliza mecanismos de gestão e distribuição de
                  carga e tráfego garantindo velocidade e segurança.
29



            Na concepção de Barbosa (2002), o portal corporativo congrega várias
tecnologias, como por exemplo, sistemas de inteligência de negócios, gestão de
documentos, automação de escritórios, groupware2, data warehouse3, com o
propósito de expor e fornecer informações específicas de negócio, dentro de
determinado contexto, auxiliando os usuários de sistemas informatizados a
encontrar as informações que precisam para fazer frente aos concorrentes.
            Terra e Gordon (2002), ainda afirmam que um portal corporativo oferece:
                •   Personalização do acesso à informação;
                •   Automatização e aperfeiçoamento dos ciclos complexos de decisão
                    de trabalhadores de conhecimento;
                •   Criação de níveis mais profundos de colaboração entre os
                    funcionários.
           “Conseqüentemente, os portais corporativos estão se tornando essenciais
para ambientes que exigem uma inovação contínua e de ritmo acelerado”. (TERRA;
GORDON, 2002, p. 17-18).




3.1.3 Portal do Conhecimento




            Sabe-se que o portal do conhecimento é uma variação de portal
corporativo, e sabe-se também que o portal corporativo é fruto da evolução dos
portais web (DIAS, 2001). Com base nessa afirmativa, os conceitos de portal do
conhecimento foram estudados, para a fundamentação do portal que está sendo
proposto neste projeto de conclusão de curso.
            Não está sendo proposto a construção de um portal do conhecimento,
porém, estudá-lo, será de grande valia, pois, muitas de suas características e
conceitos, principalmente no que se refere à gestão do conhecimento, se encaixam
no que foi idealizado e planejado para esse projeto.



2
 Ferramenta cooperativa de trabalhos em grupo.
3
 Grande repositório de dados, elaborado com a finalidade de dar suporte ao processo decisório
estratégico da empresa.
30



          O portal do conhecimento é uma forma mais abrangente de portal,
englobando informações e pessoas em um ambiente único, fornecendo métodos e
ferramentas que possibilitem a captura, armazenagem, organização e acessibilidade
ao conhecimento, informações e experiências. (ANGELONI, 2008).
          Para Angeloni (2008) o portal do conhecimento é definido como um
sistema focado no usuário, integrando e divulgando conhecimento e experiências de
usuários e equipes, dando suporte para as necessidades das organizações do
conhecimento.


                     Os portais do conhecimento auxiliam os membros da instituição a encontrar
                     informações relevantes e fontes de conhecimento, codificar e publicar seus
                     conhecimentos e colaborar on-line por meio de videoconferência, sistemas
                     eletrônicos de reuniões, fóruns de discussão etc. (TERRA, 2002 apud
                     ANGELONI, 2008).


          Angeloni (2008) ainda comenta que um portal do conhecimento é uma
interface informatizada que permite a cada usuário acessar facilmente fatores,
humanos ou informacionais, que necessitam, para o desenvolvimento de suas
atividades. É um lugar acessível em rede, onde cada um pode buscar ou trazer
informações de forma personalizada, de acordo com o seu perfil de usuário.




3.2 RELAÇÃO ENTRE PORTAIS E A GESTÃO DO CONHECIMENTO




          Segundo Davenport (apud ANGELONI, 2008), gestão do conhecimento é
uma coleção de processos que governa a criação, disseminação, utilização e
armazenamento de conhecimentos.
          Para Saldanha (2004b), com a construção de um portal corporativo,
pretende-se criar um local de vivência para o trabalhador do conhecimento, sendo
que uma das suas missões é colocar ordem no caos em que as informações se
encontram. É por isso que o interesse pela área de arquitetura da informação cresce
a cada dia.
          Saldanha (2004a) afirma em seu artigo “O quebra-cabeça dos portais
corporativos”, que uma organização que vive no caos da informação pode ser
comparada a um jogo de quebra-cabeça, com suas peças todas embaralhadas.
31



Quando se implanta apenas um portal corporativo, para tentar resolver esse
problema, essas peças são organizadas uma ao lado da outra, formando uma fila
sem sentido nem ligação. Mas quando a gestão do conhecimento entra como fator
fundamental na construção do portal, essas peças são identificadas e ganham
sentido, podendo assim, juntas, montar o quebra-cabeça, e conseguir dar ao usuário
a chamada visão holística.


                        Vivemos em um mundo onde prevalece a overdose de informação. O
                        problema não é a falta de informação, mas sim o excesso de forma
                        desorganizada. [...] Um dos elementos utilizados para superar isso é
                        pensar em termos de fluxos de informação. (SALDANHA, 2006).


            Angeloni (2008) afirma que os portais configuram-se como um braço da
gestão do conhecimento, e foram criados para impulsionar nas organizações a
dimensão do conhecimento como principal bem empresarial.




3.2.1 Etapas da gestão do conhecimento




            Probst, Raub e Romhardt (2002 apud Angeloni, 2008) definem as
seguintes etapas como parte do processo da gestão do conhecimento:
               •   Criação: essa fase refere-se a todas as formas de criação do
                   conhecimento, que pode acontecer a partir da interação com o
                   ambiente externo ou até mesmo por meio da interação entre os
                   membros da organização.
               •   Armazenamento:          o   objetivo   dessa     fase    é   armazenar    o
                   conhecimento útil para a organização de maneira a torná-lo
                   acessível para aqueles que dele necessitem.
               •   Compartilhamento: corresponde a transferência do conhecimento,
                   explícito4 e tácito5, entre os membros da organização, visando
                   estimular o fluxo interno.


4
  Conhecimento fácil de ser compartilhado. Geralmente são normas ou padrões disponíveis em
documentos.
5
  Conhecimentos pessoais, portanto, difíceis de serem compartilhados
32



              •   Utilização: é o gerenciamento dos mecanismos que garantam a
                  agregação dos conhecimentos em novos produtos e serviços.




3.3 USABILIDADE




          Para que o portal possibilite o acesso às informações de forma ágil e
rápida, a usabilidade está intrinsecamente relacionada à facilidade de uso,
aprendizado e satisfação do usuário com sua interface web. (DIAS, 2001).
          A norma ISO/IEC 9126, sobre qualidade de software, definiu usabilidade
como: “um conjunto de atributos de software relacionado ao esforço necessário para
seu uso e para o julgamento individual de tal uso por determinado conjunto de
usuários.” (ISO/IEC, 1991 apud DIAS, 2001, p. 51).
          A partir de então, esse termo passou a fazer parte do vocabulário técnico
de várias áreas do conhecimento, tais como tecnologia da informação, ergonomia,
interação homem-computador e psicologia aplicada. (DIAS, 2001). O conceito de
usabilidade evoluiu e foi redefinido na norma ISO 9241-11 Guidelines on Usability
como “a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir
objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico
de uso.” (ISO 9241, 1998 apud DIAS, 2001, p. 51).
          A   definição    de      usabilidade   está   associada   a   atributos   como:
(SCHUHMACHER, 2007).
              •   A facilidade de aprendizagem do sistema;
              •   Sua eficiência de uso;
              •   A capacidade com que o sistema promove a memorização das
                  ações necessárias para que o usuário atinja seus objetivos;
              •   Um bom controle da gestão de erros minimizando e refutando
                  situações possíveis de ocorrência;
              •   Principalmente a satisfação que o sistema promove ao usuário ao
                  ser utilizado.
33



           Segundo       Schuhmacher         (2007),    está    comprovado          que   fatores
relacionados à satisfação, aprendizado, eficiência, produtividade e custos são
totalmente dependentes do projeto da interface homem-máquina. Além disso,
estudos estimam que 80% das aplicações são formadas a partir de entradas
fornecidas pelo usuário ou saídas destinadas a ele. Dessa forma, se uma aplicação
tiver uma interface projetada nas necessidades do usuário, ela terá 80% de chance
de ser aceita por ele.
           As necessidades do usuário são uma peça importante quando se trata de
usabilidade.
           Amstel (2005) dá um exemplo em seu artigo “Afinal, o que é
usabilidade?”, dizendo que o usuário de terceira idade pode precisar de textos com
letras maiores, enquanto o usuário com desvantagem cognitiva pode precisar de
textos com ajuda a mais.
           Schuhmacher (2007) afirma que para normatizar os estudos e pesquisas
relacionados a usabilidade, foi criado, na década de 80, o termo interação homem-
computador – IHC. O grupo da Association for Computing Machinery, define IHC
como uma disciplina direcionada ao projeto, implementação e avaliação de interface
para sistemas interativos.
           A IHC englobava todos os tipos de sistemas computacionais, mas com a
explosão da Internet juntamente com a globalização, ela também se mostrou
bastante útil na web. (SCHUHMACHER, 2007).


                         No Brasil, temos 753.606 domínios registrados e a cada 24 horas são
                         solicitados 952 novos processos. Esta grande oferta de sites, o uso cada
                         vez mais intenso da tecnologia no dia a dia do cidadão comum, no entanto,
                         nem sempre produz uma interação agradável. Para muitos sites, a
                         interação torna-se um obstáculo intransponível para o usuário provocando
                         erros, distrações, fadiga e frustração. (SCHUHMACHER, 2007, p. 14).


           Páginas mal projetadas fizeram que a web norte-americana deixasse de
faturar, em 1998, cerca de três bilhões de dólares em compras on-line. A empresa
de tecnologia IBM fez um estudo em seu site e descobriu que os recursos mais
utilizados eram o campo busca e o botão ajuda, devido ao grande número de
usuários   que    não     encontravam       o    que    queriam     durante     a    navegação.
(SCHUHMACHER, 2007).
34



3.3.1 “Não me faça pensar”6




            Steve Krug (2006), em seu livro “Não me faça pensar: uma abordagem de
bom senso à usabilidade na web”, diz que a primeira lei de usabilidade é não fazer o
usuário pensar. Isso quer dizer que uma página deve ser auto-explicativa, ou seja, o
usuário deve entendê-la – o que ela é e como usá-la – sem precisar de muito
esforço.
            Krug (2006) lista os erros mais comuns em web sites, que geralmente,
fazem o usuário pensar:
                •   Nomes “engraçadinhos”: É comum, que as empresas usem em
                    seus web sites, expressões que dificultem o entendimento do
                    usuário que não a conheça. Ao invés de colocar um link,
                    simplesmente com a palavra “Emprego”, a empresa escreve
                    “Emprego-Rama”, por exemplo.
                •   Links e botões disfarçados: Mesmo que o cursor do mouse mude
                    de seta para mão ao ser posicionado sobre um link, não é
                    aconselhável deixar que o usuário descubra o que pode ser clicado
                    ou não. Os links devem parecer links – geralmente na cor azul e
                    sublinhado – ou ter alguma indicação visual, como uma seta, por
                    exemplo. Isso acontece também com os botões, que por uma
                    questão de estética, em alguns casos, acabam parecendo uma
                    imagem sem nenhuma função.
                •   Apenas as coisas importantes devem ter evidência: Quando se
                    projeta uma página web, toda a informação parece ter uma certa
                    importância, e, erroneamente, todas têm um destaque na página.
                    Isso gera uma grande dificuldade quando o usuário não sabe por
                    onde começar a navegação. Ele não consegue identificar o objetivo
                    do site, e fica pensando em qual link deve clicar primeiro.


            Como solução para esses problemas, Krug (2006) dá cinco dicas para que
um web site seja simples a ponto de não fazer o usuário pensar:

6
 Título do livro escrito por Steve Krug – projetista especializado em usabilidade de web sites. Steve é
contratado por grandes empresas para fazer testes de usabilidade em seus web sites.
35



             •   Criar uma hierarquia visual clara em cada página;
             •   Tirar proveito das convenções;
             •   Dividir as páginas em áreas claramente definidas;
             •   Deixar óbvio o que pode ser clicado;
             •   Minimizar a confusão.




3.3.1.1   Convenções




          Segundo Krug (2006, p. 16), “em algum momento da nossa juventude,
mesmo sem termos sido ensinados, todos aprendemos a ler um jornal. Não as
palavras, mas as convenções”.
          As convenções nascem de uma brilhante idéia que funcionou. Essa idéia é
copiada, e, rapidamente todos passam a usar. A maioria das convenções web são
derivadas de jornais e revistas, e servem para deixar o usuário mais familiarizado e
menos perdido no site. Quando o usuário entende a estrutura de uma página web,
assim como entende a de um jornal, encontrará o que está procurando com muito
mais facilidade. (KRUG, 2006).
          Krug (2006) reforça o uso das convenções, ao falar que o usuário se sente
tranqüilo ao ver que no canto esquerdo da página existe uma lista de links para as
seções, pois, ele já entrou em outros sites e aprendeu que, por convenção, os links
ficam posicionados ali, e se ele se “perder”, poderá encontrar o caminho de volta.




3.3.1.2   Palavras desnecessárias




          A maioria das palavras apenas ocupam espaço nas páginas web, pois,
ninguém irá lê-las. Krug (2006) propõe que a metade das palavras sejam removidas.
Isso fará que o nível de confusão da página diminua, que o conteúdo útil seja
destacado e que o usuário veja toda a página sem precisar rolá-la.
36



          Para Krug (2006), o “papo alegre” deve ser evitado. Papo alegre é aquele
texto introdutório que deve dar boas vindas ao site e conta o quão maravilhoso ele é.
Ele não passa informações úteis e diz que o site é maravilhoso ao invés de explicar
os motivos que o fazem ser.
37



4 TECNOLOGIAS UTILIZADAS




          Este capítulo é essencial para esclarecer os motivos que levaram a
escolha das tecnologias para obter o resultado esperado.
          Com base na fundamentação obtida pelas pesquisas, espera-se
demonstrar de forma clara como cada uma funciona, para que a utilização das
mesmas seja compreendida com mais facilidade.




4.1 INTERNET




          Patrocinada pelo Departamento de Defesa Norte Americano (DARP), a
Internet nasceu em 1969, e foi chamada Arpanet. Foi criada com o objetivo de
permitir que engenheiros e cientistas que trabalhavam em projetos militares em toda
a América pudessem compartilhar computadores caros e outros recursos.
(TEIXEIRA, 1997).
          Desde então as tecnologias que fazem parte da Internet evoluíram
bastante, e seu propósito tomou outro rumo.
          “A Internet alterou a forma como guardamos e procuramos informações,
conduzimos   negócios   e     respondemos a    questões em     nossa   sociedade”.
(JONASSEN, 1996).
          Segundo Barbalho (2004), o desenvolvimento de tecnologias, como a
Internet, tem acelerado a renovação cientifica através da circulação de saberes
antes pouco disseminados.
          A Internet é a tecnologia com a maior taxa de crescimento da história,
que, em apenas 4 anos atingiu 50 milhões de usuários, como pode ser visto na
figura 1. (ANGELONI, 2007).
38




         Figura 1 – Tempo decorrido para a Internet atingir 50 milhões de usuários.
         Fonte: Comitê Gestor da Internet Brasil (2006, apud ANGELONI, 2007, p. 152).




4.1.1 Funcionamento




           Os primeiros sites feitos para a Internet, e isso não faz muito tempo, eram
páginas construídas somente com HTML7, e o resultado eram sites estatísticos, sem
nenhum conteúdo dinâmico nem interação com o usuário. Nesse período,
geralmente, eles tinham apenas uma página e eram chamados de home page
(página pessoal).
           Para acessar um determinado site na Internet, digitamos o seu endereço
na URL8 do browser9. Esse endereço corresponde ao local onde os arquivos, que
irão montar a página, estão armazenados – hospedados. Esse local de
hospedagem, nada mais é que um computador, conectado na Internet, chamado de
servidor web (web server). (KURNIAWAN, 2002).




4.1.2 Web 2.0



7
  HiperText Markup Language – linguagem de marcação de hipertexto.
8
  Uniform Resource Locator – localizador de recurso uniforme.
9
  Navegador.
39




               É uma tendência que reforça o conceito de troca de informações e
colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente
on-line se torne mais dinâmico, possibilitando que os usuários colaborem para a
organização de conteúdo. (ENTENDA...).
               “Interação, colaboração, conteúdo participativo. É em cima do significado
dessas palavras que está uma nova geração de sites, a atualmente tão declamada
web 2.0.” (BORDIM, 2007).
               Shirakashi (apud CONCEITUANDO...) diz que: “A web 2.0 representa a
transição para um novo paradigma onde a colaboração ganha força suficiente para
concorrer com os meios tradicionais de geração de conteúdo.”
               Segundo Seixas (apud CONCEITUANDO...), “a web 2.0 é um novo
paradigma na utilização e criação de web sites mais participativos e colaborativos.”
               Amstel (2005) ainda fala das principais características da web 2.0, que
são:
                  •   Descentralização: Qualquer pessoa pode emitir mensagens e
                      escolher de quais fontes quer receber mensagens.
                  •   Liberdade: Não deve haver censura para emitir mensagens nem
                      impedimentos para recebê-las.
                  •   Colaboração: Os usuários podem modificar as mensagens.




4.2 JEE – JAVA ENTERPRISE EDITION




               A arquitetura JEE vem se tornando nos últimos anos uma referência para
o desenvolvimento de aplicações distribuídas para a Internet. (HARTMANN).
               Segundo Brogden (2002), JEE é a edição da linguagem Java para criar
aplicativos web multicamada de grande porte, trazendo uma biblioteca de
ferramentas e APIs10.




10
     Interface de programação da aplicação.
40



          “O JEE é um padrão dinâmico para a produção de aplicativos corporativos
seguros, escaláveis, altamente disponíveis [...] e independentes de plataforma”.
(BOND, 2003, p. 13).


                       A plataforma Java JEE (Java Enterprise Edition) surgiu com o objetivo de
                       padronizar e simplificar a criação de aplicações empresariais. Para isso,
                       propõe um modelo, onde componentes JEE (páginas JSP, Servlets, EJB’s,
                       etc) escritos pelos usuários da plataforma, podem fazer uso de serviços
                       providos por esta, os quais simplificam sua implementação e possibilitam
                       maior foco no negócio. (DATAPREV, p. 1).


          Para Alecrim (2007), JEE é a plataforma Java destinada para redes,
Internet, intranets e afins. Assim, ela possui bibliotecas especialmente desenvolvidas
para o acesso a servidores, a sistemas de e-mail, a banco de dados, etc. Por essas
características, o JEE foi desenvolvido para suportar o acesso de uma grande
quantidade de usuários ao mesmo tempo.
          Segundo Junior (2003), a arquitetura JEE foi criada para solucionar os
seguintes problemas referentes ao desenvolvimento de software:
              •   Produtividade: Agilidade no desenvolvimento e manutenção das
                  aplicações;
              •   Escalabilidade: As aplicações devem ser capazes de se ajustar
                  facilmente ao crescimento, esperado ou não, de demanda;
              •   Integração com softwares existentes: As empresas acumulam
                  durante anos um conjunto de dados e aplicações que devem ser
                  acessados pelos novos sistemas.
              •   Liberdade de escolha de novos fornecedores: Componentes
                  fornecidos por empresas produtoras de software diferentes devem
                  ser capazes de se comunicar de maneira transparente.
              •   Segurança: Tão importante quanto disponibilizar a informação, é
                  impedir o acesso não autorizado.


          Dataprev afirma que a instalação de um componente, criado numa
aplicação JEE, deve ser em um container apropriado. Um container é um ambiente
de execução padronizado que disponibiliza serviços específicos, sendo assim,
espera-se que esses serviços estejam disponíveis em qualquer plataforma,
independente do fornecedor.
41



4.2.1 Aplicativo Web




           Segundo Kurniawan (2002), as páginas estáticas não duraram muito
tempo. Os conteúdos dinâmicos se tornaram possíveis através da tecnologia
Common Gateway Interface (CGI)11.
           A Internet se tornou cada vez mais popular, e o acesso aos sites
aumentou de uma maneira, que a CGI não suportava atender a tantas solicitações.
O problema é que a cada solicitação que o cliente fazia ao servidor, ele reproduzia
um novo processo do programa CGI, e isso custava uma grande operação
consumindo muito processador e memória de computador.
           Algumas tecnologias foram criadas para substituir a CGI, entre elas estão:
ColdFusion, Server-side JavaScript (SSJS), PHP, Servlet, JavaServer Pages, Active
Server Pages (ASP) e Active Server Pages.NET (ASP.NET).
           Dentre essas tecnologias, a atenção será focada na Servlet, que foi
introduzida pela Sun Microsystems em 1996, e que posteriormente deu origem a
JSP, tendo em vista que essas duas tecnologias serão utilizadas para a construção
do portal colaborativo.




4.2.1.1    Tecnologia Servlet




                        Um servlet se parece e se comporta como um servidor web miniatura. Ele
                        recebe uma solicitação e apresenta uma resposta. Mas, diferente dos
                        servidores web convencionais, a interface de programação da aplicação
                        (API) do servlet é designada especificamente para ajudar os
                        desenvolvedores Java a criarem aplicações dinâmicas. (HUSTED, 2004, p.
                        8).


           Husted (2004) ainda afirma que servlet é simplesmente uma classe Java
que foi compilada no código de bytes, como qualquer outro objeto Java. O servlet
tem acesso a uma API rica de serviços específicos do HTTP12. Mas ainda é

11
   CGI permite ao servidor web chamar um programa externo e passar informações de solicitação
HTTP àquele programa externo, para processar a solicitação. A resposta do programa externo então
é passada de volta ao servidor web, que a encaminha ao browser cliente.
12
   Hipertext Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertexto.
42



simplesmente outro objeto Java sendo executado em uma aplicação e que pode
aproveitar todos os outros itens Java.
           Servlet é um componente do lado servidor. Ele pode ser usado para
estender a funcionalidade de qualquer servidor compatível com Java, mas
normalmente são usados para escrever aplicativos web em um servidor da web.
Com freqüência, eles são usados para criar páginas com conteúdo dinâmico.
(BOND, 2003).
           Os servlets são conectados em containers13, e esses são anexados ao
servidor web. Quando uma solicitação chega ao servidor web, é transmitida uma
solicitação para o container, e este chama o servlet. (HUSTED, 2004).
           Um servlet é carregado pelo container na primeira vez que é solicitado.
Dessa forma, o container envia a solicitação feita pelo usuário para o servlet, ele a
processa e retorna a resposta ao contêiner que por sua vez envia a resposta para o
usuário.   Uma vez que o container carrega o servlet, ele fica armazenado na
memória, e na próxima vez que aquele servlet for solicitado, o container não
precisará carregá-lo novamente, economizando processamento e acelerando o
envio da resposta para o usuário. (KURNIAWAN, 2002).
           Kurniawan (2002) explica na figura 2, a maneira como o servlet trabalha
dentro do container.




13
  Os containers fornecem um ambiente em tempo de execução para os componentes. O mais
popular e reconhecido como oficial da Servlet/JSP é o Tomcat. (KURNIAWAN, 2002).
43




                          Figura 2 – Como funciona um servlet
                          Fonte: (KURNIAWAN, 2002, p. 7)




4.2.1.2   Tecnologia JavaServer Pages – JSP




          É uma outra tecnologia Java que foi lançada quando a servlet era
considerada a melhor tecnologia para construção de aplicativos web. JSP, porém
não pretende substituir o servlet, pelo contrário, trata-se de uma extensão da
mesma, e freqüentemente, as duas constroem um único aplicativo web de forma
complementar. (KURNIAWAN, 2002).
          O servlet foi desenvolvido para ser executado no lado servidor, ou seja,
na parte lógica do aplicativo. Quando se construía um aplicativo somente utilizando
servlet, a parte de apresentação ao usuário e a parte da lógica ficavam atreladas e
qualquer alteração no layout da página precisava ser feita com auxílio de um
programador de software, pois os códigos eram muito complexos para serem
entendidos por um web designer. (KURNIAWAN, 2002).
          Foi baseado nesse problema que a Sun introduziu o JSP.
44



           A partir desse momento foi possível trabalhar com a camada de
apresentação separadamente da camada de lógica. Dessa forma, o programador de
software não precisava entender HTML, e o web designer não era obrigado a
decifrar os códigos JSP.


                      Os gerenciadores de projeto agora podem atribuir a camada de
                      apresentação aos desenvolvedores HTML, que então transmitirão seu
                      trabalho para os desenvolvedores Java para completar a parte da lógica de
                      negócios. (HUSTED, 2004, p. 10).


           Segundo Husted (2004), essa independência entre a camada de
apresentação e a camada de lógica negócios fez surgir o Modelo 2.


                      No Modelo 2, os servlets lidam com o acesso dos dados e o fluxo
                      navegacional, enquanto as páginas JSP lidam com apresentação. [...] Uma
                      mudança em uma parte da aplicação Modelo 2 não obriga a uma mudança
                      na outra parte. (HUSTED, 2004, p. 13).


           Para Kurniawan (2002, p. 220), “A tecnologia JSP e os servlets juntos
oferecem [...] independência de plataforma, desempenho aperfeiçoado, separação
de lógica de exibição, facilidade de administração, extensão empresarial e facilidade
de uso”.




4.2.1.3    Frameworks




           É um conjunto de componentes (classes e interfaces) que trabalham
juntos para solucionar um determinado problema de software. (MOREIRA, 2006).
           Segundo Moreira (2006, p. 17): “A principal finalidade de um framework é
prover o seu reuso em outros projetos, diminuindo a complexidade na
implementação de softwares”.


                      Um framework dita a arquitetura de sua aplicação, ou seja, define a
                      estrutura geral, sua divisão em classes e objetos e, conseqüentemente, as
                      responsabilidades entre si, assim como a forma de colaborarem e o fluxo
                      de controle. (GAMMA, 2004 apud MOREIRA, 2006, p. 17).
45



          Lima (2006 apud MOREIRA 2006), identifica um framework pelas
seguintes características:
             •   É composto por múltiplas classes ou componentes, cada um
                 devendo prover uma abstração de um conceito particular;
             •   Define como as abstrações trabalharão juntas para resolver um
                 problema;
             •   Seus componentes são reusáveis;
             •   Organiza padrões em alto nível.




4.2.1.3.1 Struts 2




          Este framework foi idealizado por Craig R. McClanahn e desenvolvido
com a colaboração de um grupo de 30 desenvolvedores voluntários. (MOREIRA,
2006).
          Segundo Goulart, a Struts framework é um projeto open source mantido
pela Apache Software Foundation. É uma implementação do design pattern MVC
para aplicações Java com Internet.
          Struts foi lançado em julho de 2001 e foi um sucesso esmagador. Com
ele, foi possível escrever aplicações seguindo o código Java (assim como escrever
código HTML em Servlets ou código Java em JSP) e gerenciar a reutilização e
manutenção do código existente. (ROUGHLEY, 2007).


                      O framework Struts se tornou rapidamente um padrão no mercado,
                      obtendo assim integração com diversas IDEs de desenvolvimento, além de
                      proporcionar código útil no desenvolvimento de aplicações para Internet,
                      sendo desnecessário ter de “reinventar a roda” para obter soluções para
                      problemas freqüentes, aumentando assim drasticamente a produtividade.
                      (GOULART, p. 7).


          Moreira (2006) ainda afirma que o Struts disponibiliza bibliotecas de tags
para apresentação, captação e manipulação de dados nas páginas JSP que
facilitam algumas tarefas de implementação, como validação de dados.
46



4.2.1.4   CSS – Cascading Style Sheet


           “Em tempos passados quando a Madonna era virgem e um sujeito
chamado Tim Berners Lee inventou a World Wide Web, a linguagem HTML era
usada somente para estruturar textos”. (O QUE...).
          Porém, segundo Yamamoto, à medida que a web ganhou popularidade,
os designers precisaram encontrar meios de construir layouts para documentos on-
line. Para suprir essa necessidade, os fabricantes de navegadores inventaram novas
tags que se diferenciavam das originais do HTML para a construção de layouts, e
não apenas para a estrutura da página. Isso fez com que se distorcesse o uso
dessas tags, pois muitas delas eram interpretadas somente por determinado tipo de
navegador.
          “Com isso a frase ‘Você precisa do navegador X para visualizar esta
página’ tornou-se comum nos websites”. (O QUE...).
          Diante desses problemas, as CSS possibilitam aos webdesigners meios
mais sofisticados de projetar layouts suportados por todos os navegadores.
(YAMAMOTO).
          Para Silva (2008), a grande vantagem do uso de CSS é a separação da
marcação HTML, da apresentação do site. Em outras palavras, vale dizer que o
HTML destina-se unicamente a estruturar e marcar o conteúdo, ficando por conta
das CSS toda a responsabilidade pelo visual do documento.
          Yamamoto lista as vantagens da utilização das CSS:
             •   Controle total sobre a apresentação do site a partir de um arquivo
                 central;
             •   Agilidade na manutenção e no redesign do site;
             •   Saída para diferentes tipos de mídia a partir e uma versão única de
                 HTML;
             •   Redução do tempo de carregamento dos documentos web;
             •   Adequação simplificada aos critérios de usabilidade.


          Silva (2008) destaca que projetar um site navegável tanto em monitor de
1280x1024 quanto em uma telinha de 320x240 de um PDA, com utilização da
mesma marcação é fantástico e possível com o uso das CSS.
47



            Yamamoto ainda afirma que embora seja necessário um tempo maior
para o planejamento de um projeto que utilizará CSS, com a grande redução do
tempo de manutenção e do redesign do site, certamente valerá a pena utilizar tais
recursos.




4.2.1.5     RSS – Really Simple Syndication




            É um jeito novo e prático de ficar informado. Com RSS é possível reunir
informações de sites preferidos em uma única tela, e assim como acontece nos
programas de e-mail, ele avisa quando as novidades são publicadas na Internet. (O
CONTEÚDO...).


                       É uma tecnologia que agrupa, organiza e distribui o conteúdo mais
                       atualizado do site, através de feeds (fontes) RSS, escolhidas livremente por
                       cada visitante do site. É um serviço que permite personalizar a experiência
                       de navegação e ao mesmo tempo garante a atualização, em tempo real,
                       dos itens de interesse. (RSS...).


            Alecrim (2008) explica a utilidade do RSS com o seguinte exemplo:
“Imagine que você costuma ler um total de 30 blogs. É trabalhoso visitar cada um
para ver se há textos novos. Como todos esses blogs possuem RSS, você
rapidamente fica sabendo quando algo novo foi disponibilizado”.
            Segundo Rubino (2006), um documento RSS é feito na linguagem XML e
geralmente exibe o grande volume de informações existentes em uma página na
Internet de forma resumida.
            Para usar o RSS, é preciso ter um programa que leia e organize essas
fontes de informação. Estes programas são conhecidos como agregadores. Basta
adicionar o link dos feeds no agregador e receber as informações atualizadas de
todos os canais cadastrados. (RSS...).




4.2.1.6     PostgreSQL
48




          É um sistema gerenciador de banco de dados, objeto-relacional, de
código aberto. É extremamente robusto e confiável, além de flexível e rico em
recursos. É considerado objeto-relacional pelo fato de implementar, além das
características de um SGBD relacional, algumas características de orientação a
objetos, como herança e tipos personalizados. (CRUZ, 2006).
          Surgiu a partir do desenvolvimento do Ingres, seu antecessor, na
Universidade da Califórnia, entre 1977 a 1985. Logo após, Michael Stonebraker
liderou uma equipe que desenvolveu um servidor de dados relacional chamado
Postgres, e dois estudantes fizeram com que interpretassem o SQL. Uma nova
versão foi lançada no final de 1996 com o nome de PostgreSQL. (SILVA, 2001).
          Cruz (2006) lista alguns recursos da versão mais recente do PostgreSQL:
             •   Sub-consultas;
             •   Controle de ocorrência multi-versão (MVCC);
             •   Gatilhos (Triggers);
             •   Pontos de salvamento;
             •   Arquivamento e restauração do banco a partir de logs de
                 transação;
             •   Extensões para dados geoespaciais, indexação de textos, XML e
                 várias outras.
49



5    PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA
     REAPROVEITAMENTO                 INTELIGENTE        DE         EQUIPAMENTOS
     RELACIONADOS À TECNOLOGIA




          Este capítulo tem a finalidade de apresentar as funções do portal
colaborativo, demonstrar a estrutura do sistema web com o auxílio de alguns
diagramas e telas do sistema.




5.1 SOLUÇÃO PROPOSTA




          O carro chefe do portal colaborativo integrado com sistema web será a
ferramenta de troca de equipamentos eletrônicos que se encontram sem uso, e que
precisam de um destino inteligente.
          Por se tratar de um portal, porém, descobriu-se que é possível ir além de
um sistema que intermediará a troca de equipamentos entre pessoas/empresas
interessadas. O portal servirá também como um repositório de informações e
conhecimentos sobre a tecnologia da informação, computadores, equipamentos
eletrônicos, meio ambiente e o mais importante, lixo tecnológico.
          Não se espera somente destinar equipamentos eletrônicos, sem uso, de
forma ecologicamente correta, mas também conscientizar os indivíduos de que essa
preocupação com o meio ambiente é uma obrigação de todos.




5.1.1 Perfis de acesso




          Uma das características de um portal é a personalização. (TERRA, 2005).
Seguindo essa premissa de Terra, é preciso que o portal tenha perfis de acesso.
Dessa forma, cada usuário terá um tipo de perfil, e o usará para acessar conteúdos
específicos do portal.
50



            O portal colaborativo terá 3 tipos de perfis – visitante, colaborador e
administrador – com suas responsabilidades e permissões de acesso previamente
estabelecidas. Essas permissões serão distribuídas entre os perfis com a ajuda da
ferramenta Matriz de Perfis e Acesso, conforme mostra a tabela 3.




Tabela 3 - Matriz de Perfis e Acessos




                                                                                               Administrador
                                                                                 Colaborador
                                                                     Visitante
                                  Permissões



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 Visualizar equipamentos sem uso cadastrados para doação              x           x              x
 Enviar recado para doador, solicitando equipamento                               x              x
 Cadastrar equipamento para doação                                                x              x
 Alterar dados dos equipamentos                                                   x              x
 Excluir equipamentos cadastrados                                                 x              x
 Excluir perfil                                                                                  x
 Denunciar irregularidades                                                        x              x
 Notificar irregularidades ao colaboradore                                                       x
Fonte: do autor.




5.1.1.1     Perfil de Visitante
51



              Esse é o mais básico dos perfis. O visitante é qualquer pessoa que por
algum motivo acessou o portal colaborativo, por isso seu perfil será classificado de
nível 1.
              Suas permissões são restritas, porém ele pode tornar-se um colaborador
a qualquer momento, passando assim para o nível 2. Para isso, bastará preencher
um formulário de cadastro.
              O visitante poderá pesquisar e visualizar todos os equipamentos
eletrônicos sem uso que foram disponibilizados para troca ou doação. Caso ele se
interesse por algum item, e queira recebê-lo, ele terá que modificar seu perfil para o
nível 2, de colaborador. Ele também terá que passar para o perfil de colaborador
caso queira cadastrar algum equipamento seu, para troca ou doação.
              Ele poderá apenas ler os artigos científicos e notícias. Para publicar
algum artigo seu, ou cadastrar uma notícia, ele também precisará passar seu perfil
para o nível 2.




5.1.1.2       Perfil de Colaborador




              Esse é, sem dúvida, dos 3 perfis, o mais interessante. Pois foi pensando
nesse tipo de perfil que o portal foi idealizado.
              Com um perfil de nível 2, o colaborador poderá interagir e colaborar com
quase todas as ferramentas do portal. Suas permissões estão restritas somente à
algumas questões de administração, que ficará a cargo do perfil de nível 3.
              O colaborador poderá pesquisar, visualizar, cadastrar, alterar e excluir14
equipamentos eletrônicos sem uso, para troca ou doação.
              Poderá cadastrar, alterar e excluir15 artigos científicos relacionados à área
de TI, meio ambiente, lixo tecnológico, etc.




14
     O colaborador poderá excluir somente os equipamentos cadastrados por ele.
15
     O colaborador poderá excluir somente os artigos publicados por ele.
52



5.1.1.3   Perfil de Administrador




           Toda tribo precisa de um cacique. E é essa a função do perfil de nível 3,
administrar o portal para que as ferramentas funcionem da maneira como foram
planejadas.
           Levando em conta a hierarquia de acesso, esse perfil é o mais importante
de todos, pois ele tem permissão para administrar todos os outros perfis, e nessa
administração podemos citar: exclusão de perfis falsos, exclusão de artigos
irrelevantes, notícias fora do contexto, entre outras coisas que só o cacique da tribo
pode fazer.
           Todas as denúncias de irregularidades feitas pelos colaboradores serão
enviadas para o administrador, que tomará as devidas providências.
           Ele terá a visão holística de todo o sistema, e o bom funcionamento do
portal dependerá de sua capacidade de administração.
           Inicialmente, o administrador será o criador do portal colaborativo, porém,
fica como sugestão para trabalhos futuros a criação de uma área destinada à ele,
onde será possível receber as denúncias dos colaboradores e notificá-los da
irregularidade, além de ter controle total de todo o sistema.




5.1.2 Ferramentas integrantes do portal




           Esse projeto envolvendo o portal colaborativo, com suas funcionalidades
e conceitos ainda novos, surgiu a partir da ferramenta de troca de equipamentos.
Por isso ela continua sendo a ferramenta integrante desse portal que mais merece a
nossa atenção.
           Além dessa ferramenta, o portal contará com a publicação de artigos
científicos e sistema de notícias usando a tecnologia RSS.
53



5.1.2.1     Troca de equipamentos eletrônicos sem uso




            Essa ferramenta é destinada para aquelas pessoas, ou empresas, que
possuem equipamentos eletrônicos em casa e que não usam mais, como monitores,
CPUs, impressoras, celulares, peças de computadores, baterias, pilhas etc. Esses
equipamentos poderão encontrar um destino inteligente nos projetos de reciclagem,
nas empresas de conserto de computadores, e até nas mãos de artistas que fazem
arte com peças eletrônicas.




5.1.2.1.1    Doar equipamento sem uso




            Para utilizar essa ferramenta, o colaborador precisa fazer login no
sistema.
            A seguir, ele deve localizar no menu o item “Cadastrar Equipamento”,
digitar o nome do equipamento (monitor, CPU, impressora, etc), informar se está
funcionando ou não, a quantidade, e especificar onde o equipamento deverá ser
recolhido. O colaborador visualizará no canto direito da sua página personalizada,
uma lista de pendência, com todos os equipamentos que ele cadastrou. Assim que a
troca for efetivada, ou seja, que a pessoa/empresa for recolher o equipamento, ele
deverá finalizar aquela negociação, para excluir o item do sistema.




5.1.2.1.2    Como funciona a troca




            O colaborador que se interessar por algum item, poderá conversar com o
doador através do mural de recados, localizado na página do doador. Todas as
informações sobre o doador estarão disponíveis na página do seu perfil, e para
acessa-la, basta clicar no link “Ver perfil do doador” localizado abaixo das
informações do equipamento.
54



            Na página do equipamento, estará disponível o endereço completo do
lugar onde está localizado o equipamento. O interessado fará a negociação com o
doador, e quando tudo estiver acertado, ele irá até o local indicado para fazer o
recolhimento.
            O doador deverá então excluir esse equipamento da sua lista de doações,
localizada em todas as páginas, no lado direito. A exclusão é necessária para evitar
que outras pessoas se interessem pelo equipamento que já foi recolhido.




5.1.2.1.3    Como localizar equipamentos




            A pesquisa por equipamentos é feita na página Pesquisar Equipamentos,
onde o colaborador digita o que procura e depois clica no botão pesquisar. Uma lista
aparecerá com os itens disponíveis, e ao localizar o que lhe interessa, ele clica no
nome do equipamento, que estará em formato de link, e entra na página do mesmo,
onde encontrará sua descrição e a descrição do colaborador doador juntamente com
a localização do equipamento para ser recolhido.




5.1.2.2     Artigos científicos




            Como já foi dito anteriormente, o portal colaborativo se propõe a ser um
repositório de informação e conhecimento. Será criado, então, um ambiente de troca
de experiências entre especialistas e interessados nas áreas de TI, meio ambiente,
lixo tecnológico, dentre outros.
            Esse local será uma página destinada somente para publicação de artigos
científicos escritos por pessoas que se interessam pelo tema.
            Para publicar um artigo, o colaborador deve fazer o login para entrar no
sistema. O próximo passo é ir até a página Cadastrar Artigo. Ele vai procurar o
arquivo no seu computador, que pode ser nos formatos .pdf e .doc. Digitará um título
que aparecerá na página em forma de link.
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  • 1. UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA THIAGO GHIZZO DE CAMPOS PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA Araranguá 2008
  • 2. 1 THIAGO GHIZZO DE CAMPOS PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Sistemas de Informação, da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel. Orientador: Prof.ª Ingrid Weingartiner Reis, Esp. Araranguá 2008
  • 3. 2 THIAGO GHIZZO DE CAMPOS PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de Bacharel e aprovado em sua forma final pelo Curso de Sistemas de Informação, da Universidade do Sul de Santa Catarina. Araranguá, 01 de dezembro de 2008. ___________________________________________________ Prof.ª Daniela Leandro Eufrazio ___________________________________________________ Prof. Eliel Marlon de Lima Pinto, Msc. ___________________________________________________ Prof.ª Josiane Milanez, Msc
  • 4. 3 Ao finalizar um trabalho, como este, é fácil lembrarmos das dificuldades encontradas durante seu desenvolvimento, porém, o mais importante, é poder dedicá-lo às pessoas que estavam ao nosso lado, nos ajudando, de alguma forma, a encontrar a solução. Dedico àqueles que participaram deste projeto, direta ou indiretamente, e em especial, minha família que tanto amo.
  • 5. 4 AGRADECIMENTOS Não é possível iniciar um agradecimento sem antes falar Dele – Deus. Tenho certeza que Ele estava comigo a cada parágrafo escrito, a cada capítulo terminado. Agradeço à Ele pela minha vida, e pela capacidade que me deu de superar desafios. Agradeço à minha mãe Valdete, meu pai Jorge e meus irmãos Scheila, Luana e Emanuel, que sempre torceram por mim, e sabem que todo o esforço é válido quando se tem um objetivo. Existem pessoas que caem de pára-quedas em nossas vidas, ou vice- versa. Minha orientadora, Profª Ingrid, foi uma dessas pessoas. Apareceu no lugar certo e na hora certa, aceitando sem titubear meu convite e enriquecendo muito meu trabalho. Quero agradecê-la por ter apostado em mim suas “fichinhas”, e dizer que parte do meu esforço foi pensando em fazer o melhor para não decepcioná-la. Aos meus amigos que aturaram os meus dias de mau humor devido à pressão da reta final e que evitavam me convidar para sair, pois sabiam que eu aceitaria o convite, mesmo precisando ficar em casa para estudar, estudar e estudar. Eles que participaram muito da minha vida nesse último ano, e que apesar de não entender nada de Sistemas de Informação, me ajudaram muito, me dando força e incentivo, pois são especialistas em companheirismo. A família Longa – Rosana e Luigi – que por um bom tempo foram a minha segunda família. Um presente que ganhei de Deus. Poucos têm o privilégio de encontrar pessoas assim durante suas vidas, e eu tive essa sorte. As melhores coisas da faculdade que levaremos para nossas vidas são os conhecimentos adquiridos e os amigos conquistados. Alguns foram apenas colegas, que se respeitavam e trocavam conhecimentos, outros foram amigos, que serão sempre bem vindos em nossas casas (até porque nos ajudaram a carregar a mudança). Ao amigo Jaime, que durante suas monitorias aos sábados, na UNISUL, teve paciência para me ensinar a linguagem JSP, me dando as dicas e orientações para que eu conseguisse terminar a aplicação em tempo. Arrisco em dizer que ele foi meu co-orientador extra oficial.
  • 6. 5 Enfim, esse projeto não é só meu. Cada pessoa que esteve comigo durante esse ano, participou de alguma forma dele. Há um pouco de cada um nas páginas desse trabalho, e agradeço muito a Deus por isso. Obrigado!
  • 7. 6 “De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um novo caminho. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro”. Trecho da obra “O encontro marcado” de Fernando Sabino
  • 8. 7 RESUMO A primeira coisa que se pensa quando o assunto é tecnologia é a evolução que ela causou no mundo e nos benefícios que trouxe para nossas vidas. O que muitos ainda não perceberam é que a evolução tecnológica pode causar impactos nocivos à humanidade. Um exemplo é o lixo tecnológico gerado no processo. Uma vez, que evoluir significa mudar para encontrar uma maneira mais eficaz de adaptar-se ao ambiente e suas exigências. E na prática, para a tecnologia, evoluir significa trocar equipamentos eletrônicos ultrapassados por equipamentos novos, com mais funções e mais adaptados às novas necessidades. O problema do lixo tecnológico é uma realidade preocupante, e está se tornando um assunto bastante discutido entre ambientalistas e empresas de tecnologia. Estimativas da ONU apontam que 50 toneladas de lixo tecnológico são produzidos por ano, em todo o mundo. E a previsão é que esse volume triplique até 2011. Este projeto de conclusão de curso apresentará um estudo feito sobre o lixo tecnológico comprovando a necessidade da existência de um destino ecologicamente correto para esses resíduos, criando um portal colaborativo onde acontecerá a troca de equipamentos eletrônicos sem uso. Palavras-chave: Lixo Tecnológico. Portal Colaborativo. Sistema Web. Web 2.0.
  • 9. 8 ABSTRACT The first thing you think when it comes to technology is the evolution it has caused to the world and the benefits it has brought to our lives. What many have not perceived is that this technological evolution may cause harmful impacts to humanity. One example is the technological waste generated in the process. Once progress means changing to find a more effective way to adapt to the environment and its demandings. And in practice, for technology, development means exchanging overshot electronic equipment by new one with more features and more adapted to the changing needs. The problem about the technological waste is a disturbing reality, and it is becoming a quite discussed topic among environmentalists and the ones who run the technological market. ONU estimation indicates that 50 tons of technological garbage are produced worldwide every year. And the prediction is that this volume will be thrice more by 2011. This closing course project is going to present a study done about the technological waste confirming the need of existence of an ecologically correct destination for such residue, creating a collaborative portal where non used electronic equipment can be exchanged. Keywords: Technological Waste. Collaborative Portal. Sistema Web. Web 2.0.
  • 10. 9 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Tempo decorrido para a Internet atingir 50 milhões de usuários ............38 Figura 2 – Como funciona um servlet .......................................................................43 Figura 3 – Web 1.0 X web 2.0 ..................................................................................56 Figura 4 – Diagrama de caso de uso – Colaborador ................................................58 Figura 5 – Diagrama de caso de uso – Administrador .............................................58 Figura 6 – Diagrama de classes ...............................................................................60 Figura 7 – Diagrama de sequência – Tornar-se colaborador ...................................61 Figura 8 – Diagrama de sequência – Manter colaborador .......................................62 Figura 9 – Diagrama de sequência – Manter artigo .................................................62 Figura 10 – Diagrama de sequência – Manter notícia ..............................................63 Figura 11 – Diagrama de sequência – Adquirir equipamento ...................................64 Figura 12 – Diagrama de sequência – Manter equipamento ....................................64 Figura 13 – Diagrama de sequência – Registrar denúncia ......................................65 Figura 14 – Diagrama de sequência – Notificar colaborador ...................................66 Figura 15 – Diagrama de pacotes ............................................................................67 Figura 16 – Página inicial – Perfil de Visitante .........................................................69 Figura 17 – Página inicial – Perfil de Colaborador ...................................................70 Figura 18 – Cadastrar equipamento .........................................................................71
  • 11. 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Os vilões dos eletrônicos ........................................................................20 Tabela 2 – Do que é feito um desktop.......................................................................21 Tabela 3 – Matriz de Perfis e Acessos ......................................................................50
  • 12. 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................14 1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................15 1.2 OBJETIVOS .......................................................................................................16 1.2.1 Objetivo Geral ...........................................................................................16 1.2.2 Objetivos Específicos...............................................................................16 1.3 ABRANGÊNCIA .................................................................................................17 1.4 METODOLOGIA ................................................................................................18 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO...........................................................................18 2 LIXO TECNOLÓGICO .......................................................................................19 2.1 O PERIGO .........................................................................................................20 2.2 O QUE PODE SER FEITO.................................................................................21 2.3 MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA ................................................................23 3 PORTAIS ...........................................................................................................25 3.1 ORIGEM E SURGIMENTO DOS PORTAIS.......................................................25 3.1.1 Portal Público............................................................................................26 3.1.2 Portal Corporativo.....................................................................................28 3.1.3 Portal do Conhecimento...........................................................................29 3.2 RELAÇÃO ENTRE PORTAIS E A GESTÃO DO CONHECIMENTO.................30 3.2.1 Etapas da gestão do conhecimento ........................................................31 3.3 USABILIDADE ...................................................................................................32 3.3.1 “Não me faça pensar”...............................................................................34 3.3.1.1 Convenções ............................................................................................35 3.3.1.2 Palavras desnecessárias.........................................................................35 4 TECNOLOGIAS UTILIZADAS...........................................................................37 4.1 INTERNET .........................................................................................................37 4.1.1 Funcionamento .........................................................................................38 4.1.2 Web 2.0 ......................................................................................................38 4.2 JEE – JAVA ENTERPRISE EDITION ................................................................39 4.2.1 Aplicativo Web ..........................................................................................41 4.2.1.1 Tecnologia Servlet...................................................................................41 4.2.1.2 Tecnologia JavaServer Pages – JSP ......................................................43
  • 13. 12 4.2.1.3 Frameworks.............................................................................................44 4.2.1.3.1 Struts 2 ....................................................................................................45 4.2.1.4 CSS – Cascading Style Sheet.................................................................46 4.2.1.5 RSS – Really Simple Syndication............................................................47 4.2.1.6 PostgreSQL.............................................................................................47 5 PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA ..........................................................................................................49 5.1 SOLUÇÃO PROPOSTA.....................................................................................49 5.1.1 Perfis de acesso........................................................................................49 5.1.1.1 Perfil de Visitante.....................................................................................50 5.1.1.2 Perfil de Colaborador...............................................................................51 5.1.1.3 Perfil de Administrador ............................................................................52 5.1.2 Ferramentas integrantes do portal ..........................................................52 5.1.2.1 Troca de equipamentos eletrônicos sem uso ..........................................53 5.1.2.1.1 Doar equipamento sem uso ....................................................................53 5.1.2.1.2 Como funciona a troca ............................................................................53 5.1.2.1.3 Como localizar equipamentos .................................................................54 5.1.2.2 Artigos científicos ....................................................................................54 5.1.2.3 Sistema de Notícias.................................................................................55 5.1.3 Mediação de conteúdo e controle de irregularidades ...........................55 5.2 MODELAGEM....................................................................................................57 5.2.1 Diagrama de Caso de Uso........................................................................57 5.2.2 Diagrama de Classes ................................................................................59 5.2.3 Diagrama de seqüência ............................................................................61 5.2.3.1 Tornar-se colaborador .............................................................................61 5.2.3.2 Manter colaborador .................................................................................61 5.2.3.3 Manter artigo ...........................................................................................62 5.2.3.4 Manter notícia..........................................................................................63 5.2.3.5 Adquirir equipamento ..............................................................................63 5.2.3.6 Manter equipamento................................................................................64 5.2.3.7 Registrar denúncia ..................................................................................65 5.2.3.8 Notificar colaborador ...............................................................................65 5.2.4 Diagrama de pacotes ................................................................................66
  • 14. 13 5.2.5 Base de dados...........................................................................................68 5.3 TELAS DO PORTAL ..........................................................................................68 5.3.1 Página Inicial .............................................................................................68 5.3.2 Cadastrar Equipamentos..........................................................................70 6 CONCLUSÃO ....................................................................................................72 7 TRABALHOS FUTUROS ..................................................................................73 REFERÊNCIAS.........................................................................................................74 ANEXOS ...................................................................................................................80 ANEXO A – Diagrama da Base de Dados ..............................................................81 ANEXO B – Pesquisa sobre lixo tecnológico realizada com acadêmicos da UNISUL ....................................................................................................................82
  • 15. 14 1 INTRODUÇÃO Quando se fala em tecnologia, a primeira coisa que se pensa é a evolução que ela causou no mundo e nos benefícios que trouxe para nossas vidas. A tecnologia, de fato, representou um grande avanço para a humanidade, podendo ser demonstrado desde a área da informação, com softwares e estruturas de redes cada vez mais potentes e inteligentes, capazes de ajudar-nos a aperfeiçoar processos e tomar decisões, até áreas como a medicina que desenvolve pesquisas para encontrar a cura para doenças, como as pesquisas envolvendo as células tronco, por exemplo. O que muitos ainda não perceberam é que determinados impactos dessa evolução podem ser nocivos à humanidade. Evoluir significa mudar, para encontrar uma maneira mais eficaz e eficiente de adaptar-se ao ambiente e suas exigências. Na prática, para a tecnologia, evoluir significa trocar equipamentos eletrônicos ultrapassados por equipamentos novos, com mais funções e mais adaptados às novas necessidades. Mas o que fazer com esses equipamentos eletrônicos que não têm mais utilidade e só ocupam espaço em nossas casas e empresas? E não é correto simplesmente jogá-los no lixo. Em muitos casos esses equipamentos possuem baterias e peças que podem poluir os solos e as águas. Ainda, é preciso considerar que, geralmente, estes são equipamentos caros, que representaram um valor significativo em investimentos pessoais ou de indústrias e empresas, e foram úteis por muito tempo. É estranho que simplesmente sejam jogados fora. Considera-se ainda que o sistema público de coleta de lixo ainda não está preparado para receber esse tipo de material. O destino provável serão os aterros sanitários, como acontece com os lixos do dia-a-dia. É importante encontrar uma destinação mais inteligente para esse “lixo” tecnológico que não seja a natureza (como agente poluidor). Entretanto, já existem iniciativas, grupos de pessoas que perceberam a gravidade do problema. Algumas ONGs e Instituições mantém projetos de reciclagem de equipamentos eletrônicos, como a de computadores. Esses projetos doam os eletrônicos reciclados para Instituições, promovendo assim a inclusão digital.
  • 16. 15 Esse é o destino ideal para o nosso lixo tecnológico. A reciclagem, o reaproveitamento de peças e partes de computadores e outros equipamentos. A proposta deste projeto de conclusão de curso será a criação de um sistema de portal colaborativo na Internet, onde esses equipamentos sem uso poderão ser disponibilizados para as ONGs e instituições, que façam o reaproveitamento. Além de auxiliar na transação e articular interesses e interessados, o portal se propõe a ser uma fonte de informação sobre questões envolvendo a tecnologia e seus impactos no ambiente e no meio em que vivemos. 1.1 JUSTIFICATIVA O problema do lixo tecnológico é uma realidade preocupante, e está se tornando um assunto bastante discutido entre ambientalistas e empresas de tecnologia. O tempo de vida de computadores, celulares, impressoras e outros eletrônicos, está cada vez mais curto. Equipamentos que há um ano eram de última geração, hoje são ultrapassados e obsoletos para executar as funções para que foram criados. A velocidade que a tecnologia se renova é proporcional à dimensão do problema do lixo tecnológico em nossa sociedade, porém, iniciativas já foram tomadas para tentar reverter essa situação. Existem empresas especializadas, que cobram uma taxa para recolher esse tipo de lixo em casas e empresas, para aproveitar as peças que ainda funcionam e reciclar aquelas que não têm conserto. Além dessas empresas, existem também alguns projetos mantidos por ONGs e instituições, que reciclam computadores velhos e repassam para escolas, creches, associações, outras ONGs e instituições, com a finalidade de promover a inclusão digital. O portal colaborativo servirá para pessoas e empresas se desfazerem dos seus lixos, mantendo a consciência ambiental, ao mesmo tempo em que criam uma
  • 17. 16 fonte de matéria-prima para esses projetos de reciclagem de computadores e equipamentos eletrônicos. Ele será também um repositório de informações e conhecimentos sobre a área da tecnologia envolvendo questões ambientais como o lixo tecnológico, uma vez que um portal pretende criar um local de vivências para interessados em adquirir e compartilhar conhecimentos. (SALDANHA, 2004). 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Desenvolver o protótipo de um portal integrado com um sistema web, onde será possível disponibilizar equipamentos eletrônicos sem uso para serem reciclados e reutilizados, criando um ambiente de colaboração entre interessados na área da tecnologia e questões ambientais como o lixo tecnológico. 1.2.2 Objetivos Específicos • Apresentar a tecnologia escolhida para desenvolver o protótipo do portal colaborativo integrado ao sistema web; • Estudar a estrutura dos portais, entendendo como funciona e para que serve um portal colaborativo; • Realizar pesquisa com acadêmicos da UNISUL para saber se eles têm conhecimento do problema do lixo tecnológico; • Projetar o banco de dados da solução; • Desenvolver o protótipo.
  • 18. 17 1.3 ABRANGÊNCIA O portal será construído com as tecnologias HTML e CSS, e terá integração com um sistema web, feito em JSP, utilizando o Frameworks Struts 2. Foi escolhido o banco de dados PostgreSQL. Para ter acesso ao sistema, o usuário criará uma conta. Através dessa conta, se ele tiver um equipamento/ peça que não utiliza mais, poderá cadastrá-lo, deixando-o disponível para outros usuários que darão um destino útil para ele. No cadastro do equipamento/ peça, o usuário informará o nome da mercadoria, uma breve descrição, dizer se está funcionando ou não, e o mais importante, onde a pessoa interessada deverá buscá-la. Qualquer visitante poderá pesquisar no portal quais mercadorias foram disponibilizadas para reutilização, e se alguma delas o interessar, ele poderá visualizar informações sobre a mesma, sobre o doador e sua localização. Caso queira receber esta mercadoria, o visitante também criará uma conta, e terá acesso a todas as funcionalidades do sistema, ou seja, ele também poderá disponibilizar algo se desejar. Depois que as duas partes interessadas tiverem suas contas de usuário, toda a transação será feita através do sistema. Mensagens serão trocadas até que a negociação seja concluída, para resolver a melhor forma de entrega da mercadoria. Cada usuário terá uma lista de pendência com todas as mercadorias que foram disponibilizadas por ele, e no momento que a transação for efetivada, ele deverá finalizar essa pendência para que a mercadoria seja excluída do portal. O portal terá uma área destinada a publicação de artigos relacionados à tecnologia, meio ambiente, lixo tecnológico, etc. Os visitantes também poderão assinar notícias sobre esses assuntos, usando a tecnologia RSS, como forma de divulgação das novidades publicadas no portal.
  • 19. 18 1.4 METODOLOGIA Será adotada a seguinte metodologia para que os resultados esperados sejam alcançados: a) Definição do cronograma; b) Estruturação do trabalho e metodologia; c) Estudo das tecnologias que serão usadas no projeto; d) Orientação feita uma vez por semana, seguindo a metodologia definida para o projeto e desenvolvimento da proposta. 1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO O capítulo 1 faz a introdução do trabalho, trazendo os objetivos, a justificativa e a metodologia utilizada. No capítulo 2 é explanado o assunto lixo tecnológico, tema principal deste trabalho. Os portais aparecem no capítulo 3, onde são estudados os tipos existentes juntamente com sua evolução no âmbito corporativo. Em seguida, no capítulo 4, as tecnologias utilizadas para o desenvolvimento do sistema web integrado ao portal colaborativo são explicadas, a fim de entender como funcionam. O portal colaborativo integrado com sistema web, proposto neste trabalho, é apresentado no capítulo 5. O capítulo 6 traz a conclusão, seguido do capítulo 7 que sugere trabalhos futuros para este.
  • 20. 19 2 LIXO TECNOLÓGICO Lixo tecnológico consiste em resíduos ou sobras de dispositivos eletroeletrônicos que são descartados por estarem danificados, fora de uso ou obsoletos. Podem ser considerados lixos tecnológicos os computadores, pilhas, baterias, celulares, filmadoras, impressoras, monitores, televisores etc. (SENAI, 2008). “O cenário parece o futuro decadente e tecnológico a La Mad Max: guimbas de cigarro ao lado de transistores, uma garrafa vazia de vinho no meio de carcaças amareladas de computador, um tênis velho entre placas-mãe molhadas pela chuva”. (BERTOLOTTO, 2007). Enquanto a tecnologia evolui e o seu mercado cresce assustadoramente, o lixo que é gerado neste processo está tomando proporções preocupantes. Segundo o Comitê para Democratização da Informática, esse lixo atinge a marca de 40 toneladas anuais. No Brasil, dez milhões de equipamentos novos chegam às lojas todos os anos, e cerca de um milhão de computadores são jogados fora. O surgimento de tanto lixo tecnológico é fruto da busca contínua pelo novo, pelo mais rápido, mais potente. O surgimento de novas tecnologias faz com que a vida útil de um computador – e outros eletrônicos – dure em média quatro anos. “Quatro anos é o tempo médio que leva para um computador novinho, top de linha, virar sucata”. (FACHEL, 2008). Segundo Fachel (2008), a ONU estima que a quantidade de lixo tecnológico produzido por ano chega a 50 toneladas, ultrapassando as 40 divulgadas pelo Comitê para Democratização da Informática. A ONU ainda alerta que, baseado no volume de vendas de novos equipamentos nas lojas, a única certeza é de que o entulho cibernético vai triplicar nos próximos três anos. Lange (2007) relata que segundo alguns levantamentos feitos em nosso país, a geração dos resíduos tecnológicos entre 2002 e 2016 chegará a 493.400 tonelada/ano, representando uma média por habitante de 2,6 kg/ano. Baio (2008) afirma que as 50 toneladas de lixo tecnológico geradas anualmente representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Para se ter
  • 21. 20 uma idéia, se todo esse lixo fosse colocado em vagões de um trem, a locomotiva seria capaz de dar a volta ao mundo. O vilão dessa história foi o barateamento do PC que fez crescer as vendas desses equipamentos. “Até pouco tempo atrás, descartar o PC velho era uma tarefa relativamente fácil. As máquinas eram caras e existia muita gente a fim de economizar comprando um computador usado”. (BAIO, 2008). 2.1 O PERIGO O descarte desses resíduos merece atenção especial, pois possuem substâncias perigosas como metais pesados (mercúrio, chumbo, cádmio e cromo), substâncias halogenadas (gases de efeito estufa), clorofluorocarbonetos (o conhecido CFC), entre outras. A disposição incorreta desses equipamentos pode causar danos ao solo, água e ar. (LANGE, 2007). Segundo Baio (2008), o arsênio também é uma das substâncias tóxicas usada para fabricação de equipamentos eletrônicos. Quando em contato com seres humanos, essas substâncias podem causar diversos danos à saúde, conforme tabela 1: Tabela 1 – Os vilões dos eletrônicos. (continua) OS VILÕES DOS ELETRÔNICOS Mercúrio Computador, monitor e TV de tela Danos no cérebro e fígado plana Cádmio Computador, monitores de tubo e Envenenamento, problemas nos ossos, baterias de laptops rins e pulmões Arsênio Celulares Pode causar câncer no pulmão, doenças de pele e prejudicar o sistema nervoso Berílio Computadores e celulares Causa câncer no pulmão Retardantes Usado para prevenir incêndios Problemas hormonais, no sistema de chamas em diversos eletrônicos nervoso e reprodutivo (BRT) Chumbo Computador, celular e televisão Causa danos ao sistema nervoso e sanguíneo
  • 22. 21 (conclusão) Bário Lâmpadas fluorescentes e tubos Edema cerebral, fraqueza muscular, danos ao coração, fígado e baço PVC Usado em fios para isolar Se inalado, pode causar problemas corrente respiratórios Fonte: (BAIO, 2008). De acordo com um estudo divulgado pela Universidade das Nações, para a montagem de um desktop de 17 polegadas são usados cerca de 1800 quilos de componentes. Somente de combustíveis fósseis são gastos 240 quilos, 22 quilos de produtos químicos e 1500 quilos de água. (BAIO, 2008). A tabela 2 mostra os componentes necessários para fabricar um computador desktop: Tabela 2 – Do que é feito um desktop. DO QUE É FEITO UM DESKTOP 25% de sílica 23% de plástico 20% de ferro 14% de alumínio 7% de cobre 6% de chumbo Fonte: (BAIO, 2008). Os computadores mais antigos contém altas taxas de produtos químicos venenosos ou metais pesados como o mercúrio, cádmio e o chumbo. Quando incinerados, lançam gases tóxicos no meio ambiente, e o risco de vazamento dessas toxinas e metais pesados no solo e nos lençóis freáticos é altíssimo. (COMITÊ). 2.2 O QUE PODE SER FEITO
  • 23. 22 Segundo Lange (2007), em países onde a legislação para esses resíduos já está implantada, o reuso e a reciclagem são os destinos mais comuns, porém, em países onde não há políticas públicas para estes resíduos o armazenamento e a disposição em aterros é a mais praticada. O Greenpeace publica bimestralmente um ranking que acompanha os 14 maiores fabricantes de eletrônicos do mundo. Em 2007, a Apple, que era sempre a última colocada, conseguiu subir na colocação, após prometer eliminar produtos como PVC de suas mercadorias e reciclar até 28% da quantidade de aparelho que venderá em 2010. A Nokia ocupa o primeiro lugar, ainda incentivando um compromisso para que cada fabricante recolha tudo o que fabricou e foi descartado. (BERTOLOTTO, 2007). Cerca de 10% do plástico utilizado pela HP para novos produtos, vem da reciclagem de equipamentos antigos, entregues por empresas e pessoas físicas. Empresas como a Xerox e Oki Data, oferecem bonificações para companhias que participam de campanhas de reciclagem de cartucho. (BAIO, 2008). Como medida mais recente, o Brasil, como estado membro do MERCOSUL, em 2006, assinou em conjunto com os demais membros, um acordo de Gestão Ambiental de Resíduos Especiais de Geração Universal e Responsabilidade Pós-Consumo. Sob essa ótica, os fabricantes e importadores de produtos eletrônicos que contenham mercúrio são responsáveis pelo produtos pós-consumo através de programas de devolução e campanha de sensibilização do consumidor. (LANGE, 2007) Segundo Bertolotto (2007), no Brasil não há uma legislação para o descarte tecnológico, com uma proposta parada no Congresso Nacional – a exceção é uma resolução de 1999 que obriga a coleta de pilhas e baterias de celular. Empresas como a Dell, IBM e HP, já estão se antecipando e promovendo políticas de coleta, sob pressão de ONGs internacionais. O reaproveitamento de computadores no Brasil ainda parece insuficiente, a julgar pela comparação entre dois números: o mercado brasileiro deve consumir 10 milhões de computadores até o final de 2007 (20% a mais que em 2006); a organização não-governamental Comitê para Democratização da Informática, com presença em 19 Estados, recolheu em 2006, 5000 computadores usados para programas de inclusão digital. (BERTOLOTTO, 2007).
  • 24. 23 Além das substâncias tóxicas, o lixo tecnológico também contém quantias significativas de prata, ouro e metais com alto valor de mercado. A reciclagem do ouro contido em velhas placas de computador, por exemplo, é muito mais vantajosa e produz menos impacto ambiental que extrair o metal da terra. (COMITÊ). Segundo matéria publicada no portal Unisul Hoje (2008), os computadores possuem ainda prata, paládio, cobre, estanho, gálio, índio e mais uma família inteira de metais únicos e indispensáveis e, portanto, de altíssimo valor. O índio, um subproduto da mineração do zinco, por exemplo, é essencial na fabricação de monitores de tela plana, ou LCD, e de telefones celulares. Há quem transforme transistor em brinco, orne anéis com botões de teclado ou use a torre do computador como churrasqueira, entretanto, nem essas soluções bizarras nem a reciclagem corporativa nem os programas de inclusão vêm dando conta do volume de lixo eletrônico. (BERTOLOTTO, 2007). 2.3 MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA O lixo tecnológico não é um problema apenas dos grandes centros. Não é preciso ir muito longe para perceber que ele já faz parte de nosso cotidiano. Em uma pesquisa realizada pelo acadêmico Thiago Ghizzo de Campos, autor desse projeto de conclusão curso, com alunos da UNISUL, foi constatado que lixo tecnológico é um assunto conhecido por grande parte deles, porém, muitos não sabem qual destino devem dar à ele. Foram entrevistados 97 alunos do Curso de Administração – Campus Araranguá, no dia 30 de setembro de 2008. Os documentos da pesquisa estão no final deste trabalho, no Anexo A. Ao serem questionados sobre o que é lixo tecnológico, um pouco mais da metade respondeu que sabe o que é, enquanto os outros disseram que não sabem. Entre os 97 alunos que foram pesquisados, 93 deles acham que o lixo tecnológico não pode ser jogado no lixo comum, e o mais importante, dentre esses 93 alunos, 54 guardam seus equipamentos quando estragam.
  • 25. 24 Fica claro, então, que a maioria já tem consciência que o lixo tecnológico não é um lixo comum, porém, pelo fato de ainda não existir uma coleta que dê um destino correto para ele, a metade dos alunos guarda seus equipamentos, enquanto a outra metade os joga fora. A existência de uma ferramenta que promovesse a troca desses equipamentos estragados facilitaria a vida dessas pessoas, pois elas não precisariam ficar armazenando sucatas em seus armários e teriam a certeza que um destino ecologicamente correto seria dado aos seus resíduos tecnológicos.
  • 26. 25 3 PORTAIS “Estimativas apontam que a quantidade de conhecimento no mundo é multiplicada por dois a cada ano. Reter, filtrar e direcionar estas informações, gerando melhores bases para tomada de decisão, é o desafio que se apresenta”. (SALDANHA, 2003). Segundo Angeloni (2006), o momento que vivemos é de valorização do conhecimento ou, assim como Drucker (1994) foi citado por Angeloni, somos a sociedade do conhecimento. Para Barbalho (2004), as novas tecnologias da informação e da comunicação assumem um papel ativo na chamada sociedade do conhecimento, proporcionando acesso rápido a informações veiculadas em meio eletrônico. O que faz dessas tecnologias um ambiente tão favorável a disseminação de informações, é a facilidade, praticidade, rapidez e comodidade com que elas são acessadas, armazenadas, excluídas, recuperadas e processadas. Nesse sentido, o portal atua como um elemento importante para a integração entre a oferta e a demanda de informação, ligando as dimensões, real e virtual, permitindo que o usuário aprenda, por meio da tela do computador, os saberes expostos por meio desse elemento intermediador. (ORLANDO, 2001 apud BARBALHO, 2004). 3.1 ORIGEM E SURGIMENTO DOS PORTAIS “Os mestres cabalísticos previam que, no futuro, surgiria um shaar – um portão de acesso para transpassar de um lugar para outro, aparentemente distante, sem que fosse necessário passar por um espaço intermediário” (BONDER, 1996 apud BARBALHO, 2004, p. 5). Assim como foi afirmado por Barbalho (2004), para Bonder (1996), os portais criados no ambiente virtual para centralizar informações gerais ou especializadas são a concretização da previsão feita, ou seja, através deles é
  • 27. 26 possível acessar informações, que antes estavam muito distantes e difíceis de localizar. 3.1.1 Portal Público Inicialmente, a estratégia dos portais públicos, também chamados de portais web, era baseada na idéia de orientar os usuários quanto à navegação pela Internet, sendo uma porta de principal acesso. (BARBOSA, 2002). Segundo Barbosa (2002), os mecanismos de busca, espécie de páginas amarelas, criados com a função de localizar e classificar informações para facilitar o uso da Internet, foram os primeiros registros de estruturas web que mais se assemelham, e que deram origem aos portais. Eles apareceram neste formato mais simples nos primeiros anos da década de 90. O próximo passo foi incluir nessas máquinas de busca, uma pré- configuração que separava sites e documentos da Internet em categorias, conforme seus conteúdos. Entre essas categorias estavam notícias, esportes, previsão do tempo, turismo, cultura, finanças, religião, saúde, etc. Após essa separação dos documentos e sites da Internet levando em conta seus conteúdos, foram integradas outras funções a essas máquinas de busca, como as comunidades virtuais com suas listas de discussão, salas de bate-papo em tempo real, personalização de páginas (My Yahoo!, My Excite, etc), assim como acesso a conteúdos especializados e comerciais. Tudo oferecido gratuitamente para manter os usuários no site pelo maior tempo possível. Segundo Dias (2001), essa nova concepção de máquina de busca é que passou a ser chamada de portal. Os internautas passaram a visitar esses portais com mais freqüência e permaneciam neles por um tempo maior, pois diante da confusão de informação que é a Internet, eles encontraram uma página que os auxiliavam na localização do que queriam, de forma rápida e objetiva, tendo em vista que a lógica dos portais públicos é a separação de sites e documentos da Internet conforme seus conteúdos. Isso criou uma fidelização dos usuários, fazendo com que os portais fossem as primeiras páginas acessadas pelos usuários ao se conectar na Internet.
  • 28. 27 Alguns configuraram seus navegadores, e quando eram iniciados, abriam os portais como página inicial, a chamada home. Barbalho (2004) afirma que os portais representam a reunião de diversos serviços ofertados por meio eletrônico, agrupados em um único, onde o usuário encontra uma variedade de opções que atenda às suas necessidades e expectativas ao acessar a Internet, gerando assim uma fidelização à eles. Inicialmente, a estratégia dos portais baseou-se na idéia de esta página de partida ser apenas a entrada para o conteúdo na Internet [...]. Com o tempo, não é de estranhar que as empresas passaram a achar interessante que o usuário permanecesse por mais tempo no site do qual o portal faz parte. Já que o usuário começava ali, por que não usar sua presença para gerar mais tráfego interno? Assim, o site pode vender mais (e mais valiosos) espaços de propaganda, criar situações de comércio e 1 começar a formar uma percepção mais forte pelo seu brand (PÓVOAS, 2000 apud BARBOSA, 2002). Quando os portais entraram nessa fase, as empresas América OnLine (AOL), Microsoft Network (MSN), Altavista e GeoCities perceberam o potencial que eles tinham e apostaram nessa tendência, investindo também na criação de seus portais. Essas empresas firmaram parcerias com agências de notícias, redes de TV, canais de notícias de esportes e tecnologia, para ampliar as opções de conteúdos com o intuito de atrair mais usuários e mantê-los conectados por mais tempo. O primeiro portal a estrear no Brasil foi o Cadê, em outubro de 1995. Sua estrutura seguiu a mesma dos portais existentes até aquela época, uma máquina de busca de sites e documentos na Internet, que servia como um portão para o usuário iniciar sua navegação. Mas logo precisou agregar serviços diferenciados para competir com os grandes que estavam se consolidando, como UOL e ZAZ, além dos norte-americanos que estavam chegando, como Altavista, MSN, Yahoo!, com suas versões em português. (BARBOSA, 2002). 1 Conceito de experiência de marca (ou, do inglês brand experience). Sempre que o consumidor tem contato ou recebe uma mensagem referente a alguma marca há criação, adição ou destruição de valor (CESAR, 2006).
  • 29. 28 3.1.2 Portal Corporativo Segundo Dias (2001), a evolução do portal web, ou portal público, chamou a atenção da comunidade corporativa, que percebeu a possibilidade de utilização dessa mesma tecnologia para organizar e facilitar o acesso às informações internas da empresa. Os portais corporativos, também chamados de portais empresariais, são aplicativos que permitem às empresas libertar informações armazenadas interna e externamente, provendo aos usuários uma única via de acesso à informação personalizada, necessária para a tomada de decisões de negócio. Trata-se de um sistema capaz de reunir em uma única página web personalizada, todas as informações e ferramentas para uso corporativo, agregando ainda aplicativos dinâmicos, como relatórios on-line, correio eletrônico, agendas e serviços comerciais. (DIAS, 2001). Terra (2005) apresenta algumas características que permitem definir um portal corporativo: • Single sign-on: o usuário não precisa fica digitando sua senha cada vez que precisar usar uma ferramenta do portal. Uma vez que acessou sua página personalizada, terá acesso livre a todos os aplicativos da empresa que estão integrados ao portal. • Personalização: cada usuário tem a possibilidade de personalizar sua página de modo que se adapte a sua forma navegação. • Integração: tem a capacidade de integrar aplicativos e sistemas sem necessidade de muita programação ou customização de plataformas. • Portabilidade: possibilidade de ser acessado por meio de vários tipos de hardware como PCs, terminais, palms, celulares etc. • Escalabilidade: capacidade de suportar acesso simultâneo de vários usuários. Utiliza mecanismos de gestão e distribuição de carga e tráfego garantindo velocidade e segurança.
  • 30. 29 Na concepção de Barbosa (2002), o portal corporativo congrega várias tecnologias, como por exemplo, sistemas de inteligência de negócios, gestão de documentos, automação de escritórios, groupware2, data warehouse3, com o propósito de expor e fornecer informações específicas de negócio, dentro de determinado contexto, auxiliando os usuários de sistemas informatizados a encontrar as informações que precisam para fazer frente aos concorrentes. Terra e Gordon (2002), ainda afirmam que um portal corporativo oferece: • Personalização do acesso à informação; • Automatização e aperfeiçoamento dos ciclos complexos de decisão de trabalhadores de conhecimento; • Criação de níveis mais profundos de colaboração entre os funcionários. “Conseqüentemente, os portais corporativos estão se tornando essenciais para ambientes que exigem uma inovação contínua e de ritmo acelerado”. (TERRA; GORDON, 2002, p. 17-18). 3.1.3 Portal do Conhecimento Sabe-se que o portal do conhecimento é uma variação de portal corporativo, e sabe-se também que o portal corporativo é fruto da evolução dos portais web (DIAS, 2001). Com base nessa afirmativa, os conceitos de portal do conhecimento foram estudados, para a fundamentação do portal que está sendo proposto neste projeto de conclusão de curso. Não está sendo proposto a construção de um portal do conhecimento, porém, estudá-lo, será de grande valia, pois, muitas de suas características e conceitos, principalmente no que se refere à gestão do conhecimento, se encaixam no que foi idealizado e planejado para esse projeto. 2 Ferramenta cooperativa de trabalhos em grupo. 3 Grande repositório de dados, elaborado com a finalidade de dar suporte ao processo decisório estratégico da empresa.
  • 31. 30 O portal do conhecimento é uma forma mais abrangente de portal, englobando informações e pessoas em um ambiente único, fornecendo métodos e ferramentas que possibilitem a captura, armazenagem, organização e acessibilidade ao conhecimento, informações e experiências. (ANGELONI, 2008). Para Angeloni (2008) o portal do conhecimento é definido como um sistema focado no usuário, integrando e divulgando conhecimento e experiências de usuários e equipes, dando suporte para as necessidades das organizações do conhecimento. Os portais do conhecimento auxiliam os membros da instituição a encontrar informações relevantes e fontes de conhecimento, codificar e publicar seus conhecimentos e colaborar on-line por meio de videoconferência, sistemas eletrônicos de reuniões, fóruns de discussão etc. (TERRA, 2002 apud ANGELONI, 2008). Angeloni (2008) ainda comenta que um portal do conhecimento é uma interface informatizada que permite a cada usuário acessar facilmente fatores, humanos ou informacionais, que necessitam, para o desenvolvimento de suas atividades. É um lugar acessível em rede, onde cada um pode buscar ou trazer informações de forma personalizada, de acordo com o seu perfil de usuário. 3.2 RELAÇÃO ENTRE PORTAIS E A GESTÃO DO CONHECIMENTO Segundo Davenport (apud ANGELONI, 2008), gestão do conhecimento é uma coleção de processos que governa a criação, disseminação, utilização e armazenamento de conhecimentos. Para Saldanha (2004b), com a construção de um portal corporativo, pretende-se criar um local de vivência para o trabalhador do conhecimento, sendo que uma das suas missões é colocar ordem no caos em que as informações se encontram. É por isso que o interesse pela área de arquitetura da informação cresce a cada dia. Saldanha (2004a) afirma em seu artigo “O quebra-cabeça dos portais corporativos”, que uma organização que vive no caos da informação pode ser comparada a um jogo de quebra-cabeça, com suas peças todas embaralhadas.
  • 32. 31 Quando se implanta apenas um portal corporativo, para tentar resolver esse problema, essas peças são organizadas uma ao lado da outra, formando uma fila sem sentido nem ligação. Mas quando a gestão do conhecimento entra como fator fundamental na construção do portal, essas peças são identificadas e ganham sentido, podendo assim, juntas, montar o quebra-cabeça, e conseguir dar ao usuário a chamada visão holística. Vivemos em um mundo onde prevalece a overdose de informação. O problema não é a falta de informação, mas sim o excesso de forma desorganizada. [...] Um dos elementos utilizados para superar isso é pensar em termos de fluxos de informação. (SALDANHA, 2006). Angeloni (2008) afirma que os portais configuram-se como um braço da gestão do conhecimento, e foram criados para impulsionar nas organizações a dimensão do conhecimento como principal bem empresarial. 3.2.1 Etapas da gestão do conhecimento Probst, Raub e Romhardt (2002 apud Angeloni, 2008) definem as seguintes etapas como parte do processo da gestão do conhecimento: • Criação: essa fase refere-se a todas as formas de criação do conhecimento, que pode acontecer a partir da interação com o ambiente externo ou até mesmo por meio da interação entre os membros da organização. • Armazenamento: o objetivo dessa fase é armazenar o conhecimento útil para a organização de maneira a torná-lo acessível para aqueles que dele necessitem. • Compartilhamento: corresponde a transferência do conhecimento, explícito4 e tácito5, entre os membros da organização, visando estimular o fluxo interno. 4 Conhecimento fácil de ser compartilhado. Geralmente são normas ou padrões disponíveis em documentos. 5 Conhecimentos pessoais, portanto, difíceis de serem compartilhados
  • 33. 32 • Utilização: é o gerenciamento dos mecanismos que garantam a agregação dos conhecimentos em novos produtos e serviços. 3.3 USABILIDADE Para que o portal possibilite o acesso às informações de forma ágil e rápida, a usabilidade está intrinsecamente relacionada à facilidade de uso, aprendizado e satisfação do usuário com sua interface web. (DIAS, 2001). A norma ISO/IEC 9126, sobre qualidade de software, definiu usabilidade como: “um conjunto de atributos de software relacionado ao esforço necessário para seu uso e para o julgamento individual de tal uso por determinado conjunto de usuários.” (ISO/IEC, 1991 apud DIAS, 2001, p. 51). A partir de então, esse termo passou a fazer parte do vocabulário técnico de várias áreas do conhecimento, tais como tecnologia da informação, ergonomia, interação homem-computador e psicologia aplicada. (DIAS, 2001). O conceito de usabilidade evoluiu e foi redefinido na norma ISO 9241-11 Guidelines on Usability como “a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.” (ISO 9241, 1998 apud DIAS, 2001, p. 51). A definição de usabilidade está associada a atributos como: (SCHUHMACHER, 2007). • A facilidade de aprendizagem do sistema; • Sua eficiência de uso; • A capacidade com que o sistema promove a memorização das ações necessárias para que o usuário atinja seus objetivos; • Um bom controle da gestão de erros minimizando e refutando situações possíveis de ocorrência; • Principalmente a satisfação que o sistema promove ao usuário ao ser utilizado.
  • 34. 33 Segundo Schuhmacher (2007), está comprovado que fatores relacionados à satisfação, aprendizado, eficiência, produtividade e custos são totalmente dependentes do projeto da interface homem-máquina. Além disso, estudos estimam que 80% das aplicações são formadas a partir de entradas fornecidas pelo usuário ou saídas destinadas a ele. Dessa forma, se uma aplicação tiver uma interface projetada nas necessidades do usuário, ela terá 80% de chance de ser aceita por ele. As necessidades do usuário são uma peça importante quando se trata de usabilidade. Amstel (2005) dá um exemplo em seu artigo “Afinal, o que é usabilidade?”, dizendo que o usuário de terceira idade pode precisar de textos com letras maiores, enquanto o usuário com desvantagem cognitiva pode precisar de textos com ajuda a mais. Schuhmacher (2007) afirma que para normatizar os estudos e pesquisas relacionados a usabilidade, foi criado, na década de 80, o termo interação homem- computador – IHC. O grupo da Association for Computing Machinery, define IHC como uma disciplina direcionada ao projeto, implementação e avaliação de interface para sistemas interativos. A IHC englobava todos os tipos de sistemas computacionais, mas com a explosão da Internet juntamente com a globalização, ela também se mostrou bastante útil na web. (SCHUHMACHER, 2007). No Brasil, temos 753.606 domínios registrados e a cada 24 horas são solicitados 952 novos processos. Esta grande oferta de sites, o uso cada vez mais intenso da tecnologia no dia a dia do cidadão comum, no entanto, nem sempre produz uma interação agradável. Para muitos sites, a interação torna-se um obstáculo intransponível para o usuário provocando erros, distrações, fadiga e frustração. (SCHUHMACHER, 2007, p. 14). Páginas mal projetadas fizeram que a web norte-americana deixasse de faturar, em 1998, cerca de três bilhões de dólares em compras on-line. A empresa de tecnologia IBM fez um estudo em seu site e descobriu que os recursos mais utilizados eram o campo busca e o botão ajuda, devido ao grande número de usuários que não encontravam o que queriam durante a navegação. (SCHUHMACHER, 2007).
  • 35. 34 3.3.1 “Não me faça pensar”6 Steve Krug (2006), em seu livro “Não me faça pensar: uma abordagem de bom senso à usabilidade na web”, diz que a primeira lei de usabilidade é não fazer o usuário pensar. Isso quer dizer que uma página deve ser auto-explicativa, ou seja, o usuário deve entendê-la – o que ela é e como usá-la – sem precisar de muito esforço. Krug (2006) lista os erros mais comuns em web sites, que geralmente, fazem o usuário pensar: • Nomes “engraçadinhos”: É comum, que as empresas usem em seus web sites, expressões que dificultem o entendimento do usuário que não a conheça. Ao invés de colocar um link, simplesmente com a palavra “Emprego”, a empresa escreve “Emprego-Rama”, por exemplo. • Links e botões disfarçados: Mesmo que o cursor do mouse mude de seta para mão ao ser posicionado sobre um link, não é aconselhável deixar que o usuário descubra o que pode ser clicado ou não. Os links devem parecer links – geralmente na cor azul e sublinhado – ou ter alguma indicação visual, como uma seta, por exemplo. Isso acontece também com os botões, que por uma questão de estética, em alguns casos, acabam parecendo uma imagem sem nenhuma função. • Apenas as coisas importantes devem ter evidência: Quando se projeta uma página web, toda a informação parece ter uma certa importância, e, erroneamente, todas têm um destaque na página. Isso gera uma grande dificuldade quando o usuário não sabe por onde começar a navegação. Ele não consegue identificar o objetivo do site, e fica pensando em qual link deve clicar primeiro. Como solução para esses problemas, Krug (2006) dá cinco dicas para que um web site seja simples a ponto de não fazer o usuário pensar: 6 Título do livro escrito por Steve Krug – projetista especializado em usabilidade de web sites. Steve é contratado por grandes empresas para fazer testes de usabilidade em seus web sites.
  • 36. 35 • Criar uma hierarquia visual clara em cada página; • Tirar proveito das convenções; • Dividir as páginas em áreas claramente definidas; • Deixar óbvio o que pode ser clicado; • Minimizar a confusão. 3.3.1.1 Convenções Segundo Krug (2006, p. 16), “em algum momento da nossa juventude, mesmo sem termos sido ensinados, todos aprendemos a ler um jornal. Não as palavras, mas as convenções”. As convenções nascem de uma brilhante idéia que funcionou. Essa idéia é copiada, e, rapidamente todos passam a usar. A maioria das convenções web são derivadas de jornais e revistas, e servem para deixar o usuário mais familiarizado e menos perdido no site. Quando o usuário entende a estrutura de uma página web, assim como entende a de um jornal, encontrará o que está procurando com muito mais facilidade. (KRUG, 2006). Krug (2006) reforça o uso das convenções, ao falar que o usuário se sente tranqüilo ao ver que no canto esquerdo da página existe uma lista de links para as seções, pois, ele já entrou em outros sites e aprendeu que, por convenção, os links ficam posicionados ali, e se ele se “perder”, poderá encontrar o caminho de volta. 3.3.1.2 Palavras desnecessárias A maioria das palavras apenas ocupam espaço nas páginas web, pois, ninguém irá lê-las. Krug (2006) propõe que a metade das palavras sejam removidas. Isso fará que o nível de confusão da página diminua, que o conteúdo útil seja destacado e que o usuário veja toda a página sem precisar rolá-la.
  • 37. 36 Para Krug (2006), o “papo alegre” deve ser evitado. Papo alegre é aquele texto introdutório que deve dar boas vindas ao site e conta o quão maravilhoso ele é. Ele não passa informações úteis e diz que o site é maravilhoso ao invés de explicar os motivos que o fazem ser.
  • 38. 37 4 TECNOLOGIAS UTILIZADAS Este capítulo é essencial para esclarecer os motivos que levaram a escolha das tecnologias para obter o resultado esperado. Com base na fundamentação obtida pelas pesquisas, espera-se demonstrar de forma clara como cada uma funciona, para que a utilização das mesmas seja compreendida com mais facilidade. 4.1 INTERNET Patrocinada pelo Departamento de Defesa Norte Americano (DARP), a Internet nasceu em 1969, e foi chamada Arpanet. Foi criada com o objetivo de permitir que engenheiros e cientistas que trabalhavam em projetos militares em toda a América pudessem compartilhar computadores caros e outros recursos. (TEIXEIRA, 1997). Desde então as tecnologias que fazem parte da Internet evoluíram bastante, e seu propósito tomou outro rumo. “A Internet alterou a forma como guardamos e procuramos informações, conduzimos negócios e respondemos a questões em nossa sociedade”. (JONASSEN, 1996). Segundo Barbalho (2004), o desenvolvimento de tecnologias, como a Internet, tem acelerado a renovação cientifica através da circulação de saberes antes pouco disseminados. A Internet é a tecnologia com a maior taxa de crescimento da história, que, em apenas 4 anos atingiu 50 milhões de usuários, como pode ser visto na figura 1. (ANGELONI, 2007).
  • 39. 38 Figura 1 – Tempo decorrido para a Internet atingir 50 milhões de usuários. Fonte: Comitê Gestor da Internet Brasil (2006, apud ANGELONI, 2007, p. 152). 4.1.1 Funcionamento Os primeiros sites feitos para a Internet, e isso não faz muito tempo, eram páginas construídas somente com HTML7, e o resultado eram sites estatísticos, sem nenhum conteúdo dinâmico nem interação com o usuário. Nesse período, geralmente, eles tinham apenas uma página e eram chamados de home page (página pessoal). Para acessar um determinado site na Internet, digitamos o seu endereço na URL8 do browser9. Esse endereço corresponde ao local onde os arquivos, que irão montar a página, estão armazenados – hospedados. Esse local de hospedagem, nada mais é que um computador, conectado na Internet, chamado de servidor web (web server). (KURNIAWAN, 2002). 4.1.2 Web 2.0 7 HiperText Markup Language – linguagem de marcação de hipertexto. 8 Uniform Resource Locator – localizador de recurso uniforme. 9 Navegador.
  • 40. 39 É uma tendência que reforça o conceito de troca de informações e colaboração dos internautas com sites e serviços virtuais. A idéia é que o ambiente on-line se torne mais dinâmico, possibilitando que os usuários colaborem para a organização de conteúdo. (ENTENDA...). “Interação, colaboração, conteúdo participativo. É em cima do significado dessas palavras que está uma nova geração de sites, a atualmente tão declamada web 2.0.” (BORDIM, 2007). Shirakashi (apud CONCEITUANDO...) diz que: “A web 2.0 representa a transição para um novo paradigma onde a colaboração ganha força suficiente para concorrer com os meios tradicionais de geração de conteúdo.” Segundo Seixas (apud CONCEITUANDO...), “a web 2.0 é um novo paradigma na utilização e criação de web sites mais participativos e colaborativos.” Amstel (2005) ainda fala das principais características da web 2.0, que são: • Descentralização: Qualquer pessoa pode emitir mensagens e escolher de quais fontes quer receber mensagens. • Liberdade: Não deve haver censura para emitir mensagens nem impedimentos para recebê-las. • Colaboração: Os usuários podem modificar as mensagens. 4.2 JEE – JAVA ENTERPRISE EDITION A arquitetura JEE vem se tornando nos últimos anos uma referência para o desenvolvimento de aplicações distribuídas para a Internet. (HARTMANN). Segundo Brogden (2002), JEE é a edição da linguagem Java para criar aplicativos web multicamada de grande porte, trazendo uma biblioteca de ferramentas e APIs10. 10 Interface de programação da aplicação.
  • 41. 40 “O JEE é um padrão dinâmico para a produção de aplicativos corporativos seguros, escaláveis, altamente disponíveis [...] e independentes de plataforma”. (BOND, 2003, p. 13). A plataforma Java JEE (Java Enterprise Edition) surgiu com o objetivo de padronizar e simplificar a criação de aplicações empresariais. Para isso, propõe um modelo, onde componentes JEE (páginas JSP, Servlets, EJB’s, etc) escritos pelos usuários da plataforma, podem fazer uso de serviços providos por esta, os quais simplificam sua implementação e possibilitam maior foco no negócio. (DATAPREV, p. 1). Para Alecrim (2007), JEE é a plataforma Java destinada para redes, Internet, intranets e afins. Assim, ela possui bibliotecas especialmente desenvolvidas para o acesso a servidores, a sistemas de e-mail, a banco de dados, etc. Por essas características, o JEE foi desenvolvido para suportar o acesso de uma grande quantidade de usuários ao mesmo tempo. Segundo Junior (2003), a arquitetura JEE foi criada para solucionar os seguintes problemas referentes ao desenvolvimento de software: • Produtividade: Agilidade no desenvolvimento e manutenção das aplicações; • Escalabilidade: As aplicações devem ser capazes de se ajustar facilmente ao crescimento, esperado ou não, de demanda; • Integração com softwares existentes: As empresas acumulam durante anos um conjunto de dados e aplicações que devem ser acessados pelos novos sistemas. • Liberdade de escolha de novos fornecedores: Componentes fornecidos por empresas produtoras de software diferentes devem ser capazes de se comunicar de maneira transparente. • Segurança: Tão importante quanto disponibilizar a informação, é impedir o acesso não autorizado. Dataprev afirma que a instalação de um componente, criado numa aplicação JEE, deve ser em um container apropriado. Um container é um ambiente de execução padronizado que disponibiliza serviços específicos, sendo assim, espera-se que esses serviços estejam disponíveis em qualquer plataforma, independente do fornecedor.
  • 42. 41 4.2.1 Aplicativo Web Segundo Kurniawan (2002), as páginas estáticas não duraram muito tempo. Os conteúdos dinâmicos se tornaram possíveis através da tecnologia Common Gateway Interface (CGI)11. A Internet se tornou cada vez mais popular, e o acesso aos sites aumentou de uma maneira, que a CGI não suportava atender a tantas solicitações. O problema é que a cada solicitação que o cliente fazia ao servidor, ele reproduzia um novo processo do programa CGI, e isso custava uma grande operação consumindo muito processador e memória de computador. Algumas tecnologias foram criadas para substituir a CGI, entre elas estão: ColdFusion, Server-side JavaScript (SSJS), PHP, Servlet, JavaServer Pages, Active Server Pages (ASP) e Active Server Pages.NET (ASP.NET). Dentre essas tecnologias, a atenção será focada na Servlet, que foi introduzida pela Sun Microsystems em 1996, e que posteriormente deu origem a JSP, tendo em vista que essas duas tecnologias serão utilizadas para a construção do portal colaborativo. 4.2.1.1 Tecnologia Servlet Um servlet se parece e se comporta como um servidor web miniatura. Ele recebe uma solicitação e apresenta uma resposta. Mas, diferente dos servidores web convencionais, a interface de programação da aplicação (API) do servlet é designada especificamente para ajudar os desenvolvedores Java a criarem aplicações dinâmicas. (HUSTED, 2004, p. 8). Husted (2004) ainda afirma que servlet é simplesmente uma classe Java que foi compilada no código de bytes, como qualquer outro objeto Java. O servlet tem acesso a uma API rica de serviços específicos do HTTP12. Mas ainda é 11 CGI permite ao servidor web chamar um programa externo e passar informações de solicitação HTTP àquele programa externo, para processar a solicitação. A resposta do programa externo então é passada de volta ao servidor web, que a encaminha ao browser cliente. 12 Hipertext Transfer Protocol – protocolo de transferência de hipertexto.
  • 43. 42 simplesmente outro objeto Java sendo executado em uma aplicação e que pode aproveitar todos os outros itens Java. Servlet é um componente do lado servidor. Ele pode ser usado para estender a funcionalidade de qualquer servidor compatível com Java, mas normalmente são usados para escrever aplicativos web em um servidor da web. Com freqüência, eles são usados para criar páginas com conteúdo dinâmico. (BOND, 2003). Os servlets são conectados em containers13, e esses são anexados ao servidor web. Quando uma solicitação chega ao servidor web, é transmitida uma solicitação para o container, e este chama o servlet. (HUSTED, 2004). Um servlet é carregado pelo container na primeira vez que é solicitado. Dessa forma, o container envia a solicitação feita pelo usuário para o servlet, ele a processa e retorna a resposta ao contêiner que por sua vez envia a resposta para o usuário. Uma vez que o container carrega o servlet, ele fica armazenado na memória, e na próxima vez que aquele servlet for solicitado, o container não precisará carregá-lo novamente, economizando processamento e acelerando o envio da resposta para o usuário. (KURNIAWAN, 2002). Kurniawan (2002) explica na figura 2, a maneira como o servlet trabalha dentro do container. 13 Os containers fornecem um ambiente em tempo de execução para os componentes. O mais popular e reconhecido como oficial da Servlet/JSP é o Tomcat. (KURNIAWAN, 2002).
  • 44. 43 Figura 2 – Como funciona um servlet Fonte: (KURNIAWAN, 2002, p. 7) 4.2.1.2 Tecnologia JavaServer Pages – JSP É uma outra tecnologia Java que foi lançada quando a servlet era considerada a melhor tecnologia para construção de aplicativos web. JSP, porém não pretende substituir o servlet, pelo contrário, trata-se de uma extensão da mesma, e freqüentemente, as duas constroem um único aplicativo web de forma complementar. (KURNIAWAN, 2002). O servlet foi desenvolvido para ser executado no lado servidor, ou seja, na parte lógica do aplicativo. Quando se construía um aplicativo somente utilizando servlet, a parte de apresentação ao usuário e a parte da lógica ficavam atreladas e qualquer alteração no layout da página precisava ser feita com auxílio de um programador de software, pois os códigos eram muito complexos para serem entendidos por um web designer. (KURNIAWAN, 2002). Foi baseado nesse problema que a Sun introduziu o JSP.
  • 45. 44 A partir desse momento foi possível trabalhar com a camada de apresentação separadamente da camada de lógica. Dessa forma, o programador de software não precisava entender HTML, e o web designer não era obrigado a decifrar os códigos JSP. Os gerenciadores de projeto agora podem atribuir a camada de apresentação aos desenvolvedores HTML, que então transmitirão seu trabalho para os desenvolvedores Java para completar a parte da lógica de negócios. (HUSTED, 2004, p. 10). Segundo Husted (2004), essa independência entre a camada de apresentação e a camada de lógica negócios fez surgir o Modelo 2. No Modelo 2, os servlets lidam com o acesso dos dados e o fluxo navegacional, enquanto as páginas JSP lidam com apresentação. [...] Uma mudança em uma parte da aplicação Modelo 2 não obriga a uma mudança na outra parte. (HUSTED, 2004, p. 13). Para Kurniawan (2002, p. 220), “A tecnologia JSP e os servlets juntos oferecem [...] independência de plataforma, desempenho aperfeiçoado, separação de lógica de exibição, facilidade de administração, extensão empresarial e facilidade de uso”. 4.2.1.3 Frameworks É um conjunto de componentes (classes e interfaces) que trabalham juntos para solucionar um determinado problema de software. (MOREIRA, 2006). Segundo Moreira (2006, p. 17): “A principal finalidade de um framework é prover o seu reuso em outros projetos, diminuindo a complexidade na implementação de softwares”. Um framework dita a arquitetura de sua aplicação, ou seja, define a estrutura geral, sua divisão em classes e objetos e, conseqüentemente, as responsabilidades entre si, assim como a forma de colaborarem e o fluxo de controle. (GAMMA, 2004 apud MOREIRA, 2006, p. 17).
  • 46. 45 Lima (2006 apud MOREIRA 2006), identifica um framework pelas seguintes características: • É composto por múltiplas classes ou componentes, cada um devendo prover uma abstração de um conceito particular; • Define como as abstrações trabalharão juntas para resolver um problema; • Seus componentes são reusáveis; • Organiza padrões em alto nível. 4.2.1.3.1 Struts 2 Este framework foi idealizado por Craig R. McClanahn e desenvolvido com a colaboração de um grupo de 30 desenvolvedores voluntários. (MOREIRA, 2006). Segundo Goulart, a Struts framework é um projeto open source mantido pela Apache Software Foundation. É uma implementação do design pattern MVC para aplicações Java com Internet. Struts foi lançado em julho de 2001 e foi um sucesso esmagador. Com ele, foi possível escrever aplicações seguindo o código Java (assim como escrever código HTML em Servlets ou código Java em JSP) e gerenciar a reutilização e manutenção do código existente. (ROUGHLEY, 2007). O framework Struts se tornou rapidamente um padrão no mercado, obtendo assim integração com diversas IDEs de desenvolvimento, além de proporcionar código útil no desenvolvimento de aplicações para Internet, sendo desnecessário ter de “reinventar a roda” para obter soluções para problemas freqüentes, aumentando assim drasticamente a produtividade. (GOULART, p. 7). Moreira (2006) ainda afirma que o Struts disponibiliza bibliotecas de tags para apresentação, captação e manipulação de dados nas páginas JSP que facilitam algumas tarefas de implementação, como validação de dados.
  • 47. 46 4.2.1.4 CSS – Cascading Style Sheet “Em tempos passados quando a Madonna era virgem e um sujeito chamado Tim Berners Lee inventou a World Wide Web, a linguagem HTML era usada somente para estruturar textos”. (O QUE...). Porém, segundo Yamamoto, à medida que a web ganhou popularidade, os designers precisaram encontrar meios de construir layouts para documentos on- line. Para suprir essa necessidade, os fabricantes de navegadores inventaram novas tags que se diferenciavam das originais do HTML para a construção de layouts, e não apenas para a estrutura da página. Isso fez com que se distorcesse o uso dessas tags, pois muitas delas eram interpretadas somente por determinado tipo de navegador. “Com isso a frase ‘Você precisa do navegador X para visualizar esta página’ tornou-se comum nos websites”. (O QUE...). Diante desses problemas, as CSS possibilitam aos webdesigners meios mais sofisticados de projetar layouts suportados por todos os navegadores. (YAMAMOTO). Para Silva (2008), a grande vantagem do uso de CSS é a separação da marcação HTML, da apresentação do site. Em outras palavras, vale dizer que o HTML destina-se unicamente a estruturar e marcar o conteúdo, ficando por conta das CSS toda a responsabilidade pelo visual do documento. Yamamoto lista as vantagens da utilização das CSS: • Controle total sobre a apresentação do site a partir de um arquivo central; • Agilidade na manutenção e no redesign do site; • Saída para diferentes tipos de mídia a partir e uma versão única de HTML; • Redução do tempo de carregamento dos documentos web; • Adequação simplificada aos critérios de usabilidade. Silva (2008) destaca que projetar um site navegável tanto em monitor de 1280x1024 quanto em uma telinha de 320x240 de um PDA, com utilização da mesma marcação é fantástico e possível com o uso das CSS.
  • 48. 47 Yamamoto ainda afirma que embora seja necessário um tempo maior para o planejamento de um projeto que utilizará CSS, com a grande redução do tempo de manutenção e do redesign do site, certamente valerá a pena utilizar tais recursos. 4.2.1.5 RSS – Really Simple Syndication É um jeito novo e prático de ficar informado. Com RSS é possível reunir informações de sites preferidos em uma única tela, e assim como acontece nos programas de e-mail, ele avisa quando as novidades são publicadas na Internet. (O CONTEÚDO...). É uma tecnologia que agrupa, organiza e distribui o conteúdo mais atualizado do site, através de feeds (fontes) RSS, escolhidas livremente por cada visitante do site. É um serviço que permite personalizar a experiência de navegação e ao mesmo tempo garante a atualização, em tempo real, dos itens de interesse. (RSS...). Alecrim (2008) explica a utilidade do RSS com o seguinte exemplo: “Imagine que você costuma ler um total de 30 blogs. É trabalhoso visitar cada um para ver se há textos novos. Como todos esses blogs possuem RSS, você rapidamente fica sabendo quando algo novo foi disponibilizado”. Segundo Rubino (2006), um documento RSS é feito na linguagem XML e geralmente exibe o grande volume de informações existentes em uma página na Internet de forma resumida. Para usar o RSS, é preciso ter um programa que leia e organize essas fontes de informação. Estes programas são conhecidos como agregadores. Basta adicionar o link dos feeds no agregador e receber as informações atualizadas de todos os canais cadastrados. (RSS...). 4.2.1.6 PostgreSQL
  • 49. 48 É um sistema gerenciador de banco de dados, objeto-relacional, de código aberto. É extremamente robusto e confiável, além de flexível e rico em recursos. É considerado objeto-relacional pelo fato de implementar, além das características de um SGBD relacional, algumas características de orientação a objetos, como herança e tipos personalizados. (CRUZ, 2006). Surgiu a partir do desenvolvimento do Ingres, seu antecessor, na Universidade da Califórnia, entre 1977 a 1985. Logo após, Michael Stonebraker liderou uma equipe que desenvolveu um servidor de dados relacional chamado Postgres, e dois estudantes fizeram com que interpretassem o SQL. Uma nova versão foi lançada no final de 1996 com o nome de PostgreSQL. (SILVA, 2001). Cruz (2006) lista alguns recursos da versão mais recente do PostgreSQL: • Sub-consultas; • Controle de ocorrência multi-versão (MVCC); • Gatilhos (Triggers); • Pontos de salvamento; • Arquivamento e restauração do banco a partir de logs de transação; • Extensões para dados geoespaciais, indexação de textos, XML e várias outras.
  • 50. 49 5 PORTAL COLABORATIVO INTEGRADO COM SISTEMA WEB PARA REAPROVEITAMENTO INTELIGENTE DE EQUIPAMENTOS RELACIONADOS À TECNOLOGIA Este capítulo tem a finalidade de apresentar as funções do portal colaborativo, demonstrar a estrutura do sistema web com o auxílio de alguns diagramas e telas do sistema. 5.1 SOLUÇÃO PROPOSTA O carro chefe do portal colaborativo integrado com sistema web será a ferramenta de troca de equipamentos eletrônicos que se encontram sem uso, e que precisam de um destino inteligente. Por se tratar de um portal, porém, descobriu-se que é possível ir além de um sistema que intermediará a troca de equipamentos entre pessoas/empresas interessadas. O portal servirá também como um repositório de informações e conhecimentos sobre a tecnologia da informação, computadores, equipamentos eletrônicos, meio ambiente e o mais importante, lixo tecnológico. Não se espera somente destinar equipamentos eletrônicos, sem uso, de forma ecologicamente correta, mas também conscientizar os indivíduos de que essa preocupação com o meio ambiente é uma obrigação de todos. 5.1.1 Perfis de acesso Uma das características de um portal é a personalização. (TERRA, 2005). Seguindo essa premissa de Terra, é preciso que o portal tenha perfis de acesso. Dessa forma, cada usuário terá um tipo de perfil, e o usará para acessar conteúdos específicos do portal.
  • 51. 50 O portal colaborativo terá 3 tipos de perfis – visitante, colaborador e administrador – com suas responsabilidades e permissões de acesso previamente estabelecidas. Essas permissões serão distribuídas entre os perfis com a ajuda da ferramenta Matriz de Perfis e Acesso, conforme mostra a tabela 3. Tabela 3 - Matriz de Perfis e Acessos Administrador Colaborador Visitante Permissões Ler artigo cientifico x x x Publicar artigo cientifico x x Alterar artigo cientifico x x Excluir artigo cientifico x x Ler fórum de discussão x x x Participar de fórum de discussão x x Criar fórum de discussão x x Excluir fórum de discussão x Ler notícias x x x Publicar notícia x x Excluir notícia x x Visualizar equipamentos sem uso cadastrados para doação x x x Enviar recado para doador, solicitando equipamento x x Cadastrar equipamento para doação x x Alterar dados dos equipamentos x x Excluir equipamentos cadastrados x x Excluir perfil x Denunciar irregularidades x x Notificar irregularidades ao colaboradore x Fonte: do autor. 5.1.1.1 Perfil de Visitante
  • 52. 51 Esse é o mais básico dos perfis. O visitante é qualquer pessoa que por algum motivo acessou o portal colaborativo, por isso seu perfil será classificado de nível 1. Suas permissões são restritas, porém ele pode tornar-se um colaborador a qualquer momento, passando assim para o nível 2. Para isso, bastará preencher um formulário de cadastro. O visitante poderá pesquisar e visualizar todos os equipamentos eletrônicos sem uso que foram disponibilizados para troca ou doação. Caso ele se interesse por algum item, e queira recebê-lo, ele terá que modificar seu perfil para o nível 2, de colaborador. Ele também terá que passar para o perfil de colaborador caso queira cadastrar algum equipamento seu, para troca ou doação. Ele poderá apenas ler os artigos científicos e notícias. Para publicar algum artigo seu, ou cadastrar uma notícia, ele também precisará passar seu perfil para o nível 2. 5.1.1.2 Perfil de Colaborador Esse é, sem dúvida, dos 3 perfis, o mais interessante. Pois foi pensando nesse tipo de perfil que o portal foi idealizado. Com um perfil de nível 2, o colaborador poderá interagir e colaborar com quase todas as ferramentas do portal. Suas permissões estão restritas somente à algumas questões de administração, que ficará a cargo do perfil de nível 3. O colaborador poderá pesquisar, visualizar, cadastrar, alterar e excluir14 equipamentos eletrônicos sem uso, para troca ou doação. Poderá cadastrar, alterar e excluir15 artigos científicos relacionados à área de TI, meio ambiente, lixo tecnológico, etc. 14 O colaborador poderá excluir somente os equipamentos cadastrados por ele. 15 O colaborador poderá excluir somente os artigos publicados por ele.
  • 53. 52 5.1.1.3 Perfil de Administrador Toda tribo precisa de um cacique. E é essa a função do perfil de nível 3, administrar o portal para que as ferramentas funcionem da maneira como foram planejadas. Levando em conta a hierarquia de acesso, esse perfil é o mais importante de todos, pois ele tem permissão para administrar todos os outros perfis, e nessa administração podemos citar: exclusão de perfis falsos, exclusão de artigos irrelevantes, notícias fora do contexto, entre outras coisas que só o cacique da tribo pode fazer. Todas as denúncias de irregularidades feitas pelos colaboradores serão enviadas para o administrador, que tomará as devidas providências. Ele terá a visão holística de todo o sistema, e o bom funcionamento do portal dependerá de sua capacidade de administração. Inicialmente, o administrador será o criador do portal colaborativo, porém, fica como sugestão para trabalhos futuros a criação de uma área destinada à ele, onde será possível receber as denúncias dos colaboradores e notificá-los da irregularidade, além de ter controle total de todo o sistema. 5.1.2 Ferramentas integrantes do portal Esse projeto envolvendo o portal colaborativo, com suas funcionalidades e conceitos ainda novos, surgiu a partir da ferramenta de troca de equipamentos. Por isso ela continua sendo a ferramenta integrante desse portal que mais merece a nossa atenção. Além dessa ferramenta, o portal contará com a publicação de artigos científicos e sistema de notícias usando a tecnologia RSS.
  • 54. 53 5.1.2.1 Troca de equipamentos eletrônicos sem uso Essa ferramenta é destinada para aquelas pessoas, ou empresas, que possuem equipamentos eletrônicos em casa e que não usam mais, como monitores, CPUs, impressoras, celulares, peças de computadores, baterias, pilhas etc. Esses equipamentos poderão encontrar um destino inteligente nos projetos de reciclagem, nas empresas de conserto de computadores, e até nas mãos de artistas que fazem arte com peças eletrônicas. 5.1.2.1.1 Doar equipamento sem uso Para utilizar essa ferramenta, o colaborador precisa fazer login no sistema. A seguir, ele deve localizar no menu o item “Cadastrar Equipamento”, digitar o nome do equipamento (monitor, CPU, impressora, etc), informar se está funcionando ou não, a quantidade, e especificar onde o equipamento deverá ser recolhido. O colaborador visualizará no canto direito da sua página personalizada, uma lista de pendência, com todos os equipamentos que ele cadastrou. Assim que a troca for efetivada, ou seja, que a pessoa/empresa for recolher o equipamento, ele deverá finalizar aquela negociação, para excluir o item do sistema. 5.1.2.1.2 Como funciona a troca O colaborador que se interessar por algum item, poderá conversar com o doador através do mural de recados, localizado na página do doador. Todas as informações sobre o doador estarão disponíveis na página do seu perfil, e para acessa-la, basta clicar no link “Ver perfil do doador” localizado abaixo das informações do equipamento.
  • 55. 54 Na página do equipamento, estará disponível o endereço completo do lugar onde está localizado o equipamento. O interessado fará a negociação com o doador, e quando tudo estiver acertado, ele irá até o local indicado para fazer o recolhimento. O doador deverá então excluir esse equipamento da sua lista de doações, localizada em todas as páginas, no lado direito. A exclusão é necessária para evitar que outras pessoas se interessem pelo equipamento que já foi recolhido. 5.1.2.1.3 Como localizar equipamentos A pesquisa por equipamentos é feita na página Pesquisar Equipamentos, onde o colaborador digita o que procura e depois clica no botão pesquisar. Uma lista aparecerá com os itens disponíveis, e ao localizar o que lhe interessa, ele clica no nome do equipamento, que estará em formato de link, e entra na página do mesmo, onde encontrará sua descrição e a descrição do colaborador doador juntamente com a localização do equipamento para ser recolhido. 5.1.2.2 Artigos científicos Como já foi dito anteriormente, o portal colaborativo se propõe a ser um repositório de informação e conhecimento. Será criado, então, um ambiente de troca de experiências entre especialistas e interessados nas áreas de TI, meio ambiente, lixo tecnológico, dentre outros. Esse local será uma página destinada somente para publicação de artigos científicos escritos por pessoas que se interessam pelo tema. Para publicar um artigo, o colaborador deve fazer o login para entrar no sistema. O próximo passo é ir até a página Cadastrar Artigo. Ele vai procurar o arquivo no seu computador, que pode ser nos formatos .pdf e .doc. Digitará um título que aparecerá na página em forma de link.