Este documento descreve a metodologia do Instituto Brincante, que integra arte e educação. A metodologia prioriza a experiência física e muda de acordo com cada contexto, permitindo que os alunos construam seu próprio conhecimento. O documento também discute como o instituto lida com os desafios de operar em um sistema focado em produção e quantificação.
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Slide "As especificidades da ação pedagógica com bebês" Pós Graduação Educação Infantil
Este slide foi criado pelo nosso grupo do curso de Pós Graduação UFMS/UEMS/MEC.
O texto estudado pelo grupo e apresentado a turma foi "As especificidades da ação pedagógica com os bebês da autora maria Carmem Barbosa.
ARTIGO – PIBID E PROFESSOR: INTERSECÇÕES NA FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFISSIONAL.Tissiane Gomes
Neste artigo destacou-se como o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) contribui para a formação dos professores, como a vivência dos bolsistas do PIBID oferece uma experiência prática para os alunos universitários que, muitas vezes, se encontram fora da realidade de como é a dinâmica em sala de aula. O trabalho foi publicado nos anais do VI Encontro de Iniciação à Docência da UEPB (ENID), realizado em Campina Grande, no Estado da Paraíba, em 15 e 16 de dezembro de 2017.
Inquietação do Pensamento - Políticas e EducaçãoKa Menezes
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Curso de especialização em Administração da Educação da UnB
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LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
1. METODOLOGIA
DO
INSTITUTO
BRINCANTE
I
-‐
INTRODUÇÃO
Quem
separou
Arte
da
Educação?
A
razão.
Uma
lógica
que
justifica
a
segmentação
para
a
excelência
da
especialização.
“O
pensamento
que
recorta
,
isola,
permite
que
especialistas
e
experts
tenham
ótimo
desempenho
em
seus
compartimentos,
e
cooperem
eficazmente
nos
setores
não
complexos
de
conhecimento,
notadamente
os
que
concernem
ao
funcionamento
das
máquinas
artificiais;
mas
a
lógica
a
que
eles
obedecem
estende
á
sociedade
e
as
relações
humanas
os
constrangimentos
e
os
mecanismos
inumanos
da
máquina
artificial
e
sua
visão
determinista,
mecanicista,
quantitativa,
formalista;
e
ignora,
oculta
ou
dilui
tudo
que
é
subjetivo,
afetivo,
livre,
criador.”
EDGAR
MORIN-‐
A
CABEÇA
BEM
–FEITA.
A
lógica
da
especialização
traz
com
ela
a
fórmula
quantitativa
que
orienta
todos
os
segmentos
da
sociedade;
das
políticas
sociais,
ao
pensamento
corporativista.
Essas
fórmulas
não
nos
permitem
quantificar
o
sorriso,
valorizar
o
encantamento,
priorizar
a
delicadeza,
e
a
arte
que
consumimos
fica
comprometida
com
o
pensamento
operante
de
uma
época.
Mas
se
esse
pensamento
foi
construído,
também
pode
ser
transformado.
O
que
urgi
na
nossa
época
é
uma
transformação
de
pensamento.
Um
pensamento
que
brote
do
físico
e
agregue
conhecimento,
informação
e
sabedoria.
Uma
vez
eu
li
que
Albert
Einstein
escreveu:
A
ciência
sem
religião
é
manca.
Religião
sem
e
ciência
é
cega.
Então
pensei;
Educação
sem
arte
é
manca
e
arte
que
não
educa
é
cega.
Como
explicar
o
que
fazemos
se
o
nosso
maior
mérito
é
fazer?
Quando
me
vi
diante
dessa
questão
decidi
recorrer
àqueles
que
melhor
poderiam
explicar
o
que
fazemos:
Nossos
alunos.
O
Instituto
Brincante
possui
três
núcleos
de
estudos
constituídos
por
ex
alunos
do
curso
de
Formação
de
Jovens
Brincantes:
-‐
Pesquisa
do
movimento,
coordenado
por
Antonio
Nóbrega
-‐
Núcleo
musical
coordenado
por
Luciano
Fagundes.
-‐
Núcleo
de
pesquisa,
que
registrou
a
metodologia
da
escola.
Esse
trabalho
é
fruto
de
pesquisa,
observação
e
registro
de
todas
as
aulas
dentro
do
Instituto
Brincante.
Como
descrever
uma
metodologia
que
prioriza
a
experiência
física
onde
o
tempo
e
o
espaço
real
são
fundamentais?
Foram
nossos
alunos
que
constataram
que
a
metodologia
da
escola
Brincante
muda
diante
dos
diferentes
contextos,
se
molda
às
mais
variadas
situações
e
isso
só
é
2. possível
por
que
cada
professor
viveu
sua
experiência
individual
de
processos
e
valores
coletivos
presentes
na
cultura
tradicional.
Dessa
forma,
cada
aula
é
uma
construção
de
caminhos
para
que
cada
um
tenha
sua
própria
experiência
de
construção
e
apropriação
do
conhecimento.
Como
dar
continuidade
e
crescimento
a
um
trabalho
que
está
inserido
em
um
segmento
da
sociedade
que
tradicionalmente
produz
receitas,
discursos,
teorias...?
Optamos
pela
paciência.
É
fato
que
a
educação
deixa
muito
a
desejar,
basta
olharmos
para
as
aberrações
que
se
fazem
presentes
em
todos
os
segmentos
da
sociedade.
Corrupção,
violência,
falta
de
ética,
princípios,
limites...
Em
todas
as
áreas
nos
deparamos
com
profissionais
cuja
excelência
compete
com
a
falta
de
educação.
Educação
do
olhar,
educação
da
escuta,
como
diz
Maria
Amélia
–
Educação
do
sensível
-‐
Mas
é
fato
também
que
muitos
buscam
outros
caminhos,
que
muitos
trabalhos
sérios
e
de
valores
necessários
a
nossa
época,
são
endossados
e
valorizados
dentro
da
sociedade.
Então
optamos
por
acreditar
que
o
tempo
é
quem
melhor
pode
decidir
sobre
aquilo
que
deve
continuar
e
como
isso
pode
crescer.
Como
conquistar
um
espaço
de
respeito
e
reconhecimento
diante
de
um
sistema
viciado
em
consumir,
produzir,
quantificar?
Criando
referencias.
É
necessário
fazer!
Então
cuidamos
daquilo
que
fazemos.
Cada
espetáculo,
cada
oficina,
cada
atividade...
Esse
ano
também
estamos
cuidando
dos
registros
teóricos
que
estão
sendo
produzidos
por
ex
alunos
e
professores
do
Instituto
Brincante.
No
nosso
site
encontra-‐se,
também
o
registro
de
duas
importantes
monografias
de
ex
alunos.
O
que
pretende
esse
registro
da
observação
da
metodologia
Brincante?
Registrar
dois
dos
cursos
mais
significativos
da
Instituição.
Para
isso
contamos
com
a
inteligências
daqueles
que
freqüentam
a
escola.
O
curso
“Formação
de
Jovens
Brincantes”
foi
integralmente
registrados
por
ex
alunos.
O
que
está
documentado
aqui
é
a
visão
e
o
entendimento
daqueles
que
primeiro
fizeram
e
depois
acompanharam
e
observaram
o
curso.
“A
Arte
do
Brincante
para
Educadores”
também
foi
registrado
e
observado
pelos
alunos,
mas
o
que
segue
nesta
“revista”
são
os
depoimentos
de
cada
educador
Brincante.
Por
se
tratar
de
um
material
sobre
a
metodologia,
cada
educador
procurou
descrever
exatamente
o
que
faz
em
cada
encontro.
As
considerações
finais
foram
retiradas
da
monografia
da
Marina
Abib
a
qual
se
encontra
na
íntegra
no
nosso
site.
Para
finalizar,
só
me
restou
observar
que
a
metodologia
do
Brincante
pertence
e
está
sendo
construída,
por
todos
aqueles
que
por
aqui
passam.
3.
II
–
A
VOZ
DOS
BRINCANTES
PEDAGOGIA
DO
INSTITUTO
BRINCANTE
Por
Sabryna
Mato
Grosso
A
relação
com
a
experiência
Observando
as
diversas
aulas
ministradas
dentro
do
Instituto
Brincante,
vemos
um
ponto
em
comum
entre
todos
os
educadores
e
suas
respectivas
disciplinas.
Vemos
na
pedagogia
do
Instituto
Brincante
a
valorização
do
conhecimento
através
da
experiência.
Conhecimento
que
não
está
atrelado
a
apenas
adquirir
uma
informação,
e
experiência
que
também
se
difere
da
palavra
“prática”.
Significamos
nesse
texto
a
experiência
como
aquilo
que
nos
passa,
ou
que
nos
toca,
ou
que
nos
acontece,
e
ao
passar-‐nos
nos
forma
e
nos
transforma,
segundo
citação
de
Jorge
Larrosa1
.
Os
conteúdos
das
aulas
ministradas
dentro
do
Instituto
Brincante
por
si
só
já
circundam
por
outros
meios
de
compreensão.
São
aulas
em
sua
maioria
prática,
que
necessita
de
outros
sentidos
da
capacidade
humana
para
que
seu
conteúdo
seja
assimilado.
A
relação
com
as
artes,
como
a
música
e
a
dança,
exigem
primordialmente
uma
comunicação
através
do
corpo
e
seus
sentidos.
A
reflexão
parte
de
dentro
do
exercício
e
da
significação
de
sua
vivência,
individual
e
coletiva.
Tendo
como
base
de
pesquisa
e
educação,
as
danças
populares
brasileiras,
e
sendo
esse
também
o
conteúdo
principal
das
disciplinas
dentro
do
Instituto,
o
objetivo
das
oficinas
e
cursos
ministrados
vai
além
de
passos,
músicas,
gestuais
e
costumes
ligados
a
essas
danças.
A
relação
com
tais
manifestações
não
está
na
forma,
mas
sim
numa
busca
de
contato
com
o
brincar
no
seu
sentido
mais
amplo.
Novamente
voltamos
ao
significado
da
experiência
que
vai
além
da
prática.
Ao
trabalhar
as
danças
brasileiras,
os
arte
educadores
do
Instituto
apontam
aos
alunos
a
possibilidade
do
“brincar”
através
da
dança
e
das
manifestações
populares.
Vemos
como
exemplo
no
curso
A
Arte
do
Brincante
para
Educadores,
onde
o
conteúdo
se
torna
verdadeiro
quando
os
alunos
do
curso,
que
são
profissionais
da
educação,
se
colocam
no
papel
da
criança.
Quando
mais
do
que
apenas
adquirir
um
conhecimento,
vivem
de
fato
uma
experiência
através
do
brincar.
1 Nota sobre a experiência e o saber da experiência - Jorge Larrosa Bondía é professor titular do
Departamento de Teoria e História da Educação, da Faculdade de Pedagogia da Universidade de
Barcelona
4. Partindo
do
pensamento
antropológico
que
tais
manifestações
surgem
da
necessidade
do
homem
de
se
encontrar
com
sua
essência
verdadeira
contribuindo
para
o
modo
de
vida
global,2
como
se
diria
sobre
a
definição
da
função
da
cultura,
a
relação
do
brincante
tradicional
com
a
manifestação
que
vivencia
dialoga
verdadeiramente
com
o
prazer
e
com
a
brincadeira,
muito
mais
ligados
ao
fato
natural
da
experiência.
E
é
justamente
esse
o
ponto
estimulado,
buscando
essa
compreensão
através
da
vivência
e
das
relações
adquiridas
com
o
outro,
com
a
manifestação
em
si
e
consigo
mesmo.
Esses
elementos
são
inseridos
dentro
das
aulas
de
duas
maneiras:
uma
de
forma
prática,
onde
essas
assimilações
serão
feitas
através
da
relação
com
o
grupo
e
das
dinâmicas
aplicadas
pelo
educador;
a
outra
de
forma
direta,
onde
o
educador
suscitará
a
reflexão
de
como
esses
elementos
dialogam
com
a
realidade
do
aluno
em
sociedade.
O
educador,
em
uma
aula
de
Dança
e
Percussão
Brasileira,
por
exemplo,
se
utiliza
da
forma
pratica
quando
usa
a
brincadeira
para
explicar
a
dinâmica
ou
trabalha
o
indivíduo
a
favor
do
grupo,
desenvolvendo
valores
de
escuta
e
olhar
para
com
o
outro
e
valorizando
a
experiência
vivida.
Já
a
forma
direta
é
utilizada
ao
traçar
paralelo
das
ações
desenvolvidas
artisticamente
dentro
da
aprendizagem
com
o
cotidiano
do
aluno,
instruindo
uma
reflexão
concreta
de
como
esses
valores
podem
dialogar
com
a
realidade
de
cada
individuo.
Percebemos
então
que
os
dois
formatos
dialogam
entre
si,
e
chegam
a
um
fim
em
comum,
apenas
seguindo
meios
distintos.
O
que
também
ocorre
quando
os
mesmos
educadores
invertem
a
forma
de
conduzir
a
aula.
Ao
aplicar
essas
manifestações
tradicionais
nas
aulas,
não
se
pretende
fazer
sua
reprodução,
mas
sim
recriar
o
material
para
se
chegar
a
outro
fim,
gerando
a
reflexão
guiada
por
essa
recriação,
sendo
autoral
e
significativa
para
o
aluno.
Esse
conhecimento
é
construído
através
da
relação,
adquirindo
ferramentas
e
reelaborando-‐as
através
disso.
Embora
no
primeiro
ano
da
Formação
de
Jovens
Brincantes
um
dos
objetivos
do
curso
seja
apresentar
aos
alunos
o
universo
das
manifestações
brasileiras
através
da
relação
de
brincadeira
com
as
danças,
não
é
dispensado
o
comprometimento
com
as
aulas
e
a
disciplina
do
estudo
individual
fundamental
ao
artista.
Nas
aulas
de
Dança
e
Percussão
dentro
desse
primeiro
módulo
de
formação
para
jovens,
a
exigência
da
concentração
e
do
estudo
fora
do
horário
da
aula
é
um
fato
natural,
já
que
sem
tal
comportamento
a
relação
com
o
grupo
e
a
compreensão
do
ritmo
sugerido
não
será
realizado.
“Se
eu
não
me
concentro
e
estou
disperso,
tropeço
e
caio
na
corda”,
disse
o
aluno
da
aula
de
Humor
dentro
da
Formação
de
Jovens
Brincantes
-‐
Ano
II,
onde
a
brincadeira
de
pular
corda
é
dada
como
exercício
de
tempo
e
ritmo,
trabalhando
o
prazer
do
jogo
e
a
concentração
simultaneamente.
Nesse
caso
vemos
que
o
aluno
compreendeu
2 Marconi, Marina de Andrade e Presotto, Zélia Maria Neves – Antropologia, Uma Introdução. São
Paulo: Atlas, 2007
5. naturalmente
a
relação
da
disciplina
dentro
do
jogo.
Sem
a
concentração
o
jogo
simplesmente
não
acontece,
e
essa
percepção
foi
assimilada
na
prática,
dentro
da
vivência
e
experimentação
do
aluno.
Nos
casos
citados
notamos
que
mesmo
a
relação
com
a
disciplina
do
estudo,
não
vem
através
do
rigor
e
obrigação,
mas
sim
por
uma
necessidade
natural
de
relação
com
o
grupo
e
com
o
indivíduo
pelo
viés
da
experiência.
A
aula
de
Dança
do
Ano
III
da
Formação
é
vista
mais
como
um
núcleo
de
pesquisa
e
treinamento,
justamente
por
ser
ministrada
para
uma
turma
de
alunos
que
já
passaram
por
outras
formações
dentro
do
Instituto.
Considerando
que
para
esse
caminho
mais
minucioso
de
pesquisa
aprofundada,
onde
se
busca
um
segundo
momento
na
decupagem
e
reestruturação
dos
passos
das
danças
brasileiras,
é
necessário
que
as
etapas
anteriores
de
disciplina
e
compreensão
de
si
já
tenham
sido
contempladas.
Por
uma
aprendizagem
formativa
Na
chamada
escola
do
Instituto
Brincante
nos
deparamos
com
públicos
de
idades,
classes
sociais
e
interesses
muito
distintos
uns
dos
outros.
Considerando
esses
dados,
são
pensados
os
cursos,
que
embora
possuam
estrutura,
formato
e
objetivos
específicos,
mantêm
em
comum
seu
objetivo
geral.
José
Sergio
Fonseca
de
Carvalho3
buscando
as
diferenças
entre
o
que
aprendemos
e
o
que
nos
afeta
como
seres
humanos,
sobre
o
conceito
de
formação
cita
que
“a
aprendizagem
indica
simplesmente
que
alguém
veio,
a
saber,
algo
que
não
sabia:
uma
informação,
um
conceito,
uma
capacidade.
Mas
não
implica
que
esse
'algo
novo'
que
se
aprendeu
nos
transformou
em
um
novo
'alguém'.
E
essa
é
uma
característica
forte
do
conceito
de
formação:
uma
aprendizagem
só
é
formativa
na
medida
em
que
opera
transformações
na
constituição
daquele
que
aprende.
É
como
se
o
conceito
de
formação
indicasse
a
forma
pela
qual
nossas
aprendizagens
e
experiências
nos
constituem
como
um
ser
singular
no
mundo.”
Rechaçando
o
sentido
pejorativo
de
superioridade
dentro
de
conceitos
pedagógicos
que
a
palavra
“transformar”
adquiriu,
aqui
utilizamos
a
essência
do
sentindo
primário
da
palavra.
Como
já
citado,
não
se
busca
a
execução
ou
reprodução
de
um
elemento
artístico,
mas
sim
sua
assimilação
através
do
encontro,
da
experiência
e
do
sensível.
A
transformação
se
dá
a
partir
da
resignificação
que
o
indivíduo
transfere
ao
novo
elemento
apreendido
dentro
de
sua
experiência
única.
Mais
do
que
artistas
qualificados
que
executem
suas
habilidades
com
técnica
e
destreza
indiscutível,
se
busca
a
formação
de
seres
humanos
que
reflitam
suas
ações
em
suas
relações
verdadeiras
com
a
sociedade
em
que
vivem.
3 José Sergio Vieira de Carvalho é Doutor em Filosofia da Comunicação pela Feusp
6. A
pedagogia
do
sensível
O
que
estamos
buscando
são
instituições
e
práticas
que
formem,
além
de
cidadãos,
indivíduos
capazes
de
estabelecer
uma
conexão
mais
profunda
do
que
aquela
até
hoje
prevalecente
entre
a
dimensão
racional
e
a
não
racional,
entre
pensamento
e
sentimento...
afirma
Roberto
Gambini4
.
Torna-‐se
difícil
falar
de
sentimento
quando
palavras
simples
perdem
seu
significado.
Falar
em
sentir
ligado
à
educação,
mesmo
essa
sendo
arte
educação,
não
condiz
com
o
pensamento
formal
de
escola
ou
instituição.
A
pesquisa
do
Instituto
Brincante
sobre
as
manifestações
populares
brasileiras
tem
muito
mais
a
ver
com
a
observação
acerca
do
povo
do
que
sobre
uma
estética
artística.
O
brincante
tradicional
se
relaciona
com
a
manifestação
popular
como
elemento
de
presença
significativa
em
sua
vida.
Dentro
de
seu
cotidiano
de
trabalho,
crenças
e
relações
humanas,
o
brinquedo
popular
se
manifesta
de
forma
tão
latente
quanto
os
outros
elementos.
O
fazer
artístico
de
criação
e
execução
musical,
plástica,
literária
e
cênica
se
dá
de
forma
natural,
pela
necessidade
da
construção
da
“festa”
através
do
conhecimento
ancestral.
Os
centros
urbanos
exercem
na
sociedade
que
neles
vivem
uma
outra
relação
de
tempo,
estipulando
novos
padrões
sociais.
Nesses
casos
é
mais
freqüente
encontrar
o
contato
da
sociedade
com
o
fazer
artístico
de
forma
mais
conceitual
do
que
sensorial.
Quando
um
brincante
tradicional
faz
sua
festa,
ele
de
fato
brinca.
A
relação
verdadeira
com
o
brinquedo
aproxima
o
individuo
com
o
ambiente
em
que
vive
e
todos
os
elementos
nele
inseridos,
seja
através
do
sagrado
ou
do
profano.
A
apropriação
desses
saberes
naifs
possibilita
uma
criação
artística
sem
resenhas,
partindo
do
sensorial.
Aproximar
essa
relação
verdadeira
que
o
brincante
tradicional
tem
dentro
de
suas
manifestações
artísticas
com
uma
reflexão
transformadora
do
individuo,
é
uma
possibilidade
de
reconhecimento
da
cultura
em
que
vivemos,
não
com
o
intuito
de
reproduzi-‐la,
mas
sim
a
utilizando
como
uma
ferramenta
para
potencializar
essas
qualidades
do
humano.
A
experiência,
a
possibilidade
de
que
algo
nos
aconteça
ou
nos
toque,
requer
um
gesto
de
interrupção,
um
gesto
que
é
quase
impossível
nos
tempos
que
correm;
requer
parar
para
pensar,
parar
para
olhar,
parar
para
escutar,
pensar
mais
devagar,
olhar
mais
devagar,
e
escutar
mais
devagar;
parar
para
sentir,
sentir
mais
devagar,
demorar-‐se
nos
detalhes,
suspender
a
opinião,
suspender
o
juízo,
suspender
a
vontade,
suspender
o
automatismo
da
ação,
cultivar
a
atenção
e
a
delicadeza,
abrir
os
olhos
e
os
ouvidos,
4 Por uma educação com alma, 4. Sonhos na escola, Ed. Vozes – Roberto Gambini é analista junguiano
e mestre em ciências sociais
7. falar
sobre
o
que
nos
acontece,
aprender
a
lentidão,
escutar
aos
outros,
cultivar
a
arte
do
encontro,
calar
muito,
ter
paciência
e
dar-‐se
tempo
e
espaço.
Persistindo
no
pensamento
de
Jorge
Larrosa
sobre
a
experiência,
definindo-‐a
como
aquilo
que
nos
transforma,
acreditamos
sim
em
uma
pedagogia
informal,
que
não
por
isso
dispensa
disciplina
e
comprometimento.
Uma
pedagogia
que
valoriza
o
sensível
e
o
intuitivo.
Formas
que
já
estão
intrínsecas
nas
relações
dentro
da
educação.
E
embora
pareçam
subjetivas
demais
numa
analise
mais
sistematizada
da
formação,
aqui
é
feita
com
propriedade
e
ciência.
A
apropriação
desses
elementos
como
ferramentas
metodológicas,
faz
do
Instituto
Brincante
um
espaço
aberto
a
uma
nova
educação,
onde
há
a
valorização
da
transformação
através
do
encontro.
8. III
-‐
CURSO
DE
FORMAÇÃO
DE
JOVENS
BRINCANTES
O
curso
“Formação
de
Jovens
Brincantes”
tem
como
objetivo
principal
a
formação
de
um
novo
profissional
no
mercado;
Um
Brincante-‐
jovens
artistas-‐educadores,
que
tem
a
cultura
popular
brasileira
como
estrutura-‐base
do
seu
trabalho,
tanto
artístico,
como
educacional.
Assim,
o
“jovem
brincante”
tem
na
cultura
popular,
uma
fonte
de
aprendizado
e
um
meio
para
apropriação
de
linguagens
artísticas
diversas
como
música,
dança,
canto,
poesia,
teatro,
entre
outros.
Desta
forma,
após
os
três
anos
de
curso,
pretende-‐se
que
os
“jovens-‐brincantes”
se
tornem
“intérpretes”
com
sensibilidade
cultural
e
artística
para
refletir
e
atuar
em
diferentes
contextos
sociais.
FORMAÇÃO
DE
JOVENS
BRINCANTES
-‐
ANO
I
“o
início
da
formação”
O
objetivo
deste
primeiro
ano
é
apresentar
ao
aluno
o
universo
que
é
estudado
no
Instituto
Brincante,
sempre
se
utilizando
de
múltiplas
linguagens,
brincadeiras
e
desafios
presentes
nas
manifestações
populares.
Para
conduzir
o
aprendizado,
sete
“brincadeiras”
são
abordadas
durante
o
ano,
sendo
elas:
caboclinho,
maracatu
nação,
maracatu
rural,
coco,
cavalo
marinho,
batuques
e
frevo.
Cada
uma
dessas
manifestações
irá
trabalhar
uma
diferente
qualidade
do
corpo,
como:
a
inteligência
espacial
no
caboclinho,
o
tônus
e
a
construção
melódica
da
dança
no
frevo,
a
segmentação
e
percussão
corporal
nos
cocos,
as
diferentes
qualidades
de
energia
no
Cavalo
Marinho,
peso
e
oposição
nos
Batuques,
e
a
pulsação
rítmica
nos
Maracatus.
Através
desse
trabalho,
acredita-‐se
que
o
corpo
apreenda
ferramentas
distintas
e
complementares,
de
modo
que
este
esteja
preparado
para
o
aprofundamento
de
qualquer
“brincadeira”.
Informações
sobre
o
curso
–
ficha
técnica
O
primeiro
ano
é
aberto
a
todos
os
interessados,
que
passam
por
um
processo
seletivo
inicialmente
por
uma
ficha
de
inscrição
via
internet,
que
comprove
interesse,
idade,
vínculos
com
instituições
e
escolas
públicas.
O
segundo
momento
é
a
participação
em
uma
aula
“experimental”
que
serve
para
distribuir
as
turmas
em
segmentos
complementares
de
aluno
para
aluno.
Atividade:
Dança
e
Percussão
Carga
horária:
1x
por
semana/3
horas
semanais
9. Grade
curricular:
Estudo
do
universo
rítmico
brasileiro
através
dos
instrumentos
de
percussão,
do
canto,
e
da
dança.
A
cada
mês
é
realizado
o
estudo
prático
e
teórico
dos
diferentes
assuntos,
como:
Cavalo
Marinho,
Maracatu,
Caboclinho,
Frevo,
Batuques,
Cocos,
entre
outros.
Atividades
Extras
Curriculares
Todos
os
alunos
do
Instituto
são
sempre
convidados
a
participar
de
duas
atividades
não
regulares:
a
“Sambada”
e
o
“Rodas”.
A
estrutura
das
aulas
O
primeiro
ano
do
curso
de
formação
é
realizado
em
três
diferentes
turmas,
conduzidas
por
diferentes
instrutores.
Desta
forma,
cada
instrutor
conduz
suas
atividades
de
forma
muito
particular
e
condizente
com
sua
história
pessoal,
mas
que
sempre
está
ligada
à
idéia
do
“brincante”,
enquanto
participante
da
construção
de
sua
cultura
e
que
transita
entre
diversas
linguagens
artísticas.
Todas
as
aulas
do
curso
de
Formação
-‐
ano
I
geralmente
se
utiliza
de
diversas
linguagens
para
abordar
o
mesmo
assunto,
desde
brincadeiras,
jogos
com
percussão
corporal,
até
vídeos
e
o
ensino
da
dança
e
brincadeira
em
si.
As
aulas
possuem
uma
estrutura
mínima
comum
que
é
composta
por
aquecimento,
desenvolvimento/apropriação
e
desaquecimento.
No
aquecimento
são
utilizados
jogos
ou
brincadeiras
para
“acordar”
o
corpo
e
os
sentidos,
que
trazem
o
participante
para
o
local
de
trabalho
em
sala,
trabalhando
a
concentração,
a
versatilidade,
a
consciência
corporal
e,
como
o
próprio
nome
diz,
aquecendo
o
corpo
como
um
todo.
Neste
momento
também
são
realizados
jogos
coletivos
que
trazem
a
consciência
de
grupo,
cooperação,
precisão
e
ritmo.
Após
este
momento
ocorre
o
desenvolvimento
do
conteúdo,
onde
o
professor
expõe
e
os
alunos
praticam
o
conteúdo
relacionado
ao
ritmo
do
mês
,
seja
musicalmente
(
a
partir
da
apresentação
do
ritmo
e
instrumentos)
ou
a
partir
da
dança,
desenvolvimento
de
banco
de
passos,
dramaturgia
e
coreografias.
Este
é
o
momento
de
ampliação
de
repertório
para
o
grupo,
tendo
como
base
principal
as
brincadeiras
como
elas
são
em
sua
matriz.
Ao
final
do
encontro,
o
instrutor/professor
conduz
uma
seqüencia
de
exercícios
para
um
“desaquecimento”
que
possibilitem
aos
alunos
um
cuidado
com
o
corpo
e
uma
consciência
sobre
a
utilização
saudável
de
um
precioso
instrumento
físico.
10. As
aulas
de
percussão
também
abordam
a
iniciação
e
a
teoria
musical,
como
parte
importante
do
processo
de
aprendizado
percussivo.
Outra
característica
marcante
das
aulas
é
que
outros
ritmos
podem
também
compor
o
aprendizado
daquele
ritmo
específico
do
mês.
Por
exemplo,
o
ritmo
a
ser
estudado
é
o
dos
“Caboclinhos”,
pode-‐se
utilizar
um
coco
para
o
aquecimento,
com
rodas
de
versos
e
uma
ciranda
para
desaquecer.
Todos
os
recursos
são
utilizados
com
o
objetivo
de
levar
o
aluno
a
compreender
não
só
o
ritmo,
mas
sim
que
a
cultura
corporal
formada
principalmente
por
essas
pluralidades,
a
todo
o
tempo,
nas
aulas
e
fora
dela.
Durante
o
ano
são
também
utilizados
como
material
de
apoio,
textos
e
filmes
em
DVDs
que
comentam
sobre
cada
brincadeira.
Ao
final
do
curso,
o
grupo
deve
apresentar
uma
peça
que
reflita
o
trabalho
desenvolvido
durante
o
ano.
Este
trabalho
no
Ano
I
é
conduzido
principalmente
pelo
professor,
com
participação
dos
alunos
em
sua
concepção.
O
resultado
do
trabalho
de
todas
as
turmas
gera
um
espetáculo
de
fim
de
ano
que
fica
em
cartaz
no
Instituto
por
um
final
de
semana.
Exemplos
de
atividades
e
exercícios
1)
Aquecimento
Brincadeira:
Rua
e
Viela
Alguns
alunos
formam
colunas,
que
são
chamadas
de
viela
(
ficam
viradas
para
um
lado
da
sala,
na
vertical),
e
os
outros
formam
as
fileiras
,
que
são
chamadas
de
rua
(essas
ficam
viradas
para
o
outro
lado
da
sala,
na
horizontal)
Um
participante
tem
que
fugir
e
outro
tem
que
pegar.
A
voz
de
comando
é
dada
por
quem
está
sendo
perseguido.
Quando
o
mesmo
gritar:
RUA,
a
rua
vira
para
o
lado
dele
protegendo-‐o
do
pegador,
o
mesmo
acontece
quando
ele
gritar
VIELA.
Evolução
da
brincadeira:
O
professor
escolhe
2
alunos
que
vão
dar
o
comando
de
fora,
enquanto
continua
um
pegador
e
um
fugitivo
dentro,
só
que
agora
aguardam
o
comando.
Nesse
exemplo
de
aquecimento,
observamos
que
o
exercício
pretende
trabalhar,
entre
outras
coisas,
a
atenção,
a
interação
do
grupo,
a
prontidão,
alem
de
acordar
o
corpo
dos
alunos
e
trazê-‐los
para
a
aula.
11.
2)
Desenvolvimento
(aquecimento
e
desenvolvimento)
Jogo
do
bastão
O
professor
pede
para
que
os
alunos
caminhem
livremente
pela
sala
e
ao
toque
do
bastão
no
chão,
todos
saltem
e
congelem
em
uma
pose.
No
intervalo
entre
as
batidas,
o
professor
lê
frases
de
um
texto
a
respeito
do
Maracatu
Rural.
Em
seguida,
após
o
termino
da
leitura,
os
alunos
devem
saltar
apenas
pelo
estímulo
de
outro
aluno.
Assim,
“quando
um
salta,
todos
saltam”.
O
grupo
então
é
dividido
em
grupos
menores.
Cada
grupo
pega
um
bastão
e
brincam
de
jogar
esse
de
diferentes
maneiras
um
para
o
outro.
Com
o
passar
do
tempo,
o
professor
muda
o
comando
para
que
a
ação
ocorra:
–
Jogar
o
bastão
movimentando
todo
o
corpo
todo
e
recebê-‐lo
também
com
o
corpo
todo;
–
Ao
receber
o
bastão,
dar
um
giro;
–
Ao
receber
o
bastão,
congelar
em
uma
pose;
–
Movimentando-‐se,
receber
o
bastão;
ao
lançar,
congelar
em
uma
pose;
–
Utilizar-‐se
de
alguma
das
alternativas
anteriores
como
desejar;
–
Olhar
para
uma
pessoa,
porém
lançar
o
bastão
para
outra.
O
professor
pede
para
que
os
alunos
caminhem
pelo
espaço,
continuando
a
jogar
os
bastões.
Aos
poucos,
aumentam
o
número
de
bastões
na
roda,
enquanto
pede-‐se
para
que
as
pessoas
comecem
a
andar
no
pulso
do
maracatu
rural.
A
cada
pausa
da
música,
todos
param.
Ao
retornar
a
musica
os
alunos
exercitam
a
ação
de
lançar
o
bastão
ou
se
defender
com
o
mesmo.
Por
fim,
cada
aluno
com
um
bastão,
aprende
o
banco
de
passos
do
Maracatu
Rural
a
partir
da
demonstração
do
professor.
O
desenvolvimento
desse
exercício,
deixa
claro
como
o
aquecimento
pode
conduzir
ao
aprendizado
da
dança;
durante
a
atividade
o
professor
faz
observações
sobre
a
importância
de
desenvolver
a
visão
periférica,
a
concentração
e
a
prontidão
para
a
execução
do
Maracatu
Rural.
A
apropriação
dos
passos
do
Maracatu
Rural
vem
a
partir
de
um
trabalho
corporal,
que
tem
seu
foco
nos
mesmos
elementos
fundamentais
para
tal
dança.
12. 3)
–
Desaquecimento
Em
grupos
de
quatro
pessoas:
Todos
em
pé.
Uma
pessoa
fica
no
centro
e
mantém
seu
corpo
relaxado,
joelhos
semi-‐
flexionados
e
pés
paralelos,
e
as
demais
ficam
em
volta
e
se
distribuem
de
modo
que
suas
mãos
percorram
por
completo
o
corpo
do
colega,
cada
um
na
parte
em
que
se
posicionou,
todos
ao
mesmo
tempo.
Então,
começando
pela
parte
superior
do
corpo
(costas,
ombros,
peito,
braços,
mãos,
dedos,
bacia),
e
descendo
para
parte
inferior
do
corpo
(
quadril,
pernas
e
pés),
vamos
“amassando”
os
membros
como
massa
de
pão.
E
processo
se
repete
mais
3
vezes:
- com
as
mãos
em
forma
de
concha,
batendo
com
uma
intensidade
moderada;
- fazendo
pequenos
movimentos
circulares
com
as
mãos
abertas,
esfregando
levemente;
- e
para
finalizar
todas
as
mãos
juntas
de
uma
vez
só
,
percorrem
o
corpo
do
colega
da
cabeça
aos
pés,
como
uma
ducha
dágua
caindo.
Então
a
pessoa
que
está
ao
centro
vai
pro
redor
e
outra
do
grupo
vai
pro
centro.
Isso
se
repete
até
que
todos
tenham
recebido
a
massagem.
Esses
movimentos
das
mãos
pelo
corpo
tem
a
intenção
de
relaxar,
soltar
a
musculatura
trabalhada.
Depois
da
massagem
o
grupo
senta
em
roda
e
conversa
sobre
o
desenvolvimento
e
as
conquistas
da
aula.
FORMAÇÃO
DE
JOVENS
BRINCANTES
–
Ano
II
“Reelaboração
e
Criação”
O
segundo
ano
do
curso
tem
como
objetivo
o
aprofundamento
dos
conhecimentos
apreendidos
no
primeiro
ano,
bem
como
o
estímulo
à
reelaboração
da
atividade
artística
e
criação
de
repertório
próprio.
Os
alunos-‐brincantes
passam
a
tecer
uma
relação
muito
mais
estreita
com
o
curso
e
a
carga
horária
se
intensifica,
de
forma
a
cobrar
do
jovem
não
só
a
participação
nas
aulas,
como
em
atividades
extra-‐
curriculares.
Palestras,
oficinas
e
eventos
que
ocorrem
dentro
do
próprio
Instituto.
A
interdependência
das
diferentes
frentes
que
o
curso
traz
com
a
educação,
nesse
segundo
momento,
é
evidente.
O
Instituto
espera
que,
com
esse
grau
de
comprometimento,
o
jovem
possa
ser
capaz
de
desenvolver
um
novo
campo
profissional
onde
a
expressão
dos
brincantes
integre
a
arte
brasileira
à
educação.
Sendo
assim,
esse
“aprofundamento”
faz
com
que
o
jovem
brincante,
uma
vez
imbuído
das
ferramentas
trabalhadas
ao
decorrer
do
curso,
esteja
capacitado
para
desenvolver
um
produto
artístico
e/ou
trabalhar
com
arte-‐educação.
13.
Atividades
Regulares
Atividade:
Percussão,
jogos
e
brincadeiras
rítmicas,
e
dança
Carga
horária:
1x
por
semana/3
horas
semanais
Grade
curricular:
Reelaboração
do
universo
rítmico
brasileiro
através
dos
instrumentos
de
percussão,
do
canto,
e
da
poesia
popular.
Atividade:
Danças
Brasileiras
Carga
horária:
1x
por
semana/3
horas
semanais
Grade
curricular:
Exercício
de
consciência
corporal,
assimilação
de
passos
e
desenhos
coreográficos
tradicionais
e
exercícios
de
criatividade
a
partir
desses
passos
ou
movimentos.
Atividade:
Teatro
Carga
horária:
1x
por
semana/3
horas
semanais
Grade
curricular:
Estudo
das
máscaras,
vozes,
músicas
e
qualidades
de
energia
presentes
nos
diferentes
folguedos
populares.
Atividades
Extra
Curriculares
Atividade:
Sambada
Carga
horária:
1x
por
mês/4
horas
mensais
Confraternização
entre
alunos,
amigos
e
familiares.
Na
sambada,
além
da
diversão
que
é
proporcionada,
o
aluno
experimenta,
através
de
números
criados
por
ele
ou
pelo
professor
o
conteúdo
aprendido
em
sala
de
aula.
Atividade:
Rodas
Carga
horária:
1x
por
mês/4
horas
mensais
Grade
curricular:
Encontros
conduzidos
por
artistas,
pesquisadores
ou
intelectuais
com
alunos
e
familiares
para
a
reflexão
sobre
os
mais
variados
assuntos
principalmente
relacionados
à
Cultura
Atividade:
Oficina
Carga
horária:
1x
por
mês
Educadores:
Especialistas
de
diversas
áreas
Grade
curricular:
Visando
aperfeiçoar
o
conhecimento
dos
alunos
em
diversas
áreas,
as
oficinas
também
tem
como
objetivo,
auxiliar
no
processo
de
formação
dos
alunos.
Atividade:
Construção
de
Espetáculo
Carga
horária:
indefinida
Educadores:
educadores
das
aulas
regulares
e
não
regulares,
além
de
convidados
14. Grade
curricular:
Utilizando-‐se
de
conhecimentos
adquiridos
fora
e
dentro
do
curso,
os
alunos
têm
como
tarefa,
a
construção
de
um
espetáculo
que
deve
ser
apresentado
no
final
do
curso
no
próprio
Instituto
Brincante.
Atividade:
Construção
de
Oficinas
Carga
horária:
indefinida
Educadores:
os
próprios
alunos
Grade
curricular:
Sendo
este
um
dos
objetivos
da
Formação
de
Jovens
Brincantes,
os
alunos
se
preparam
para
posteriores
oficinas
que
serão
ministradas
por
eles
mesmos.
Estrutura
das
aulas
As
aulas
do
segundo
ano
da
Formação
tem
por
estrutura
básica
a
mesma
das
aulas
do
primeiro
ano
(aquecimento,
desenvolvimento/apropriação
e
desaquecimento),
com
o
acréscimo
da
reelaboração,
que
geralmente
se
encaixa
depois
da
apropriação,
e
que
permite
uma
nova
relação
do
aluno
para
com
o
conhecimento
que
está
sendo
apresentado
a
ele.
Nesse
segundo
ano,
há
somente
uma
turma
de
jovens,
que
participam
de
atividades
regulares
três
vezes
por
semana.
Com
uma
carga
horária
significativamente
maior,
a
especificidade
de
cada
linguagem
artística
é
trabalhada
de
forma
a
permitir
que
o
jovem
se
forme
de
maneira
plural,
dialogando
com
todas
essas
linguagens.
O
importante
dessa
reelaboração
é
justamente
o
processo
de
sedimentação
do
conteúdo
apreendido
via
professor.
A
imitação
propriamente
dita
dá
lugar
à
criação.
A
estrutura
das
aulas
vem
a
corroborar
com
esse
objetivo.
Depois
de
um
aquecimento,
há
a
introdução
de
um
conteúdo
novo,
ou
a
memorização
de
um
conteúdo
já
visto.
O
terceiro
momento,
portanto
é
o
da
reelaboração,
no
qual
os
professores
trazem
propostas
diversas
para
que
tal
conteúdo
seja
abordado
de
forma
distinta
aos
exercícios
anteriores,
via
aluno-‐conteúdo,
sem
o
intermédio
do
professor,
que
aqui
exerce
o
papel
de
orientador
e
“conselheiro”.
Por
fim
há
o
desaquecimento.
Durante
o
curso
são
apresentados
cinco
temas
para
serem
pesquisados.
Temas
de
2010:
O
Povo
Brasileiro
_
Darci
Ribeiro
Reis
de
Congo-‐
Oswald
Barroso
Milton
Santos
-‐
O
Filme
O
corpo
cômico.
O
humor
na
música
A
turma
é
dividida
em
grupos
cuja
tarefa
é
pesquisar
um
desses
temas
e
organizar
uma
oficina
para
os
demais
alunos.
15. A
partir
dessas
oficinas
um
tema
ou
uma
idéia
serve
como
ponto
de
partida
para
que
cada
aluno
crie
uma
cena,
individual
ou
conjunta,
que
represente
a
síntese
do
seu
aprendizado
com
o
curso
de
Formação.
Este
trabalho
e
concebido
completamente
pelo
aluno
durante
o
processo
de
formação
e
apenas
conduzido
ou
dirigido
pelo
grupo
de
professores/instrutores.
A
reunião
do
fruto
do
trabalho
de
todos
os
alunos
gera
um
espetáculo
que
fica
em
cartaz
no
Instituto
Brincante
por
um
mês
ao
final
do
ano.
FORMAÇÃO
DE
JOVENS
BRINCANTES
-‐
Ano
III
“Formação
Continuada”
O
terceiro
ano
do
curso
é
um
ano
opcional,
onde
o
Instituto
oferece
ao
aluno
a
possibilidade
de
continuar
suas
atividades
de
estudo,
bem
como
proporciona
parcerias
entre
o
próprio
Instituto
e
o
jovem,
para
que
este
possa
aplicar
os
conhecimentos
aprendidos
nos
dois
primeiros
anos,
como
em
oficinas
ministradas
pelos
alunos
sendo
representantes
do
Instituto,
ou
apresentações.
É
nesse
ano
que
o
jovem
pode
participar
dos
núcleos
de
pesquisa:
o
núcleo
de
pesquisa
do
movimento,
o
núcleo
de
musica
e
o
núcleo
pedagógico.
Cabe
ao
aluno
que
pretende
continuar
com
a
formação,
a
decisão
de
onde
e
como
continuar,
que
atividade
é
de
sua
preferência
e
como
sua
contribuição
e
crescimento
podem
ser
melhores.
O
Núcleo
de
Pesquisa
do
Movimento
é
um
grupo
formado
por
pessoas
que
já
tenham
concluído
a
formação
no
Instituto
Brincante,
conduzido
por
Antonio
Nóbrega,
para
a
pesquisa
de
uma
nova
linguagem
de
Dança
Brasileira.
Esta
atividade
ocorre
uma
vez
por
semana,
com
duração
de
duas
horas
e
meia.
Tem
como
foco
de
atuação,
o
aprofundamento
da
pesquisa
e
estudo
da
cultura
corporal
brasileira
e
sua
sistematização
para
a
prática,
tanto
artística
quanto
educacional.
O
Núcleo
de
Musica
é
o
núcleo
de
pesquisa
de
ritmos
brasileiros.
O
grupo
cria
repertório
próprio
a
partir
de
musicas
tradicionais
re-‐arranjadas.
Isso
é
divulgado
em
apresentações
internas
do
Instituto,
como
as
Sambadas;
e
apresentações
externas.
Os
encontros
deste
grupo
ocorrem
uma
vez
por
semana,
com
duração
de
quatro
horas.
O
Núcleo
Pedagógico
é
o
núcleo
formado
por
ex-‐alunos
do
Curso
de
Formação
e
tem
como
objetivo
registrar
e
documentar
as
atividades
que
ocorrem
no
Instituto,
a
partir
de
observação
de
aulas,
vídeos,
relatórios
dos
alunos
entre
outros.
Este
Núcleo
se
reúne
mensalmente
para
discussão
sobre
as
atividades
observadas
e
tem
como
seu
primeiro
produto
este
documento,
que
vocês
estão
lendo
agora.
16. IV
-‐
CURSO
A
ARTE
DO
BRINCANTE
PARA
EDUCADORES
Por
Michelle
Rodrigues
e
Thalita
Gava,
com
base
em
arquivos
do
Instituto
e
análises
próprias
O
que
é
o
curso?
É
um
curso
de
formação
para
Educadores,
com
atendimento
preferencial
àqueles
que
lecionam
na
rede
pública
de
ensino,
que
apresenta
elementos
da
Cultura
Popular
Brasileira
tais
como
a
dança,
a
musica,
a
dramatização,
a
confecção
de
instrumentos,
brinquedos,
roupas
e
adereços,
para
com
isso
construir
uma
visão
integrada
das
diversas
manifestações,
somando
a
esses
elementos
conteúdos
que
proporcionam
a
reflexão
acerca
da
Cultura
da
Criança
e
da
importância
do
“brincar”,
formando
um
sujeito
crítico,
consciente
de
suas
raízes,
que
melhor
compreende
e
reflete
sobre
sua
postura
como
ser
humano,
descobrindo
seus
potenciais
criativos
e
a
percepção
de
que
é
possível
unir
pedagogicamente
literatura,
artes
plásticas,
teatro,
dança
e
música.
Como
acontece?
São
módulos
formativos,
cada
modulo
tem
um
mês
de
duração
em
media,
com
carga
horária
de
4
horas
semanais,
a
exceção
ao
modulo
de
Danças
Brasileiras
-‐
que
acontece
durante
todo
o
curso
com
carga
de
1
hora
semanal.
São
lecionados
por
arte-‐
educadores
especialistas
em
vivências
que
integram
o
fazer
artístico
e
a
reflexão
sobre
a
função
da
arte
na
formação
do
ser
humano.
O
desenvolvimento
dos
mesmos
segue
uma
lógica
que
tem
por
finalidade
a
construção
do
conhecimento
partindo
da
sensibilização
e
reflexão,
passando
para
a
vivencia,
chegando
ao
fim
do
processo
com
resultados
construídos
a
partir
da
elaboração
pessoal.
No
período
de
início
das
atividades
os
ministrantes
realizam
atividades
com
intuito
de
identificar
os
participantes,
apresentar
o
espaço,
e
diagnosticar
a
percepção
inicial
dos
mesmos.
Os
Módulos
seguem
assim:
Módulo
1
–
Março:
“Por
uma
educação
da
sensibilidade”
Ministrante:
Maria
Amélia
Pereira
(Péo)
Aborda
o
processo
de
desenvolvimento
da
criança
a
partir
de
relatos
e
de
imagens
da
cultura
infantil.
Busca
a
compreensão
do
brincar
como
ato
de
conhecimento
sensível
e
iniciador
do
processo
criador.
17.
Programação:
1. Singularidade
e
universalidade
do
brincar;
2. Relação
do
homem
com
a
natureza
e
a
cultura
no
ato
do
brincar;
3. O
tempo
cíclico
e
sua
relação
com
o
tempo
da
infância;
4. O
conceito
de
aprendizagem
compreendido
como
a
aventura
da
consciência.
Objetivo:
Desenvolver
no
educador
Brincante
a
capacidade
de
refletir
sobre
sua
própria
prática
ampliando
seu
referencial
cognitivo
através
da
abordagem
do
universo
Sensível
presente
ao
exercício
de
uma
educação
Integrativa.
A
leitura
simbólica
do
imaginário
que
caracteriza
o
repertorio
dos
brinquedos
e
brincadeiras
da
Cultura
da
Infância
será
abordada
através
de
referenciais
áudio-‐visuais
que
constituem
o
acervo
de
pesquisa
do
Centro
de
Estudos
da
Casa
Redonda
abordando
os
seguintes
itens:
-‐
A
Natureza
e
seus
elementos
como
agente
propulsor
e
determinante
de
experiências
significativas
do
Brincar
seja
pela
multiplicidade
dos
desafios
sensíveis
e
corporais
que
ela
oferece,
seja
pelo
fortalecimento
do
vínculo
entre
o
ser
humano
e
seu
Habitat.
-‐
O
ato
de
Brincar
como
uma
linguagem
de
conhecimento
próprio
da
Cultura
da
Infância
focando
as
noções
de
TEMPO
e
ESPAÇO
pertinentes
a
esta
etapa
do
desenvolvimento.
-‐
O
Corpo
como
continente
da
pulsão
expansiva
de
crescimento
corporificado
no
repertorio
espontâneo
dos
gestos
da
Cultura
da
Infância
como
respostas
às
necessidades
de
desenvolvimento
físico-‐
psíquico
da
criança.
-‐
A
função
vinculadora
e
socializadora
da
experiência
lúdica
vivenciada
através
do
repertorio
da
Cultura
da
Infância
em
suas
diversas
manifestações,
presentes
na
memória
dos
participantes
do
módulo
como
força
motriz
do
re-‐conhecimento
e
conhecimento
da
importância
da
experiência
sensível
no
processo
de
desenvolvimento
humano.
Módulo
2
–
Abril:
“Danças
Brasileiras”
Ministrante:
Rosane
Almeida
Prática
das
formas
de
danças
presentes
nos
folguedos
populares
brasileiros,
bem
como
o
estudo
e
a
reflexão
sobre
as
diferentes
possibilidades
de
pensar
e
experimentar
o
corpo.
Programação:
18. 1.
Os
brincantes
e
os
folguedos
populares;
2.
A
trajetória
dos
folguedos
populares;
3.
A
memória
e
o
corpo;
4.
O
corpo
da
natureza
e
a
natureza
do
corpo.
Primeiro
Encontro
Escolhi
iniciar
meu
módulo
com
a
apresentação
do
vídeo
Folia
Geral.
Um
documentário
sobre
o
carnaval
de
Recife
com
depoimentos
de
artistas
populares,
idealizado
por
Antonio
Nóbrega,
dirigido
por
Luiz
Fernando
Carvalho,
com
fotografia
de
Walter
Carvalho
e
um
emocionante
depoimento
de
Ariano
em
Suassuna
sobre
a
riqueza
da
cultura
popular
brasileira.
É
um
material
excelente
para
se
refletir
sobre
o
tamanho
do
envolvimento
de
cada
um
dos
participantes
com
seu
trabalho,
como
todos
os
envolvidos
sabem
e
gostam
do
que
fazem.
Acabam
por
se
apropriarem
de
um
saber
que
os
torna
mestres
incontestáveis
dentro
de
suas
atividades.
Isso
cabe
tanto
para
os
artistas
populares,
como
para
um
diretor
de
cinema,
um
fotógrafo,
um
músico
ou
um
professor.
Na
parte
prática
da
aula
o
aquecimento
acontece
com
um
tipo
de
“habilidade”,
um
malabares
que
mobiliza
o
pensamento,
a
palavra
e
a
ação.
Segundo
Encontro
Apresentação
de
um
vídeo
sobre
o
REIZADO.
Reflexão
sobre
a
idade
dessas
manifestações
populares.
A
trajetória
desses
folguedos
na
história
da
humanidade
e
sua
função
na
sociedade
contemporânea.
Apresentação
de
um
número
de
dança
que
é
uma
recriação
das
danças
populares
para
refletir
sobre
o
feminino
na
nossa
sociedade.
Na
parte
prática
um
espaço
de
tempo
pra
que
cada
um
se
recolha
para
si
e
possa
estar
mais
aberto
para
assimilar
novas
informações,
movimentos,
brincadeiras,
desafios
etc.
Terceiro
Encontro
Construção
dos
arcos.
A
Dança-‐
dos
Arcos,
como
é
conhecida
está
presente
em
várias
manifestações
populares,
remete
ao
arco-‐íris,
a
ligação
entre
o
céu
e
a
terra,
o
sagrado
e
o
profano
numa
harmonia
com
todas
as
cores.
Todas
as
reflexões
giram
em
torno
do
fazer
artísticos,
do
experimentar,
do
brincar
com
o
corpo,
com
a
proposta
ou
com
uma
idéia...
Quarto
Encontro
19. Apresentação
do
Vídeo
INDIOS
NO
BRASIL.
Uma
reflexão
sobre
a
relação
do
colonizador
com
a
natureza
e
a
nossa
relação
com
a
nossa
natureza.
Do
que
somos
feitos?
Como
nos
tratamos?
O
quanto
nos
conhecemos?
Qual
o
papel
das
emoções
na
organização
da
nossa
musculatura.
Nesse
quarto
encontro
fazemos
um
apanhado
das
três
aulas
anteriores,
tanto
a
parte
teórica
reflexiva,
como
a
parte
prática.
Os
alunos
fazem
conexões,
expõem
suas
vidas,
criam
individualmente
e
se
organizam
coletivamente
para
a
construção
de
um
ritual,
do
nosso
ritual.
Uma
festa
no
silencio.
Conseguimos
a
satisfação
por
nos
alimentarmos
das
nossas
histórias,
do
nosso
potencial.
Encontro
dificuldade
para
traduzir
em
conceitos,
situações
emocionais,
experiências
físicas.
Hora
sinto
as
palavras
pequenas,
casas
velhas,
hora
as
vejo
como
estradas
que
não
sei
onde
pode
levar.
Sou
do
fazer.
Me
lembro
do
cheiro
das
aulas.
Ouço
a
pisada
dos
ritmos
que
fazem
os
olhos
vibrarem.
Canto
e
choro
com
esses
companheiros
nessa
longa
jornada
para
se
construir
o
novo.
Um
novo
mundo,
um
novo
país,
um
novo
Humano!
Um
humano
com
a
história
da
terra,
com
a
luz
do
sol,
livre
como
os
ventos
mas
com
a
força
e
a
delicadeza
das
águas.
Um
humano
divino.
Com
espírito
em
festa.
A
Festa
do
Divino
Espírito
São
=
Saudável
=
Santo.
Módulo
3
–
Maio:
“Contos
e
histórias
tradicionais”
Ministrante:
Cristiane
Velasco
Estudo
e
exercício
das
diferentes
formas
de
contar
a
tradição
oral,
vistas
como
instrumento
de
educação.
Programação:
1.
Ouvir
histórias;
2.
Relatos
orais
e
visuais
sobre
a
experiência
de
contar
histórias;
3.
Iniciação
a
pratica
de
contar
histórias.
Primeiro
Encontro
20. Costumo
iniciar
este
primeiro
encontro
pontuando
os
objetivos
claros
do
módulo:
1.
Compartilhar
processos
significativos
dentro
da
minha
formação
como
contadora
de
histórias,
uma
vez
que
não
há
fórmulas
para
se
contar
histórias
e
sim
formas,
sendo
que
a
forma
de
cada
um
encontra-‐se
diretamente
relacionada
à
sua
própria
história
de
vida.
2.
Fundamentar
a
importância
das
“histórias
de
boca”
através
de
relatos
de
experiência
como
educadora
junto
às
crianças
na
Casa
Redonda.
3.
Contar
algumas
histórias
e
propor
exercícios
de
sensibilização/recriação.
A
partir
daí
faço
um
breve
relato
da
minha
própria
história
e
busca
pessoal.
Através
de
uma
cantiga
de
roda
e
exercício
de
conexão
com
memória
dos
sons
da
infância
de
cada
um,
proponho
reflexão
sobre
o
Tempo
das
histórias,
relacionando
Memória
e
Imaginação.
Apresento
o
conto
popular
brasileiro
“O
Papagaio
Real”,
utilizando
recursos
de
minha
pesquisa
que
reúne
contos,
danças
e
cantos
tradicionais.
Partindo
dessa
escuta,
o
grupo
compartilha
sensações,
lembranças,
observações
que
brotaram
da
experiência
de
ouvir
a
história
contada
e
vou
alinhavando
os
comentários,
fundamentando
a
importância
das
“histórias
de
boca”,
as
conexões
entre
campos
neurais
envolvidas
nesse
exercício
de
ver
criativamente.
Percorremos
estrutura,
climas
e
personagens,
dentro
de
exercício
de
apropriação
de
uma
história.
Como
sugestão
bibliográfica
mais
ampla:
bibliografia
de
livro
(histórias
recolhidas
da
tradição,
histórias
recriadas
a
partir
da
tradição
e
histórias
inventadas),
bibliografia
“de
boca”
(pesquisa
oral)
e
bibliografia
de
vida
(utilizando
como
exemplo
uma
personagem
que
criei
inspirada
em
minha
avó).
Proposta
de
dois
exercícios
em
grupo,
recontando
“O
Papagaio
Real”.
Primeiramente
focando
a
estrutura-‐esqueleto
da
história,
e
posteriormente
os
personagens-‐
qualidades
internas.
Segundo
Encontro
Inicio
este
encontro
contando
“O
caso
do
Bolinho”,
um
conto
tradicional.
A
partir
da
história
proponho
reflexão
sobre
o
elemento
amedrontador
nos
contos:
o
tema
do
herói
engolido.
Sigo
trazendo
outros
exemplos
da
temática
do
Mal
como
aquele
que
foi
dividido,
o
monstro
que
guarda
o
coração
fora
do
corpo,
o
papão
que
se
desmonta
em
pedaços,
o
gigante
que
leva
a
cabeça
debaixo
do
sovaco,
etc.
Tecemos
proximidades
entre
Cultura
Infantil
e
Culturas
Tradicionais,
no
que
se
refere
à
experiência
do
medo.
As
histórias
dentro
da
Educação
como
Ritos
de
Passagem
21. fundamentais;
a
função
do
Mal
nos
contos,
espaços
simbólicos
de
enfrentamento
e
auto-‐regulação
através
do
domínio
psicofísico
sobre
o
Medo.
Sugiro
que
compartilhem
histórias
de
medo
que
acompanharam
suas
infâncias
e
então
ouvimos
inúmeros
relatos
identificando
muitos
medos
comuns,
coletivos.
Também
procuro
esclarecer
dúvidas
em
relação
à
maneira
do
professor
conduzir
situações
de
crianças
com
medo.
Apresento
“A
Véia
da
Gudéia”,
uma
história
criada
junto
às
crianças
na
Casa
Redonda,
a
partir
do
pesadelo
de
um
menino
de
cinco
anos.
Então
compartilho
o
processo
de
criação
dessa
história
e
seus
desdobramentos.
Encerro
com
o
áudio
de
Seu
Geraldo
Tartaruga,
de
São
Luís
do
Paraitinga,
um
contador
popular
de
histórias
contando
“O
Bichão”.
Terceiro
Encontro
Caracterizo
as
“Histórias
Brincadas”,
como
costumo
chamar
os
Teatros
da
primeira
infância.
Inicialmente
proponho
algumas
Cantigas
de
Roda,
exemplos
de
histórias
brincadas
da
Cultura
Popular,
como
“A
Linda
Rosa
Juvenil”
e
“Onde
está
a
Margarida”;
histórias
que
viraram
Brinquedos.
Depois,
exploramos
possibilidades
de
movimentação
e
transformação
de
uma
grande
lona
circular
colorida,
brincando
outras
variantes
que
nasceram
junto
às
crianças
na
Casa
Redonda
(ex:
a
lona
virando
saia
da
Margarida,
ou
saia
da
Mãe
-‐
esconderijo
dos
filhos
no
pega-‐pega
“Enquanto
Seu
Lobo
não
vem”,
etc).
Apresento
“Maria
Sabida
e
João
do
Uia”,
um
conto
transformado
em
história
brincada
junto
às
crianças
na
Casa
Redonda.
Então
assistimos
a
um
DVD
com
quatro
situações
em
que
as
crianças
brincaram
essa
história,
procurando
ilustrar
a
necessidade
espontânea
de
experimentar
papéis,
revezando
com
as
outras,
internalizando
possibilidades
e
lidando
com
os
limites
que
cada
uma
delas
oferece.
Proposta
de
exercício
a
partir
do
conto
popular
“O
Espelho
Mágico”.
Quarto
Encontro
Compartilho
mais
relatos
de
experiência
e
algumas
histórias
(“A
Cabrinha
e
a
Onça:
um
conto
cantado”
e
“Maria
e
o
Peixe
Encantado:
uma
Cinderela
Baiana”).
Conversamos
a
respeito
das
brincadeiras
envolvendo
morte/renascimento,
realizadas
muitas
e
muitas
vezes
pelas
crianças
(ex:
a
criança
escondida
brincando
de
nascer
de
dentro
de
um
cesto,
a
morte
da
bruxa
projetada
na
figura
do
educador
e
o
nascimento
da
princesa,
a
22. morte
da
madrasta
e
o
nascimento
da
mãe,
a
filha
desmaiada
que
precisa
despertar,
etc).
A
morte
dentro
do
universo
simbólico
da
criança
como
transformação.
Assistimos
ao
DVD
“Eu
quero
história
de
boca!”
que
traz
esses
conteúdos
na
experiência
da
Casa
Redonda.
Apresento
“Avoou”,
história
autoral
que
conta
a
minha
própria
trajetória
de
vida.
No
fundo
o
grande
objetivo
do
módulo
é
sempre
esse:
que
cada
um
possa
“avoar”
para
dentro
de
sua
própria
história...
Assistimos
ao
DVD
“Dançando
Histórias”,
uma
edição
dos
meus
três
espetáculos
como
contadora
de
histórias:
“Contos
Indianos”,
“Contos
Flamencos”
e
“Avoou:
Contos
Brasileiros”.
Finalizamos
o
módulo
com
duas
Rodas
de
Verso,
ilustrando
como
os
versos
também
contam
histórias
com
climas
diversos.
Módulo
4
–
Junho:
“Figuras
e
adereços
dos
folguedos
populares”
Ministrante:
Cristina
Cruz
Confecção,
utilização
e
manipulação
de
figuras
(míticas
e
típicas)
presentes
no
teatro,
na
dança
e
nos
folguedos
da
tradição
popular
brasileira.
Programação:
1. As
figuras
do
imaginário
popular
brasileiro;
2.
Os
tipos
e
arquétipos
Adereços
(natalinos,
juninos
e
carnavalescos)
Primeiro
Encontro
|
Ciclo
Junino
Neste
primeiro
encontro,
a
proposta
é
de
fazer
uma
roda
de
apresentações
para
conhecer
o
grupo
e
poder
fazer
algumas
orientações
pessoais
ao
longo
deste
módulo.
Fazemos
uma
apresentação
das
proponentes,
em
relação
ao
histórico
de
cada
uma,
à
experiência
prática
no
trabalho
da
Casa
Redonda
Centro
de
Estudos
e
na
Oca-‐
Associação
da
Aldeia
de
Carapicuíba
e
com
formação
de
professores
Sobre
este
módulo,
contextualizamos
o
Curso
A
Arte
do
Brincante
para
Educadores
que
acontece
desde
1996
e
como
ele
foi
se
adequando
a
partir
das
avaliações
dos
participantes
e
como
este
módulo
de
Adereços
foi
estruturado
pensando
em
recursos
simples
como
jornal
e
caixa
de
papelão,
mas
preocupado
com
uma
qualidade
estética,
de
acabamento
e
transformação
dos
materiais.
Este
módulo
está
inserido
na
compreensão
global
da
Formação
de
um
Educador
Brincante,
integrado
aos
outros
módulos
de
Educação
da
Sensibilidade,
de
recursos
para
a
Narração
de
Histórias
e
da
incorporação
e
gestualidade
das
Danças
Brasileiras
dos
diversos
Folguedos
da
nossa
cultura.
A
proposta
é
resgatar
a
compreensão
sobre
Cultura
da
Infância
e
da
Cultura
Brasileira,
como
sendo
os
pilares
para
a
compreensão
das
artes
através
do
fazer,
com
uma
23. relação
de
significado,
de
ligação
entre
o
eu
e
o
mundo,
como
forma
de
enraizamento
e
construção
da
nossa
identidade
cultural
brasileira.
“Fazer
e
em
fazendo,
fazer-‐se”,
de
Sartre
“Dar
forma
é
formar-‐se”,
de
Fayga
Ostrower
Trabalhamos
com
as
matrizes
culturais
brasileiras:
indígena,
africana
e
européia
e
como
elas
estão
presentes
nos
Ciclos
de
Festas,
em
que
reconecta
os
homens
à
dimensão
do
Sagrado,
ao
tempo
cíclico,
à
ligação
com
a
Natureza
e
com
o
planeta,
como
um
todo.
A
idéia
é
despertar
uma
reflexão,
no
sentido
de
buscar
o
sentido
e
o
significado
das
festas,
inspirada
na
tradição,
resgatar
sua
memória
pessoal
e
coletiva
na
participação
destas
festas
para
poder
recriar,
no
seu
tempo
e
espaço
e
no
seu
contexto,
sem
perder
a
essência
destas
vivências.
Escolhemos
três
festas:
São
João,
Ciclo
Natalino
e
Carnaval
para
trabalharmos
nestes
encontros,
com
a
proposta
de
construção
de
adereços,
baseados
no
imaginário
e
no
rico
acervo
da
Cultura
Brasileira.
“É
dentro
da
unidade
de
nossa
diversidade
que
habita
o
coração
do
povo
que
somos”,
de
Antonio
Nóbrega
Temos
também
textos,
livros,
DVDs,
CDs,
de
materiais
ilustrativos
e
reflexivos
para
orientação
e
formação
destes
educadores.
O
tema
deste
1º
encontro
é
o
Ciclo
Junino
e
a
Festa
de
São
João,
para
começar
e
encerrar
no
último
encontro,
com
a
noção
do
tempo
cíclico,
de
que
a
cada
ano
as
festas
são
renovadas,
com
dança,
música,
adereços
e
comemoração
com
comidas
e
bebidas.
Para
alimentarmos
a
inspiração,
passamos
um
VÍDEO
de
SÃO
JOÃO,
do
acervo
do
Centro
de
Estudos
Casa
Redonda,
mostrando
possibilidades
de
realização,
mesmo
com
crianças
pequenas
e
a
riqueza
e
beleza
desta
festa
apenas
com
papel
crepom
e
papel
de
seda.
Os
seus
símbolos
como
fogueira,
mastros,
pau
de
fita,
pau
de
sebo,
a
ressignificação
da
festa
da
colheita,
suas
histórias
e
suas
diversidades
de
comemorações
de
Norte
a
Sul
do
Brasil.
Depois,
a
proposta
é
construir
os
adereços:
BOI
E
BURRINHA,
com
rolinho
de
jornal
e
caixas
de
papelão.
São
estruturas
grandes
que
possam
entrar
dentro.
A
idéia
é
de
trabalharem
em
grupos
para
que
possam
entender
o
processo
de
construção
e
depois
transpor
para
outros
contextos.
Os
trabalhos
poderão
ser
levados
para
casa,
ou
continuados
durante
os
próximos
encontros
e
poderão
ser
finalizados
até
o
nosso
último
encontro,
para
que
possam
enfeitar
a
Festa
do
Brincante.
24. Segundo
Encontro
|
Ciclo
Natalino
Neste
encontro,
buscamos
o
significado
das
festas
realizadas
no
Ciclo
Natalino,
como
Cavalo
Marinho,
e
Reisado.
A
idéia
é
perceber
que
estas
festas
já
eram
comemoradas
antes
mesmo
do
Cristianismo
e
que
o
simbolismo
que
está
presente
é
o
nascimento
de
uma
criança,
como
de
um
ciclo
novo.
Assistimos
ao
vídeo
FESTA
DA
ESTRELA,
do
acervo
do
Centro
de
Estudos
Casa
Redonda,
para
que
as
imagens
possam
alimentar
o
fazer
através
do
despertar
da
sensibilidade.
A
proposta
neste
dia
é
para
fazer
um
CHAPÉU
DE
REISADO,
com
caixa
de
papelão
e
brilhos
para
espantar
mal
olhado.
Para
o
Cavalo
Marinho,
propomos
o
CHAPÉU
DE
MATEUS,
que
é
um
brincante
e
animador
deste
folguedo,
assim
como
as
máscaras
dos
demais
personagens.
Outra
possibilidade
é
a
ESTRELA
como
um
símbolo
de
luminosidade.
Esta
estrela
de
rolinho
de
jornal
tem
uma
versão
mais
simples,
bidimensional,
ou
tridimensional.
Terceiro
Encontro
|
Ciclo
Carnavalesco
Neste
dia,
a
reflexão
é
sobre
o
sentido
das
máscaras,
seu
caráter
de
transcendência,
seu
uso
milenar
em
diferentes
culturas,
tanto
no
Ocidente,
como
no
Oriente.
Mostramos
imagens
de
máscaras
de
lugares
diferentes
e
também
brasileiras,
com
influências
indígenas,
africanas
e
européias
e
seu
uso
em
rituais,
teatros,
festas
e
no
Carnaval.
As
máscaras
têm
um
papel
importante
como
elemento
terapêutico,
no
sentido
da
consciência
dos
diferentes
papéis,
dos
arquétipos
que
elas
representam,
seu
uso
no
Teatro
Contemporâneo,
assim
como
a
função
educacional.
Focamos
no
Carnaval
brasileiro,
e
assistimos
um
DVD
sobre
Manifestações
Culturais
da
Fundação
Joaquim
Nabuco
de
Recife,
sobre
o
Ciclo
Natalino
(referente
ao
encontro
anterior)
e
sobre
o
Carnaval,
falando
sobre
os
clubes,
trocas,
blocos,
Maracatu,
Caboclinho
e
Frevo.
Desta
forma,
podemos
ter
uma
contextualização
histórica
destes
movimentos
para
inspirar
o
seu
fazer.
A
proposta
é
o
CHAPÉU
DO
CABLOCO
DE
LANÇA,
do
Maracatu
e
o
COCAR
DOS
CABOCLINHOS,
assim
como
as
diversas
MÁSCARAS,
tanto
do
Cavalo
Marinho,
como
outras
Carnavalescas.
A
experimentação
das
máscaras
traz
a
“in-‐corpo-‐ração”,
é
vivenciada
no
corpo
e
serve
como
recurso
para
o
Teatro,
na
criação
de
personagens
e
para
a
narração
de
histórias.
Quarto
Encontro
|
Ciclo
Junino
|
São
João
25. Para
o
fechamento
deste
módulo,
propomos
retomar
o
ciclo
Junino,
com
a
produção
de
ENFEITES
E
CHAPÉUS
para
a
DECORAÇÃO
DA
FESTA
que
é
um
momento
de
confraternização
com
outros
grupos
do
Brincante.
Temos
algumas
sugestões
de
chapéus
de
diferentes
modelos,
feitos
por
crianças,
assim
como
enfeites
e
luminárias
diversas
para
que
possam
fazer,
além
dos
acabamentos
e
finalizações
dos
trabalhos
anteriores
pendentes.
Existem
luminárias
de
“Medusas”,
cortadas
com
papel
de
seda
sobre
estrutura
de
rolinho
de
jornal,
com
algumas
variações,
com
aproveitamento
das
sobras
de
papel
para
fazer
toalhinhas
de
papel
picado,
além
de
flores
de
modelos
diferentes.
A
proposta
é
fazer
uma
avaliação
e
ver
o
retorno,
no
sentido
de
ampliar
as
possibilidades,
as
referências,
a
criatividade,
de
quebrar
barreiras
quanto
ao
se
experimentar
com
o
fazer,
com
as
artes,
com
o
grupo,
da
capacidade
de
transformação,
de
poder
colocar
em
prática
o
que
aprendeu,
com
a
produção
de
materiais
riquíssimos,
compreendidos
em
seu
contexto
e
com
uma
relação
de
sentido
como
este
fazer
e
resgatando
a
criança
brincante
dentro
de
si,
que
se
encanta
com
o
que
faz.
Mesmo
com
o
pouco
tempo,
a
idéia
é
aprender
uma
técnica
e
utilizá-‐la
como
ferramenta
e
recurso
em
outras
ocasiões,
usando
a
criatividade
e
inventividade
que
são
infinitas.
Ao
final,
propomos
uma
integração
com
o
trabalho
realizado
pela
Rosane
Almeida
com
uma
apresentação
da
coreografia
ensaiada,
com
uma
brincadeira
com
os
bois
construídos,
como
uma
forma
de
encerramento
deste
módulo
e
deste
semestre,
com
uma
celebração
com
comidas
e
bebidas
e
muita
alegria!
Para
finalizarmos
este
módulo
fechamos
lendo
alguns
versinhos,
como
por
exemplo:
“Sou
corda
de
rabeca
Sou
acorde
dissonante
Sou
coral,
sou
sinfonia,
Na
vida
sou
Brincante!”
Módulo
5
–
Agosto:
“Música
das
manifestações
populares
da
cultura
brasileira”
26. Ministrante:
Eugênia
Nóbrega
Iniciação
ao
universo
dos
toques,
instrumentos
e
cantos
da
música
brasileira.
Programação:
1.
A
gaita
dos
caboclinhos;
2.
Loas,
toadas
e
cantigas;
3.
O
batuque
do
pandeiro,
o
balanço
do
Ganzá,
o
toque
da
caixa,
o
baque
da
alfaia.
ES
MENSAIS09
Primeiro
Encontro
Fora
feito
a
apresentação,
destacando-‐se
o
objetivo
do
módulo
e
as
expectativas
de
cada
participante
para
melhor
reconhecimento
do
grupo.
Através
dessa
apresentação
foram
expostas
opções
para
realizarmos
o
módulo,
assim
como
a
escolha
do
gênero
musical
pela
qual
eles
gostariam
de
aprender.
Como
estamos
nos
referindo
“A
Arte
do
brincante”
brincaríamos
com
o
samba
e
o
coco,
dois
gêneros
de
música
da
nossa
cultura,
divididos
em
dois
encontros
a
cada
gênero,
através
dos
toques
do
pandeiro,
do
surdo,
do
tamborim,
do
agogô,
do
ganzá
e
da
alfaia.
Começamos
pelo
“toque
do
pandeiro”,
com
pequenas
bases
teóricas
como
o
sustentar
do
instrumento,
a
posição,
o
dedilhado
e
aprofundamos
a
parte
prática,
o
tocar
no
instrumento.
Do
pandeiro
partimos
para
o
“toque
do
surdo”
(o
sustento
do
samba).
Também
simples
aprendizagem
teórica
como
posicionamento,
execução
da
baqueta
e
partimos
para
o
desenvolvimento
motor,
a
parte
prática,
surgindo
assim
o
primeiro
toque
do
samba
do
pandeiro
com
o
surdo.
Fomos
ao
encontro
do
terceiro
instrumento,
o
“toque
do
tamborim”,
na
parte
teórica
também
trabalhando
o
sustento
e
o
movimento
do
instrumento.
Juntamos
a
mais
um
instrumento,
o
“Ganzá”,
com
os
mesmos
princípios
de
aprendizagem.
(Como
temos
poucas
horas
de
atividades
o
mais
interessante
e
importante
é
executar
a
parte
prática).
Adquiridos
os
ritmos
dos
4
instrumentos
foram
formados
4
grupos
de
cada
instrumento
e
formamos
assim
uma
pequena
“batucada
de
samba”.
Para
finalizar
esse
primeiro
encontro,
foi
preciso
desenvolver
o
lado
emocional
de
cada
educador
e
para
desenvolver
este
lado
o
aprendizado
de
um
canto:
”O
Trem
das
Onze”
de
Adoniran
Barbosa,
também
com
pequenas
bases
teóricas
e
mais
a
prática.