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  Diagnóstico da Qualidade e Atenção
Dietética nos Restaurantes Populares do
                 Brasil




           Raquel Botelho e Rita Akutsu
OBJETIVO GERAL




• Analisar a qualidade do serviço e da atenção
  dietética prestadas pelos Restaurantes Populares
  em funcionamento no Brasil.
Etapas da Pesquisa

              CLIENTE EXTERNO - USUÁRIOS



              CLIENTE INTERNO - FUNCIONÁRIOS


DIAGNÓSTICO

                                                SEGURANÇA
              QUALIDADE
                                  OFICINAS
              REGIONALISMO
                                               REGIONALISMO
Unidades Visitadas
• 37 RP – 4 Região Norte, 1 Centro-Oeste, 10
  Nordeste, 16 Sudeste e 6 Sul.
• Gestão direta – 16,7%
• Gestão Terceirizada – 66,6%
• Gestão Mista – 16,7%
• Número médio de refeições – 1683, variando de
  500 a 5612
• Número médio de funcionário – 33,9, variando de
  10 a 93
Dados e análises
• Avaliação sociodemográfica da população
• Avaliação nutricional
• Avaliação do consumo – Valor calórico,
  distribuição dos nutrientes e sódio
• Avaliação das condições higiênico sanitárias
• Avaliação dos cardápios – regionalismo e
  Aquisição de alimentos
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Predominantemente do sexo masculino (59,6%; n=1129)

Terceira idade (25,2%; n=477)

Ensino médio (38%; n=720)

Procedentes da Região Nordeste (38,2%; n=724)

Entidade familiar (união estável) (41%; n=777)

Renda per capita entre ½ a 1 salário mínimo (35,3%;
n=688).
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Principal atividade profissional - os serviços pessoais ou à
comunidade (28,7%; n=544)
Não participam de outros programas do governo (89,7%;
n=1698)
Bolsa Família é o mais prevalente (8,5%; n=161) – Desses:
 11,8% não têm rendimento (n=12)
 36% recebem até ¼ do salário mínimo per
 capita (n=58)
 37,9% recebem de ¼ a ½ salário mínimo
 (n=61)
 16,1% recebem de ½ a 1 salário mínimo
 (n=26)
 2,5% recebem de 1 a 2 salários (n=4).
Tabela 1 Distribuição dos Clientes Externos dos Restaurantes Populares
Brasileiros por Região Geográfica


          Regiões            Frequência          Percentual%
    Norte                         196                  10,3
    Nordeste                      570                  30,1
    Centro Oeste                   47                  2,5
    Sudeste                       770                  40,7
    Sul                           310                  16,4
    Total                        1893                 100,0
Tabela 2 Percentual de Tempo de Frequência dos Clientes
Externos aos Restaurantes Populares Brasileiros
 Tempo que frequenta o
                         Frequência       Percentual%
            RP
1 dia a 6 meses             591               31,2

7 - 11 meses                50                2,6

12 - 23 meses               347               18,3

24 meses em diante          820               43,3

Não responderam             85                4,5

Total                      1893              100,0
Tabela 3 Índice de Massa Corporal (IMC) dos Clientes
Externos dos Restaurantes Populares Brasileiros


         IMC           Percentual%   Dados POF 2009 %
 Indivíduo com baixo        5,9             2,7
 peso
 Indivíduo eutrófico      45,0             33,5

 Indivíduo com            37,1              49
 sobrepeso
 Indivíduo obesidade      11,9             14,8

 Não realizaram a          0,1              --
 aferição
 Total                    100,0
Tabela 4 Principais Doenças e Agravos à Saúde nos Clientes
Externos dos Restaurantes Populares Brasileiros


Principais Doenças e Agravos à saúde   Frequência   Percentual%
HA                                        323           17,1
DM                                        57            3,0
Dislipidemia                              22            1,2
CA                                         3            0,2
Outras DCNTs                              243          12,8
Álcool e drogas                            4            0,2
Doenças infecciosas e parasitárias         8            0,4
Total de indivíduos acometidos por
agravos à saúde                           660          34,9

Não apresentam agravos à saúde           1233          65,1
Total                                    1893          100,0
Tabela 5 Valor energético e sódio consumido no almoço
              nos Restaurantes Populares

      Região         Valor Energético        Sódio (mg)
      Norte           870 ± 245,6 kcal       2050±674
     Nordeste        956,7± 261,3 kcal       2027±722
   Centro- Oeste     824,6 ± 212,6 kcal      2216±618
     Sudeste         911,8 ± 343,1 kcal      2524±925
        Sul          787,4 ± 224,9 kcal      2221±863
      Brasil         898,2 ± 295,6 kcal      2271±853

Média de consumo representa 42,8% da recomendação do dia.

Limite máximo de sódio por dia 2300mg
Composição do almoço
• 58,6% Carboidratos      Normal – 55 a 75%

• 18,3% Proteínas         Normal – 10 a 15%

• 23,1% Lipídios          Normal – 15 a 30%

• Maior % de Lipídios no Nordeste – 24,1% e
  menor no sul – 20,7%
Comparação com os dados
         Nacionais – POF 2009
•   59% Carboidratos
•   12% Proteínas
•   29% Lipídios
•   Maior teor de lipídios no Sul – 32% e Sudeste
    – 31%

• Média consumo de sódio – homens – 3637,6
  mg; mulheres – 2809,03 mg
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EBIA –       Escala   Brasileira   de
Insegurança Alimentar
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Clientes Externos – 51,3% com segurança e 7,6% com Insegurança
Grave
Clientes Internos – 46,7% com segurança e 3,7% com Insegurança
Grave
Região Sul - maior número de indivíduos com domicílios em
Segurança Alimentar (72,6%) e, a pior região é a Norte (43,4%)

Dados POF 2009

65,8% com Segurança alimentar
34,2% com Insegurança alimentar – 5,8% grave
Oferta de Frutas e Hortaliças
               Regionais
• Centro-Oeste – Não serve
• Sudeste – Baixa oferta pela dificuldade de acesso
  e preço
  – Só 1 unidades compra Agricultura Familiar
  • Sul – recebe muitas doações e tem compra de
    produtores locais
  • Norte – Baixa oferta, falta de fornecedores,
    compras de terceiros
  • Nordeste – Muita compra da AF, produtor
    local e banco de alimentos. Utilizam muitas
    polpas.
AVALIAÇÃO HIGIÊNICO- SANITÁRIA

            Classificação das UANs
                        
   Insatisfatório (< 50%), satisfatória com
      restrição (50 a 69%) e satisfatória
                     (> 70%)
                        
                RDC n.º 216/04


                              (MARTINS et al., 2009)
Classificação RDC 216
• 14 unidades – grupo 1 - >70% adequação
• 21 unidades – grupo 2 – entre 50% e 69,9%
• 2 unidades – grupo 3 - < 50% adequação
Pontos que foram avaliados:

1- Avaliação das edificações e instalações
2- Avaliação da higienização de instalações,
equipamentos, móveis e utensílios
3- Avaliação da produção e transporte de
alimento
4- Avaliação da área de distribuição
5- Manipuladores de alimentos
6- Avaliação do controle integrado de
vetores e pragas urbanas
Atividades desenvolvidas e em
         desenvolvimento
• Oficinas de Boas Práticas de Fabricação e
  Regionalismo
• Revisita nas unidades para avaliação e
  orientação
• Desenvolvimento de cartilha orientativa
• Monitoramento constante
• Atividades educativas
Obrigada
• raquelbabotelho@gmail.com
• rita.akutsu@gmail.com

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Análise da qualidade e atenção dietética nos Restaurantes Populares brasileiros

  • 1. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Diagnóstico da Qualidade e Atenção Dietética nos Restaurantes Populares do Brasil Raquel Botelho e Rita Akutsu
  • 2. OBJETIVO GERAL • Analisar a qualidade do serviço e da atenção dietética prestadas pelos Restaurantes Populares em funcionamento no Brasil.
  • 3. Etapas da Pesquisa CLIENTE EXTERNO - USUÁRIOS CLIENTE INTERNO - FUNCIONÁRIOS DIAGNÓSTICO SEGURANÇA QUALIDADE OFICINAS REGIONALISMO REGIONALISMO
  • 4. Unidades Visitadas • 37 RP – 4 Região Norte, 1 Centro-Oeste, 10 Nordeste, 16 Sudeste e 6 Sul. • Gestão direta – 16,7% • Gestão Terceirizada – 66,6% • Gestão Mista – 16,7% • Número médio de refeições – 1683, variando de 500 a 5612 • Número médio de funcionário – 33,9, variando de 10 a 93
  • 5. Dados e análises • Avaliação sociodemográfica da população • Avaliação nutricional • Avaliação do consumo – Valor calórico, distribuição dos nutrientes e sódio • Avaliação das condições higiênico sanitárias • Avaliação dos cardápios – regionalismo e Aquisição de alimentos
  • 6. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Predominantemente do sexo masculino (59,6%; n=1129) Terceira idade (25,2%; n=477) Ensino médio (38%; n=720) Procedentes da Região Nordeste (38,2%; n=724) Entidade familiar (união estável) (41%; n=777) Renda per capita entre ½ a 1 salário mínimo (35,3%; n=688).
  • 7. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Principal atividade profissional - os serviços pessoais ou à comunidade (28,7%; n=544) Não participam de outros programas do governo (89,7%; n=1698) Bolsa Família é o mais prevalente (8,5%; n=161) – Desses: 11,8% não têm rendimento (n=12) 36% recebem até ¼ do salário mínimo per capita (n=58) 37,9% recebem de ¼ a ½ salário mínimo (n=61) 16,1% recebem de ½ a 1 salário mínimo (n=26) 2,5% recebem de 1 a 2 salários (n=4).
  • 8. Tabela 1 Distribuição dos Clientes Externos dos Restaurantes Populares Brasileiros por Região Geográfica Regiões Frequência Percentual% Norte 196 10,3 Nordeste 570 30,1 Centro Oeste 47 2,5 Sudeste 770 40,7 Sul 310 16,4 Total 1893 100,0
  • 9. Tabela 2 Percentual de Tempo de Frequência dos Clientes Externos aos Restaurantes Populares Brasileiros Tempo que frequenta o Frequência Percentual% RP 1 dia a 6 meses 591 31,2 7 - 11 meses 50 2,6 12 - 23 meses 347 18,3 24 meses em diante 820 43,3 Não responderam 85 4,5 Total 1893 100,0
  • 10. Tabela 3 Índice de Massa Corporal (IMC) dos Clientes Externos dos Restaurantes Populares Brasileiros IMC Percentual% Dados POF 2009 % Indivíduo com baixo 5,9 2,7 peso Indivíduo eutrófico 45,0 33,5 Indivíduo com 37,1 49 sobrepeso Indivíduo obesidade 11,9 14,8 Não realizaram a 0,1 -- aferição Total 100,0
  • 11. Tabela 4 Principais Doenças e Agravos à Saúde nos Clientes Externos dos Restaurantes Populares Brasileiros Principais Doenças e Agravos à saúde Frequência Percentual% HA 323 17,1 DM 57 3,0 Dislipidemia 22 1,2 CA 3 0,2 Outras DCNTs 243 12,8 Álcool e drogas 4 0,2 Doenças infecciosas e parasitárias 8 0,4 Total de indivíduos acometidos por agravos à saúde 660 34,9 Não apresentam agravos à saúde 1233 65,1 Total 1893 100,0
  • 12. Tabela 5 Valor energético e sódio consumido no almoço nos Restaurantes Populares Região Valor Energético Sódio (mg) Norte 870 ± 245,6 kcal 2050±674 Nordeste 956,7± 261,3 kcal 2027±722 Centro- Oeste 824,6 ± 212,6 kcal 2216±618 Sudeste 911,8 ± 343,1 kcal 2524±925 Sul 787,4 ± 224,9 kcal 2221±863 Brasil 898,2 ± 295,6 kcal 2271±853 Média de consumo representa 42,8% da recomendação do dia. Limite máximo de sódio por dia 2300mg
  • 13. Composição do almoço • 58,6% Carboidratos Normal – 55 a 75% • 18,3% Proteínas Normal – 10 a 15% • 23,1% Lipídios Normal – 15 a 30% • Maior % de Lipídios no Nordeste – 24,1% e menor no sul – 20,7%
  • 14. Comparação com os dados Nacionais – POF 2009 • 59% Carboidratos • 12% Proteínas • 29% Lipídios • Maior teor de lipídios no Sul – 32% e Sudeste – 31% • Média consumo de sódio – homens – 3637,6 mg; mulheres – 2809,03 mg
  • 15. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA EBIA – Escala Brasileira de Insegurança Alimentar
  • 16. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA Clientes Externos – 51,3% com segurança e 7,6% com Insegurança Grave Clientes Internos – 46,7% com segurança e 3,7% com Insegurança Grave Região Sul - maior número de indivíduos com domicílios em Segurança Alimentar (72,6%) e, a pior região é a Norte (43,4%) Dados POF 2009 65,8% com Segurança alimentar 34,2% com Insegurança alimentar – 5,8% grave
  • 17. Oferta de Frutas e Hortaliças Regionais • Centro-Oeste – Não serve • Sudeste – Baixa oferta pela dificuldade de acesso e preço – Só 1 unidades compra Agricultura Familiar • Sul – recebe muitas doações e tem compra de produtores locais • Norte – Baixa oferta, falta de fornecedores, compras de terceiros • Nordeste – Muita compra da AF, produtor local e banco de alimentos. Utilizam muitas polpas.
  • 18. AVALIAÇÃO HIGIÊNICO- SANITÁRIA Classificação das UANs  Insatisfatório (< 50%), satisfatória com restrição (50 a 69%) e satisfatória (> 70%)  RDC n.º 216/04 (MARTINS et al., 2009)
  • 19. Classificação RDC 216 • 14 unidades – grupo 1 - >70% adequação • 21 unidades – grupo 2 – entre 50% e 69,9% • 2 unidades – grupo 3 - < 50% adequação
  • 20. Pontos que foram avaliados: 1- Avaliação das edificações e instalações 2- Avaliação da higienização de instalações, equipamentos, móveis e utensílios 3- Avaliação da produção e transporte de alimento 4- Avaliação da área de distribuição 5- Manipuladores de alimentos 6- Avaliação do controle integrado de vetores e pragas urbanas
  • 21. Atividades desenvolvidas e em desenvolvimento • Oficinas de Boas Práticas de Fabricação e Regionalismo • Revisita nas unidades para avaliação e orientação • Desenvolvimento de cartilha orientativa • Monitoramento constante • Atividades educativas