1. UNIVERSIDADE PEDAGÓGICA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO E PSICOLOGIA
D I S C I P L I N A : P S I C O LO G I A D E A P R E N D I Z AG E M
D O C E N T E : V E R A C R I S TA L I N A A L A R
3. O QUE É TEORIA?
No campo da aprendizagem (como nos outros
campos científicos), os investigadores se propõem
descobrir leis científicas que expliquem a realidade
em estudo (compreender o mundo em que
vivemos).
A teoria é uma interpretação sistemática dum
âmbito do saber
4. QUAL É O VALOR DAS TEORIAS?
Fornecem instrumentos que
permitem prever os fenómenos e
intervir sobre os mesmos (ditado:
“saber é poder”).
Adquirir conhecimentos
fundamentais sobre a realidade.
5. APRENDIZAGEM
É uma mudança relativamente estável
e duradoura do comportamento.
Está relacionada com o exercício e a
experiência, com a descoberta,
podendo ocorrer de forma consciente
ou inconsciente.
6. TEORIAS DE
APRENDIZAGEM
Refere-se ao conjunto global de enfoques e
perspectivas teóricas (teorias) que tentam
oferecer explicações mais ou menos gerais
dos elementos e factores implicados no
processo de mudança que as pessoas
experimentam como resultado da sua
experiência e da sua relação com o meio.
9. 2- TEORIAS COGNITIVISTAS
a)Teoria de desenvolvimento cognitivo de Piaget
b)Teoria de aprendizagem por descoberta de
Jerome Brunner
c)Teoria de aprendizagem verbal significativa de
Ausubel
d)Teoria de classes de aprendizagem de Gagné
e)Teoria sócio histórico e cultural de Vigotsky
10. 3. TEORIAS HUMANISTAS
a) Teoria de aprendizagem centrada na
pessoa (personalista) de Carl Rogers
10
12. CORRENTE COMPORTAMENTALISTA/
BEHAVIORISTA
Por behaviorismo entende – se como sendo, um estudo
científico, puramente objectivo do comportamento
humano. O termo behaviorismo está associado ao
nome do psicólogo americano John B. Watson .
• O termo comportamentalismo deriva da palavra inglesa
behavior (comportamento).
13. De acordo com o pensamento
comportamentalista, o objecto de estudo da
psicologia deve ser a interacção entre o
organismo e o ambiente.
O comportamentalista tem as suas raízes nos
trabalhos pioneiros de Watson e Pavlov, mas a
criação dos princípios e da teoria em si, foi da
responsabilidade do psicólogo americano
Burruhs Skinner (1953),
14. que se tornou o representante mais
importante da escola comportamental,
ao descrever o condicionamento
operante aquando da sua experiência
do rato na caixa de Skinner.
15. Este grupo de teorias tenta explicar todo o
processo de formação da personalidade com
base na relação Estímulo-Resposta, isto é,
todo o estímulo que age sobre determinado
receptor provoca nele uma reacção/resposta.
Para estes autores tudo deve ser objectivo,
observável e mensurável.
16. CORRENTE COMPORTAMENTALISTA/ BEHAVIORISTA
Behaviorismo: é uma teoria que defende que “o
comportamento inclui respostas que podem ser
observadas e relacionadas com eventos que as
precedem (estímulos), e as sucedem
(consequências)” (Moreira, 1999:21).
Observação e estudo de comportamentos Desconsidera-se o que ocorre
manifestos e mensuráveis controlados Aprendiz tido como objecto na mente do indivíduo
17. CORRENTE COMPORTAMENTALISTA/ BEHAVIORISTA
• Limita-se ao estudo de comportamentos manifestos e
mensuráveis que podem ser controlados por suas
consequências.
• Segundo essa corrente, o aprendiz responde a estímulos
fornecidos pelo ambiente externo. Não leva em consideração
o que ocorre dentro da mente do indivíduo durante o
processo de aprendizagem, pois o que importa é o resultado:
o comportamento desejado.
• Principais teóricos nesta corrente: Ivan Pavlov; Frederick
Skinner. John B. Watson;Thordink; Pavlov ;
18. Principais teorias a abordar
Condicionamento Clássico de
Pavlov
Condicionamento Operante de
Skinner
19. IVAN PAVLOV
TEORIA DE CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
• Ivan Petrovich Pavlov (1849 – 1936)
desenvolveu o condicionamento clássico
como um princípio de aprendizagem
• Condicionamento clássico é um tipo de
aprendizagem em que um organismo aprende
a transferir uma resposta natural perante um
estímulo, para outro estímulo inicialmente
neutro, que depois se converte em
20. Este processo dá-se através da associação
entre os dois estímulos (incondicionado e
neutro).
A ideia básica do condicionamento clássico é que,
algumas respostas comportamentais são inatas em
vez de aprendidas, enquanto que outras são reflexos
condicionados, aprendidas através do
emparelhamento com situações agradáveis ou
aversivas simultâneas ou imediatamente posteriores.
21. Ou seja, um estímulo que era anteriormente neutro
torna-se capaz de gerar uma resposta por causa de
sua associação com um estímulo que
automaticamente produz a mesma resposta ou
respostas semelhantes.
22. TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEU DESENVOLVIMENTO
Abordagem Behaviorista – CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
É a
modificação
do
comportam
ento através
de estímulo
(Pavlov);
É substituição
de estímulos,
porque um
novo
estímulo
originalment
e neutro
toma lugar
de um
estímulo que
solicita
resposta.
Antes do
condicioname
nto: Comida
(EI - estímulo
primário) =
Salivação (RI –
comportamen
to instintivo);
Campainha
(EC) = sem
resposta
Durante o
condicioname
nto:
Campainha e
Comida (EC –
estímulo
neutro) =
Salivação
(EC+EI = RI)
Depois do
condicioname
nto:
Campainha
(EC) =
Salivação (RC)
22
23. IVAN PAVLOV
TEORIA DE CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
• Pavlov experimentou colocar comida em frente de
um cão esfomeado e ligou um tubo, através de um
dispositivo especial, às glândulas salivares. Depois
mostrou-lhe um pedaço de carne e verificou que
ele salivava. Em seguida fez soar uma campainha
ao mesmo tempo que lhe mostrava a carne e
verificou que ele continuava a salivar..
24. Repetiu depois o processo e chegou à
conclusão de que o cão salivava
todas as vezes que ouvia o som da
campainha mesmo que o alimento
não estivesse presente. A
campainha condicionava o cão a
salivar. Pavlov chamou a isso
reflexo condicionado
25. IVAN PAVLOV
TEORIA DE CONDICIONAMENTO
CLÁSSICO
• O condicionamento opera da seguinte
maneira: o alimento (estimulo) provoca
a salivação (resposta ou reacção
natural, não condicionada). O mesmo
tipo de reacção, a salivação pode ser
obtida se ao estímulo alimento se
associar um outro estímulo, neste caso
a campainha,
26. com a condição de que os dois
estímulos ocorram mais ou menos ao
mesmo tempo. À campainha, chama-se
então um estímulo condicionado
(Condicionamento Clássico). A salivação
obtida a partir do alimento, ocorre
sempre que se apresentar um dado
estímulo, a comida daí chamar-se
27. reacção natural ou não
condicionada. Porém, a salivação obtida a
partir da campainha só se consegue se estiver
condicionada pela associação da campainha
à comida: é por isso que se chama reacção
adquirida ou condicionada.
28. TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEU DESENVOLVIMENTO
Abordagem Behaviorista – Condicionamento Clássico – Implicações Educacionais
O condicionamento ensina-nos a perceber como é que um
comportamento novo pode ser aprendido: (i) através de associação de
ideias e experiências adquiridas.
O identificar os formandos pelo seu nome é motivo suficiente para levá-
los à aprendizagens mais consistentes e duradouras;
Os formandos podem ser reforçados pelo seu bom trabalho, pelos
testes, através de elogios, encorajamento, aprendizagens cada vez mais
novas, exigentes e significativas para o seu futuro;
O resultado pode vir também através da revisão contínua das aulas, da
relação entre o que foi aprendido e o que se vai aprender, através do
controlo sistemático, pelo(a) formador(a), do nível de assimilação que o
formando apresenta.
1
28
2
3
4
29. TEORIA DE CONDICIONAMENTO OPERANTE
Para Skinner nem toda a aprendizagem pode ser
explicada na base de estímulo identificável,
observável.
O Condicionamento operante advoga que um formando
estuda (trabalha) para ter um bom resultado. Esse
resultado representa o esforço por ele despendido para ter
a tal recompensa.
30. TEORIAS DE APRENDIZAGEM SEU DESENVOLVIMENTO
Abordagem Behaviorista – Condicionamento Operante (Instrumental)
O
condicionament
o operante
diferentemente
do clássico
advoga haver
relação entre
Estímulo (E),
Resposta (R1) e
Reforço (R2).
E = Estímulo
desconhecido
(é a condição
que leva a
acção);
R1 =
Resposta1/ o
comportamen
to para a
acção
(ocorrência de
uma acção
espontânea);
R2 =
Resposta2/ o
Reforço (o
resultado de
acção)
O rato
pressiona a
alavanca por
causa do
resultado
que ela traz:
a comida
A repetição do comportamento do rato é determinada pelas
consequências desse comportamento
30
33. TEORIAS DE APRENDIZAGEM SEU DESENVOLVIMENTO
Abordagem Behaviorista – Condicionamento Operante (Instrumental) –
Implicações Educativas
Os formandos, e.g., podem aprender eficazmente quando as
suas respostas (uma afirmação, um movimento, voluntariar-se
para responder a uma questão, responder uma questão, mera
presença do formando na sala) são recompensadas.
No condicionamento operante o reforço torna-se um factor subjacente à
aprendizagem;
33
34. Skinner considera a aprendizagem como uma
forma de condicionamento mas já não é o
reflexo condicionado ou condicionamento
clássico do Pavlov. Trata-se agora do
condicionamento operante ou instrumental,
mais complexo, que inclui a noção de reforço.
O condicionamento operante explica que
quando um comportamento é seguido da
apresentação de um reforço positivo, a
freqüência deste comportamento aumenta.
35. Isso acontece sempre que uma
resposta é recompensada. A
recompensa reforça, entusiasma e
funcionando ela própria como
estimulo, aumenta as
probabilidades de sucesso
36. DIFERENÇA ENTRE O CONDICIONAMENTO
CLÁSSICO E OPERANTE
Consiste no facto de que, no condicionamento
clássico de Pavlov o cão obtinha a comida
independentemente da reacção que tivesse.
No condicionamento operante (caso de gato
de Thorndike), a comida só lhe era acessível
se ele conseguisse manipular a alavanca.
37. Porém, Skinner não prevê unicamente a existência
de reforços positivos, prevê também a existência
de reforços negativos. Isto revela que o
comportamento também é influenciado pelo meio
e pelos reforços em si.
Reforço positivo ou recompensa - as reacções
que são recompensadas tendem a ser repetidas.
Pode surgir como exemplo de reforço positivo, se
o rato estiver na caixa e, por acaso, acionar uma
alavanca, receberá queijo reforço positivo. Neste
caso, o comportamento verificar-se-á mais vezes
38. REFORÇO NEGATIVO:
Por outro lado, o reforço negativo consiste em
remover um estímulo desagradável para
aumentar a frequência de ocorrência de um
comportamento desejado.
39. As reacções que libertam o organismo de uma situação
penosa têm tendência a ser repetidas. Pode surgir
como exemplo de reforço , se o rato estiver numa
caixa cujo chão produz choques eléctricos e ele
accionar a alavanca e os choques pararem reforço
negativo.
Benefícios do uso do reforço positivo e negativo
Tanto o reforço positivo quanto o negativo são muito
eficazes e benéficos para o desenvolvimento do
educando, uma vez que esse método educacional se
concentra em estimular e aprimorar os bons hábitos,
sem a necessidade de penalizar e punir os maus
comportamentos.
40. No condicionamento operante, a aprendizagem
é produto do reforço. Aqui o comportamento
inicialmente é espontâneo e o reforço serve
para fortalecer, ou seja, tornar consistente e
moldar esse comportamento. O reforço pode
ser positivo e isto activa e fortalece o
comportamento desejado ou negativo e isto
desactiva e inibe o comportamento não
desejado, levando à sua gradual e total
extinção.
41. JOHN WATSON (1878–1958)
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE
O behaviorismo watsoniano vem na senda dos
estudos sobre os reflexos condicionados,
realizados pelo russo Pavlov e do
conexionismo ou teoria de estimulo-resposta
(reacção) Thorndike .
Nos seus estudos sobre o comportamento,
Watson rejeitou tudo o que não pudesse ser
observado e medido com objectividade.
42. Assim, conceitos como mente, espirito,
consciência, pessoalidade, interiorização
aparecem desprovidos de significado para o
seu estudo por não serem susceptíveis de
uma observação objectiva, mensurável.
Watson vê a aprendizagem como o resultado de
um processo de condicionamento segundo o
qual determinadas respostas ou reacções são
associadas a determinados estímulos e,
considera que todas as formas de
comportamento podem ser aprendidas.
43. A fonte dos comportamentos (os estímulos) é
externa, vinculada ao meio e não aos
esquemas internos individuais.
44. THORNDIKE (1874 – 1949) (CONEXIONISMO DE
THORNDIKE)
Thorndike concebeu a aprendizagem de uma
maneira diferente. Para ele, aprender era
resolver um problema. Para estudar este
fenómeno, meteu um gato numa espécie de
gaiola , do lado de fora da qual colocou
bocados de comida presos por um fio. O gato
poderia chegar à comida se fosse capaz de
carregar numa alavanca que abriria a porta da
gaiola.
46. Após várias tentativas o gato carregou na
alavanca, a porta abriu-se e o gato comeu o
alimento. Repetida a experiência varias vezes,
verifico - se que o tempo que o gato precisava
para abrir a gaiola era cada vez menor, isto é,
nas suas tentativas para abrir a gaiola, ele ia
fazendo progressivamente menos erros. Para
Thorndike a aprendizagem consistia então em
estabelecer uma conexão, a nível do sistema
nervoso, entre estimulo e reacção, conseguida
após uma serie de tentativas e erros
(conexionismo de Thorndike).
47. Pela simples contiguidade, ou seja, estarem juntos no
tempo e no espaço, a associação de um estímulo a
uma resposta pode conduzir à mudança de
comportamento. E então, as pessoas podem mudar
como resultado de acontecimentos vividos e que
ocorreram conjuntamente. Este processo de
aprendizagem desenvolve no indivíduo estereótipos
dinâmicos (=hábitos).
Com base em varias experiências, Thorndike enunciou
as suas três leis leis da aprendizagem que giram a
volta da ideia de que a aprendizagem anda
associada a um esforço que é recompensado. São
elas:
48. Lei do efeito - a conexão entre um estimulo e
uma reacção é reforçada ou enfraquecida
consoante a satisfação, a ausência da
satisfação ou aborrecimento que acompanha
a acção.
Lei de exercício ou frequência - a repetição por
si só não conduz a aprendizagem. Só resulta
em aprendizagem se for acompanhada de
resultados positivos.
49. Lei da maturidade especifica - se um organismo
estiver preparado para estabelecer a conexão
entre estimulo e a reacção, o resultado será
agradável e a aprendizagem efectuar-se-á. Caso
contrario, o resultado não será agradável e a
aprendizagem será inibida.
As ideias de condicionamento e reforço foram mais
tarde desenvolvidas pelo neobehaviorista B. F,
Skinner (1904) que passou a ser conhecido
como grande expoente da teoria behaviorista de
aprendizagem.
50. Implicações Psico- Pedagógicas das Teorias Behavioristas
Definir, com a maior exactidão possível, os
objectivos finais da aprendizagem.
Analisar a estrutura da aprendizagem de modo a
determinar os objectivos de percurso.
Estruturar o ensino em unidades muito
pequenas de forma a permitir um melhor
condicionamento do aluno e conduzi-lo
através de experiências positivas de
aprendizagem
51. Apresentar estímulos capazes de suscitar reacções
adequadas.
Evitar as ocasiões de erro e no caso de ele vir a ocorrer,
ignora-lo o mais possível ou puni-lo de modo a evitar a
instalação de hábitos errados.
Proporcionar aos alunos conhecimento dos resultados
obtidos e retroalimentação adequada.
Recompensar, retirar recompensa ou punir os alunos de
acorda com a natureza dos seus comportamentos em
relação a aprendizagem desejada.
52. Limitações do behaviorismo
Estas teorias levam a uma aprendizagem limitada ao
ignorar os processos e particularidades internas
(mentais) do indivíduo (a vontade, o pensamento, a
individualidade, as particularidades, psicológicas, etc.).
Considerando que o impacto dos estímulos exteriores
depende das condições internas do indivíduo, nem
sempre o mesmo estímulo suscita a mesma reacção
em indivíduos distintos ou, no mesmo indivíduo em
momentos distintos daí que o esquema E/R não é
constante nem universal
53. Ignora-se a linguagem que é um dos
instrumentos básicos pelos quais o homem
aprende. A linguagem é sinal dos sinais pois
por meio dela o homem aprende segundos
sinais.
É uma teoria mecanicista e Explicam
parcialmente os mecanismos de
aprendizagem humana
54. TEORIAS DE APRENDIZAGEM SEU DESENVOLVIMENTO
ABORDAGEM BEHAVIORISTA – CONDICIONAMENTO OPERANTE –
IMPLICAÇÕES EDUCATIVAS
A presença dos formandos na aula ou na escola é uma
resposta da sua parte e passa pelos formadores verem se
essa resposta recebe o reforço que merece.
Os formadores podem reforçar os formandos comentando
com aprovação os seus trabalhos orais e escritos, sorrindo,
dando- lhes notas pelo seu trabalho, recompensando-os,
mostrando interesse neles e aceitando-os por aquilo que
eles são.
55. Eu sou
professor e
tenho como
tarefa: Modelar as respostas apropriadas
aos objetivos instrucionais.
Premiar as respostas certas de
forma a gerar um hábito.
Conseguir condutas apropriadas pelo
controlo do ensino através da
tecnologia educacional.
56. TEORIA DE APRENDIZAGEM SOCIAL A ALBERT
BANDURA (1925-1998):
Defende que, a maior parte do
comportamento humano é aprendido
observacionalmente através de
modelos:observando os outros
formamos idéias de como novos
comportamentos são executados e, em
alguma ocasião no futuro, essa
informação codificada nos serve como
guia para a ação.
57. APRENDIZADO OBSERVACIONAL OU
MODELAGEM
1. Atenção: a fim de aprender devemos prestar atenção.
Qualquer distrator terá um efeito negativo no
aprendizado observacional.
Se o modelo for interessante ou se houver um
elemento novo na situação o aluno tem mais chances
de prestar atenção total ao aprendizado.
2. Retenção: habilidade de guardar a informação e
recuperácla mais tarde.
58. 3. Reprodução:''realização na
prática"do"comportamento observado.
Quanto mais prática,melhor é o resultado da
reprodução.
4. Motivação:o aluno precisa estar motivado
para imitar o comportamento exibido pelo
modelo. Aqui o reforço e a punição têm uma
papel"fundamental,"tanto"se"aplicados ao
aluno ou ao modelo.“
59. Segundo La Rosa (2003) a teoria de Bandura enfatiza a
importância dos processos vicários, simbólicos e auto
regulatórios. Os fenômenos de aprendizagem resultantes
de experiências diretas podem ocorrer também, numa
base vicariante, ou seja, através da observação dos
comportamentos e experiências de outras pessoas e suas
consequências.
Por exemplo: uma criança aprende a falar observando as
pessoas do seu meio, outra aprende a nadar registrando
os movimentos do professor de natação, e um terceiro
inicia na arte do balé imitando os gestos e passos do
professor. Mas se as consequências comportamentais
para o modelo forem desastrosas, é provável que o
observador não se baseie nestas observações e modelos.
60. Fazendo um resumo da teoria social e sua relação
com a educação, pode-se dizer que os educadores
são um importante agente social na construção do
sujeito e na construção da aprendizagem, visto que
servem de modelo para os alunos que através da
cognição são capazes de incorporar e imitar
comportamentos que consideram como experiências
positivas.
61. TEORIAS COGNITIVAS DE APRENDIZAGEM
Estas realçam o lado intelectual do indivíduo. As teorias
cognitivas subdividem-se em:
teoria da forma ou da configuração,
também designada por gestaltista, que se
baseia no conhecimento intuitivo (insight) defendida
por Wertheimer, Kohler, Kofka;
a teoria da estrutura de campo defendida por
Piaget, Bruner, Lewin e Ausubel.
62. TEORIA DA FORMA OU CONFIGURAÇÃO
(INSIGHT)
Esta teoria, como já dissemos, defende que o
conhecimento é intuitivo.
O sujeito, perante o mundo que lhe rodeia, procura
interpretar e organizar as coisas de modo a construir
para si uma estrutura significativa portanto, a
aprendizagem é um processo em que algo deve fazer
sentido.
Assim, os meios ou vias que os estudantes usam para
resolver os problemas, os esquemas que eles
invocam, as falhas ingénuas que cometem podem ser
compreendidos e aí se poderá ajudar mais facilmente
ao estudante para seguir rumo certo.
63.
64. Kohler vê a aprendizagem como um processo de
conhecimento intuitivo em que o indivíduo tem como que
uma iluminação momentânea, fruto de sua intuição.
A forma intuitiva como o macaco resolve um certo problema,
isto é, a intuição em relação ao esquema de acção a
utilizar. Aqui a solução do problema surge como se tudo
acontece de repente, fruto de uma espécie de descoberta
sendo estável e susceptível de ser transferida para outras
situações mais ou menos semelhantes, pois o indivíduo
acaba compreendendo a relação entre os elementos da
situação no seu conjunto.
65. TEORIA COGNITIVA DA ESTRUTURA DE CAMPO
Como já dissemos, esta teoria toma em
consideração a mente, o espírito, a
consciência, a pessoalidade e a
interiorização.
A aprendizagem realiza-se num campo de
acção em que um conjunto de factores
interferem e condicionam o comportamento
numa determinada situação.
66. Portanto, a aprendizagem baseia-se na
mudança da estrutura cognitiva do sujeito, ou
seja, na maneira como o indivíduo percebe,
seleciona e organiza os objectos e os
acontecimentos e lhes atribui um significado.
Aqui, o sujeito é um agente activo, capaz de
criar seu próprio mundo e de evoluir
continuamente com base na sua própria
experiência.
67. A abordagem cognitiva de aprendizagem enfatiza o insigth, o pensamento, o
significado e a organização da informação como essenciais para que ocorra a
aprendizagem;
Nesta abordagem, parte-se do principio de que os alunos têm uma
capacidade
de base para a aprender.
Os alunos são capazes de controlar a sua aprendizagem activamente e de
organizar o seu campo de operação
Incidiremos nesta abordagem em 4 Psicólogos Cognitivos:
Roberto GAGNE, David AUSUBEL, Jean PIAGET e
Levy VYGOTSKY.
TEORIAS DE APRENDIZAGEM E SEU DESENVOLVIMENTO
Abordagem Cognitiva
6
7
68. ROBERT GAGNÉ
TEORIA DE PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO
Segundo Gagné, Aprendizagem é uma mudança de estado
interior que se manifesta por meio da mudança de
comportamento e na perseverança dessa mudança.
Um observador externo pode reconhecer que houve
aprendizagem quando observa a ocorrência de uma
mudança comportamental e também a permanência
desta mudança.
69. A aprendizagem é activada e estimulada pelo
ambiente exterior (input) e provoca uma
modificação no comportamento que é observada
como desempenho humano (output).
Não basta ver o comportamento do aprendiz
e sim analisar o processo de aprendizagem
Gagné defende que para que haja
aprendizagem, o processamento de
informação deve dar-se em etapas
sucessivas que seguem uma sequência.
70. CAPACIDADE LIMITADA DE PROCESSAMENTO DE
INFORMAÇÃO
A memória possui uma capacidade limitada de
armazenamento de informação, por isso a
informação deve ser codificada ou esquematizada
para que se mantenha memorizada.
Ele acreditava que a aprendizagem necessitava de
ser dividida em categorias baseadas nas
condições que deveriam ser criadas ao aprendiz
para que a aprendizagem pudesse ocorrer:
71. CATEGORIAS/RESULTADOS DE
APRENDIZAGEM
Informação verbal- é o meio pelo qual o indivíduo utiliza a informação
para designar objectos, factos e conceitos que elabora e das relações
que estabelece com eles;
Habilidades intelectuais- permitem ao indivíduo compreender a
informação tendo em conta a realidade sobre que actua;
Estratégias do cognitivo- estratégias que os aprendizes adquirem ao se
tornar aprendizes mais efectivos e mais independentes;
Habilidade motora- condições internas que permitem ao indivíduo
realizar acções que implicam movimento corporal;
Atitudes- estado aprendido que influencia ou modifica a escolha
individual da acção da pessoa.
72. CONDIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM
Gagné faz distinção entre eventos internos e
externos que influenciam o processo de
aprendizagem.
Eventos externos são as diferentes acções
desenvolvidas pelo educador com vista a
influenciar os processos internos, estes que
por sua vez associam-se às fases de
aprendizagem.
Eventos internos de aprendizagem são
chamados de processos de aprendizagem que
73. Eventos externos Fases de
aprendizagem
Eventos internos
Activar motivação Motivação Expectativa
(desperta o
interesse)
Dirigir a atenção Aprendizagem Atenção e
percepção selectiva
Orientar a
aprendizagem
Aquisição Codificação e
entrada para o
armazenamento
Dar exercícios e
trabalhos em grupo
Retenção Armazenamento da
memória
Intensificar a
retenção
Rememoração Recuperação
Promover a
transformação da
Generalização Transferência
Processos de aprendizagem e relação com as
condições para aprendizagem
74. TEORIA DE ENSINO DE JEROME BRUNER
"É possível ensinar qualquer assunto, de uma maneira intelectualmente honesta,
a qualquer criança em qualquer estágio de desenvolvimento" desde que se leve
em conta as diversas etapas do desenvolvimento intelectual. Logo, a tarefa de
ensinar determinado assunto a uma criança, é a de representar a estrutura
deste em termos da visualização que a criança tem das coisas. Aqui o que é
relevante em determinada matéria a ser ensinada é sua estrutura.
Devendo-se considerar: a Representação Activa, Representação Icónica e
Representação Simbólica.
75. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL
1º estádio: Representação Activa (respostas motoras)
A acção é a forma de representação da realidade. Representar o mundo é tocar, manipular, deslocar,...
objectos aprendizagem de respostas e hábitos orientação da própria acção
2º estádio: Representação Icónica
Predomina a representação visual da realidade com recurso a imagens sistematizadoras, há capacidade de
reprodução de imagens, ainda sem transposição, isto é, propriedades exteriores são fixadas através das
imagens memória visual concreta e específica
3º estádio: Representação Simbólica
A linguagem é a forma de representação da realidade, pois manifesta-se um sistema mais elaborado e
especializado de actividade simbólica através da abstracção.
76. CARACTERÍSTICAS DO ENSINO
Motivação
O formador deve especificar experiências que gerem predisposição para a aprendizagem (em geral ou
específica)
ter em conta factores culturais, motivacionais e pessoais, com especial atenção à relação pedagógica e de
autoridade/autonomia.
Estruturação dos conhecimentos
O formador deve estabelecer vias que permitam uma adequação entre os conteúdos e as capacidades de
aquisição dos indivíduos critérios:
simplificação da informação
possibilidade de gerar novas proposições
possibilidade de aumentar a capacidade de manipulação de um corpo de conhecimentos
77. Optimização das sequências de apresentação do material
consoante os casos, adoptar uma metodologia dedutiva (de noções teóricas às aplicações) ou
interrogativa-indutiva (dos casos às questões e problemas subjacentes)
Natureza e ritmo de recompensas e punições
o conhecimento dos resultados é uma componente muito importante no processo de ensino-
aprendizagem, envolvendo a avaliação dos progressos e das dificuldades, relativamente aos
objectivos, a informação de retorno (feeback) permitirá confirmar ou corrigir o processo de
aprendizagem. é importante a aplicação de reforços, quer imediatos, quer diferidos quando
necessário, é importante fazer intervir uma informação correctiva
78. A estruturação dos conhecimentos assim como as sequências de aprendizagem devem ter
em atenção:
o modo de representação
Considerar a técnica, o modo como a informação é comunicada atendendo às diversas
formas de representação (activa, icónica e simbólica)
o tipo de conhecimento
a economia, nomeadamente ao nível do volume de informação
devem, ainda, considerar: as aprendizagens anteriores, a natureza do material e as
diferenças individuais
79. ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
Importância do recurso a métodos activos, favorecendo a descoberta
permitindo não só uma maior intervenção do aluno, mas também o seu desenvolvimento e o reforço da
sua aprendizagem, indo além da simples memorização e incrementando as recompensas intrínsecas
Desenvolvimento curricular (curriculum em espiral)
é sempre possível apresentar os conteúdos aos alunos, desde que de forma adequada às suas
representações, oportunizando ao aprendiz rever os tópicos de diferentes níveis de profundidade.
80. Teoria de desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget
O conhecimento é uma construção do próprio indivíduo
que aprende
Conceitos-chave da teoria de Piaget
Assimilação
Acomodação
Adaptação
Equilibração progressiva
81. ADAPTAÇÃO-EQUILIBRAÇÃO
PROGRESSIVA
A construção das estruturas específicas para o acto de conhecer dá-
se através das acções do indivíduo no contacto com o meio, graças a
um processo de adaptação progressiva no sentido de uma
constante equilibração protagonizada por 2 processos:
82. ASSIMILAÇÃO
Quando o indivíduo entra em contacto com um novo objecto, ele utiliza esquemas que fazem
parte da sua organização cognitiva, olha, toca, buscando a essência do objecto
desconhecido, tal acção é a assimilação.
83. CONCEITOS
Assimilação- É o processo cognitivo de colocar novos eventos em
esquemas existentes, isto é, a incorporação de elementos do
meio externo (objecto ou acontecimento) a um esquema ou
estrutura do sujeito. É o processo pelo qual o indivíduo
cognitivamente capta o ambiente e o organiza possibilitando,
assim, a ampliação de seus esquemas.
Por exemplo: imaginemos que uma criança está aprendendo a
reconhecer animais, e até o momento, o único animal que
ela conhece e tem organizado esquematicamente é o
cachorro.
Quando a criança vê outro animal que possue alguma
semelhança com o cachorro, pois este é marrom,
quadrúpede, tem rabo, pescoço. Ela dirá que ele é cachorro.
83
84. ASSIMILAÇÃO – ACOMODAÇÃO-
EQUILIBRAÇÃO
Ocorre um processo de assimilação - a similaridade entre
o cavalo e o cachorro faz com que um cavalo passe por
um cachorro em função da proximidades dos
estímulos e qualidade dos esquemas acumulados pela
criança até o momento.
A diferenciação do cavalo para o cachorro deverá ocorrer
por um processo chamado de acomodação.
Adaptação: para Piaget, é o equilíbrio dinâmico entre os
processos da “ assimilação “ e da > “acomodação”.
Com isso chega-se a equilibração.
84
85. ACOMODAÇÃO
É o processo através do qual é produzido um novo
esquema ou o existente é alterado.
Quando o indivíduo assimila um dado cujo este é
incompatível com o já existente, é produzido o
desequilíbrio.
86. Acomodação – É a modificação de um esquema
ou de uma estrutura em função das
particularidades do objeto a ser assimilado.
A acomodação pode ocorrer de duas formas:
Criar um novo esquema no qual se possa
encaixar o novo estímulo, ou
Modificar um esquema já existente de modo que
o estímulo possa ser incluído nele.
86
87. .
O cérebro se esforça sempre em atingir o equilíbrio, conduzindo então o
aprendiz à criação de um novo esquema para acomodar o novo
material.
Situação Desequilíbrio Assimilação Desequilíbrio Acomodação Equilíbrio
88. DURANTE A INTERACÇÃO ASSIMILAÇÃO-
ACOMODAÇÃO OCORRE UMA
REORGANIZAÇÃO DOS ESQUEMAS
INICIAIS ATRAVÉS DO CONTACTO COM O
MEIO,
OCORRENDO ASSIM A APRENDIZAGEM.
89.
90. APLICABILIDADE DA TEORIA NO
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O aluno parte de suas próprias descobertas, ele irá compreender o objectivo principal do
ensino, que são os processos e não os produtos de aprendizagem.
O aluno participa activamente do próprio aprendizado mediante a experimentação, à
pesquisa em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio.
91. ABORDAGEM COGNITIVA
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL
defensor
da
Ausubel é conhecido como o psicólogo
aprendizagem significativa ou compreendida,
assimilação
Aprendizagem significativa é um processo
de substantiva e não arbitrária do que se
aprende .
Na aprendizagem significativa o novo conhecimento tem de
interagir com as ideias que o aluno ou o aprendente ja domina.
Aprendizagem significativa não significa aprendizagem
cientificamente significativa
10
92. 9
2
Condições para que ocorra a
aprendizagem significativa
Para que ocorra a aprendizagem
significativa
são precisos dois critérios:
•(1) Relacionar as novas experiências
com as já
existentes em si;
•(2) O novo conteúdo a apresentar
93. COMO TORNAR O CONTEÚDO ESCOLAR
SIGNIFICATIVO PARA O ALUNO?
De acordo com Ausubel, para que o conteúdo
seja significativo para o aluno, este deve
interagir com o conhecimento prévio
(conceito subsunçor) do aluno.
Como forma de saber quais são os
conhecimentos prévios do aluno em relação
a determinado assunto, Ausubel sugere ao
professor o uso de mapas conceituais.
94. Os mapas conceituais são instrumentos
educacionais, e se caracterizam como subsídios
aos educando e aos educadores nos significados
dos processos de ensino/aprendizagem.
Os mapas conceituais compõem um grande
recurso para detectar e apreciar o que os alunos
já sabem e são proveitosos enquanto apoio ao
esquema de percursos de aprendizagem.
Servem para que o educando reveja e relembre
conteúdos, recorrendo à sua memória.
95. Teoria Sócio-Cultural de Levy Vygotsky
O desenvolvimento cognitivo não pode ser dissociado do
contexto social e cultural em que ocorre
Conceito-chave da teoria de Vygotsky
Zona de Desenvolvimento Proximal
Nível de Desenvolvimento Real
Nível de Desenvolvimento Potencial
96. A Zona de Desenvolvimento Proximal é a distância entre aquilo
que o indivíduo ja sabe e o que tem potencialidade de
aprender.
Aprendizagem acontece no intervalo entre conhecimento real
e conhecimento potencial.
97. É UM FENÓMENO QUE SE REALIZA NA
INTERACÇÃO COM O OUTRO, DE TAL
MODO QUE SENDO INICIALMENTE UM
PROCESSO INTERPESSOAL PASSARÁ DAI
A UM PROCESSO INTRAPESSOAL.
98. O BOM ENSINO, PORTANTO, É O QUE
INCIDE NA ZONA PROXIMAL.
Ensinar o que a pessoa ja sabe é pouco
desafiador e ir além do que ela pode aprender
é ineficaz.
O ideal é partir do que ela domina para ampliar
seu conhecimento.
99. APLICABILIDADE DA TEORIA NO
PROCESSO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM
Quanto mais ricas as interacções, maior e mais sofisticado
será o desenvolvimento.
Busca-se e valoriza-se o conhecimento que o aluno possui
para desenvolvê-lo.
O professor olha para o aluno não como o que ele é mas o
que pode vir a ser.
100. CORRENTE HUMANISTA
Baseia-se na crença de que o educando deve ter
mais responsabilidade para decidir o quer
aprender e para ser mais independente e auto-
orientador da sua aprendizagem.
“Tornar-se pessoa” é a chave do processo de
aprendizagem na visão humanista.
O educando cresce e adquire experiência se se lhe
deixa livre iniciativa para descobrir o seu próprio
caminho numa atitude de auto-realização e auto-
avaliação num processo de se tornar pessoa.
101. TEORIAS HUMANISTAS
O desenvolvimento social e emocional do educando é tão
importante como o desenvolvimento intelectual mas deve
realizar-se num clima de liberdade, criatividade, colaboração,
espontaneidade e empatia.
As notas, os currículos fixos, a obrigatoriedade de assistir as
aulas, os planos de aula espartilhadores da espontaneidade
serão aspectos que não se coadunam com a aprendizagem
dos humanistas.
102. CARL ROGERS
A PEDAGOGIA CENTRADA NO
ALUNO
Para Rogers, ensinar é mais que transmitir
conhecimento – é despertar a curiosidade,
é instigar o desejo de ir além do conhecido.
É desafiar a pessoa a confiar em si mesma
e a dar um novo passo em busca de mais.
Auto-conceito, Auto-Confiança, Auto-
Eficiência.
103. A RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO SOB
A ÓPTICA DE ROGERS
. Para Rogers, o relacionamento entre
professor e aprendiz deve ser afectuoso e
cooperativo, um aprendendo com o outro,
caminhando para o aprendizado
significativo.
Essa humildade por parte do professor o
levará, segundo ele, a um relacionamento
autêntico e transparente com o educando. A
autenticidade será a principal ferramenta do
educador, que conduzirá o aluno à
104. O professor passa a ser considerado um
facilitador da aprendizagem, não mais aquele
que transmite conhecimento, e sim aquele que
auxilia os educandos a aprender a viver como
indivíduos em processo de transformação.
O educando deve ter mais responsabilidade para
decidir o quer aprender e para ser mais
independente e auto-orientador da sua
aprendizagem. Ele é instigado a buscar o seu
próprio conhecimento, consciente de sua
constante transformação.
105. QUALIFICAÇÕES NECESSÁRIAS AO PROFESSOR-
FACILITADOR SEGUNDO ROGERS
Autenticidade: qualidade que conquista o respeito dos
educandos. É preciso se mostrar pessoa como eles
também são: com defeitos e qualidades, sentimentos e
desejos, alegrias e tristezas. Um ser real e comum com
sua própria história de vida.
Apreço, aceitação e confiança: é necessário ter
carinho pelo estudante e por tudo que ele representa;
considerar suas acções e reações e aceitá-los como
pessoas reais.
106. Compreensão empática: ocorre
quando o facilitador deixa o
julgamento de lado e
compreende o educando,
cultivando a capacidade de olhar
o outro de seu ponto de vista, o
que será de extrema importância
107. Princípios de actuação psico-pedagógica
Não nos preocupemos tanto com o ensino;
preocupemo-nos antes com a aprendizagem numa
perspectiva do desenvolvimento da pessoa humana.
Centre-se a aprendizagem no aluno, nas suas
necessidades na sua vontade, nos seus sentimentos
(e não no professor e nem nos objectivos bem
definidos ou nos conteúdos programáticos).
108. Desenvolva-se no educando a responsabilidade pela
auto-aprendizagem e incuta-se-lhe um espírito de
auto-avaliação.
Ensine-se também a sentir e não apenas a pensar.
Promova-se uma aprendizagem activa orientada
para um processo de descoberta, autónoma e
reflectido.