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SISTEMAS, SERVIÇOS E POLÍTICAS DE
SAÚDE
1º Semestre 2017
HSP-283
Professores responsáveis: Aylene Bousquat, Cleide
L. Martins, Paulo Frazão
Tópicos de hoje
• Proteção Social
• Sistemas de Saúde
• Serviços de Saúde
• Arcabouço teórico do Sistema de Saúde Brasileiro
Proteção Social
Rede de Solidariedade
 Proteção social é uma “rede de solidariedade”
 A solidariedade institucionalizada tanto pode abranger
a noção de cidadania social quanto limitar-se a
categorias ocupacionais ou, ainda, ao âmbito
familiar e local
Rede de Solidariedade
Antigos sistemas de proteção
social
• família; associações da
comunidade; instituições
religiosas e filantrópicas
Modernos sistemas de proteção
social
• categorias profissionais;
Estado
Dimensões da Proteção Social
• Ação de proteger indivíduos contra os riscos inerentes à
vida e/ou assistir necessidades geradas em diferentes
momentos históricos e relacionadas com múltiplas
situações de dependência
• Riscos relacionados a fatores naturais e/ou
ambientais (sociedades tradicionais)
• Riscos relacionados a fatores econômicos, políticos e
sociais (sociedades modernas)
Modalidades básicas de atuação do
Estado
• Assistência social
• Seguro social
• Seguridade social
Modalidades básicas de atuação do
Estado
• Assistência social
• Distribuição de benefícios
para camadas específicas
da população; Ações são
do tipo focalizado,
residuais e seletivas
Modalidades básicas de atuação do
Estado
• Seguridade social
• Benefícios são distribuídos
a categorias ocupacionais
específicas (geralmente
trabalhadores do mercado
formal de trabalho)
Modalidades básicas de atuação do
Estado
• Seguro social
• Distribuição de
benefícios a todos os
cidadãos de uma
determinada unidade
territorial
Modelos de proteção social
tipos ideais
 O processo histórico de constituição de direitos sociais
resultou em diferentes modelos de proteção nos países 
mobilização da classe trabalhadora, força partidos de esquerda,
capacidade em estabelecer alianças – setores rurais (na origem),
classes médias (pós 2.GM)– legados institucionais.
 Diversos autores - diferentes tipologias
 Tipo-ideais gerais: não tem correspondência direta com a
realidade, não são tipos puros – características normativas
(deve ser)
 Programas sociais em um mesmo país seguem diferentes
modelos
 Não correspondem a estágios progressivos: não são variações
de mais e menos
 Importantes para discutir concepções das reformas
Modelos tipo ideais de proteção social e de proteção social em
saúde
 Fleury / Titmuss / Esping-Andersen
 Assistência social / residual / liberal – saúde sistema de mercado
 Seguro social / meritocrático-corporativo /conservador – seguro
social de saúde
 Seguridade social / institucional redistributivo / social-democrata –
serviço nacional de saúde
 Na saúde, as modalidades de intervenção estatal tem
sido tipificadas em:
 serviços nacionais de saúde (National Health Service –
NHS)
 seguro social de saúde (National Health Insurance)
 sistemas de mercado (Immergut, 2002; Lobato e Giovanella,
2008, Almeida 2008)
MODELOS DE PROTEÇÃO SOCIAL
Tipos ideais
ASSISTÊNCIA SEGURO SEGURIDADE
Denominação Residual Meritocrático-corpor. Institucional-
redistrib.
Ideologia Liberal Corporativa Social-democracia
Princípio Caridade Solidariedade grupo Justiça
Efeitos Discriminação Manutenção Redistribuição
Status Desqualificação Privilégio Direito
Finanças Doações % Salário Orçamento público
Atuária Fundo Acumulação Repartição
Cobertura Alvos Ocupacional Universal
Benefícios Bens/serviços Proporção Salarial Mínimo Vital
Acesso Teste Meios Filiação Universal
Administração Filantrópica Corporativa Pública
Organização Local Fragmentada Central
Referência EUA Bismarck Beveridge
Cidadania Invertida Regulada Universal
Fonte: Fleury, 1994
ASSISTÊNCIA
DENOMINAÇÃO Residual
Ideologia Liberal
Princípio Caridade
Efeitos Discriminação
Status Desqualificação
Finanças Doações
Atuária Fundo
Cobertura Alvos - focalizada
Benefícios Bens/serviços
Acesso Teste de Meios atestado pobreza
Administração Filantrópica
Organização Local
Referência EUA
Cidadania Invertida
Fleury, 1994
SEGURO SOCIAL
DENOMINAÇÃO Meritocrático-corporativo
Ideologia Corporativa/conservador
Princípio Solidariedade de grupo
Efeitos Manutenção
Status Privilégio
Finanças % Salário
Atuária Acumulação
Cobertura Ocupacional
Benefícios Proporção Salarial
Acesso Filiação
Administração Corporativa
Organização Fragmentada
Referência Bismarck
Cidadania Regulada
Fleury, 1994
SEGURIDADE SOCIAL
DENOMINAÇÃO Institucional-redistributivo
Ideologia Social-democracia
Princípio Justiça
Efeitos Redistribuição
Status Direito
Finanças Orçamento público
Atuária Repartição
Cobertura Universal
Benefícios Mínimo Vital (máximo social)
Acesso Universal/ necessidade
Administração Pública
Organização Central
Referência Beveridge
/ países escandinavos
Cidadania Universal
Fleury, 1994
Sistemas de proteção e atenção à saúde
• Sistemas de proteção e atenção à saúde
hoje existentes são resultado de longo
processo histórico
• resultam de um emaranhado de iniciativas
nem sempre coerentes
• arqueologia de como se constituíram os
diversos serviços
• Efeitos de difusão de experiências para outros
países
Sistemas de proteção e atenção à saúde
resultado de longo processo histórico – arqueologia
 Hospitais: disputas entre igreja e Estado para impor o poder secular
e separar Estado e Igreja; em parte estatizados ainda na idade
média - Reforma protestante
 Sindicatos, partidos políticos, mov sociais: criaram sociedades de
ajuda mútua para prover ajuda financeira a seus membros em caso
de morte e doença:
 base organizacional para os movimentos nascentes de
trabalhadores e os benefícios ofertados era incentivo para atrair
filiados e possibilitar lutas políticas/ deram origem aos sindicatos/
burlar legislação que proibia a organização dos trabalhadores
 As primeira leis regularam estas Mútuas: inicialmente ênfase no
registro e após 1850 subsídios financeiros
 Relação partidos políticos com Mútuas e Caixas (Bélgica: socialistas,
católicos e liberais); Posição contrária dos partidos socialistas na
origem: forma do governo se contrapor ao movimento socialista
 Controle do executivo sobre mútuas – “ordem social”
 Final de 1800 no RU havia 27 mil friendly societies
Sistemas de proteção e atenção à saúde: origem
 Na origem, legislações aprovadas estiveram condicionadas por
circunstâncias políticas, econômicas e culturais de cada época e de
conflitos específicos em cada país:
 constelações de atores setoriais (trabalhadores organizados, seguros
privados, partidos, médicos)
 instituições políticas que moldam a atuação dos atores: regras do jogo
 força dos movimentos dos trabalhadores, dos partidos de esquerda
e suas capacidades em estabelecer alianças
 legados das políticas e iniciativas anteriores (sociedades de
ajuda/socorro mútuo, movimento trabalhadores)
 médicos: formas de organização e modos como conquistam o
monopólio do exercício da medicina, associações médicas (generalistas
e especialistas)
 seguros privados – $ pecúlio por morte, funeral
Sistemas de proteção e atenção à saúde: origem
 Três ondas de legislação de constituição e desenvolvimento de sistemas
ampliados de proteção à saúde na Europa:
 Primeiras iniciativas governamentais na forma de legislação regulando
as atividades das sociedades de ajuda mútua
 No século XIX muitas nações aprovaram subsídios governamentais às
mútuas voluntárias: exigiam registro e controlavam parcialmente as
mútuas – controle movimento/organização trabalhadores, controlar
a ordem social
 No início do século XX criação de sistemas de seguros sociais
compulsórios, em geral iniciados com categorias de menor renda.
Legislações decorrentes de greves gerais e conseqüentes à extensão do
direito ao voto depois da 1ª GM
 Depois da 2ª GM maioria dos países europeus universalizou seus
programas incluindo a maioria da população. Em alguns países
transformação em serviços nacionais de saúde (SNS) financiados com
recursos fiscais
Países
Apoio a sociedades
voluntárias de ajuda
mútua
Seguro Social de
Saúde SHI
Social Health Insurance
Serviço Nacional de
Saúde NHS
National Health Service
Alemanha Sec 18 e 19 1883
Áustria 1888, 1939
Bélgica 1849, 1898 1944
Dinamarca 1892 1973
Espanha 1839, 1859 1942 1986
França 1834, 1852, 1898 1928, 1945
Holanda 1913, 1929, 1943
Itália 1886 1943 1978
Portugal 1944 1979
Noruega 1909, 1953, 1956 1969
Reino Unido 1793, 1815,1850,1898 1911 1946
Suécia 1891, 1910, 1931 1946 (1969)
Suíça 1911, 1964
Brasil 1888 1923, 1933, 1966 1988
Immergut, 1992
Public health care coverage, per cent of total population, 1960-2000
Cobertura sistema público
Fonte: extraído de Docteur E, Oxley H. Health-Care Systems: Lessons from the Reform
Experience
OECD HEALTH WORKING PAPERS (2003)9. Organisation for Economic Co-operation and Development.
Países 1960 1970 1980 1990 2000
Austria 78.0 91.0 99.0 99.0 99.0
Belgium 58.0 97.8 99.0 97.3 99.0
Denmark 95.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Finland 55.0 100.0 100.0 100.0 100.0
France - 95.6 99.1 99.4 99.9
Germany 85.2 89.2 92.3 88.8 90.9
Greece 44.0 55.0 88.0 100.0 100.0
Italy 87.0 93.0 100.0 100.0 100.0
Netherlands 71.0 71.0 74.6 73.9 75.6
Norway 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Portugal 18.0 40.0 100.0 100.0 100.0
Spain 54.0 61.0 83.0 99.0 99.8
Sweden 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
United Kingdom 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
United States 24.5 24.7
Sistemas de saúde
• não há concordância entre os autores sobre definição e
limites dos sistemas de saúde
• as definições, conceitos e categorias usadas para
analisar SS variam:
• segundo valores, princípios e concepções existentes
sobre o que é saúde e
• qual a responsabilidade do Estado em relação à saúde
das populações que vivem em seu território (Viacava et al,
2004).
• Sistema de saúde (SS) X sistema de serviços de
saúde (SSS)
O que é sistema?
 Sistema é um conjunto de partes interrelacionadas e
interdependentes que têm como objetivo atingir determinado
fim.
 Sistema de saúde é uma combinação de recursos,
organização, financiamento e gerenciamento que culmina na
prestação de serviços de saúde para a população.
(Roemer, M. 1985)
 Sistemas de saúde são respostas sociais organizadas para
responder às necessidades, demandas e representações das
populações [em relação à saúde], em determinada sociedade
e determinado tempo .
(Mendes, EV. 2003)
Sistemas de saúde x sistemas de serviços de saúde
• sistemas de saúde: concepção abrangente – referem-se à
saúde em sentido amplo, como manifestação objetiva das
condições de vida de uma população, resultante da ação
intersetorial e de articulação de políticas econômicas e sociais
• “Conjunto de relações políticas, econômicas e institucionais
responsáveis pela condução dos processos referentes à saúde
de uma dada população e que se concretizam em
organizações, regras e serviços que visam alcançar resultados
condizentes com a concepção de saúde prevalecente na
sociedade” (Lobato e Giovanella, 2008)
01
Sistema de saúde
• Sistema de Saúde • conjunto de todas as
atividades que objetivam
promover, restabelecer e
manter a saúde da
população de uma
determinada sociedade
• Atividades que integram os sistemas de saúde
– Atividades de saúde pública em sua dimensão
coletiva, próprias do Estado
– Serviços de atenção individual, públicos e privados
Sistema de serviços de saúde
• Objetivo: aliviar o sofrimento e melhorar a saúde da
população
• Envolve objetivos intermediários e ações intersetoriais
• Difícil responder qual a contribuição do SSS para a
saúde da população – investigar o impacto dos serviços na
saúde da população
• Acesso a serviços de saúde de boa qualidade de acordo
com as necessidades: um dos determinantes sociais da
saúde
• Ordem
• Desordem
• Conflito
• Caótico
• Os Sistemas de
Saúde, como
conhecemos hoje
(estruturas públicas e
privadas de
assistência à saúde)
são recentes na
história.
• Meados do século XX
Sistemas de Saúde-
Elementos similares
• Instituições responsáveis por determinadas atividades
• Rede de Serviços
• Financiamento
• Os sistemas de saúde não podem ser separados
da sociedade; ao contrário, eles fazem parte da
dinâmica social.
• Proteção a saúde mais
ampla....
• Entendimento da
saúde como problema
coletivo
Sistemas nacionais de saúde, várias respostas
 Tipo de instituição responsável pelas demandas de saúde (
Estado, empregadores, planos privados de saúde)
 Modo de organização da oferta da assistência (o lugar dos
hospitais públicos e privados, o papel da atenção primária, a
prática dos profissionais de saúde, dos médicos)
 Prioridades assumidas: universalidade, manutenção da
medicina liberal, espaço dado ao mercado, regulação estatal.
Mesmos desafios : sociais (de garantir o acesso a todos);
organizacionais (melhorar a eficiência do sistema);
Três grandes tipos de sistema
Sistemas nacionais de saúde (Beveridgianos): Inglaterra,
Itália, Espanha, Canadá ...
Financiados por impostos, cobertura universal gratuita,
gestão pública estatal
Sistemas de seguros sociais (Bismarckianos): Alemanha,
Japão Áustria , Bélgica, França ...
Financiados por contribuições de empregadores e
empregados, adesão obrigatória. Apenas públicos ou
público/privado . Estado cobre desempregados e vulneráveis.
Sistemas liberais de saúde: Estados Unidos, Europa
Central, AL
Predomínio do mercado privado, planos e seguros.
Financiado pelos empregadores ou indivíduos, sistema
público é residual
Na Europa, tendência de diminuição das diferenças entre os pa
O Brasil tem um sistema misto
Um sistema
universal ....
....com uma
estrutura de
gastos liberal
Fonte OECD
2012
http://apps.who.int/gho/data/node.m
ain.78?lang=en
Componentes dos sistemas de saúde
 Recursos (humanos, econômicos, rede de serviços,
insumos, tecnologias, conhecimento)
 Organizações (instituições e agências públicas e
privadas)
 Coberturas (população alcançada e serviços ofertados)
(Giovanella, L. e Lobato, L. 2008)*
Funções dos sistema de saúde
 Funções são as condições que propiciam um melhor
desempenho do sistema de saúde. Um conjunto de ações e
responsabilidades que devem ser desenvolvidas para a
realização da finalidade do sistema de saúde
Financiamento
Planejamento
Avaliação
Regulação e Controle
Informação
Rede de Serviços
• Serviços coletivos • Serviços de assistência
médica/ individual
Serviços coletivos
 Dirigem à prevenção, promoção e controle de ações
que tem impacto sobre o conjunto da população
 Vigilância Epidemiológica; Vigilância Sanitária; Controle
ambiental
 Quem faz?
◦ Rede de assistência individual
◦ Órgãos especificos
Rede de Assistência Individual
 Pode variar com o país
 Todos os sistemas possuem: serviços ambulatoriais;
hospitais; de atenção a doenças específicas e de
atenção delonga duração.
 Podem ser públicos ou privados
 Em parte dos sistemas, os serviços são organizados em
níveis de atenção
 Rede básica
 Rede especializada
• Políticas de Saúde
03
3 dimensões das políticas de saúde
Proteção
Social
DIMENSÕES
• Saúde como espaço de acumulação capital
• Estado capitalista
• Tecnologia e trabalho
• Indústrias e mercados
Econômico-
Industrial
• Saúde como direito
• Estado de Bem-Estar Social
• Aspectos conceituais: proteção x risco
• Aspectos históricos: proteção x capitalismo
(Freeman e Morgan, 2002)
Política
• Saúde como objeto de conflito
• Estado democrático
• Atores, interesses, relações de poder
• Pontos de veto e coalizões de apoio
12
Diagnóstico dos Sistemas de Saúde
• Aumento das despesas e do custo da
assistência à saúde
• Limites à expansão dos gastos
• Limites à melhoria das condições de saúde
• Sistemas ineficientes e com baixa resolutividade
• Queda na qualidade dos serviços
• Maiores exigências dos usuários
BRASIL
Políticas de Saúde
17
Política de Saúde no Brasil
• Até 1988
– Acesso aos serviços públicos de saúde condicionado
à situação de trabalho do usuário (vínculo
contributivo)
• Após 1988
– Acesso universal às ações e serviços públicos de
saúde, independentemente da condição sócio-
econômica do usuário
PLANO BÁSICO Trajetórias e Principais Pontos de Inflexão
1923
CAPS MS
1953 1974
MPAS
INAMPS
INPS
1997
PAB
1988
Seguridade
Social
SUS
1993
NOB 01-93
2001
NOAS 01
2002
NOAS 02
1940
AUTOGESTÃO
1966
INPS
1996
NOB 96
1930
MES
1933
IAPS
IAPI IAPB
PACTO
2006
PSF
1987
SUDS
Organizações no Sistema de Saúde
Brasileiro
• Imensa variedade organizações pública e privadas
estabelecidas em diferentes momentos históricos
Reforma do Sistema de Saúde Brasileiro
Reforma do setor de saúde brasileiro ocorreu de forma
simultânea ao processo de democratização, tendo sido
liderada por profissionais da saúde e pessoas de
movimentos e organizações da sociedade civil.
15
Constituição Federal de 1988
• Deslocamento em direção a uma forma mais
universalista e igualitária de organização da
proteção
• Adensamento do caráter redistributivo da política
social
• Ampliação e extensão dos direitos sociais
• Universalização do acesso e expansão da cobertura
• Tentativa de reduzir o vínculo contributivo como vínculo único
• Recuperação e redefinição de patamares mínimos dos valores dos
benefícios sociais
• Maior comprometimento do Estado e da sociedade no
financiamento de todo o sistema
• Noção de seguridade social como forma mais abrangente de
proteção
Fundamentos da Política de Saúde
• “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à (i)
redução do risco e da doença e de outros agravos e ao
(ii) acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”
• (Constituição Federal, Artigo 196)
Fundamentos da Política de Saúde
• “A saúde é um direito fundamental do ser humano,
devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao
seu pleno exercício”
(Lei 8080/1990, Artigo 2º)
Fundamentos da Política de Saúde
• “A assistência à saúde é livre à iniciativa privada”
(Constituição Federal, Artigo 199)
• “As instituições privadas poderão participar de forma
complementar do SUS” (CF, Artigo 199)
Fundamentos da Política de Saúde
• “Os serviços privados de assistência à saúde
caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de
profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas
jurídicas de direito privado na promoção, proteção e
recuperação da saúde” (Lei 8080/1990, Artigo 20)
Princípios éticos / doutrinários do SUS
• Universalidade
• Equidade
• Integralidade
Princípios éticos / doutrinários do SUS
• Universalidade
Acesso universal e gratuito a toda a população
Saúde como direito de cidadania e dever do Estado (em seus
três níveis de governo)
• Equidade
Tratamento desigual para situações desiguais (a cada um
segundo suas necessidades)
Política de saúde deve ser redistributiva
• Integralidade
Atendimento integral, por meio de um conjunto articulado de
ações e serviços, em todos os níveis de complexidade do
sistema
Diretrizes de organização do SUS
• Descentralização
• Regionalização / hierarquização
• Participação social
Diretrizes de organização do SUS
• Descentralização
Redistribuição de responsabilidades e recursos para os estados
e municípios
Os três níveis de governo são gestores do SUS
• Regionalização / hierarquização
Distribuição espacial dos serviços, de modo a atender as
necessidades da população em todas as regiões do país e em
todos os níveis de complexidade
Ações articuladas entre União, estados e municípios
• Participação social
Participação dos usuários e demais segmentos da sociedade,
por meio da constituição e funcionamento dos conselhos de
saúde nos três níveis de governo
ESTRUTURA INSTITUCIONAL E
DECISÓRIA DO SUS
Ministério da
Saúde
Secretarias
Estaduais
Secretarias
Municipais
Comissão
Tripartite
Comissão
Bipartite
Conselho
Nacional
Conselho
Estadual
Conselho
Municipal
Nacional
Estadual
Municipal
Comissão
Intergestores
Gestor Colégiado
Participativo
20
Visão geral do sistema de saúde brasileiro
Subsistema
público
Subsistema
privado
Privado
contratado
Saúde
suplementar
SUS
Autogestão
Medicina
de grupo
Cooperativa
Seguradora
• Lucrativo
• Não lucrativo / filantrópico
Planos de saúde
• Federal
• Estadual
• Municipal
Acesso universal
Acesso condicionado a:
• capacidade de pagamento
• inserção no mercado de trabalho
Própria
Contratada
Tipo de Operadora
Rede de Serviços
Desembolso
direto
A implementação do SUS foi complicada pelo apoio
estatal ao setor privado, pela concentração de serviços de
saúde nas regiões mais desenvolvidas e pelo
subfinanciamento crônico
Conquistas do SUS
• Aumento do acesso à AB e a urgência
• Cobertura universal de vacinação e assistência pré-natal
• Expansão dos recursos humanos
• Expansão de tecnologia, incluindo grandes esforços para
fabricar os produtos farmacêuticos mais essenciais ao
país
Evolução cobertura vacinação
Cobertura da APS/AB no Brasil
• 72% da população coberta por equipes de atenção
básica (saúde da família e equivalentes)
• 62%% coberta pela EqSF
• 39.000 EqSF
• 40.000 Unidades Básicas de Saúde
DESCENTRALIZAÇÃO
• DESCENTRALIZAÇÃO
• PREMISSAS DA DESCENTRALIZAÇÃO
• MS – Cabe a proposição de políticas, participação no co-
financiamento, cooperação técnica, avaliação, controle,
regulação e fiscalização;
• CIB – instâncias de pactuação e deliberação para a
realização dos pactos intraestaduais e a definição de
modelos organizacionais;
• Deliberações das CIB e CIT por consenso;
• Foco no município • Foco na região
Períodos da descentralização
Munícipio
Período
Principais
portarias em
vigor
Modelos de Atenção
Relações e acordos
federativos
1990 a 1992 NOB 91/92 Ausente
Negociações em âmbito
nacional por meio
dosCONASS,
CONASEMS e CIT
1993 a 1995 NOB 93
Definição de responsabilidade
sobre algumas ações
programáticas e de vigilância
(sanitária e epidemiológica)
para a condição de gestão mais
avançada vigente (semiplena)
Negociações em âmbito
nacional e estadua (CIB)
Formalização de acordos
intergovernamentais por
meio do processo de
habilitação às condições
de gestão do SUS
Munícipio
Período
Principais
portarias
em vigor
Modelos de Atenção
Relações e acordos
federativos
1996 a 2000 NOB 96
PACS/PSF
Negociações em âmbito
nacional e estadual e
experiências de negociação
regional isoladas (ex: CIB
regionais)
Programas e projetos prioritários
para controle de doenças e
agravos (carências nutricionais,
catarata, varizes, atenção de
urgência/emergência, doenças
infecciosas, vigilância sanitária,
atenção á população indígena.)
Iniciativas isoladas de
consórcios
Formalização de acordos
intergovernamentais por
meio do processo de
habilitação às condições de
gestão do SUS e da PPI
79
“sistemas locais isolados”
•Problemas relativos à desintegração territorial de
instituições, serviços e práticas.
•Dificuldades para a conformação de arranjos cooperativos
entre os governos que garantam o acesso integral à saúde
A regionalização é fundamental para obtenção de maiores
avanços na implantação do sistema público de saúde.
Resultados do modelo de
descentralização implantado no SUS
Período
Principais
portarias em
vigor
Modelos de Atenção
Relações e acordos
federativos
2001 a 2005
NOAS 2001/
2002
Manutenção dos
dispositivos anteriores e:
Negociações em âmbito
nacional e estadual e
experiências de
negociação regional
isoladas (ex: CIB
regionais)
Definição das
responsabilidades
mínimas e conteúdos
para a atenção básica
Iniciativas isoladas de
consórcios
Redefinição de
procedimentos da
atenção de média
complexidade
Formalização de acordos
intergovernamentais por
meio do processo de
habilitação às condições
de gestão do SUS, da PPI
e de experiências de
contrato de gestão isoladas
Implantação de
mecanismos de avaliação
de resultados (Agenda da
Saúde, Pacto da Atenção
Básica)
Período
Principais
portarias
em vigor
Modelos de Atenção Relações e acordos federativos
2006 a 2010
Pacto pela
Saúde
Definição de
responsabilidades em
todos os níveis e
campos de atenção
Negociações em âmbito nacional,
estadual e regional, por meio da
conformação dos Colegiados de
Gestão Regional (CGR)
Formalização de acordos entre
gestores por meio da PPI, da
assinatura de termos de
compromissos entre os gestores
no âmbito do Pacto de Gestão e
do Pacto pela Vida.
Implantação de mecanismos de
monitoramento e avaliação dos
compromissos pactuados
(conjunto de metas atreladas a
indicadores)
REGIONALIZAÇÃO SOLIDÁRIA
E COOPERATIVA
• REGIONALIZAÇÃO
OBJETIVOS
Garantir:
• Acesso, resolutividade e qualidade às ações e
serviços de saúde de âmbito regional
• Direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e
territoriais e promover a equidade
• A integralidade na atenção à saúde
Racionalizar os gastos e otimizar os recursos,
possibilitando ganho de escala nas ações e serviços
O Decreto 7508/2011
 Expressa o modo como a regionalização se incorporou
na política nacional de saúde:
 papel central do Executivo Federal da Saúde na
regulamentação da regionalização.
 importância dos governos estaduais na condução do
processo de planejamento regional.
 preponderância da lógica organizativa e setorial
enquanto objeto central da regionalização.
84
• Foco no paciente
Acesso qualidade
• Fragmentação dos sistemas de saúde
Pirâmide do Sistema de Saúde
Esferas de Atendimento Locais de Atendimento
Terciário
Secundário
Primário
Hospitais Especializados
Hospitais Gerais e
Ambulatórios
Especializados
Centros de Saúde,
UBS e Consultórios
Domicilio
Proposta Organização Lord Dawson – Londres 1920
• Regiões de Saúde
conformando redes
assistenciais
• Distintos Níveis de
complexidade
Entrada no sistema
• Serviços de Atenção Primária
• Serviços de urgência e emergência
• Serviços de atenção psicossocial
• Serviços especiais de acesso aberto
Estratégia das redes de atenção
Atenção Primária à Saúde
(APS)
• Norteador
Funções primeiro nível de atenção
As funções do primeiro nível de atenção à saúde podem
ser definidas
com base em três eixos principais:
• •
valores
• •
produção de ações e serviços de distintas naturezas
• ordenamento do sistema.
Funções primeiro nível de atenção-
Valores
•
atenção,
acolhimento,
pertencimento,
confiança
responsabilização;
•
Funções primeiro nível de atenção-
Ações
•
produção de ações e serviços de distintas naturezas:
promoção
Prevenção
diagnóstico
tratamento
acompanhamento;
Funções primeiro nível de atenção-
Ações
• Ordenamento do sistema
• A questão central em relação ao primeiro nível de
atenção é que, para cumprir estas funções, ele também
precisa ser “dotado de complexidade”. Complexidade que
não se expressa necessariamente em equipamentos,
mas na qualidade dos recursos humanos e pelas
articulações
• Garantir acesso aos demais níveis do sistema.
cuidado ambulatorial de especialidades
• Hospitais
• Novo papel dentro do
sistema
• Existencia de serviços por si só não é suficiente.
• É necessário que este conjunto de unidades trabalhe de
forma articulada, responsabilizando-se pela atenção
integral à população de sua região nos seus diversos
recortes territoriais (distrito, microrregião, macrorregião).
• .
• Resolutividade do sistema • Atenção Primária
• Uma rede de atenção à saúde constitui-se de um
conjunto de unidades, de diferentes funções e perfis de
atendimento, que operam de forma ordenada e articulada
no território, de modo a atender às necessidades de
saúde de uma população.
•
Os diversos equipamentos e serviços que compõem uma
rede de saúde, na prática, funcionam como pontos de
atenção ou lugares onde o cuidado à saúde é oferecido
• Tradicionalmente, quando se fala em montagem de redes de saúde,
• pensa-se em mecanismos de referência e contrarreferência,
compreendidos como as formas pelas quais um paciente “caminha”
pelos serviços. No entanto, pela descrição do funcionamento dos
serviços em rede aqui estabelecida, fica claro que esses
mecanismos não são apenas meras fichas de encaminhamento ou
de solicitação de exames que são distribuídas aos pacientes para
que estes busquem resolver, por sua própria conta e risco, de que
forma serão operacionalizados.
• Os mecanismos de referência e contrarreferência só têm sentido e
funcionam como tal na medida em que expressam o compromisso da
rede de atenção à saúde com os pacientes, garantindo o acesso ao
conjunto de tecnologias necessárias de acordo com os problemas
apresentados.
• Expressam, portanto, a definição e um acordo prévio acerca do que
cabe a cada unidade de saúde tratar e cuidar, incluindo o número e
• tipos de casos a serem atendidos, traduzidos em seu perfil
assistencia

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  • 1. SISTEMAS, SERVIÇOS E POLÍTICAS DE SAÚDE 1º Semestre 2017 HSP-283 Professores responsáveis: Aylene Bousquat, Cleide L. Martins, Paulo Frazão
  • 2. Tópicos de hoje • Proteção Social • Sistemas de Saúde • Serviços de Saúde • Arcabouço teórico do Sistema de Saúde Brasileiro
  • 4. Rede de Solidariedade  Proteção social é uma “rede de solidariedade”  A solidariedade institucionalizada tanto pode abranger a noção de cidadania social quanto limitar-se a categorias ocupacionais ou, ainda, ao âmbito familiar e local
  • 5. Rede de Solidariedade Antigos sistemas de proteção social • família; associações da comunidade; instituições religiosas e filantrópicas Modernos sistemas de proteção social • categorias profissionais; Estado
  • 6. Dimensões da Proteção Social • Ação de proteger indivíduos contra os riscos inerentes à vida e/ou assistir necessidades geradas em diferentes momentos históricos e relacionadas com múltiplas situações de dependência • Riscos relacionados a fatores naturais e/ou ambientais (sociedades tradicionais) • Riscos relacionados a fatores econômicos, políticos e sociais (sociedades modernas)
  • 7. Modalidades básicas de atuação do Estado • Assistência social • Seguro social • Seguridade social
  • 8. Modalidades básicas de atuação do Estado • Assistência social • Distribuição de benefícios para camadas específicas da população; Ações são do tipo focalizado, residuais e seletivas
  • 9. Modalidades básicas de atuação do Estado • Seguridade social • Benefícios são distribuídos a categorias ocupacionais específicas (geralmente trabalhadores do mercado formal de trabalho)
  • 10. Modalidades básicas de atuação do Estado • Seguro social • Distribuição de benefícios a todos os cidadãos de uma determinada unidade territorial
  • 11. Modelos de proteção social tipos ideais  O processo histórico de constituição de direitos sociais resultou em diferentes modelos de proteção nos países  mobilização da classe trabalhadora, força partidos de esquerda, capacidade em estabelecer alianças – setores rurais (na origem), classes médias (pós 2.GM)– legados institucionais.  Diversos autores - diferentes tipologias  Tipo-ideais gerais: não tem correspondência direta com a realidade, não são tipos puros – características normativas (deve ser)  Programas sociais em um mesmo país seguem diferentes modelos  Não correspondem a estágios progressivos: não são variações de mais e menos  Importantes para discutir concepções das reformas
  • 12. Modelos tipo ideais de proteção social e de proteção social em saúde  Fleury / Titmuss / Esping-Andersen  Assistência social / residual / liberal – saúde sistema de mercado  Seguro social / meritocrático-corporativo /conservador – seguro social de saúde  Seguridade social / institucional redistributivo / social-democrata – serviço nacional de saúde
  • 13.  Na saúde, as modalidades de intervenção estatal tem sido tipificadas em:  serviços nacionais de saúde (National Health Service – NHS)  seguro social de saúde (National Health Insurance)  sistemas de mercado (Immergut, 2002; Lobato e Giovanella, 2008, Almeida 2008)
  • 14. MODELOS DE PROTEÇÃO SOCIAL Tipos ideais ASSISTÊNCIA SEGURO SEGURIDADE Denominação Residual Meritocrático-corpor. Institucional- redistrib. Ideologia Liberal Corporativa Social-democracia Princípio Caridade Solidariedade grupo Justiça Efeitos Discriminação Manutenção Redistribuição Status Desqualificação Privilégio Direito Finanças Doações % Salário Orçamento público Atuária Fundo Acumulação Repartição Cobertura Alvos Ocupacional Universal Benefícios Bens/serviços Proporção Salarial Mínimo Vital Acesso Teste Meios Filiação Universal Administração Filantrópica Corporativa Pública Organização Local Fragmentada Central Referência EUA Bismarck Beveridge Cidadania Invertida Regulada Universal Fonte: Fleury, 1994
  • 15. ASSISTÊNCIA DENOMINAÇÃO Residual Ideologia Liberal Princípio Caridade Efeitos Discriminação Status Desqualificação Finanças Doações Atuária Fundo Cobertura Alvos - focalizada Benefícios Bens/serviços Acesso Teste de Meios atestado pobreza Administração Filantrópica Organização Local Referência EUA Cidadania Invertida Fleury, 1994
  • 16. SEGURO SOCIAL DENOMINAÇÃO Meritocrático-corporativo Ideologia Corporativa/conservador Princípio Solidariedade de grupo Efeitos Manutenção Status Privilégio Finanças % Salário Atuária Acumulação Cobertura Ocupacional Benefícios Proporção Salarial Acesso Filiação Administração Corporativa Organização Fragmentada Referência Bismarck Cidadania Regulada Fleury, 1994
  • 17. SEGURIDADE SOCIAL DENOMINAÇÃO Institucional-redistributivo Ideologia Social-democracia Princípio Justiça Efeitos Redistribuição Status Direito Finanças Orçamento público Atuária Repartição Cobertura Universal Benefícios Mínimo Vital (máximo social) Acesso Universal/ necessidade Administração Pública Organização Central Referência Beveridge / países escandinavos Cidadania Universal Fleury, 1994
  • 18. Sistemas de proteção e atenção à saúde • Sistemas de proteção e atenção à saúde hoje existentes são resultado de longo processo histórico • resultam de um emaranhado de iniciativas nem sempre coerentes • arqueologia de como se constituíram os diversos serviços • Efeitos de difusão de experiências para outros países
  • 19. Sistemas de proteção e atenção à saúde resultado de longo processo histórico – arqueologia  Hospitais: disputas entre igreja e Estado para impor o poder secular e separar Estado e Igreja; em parte estatizados ainda na idade média - Reforma protestante  Sindicatos, partidos políticos, mov sociais: criaram sociedades de ajuda mútua para prover ajuda financeira a seus membros em caso de morte e doença:  base organizacional para os movimentos nascentes de trabalhadores e os benefícios ofertados era incentivo para atrair filiados e possibilitar lutas políticas/ deram origem aos sindicatos/ burlar legislação que proibia a organização dos trabalhadores  As primeira leis regularam estas Mútuas: inicialmente ênfase no registro e após 1850 subsídios financeiros  Relação partidos políticos com Mútuas e Caixas (Bélgica: socialistas, católicos e liberais); Posição contrária dos partidos socialistas na origem: forma do governo se contrapor ao movimento socialista  Controle do executivo sobre mútuas – “ordem social”  Final de 1800 no RU havia 27 mil friendly societies
  • 20. Sistemas de proteção e atenção à saúde: origem  Na origem, legislações aprovadas estiveram condicionadas por circunstâncias políticas, econômicas e culturais de cada época e de conflitos específicos em cada país:  constelações de atores setoriais (trabalhadores organizados, seguros privados, partidos, médicos)  instituições políticas que moldam a atuação dos atores: regras do jogo  força dos movimentos dos trabalhadores, dos partidos de esquerda e suas capacidades em estabelecer alianças  legados das políticas e iniciativas anteriores (sociedades de ajuda/socorro mútuo, movimento trabalhadores)  médicos: formas de organização e modos como conquistam o monopólio do exercício da medicina, associações médicas (generalistas e especialistas)  seguros privados – $ pecúlio por morte, funeral
  • 21. Sistemas de proteção e atenção à saúde: origem  Três ondas de legislação de constituição e desenvolvimento de sistemas ampliados de proteção à saúde na Europa:  Primeiras iniciativas governamentais na forma de legislação regulando as atividades das sociedades de ajuda mútua  No século XIX muitas nações aprovaram subsídios governamentais às mútuas voluntárias: exigiam registro e controlavam parcialmente as mútuas – controle movimento/organização trabalhadores, controlar a ordem social  No início do século XX criação de sistemas de seguros sociais compulsórios, em geral iniciados com categorias de menor renda. Legislações decorrentes de greves gerais e conseqüentes à extensão do direito ao voto depois da 1ª GM  Depois da 2ª GM maioria dos países europeus universalizou seus programas incluindo a maioria da população. Em alguns países transformação em serviços nacionais de saúde (SNS) financiados com recursos fiscais
  • 22. Países Apoio a sociedades voluntárias de ajuda mútua Seguro Social de Saúde SHI Social Health Insurance Serviço Nacional de Saúde NHS National Health Service Alemanha Sec 18 e 19 1883 Áustria 1888, 1939 Bélgica 1849, 1898 1944 Dinamarca 1892 1973 Espanha 1839, 1859 1942 1986 França 1834, 1852, 1898 1928, 1945 Holanda 1913, 1929, 1943 Itália 1886 1943 1978 Portugal 1944 1979 Noruega 1909, 1953, 1956 1969 Reino Unido 1793, 1815,1850,1898 1911 1946 Suécia 1891, 1910, 1931 1946 (1969) Suíça 1911, 1964 Brasil 1888 1923, 1933, 1966 1988 Immergut, 1992
  • 23. Public health care coverage, per cent of total population, 1960-2000 Cobertura sistema público Fonte: extraído de Docteur E, Oxley H. Health-Care Systems: Lessons from the Reform Experience OECD HEALTH WORKING PAPERS (2003)9. Organisation for Economic Co-operation and Development. Países 1960 1970 1980 1990 2000 Austria 78.0 91.0 99.0 99.0 99.0 Belgium 58.0 97.8 99.0 97.3 99.0 Denmark 95.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Finland 55.0 100.0 100.0 100.0 100.0 France - 95.6 99.1 99.4 99.9 Germany 85.2 89.2 92.3 88.8 90.9 Greece 44.0 55.0 88.0 100.0 100.0 Italy 87.0 93.0 100.0 100.0 100.0 Netherlands 71.0 71.0 74.6 73.9 75.6 Norway 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Portugal 18.0 40.0 100.0 100.0 100.0 Spain 54.0 61.0 83.0 99.0 99.8 Sweden 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 United Kingdom 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 United States 24.5 24.7
  • 24. Sistemas de saúde • não há concordância entre os autores sobre definição e limites dos sistemas de saúde • as definições, conceitos e categorias usadas para analisar SS variam: • segundo valores, princípios e concepções existentes sobre o que é saúde e • qual a responsabilidade do Estado em relação à saúde das populações que vivem em seu território (Viacava et al, 2004). • Sistema de saúde (SS) X sistema de serviços de saúde (SSS)
  • 25. O que é sistema?  Sistema é um conjunto de partes interrelacionadas e interdependentes que têm como objetivo atingir determinado fim.  Sistema de saúde é uma combinação de recursos, organização, financiamento e gerenciamento que culmina na prestação de serviços de saúde para a população. (Roemer, M. 1985)  Sistemas de saúde são respostas sociais organizadas para responder às necessidades, demandas e representações das populações [em relação à saúde], em determinada sociedade e determinado tempo . (Mendes, EV. 2003)
  • 26. Sistemas de saúde x sistemas de serviços de saúde • sistemas de saúde: concepção abrangente – referem-se à saúde em sentido amplo, como manifestação objetiva das condições de vida de uma população, resultante da ação intersetorial e de articulação de políticas econômicas e sociais • “Conjunto de relações políticas, econômicas e institucionais responsáveis pela condução dos processos referentes à saúde de uma dada população e que se concretizam em organizações, regras e serviços que visam alcançar resultados condizentes com a concepção de saúde prevalecente na sociedade” (Lobato e Giovanella, 2008)
  • 27. 01 Sistema de saúde • Sistema de Saúde • conjunto de todas as atividades que objetivam promover, restabelecer e manter a saúde da população de uma determinada sociedade
  • 28. • Atividades que integram os sistemas de saúde – Atividades de saúde pública em sua dimensão coletiva, próprias do Estado – Serviços de atenção individual, públicos e privados
  • 29. Sistema de serviços de saúde • Objetivo: aliviar o sofrimento e melhorar a saúde da população • Envolve objetivos intermediários e ações intersetoriais • Difícil responder qual a contribuição do SSS para a saúde da população – investigar o impacto dos serviços na saúde da população • Acesso a serviços de saúde de boa qualidade de acordo com as necessidades: um dos determinantes sociais da saúde
  • 30. • Ordem • Desordem • Conflito • Caótico
  • 31. • Os Sistemas de Saúde, como conhecemos hoje (estruturas públicas e privadas de assistência à saúde) são recentes na história. • Meados do século XX
  • 32. Sistemas de Saúde- Elementos similares • Instituições responsáveis por determinadas atividades • Rede de Serviços • Financiamento
  • 33. • Os sistemas de saúde não podem ser separados da sociedade; ao contrário, eles fazem parte da dinâmica social.
  • 34. • Proteção a saúde mais ampla.... • Entendimento da saúde como problema coletivo
  • 35. Sistemas nacionais de saúde, várias respostas  Tipo de instituição responsável pelas demandas de saúde ( Estado, empregadores, planos privados de saúde)  Modo de organização da oferta da assistência (o lugar dos hospitais públicos e privados, o papel da atenção primária, a prática dos profissionais de saúde, dos médicos)  Prioridades assumidas: universalidade, manutenção da medicina liberal, espaço dado ao mercado, regulação estatal. Mesmos desafios : sociais (de garantir o acesso a todos); organizacionais (melhorar a eficiência do sistema);
  • 36. Três grandes tipos de sistema Sistemas nacionais de saúde (Beveridgianos): Inglaterra, Itália, Espanha, Canadá ... Financiados por impostos, cobertura universal gratuita, gestão pública estatal Sistemas de seguros sociais (Bismarckianos): Alemanha, Japão Áustria , Bélgica, França ... Financiados por contribuições de empregadores e empregados, adesão obrigatória. Apenas públicos ou público/privado . Estado cobre desempregados e vulneráveis. Sistemas liberais de saúde: Estados Unidos, Europa Central, AL Predomínio do mercado privado, planos e seguros. Financiado pelos empregadores ou indivíduos, sistema público é residual Na Europa, tendência de diminuição das diferenças entre os pa
  • 37. O Brasil tem um sistema misto Um sistema universal .... ....com uma estrutura de gastos liberal
  • 38.
  • 41. Componentes dos sistemas de saúde  Recursos (humanos, econômicos, rede de serviços, insumos, tecnologias, conhecimento)  Organizações (instituições e agências públicas e privadas)  Coberturas (população alcançada e serviços ofertados) (Giovanella, L. e Lobato, L. 2008)*
  • 42. Funções dos sistema de saúde  Funções são as condições que propiciam um melhor desempenho do sistema de saúde. Um conjunto de ações e responsabilidades que devem ser desenvolvidas para a realização da finalidade do sistema de saúde Financiamento Planejamento Avaliação Regulação e Controle Informação
  • 43. Rede de Serviços • Serviços coletivos • Serviços de assistência médica/ individual
  • 44. Serviços coletivos  Dirigem à prevenção, promoção e controle de ações que tem impacto sobre o conjunto da população  Vigilância Epidemiológica; Vigilância Sanitária; Controle ambiental  Quem faz? ◦ Rede de assistência individual ◦ Órgãos especificos
  • 45. Rede de Assistência Individual  Pode variar com o país  Todos os sistemas possuem: serviços ambulatoriais; hospitais; de atenção a doenças específicas e de atenção delonga duração.  Podem ser públicos ou privados
  • 46.  Em parte dos sistemas, os serviços são organizados em níveis de atenção  Rede básica  Rede especializada
  • 48. 03 3 dimensões das políticas de saúde Proteção Social DIMENSÕES • Saúde como espaço de acumulação capital • Estado capitalista • Tecnologia e trabalho • Indústrias e mercados Econômico- Industrial • Saúde como direito • Estado de Bem-Estar Social • Aspectos conceituais: proteção x risco • Aspectos históricos: proteção x capitalismo (Freeman e Morgan, 2002) Política • Saúde como objeto de conflito • Estado democrático • Atores, interesses, relações de poder • Pontos de veto e coalizões de apoio
  • 49. 12 Diagnóstico dos Sistemas de Saúde • Aumento das despesas e do custo da assistência à saúde • Limites à expansão dos gastos • Limites à melhoria das condições de saúde • Sistemas ineficientes e com baixa resolutividade • Queda na qualidade dos serviços • Maiores exigências dos usuários
  • 51. 17 Política de Saúde no Brasil • Até 1988 – Acesso aos serviços públicos de saúde condicionado à situação de trabalho do usuário (vínculo contributivo) • Após 1988 – Acesso universal às ações e serviços públicos de saúde, independentemente da condição sócio- econômica do usuário
  • 52. PLANO BÁSICO Trajetórias e Principais Pontos de Inflexão 1923 CAPS MS 1953 1974 MPAS INAMPS INPS 1997 PAB 1988 Seguridade Social SUS 1993 NOB 01-93 2001 NOAS 01 2002 NOAS 02 1940 AUTOGESTÃO 1966 INPS 1996 NOB 96 1930 MES 1933 IAPS IAPI IAPB PACTO 2006 PSF 1987 SUDS
  • 53. Organizações no Sistema de Saúde Brasileiro • Imensa variedade organizações pública e privadas estabelecidas em diferentes momentos históricos
  • 54. Reforma do Sistema de Saúde Brasileiro Reforma do setor de saúde brasileiro ocorreu de forma simultânea ao processo de democratização, tendo sido liderada por profissionais da saúde e pessoas de movimentos e organizações da sociedade civil.
  • 55. 15 Constituição Federal de 1988 • Deslocamento em direção a uma forma mais universalista e igualitária de organização da proteção • Adensamento do caráter redistributivo da política social • Ampliação e extensão dos direitos sociais • Universalização do acesso e expansão da cobertura
  • 56. • Tentativa de reduzir o vínculo contributivo como vínculo único • Recuperação e redefinição de patamares mínimos dos valores dos benefícios sociais • Maior comprometimento do Estado e da sociedade no financiamento de todo o sistema • Noção de seguridade social como forma mais abrangente de proteção
  • 57. Fundamentos da Política de Saúde • “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à (i) redução do risco e da doença e de outros agravos e ao (ii) acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” • (Constituição Federal, Artigo 196)
  • 58. Fundamentos da Política de Saúde • “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício” (Lei 8080/1990, Artigo 2º)
  • 59. Fundamentos da Política de Saúde • “A assistência à saúde é livre à iniciativa privada” (Constituição Federal, Artigo 199) • “As instituições privadas poderão participar de forma complementar do SUS” (CF, Artigo 199)
  • 60. Fundamentos da Política de Saúde • “Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde” (Lei 8080/1990, Artigo 20)
  • 61. Princípios éticos / doutrinários do SUS • Universalidade • Equidade • Integralidade
  • 62. Princípios éticos / doutrinários do SUS • Universalidade Acesso universal e gratuito a toda a população Saúde como direito de cidadania e dever do Estado (em seus três níveis de governo) • Equidade Tratamento desigual para situações desiguais (a cada um segundo suas necessidades) Política de saúde deve ser redistributiva • Integralidade Atendimento integral, por meio de um conjunto articulado de ações e serviços, em todos os níveis de complexidade do sistema
  • 63. Diretrizes de organização do SUS • Descentralização • Regionalização / hierarquização • Participação social
  • 64. Diretrizes de organização do SUS • Descentralização Redistribuição de responsabilidades e recursos para os estados e municípios Os três níveis de governo são gestores do SUS • Regionalização / hierarquização Distribuição espacial dos serviços, de modo a atender as necessidades da população em todas as regiões do país e em todos os níveis de complexidade Ações articuladas entre União, estados e municípios • Participação social Participação dos usuários e demais segmentos da sociedade, por meio da constituição e funcionamento dos conselhos de saúde nos três níveis de governo
  • 65. ESTRUTURA INSTITUCIONAL E DECISÓRIA DO SUS Ministério da Saúde Secretarias Estaduais Secretarias Municipais Comissão Tripartite Comissão Bipartite Conselho Nacional Conselho Estadual Conselho Municipal Nacional Estadual Municipal Comissão Intergestores Gestor Colégiado Participativo
  • 66. 20 Visão geral do sistema de saúde brasileiro Subsistema público Subsistema privado Privado contratado Saúde suplementar SUS Autogestão Medicina de grupo Cooperativa Seguradora • Lucrativo • Não lucrativo / filantrópico Planos de saúde • Federal • Estadual • Municipal Acesso universal Acesso condicionado a: • capacidade de pagamento • inserção no mercado de trabalho Própria Contratada Tipo de Operadora Rede de Serviços Desembolso direto
  • 67. A implementação do SUS foi complicada pelo apoio estatal ao setor privado, pela concentração de serviços de saúde nas regiões mais desenvolvidas e pelo subfinanciamento crônico
  • 68. Conquistas do SUS • Aumento do acesso à AB e a urgência • Cobertura universal de vacinação e assistência pré-natal • Expansão dos recursos humanos • Expansão de tecnologia, incluindo grandes esforços para fabricar os produtos farmacêuticos mais essenciais ao país
  • 70.
  • 71.
  • 72.
  • 73. Cobertura da APS/AB no Brasil • 72% da população coberta por equipes de atenção básica (saúde da família e equivalentes) • 62%% coberta pela EqSF • 39.000 EqSF • 40.000 Unidades Básicas de Saúde
  • 75. • DESCENTRALIZAÇÃO • PREMISSAS DA DESCENTRALIZAÇÃO • MS – Cabe a proposição de políticas, participação no co- financiamento, cooperação técnica, avaliação, controle, regulação e fiscalização; • CIB – instâncias de pactuação e deliberação para a realização dos pactos intraestaduais e a definição de modelos organizacionais; • Deliberações das CIB e CIT por consenso;
  • 76. • Foco no município • Foco na região Períodos da descentralização
  • 77. Munícipio Período Principais portarias em vigor Modelos de Atenção Relações e acordos federativos 1990 a 1992 NOB 91/92 Ausente Negociações em âmbito nacional por meio dosCONASS, CONASEMS e CIT 1993 a 1995 NOB 93 Definição de responsabilidade sobre algumas ações programáticas e de vigilância (sanitária e epidemiológica) para a condição de gestão mais avançada vigente (semiplena) Negociações em âmbito nacional e estadua (CIB) Formalização de acordos intergovernamentais por meio do processo de habilitação às condições de gestão do SUS
  • 78. Munícipio Período Principais portarias em vigor Modelos de Atenção Relações e acordos federativos 1996 a 2000 NOB 96 PACS/PSF Negociações em âmbito nacional e estadual e experiências de negociação regional isoladas (ex: CIB regionais) Programas e projetos prioritários para controle de doenças e agravos (carências nutricionais, catarata, varizes, atenção de urgência/emergência, doenças infecciosas, vigilância sanitária, atenção á população indígena.) Iniciativas isoladas de consórcios Formalização de acordos intergovernamentais por meio do processo de habilitação às condições de gestão do SUS e da PPI
  • 79. 79 “sistemas locais isolados” •Problemas relativos à desintegração territorial de instituições, serviços e práticas. •Dificuldades para a conformação de arranjos cooperativos entre os governos que garantam o acesso integral à saúde A regionalização é fundamental para obtenção de maiores avanços na implantação do sistema público de saúde. Resultados do modelo de descentralização implantado no SUS
  • 80. Período Principais portarias em vigor Modelos de Atenção Relações e acordos federativos 2001 a 2005 NOAS 2001/ 2002 Manutenção dos dispositivos anteriores e: Negociações em âmbito nacional e estadual e experiências de negociação regional isoladas (ex: CIB regionais) Definição das responsabilidades mínimas e conteúdos para a atenção básica Iniciativas isoladas de consórcios Redefinição de procedimentos da atenção de média complexidade Formalização de acordos intergovernamentais por meio do processo de habilitação às condições de gestão do SUS, da PPI e de experiências de contrato de gestão isoladas Implantação de mecanismos de avaliação de resultados (Agenda da Saúde, Pacto da Atenção Básica)
  • 81. Período Principais portarias em vigor Modelos de Atenção Relações e acordos federativos 2006 a 2010 Pacto pela Saúde Definição de responsabilidades em todos os níveis e campos de atenção Negociações em âmbito nacional, estadual e regional, por meio da conformação dos Colegiados de Gestão Regional (CGR) Formalização de acordos entre gestores por meio da PPI, da assinatura de termos de compromissos entre os gestores no âmbito do Pacto de Gestão e do Pacto pela Vida. Implantação de mecanismos de monitoramento e avaliação dos compromissos pactuados (conjunto de metas atreladas a indicadores)
  • 83. • REGIONALIZAÇÃO OBJETIVOS Garantir: • Acesso, resolutividade e qualidade às ações e serviços de saúde de âmbito regional • Direito à saúde, reduzir desigualdades sociais e territoriais e promover a equidade • A integralidade na atenção à saúde Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possibilitando ganho de escala nas ações e serviços
  • 84. O Decreto 7508/2011  Expressa o modo como a regionalização se incorporou na política nacional de saúde:  papel central do Executivo Federal da Saúde na regulamentação da regionalização.  importância dos governos estaduais na condução do processo de planejamento regional.  preponderância da lógica organizativa e setorial enquanto objeto central da regionalização. 84
  • 85. • Foco no paciente Acesso qualidade
  • 86. • Fragmentação dos sistemas de saúde
  • 87.
  • 88.
  • 89. Pirâmide do Sistema de Saúde Esferas de Atendimento Locais de Atendimento Terciário Secundário Primário Hospitais Especializados Hospitais Gerais e Ambulatórios Especializados Centros de Saúde, UBS e Consultórios Domicilio
  • 90. Proposta Organização Lord Dawson – Londres 1920
  • 91. • Regiões de Saúde conformando redes assistenciais • Distintos Níveis de complexidade
  • 92.
  • 93. Entrada no sistema • Serviços de Atenção Primária • Serviços de urgência e emergência • Serviços de atenção psicossocial • Serviços especiais de acesso aberto
  • 94. Estratégia das redes de atenção Atenção Primária à Saúde (APS) • Norteador
  • 95. Funções primeiro nível de atenção As funções do primeiro nível de atenção à saúde podem ser definidas com base em três eixos principais: • • valores • • produção de ações e serviços de distintas naturezas • ordenamento do sistema.
  • 96. Funções primeiro nível de atenção- Valores • atenção, acolhimento, pertencimento, confiança responsabilização; •
  • 97. Funções primeiro nível de atenção- Ações • produção de ações e serviços de distintas naturezas: promoção Prevenção diagnóstico tratamento acompanhamento;
  • 98. Funções primeiro nível de atenção- Ações • Ordenamento do sistema
  • 99. • A questão central em relação ao primeiro nível de atenção é que, para cumprir estas funções, ele também precisa ser “dotado de complexidade”. Complexidade que não se expressa necessariamente em equipamentos, mas na qualidade dos recursos humanos e pelas articulações • Garantir acesso aos demais níveis do sistema.
  • 100. cuidado ambulatorial de especialidades
  • 101. • Hospitais • Novo papel dentro do sistema
  • 102. • Existencia de serviços por si só não é suficiente. • É necessário que este conjunto de unidades trabalhe de forma articulada, responsabilizando-se pela atenção integral à população de sua região nos seus diversos recortes territoriais (distrito, microrregião, macrorregião). • .
  • 103. • Resolutividade do sistema • Atenção Primária
  • 104. • Uma rede de atenção à saúde constitui-se de um conjunto de unidades, de diferentes funções e perfis de atendimento, que operam de forma ordenada e articulada no território, de modo a atender às necessidades de saúde de uma população. •
  • 105. Os diversos equipamentos e serviços que compõem uma rede de saúde, na prática, funcionam como pontos de atenção ou lugares onde o cuidado à saúde é oferecido
  • 106.
  • 107.
  • 108.
  • 109.
  • 110. • Tradicionalmente, quando se fala em montagem de redes de saúde, • pensa-se em mecanismos de referência e contrarreferência, compreendidos como as formas pelas quais um paciente “caminha” pelos serviços. No entanto, pela descrição do funcionamento dos serviços em rede aqui estabelecida, fica claro que esses mecanismos não são apenas meras fichas de encaminhamento ou de solicitação de exames que são distribuídas aos pacientes para que estes busquem resolver, por sua própria conta e risco, de que forma serão operacionalizados.
  • 111. • Os mecanismos de referência e contrarreferência só têm sentido e funcionam como tal na medida em que expressam o compromisso da rede de atenção à saúde com os pacientes, garantindo o acesso ao conjunto de tecnologias necessárias de acordo com os problemas apresentados.
  • 112. • Expressam, portanto, a definição e um acordo prévio acerca do que cabe a cada unidade de saúde tratar e cuidar, incluindo o número e • tipos de casos a serem atendidos, traduzidos em seu perfil assistencia