O documento discute a produção de vídeos experimentais em história da arte, abordando projetos como Interartes: Kandinsky, música, pintura e o espiritual na arte e o estudo de Santuários Artísticos Brasileiros. Os vídeos visam estabelecer uma compreensão da imagem na perspectiva dos artistas e explorar as relações entre arte, natureza, imagem e espiritualidade nestes lugares.
Práticas artísticas contemporâneas algumas questõesArmando Oliveira
Este documento discute práticas artísticas da segunda metade do século XX, focando-se em 3 pontos principais:
1) A ênfase nas ações e processos em vez de objetos concluídos, influenciada por Pollock e o expressionismo abstrato.
2) A reflexão sobre linguagens, sistemas de representação e a própria noção de arte, de Duchamp a Kosuth.
3) A valorização da vida como experiência através de trabalhos conceituais e processuais que questionam percepções.
O documento discute a arte cinética e tecnológica, mencionando seus pioneiros como Agam, Cruz Diez, Le Parc e Vassarely. A arte cinética envolve obras que se movimentam através de mecânica, indução humana, máquinas ou fenômenos naturais, criando novas interações no espaço e tempo. O documento também discute figuras como Duchamp e suas obras ópticas experimentais.
“Audiovisual e performance conceitos paradigmáticos no estudo da arte contem...grupointerartes
O documento discute conceitos paradigmáticos no estudo da arte contemporânea, como audiovisual e performance. A performance é entendida como uma forma de arte autônoma que se desenvolveu nas décadas de 1960 e 1970. O cinema é visto como um paradigma audiovisual fundamental que influenciou outras artes. A performance e o audiovisual são conceitos interligados que ajudam a entender desenvolvimentos na arte, como a pop art e a expansão de fronteiras entre meios.
O documento descreve uma instalação de arte contemporânea chamada "SanTUÁRIO CACTU'San" que usa o tema do cacto. A instalação consiste em cinco partes interligadas que representam momentos de um ritual, incluindo Ofertório, Oratório, Adoração, Sacrifício e Sepulcro. O objetivo é apresentar uma narrativa visual sagrada sobre o cacto por meio da linguagem poética da arte.
Descrição das paisagens nas topografias corpografias de adriana varejãogrupointerartes
Este documento analisa a obra da artista Adriana Varejão sob a perspectiva da paisagem e da relação entre imagem e texto no catálogo de arte. A obra de Varejão revisita elementos da paisagem barroca brasileira, como azulejos, de uma forma fragmentada que propõe novas reflexões sobre o passado colonial e o processo de colonização. O documento também discute a importância da figura do viajante e da viagem no romantismo, relacionando-a à obra de Varejão.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando o conceito de imagem, passando da representação da realidade para modelos abstratos manipuláveis. Isso marca uma mudança fundamental na visualidade contemporânea e nas possibilidades artísticas.
Um trajeto para a arte tecnológica paula perissinotoVenise Melo
1. O documento apresenta uma dissertação sobre o cinetismo interativo nas artes plásticas, traçando um percurso histórico desde o Manifesto Realista de 1920 até obras que propõem interação com tecnologias digitais.
2. O trabalho analisa três tipos de interatividade nas obras cinéticas: interação perceptiva do espectador, interação espacial da obra, e interação potencial com novas tecnologias.
3. Artistas como Gabo, Pevsner, Moholy-Nagy, Tinguely e outros
Práticas artísticas contemporâneas algumas questõesArmando Oliveira
Este documento discute práticas artísticas da segunda metade do século XX, focando-se em 3 pontos principais:
1) A ênfase nas ações e processos em vez de objetos concluídos, influenciada por Pollock e o expressionismo abstrato.
2) A reflexão sobre linguagens, sistemas de representação e a própria noção de arte, de Duchamp a Kosuth.
3) A valorização da vida como experiência através de trabalhos conceituais e processuais que questionam percepções.
O documento discute a arte cinética e tecnológica, mencionando seus pioneiros como Agam, Cruz Diez, Le Parc e Vassarely. A arte cinética envolve obras que se movimentam através de mecânica, indução humana, máquinas ou fenômenos naturais, criando novas interações no espaço e tempo. O documento também discute figuras como Duchamp e suas obras ópticas experimentais.
“Audiovisual e performance conceitos paradigmáticos no estudo da arte contem...grupointerartes
O documento discute conceitos paradigmáticos no estudo da arte contemporânea, como audiovisual e performance. A performance é entendida como uma forma de arte autônoma que se desenvolveu nas décadas de 1960 e 1970. O cinema é visto como um paradigma audiovisual fundamental que influenciou outras artes. A performance e o audiovisual são conceitos interligados que ajudam a entender desenvolvimentos na arte, como a pop art e a expansão de fronteiras entre meios.
O documento descreve uma instalação de arte contemporânea chamada "SanTUÁRIO CACTU'San" que usa o tema do cacto. A instalação consiste em cinco partes interligadas que representam momentos de um ritual, incluindo Ofertório, Oratório, Adoração, Sacrifício e Sepulcro. O objetivo é apresentar uma narrativa visual sagrada sobre o cacto por meio da linguagem poética da arte.
Descrição das paisagens nas topografias corpografias de adriana varejãogrupointerartes
Este documento analisa a obra da artista Adriana Varejão sob a perspectiva da paisagem e da relação entre imagem e texto no catálogo de arte. A obra de Varejão revisita elementos da paisagem barroca brasileira, como azulejos, de uma forma fragmentada que propõe novas reflexões sobre o passado colonial e o processo de colonização. O documento também discute a importância da figura do viajante e da viagem no romantismo, relacionando-a à obra de Varejão.
O documento discute como as novas tecnologias estão transformando o conceito de imagem, passando da representação da realidade para modelos abstratos manipuláveis. Isso marca uma mudança fundamental na visualidade contemporânea e nas possibilidades artísticas.
Um trajeto para a arte tecnológica paula perissinotoVenise Melo
1. O documento apresenta uma dissertação sobre o cinetismo interativo nas artes plásticas, traçando um percurso histórico desde o Manifesto Realista de 1920 até obras que propõem interação com tecnologias digitais.
2. O trabalho analisa três tipos de interatividade nas obras cinéticas: interação perceptiva do espectador, interação espacial da obra, e interação potencial com novas tecnologias.
3. Artistas como Gabo, Pevsner, Moholy-Nagy, Tinguely e outros
O documento discute as noções de arcaico e fantasma em relação às categorias de tempo e espaço. O arcaico desloca a percepção linear de tempo e espaço, enquanto o fantasma desarticula a identidade do presente, revelando sua não-contemporaneidade. A produção artística contemporânea é analisada como locus de apresentificação destes conceitos, revelando passados recalcados por meio de superfícies espelhadas e superpostas.
Composição/improvisação em dança a partir da relação corpo-espaço. 2012liriamorays
Artigo publicado no congresso da ABRACE 2012. Problematiza e exemplifica a temática da Composição X improvisação em dança quando acontecem em espaços alternativos.
O documento discute conceitos fundamentais de arte como abstração, figuração e expressivismo. Apresenta obras expressivas que distorcem formas para comunicar emoções, como O Grito de Munch e pinturas de Van Gogh. Também discute como artistas como Picasso e Pollock usaram linhas e cores para expressão não-figurativa.
Gomes; marcia maria a cena kadiwéu uma instalação cenográficaAcervo_DAC
Este documento descreve uma instalação artística inspirada na cultura Kadiwéu criada por Márcia Maria Gomes como trabalho de conclusão de curso em Artes Visuais. A instalação usou materiais como lonas, cabos de aço e tecidos para criar um ambiente inspirado nos grafismos Kadiwéu. A obra teve como objetivo expressar visualmente elementos da cultura Kadiwéu de forma autônoma por meio de recursos estéticos e técnicos da cenografia teatral.
O documento discute a relação entre poesia e performance na produção artística de Paulo Bruscky. A pesquisadora analisa como Bruscky articula diferentes linguagens em suas obras, frequentemente combinando imagem e palavra. Sua produção explora temas como poesia visual, arte conceitual e performance, aproximando-se de movimentos como a Pop Art brasileira.
O documento discute a vida e obra de Dziga Vertov, cineasta russo pioneiro do cinema verdade. Vertov acreditava que a câmera poderia captar a realidade de forma mais objetiva do que os olhos humanos. Ele fundou o grupo Kinoki e produziu filmes experimentais sem atores ou cenários, focando apenas na captura do cotidiano das pessoas. Sua obra mais conhecida foi O Homem da Câmera de Filmar, de 1929. Apesar de influenciar muitos cineastas, Vertov foi marginalizado no final
Este documento fornece informações sobre uma exposição de litografias realizada no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco entre 1 e 30 de junho de 2011. A exposição apresentou obras de cinco artistas - Ana Lisboa, Gil Vicente, Luciano Pinheiro, Rodrigo Braga e Sebastião Pedrosa - produzidas durante uma residência artística no Laboratório Oficina Guaianases de Gravura.
O documento discute a arte cinética e tecnológica, analisando como obras de arte incorporaram elementos de movimento e interação ao longo da história. Apresenta artistas pioneiros como Agam, Cruz Diez, Le Parc e Vassarely, destacando como suas obras permitiam diferentes níveis de interação perceptiva e espaço-temporal com o espectador.
Este documento analisa obras de arte de Francisco Tropa e Alberto Carneiro expostas na bienal Anozero em 2015. A obra de Tropa projeta imagens encriptadas dentro de uma gruta, referenciando a Divina Comédia e A Alegoria da Caverna de Platão. A obra de Carneiro usa bambus com espelhos que refletem o observador, revelando os processos de representação. Embora diferentes, ambas as obras questionam a natureza da criação artística e do papel do artista.
Erwin Panofsky foi um historiador da arte alemão que desenvolveu teorias importantes sobre iconografia e iconologia. Ele nasceu na Alemanha em 1892, estudou em várias universidades alemãs e foi professor em Hamburgo até 1933, quando fugiu dos nazistas para os EUA. Panofsky teve uma carreira acadêmica de sucesso nos EUA, ensinando em Princeton, Harvard e Nova York.
Análise de Obras de Arte. Entre o linear e o pictórico.Seduc MT
O documento analisa 4 obras de arte diferentes sob a perspectiva do estilo linear e pictórico, comparando as obras A Escola de Atenas de Rafael, Seara com Ciprestes de Van Gogh, Café de Portinari e A Primavera de Archimboldo.
[1] O documento apresenta a ementa de um curso sobre a imagem e sua relação com a cultura no meio urbano. [2] Abordará questões como a seleção e valoração da imagem pelo sujeito e sua relação com objetos e linguagem. [3] O programa inclui discussões sobre a imagem a partir do sujeito, objeto e de si mesma, além de exemplos audiovisuais para ilustrar os temas.
Este livro apresenta ensaios sobre teoria da arte, iconografia e estilos durante a Renascença. O autor discute conceitos como a definição de obra de arte e faz uma análise detalhada da diferença entre iconografia e iconologia, além de abordar sistemas de proporção em artes visuais.
Resumo preliminar do estudo Universo de Si: o canto e a fotografia como fontes de identidade, de Yvana Crizanto. O estudo é paralelo à experimentação que se desenvolve no Casulo Cultural, espaço de arte independente em Belém.
Este documento descreve a série de esculturas "Artesucataria" criada pelo artista Diogo Luciano utilizando sucata de veículos descartados. O objetivo foi ressignificar os materiais descartados atribuindo-lhes novos significados estéticos por meio da linguagem da escultura. A série reflete sobre temas como a reconstrução, a reinvenção da vida e a finitude humana. As peças exploram simbolicamente aspectos da jornada de vida como amor, sonhos e desafios por meio de formas e
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICAFlávia Gonzales Correia
Este trabalho busca estabelecer relações entre a experiência sinestésica, o transcendental e a pintura do século XX, por meio das vivências artísticas e teóricas de Wassily Kandinsky, que incorporava a suas obras um cruzamento de sensações, para assim proporcionar uma experiência mais ampla e complexa em seu público. Ao expor a evolução de suas obras e pensamentos, pretende-se pensar as relações entre a sinestesia e a arte, o que implica levar em conta a questão da percepção de modo abrangente, refletindo sobre ela não somente como objeto de estudo da filosofia, da fisiologia, da neurologia ou da psicologia – com suas múltiplas implicações em termos de consciência, pensamento e cognição – mas em suas relações com o sentido de nossa experiência cultural, social e o universo de significações que nos habita.
Palavras-chave: Sinestesia; pintura; arte moderna; Kandinsky; percepção
O retrato e a relacao com os dispositivos: de constrangidos a constrangedores...Fernanda Gomes
1) O documento discute as transformações nas relações entre sujeitos e dispositivos fotográficos, desde as primeiras sessões do século XIX até as produções de imagens contemporâneas.
2) Nas primeiras fotografias, os sujeitos eram constrangidos pelas longas poses e especificidades técnicas, mas isso permitia viver dentro do instante. Agora, os sujeitos apropriam-se dos dispositivos e produzem suas próprias imagens.
3) A autora analisa como as técnicas fotogr
Corpo-devir: improvisação na preparação corporal do artista cênicoCorpodevir
1) O documento discute a improvisação em dança e como ela pode ser usada para transformar o corpo do artista e desenvolver o domínio do movimento.
2) Ele propõe o uso de laboratórios que estimulem a criatividade através da fronteira entre diferentes áreas artísticas como dança, teatro e música.
3) O documento também discute como a noção de "corpo-devir" de Deleuze e Guattari pode ser aplicada para entender o corpo como algo em constante transformação através da improvisação
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosgrupointerartes
1. O documento discute a institucionalização da arte contemporânea nos museus, considerando tanto o processo de criação quanto a monumentalidade da obra.
2. Analisa como as transformações dos espaços museológicos refletem diferentes historicidades da obra, visibilidade, reflexão e institucionalização através de documentação.
3. Questiona se os museus conseguem processar adequadamente a institucionalização da arte contemporânea usando critérios desenvolvidos para a arte moderna.
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosgrupointerartes
1. O documento discute a institucionalização da arte contemporânea nos museus, considerando tanto o processo de criação quanto a monumentalidade da obra.
2. Analisa como as transformações dos espaços museológicos refletem diferentes historicidades da obra, visibilidade, reflexão e institucionalização através de documentação.
3. Argumenta que é necessário um novo modelo para compreender a arte contemporânea, já que os critérios da arte moderna não captam mais a realidade atual.
Este documento descreve a instalação autobiográfica "Contemporaneidades Pantaneiras" criada por Rodolfo de Oliveira Parangaba. A obra explora o uso de pigmentos fluorescentes em pintura e desenho sob luz negra, e combina elementos como fotografia, pintura, desenho, frases e trilha sonora para criar um ambiente que simula parte da mente do artista. O documento discute referências teóricas como a produção autobiográfica em artes visuais e o trabalho de artistas como Leonilson, Frida
O documento discute as noções de arcaico e fantasma em relação às categorias de tempo e espaço. O arcaico desloca a percepção linear de tempo e espaço, enquanto o fantasma desarticula a identidade do presente, revelando sua não-contemporaneidade. A produção artística contemporânea é analisada como locus de apresentificação destes conceitos, revelando passados recalcados por meio de superfícies espelhadas e superpostas.
Composição/improvisação em dança a partir da relação corpo-espaço. 2012liriamorays
Artigo publicado no congresso da ABRACE 2012. Problematiza e exemplifica a temática da Composição X improvisação em dança quando acontecem em espaços alternativos.
O documento discute conceitos fundamentais de arte como abstração, figuração e expressivismo. Apresenta obras expressivas que distorcem formas para comunicar emoções, como O Grito de Munch e pinturas de Van Gogh. Também discute como artistas como Picasso e Pollock usaram linhas e cores para expressão não-figurativa.
Gomes; marcia maria a cena kadiwéu uma instalação cenográficaAcervo_DAC
Este documento descreve uma instalação artística inspirada na cultura Kadiwéu criada por Márcia Maria Gomes como trabalho de conclusão de curso em Artes Visuais. A instalação usou materiais como lonas, cabos de aço e tecidos para criar um ambiente inspirado nos grafismos Kadiwéu. A obra teve como objetivo expressar visualmente elementos da cultura Kadiwéu de forma autônoma por meio de recursos estéticos e técnicos da cenografia teatral.
O documento discute a relação entre poesia e performance na produção artística de Paulo Bruscky. A pesquisadora analisa como Bruscky articula diferentes linguagens em suas obras, frequentemente combinando imagem e palavra. Sua produção explora temas como poesia visual, arte conceitual e performance, aproximando-se de movimentos como a Pop Art brasileira.
O documento discute a vida e obra de Dziga Vertov, cineasta russo pioneiro do cinema verdade. Vertov acreditava que a câmera poderia captar a realidade de forma mais objetiva do que os olhos humanos. Ele fundou o grupo Kinoki e produziu filmes experimentais sem atores ou cenários, focando apenas na captura do cotidiano das pessoas. Sua obra mais conhecida foi O Homem da Câmera de Filmar, de 1929. Apesar de influenciar muitos cineastas, Vertov foi marginalizado no final
Este documento fornece informações sobre uma exposição de litografias realizada no Centro de Artes e Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco entre 1 e 30 de junho de 2011. A exposição apresentou obras de cinco artistas - Ana Lisboa, Gil Vicente, Luciano Pinheiro, Rodrigo Braga e Sebastião Pedrosa - produzidas durante uma residência artística no Laboratório Oficina Guaianases de Gravura.
O documento discute a arte cinética e tecnológica, analisando como obras de arte incorporaram elementos de movimento e interação ao longo da história. Apresenta artistas pioneiros como Agam, Cruz Diez, Le Parc e Vassarely, destacando como suas obras permitiam diferentes níveis de interação perceptiva e espaço-temporal com o espectador.
Este documento analisa obras de arte de Francisco Tropa e Alberto Carneiro expostas na bienal Anozero em 2015. A obra de Tropa projeta imagens encriptadas dentro de uma gruta, referenciando a Divina Comédia e A Alegoria da Caverna de Platão. A obra de Carneiro usa bambus com espelhos que refletem o observador, revelando os processos de representação. Embora diferentes, ambas as obras questionam a natureza da criação artística e do papel do artista.
Erwin Panofsky foi um historiador da arte alemão que desenvolveu teorias importantes sobre iconografia e iconologia. Ele nasceu na Alemanha em 1892, estudou em várias universidades alemãs e foi professor em Hamburgo até 1933, quando fugiu dos nazistas para os EUA. Panofsky teve uma carreira acadêmica de sucesso nos EUA, ensinando em Princeton, Harvard e Nova York.
Análise de Obras de Arte. Entre o linear e o pictórico.Seduc MT
O documento analisa 4 obras de arte diferentes sob a perspectiva do estilo linear e pictórico, comparando as obras A Escola de Atenas de Rafael, Seara com Ciprestes de Van Gogh, Café de Portinari e A Primavera de Archimboldo.
[1] O documento apresenta a ementa de um curso sobre a imagem e sua relação com a cultura no meio urbano. [2] Abordará questões como a seleção e valoração da imagem pelo sujeito e sua relação com objetos e linguagem. [3] O programa inclui discussões sobre a imagem a partir do sujeito, objeto e de si mesma, além de exemplos audiovisuais para ilustrar os temas.
Este livro apresenta ensaios sobre teoria da arte, iconografia e estilos durante a Renascença. O autor discute conceitos como a definição de obra de arte e faz uma análise detalhada da diferença entre iconografia e iconologia, além de abordar sistemas de proporção em artes visuais.
Resumo preliminar do estudo Universo de Si: o canto e a fotografia como fontes de identidade, de Yvana Crizanto. O estudo é paralelo à experimentação que se desenvolve no Casulo Cultural, espaço de arte independente em Belém.
Este documento descreve a série de esculturas "Artesucataria" criada pelo artista Diogo Luciano utilizando sucata de veículos descartados. O objetivo foi ressignificar os materiais descartados atribuindo-lhes novos significados estéticos por meio da linguagem da escultura. A série reflete sobre temas como a reconstrução, a reinvenção da vida e a finitude humana. As peças exploram simbolicamente aspectos da jornada de vida como amor, sonhos e desafios por meio de formas e
O manifesto defende uma poesia concreta que assume uma responsabilidade total perante a linguagem, vendo as palavras como objetos dinâmicos com propriedades físicas. A poesia concreta propõe uma nova estrutura capaz de captar a experiência humana no momento histórico, usando relações gráfico-fonéticas e o espaço como elemento de composição. O manifesto apresenta os precursores deste novo procedimento poético e defende que o poema concreto comunica sua própria estrutura através de isomorfismos
WASSILY KANDINSKY: TRANSCENDENDO PARADIGMAS DA ARTE PELA EXPERIÊNCIA SINESTÉSICAFlávia Gonzales Correia
Este trabalho busca estabelecer relações entre a experiência sinestésica, o transcendental e a pintura do século XX, por meio das vivências artísticas e teóricas de Wassily Kandinsky, que incorporava a suas obras um cruzamento de sensações, para assim proporcionar uma experiência mais ampla e complexa em seu público. Ao expor a evolução de suas obras e pensamentos, pretende-se pensar as relações entre a sinestesia e a arte, o que implica levar em conta a questão da percepção de modo abrangente, refletindo sobre ela não somente como objeto de estudo da filosofia, da fisiologia, da neurologia ou da psicologia – com suas múltiplas implicações em termos de consciência, pensamento e cognição – mas em suas relações com o sentido de nossa experiência cultural, social e o universo de significações que nos habita.
Palavras-chave: Sinestesia; pintura; arte moderna; Kandinsky; percepção
O retrato e a relacao com os dispositivos: de constrangidos a constrangedores...Fernanda Gomes
1) O documento discute as transformações nas relações entre sujeitos e dispositivos fotográficos, desde as primeiras sessões do século XIX até as produções de imagens contemporâneas.
2) Nas primeiras fotografias, os sujeitos eram constrangidos pelas longas poses e especificidades técnicas, mas isso permitia viver dentro do instante. Agora, os sujeitos apropriam-se dos dispositivos e produzem suas próprias imagens.
3) A autora analisa como as técnicas fotogr
Corpo-devir: improvisação na preparação corporal do artista cênicoCorpodevir
1) O documento discute a improvisação em dança e como ela pode ser usada para transformar o corpo do artista e desenvolver o domínio do movimento.
2) Ele propõe o uso de laboratórios que estimulem a criatividade através da fronteira entre diferentes áreas artísticas como dança, teatro e música.
3) O documento também discute como a noção de "corpo-devir" de Deleuze e Guattari pode ser aplicada para entender o corpo como algo em constante transformação através da improvisação
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosgrupointerartes
1. O documento discute a institucionalização da arte contemporânea nos museus, considerando tanto o processo de criação quanto a monumentalidade da obra.
2. Analisa como as transformações dos espaços museológicos refletem diferentes historicidades da obra, visibilidade, reflexão e institucionalização através de documentação.
3. Questiona se os museus conseguem processar adequadamente a institucionalização da arte contemporânea usando critérios desenvolvidos para a arte moderna.
Entre museus de arte obras monumento e arquivos-documentosgrupointerartes
1. O documento discute a institucionalização da arte contemporânea nos museus, considerando tanto o processo de criação quanto a monumentalidade da obra.
2. Analisa como as transformações dos espaços museológicos refletem diferentes historicidades da obra, visibilidade, reflexão e institucionalização através de documentação.
3. Argumenta que é necessário um novo modelo para compreender a arte contemporânea, já que os critérios da arte moderna não captam mais a realidade atual.
Este documento descreve a instalação autobiográfica "Contemporaneidades Pantaneiras" criada por Rodolfo de Oliveira Parangaba. A obra explora o uso de pigmentos fluorescentes em pintura e desenho sob luz negra, e combina elementos como fotografia, pintura, desenho, frases e trilha sonora para criar um ambiente que simula parte da mente do artista. O documento discute referências teóricas como a produção autobiográfica em artes visuais e o trabalho de artistas como Leonilson, Frida
O documento discute a arte e sua importância para o desenvolvimento humano, apresentando seus principais elementos e funções ao longo da história:
- A arte expressa ideias e sentimentos de forma simbólica e ajuda no entendimento do mundo;
- São necessários três elementos para a arte existir: o artista, a obra de arte e o observador;
- As funções da arte ao longo do tempo incluem a pragmática, naturalista, formalista e interativa.
1. O documento descreve um projeto de pesquisa para mestrado em artes visuais com foco em intervenções urbanas e grafite efêmero em espaços públicos, usando a figura do cacto como elemento representativo.
2. O objetivo é desenvolver intervenções poéticas que transformem ambientes de trabalho em espaços estéticos e reflexivos, envolvendo pessoas alheias ao contexto artístico.
3. A justificativa é que a arte pode proporcionar momentos de sensibilidade em meio ao imediatismo do cotid
Este documento apresenta uma apostila sobre artes visuais dividida em duas unidades. A primeira unidade trata de conceitos básicos de arte, suas funções, técnicas e materiais. A segunda unidade aborda a linguagem visual e seus elementos fundamentais como linha, forma, cor, textura e composição. O documento fornece informações sobre arte de forma didática com o objetivo de despertar o interesse dos alunos.
O documento discute a representação da paisagem na história da arte, desde sua primeira aparição na pintura clássica até intervenções contemporâneas. Ao longo de três capítulos, aborda a evolução da temática por meio de exemplos de diferentes períodos: a representação naturalista clássica, as inovações dos artistas modernos e a ocupação do espaço pela arte contemporânea. Também destaca a mudança do suporte tradicional das obras e o deslocamento de sua exposição do museu para espaços abertos.
O documento discute as relações entre tempo e espaço na arte contemporânea, especialmente no contexto brasileiro. Aborda como noções de arcaico e fantasma desafiam noções lineares de tempo e espaço, apresentando múltiplos tempos e espaços simultâneos. Também analisa como produções artísticas brasileiras revelam um "lócus do interstício e de presentificação do arcaico", onde manifestações culturais outras são atualizadas.
Este documento descreve a obra de arte de Emerenciano, enfatizando que ela não deve ser vista apenas por seus aspectos visuais, mas sim como uma reflexão do artista sobre o mundo. A obra de Emerenciano combina pintura, desenho, escrita e discurso para comunicar sobre temas como identidade, cultura e história. Ela usa símbolos para representar a comunicação entre o indivíduo e a sociedade.
A exposição Dez anos de fotografia espanhola contemporânea - Coleção Fundação Coca-Cola ficou em cartaz no MAM-BA de 19 de setembro até 20 de novembro de 2011.
Veja mais em: http://www.mam.ba.gov.br/exposicao-detalhe.asp?conId=457
1. O documento discute o conceito de arte ao longo da história, desde a antiguidade até a era contemporânea. 2. São abordados os fatores que influenciam a obra de arte, como a personalidade do artista, as ideias da época e os conhecimentos técnicos. 3. Também são discutidas teorias sobre a função da arte, como imitação da realidade, expressão de emoções e mudança social.
1) A leitura de imagens é um ato complexo que pode ser abordado de duas perspectivas: a textual, que vê a imagem como um texto, e a semiótica, que vê a imagem como um signo.
2) Existem elementos fundamentais para análise de imagens como ponto, linha, cor e forma (morfológicos), movimento e ritmo (dinâmicos) e dimensão e escala (escalares).
3) A leitura semiológica analisa os signos nas imagens e sua relação com a realidade e cultura,
Autor: Prof. Garcia Junior
Ao longo de alguns anos de experiência como arte-educador e como autor e instrutor de mini-cursos, oficinas, palestras e formação continuada sobre Arte tanto para estudantes quanto para professores, fui elaborando um material textual próprio que fosse didático e se utilizasse de bastante imagens para auxiliar na compreensão dos conceitos. Não tenho a pretensão de me considerar um especialista no assunto, por que a cada vez que revejo o material sinto a necessidade de modificá-lo tanto textualmente quanto visualmente.
Até o momento tive como respostas ao material as opiniões dos meus alunos, colegas arte-educadores e demais profissionais de educação e centenas de usuários do Blogarte que comentam nesse post além das minhas próprias experiências testando-o. Meu objetivo em compartilhar este estudo é obter críticas fundamentadas para que possa melhorá-lo cada vez mais.
Atualmente esta apostila está sendo utilizada em sala de aula com alunos do Ensino Médio da Rede Pública de Educação do Estado do Maranhão no Centro de Ensino Liceu Maranhense no turno matutino turmas de 1ª e 3ª série. Junto com a apostila são usados slides baseados no conteúdo do texto além de alguns vídeos e documentários relacionados. Mais do que a Apostila ou os recursos tecnológicos está a criatividade do professor em tornar as aulas interessantes e dinâmicas para que a Arte não se torne uma disciplina monótona e estimule os estudantes à descoberta da sua sensibilidade estética e das possibilidades imaginativas do mundo da Arte.
A versão que está disponível a partir de hoje, 22 de janeiro de 2014 foi revisada e atualizada para este novo ano letivo e possivelmente ainda terá modificações até o final do semestre.
Processos da poética: o paradoxo como paradigma - o museu como ideiaAnarqueologia
O foco desta pesquisa é o museu como objeto de investigação no processo criativo do artista.
É um apanhado histórico, porém não historicista, um recorte conceitual que tem como objetivo reconhecer o percurso dos museus de artistas a partir do início do século XX, elegendo alguns artistas como exemplos daqueles que se apropriam da forma museográfica de apresentação,
em suas obras ou na construção de sua poética, com o intuito de colocar em questão
o modus operandi do museu e seu significado na construção da cultura e da história.
Este documento discute a exposição da artista plástica Regina Silveira chamada "Ficções" no Museu de Arte Contemporânea de Vitória. A exposição apresenta três obras principais que brincam com os conceitos de luz e escuridão para subverter a percepção do espaço e tempo. O documento também aborda brevemente definições de arte, contextualizando exemplos históricos como as obras de Michelangelo e Marcel Duchamp.
Sousa, maisa ferreira de. paisagens. monografia graduação 2011Acervo Vis
Este documento apresenta um trabalho de pintura de paisagem desenvolvido durante um curso de graduação em artes plásticas. Primeiramente descreve a técnica utilizada, a pintura a óleo, e o tema central, paisagens urbanas comuns do Distrito Federal. Em seguida, discute conceitos de natureza, paisagem e pintura na tradição ocidental. Por fim, aborda brevemente a relação entre arte e cidade, chegando à pintura de paisagem urbana.
O documento discute a história e evolução da arte ao longo dos tempos. Começa com a arte rupestre na Pré-História, passando pela arte grega e romana, arte paleocristã na Idade Média, até chegar na arte do Renascimento. Explica como a arte foi se transformando e suas funções em cada período, desde representações mágicas e rituais até a elevação dos artistas e o patrocínio da Igreja e nobreza.
1. O documento é uma apostila sobre artes visuais que aborda conceitos, importância e funções da arte, bem como a linguagem visual.
2. A apostila está dividida em duas unidades, sendo a primeira sobre entendendo a arte e a segunda sobre a linguagem visual.
3. A primeira unidade discute conceitos como arte, artista, obra de arte e espectador, além de falar sobre as funções, importância e tipos de arte ao longo da história.
1. O documento é uma apostila sobre artes visuais dividida em duas unidades.
2. A primeira unidade trata de conceitos básicos de arte, suas funções ao longo da história, e técnicas artísticas.
3. A segunda unidade aborda a linguagem visual e elementos como comunicação, composição e fundamentos da imagem.
O documento discute a arte contemporânea e sua relação com a comunicação e cultura atual. A arte contemporânea deixou para trás a "coerência sistêmica" da modernidade e assume um estado permanente de descontinuidade, refletindo o mundo atual marcado por incerteza, fragmentação e justaposição. A arte também se libertou das amarras do mimetismo para criações que articulam imagem, texto e sons de forma inusitada.
Semelhante a Marcio pizarro noronha e miguel luiz ambrizzi (20)
O documento analisa a representação de outros grupos sociais nos documentários e como essa representação evoluiu para dar mais voz aos sujeitos retratados. Discute como alguns documentários contemporâneos conseguem fazer biografias visuais das pessoas, indo além de usá-las para comprovar teses pré-estabelecidas.
1. O documento discute o filme "A Última Borboleta" e o campo de concentração de Theresienstadt na Tchecoslováquia.
2. Analisa o contexto histórico do antissemitismo e do Holocausto para entender as origens do filme e seu tema.
3. Argumenta que o filme, através da arte da mímica, denuncia o que ocorreu nos campos nazistas e permite que o conhecimento sobre o Holocausto alcance mais pessoas.
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...grupointerartes
O documento discute a arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. Aponta que a arte atual exige maior participação do público e que as obras não são mais objetos passivos, mas experiências interativas. Também analisa como artistas desde os anos 1950 transformaram a relação entre obra e espectador, questionando a frontalidade exigida pela arte moderna.
O lugar da arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. a historic...grupointerartes
O documento discute a arte contemporânea e seu processo de patrimonialização. Aponta que a arte atual exige maior participação do público e que as obras não são mais objetos passivos, mas experiências interativas. Também analisa como artistas desde os anos 1950 promoveram uma "dessacralização dos lugares convencionais da arte" e uma ênfase no corpo do espectador. Finalmente, argumenta que museus precisam repensar suas práticas diante das mudanças trazidas pela arte contemporânea.
1) O documento discute os diferentes atores e teorias que influenciam a noção de arte e legitimam obras dentro de instituições como museus.
2) Inclui uma análise da teoria da "doxa teorizante" de Cauquelin, que descreve como rumores teóricos ajudam a construir a noção de arte e a inserção de obras no sistema das artes.
3) Discutem-se os diferentes papéis de atores como curadores e críticos de arte e como eles influenciam a definição do que é
O documento discute uma palestra sobre intervenções urbanas que será realizada por um professor da UFG. A palestra irá abordar conceitos de intervenção urbana e como espaços urbanos como ruas e praças podem receber manifestações artísticas. O documento também menciona as inscrições abertas para o 2o Festival Mineiro de Humor no Sesc até 22 de julho.
Este artigo descreve uma pesquisa que ofereceu oficinas de dança semanais para estudantes de escolas públicas em Viçosa, Minas Gerais. Os questionários aplicados antes e depois revelaram que os estudantes passaram a ver a dança como uma arte e cultura, em vez de apenas diversão. Eles também se sentiram mais à vontade para discutir dança depois de assistir apresentações. A experiência parece ter ampliado a compreensão dos estudantes sobre a dança.
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY]
The document discusses the interactions between history, culture, and imagination that have been debated since the second half of the 20th century. It draws a comparative parallel between the history of mentalities, psychohistory, and the history of the imagination, clarifying aspects of each approach and the relevant historiography. The author's recent book aims to develop a panoramic view of the various fields and approaches within the discipline of history.
A batalha de Carras, travada em 53 a.C. entre romanos e partos, marcou o imaginário romano. No final do século II e início do III d.C., os imperadores Septímio Severo e Caracala empreenderam novas campanhas militares contra os partos, visando vingar a derrota de Carras e expandir o domínio romano sobre terras orientais.
Here is a 3 sentence summary of the document:
[SUMMARY]
The document discusses the interactions between history, culture, and imagination that have been studied since the second half of the 20th century. It draws a comparative parallel between the history of mentalities, psychohistory, and the history of imagination, clarifying aspects of each approach and the relevant historiography. The author's recent book aims to develop a panoramic view of the various fields and approaches within the discipline of history.
O documento discute as relações entre arte e clínica psicanalítica, abordando como a arte pode ser entendida como dimensão do inconsciente do artista e como é configurada pela linguagem. Também aborda como a obra de arte pode ser vista como o lugar do analista. Discute ainda como certas clínicas contemporâneas têm fundamentos em uma estética e relações com objetos artísticos.
Este documento discute um filme de 1981 chamado "Quinta Essência" que mostra uma bailarina dançando em um hospital psiquiátrico em Goiânia. Analisa como a dança experimental e livre da época reflete o contexto cultural da cidade na década de 1980, quando a arte era acessível a todos e não havia muitas regras. Busca estabelecer uma história da dança em Goiânia considerando fontes não convencionais como este filme.
Este documento apresenta um resumo de três frases ou menos:
1) O documento discute as interfaces entre arte, história e psicanálise no estudo da criação artística e do processo criativo, privilegiando a leitura sintomal de materiais produzidos por artistas.
2) Ele propõe uma metodologia de pesquisa que cruza pesquisa histórica e teórica com etnografia, clínica e produção poética para mapear e estudar a produção artística contemporânea.
3) O documento também
O documento discute as relações entre cinema e psicanálise, como ambos marcaram o século XX. Apresenta brevemente como Freud e outros pensadores viam o cinema como representação do inconsciente. Também menciona diretores como Hitchcock e Woody Allen que usaram conceitos psicanalíticos em seus filmes. O texto anuncia o Festival de Cinema de Gramado e propõe um debate sobre as interfaces entre cinema e psicanálise.
Este documento resume a história da dança em Goiânia entre 1973 e 1988, destacando os principais grupos e estilos que se desenvolveram durante este período e suas contribuições para a cena da dança no Brasil. O texto explora como a dança foi usada como forma de expressão artística e criação durante este tempo em Goiânia.
O documento descreve uma intervenção fotográfica de Cintia Guimarães sobre mercados públicos. Apresenta breves biografias de Cintia Guimarães, Marcio Pizarro Noronha, Lucimar Bello e Edson de Sousa. Discorre sobre a importância histórica e cultural dos mercados, e como a instalação fotográfica de Cintia Guimarães os revisita de forma poética por meio de registros, memórias e reflexões filosóficas.
1. Anpuh Rio de Janeiro
Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – APERJ
Praia de Botafogo, 480 – 2º andar - Rio de Janeiro – RJ
CEP 22250-040 Tel.: (21) 9317-5380
Vídeos experimentais em história da arte. De Interartes: Kandinsky,
música, pintura e o espiritual na arte ao estudo documental de Santuários
artísticos [Kracjberg (BA), Dona Romana (TO), Projeto AREAL (RS) e Nêgo
(RJ)].
Marcio Pizarro Noronha e Miguel Luiz Ambrizzi
Resumo:
Apresentação e discussão do processo de produção de pesquisas audiovisuais de caráter
transdisciplinar, nos vídeos Interartes: Kandinsky, música, pintura e o espiritual e na produção de um
estudo para um documentário histórico acerca de Santuários artísticos, nas formas de
intervenção/demarcação de territórios estéticos na paisagem natural (Kracjberg, Projeto AREAL, Dona
Romana e Nêgo). Neste estudo são valorizadas as relações interculturais, comparativamente aos
modelos de santuários naturais e religiosos encontrados na cultura brasileira. O pano de fundo é a
relação entre arte-cultura/natureza/espiritualidade. Do paralelismo entre operações da natureza e
artísticas à crise dos modelos naturais e dos gêneros daí decorrentes, a arte contemporânea enfrenta-se
com projetos científicos ou com as posições xamanísticas (modelo de Beuys).
Algumas perguntas: Como produzir um vídeo documental em História da Arte que não seja
apenas uma coleção de imagens, uma apresentação biográfica do artista, a história factual de um
movimento artístico ou a história formal e a interpretação de uma obra singular? Como pensar um
vídeo em História da Arte no contexto atual, no qual a produção de filmes e vídeos artísticos são arte e
documentação? Como respeitar as qualidades próprias do nosso objeto de estudo e o modo como este
define para si o que é a imagem? Como produzir um documento que seja, de algum modo, monumento,
fazendo o caminho inverso da arte e transitando do documento para o artefato artístico?
Este trabalho tem como intuito introduzir a problemática da realização de vídeos voltados para a
disciplina da História da Arte, partindo de uma formatação distinta do comumente encontrado neste
campo de produção. Em sua grande maioria, vídeos de História da Arte, enquanto documentários,
seguem uma trajetória biográfico-cultural do artista ou partem de análise de uma determinada obra de
arte. Estas duas formas hegemônicas não são apenas encontradas na produção de vídeos didáticos
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disponibilizados pelo mercado, mas também funcionam como modelo para a produção de programas de
televisão com referência artística.
Nosso trabalho se inicia numa perspectiva de abordagem distinta das acima apresentadas e a
reunião das duas experiências, os vídeos que apresentam o projeto e o grupo INTERARTES:
PROCESSOS E SISTEMAS INTERARTÍSTICOS E ESTUDOS DE PERFORMANCE, denominados
de Kandinsky: corpo-imagem e Kandinsky: imagem-somi, bem como o vídeo Santuários Artísticos
Brasileirosii, têm como mote estabelecer uma compreensão do conteúdo a ser apresentado pela via do
comum entendimento que estes artistas fazem do campo imagético. Para dar início a um trabalho de
pré-roteirizaçãoiii, tomamos a iniciativa de aprofundar as relações dos artistas com a imagem e buscar a
apreensão conceitual do que seja a imagem.
Há algo em comum nestes projetos, um a respeito do artista russo (Kandinsky) e o outro acerca
de diversos lugares de culto com freqüentação estética – nas formas de intervenção e de demarcação de
territórios estéticos na paisagem natural e/ou na compreensão de que a estetização funciona como uma
desculpa para a proteção de certas ambiências (Kracjberbiv, Projeto AREALv, Dona Romanavi e
Nêgovii) -, que diz respeito aos laços existentes, na compreensão da imagem, entre arte e religiosidade –
religiosidade tomada aqui como modelo de espiritualidade encontrado na arte (Kandinsky e a
vanguarda russa) ou como modelo de redescoberta da natureza ela própria enquanto o espiritual. O
pano de fundo deste projeto é, portanto, demarcado pelas relações e atravessamentos entre os seguintes
tópicos: natureza / cultura / imagem / arte / paisagem / espiritualidade.
Neste âmbito, nosso projeto depara-se com uma problemática de natureza epistemológica, pois
pretende refletir e produzir um objeto documental que seja capaz de fazer referência a esta
condicionante do objeto tal como ele é entendido na perspectiva de seus produtores (os artistas e suas
produções). Para realizar tal tarefa, nossa opção consiste, num primeiro momento, em apreender o que
seja o estatuto da imagem enquanto reveladora de uma dimensão espiritual, seja na obra de arte, seja na
apreensão e conformidade com a natureza. Esta abordagem para a produção de um vídeo tem como
objetivo respeitar a lógica particular do objeto a ser apreendido pelas imagens, estando esta questão
presente a todo o momento e sendo uma força-motriz para a realização do trabalho.
Para um entendimento deste lugar da imagem artística – imagem e espiritualidade, imagem e
natureza –, pois este é um projeto que tem como ponto de partida a História da Arte, precisamos ainda
recuperar os paralelismos entre operações da natureza e operações artísticas, tal como nos aparecem
nas formas visuais do romantismo, do modernismo e das posições xamanísticas beuysianas, traçando
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novas linhas de tempo e novas demarcações não restritas às separações entre arte erudita e arte popular
e, nestes termos, mantendo nossa fidelidade ao campo de estudos pretendido.
Imagem, natureza e espiritualidade: das artes ao cinema.
O problema da apreensão da espiritualidade ou de um mundo transcendental na constituição da
obra de arte tem como fontes a produção artística do romantismo e seus desdobramentos modernos, na
figura do viajante. O viajante romântico como emblema do sujeito diante do espetáculo do mundo
ressalta e valoriza a posição contemplativa e extática que apreende o último instante do mundo como
paisagem – fixa o mundo na paisagem, na janela e na veduta.viii O viajante romântico enuncia o fim da
contemplação e saúda o estado subjetivo melancólico – idealização de um certo estado de ser artístico –
do sujeito que impedido de contemplar um lugar – e fazer do mundo uma paisagem - sustenta o lugar
do contemplador – transitando toda a paisagem em paisagem subjetiva.ix
A transformação do natural em ordem subjetiva e vice-versa estabelece um princípio de
compreensão trágica da imagem que resulta destas operações. Segundo Selma, o filósofo Georg
Simmel esclarece as condições da produção deste fenômeno.
Para Simmel, entendemos por la naturaleza la conexión sin fin de las cosas, el
ininterrumpido producir y negar de formas, la unidad fluyente del acontecer que se expresa en la
continuidad de la existência temporal y espacial. [...]
Para Simmel es tópico asociar el paisajismo romântico con un desarrollo específico y
primário del sentimiento de la naturaleza. Las religiones de los tiempos más primitivos
manifiestan un sentimiento especialmente profundo hacia la naturaleza. (SELMA, 1996: 79-80)
Trata-se de compreender a associação explícita no projeto romântico entre a natureza e o
modelo de janela de paisagem, com uma imagem daí resultante. Este projeto tem seus desdobramentos
nas acepções do modernismo de vanguardax e numa concepção de símbolos nos quais elementos do
mundo natural transformar-se-ão em vocabulários abstratos (no pós-impressionismo de Van Gogh, nas
vanguardas modernas de Kandinsky, Malevitch, Mondrian e Klee e, posteriormente, em Rothko,
Pollock e Still).
No campo fílmico, estas traduções encontrarão seu lugar-ideal na produção de Tarkovski. O
cineasta opõe-se ao culturalismo no tratamento da imagem e propõe-se a reencontrar a dimensão
“natural”, um estado puro da imagem na filmagem da / na natureza, fazendo-se herdeiro
cinematográfico da filosofia romântica do mundo natural – e suas freqüentações ao sobrenatural.
Filmar, para ele, é realizar uma experiência que deve ser vivida a primeira vez durante o ato de
realização da filmagem. A imagem é natural por ser desse modo que a natureza entra e passa a existir
no cinema e no filme.
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Desse modo, podemos reconhecer aqui a fórmula do artista-xamã privilegiada por Joseph
Beuys.
O simbólico em Tarkovski ocupa sua função humana de observação do mundo em seus
movimentos singulares.
O que é então a imagem? Em primeiro lugar, a singularidade assim exige, dela não
existem leis formais universais; cada obra deve inventar suas próprias leis da forma e até seus
“procedimentos” para “formular de maneira adequada a relação que mantém com a realidade”.
Para pontificar a unidade da idéia e da forma, Tarkovski às vezes adquire tons hegelianos: “A
verdadeira imagem artística apresenta sempre uma unidade entre a idéia e a forma. Se a imagem é
uma forma sem conteúdo ou vice versa, a unidade é rompida, e a imagem deixa de pertencer ao
domínio artístico” (idem, p. 27). [...]
Tarkovski parte de uma tradição da imagem cuja origem se encontra na teoria do ícone.
A imagem é sempre concebida com dupla face: um lado representativo, que a puxa em direção ao
mundo (e constitui sua garantia referencial), e um lado metafórico, que é sua parte propriamente
criativa (e constitui sua garantia artística). Portanto, para começar, a imagem é uma “imagem” no
sentido retórico, assimilada por Tarkovski – que jamais tem medo de parecer se contradizer – à
metáfora, à substituição de uma coisa por uma outra. A metáfora, porém, é apenas o primeiro
termo de sua definição, ao qual ela não cessa de escapar, porque, uma vez criada – ou encontrada
-, a imagem cresce por si mesma, vive uma vida própria, “tende ao infinito”. A imagem “conduz
ao absoluto”, porque é uma forma de pensamento autônomo, absolutamente diferente do verbal;
quando o pensamento se exprime por meio de uma imagem artística, é porque encontrou a forma
única que traduz da melhor maneira possível o mundo do autor e sua busca de ideal” (idem, p. 99)
(AUMONT, 2004: 63-64)
Nestes termos, uma teoria do filme em Tarkovski pode nos auxiliar a construir um tratamento
mais adequado às imagens objeto desta pesquisa, a imagem espiritualmente concentrada quer dizer, em
última instância, uma imagem “natural” ou nova, separada dos clichês. Assim, a recomendação para
viver a experiência fílmica direta é também um método de compreensão direta através das imagens.
Esta intuição artística pode ser pensada sob uma semiótica do visual. Como nos diz Calabrese, estados
indefinidos e ainda não icônicos – sem uma imagem correspondente – podem encontrar-se descritos e
ancorados em outras formas de linguagem, como a verbal. (SELMA, 1996) O mundo natural descrito
como paisagem não é mais cabível na sociedade moderna e da velocidade (Lévi-Strauss, ver nota de
fim de texto). Então, uma semiótica do mundo natural necessita recombinar este mundo em diferentes
compósitos sígnicos e apresentá-los aos olhos novos sob novas formas representacionais, numa saída
de objetos finitos para indefinidos infinitos. Não havia nome para esta experiência icônica. Ela deveria
ser então o próprio espiritual na arte, como o disse Kandinsky.
Pensando em nossa própria sensibilidade, distanciados uma centena de anos destes
experimentos, no momento mesmo da realização deste projeto, não podemos deixar de lembrar a
sentença de Paul Virilio, segundo a qual, a visão é perturbada pela ascensão da velocidade, o que
consiste numa contaminação entre olhar, meios de transporte e novas percepções por conta da presença
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da imagem cinematográfica (imagem-movimento, imagem-ação). Esta perturbação acaba por se
converter na verdade óptica, gerando uma estética da desaparição renovada entre os pós-modernos
enquanto estética da aparência. Não são mais os objetos que acedem a nossa vista, mas é justamente a
visão que deve ser acompanhada em seu trajeto de devoração onívora de todas as coisas do mundo
transitadas em imagens. É um desfile de imagens que multiplica a ausência dos objetos e pouco a
pouco suprime as qualidades da contemplação admitidas pelos viajantes sentimentais (o artista
romântico).
Nestes termos, apreender o modernismo místico russo e as formas destes santuários deve estar,
em primeiro lugar, preocupada com os temas já enunciados na estética fílmica de Tarkovski. Para ficar
em alguns aspectos por ele indicados, trataremos aqui de refletir acerca do ritmo como fator dominante
e expressão do fluxo do tempo no interior dos fotogramas.
O fator dominante e todo-poderoso da imagem cinematográfica é o ritmo, que expressa o
fluxo do tempo no interior do fotograma. A verdadeira passagem do tempo também se faz clara
através do comportamento dos personagens, do tratamento visual e da trilha sonora – esses,
porém, são atributos colaterais, cuja ausência, teoricamente, em nada afetaria a existência do
filme. É impossível conceber uma obra cinematográfica sem a sensação do tempo fluindo através
das tomadas, mas pode-se facilmente imaginar um filme sem atores, música, cenário e até mesmo
montagem. O já mencionado Arrivée d´un Train, dos irmãos Lumière, era assim. O mesmo se
pode dizer de um ou dois filmes do cinema underground norte-americano; um deles, por
exemplo, mostra um homem adormecido; vemos, em seguida, este homem acordando, e, graças à
magia do cinema, este momento provoca em nós um impacto estético extraordinário e inesperado.
(TARKOVSKI, 1990: 134)
Tarkovski, provavelmente, refere-se aqui aos filmes de Andy Warhol onde o não-acontecimento
(a não-ação) é o entendimento do objeto do filme: o fluxo do tempo. Para este cineasta-teórico, é o fluir
do tempo que determina um desenvolvimento dramático e a consciência provocada por esta passagem
em nós que recupera o sentido extático das imagens. Desse modo, um filme é a sua filmagem, quando o
diretor vive a experiência do tempo – revelando a individualidade do diretor - e a imagem é a
extatização desta experiência do tempo, num momento mágico-estético e numa forma única do visível
– na individualidade-unicidade das imagens. O tempo é o sinal do transcendental na imagem, pois ele
desloca a imagem para o infinito – como quando, depois de longas horas de tempo real vendo o homem
de Warhol dormir, ele desperta e o inesperado se instala.
Em se tratando mesmo da procura de um ritmo, na construção do roteiro o diretor precisa
também abolir as classificações e as linhas divisórias entre os gêneros - o documental (cinema-verdade,
Jean Rouch) e o ficcional – e construindo um plano temporal único onde material documental e
material ficcional estejam integrados.
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Em nosso trabalho, o filme em película e substituído pelo uso da filmadora digital (vídeo
digital), o que permite pensar nas condições particulares de modificação do estatuto deste novo tipo de
imagem, desconhecida para a reflexão fílmica de Tarkovski. De todo o modo, para definir o estatuto
destas imagens, Liliane Heynemann sugere que se mantenha uma posição semelhante ao do crítico
(historiador e teórico) de arte. No estudo de uma história da arte contemporânea e para a produção de
uma história significativa desta definição tão imprecisa, a da contemporaneidade em história, já que
esta envolve uma reflexão acerca da própria temporalidade, consideramos que um tipo de história
possível já se encontra presente nas interfaces entre mídias – linguagens – produtos-objetos.
O que isto quer dizer? Que, em termos de documentos artísticos enquanto documentos
históricos, estamos diante de um possível meio de produção da história interna da arte, através das
inter-relações entre as mídias de tecnologia audiovisual, suas linguagens e desdobramentos em gêneros
(poéticos, documentais e poético-documentais) e a realização de produtos que, ao receberem o estatuto
de arte, também o fazem sendo resultantes de uma consciência histórica do artista, dados como sendo
(meta-)comentários da arte do seu tempo e das suas cadeias e elos com o seu passado.
Em nosso estudo uma história audiovisual deveria ser capaz de contemplar esta peculiaridade de
sua possível historiografia levando em conta que não nos basta apenas fazer uma história do cinema, do
vídeo e do computador enquanto mídia audiovisual, tanto do ponto de vista de uma história da sua
tecnologia (história dos meios de produção enunciada paradigmaticamente pela abordagem
benjaminiana da reprodução técnica) quanto do ponto de vista de uma história das linguagens enquanto
promoção de gêneros e de classificações de diversas ordens (cinema ficcional e documental, filme de
arte e filme comercial, realismo, surrealismo, transcendentalismo como formas da estética do filme,
para ficarmos apenas com algumas formas da classificação), mas necessitamos de um pensamento que
se desdobre enquanto prática social que efetivamente se compromete com a feitura da
contemporaneidade.
Assim, compreender um modo de produzir um documentário em vídeo para a História da Arte
deve levar em conta estas cadeias acima articuladas entre passagens da imagem e os modos como
imagens originárias a serem capturadas na esfera tempo-imagem (do vídeo) são pensadas enquanto
uma forma do (sobre)natural. Para nossos artistas, há uma questão de ordem perceptual e
extrassensorial que deve ser revelada na imagem. Assim como o neo-realismo italiano queria instaurar
uma pura imagem ótico-sonora, afetando nosso equipamento sensório-motor e nossos sistemas de
defesa, os artistas em nossa pesquisa querem fazer ver o invisível.
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No projeto Kandinsky, o caminho adotado era não-narrativo, com entrevistas não-lineares,
tendo como premissa as possíveis conversas estabelecidas no momento da edição entre diferentes
artistas e suas reflexões acerca dos problemas da linguagem em arte. Deve-se ainda levar em conta as
correlações que um pré-roteiro tinha em relação aos caminhos do projeto modernista (o modernismo e
as vanguardas russas e suas relações com a mística). O vídeo combina depoimentos em diferentes
experiências artísticas, costurando-os ao ponto de vista mais abrangente do trajeto moderno russo,
tendo como objeto o entendimento das relações romantismo-modernismo, racionalismo-mística e a
tensão entre a separação / fusão entre as linguagens. Este último elemento é dado como o ponto que
explica a grande importância de Kandinsky e dos artistas russos – bem como de suas teorias e uma
semiótica russa da arte – para a compreensão historiográfica da História da Arte, da perspectiva
interartes. O vídeo pretende mostrar a herança romântico-moderna na arte contemporânea e os embates
antigos entre fusão (obra de arte total) e separação (linguagens) das artes.
No segundo trabalho, em fase de pré-produção, estamos diante de filmagens diretas nos sítios
dos artistas-xamãs. A idéia que prevalece para esta realização é a da afirmação da posição do objeto de
arte enquanto objeto totêmico (de culto mágico).xi
Assim, ao historiador-documentarista, que estuda e produz documentos, cabe prestar atenção
quando da produção de um filme-vídeo, no modo como irá estabelecer as relações entre o objeto e a
enunciação deste objeto dentro de um estilo e do estilo num certo gênero, bem como relacionar esta
formulação ao contexto sócio-tecnológico, para compreender no interior da operação fílmica o que é o
objeto de sua pesquisa. Então, filmar imagens de obras ou obras – filmar objetos – e filmar ambiências
silenciosas e isoladas – os santuários –, ambas, exigem do historiador da arte, a entrada no ritmo dos
objetos. Assim, as imagens fílmicas passarão a fazer parte da história da arte.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DO ARTIGO:
AUMONT, Jacques. (2004) As teorias dos cineastas. Campinas, SP: Papirus.
LÉVI-STRAUSS, Claude. (1993) Mirar, escuchar, leer. Madrid: Siruela.
SELMA, José Vicente. (1996) Imágenes de naufragio: nostalgia y mutaciones de lo sublime romântico.
Valencia: Direcció General de Promoció Cultural, Museus i Belles Arts.
SIMMEL, Georg. (1986) El individuo y la libertad. Ensays de crítica de la cultura. Barcelona:
Península.
TARKOVSKI, Andrei. (1990) Esculpir o tempo. São Paulo: Martins Fontes.
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i
Inicialmente pensado no formato de um documentário para a apresentação do Grupo de Pesquisa, integrando-se a uma
seqüência de vídeos a ser realizada, Kandinsky transformou-se em dois vídeos (corpo e imagem; imagem e som), tendo
como objeto traçar relações entre os domínios cinestésicos-sinestésicos da arte moderna das vanguardas russas e seus
desdobramentos posteriores na perspectiva de uma historiografia dos estudos interartísticos.
ii
Santuários artísticos brasileiros é um projeto em fase de pré-produção. Neste momento, a partir de uma seleção e estudo
das obras de artistas e projetos artísticos, definimos um roteiro de viagens e de contato direto com os locais nos quais se
encontram os santuários. Tomando como ponto de partida uma noção adequada a este tipo de experiência, advinda das
teorias fílmicas de Tarkovski, a realização do filme em vídeo não é algo calculável, tratando-se mesmo de uma experiência
a ser vivida durante o procedimento da filmagem. Uma idéia de conjunto e uma discussão em torno do objeto serão os
elementos utilizados nestas filmagens não roteirizáveis.
iii
Antecipando algumas das idéias que serão utilizadas na realização destes dois documentários, a premissa do roteiro não
assume caráter de grande importância. Chamamos aqui de pré-roteirização uma ambientação geral dos temas, dos objetos e
das ambiências. O roteiro, segundo Tarkovski, deve ser uma estrutura frágil e mutante. Estar numa filmagem é estar
pensando durante o processo de realização do trabalho. Muitas das idéias de Tarkovski encontram confluências no
pensamento do brasileiro Glauber Rocha.
iv
Franz Kracjberg é artista polonês naturalizado. Suas obras consistem em instalações ambientais. Trabalha com restos
calcinados de árvores. Vive em Nova Viçosa (BA).
v
O Projeto Areal é coordenado pela artista plástica Maria Helena Bernardes e resulta de um edital do Programa de Artes
Visuais (Petrobrás II Edição). O Projeto inclui a produção de trabalhos plástico-visuais por parte dos artistas integrantes, a
promoção de debates e a publicação de quatro livros de documentação (Documento Areal). Entre os anos 2002 / 2003, o
grupo constituído por quatro artistas (Maria Helena Bernardes, Helio Fervenza, Karin Lambrecht e André Severo) realizou
deslocamentos e ações em diferentes regiões do estado do RS.
vi
Dona Romana é uma benzedeira-rezadeira que construiu o Sítio Jacuba, no município de Natividade (TO). Trabalha com
sucata, dentro dos princípios da arte povera. Também realiza desenhos através de visões e de sonhos.
vii
Nego é o nome artístico de Geraldo Simplício. Suas obras estão no KM12 da Estrada RJ130, na Serra Fluminense. Seus
trabalhos são esculpidos na própria rocha, revestidos pelos fungos e outros elementos do próprio ecossistema no qual foram
realizadas.
viii
Claude Lévi-Strauss ressalta o desaparecimento desta relação no declínio da forma ideal do classicismo de constituição
da paisagem campesina. O ideal arcádico das pinturas classicistas e as marinas encontradas por este autor nos Museus
Históricos teriam sido os últimos momentos de uma relação de equilíbrio entre a natureza e a cultura, permitindo uma
idealização e uma fruição que determina o verdadeiro arquétipo de um lugar e a determinação de suas fronteiras. Para ele, a
partir das transformações artísticas modernas estamos diante de um desequilíbrio e de uma incapacidade de fazer o lugar
aparecer. A ascensão da velocidade é também a ascensão da história e do sujeito. O viajante romântico é o último
contemplador e o primeiro melancólico a enunciar a impossibilidade para o sujeito de contemplar, num esvaziamento das
relações entre homem-mundo e, portanto, num desaparecimento da própria noção de lugar antropológico (Marc Auge)
enquanto parte integrante do projeto da modernidade.
ix
Segundo José Vicente Selma, o artista exemplar é Caspar David Friedrich.
[...] y provocando con esta estratégia una identificación preliminar entre el contemplador del cuadro y lo contemplado por la
figura en él, nos sugieren una disyunción entre cultura y naturaleza, naturaleza y historia. Filosofia de la Naturaleza frente a
Filosofia de la Historia en una atmosfera invadida por la soledad, el distanciamiento, la fuga constante de lo visto, “un estar
en lo alto sin estar elevado” como afirmaria en 1826 C. Töpfer en una crítica a la primera exposición de Friedrich en
Hamburgo.
Las figuras de espaldas personifican la mediación pictórica y estética entre los espectáculos grandiosos de la naturaleza y el
espectador del cuadro, actuando como filtro de ambas mediaciones. El artista es un contemplador antes que um creador y
nos habla a los otros contempladores de su visión. Contemplar se convierte en un paso prévio para tamizar a la naturaleza
como objeto estético, para estetizar la naturaleza, que significa, entre otras cosas, la proyección sentimental del carácter
fugado de la nueva experiência del tiempo; frente a la permanência, via mutabilidad, de la naturaleza. (SELMA, 1996: 75-
76)
x
“Existiria una corriente subterránea, otras formas de leer algunos de los aspectos característicos de buena parte de la
figuración y abstracción realizadas en el siglo XX. Para Rosenblum, nuestro mundo secularizado es heredero de los
românticos, un mundo donde los ritos de las tradiciones y las tradiciones religiosas mismas resultan insatisfactorios;
precisamente en ese mundo un conjunto de imágenes o iconos abstractos partidarios de religiosidades panteístas o místicas
de muy distinto signo (de Friedrich a Franz Marc; de Blake a Max Ernst; de Munch a Rothko), contemplados sin necesidad
de adhesión o confesionalidad, pueden potenciar de forma más intensa su evocación de lo transcendente. Los cuadros de
Rothko, dirá por ejemplo, “buscan lo sagrado en un mundo profano”. La naturaleza se convierte en un misterio, cuya
esencia es necesario restaurar, otorgando a los valores plásticos, compositivos y atmosféricos del paisaje cualidades
sobrenaturales y convirtiendo los pequeños fragmentos de la naturaleza – piedra, flor, hoja – en síntesis de la misma,
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proceso analógico de filiación panteísta reestructurado por el romanticismo com reacción ante una concepción de la matéria
como potencialidad bruta, cuyo simple destino es la explotación. Nuevos registros simbólicos realizarán esta operación
alquímica.” (SELMA, 1996: 82)