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MANUAL DE BOMBAS
MANUAL DE BOMBA

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terial, entretanto, a GRUNDFOS Management A/S não será responsável por qualquer
perda, quer seja direta, indireta, incidental ou consequente que possa surgir do uso
ou confiança depositada sobre qualquer conteúdo deste material.
Introdução
A indústria fabril tem uma elevada demanda pesada por bombas, quando
se trata de uma ótima operação, alta confiabilidade e baixo consumo de
energia. Por esse motivo, a Grundfos desenvolveu o Manual de Bomba,
que, de maneira simples, aborda com várias considerações ao dimensionar
bombas e sistemas de bombas.
Elaboramos um manual para engenheiros e técnicos que trabalham
com o projeto e instalação de bombas e sistemas de bombas, contendo
respostas para uma ampla variedade de perguntas técnicas específicas
sobre as bombas. O Manual de Bombas pode ser lido do princípio ao fim ou
parcialmente sobre tópicos específicos.
O manual está dividido em 5 capítulos, os quais abordam as diferentes
fases do projeto de sistemas de bombas.
No capítulo 1 fazemos uma apresentação geral de diferentes tipos de
bombas e componentes. Aqui também descrevemos quais precauções
tomar ao lidar com líquidos viscosos. Além disso, os materiais mais usados,
assim como os diferentes tipos de corrosão são apresentados aqui. As
terminologias mais importantes relacionadas à leitura do desempenho
das bombas são apresentadas no capítulo 2. O Capítulo 3 aborda os
sistemas hidráulicos e alguns dos fatores mais importantes a considerar
para se obter uma ótima operação do sistema de bombas. Visto que é
frequentemente necessário ajustar o desempenho da bomba por meio
de vários métodos de ajuste, estes métodos são abordados no capítulo 4.
O capítulo 5 descreve os custos do ciclo de vida uma vez que o consumo
de energia desempenha um papel importante nas bombas e sistemas de
bombas de hoje.
Esperamos sinceramente que você faça uso do Manual de Bomba e o
considere útil no seu trabalho diário.

Diretor de Segmento	

Especialista em Aplicação

Mogens Roy Olesen	

Christian R. Bech
Índice

Capítulo 1 Design de bombas e motores.................................7 1.4.5	 Proteção do motor............................................................. 49
Seção 1.5 Líquidos............................................................................53
Seção 1.1 Construção de bombas................................................8 1.5.1 	 Líquidos viscosos............................................................................ 54
1.1.1 A bomba centrífuga...............................................................8 1.5.2 	 Líquidos Não Newtonianos ...................................................... 55
1.1.2 Curvas das bombas................................................................ 9 1.5.3 	 Impacto dos líquidos viscosos sobre o desempenho
1.1.3 Características da bomba centrífuga...........................11 	
de uma bomba centrífuga......................................................... 55
1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de
1.5.4 	 Seleção da bomba correta para um líquido
	
sucção axial e em linha ................................................... 12 	
com anticongelante ......................................................................56
1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) ....................................... 14 1.5.5 	 Exemplo de cálculo ....................................................................... 58
1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais)................................... 15 1.5.6 	 Seleção da bomba com auxílio de computador
1.1.7 Bombas monoestágio....................................................... 15 	
para líquidos densos e viscosos................................................ 58
1.1.8 Bombas multiestágio..........................................................16
1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto 16
Seção 1.6 Materiais........................................................................ 59
1.6.1 O que é corrosão?..................................................................60
Seção 1.2 Tipos de bombas..........................................................17 1.6.2 Tipos de corrosão...................................................................61
1.2.1 Bombas padrão .................................................................... 17 1.6.3 Metais e ligas metálicas.....................................................65
1.2.2	 Bombas bi-partida............................................................. 17 1.6.4 Cerâmica...................................................................................71
1.2.3	 Bombas hermeticamente seladas ............................. 18 1.6.5 Plástico.......................................................................................71
1.2.4	 Bombas sanitárias ..............................................................20 1.6.6 Borracha....................................................................................72
1.2.5	 Bombas de efluentes ....................................................... 21 1.6.7 Revestimentos........................................................................73
1.2.6	 Bombas imersíveis ............................................................ 22
1.2.7	 Bombas submersas .......................................................... 23
1.2.8	 Bombas de descolamento positivo .............................24 Capítulo 2 Instalação e leitura do
desempenho .....................................................................................75
Seção 1.3 Vedações de eixos mecânicos...............................27
1.3.1 Componentes e função da vedação
Seção 2.1 Instalação da bomba ................................................76
	
de eixo mecânico.................................................................29 2.1.1 Nova instalação.....................................................................76
1.3.2	 Vedações de eixos mecânicos balanceados
2.1.2 Substituição-instalação existente .................................76
	
e não balanceados .............................................................30 2.1.3 Fluxo do tubo para instalação de
1.3.3 Tipos de vedações de eixos mecânicos....................... 31 	
bomba única..........................................................................77
1.3.4 Combinações de materiais da face
2.1.4 Limitação de ruídos e vibrações......................................78
	
da vedação.............................................................................34 2.1.5 Nível de som (L)......................................................................81
1.3.5 Fatores que afetam o desempenho
	
da vedação.............................................................................36 Seção 2.2 Desempenho da bomba .........................................83
2.2.1 Termos hidráulicos................................................................83
Seção 1.4 Motores.......................................................................... 39 2.2.2 Termos elétricos.....................................................................90
1.4.1Padrões ..................................................................................... 40 2.2.3 Propriedades dos líquidos.................................................93
1.4.2	 Partida no motor................................................................. 46
1.4.3	 Tensão de alimentação.................................................... 47
1.4.4	 Conversor de frequência................................................. 47
Capítulo 3 Sistema hidráulico......................................................95
Seção 3.1 Características do sistema .......................................96
3.1.1 Resistências únicas...............................................................97
3.1.2 Sistemas abertos e fechados ............................................98
Seção 3.2 Bombas conectadas em série e paralelas............101
3.2.1 Bombas em paralelo..........................................................101
3.2.2 Bombas conectadas em série........................................103

Capítulo 4 Ajuste do desempenho
das bombas......................................................................................105
Seção 4.1 Ajuste do desempenho das bombas.................106
4.1.1	 Controle por estrangulamento....................................107
4.1.2	 Controle de desvio.............................................................107
4.1.3	 Modificação do diâmetro do rotor.............................108
4.1.4	 Controle de velocidade....................................................108
4.1.5	 Comparação dos métodos de ajuste.........................110
4.1.6	 Eficiência geral do sistema da bomba......................111
4.1.7	 Exemplo: Consumo de energia relativo
	
quando o fluxo é reduzido em 20%...........................111
Seção 4.2 Soluções para bomba com
	
velocidade controlada ...................................................114
4.2.1	 Controle de pressão constante....................................114
4.2.2	 Controle de temperatura constante..........................115
4.2.3	 Pressão do diferencial constante em
	
um sistema de circulação..............................................115
4.2.4	 Controle da pressão diferencial
	
com compensada por fluxo .........................................116
Seção 4.3 Vantagens do controle
	
de velocidade......................................................................117
Seção 4.4 Vantagens das bombas com
	
conversor de frequência integrado .......................... 118
4.4.1 Curvas de desempenho de bombas com
	
velocidade controlada.....................................................119
4.4.2 Bombas com velocidade controlada em
	
diferentes sistemas ..........................................................119
Seção 4.5 Conversor de frequência.......................................122
4.5.1 Funções e características básicas.................................122
4.5.2 Componentes do conversor
	
de frequência......................................................................122
4.5.3 Condições especiais referentes aos
	
conversores de frequência.............................................124

Capítulo 5 Cálculo dos custos
do ciclo de vida ...............................................................................127
Seção 5.1 Equação de custos do ciclo de vida....................128
5.1.1 Custos iniciais, preço de compra (Cic)..........................129
5.1.2 Custos de Instalação e
	
comissionamento (Cin).....................................................129
5.1.3 Custos de energia (Ce)........................................................130
5.1.4 Custos operacionais (Co)...................................................130
5.1.5 Custos ambientais (Cenv)...................................................130
5.1.6 Custos de manutenção e reparos (Cm)......................131
5.1.7 Custos de tempo de parada,
	
perda de produção (Cs)...................................................131
5.1.8 Custos de desmantelamento
	
e descarte (Co)......................................................................131

Seção 5.2 Cálculo dos custos
	
do ciclo de vida – um exemplo ...................................132

Apêndice............................................................................................133
A)	 Notações e unidades........................................................134
B) 	 Tabelas de conversão de unidades.............................135
C) 	 Prefixos SI e alfabeto grego...........................................136
D) 	 Pressão do vapor e densidade da água
	
em diferentes temperaturas........................................137
E) 	 Orifício .................................................................................138
F) 	 Mudança na pressão estática devido
	
à mudança do diâmetro do cano...............................139
G)	Injetores.................................................................................140
H) 	 Nomograma para perdas de
	
carga em curvas e válvulas............................................141
I) 	
Nomograma para perda do tubo de
	
água limpa a 20˚C.............................................................142
J) 	 Sistema periódico..............................................................143
K)	 Padrões de bombas..........................................................144
L) 	 Viscosidade para líquidos diferentes
	
como função da temperatura do líquido................145

Índice remissivo.............................................................................151
Capítulo 1. Design de bombas e motores

Seção 1.1: Construção da bomba
1.1.1	A bomba centrífuga
1.1.2 	
Curvas da bomba
1.1.3 	
Características da bomba centrífuga
1.1.4 	
Tipos mais comuns de bombas de
		
sucção axial e em linha
1.1.5 	
Tipos de rotor (forças axiais)
1.1.6 	
Tipos de carcaças (forças radiais)
1.1.7 	
Bombas monoestágio
1.1.8		
Bombas multiestágio
1.1.9 	
Bombas com acoplamento longo
		
e curto	

Seção 1.2 Tipos de bombas
1.2.1 	
1.2.2 	
1.2.3 	
1.2.4 	
1.2.5 	
1.2.6 	
1.2.7 	
1.2.8 	

Bombas padrão
Bombas bi-partida
Bombas hermeticamente seladas
Bombas sanitárias
Bombas de efluentes
Bombas imersíveis
Bombas submersa
Bombas de deslocamento positivo
Seção 1.1
Construção da bomba

1.1.1 Bomba centrífuga
Em 1689, o físico Denis Papin inventou a bomba
centrífuga e este tipo de bomba é o mais usado ao
redor do mundo. A bomba centrífuga é construída
sobre um princípio simples: O líquido é levado
até o cubo do rotor e, através da força centrífuga,
ele é lançado na direção da periferia dos rotores.
A construção é razoavelmente barata, robusta e
simples e sua alta velocidade possibilita conectar
a bomba diretamente a um motor assíncrono.
A bomba centrífuga oferece um fluxo de líquido
uniforme e pode facilmente ser acelerado sem
causar danos a bomba.
Agora, vamos observar a figura 1.1.1, que mostra
o fluxo do líquido através da bomba. A entrada
da bomba leva o líquido para o centro do rotor
giratório de onde é lançado para a periferia. Esta
construção oferece alta eficiência e é apropriada
para lidar com líquidos puros. As bombas, que têm
que lidar com líquidos impuros, como bombas
de efluentes, são equipadas com um rotor que é
construído especialmente para evitar que objetos
fiquem armazenados no interior da bomba,
consulte a seção 1.2.5.
Se ocorrer diferença de pressão no sistema enquanto
a bomba centrífuga não estiver funcionando, o
líquido ainda consegue passar através da mesma
devido ao seu desenho aberto.
Como se pode ver na figura 1.1.2, a bomba centrífuga
pode ser classificada em diferentes grupos: Bombas
de fluxo radial, bombas de fluxo misto e bombas de
fluxo axial. As bombas de fluxos radial e as bombas
de fluxo misto são os tipos mais comuns utilizados.
Portanto, iremos nos concentrar somente nestes tipos
de bombas nas próximas páginas.
Entretanto, apresentaremos brevemente a bomba
de deslocamento positivo na seção 1.2.8.
As diferentes exigências de desempenho das
bombas centrífugas, especialmente em relação à
altura manométrica total, fluxo e instalação,
junto com as exigências de operação econômica,
são somente algumas das razões porque existem
tantos tipos de bombas. A Figura 1.1.3 mostra os
diferentes tipos de bombas em relação ao fluxo e
pressão.
8

Fig. 1.1.1: O fluxo do líquido através da bomba

Bomba de fluxo radial

Bomba de fluxo misto

Bomba de fluxo axial

Fig. 1.1.2: Diferentes tipos de bombas centrífugas

H [m]
10000
6
4
2
Bombas de fluxo radial
multiestágios

1000
6
4
2
100

Bombas de
fluxo radial
monoestágios

6
4
2
10

Bombas de fluxo misto

6
4
2

Bombas de fluxo axial

1

2

4 6 10 2

4 6 100 2

4 6 1000 2

4 6 10000

100000
Q [m3/h]

Fig. 1.1.3: Fluxo e altura manométrica total para
diferentes tipos de bombas centrífugas
1.1.2 Curvas das bombas
Antes de aprofundarmos no mundo da construção e
tipos de bombas apresentaremos as características
básicas das curvas de desempenho das bombas. O
desempenho de uma bomba centrífuga é mostrado
por um conjunto de curvas de desempenho. As
curvas de desempenho para uma bomba centrífuga
são mostradas na figura 1.1.4. Altura manométrica
total, consumo de energia, eficiência de consumo
e NPSH são mostrados como uma função no fluxo.

H
[m]

η
[%]

50
40
70
30

60

Efci
i ência

50

20

40

10

20

30

0

10
0

P2
[kW]

10

20

30

40

50

60

70

Q [ 3/h]
m

10
8

8

Normalmente, as curvas das bombas nas apostilas de
dados cobrem somente a parte da bomba. Portanto,
o consumo de energia, o valor P2 que também está
listado nas apostilas de dados, cobre somente a
energia que entra na bomba – consulte a figura
1.1.4. O mesmo vale para o valor eficiência, que cobre
somente a parte da bomba (η = ηP).

Mostramos a seguir uma breve apresentação das
diferentes curvas de desempenho de bombas.
Altura manométrica total, a curva QH
A curva QH mostra a altura manométrica total, que
a bomba é capaz de executar em um determinado
fluxo. A altura manométrica total é medida em metros
de coluna de líquido/metros [mLC]; normalmente a
unidade metro [m] é aplicada. A vantagem de se usar
a unidade [m] como unidade de medida da altura
manométrica total da bomba é que a curva QH não
é afetada pelo tipo de líquido que bomba tem que
manejar, consulte a seção 2.2 para mais informações.

6

6
4

4

N PSH

2

2

0

Fig. 1.1.4: Curvas de desempenho típicas para
uma bomba centrífuga. Altura manométrica
total, consumo de energia, eficiência e NPSH são
mostrados como uma função do fluxo

Q

Em alguns tipos de bombas com motor integrado e
conversor de frequência possivelmente integrado,
por exemplo, bombas com motor blindado (consulte
a seção 1.2.3), a curva de consumo de energia e a
curva η cobrem o motor e a bomba. Neste caso, é o
valor P1 que deve ser levado em consideração.
No geral, as curvss das bombas são projetadas de acordo
com o ISO 9906 Anexo A, que especifica as tolerâncias
das curvas:
•	Q +/- 9%,
•	H +/-7%,
•	P +9%
•	 -7%.

N PSH
(m)

12

Consum o de ener a
gi

10

0

P1

M
3~

P2

H

ηM

ηP

Fig. 1.1.5: As curvas para consumo de energia e
eficiência normalmente cobrem somente a parte
da bomba da unidade – i.e. P2 e ηP

H
[m]
60

50

40

30

20

10
0

0

10

20

30

40

50

60

70

80 Q

3
[m
/h

Fig. 1.1.6: Curva QH típica para uma bomba
centrífuga; fluxo baixo resulta em altura
manométrica total alta e fluxo alto resulta em
altura manométrica total baixa

9
Seção 1.1
Construção da bomba
Eficiência, a curva η
A eficiência é a relação entre a energia fornecida e
a quantidade de energia utilizada. No mundo das
bombas, a eficiência ηP é a relação entre a energia,
que a bomba fornece para a água (PH) e a entrada
de energia no eixo (P2):

P

ρ.g.Q.H

ηp = PH =
P2 x 3600
2

onde:
ρ é a densidade do líquido em kg/m3,
g é a aceleração da gravidade em m/s2,
Q é o fluxo em m3/h e H é a altura manométrica
total em m.

η
[%]
80
70
60
50
40
30
20
10
0

Para água a 20oC e com Q medido em m3/h e H em
m, a energia hidráulica pode ser calculada como:

0

10

20

30

40

50

60

70

Q m 3/h]
[

Fig. 1.1.7: Curva de eficiência de uma bomba
centrífuga típica

PH = 2.72 . Q . H [W]
Como aparece a partir da curva de eficiência, a
eficiência depende do ponto de operação da bomba.
Portanto, é importante selecionar uma bomba que
seja compatível com os requisitos de fluxo e que
assegure que a bomba esteja funcionando na área
de fluxo mais eficiente.

P2
[kW]
10
8
6

Consumo de energia, a curva P2
A relação entre o consumo de energia da bomba
e o fluxo é mostrada na figura 1.1.8. A curva P2
da maioria das bombas centrífugas é semelhante
à curva na figura 1.1.8 onde o valor P2 aumenta
quando o fluxo aumenta.

. . .
P2= Q H g ρ
3600 x ηp

Curva NPSH (Altura Manométrica de Sucção
Positiva Líquida)
O valor NPSH de uma bomba é a pressão mínima
absoluta (consulte a seção 2.2.1) que deve estar
presente no lado de sucção da bomba para evitar
cavitação. O valor NPSH é medido em [m] e
depende do fluxo; quando o fluxo aumenta, o valor
NPSH também aumenta; figura 1.1.9. Para mais
informações sobre cavitação e NPSH, vá para a
seção 2.2.1.
10

4
2
0

0

10

20

30

40

50

60

70

Q m 3/h]
[

Fig. 1.1.8: Curva de consumo de energia de uma
bomba centrífuga típica

NPSH
[m]
10
8
6
4
2
0

0

10

20

30

40

50

60

70

Q m 3/h]
[

Fig. 1.1.9: Curva NPSH de bomba centrífuga
típica
1.1.3 Características da bomba centrífuga
A bomba centrífuga possui várias características
e as mais importantes serão apresentadas nesta
seção. Mais adiante neste capítulo forneceremos
uma descrição mais detalhada dos diferentes tipos
de bombas.

•	Número de fases
Dependendo do número de rotores na bomba,
uma bomba centrífuga pode ser uma bomba
monoestágio ou uma bomba multiestágio.

•	Posição do eixo da bomba
As bombas monoestágio e multiestágio são
produzidas com eixos de bomba verticais ou
horizontais. Estas bombas normalmente são
normalmente designadas como bombas horizontais
ou verticais. Para mais informações, vá para seção
1.1.4.

•	Rotores de sucção simples ou de sucção dupla
Dependendo da construção do rotor, uma bomba
pode ser equipada com um rotor de sucção simples
ou rotor de sucção dupla. Para mais informações, vá
para a seção 1.1.5.

•	Acoplamento de estágios
Os estágios da bomba podem ser arranjados de
duas maneiras diferentes: em série e em paralelo,
consulte a figura 1.1.10.

Fig 1.1.10: Bomba dupla com rotores
acoplados em paralelo

•	Construção da carcaça da bomba
Diferenciamos entre dois tipos de carcaça de bomba:
Carcaça Voluta e carcaça de canal de retorno com
palhetas guia. Para mais informações, vá para a
seção 1.1.6.

11
Seção 1.1
Construção da bomba
1.1.4 Tipos mais comuns de bomba de sucção axial e em linha
Sucção axial

Horizontal

Monoestágio

Acoplamento longo

Bomba de sucção axial	
=	
			

Multiestágio

Acoplamento curto

Acoplamento curto

O líquido entra diretamente no rotor. A entrada e a saída possuem
um ângulo de 90°. Consulte a seção 1.1.9

Bomba em linha		
=	
O líquido passa diretamente pela bomba em linha. O cano de sucção e o cano
de descarga
			
são colocados opostos um ao outro e podem ser montados diretamente no
sistema de 				
encanamento
Bomba com carcaça
bipartida		

=	

Bomba com carcaça dividida axialmente. Consulte a seção 1.2.2

Bomba horizontal		

=	

Bomba com eixo horizontal
Bomba com eixo vertical

Bomba vertical		

=	

Bomba monoestágio		

=	

Bomba com rotor único. Consulte a seção 1.1.7

Bomba multiestágio		

=	

Bomba com vários rotores acoplados em série. Consulte a seção 1.1.8

Bomba com acoplamento
longo		
=	
			
1.1.9
Bomba com acoplamento
curto		
seção 1.1.9

12

Bomba conectada ao motor através de um acoplamento flexível. O motor e
a bomba possuem construções de rolamentos separados. Consulte a seção

bomba conectada ao motor através de um acoplamento rígido. Consulte a

=
Em linha

Horizontal

Horizontal / Vertical

Bipartida
Monoestágio

Multiestágio

Monoestágio
Acoplamento longo Acoplamento longo Acoplamento curto Acoplamento curto

13
Seção 1.1
Construção da Bomba

Forças Axiais

1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais)
A bomba centrífuga gera pressão que exerce forças
sobre as peças fixas e giratórias da bomba.
As peças das bombas são feitas para suportar
essas forças. Se as forças axiais e radiais não
forem contrabalanceadas na bomba, as forças
devem ser consideradas ao selecionar o sistema
de acionamento da bomba (rolamento de contato
angular no motor). Em bombas equipadas com
rotor de sucção simples, podem ocorrer grandes
forças axiais, figuras 1.1.11 e 1.1.12. Estas forças
são balanceadas em uma das seguintes formas:
• Mecanicamente por meio de rolamentos
de impulso. Estes tipos de rolamentos são
especialmente projetados para absorver as
forças axiais dos rotores
•	Por meio de orifícios de balanceamento no rotor,
consulte a figura 1.1.13
• Por meio de regulagem do acelerador a partir
de um anel de vedação montado na traseira dos
rotores, consulte a figura 1.1.14
•	Impacto dinâmico a partir da traseira do rotor, 	
	 onsulte a figura 1.1.15
c

Fig. 1.1.11: : Rotor de
sucção simples
Fig. 1.1.12: Bomba padrão
com rotor de sucção simples

Fig. 1.1.13: Balanceando as
forças axiais em uma bomba
centrífuga monoestágio com
orifícios de balanceamento
somente

Fig. 1.1.14: Balanceando
as forças axiais em
uma bomba centrífuga
monoestágio com lacuna
de vedação no lado de
descarga e orifícios de
balanceamento

Fig. 1.1.15: Balanceando as
forças axiais em uma bomba
centrífuga
monoestágio
com lâminas na traseira dos
rotores

•	O impacto axial sobre a bomba pode ser evitado
usando rotores de sucção dupla (consulte a
figura 1.1.16).
Fig. 1.1.16: Balanceando as
forças axiais em um sistema
de rotor de sucção duplo

14
1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais)

Fig. 1.1.17: Rotor de
sucção simples

Forças radiais

As forças radiais resultam da pressão estática na
carcaça. Portanto, podem ocorrer deflexões axiais
que levam à interferência entre o rotor e a carcaça.
A magnitude e a direção da força radial dependem
da taxa do fluxo e altura manométrica total.

Fig. 1.1.18: Carcaça voluta simples

A bomba de voluta simples é caracterizada por uma
pressão simétrica na voluta no ponto de eficiência
ótimo, que leva à carga radial zero. Em todos os
outros pontos, a pressão ao redor do rotor não é
regular e consequentemente há presença de força
radial.
Como se pode observar na figura 1.1.19, a carcaça
voluta dupla desenvolve uma força de reação radial
baixa constante em qualquer capacidade.

Carcaça voluta dupla

For Radi
ça
al

Ao projetar a carcaça da bomba, é possível controlar
as forças radiais hidráulicas. Vale a pena mencionar
dois tipos de carcaças: a carcaça voluta simples e
a carcaça voluta dupla. Como se pode observar na
figura 1.1.18, as duas carcaças têm o formato de
voluta. A diferença entre as duas é que a voluta
dupla possui uma palheta guia.

Car
caça Vol a
ut

Car
caça vol a
ut
dupla
1.0

Q /Q opt

Fig. 1.1.19: Força radial para
carcaça voluta simples e dupla

Os canais de retorno (figura 1.1.20) são usados em
bombas multiestágio e têm a mesma função básica
que as carcaças volutas. O líquido é levado de um
rotor para o outro ao mesmo tempo, a rotação da
água é reduzida e a pressão dinâmica é transformada
em pressão estática. Devido ao projeto circular da
carcaça do canal, não há forças radiais presentes.

Fig. 1.1.20: Bomba
em linha multiestágio
vertical com carcaça de
canal de retorno
Canal de retorno

1.1.7 Bombas monoestágio
Geralmente, as bombas monoestágio são usadas
em
aplicações que não exigem uma altura
manométrica total de mais de 150 m. Normalmente,
as bombas monoestágio operam no intervalo de
2-100 m.
As bombas monoestágio são caracterizadas por
fornecer
uma altura manométrica
baixa em relação ao fluxo, consulte a figura 1.1.3.
A bomba monoestágio é produzida no desenho
vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.21 e
1.1.22.

Fig. 1.1.21: Bomba com
acoplamento curto de
sucção axial monoestágio

Fig. 1.1.22: Bomba
com acoplamento
curto em linha
monoestágio
vertical
15
Seção 1.1
Construção da bomba
1.1.8 Bombas multiestágio
Bombas multiestágio são usadas em instalações
onde uma altura manométrica elevada é
necessária. Diversas fases são conectadas em série
e o fluxo é guiado desde a saída de uma fase até
a entrada da próxima. A altura manométrica final
que uma bomba multiestágio pode proporcionar
é igual à soma da pressão que cada estágio pode
proporcionar.
A vantagem das bombas multiestágio é que
elas proporcionam uma altura manométrica
elevada em relação ao fluxo. Como as bombas
monoestágio, as bombas multiestágio estão
disponíveis nas versões vertical e horizontal,
consulte as figuras 1.1.23 e 1.1.24.

1.1.9 Bombas com acoplamento longo
e bombas com acoplamento curto

Fig. 1.1.23: Bomba
em linha multiestágio
vertical

Fig. 1.1.24: Bomba de
sucção axial multiestágio
horizontal

Fig. 1.1.25: Bomba com
acoplamento longo com
acopla mento básico

Fig. 1.1.26: Bomba com acoplamento longo com
acopla mento de espaçador

Bombas com acoplamento longo
Bombas com acoplamento longo são bombas com
acoplamento flexível que conecta a bomba e o
motor. Este tipo de acoplamento está disponível
como acoplamento básico ou como acoplamento
de espaçador.
Se a bomba estiver conectada ao motor por um
acoplamento básico, é necessário desmontar o
motor quando a bomba precisar de manutenção.
Portanto, é necessário alinhar a bomba na
montagem, consulte a figura 1.1.25.

Fig. 1.1.27: Bomba com
acoplamento curto com
acoplamento rígido

Fig. 1.1.28: Diferentes tipos de acoplamento

Por outro lado, se a bomba estiver equipada com
um acoplamento de espaçador, é possível fazer a
manutenção na bomba sem desmontar o motor.
Deste modo, o alinhamento não é um problema,
consulte a figura 1.1.26.

Bombas com acoplamento curto
Estas bombas podem ser construídas nas duas
maneiras a seguir: A bomba tem o rotor montado
diretamente sobre o eixo estendido do motor ou a
bomba tem um motor padrão e um acoplamento
rígido ou acoplamento de espaçador, consulte as
figuras 1.1.27 e 1.1.28.
16

Ti acopl ent
po
am
o
básic
o
Bomba com
acoplamento
longo com
acoplamento
flexível

Bomba com
acoplamento
curto com
acoplamento
rígido

Acopl ent de
am
o
espaçador (opcional
)
Seção 1.2
Tipos de bomba

1.2.1 Bombas padrão
Poucas normas internacionais tratam de bombas
centrífugas. Na verdade, muitos países possuem
seus próprios padrões, que mais ou menos
sobrepõem uns aos outros. Uma bomba padrão
é aquela compatível com as regulamentações
oficiais, como, por exemplo, o ponto de operação
da bomba. Relacionamos abaixo alguns exemplos
de padrões internacionais para bombas:

Fig. 1.2.1:Bomba padrão com
acoplamento longo

•	 EN 733 (DIN 24255) se aplica às bombas
centrífugas de sucção axial, também conhecidas
como bombas de água padrão com pressão
nominal (PN) de 10 bar.
• 	EN 22858 (ISO 2858) se aplica às bombas
centrífugas, também conhecidas como bombas
químicas padrão com pressão nominal (PN) de
16 bar, consulte o apêndice K.
As normas mencionadas acima cobrem as
dimensões de instalação e os pontos de operação
de diferentes tipos de bombas. Quanto às peças
hidráulicas destas bombas, elas variam de acordo
com o fabricante - deste modo, não há padrões
internacionais determinados para estas peças.

Fig. 1.2.2: Bomba padrão com
eixo simples

Bombas, que são projetadas de acordo com os
padrões, oferecem vantagens ao usuário final
relacionadas à instalação, assim como serviço,
peças de reposição e manutenção.

1.2.2 Bombas com carcaça bipartida
Uma bomba com carcaça bipartida é uma
bomba cuja carcaça é dividida axialmente em
duas partes. A Figura 1.2.4 mostra uma bomba
monoestágio com carcaça bipartida com rotor
de sucção dupla. A construção com entrada
dupla elimina as forças axiais e assegura
uma expectativa de vida útil mais longa dos
rolamentos. Geralmente, as bombas com carcaça
bipartida são mais eficientes, tem manutenção
mais fácil e uma faixa de desempenho ampla.

Fig. 1.2.3: Bomba com carcaça
bipartida com acoplamento longo

Fig. 1.2.4: Bomba com
carcaça bipartida com
rotor de sucção dupla

17
Seção 1.2
Tipos de bomba

Liquido

1.2.3 Bombas hermeticamente seladas

Retentor
Atmosfera

Não é de surpreender que a guia de entrada
do eixo da bomba deve ser selada. Geralmente,
isto é feito através de um retentor mecânico
do eixo, consulte a figura 1.2.5. A desvantagem
do retentor mecânico do eixo são suas
propriedades deficientes quando se trata
de manipulação líquidos tóxicos e agressivos,
que, consequentemente, levam a vazamento.
Até certo ponto estes problemas podem ser
resolvidos usando um retentor mecânico duplo
do eixo. Outra solução para estes problemas é
usar uma bomba hermeticamente selada.
Diferenciamos estes dois tipos de bombas
hermeticamente seladas: Bombas com motor
blindado e bombas com acionamento magnético.
Informações adicionais sobre estas bombas são
encontradas nos próximos parágrafos.

Fig. 1.2.5: Exemplo de bomba padrão com retentor
mecânico do eixo

Blindagem
do motor

Bombas com motor blindado
Uma bomba com motor blindado é uma
bomba hermeticamente selada com o motor
e a bomba integrados em uma unidade sem
retentor, consulte as figuras 1.2.6 e 1.2.7. O
líquido bombeado entra na câmara do rotor que
é separado do estator por uma blindagem fina
do rotor. O rotor pode servir como uma barreira
hermeticamente selada entre o líquido e o motor.
As bombas químicas são feitas de materiais
como plástico ou aço inoxidável que podem
suportar líquidos agressivos.

Fig. 1.2.6: Bomba química com motor blindado

Blindagem
do Motor

O tipo mais comum de motor blindado é a
bomba circuladora. Este tipo de bomba é usado
tipicamente em circuitos de aquecimento, pois
sua construção produz baixo ruído e a operação
é livre de manutenção.

Fig. 1.2.7: Bomba circuladora com motor blindado

18
Magnetos externos

Magnetos internos

Bombas com acionamento magnético
Nos últimos anos, as bombas com acionamento
magnético têm se tornado cada vez mais
populares para transferência de líquidos tóxicos
e agressivos.
Como mostrado na figura 1.2.8, a bomba com
acionamento magnético é composta por dois
grupos de magnetos; um magneto interno e
um magneto externo. Uma blindagem não
magnetizada pode separar estes dois grupos.
A blindagem serve como uma barreira
hermeticamente selada entre o líquido e a
atmosfera. Como ilustrado na figura 1.2.9, o
magneto externo é conectado ao acionamento
da bomba e o magneto externo é conectado
ao eixo da bomba. Por meio disto, o torque
do acionamento da bomba é transmitido para
o eixo da bomba. O líquido bombeado serve
como lubrificante para os rolamentos da bomba.
Portanto, ventilação suficiente é crucial para os
rolamentos.

Blindagem

Fig. 1.2.8: Construção do acionamento magnético

Magnetos
internos
Blindagem
Magnetos
externos

Fig. 1.2.9: Bomba multiestágio com acionamento
magnético

19
Seção 1.2
Tipos de bomba

1.2.4 Bombas sanitárias
As bombas sanitárias são usadas principalmente
por indústrias de alimentos, bebidas, farmacêuticas
e de biotecnologia onde é muito importante que o
líquido bombeado seja manipulado suavemente e
que as bombas sejam fáceis de limpar.
Para atender as exigências de processamento
destas indústrias, as bombas devem ter uma
superfície áspera entre 3,2 e 0,4 μm Ra. Isto pode
ser melhor obtido usando aço inoxidável forjado
ou laminado rolado como materiais de construção,
consulte a figura 1.2.12. Estes materiais possuem
uma superfície compacta não porosa que pode
ser facilmente trabalhada para atender os vários
requisitos de acabamento de superfície.

Fig. 1.2.10: Bomba sanitária

As principais características das bombas sanitárias
são facilidade de limpeza e de manutenção.
Os fabricantes líderes de bombas sanitárias
projetaram suas bombas para atender os padrões
a seguir:
EHEDG –	 [Grupo de Design de Equipamento
Higiênico Europeu]

Fig.1.2.11: Bomba sanitária com canal lateral de
auto-escorvamento

QHD 	 – 	[Design Higiênico Qualificado]
3-A 	 – 	Padrões Sanitários:
		
3A0/3A1: Padrão Industrial/Higiênico
		 Ra ≤ 3.2 µm
		 Padrão Estéril
3A2:
		 Ra ≤ 0.8 µm
		 Padrão Estéril
3A3:
		 Ra ≤ 0.4 µm

Areia fundida

Fundição de
precisão

Aço rolado
Fig.1.2.12: Aspereza da superfície do material

20
1.2.5 Bombas de efluentes
Uma bomba de efluentes é um equipamento
lacrado com uma bomba e um motor. Devido
a sua construção, a bomba de efluentes é
apropriada para instalação submersa em poços.
Trilhos duplos com sistema de autoacoplamento
normalmente são usados em instalações
submersas. O sistema de autoacoplamento
facilita a manutenção, reparo e substituição da
bomba. Devido à construção da bomba, não
é necessário entrar no poço para executar
o serviço. Na verdade, é possível conectar e
desconectar a bomba automaticamente de fora
do poço. As bombas de efluentes também podem
ser instaladas secas como bombas convencionais
em instalações horizontais ou verticais. Da
mesma forma, este tipo de instalação é de fácil
manutenção e reparo e proporciona operação
ininterrupta da bomba no caso de inundação da
poço seco, consulte a figura 1.2.14.
Normalmente, as bombas de efluentes têm
que ser capazes de manejar partículas grandes.
Portanto, elas são equipadas com rotores
especiais para evitar bloqueio e entupimento.
Existem vários tipos de rotores: rotores de canal
simples, rotores de canal duplo, rotores de três e
quatro canais e rotores de vórtice. A Figura 1.2.15
mostra os diferentes desenhos de rotores.
As bombas de efluentes geralmente são
produzidas com um motor seco, com proteção
IP68 (para mais informações sobre classes de
IP, vá para a seção 1.4.1). O motor e a bomba
possuem um eixo estendido comum com um
sistema de retentor mecânico duplo do eixo em
uma câmara de óleo intermediária, consulte a
figura 1.2.13.
As bombas de efluentes podem operar
intermitenteou continuamente de acordo com a
instalação em questão.

Fig.1.2.13: Detalhe de
uma bomba de esgoto
para instalações úmidas

Fig. 1.2.14: Bomba de efluentes para instalações secas

Rotor de
vórtice

Rotor de
canal simples

Rotor de
canal duplo

21
Seção 1.2
Tipos de bomba

1.2.6 Bombas imersíveis
A bomba imersível é um tipo de bomba onde uma
parte dela fica submersa no líquido bombeado e o
motor é mantido seco. Normalmente, as bombas
imersíveis são montadas no topo ou na parede de
tanques ou reservatórios. As bombas imersíveis
são usadas, por exemplo, na indústria de máquinas,
ferramenta de solda, esmerilhadoras, centros de
usinagem e unidades de resfriamento ou em outras
aplicações envolvendo tanques e reservatórios,
lavanderias industriais e sistemas de filtragem.
As bombas para tornos podem ser divididas em
dois grupos: Bombas para o lado limpo do filtro
e bombas para o lado sujo do filtro. As bombas
com rotores fechados normalmente são usadas
para o lado limpo do filtro por que fornecem alta
eficiência e alta pressão se necessário. Bombas com
rotores abertos ou semi-abertos normalmente são
usadas para o lado sujo do filtro por que podem
lidar com cavacos e partículas.

Fig. 1.2.16: Bomba imersível

22
1.2.7 Bombas submersas
Há dois tipos de bombas submersas: A
bomba submersa para sondagem com motor
submersível e a bomba de poços profundos com
motor seco, que é conectado à bomba por eixo
longo. Estas bombas normalmente são usadas
junto com o fornecimento e irrigação de água.
Os dois tipos de bombas são feitos para serem
instalados em poços submersos estreitos, assim
sendo, possuem um diâmetro reduzido, que
as tornam mais longas do que outros tipos de
bombas,consulte a figura 1.2.17.
As bombas submersas são especialmente
projetadas para serem submersas em líquido
e desse modo são equipadas com motor
submersível, com proteção de IP68. A bomba
é produzida nas versões monoestágio e
multiestágio (a versão multiestágio sendo a
mais comum) e é equipada com uma válvula de
retenção no cabeçote.
Atualmente, a bomba de poço profundo tem
sido mais ou menos substituída pelo tipo de
bomba submersível. O eixo longo da bomba
de poço profundo é uma desvantagem, que
dificulta a instalação e execução do serviço.
Como o motor da bomba de poço profundo
é refrigerado a ar, a bomba frequentemente
é utilizada em aplicações industriais para
bombear água quente de tanques abertos.
A bomba submersível não opera em altas
temperaturas por que o motor fica submerso
no líquido que tem que resfriá-lo.

Fig. 1.2.17: Bomba submersível

23
Seção 1.2
Tipos de bomba

1.2.8 Bombas de deslocamento positivo
A bomba de deslocamento positivo fornece um
fluxo constante aproximado a uma velocidade
fixa, apesar das mudanças na contrapressão.
Existem dois tipos de bombas de deslocamento
positivo:
•	Bombas rotativas
•	Bombas reciprocantes
A diferença no desempenho entre uma bomba
centrífuga, uma bomba rotativa e uma bomba
reciprocante está ilustrada à direita, figura 1.2.18.
Dependendo do tipo de bomba que você estiver
lidando, uma pequena alteração na contrapressão
da bomba resulta em diferenças no fluxo.

Fig. 1.2.18: Relação típica
entre fluxo e altura
manométrica para 3 tipos
diferentes de bombas:
1) Bombas centrífugas
2) Bombas rotativas
3) Bombas reciprocantes

H

1
H

3

2

2

O fluxo de uma bomba centrífuga mudará
consideravelmente, o fluxo de uma bomba
rotativa mudará um pouco enquanto que o fluxo
de uma bomba reciprocante não mudará nada.
Mas por que existe uma diferença entre as curvas
de bombas para bombas reciprocantes e bombas
rotativas? A superfície da face de vedação real é
maior para bombas rotativas do que para bombas
reciprocantes. Então, apesar de as duas bombas
serem projetadas com as mesmas tolerâncias, a
perda da bomba rotativa é maior.

24

1

Q

3

As bombas são tipicamente projetadas com
as melhores tolerâncias possíveis para obter
a eficiência e capacidade de sucção mais
alta possível. Entretanto, em alguns casos, é
necessário aumentar as tolerâncias, por
exemplo, quando as bombas têm que lidar com
líquidos altamente viscosos, líquidos contendo
partículas e líquidos de alta temperatura.
As bombas de deslocamento vibram, o que
significa que o volume do fluxo dentro de um
ciclo não é constante.
A variação no fluxo e a velocidade levam à
flutuação de pressão devido à resistência no
sistema de tubulação e nas válvulas.
Bombas dosadoras
As bombas dosadoras pertencem à família de bombas
de deslocamento positivo e tipicamente é do tipo de
diafragma. As bombas de diafragma não apresentam
vazamento por que o diafragma forma uma vedação
entre o líquido e os arredores.
A bomba de diafragma está equipada com duas
válvulas de retenção – uma no lado de sucção e
uma no lado de descarga da bomba. Em relação
às bombas de diafragma menores, o diafragma é
ativado pela biela, que é conectada a um eletroímã.
Com isso, a bobina recebe a quantidade exata de
cursos necessários, consulte a figura 1.2.21.
Em relação às bombas de diafragma maiores, o
diafragma é tipicamente montado na biela, que é
ativado por um eixo de comando. O eixo de comando
é girado por meio de um motor assíncrono padrão,
consulte a figura 1.2.22.

Fig. 1.2.20: Bomba dosadora

O fluxo de uma bomba de diafragma é ajustado
alterando a extensão do curso e/ou a frequência
dos cursos. Se for necessário aumentar a área de
operação, os conversores de frequência podem
ser conectados às bombas de diafragma maiores,
consulte a figura 1.2.22.

Portanto, é simples controlar os lados de sucção
e de descarga da bomba. Comparado às bombas
de diafragma com acionamento eletromagnético
tradicional que fornecem pulsações potentes,
bombas de diafragma acionadas por motor
escalonador possibilitam obter uma dosagem de
aditivo mais estável.

Fig.1.2.21: Mola de retorno da solenoide

+

Há outro tipo de bomba de diafragma. Neste
caso, o diafragma é ativado por uma biela
excentricamente acionada por um motor
escalonador ou motor assíncrono, figuras 1.2.20
e 1.2.23. Ao usar o acinamento de um motor
escalonador, a área dinâmica da bomba aumenta
e melhora sua precisão consideravelmente. Com
esta construção, não é mais necessário ajustar
a extensão do curso da bomba por que a biela é
montada diretamente no diafragma. O resultado
é que as condições de sucção são otimizadas e os
recursos de operação são excelentes.

1.2.22: Mola de retorno
de acionamento do came

+

1.2.23: Acionamento da manivela

25
Capítulo 1. Desenho de bombas e motores

Seção 1.3: Retentores do eixo mecânico
1.3.1 Componentes e função do retentor do eixo mecânico
1.3.2 Vedações de eixo balanceado e não balanceado
1.3.3 Tipos de retentores de eixos mecânicos
1.3.4 Combinações de materiais da face do retentor
1.3.5 Fatores que afetam o desempenho do retentor
Seção 1.3
Retentores de eixos mecânicos
A partir da metade da década de 1950 os retentores de eixos mecânicos ganharam terreno em
favor do método de vedação tradicional l- Caixa
de empanque. Comparados às caixas de empanque, os retentores dos eixos mecânicos oferecem
as seguintes vantagens:
•	Elas se mantêm firmes nos menores
deslocamentos e vibrações no eixo
•	Eles não requerem ajuste
•	As faces do retentor proporcionam uma pequena
quantidade de atrito e assim perda de potência
•	O eixo não desliza sobre nenhum componente
da vedação e deste modo não é danificado por
causa de desgaste (custos de reparo reduzidos).
O retentor de eixo mecânico é a peça da bomba
que separa o líquido da atmosfera. Na figura
1.3.1 pode-se observar alguns exemplos onde
o retentor do eixo mecânico é montado em
diferentes tipos de bombas.
A maioria dos retentores de eixos mecânicos é
produzida de acordo com a norma europeia EN
12756.
Antes de escolher um retentor de eixo, há certas
coisas que você deve saber sobre o líquido e
assim a resistência do retentor ao líquido:
•	Determinar o tipo de líquido
•	Determinar a pressão a que o retentor de eixo
será exposto
•	Determinar a velocidade a que o retentor de eixo
será exposto
•	Determinar as dimensões internas
Apresentaremos nas páginas seguintes como um
retentor de eixo mecânico funciona, os diferentes
tipos de retentor, de que tipo de material os
retentores de eixo mecânico são feitos e que fatores
afetam o desempenho dos retentores de eixos
mecânicos.

28

Fig. 1.3.1: Bombas com
retentores de eixos mecânicos
1.3.1 Componentes e função do
retentor de eixo mecânico
O retentor de eixo mecânico é formado por dois
componentes principais: uma parte giratória
e uma parte estacionária; e consiste das peças
listadas na figura 1.3.2. A Figura 1.3.3 mostra onde
as diferentes peças estão localizadas no retentor.

Retenetor do eixo mecânico

Face do retentor (retentor primário)
Retentor secundário

Parte giratória

Mola
Mola retentora (transmissão de torque)
Base (faces do retentor, retentor primário)

Parte estacionária

•	A parte estacionária do retentor é fixada na
carcaça da bomba. A parte giratória do retentor
é fixada no eixo da bomba e gira quando a
bomba está em operação.
•	As duas faces do retentor primário são
empurradas uma contra a outra pela mola e
pressão do líquido. Durante operação um filme
líquido é produzido na lacuna estreita entre as
duas faces do retentor. Este filme evapora antes
de entrar na atmosfera, tornando o líquido do
retentor do eixo mecânico firme, consulte a
figura 1.3.4.

Designação

Retenro estático (retentor secundário)

Fig. 1.3.2: Componentes do retentor de eixo mecânico

Retentor secundário
Retentor primário
Mola

Mola retentora

•		O retentor secundário impede que haja
vazamento entre a montagem e o eixo.

Eixo

•	A mola une as faces do retentor mecanicamente.
• 	A mola retentora transmite torque do eixo para
o retentor. Em relação aos retentores de eixo
dos foles mecânicos, o torque é transferido
diretamente pelos foles.

Lacuna de vedação
Durante a operação, o líquido forma um
filme lubrificante entre as faces da vedação.
Este filme lubrificante consiste de um filme
hidrostático e um filme hidrodinâmico.
•	O elemento hidrostático é gerado pelo líquido 	
	 bombeado que é forçado para dentro da lacuna 	
	 entre as duas fases.

Parte estacionária

Peça giratória

Retentor secundário
Retentor primário
Fig. 1.3.3: Principais componentes do retentor do eixo
mecânico

Força líquida
Força da mola

Vapor

Evaporação inicia

Filme de lubrificação

Fig. 1.3.4: Retentor do erixo mecânico em operação

•	O filme lubrificante hidrodinâmico é criado
pela pressão gerada pela rotação do eixo.

29
Seção 1.3
Retentores do eixo mecânico

1.3.2 Vedações de eixos balanceadas
e não balanceadas
Para obter uma pressão de face aceitável
entre as faces de vedação primárias, há dois
tipos de vedação de eixo: balanceada e não
balanceada.

Vedação de eixo balanceada
Fig. 1.3.5: Relação ideal entre as propriedades de
lubrificação fina e vazamento limitado

A espessura do filme lubrificante depende
da velocidade da bomba, da temperatura
do líquido, da viscosidade do líquido e das
forças axiais da vedação de selo mecânico.
O líquido é constantemente trocado na lacuna de
vedação por causa
•	da evaporação do líquido para a atmosfera

A figura 1.3.6 mostra uma vedação de
eixo balanceada indicando onde as forças
interagem sobre a vedação.

Vedação de eixo não balanceada
A figura 1.3.7 mostra uma vedação de eixo
não balanceada indicando onde as forças
interagem sobre a vedação.
Área de Contato das
Área de Contato das
faces da vedação
Forças da mola
faces da vedação
Forças hidráulicas
Forças hidráulicas

•	movimento circular do líquido
A figura 1.3.5 mostra relação ideal entre as
propriedades de lubrificação fina e vazamento
limitado. Como se pode observar, a relação ideal é
quando o filme de lubrificação cobre toda a lacuna
de vedação, exceto por uma zona de evaporação
estreita próximo ao lado atmosférico da vedação de
selo mecânico.
Vazamentos devido a depósitos nas faces da vedação
são observados com frequência. Ao usar refrigerantes,
os depósitos são criados rapidamente pela evaporação
no lado de atmosfera da vedação. Quando o líquido
evapora na zona de evaporação, sólidos microscópicos
no líquido permanecem na lacuna de vedação como
depósitos criados por desgaste.
Estes depósitos são observados em muitos tipos de
líquidos. Mas quando o líquido bombeado tem a
tendência para cristalização, isso pode se tornar um
problema. A melhor maneira de prevenir o desgaste é
selecionar faces de vedação feitas de material rígido,
como carboneto de tungstênio (WC) ou carboneto
de silício (SiC).
A estreita lacuna de vedação entre estes materiais
(aprox. 0.3 μm Ra) minimize o risco de sólidos
entrarem na lacuna de vedação, minimizando com
isso a quantidade de acúmulo de depósitos.
30

A

B

Fig. 1.3.6: Interação de
forças sobre a vedação
de eixo balanceada

A

B

Fig. 1.3.7: Interação de
forças sobre a vedação
de eixo não balanceada

Várias forças diferentes causam um impacto
axial sobre as faces da vedação. A força da
mola e a força hidráulica do líquido bombeado
pressionam a vedação enquanto que a força
do filme lubrificante na lacuna de vedação
neutraliza isso. Em relação à alta pressão do
líquido, as forças podem ser tão potentes
que o lubrificante na vedação não consegue
neutralizar o contato entre as faces da vedação.
Como a força hidráulica é proporcional à área
que a pressão do líquido afeta, o impacto axial
pode ser reduzido somente conseguindo uma
redução da área com pressão.
A razão de balanceamento (K) de uma vedação de selo
0
2
0
4
0
60
80
mecânico é definida como a relação entre a área A e a
área (B) : K=A/B

10
0

1
2
1
4
Taxas de0desgaste0comparativas válidas para água
o

Temperatura ( C)

K = 1.15
K = 1.00

K = Razão de balanceamento
A = Área exposta à pressão hidráulica
B = Área de contato das faces da vedação
Para vedações de eixo balanceadas, a razão de
balanceamento geralmente é K=0.8 e para vedações
de eixo não balanceadas a razão de balanceamento
normalmente é K=1.2.

K = 0.85

0

2
0

4
0

60

80

10
0

10
2

10
4

Temperatura (oC)

1.3.3 Tipos de vedações de selo mecânicos

Fig. 1.3.8: Taxa de desgaste para razões diferentes
K = 1.15
de balanceamento
K = 1.00

Apresentamos abaixo uma descrição breve dos
principais tipos de vedações de eixos: anel de vedação,
fole de vedação e a vedação de uma unidade – o
cartucho de vedação.

K = 0.85

Fig. 1.3.9: Anel de
vedação

Anéis de vedação

Vantagens e desvantagens
do anel de vedação

Em um anel de vedação, a vedação entre o eixo
giratório e a face de vedação giratória é feita através
de um anel de vedação (figura 1.3.9). O anel de
vedação deve ser capaz de deslizar livremente na
direção axial para absorver deslocamentos axiais como
resultado das mudanças de temperatura e desgaste.
O posicionamento Incorreto do assentamento
estacionário pode resultar em atrito, resultando em
desgaste necessário no anel de vedação e no eixo.
Os anéis de vedação são feitos de diferentes tipos de
borracha como NBR, EPDM e FKM, dependendo das
condições operacionais.

Vedação de fole
Uma característica comum das vedações de foles é
um fole de metal ou borracha que funciona como
um elemento de vedação dinâmico entre o anel
giratório e o eixo.

Vedações de foles de borracha
Os foles de vedação de borracha (consulte a figura
1.3.10) podem ser feitos com diferentes tipos de
borracha, como NBR, EPDM e FKM, dependendo das
condições operacionais. Dois princípios geométricos
diferentes são usados para o desenho dos foles de
borracha:

Vantagens:
Apropriado para líquidos
quentes e aplicações de
alta pressão
Desvantagens:
Depósitos no eixo, como
ferrugem, podem impedir
o movimento axial do anel
de vedação

Vedação de fole de borracha com
geometria de foles dobráveis

Fig. 1.3.10: Vedação de
fole de borracha
Vantagens e desvantagens
da vedação de fole de
borracha
Vantagens:
Insensível a depósitos,
como ferrugem, no eixo
Apropriada para bombear
líquidos contendo sólidos
Desvantagens:
Imprópria para líquidos
quentes e aplicações de
alta pressão

• Foles de rolo
• Foles dobráveis.
31
Seção 1.3
Retentores de eixos mecânicos
Vantagens e
desvantagens da
vedação de fole de
cartucho de metal

Vedações de fole de metal
Em uma vedação de selo mecânico comum, a
mola produz a força de fechamento necessária
para fechar as faces da vedação. Em uma
vedação de fole de metal (figura 1.3.11) a mola
foi substituída por fole de metal com uma força
semelhante. O fole de metal atua tanto como
uma vedação dinâmica entre o anel giratório
e o eixo e como uma mola. O fole possui uma
quantidade de ondulações que proporciona a
eles o força desejada.

Vantagens:
Insensíveis a depósitos,
como ferrugem e cal
no eixo
Apropriada para líquidos
quentes e aplicações de
alta pressão
Baixa razão de
balanceamento leva a
baixa taxa de desgaste e
consequentemente vida
mais longa

Fig. 1.3.11: : Vedação de
fole com cartucho de metal

Vedações de cartucho
Em uma vedação de selo mecânico, todas as peças
formam uma unidade compacta sobre a luva
do eixo, pronta para ser instalada. A vedação de
cartucho oferece muitos benefícios comparados
às vedações de eixos mecânicas convencionais,
figura 1.3.12.

Desvantagens:
Falha por fadiga da
vedação de selo mecânico
pode ocorrer quando
a bomba não está
corretamente alinhada
Pode ocorrer fadiga como
resultado de pressões ou
temperaturas excessivas

Vantagens da vedação
de cartucho:
• 	Manutenção fácil
	 e rápida
•	 O desenho protege as 	
	 faces da vedação
• 	Mola pré-carregada

Descarga
Em certas aplicações, é possível estender
o desempenho da vedação de selo mecânico
instalando uma descarga, consulte afigura
1.3.13. A descarga pode abaixar a temperatura da
vedação de selo mecânico e impedir a formação
de depósitos. A descarga pode ser instalada
internamente ou externamente. A descarga
interna é feita quando um fluxo pequeno do
lado de descarga da bomba é desviado para a
área da vedação. A descarga interna é usada
principalmente para prevenir a geração extra de
calor em aplicações de aquecimento. A descarga
externa é feita por um líquido de limpeza e é
usado para assegurar uma operação livre de
problemas ao lidar com líquidos abrasivos ou
sólidos que causam entupimento.

32

• 	Manipulação segura

Fig. 1.3.12: Vedação de cartucho

Fig 1.3.13: Dispositivo de
descarga de uma vedação
de selo mecânico simples
Retentores de eixos mecânicos duplos
Os retentores de eixos mecânicos duplos são usadas
quando a expectativa de vida de retentores de eixos
mecânicos simples é insuficiente devido ao desgaste
causado por sólidos ou pressões e temperaturas muito
altas / baixas. Além disso, as vedações de selo mecânicos
são usadas com líquidos tóxicos, agressivos e explosivos
para proteger os arredores. Há dois tipos de retentores
de eixos mecânicos duplos: A vedação de selo mecânico
em tandem e a vedação dupla em um arranjo sequencial.

•

•

Vedação dupla em tandem
Este tipo de vedação dupla consiste de retentores
de eixos mecânicos montadas em tandem, que é
uma atrás da outra, colocadas em uma câmara de
vedação separada, consulte a figura 1.3.14.

•

Fig. 1.3.14: Arranjo de vedação em tandem com
circulação de liquido de resfriamento
•

•

•

O arranjo de vedação em tandem deve ser equipado
com um sistema de liquido de resfriamento para
•	absorver vazamento
•	monitorar a taxa de vazamento
•	lubrificar e resfriar a vedação para prevenir
congelamento
•	proteger contra funcionamento a seco
•	estabilizar o filme lubrificante
•	impedir a entrada de ar na bomba no caso de vácuo
A pressão do líquido de resfriamento deve sempre
ser mais baixa que a pressão do líquido.

•

•

•

•

•

•

Fig. 1.3.15: Arranjo de vedação em tandem com
terminal de líquido de resfriamento

Tandem - circulação
Circulação do líquido de resfriamento via tanque
sem pressão, consulte a figura 1.3.14. O líquido de
resfriamento do tanque elevado é circulado pela
ação do termossifão e/ou ação de bombeamento na
vedação.

Tandem - terminal

•

•

Líquido de resfriamento de um tanque elevado,
consulte a figura 1.3.15. Não dissipação de calor do
sistema.

Tandem - drenagem
O líquido de resfriamento flui diretamente pela câmara
de vedação para ser coletado para reuso, ou direcionado
para drenagem, consulte a figura 1.3.16.

•

•

•

•

Fig. 1.3.16: Arranjo com vedação em tandem com
líquido de resfriamento para drenagem
33
Seção 1.3
Retentores de eixos mecânicos
Barreira de
pressão do líquido

Câmara de vedação
com barreira de
pressão do líquido

1.3.4 Combinações de materiais da face
da vedação
Apresentamos abaixo a descrição das combinações
de materiais mais importantes usadas em
retentores de eixos mecânicos para aplicações
industriais: Carboneto de tungstênio/carboneto
de tungstênio, carboneto de silício/carboneto de
silício e carboneto de carbono/ tungstênio ou
carboneto de carbono/silício.

Carboneto de tungstênio/carboneto de
tungstênio (WC/WC)

•

Líquido bombeado
Fig. 1.3.17: Arranjo de vedação sequencial

Vedação dupla sequencial
Este tipo de vedação é a solução ideal para
manipular líquidos abrasivos, agressivos, explosivos
que causariam desgaste, dano ou bloqueio em uma
vedação de selo mecânico.
A vedação dupla sequencial consiste de duas
vedações de eixos montadas em sequência em
uma câmara de vedação separada, consulte a
figura 1.3.17. Este tipo de vedação protege o
ambiente ao redor e as pessoas que trabalham
com a bomba.
A pressão na câmara de vedação dever 1-2 bares
mais alta que a pressão da bomba. A pressão pode
ser gerada por:
•	Uma fonte de pressão separada existente. 	
	 Muitas aplicações incorporam sistemas
	pressurizados.
•	Uma bomba separada, por exemplo, bomba
	dosadora.
34

Carboneto de tungstênio cementado cobre o tipo
de metais duros que são baseados em uma fase do
carboneto de tungstênio duro (WC) e geralmente
uma fase de aglutinante metálico mais macio. O
termo correto é carboneto de tungstênio cementado,
entretanto, o termo abreviado para carboneto de
tungstênio (WC) é usado para conveniência.
WC com liga de cobalto (Co) é somente resistente à
corrosão na água se a bomba incorporar base metal
como ferro fundido.
WC com liga de crômio-níquel-molibdênio é tem
resistência à corrosão igual à EN 14401.
WC sem ligas sinterizadas tem a resistência à
corrosão mais elevada. Entretanto, a resistência à
corrosão em líquidos, como hipoclorito não é tão
alta. O par de materiais WC/WC possui as seguintes
características:
•	Extremamente resistente a desgaste
•	Muito robusto, resiste à manipulação bruta
•	Propriedades de funcionamento a seco
	 deficientes. No caso de funcionamento a seco, a
	 temperatura aumenta para várias centenas
	 de graus Celsius em poucos minutos e
	 consequentemente danifica os anéis de vedação.
Se determinada temperatura e pressão forem
excedidas, a vedação pode gerar ruído. Ruído é uma
indicação de condições operacionais deficientes
que a longo prazo podem causar desgaste na
vedação. Os limites de uso dependem do diâmetro
e desenho da face da vedação.
Para uma combinação da face da vedação WC/WC,
o período de tempo esperado para aparecimento
de ruído pode durar de 3-4 semanas, embora
tipicamente, não há ocorrência de ruído nos
primeiros 3-4 dias.
Carboneto de silício/carboneto de silício
(SiC/SiC)

WC/WC.
Consequentemente, em água quente Q 1P / Q 1P
combinação gera menos ruído que a combinação
Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) WC/WC. Entretanto, o ruído de vedações de SiC
é uma alternativa para o WC/WC e é usada onde poroso é esperado durante o período de desgaste de
a resistência à corrosão mais elevada é necessária. amaciamento de 3 a 4 dias.
G
A combinação de materiais SiC/SiC possui as Q 1 SiC auto-lubrificante, sinterizado
seguintes características:
Variantes materiais SiC contendo lubrificantes secos
G
•	Material muito frágil que exige manipulação estão disponíveis no mercado. A designação Q1
aplica-se ao material SiC, que é apropriado para uso
cuidadosa
em água destilada ou desmineralizada, como oposto
aos materiais acima.
•	Extremamente resistente à água
•	Resistência à corrosão extremamente boa.
	SiC (Q 1s, Q 1P e Q 1G ) corrosão difícil,
independente
	 do tipo de líquido bombeado. Entretanto, a
	 exceção é água com condutividade deficiente,
	 como água desmineralizada, que ataca as
	 variantes SiC Q 1s e Q 1P, enquanto que Q 1G é
	 resistente à corrosão neste líquido
•	No geral, estas combinações de materiais
	 possuem propriedades deficientes para
	 funcionamento a seco. Entretanto, o material
	Q 1G / Q 1G material suporta um período de
	 funcionamento a seco limitado por causa do
	 conteúdo de grafite no material

Os limites de pressão e temperatura de Q 1G / Q 1G
são similares a do Q 1P / Q 1P.
Os lubrificantes secos, por exemplo grafite, reduzem
o atrito no caso de funcionamento seco, que é de
importância decisiva para a durabilidade de uma
vedação durante o funcionamento a seco.

Características do carboneto de carbono/
tungstênio ou carbono/silício
Vedações com uma face de carbono possuem as
seguintes características:
•	Material muito frágil que exige manipulação
cuidadosa

Para finalidades diferentes, há diversas variantes de
SiC/SiC:
•	Desgaste por líquidos contendo partículas sólidas
Q 1s, SiC de granulação fina e sinterização direta

•	Boa resistência à corrosão

SiC de granulação fina de sinterização direta com •	Boas propriedades de funcionamento a seco
uma pequena de poros minúsculos.
	 (funcionamento a seco temporário)
Por alguns anos, esta variante de SiC foi usada como
material padrão para vedação selo mecânico. Os limites
de pressão e temperatura são ligeiramente menores que
aqueles do WC/WC.

•	As propriedades auto-lubrificantes do carbono tornam
a 	 edação apropriada para uso mesmo em condições de
v
lubrificação insatisfatórias (alta temperatura) sem geração
de ruído. Entretanto, estas condições causarão desgaste na
face de carbono da vedação levando à redução da vida útil.
P, SiC de granulação fina, sinterizado, poroso
Q1
O desgaste depende da pressão, temperatura, diâmetro
líquido e desenho da vedação. Velocidades básicas
É uma variante do SiC de sinterização densa. Esta reduzem a lubrificação entre as faces da vedação; como
variante de SiC possui poros fechados circulares resultado, pode se esperar aumento de desgaste. Entretanto,
grandes. O grau de porosidade é de 5-15% e o normalmente este não é o caso porque a distância
tamanho dos poros é 10-50 μm Ra.
que as faces da vedação têm para se mover é reduzida.
Os limites de pressão e temperatura excedem aqueles do
35
Seção 1.3
Retentores de eixos mecânicos

•	Carbono impregnado de metal (A) oferece
	 resistência à corrosão limitada, mas resistência
	 mecânica melhorada, condutividade de calor e
	 desse modo, redução do desgaste

•	Ação centrífuga de bombeamento das peças
	 giratórias. O consume de energia aumenta
	 dramaticamente com a velocidade da rotação
	 (para a terceira energia).

•	Com resistência mecânica reduzida, mas maior
	 resistência à corrosão, carbono impregnado
	 de resina sintética (B) cobre um campo amplo
	 de aplicações. O carbono impregnado de resina
	 sintética é aprovado para água potável

•	Atrito da face da vedação. O atrito entre as duas
	 faces da vedação consiste de
	 –	 atrito no filme de do líquido fino
	 –	 atrito devido aos pontos de contato entre as
	 faces da vedação.

•	O uso de carbono/SiC para aplicações com água
	 quente pode causar bastante desgaste no SiC,
	 dependendo da qualidade do carbono e da água.
	 Este tipo de desgaste se aplica ao Q1S/carbono.
	 O uso de Q1P, Q 1G ou carbono/ WC causa
	 muito menos desgaste. Assim, carbono/ WC,
	carbono/Q1P ou carbono/Q1G para sistemas de
	 água quente

O nível de consumo de energia depende do desenho
da vedação, condições de lubrificação e materiais
da face da vedação.
250

Perda de energia (W)
250

200

Perda de energia (W)

200

150
150

100
3600

100

1.3.5 Fatores que afetam o desempenho
da vedação

3600

50
50

0
0

0

2000
0

Como mencionado anteriormente, nenhuma
vedação é totalmente pressionada. Nas próximas
páginas, apresentaremos os fatores que têm
impacto sobre o desempenho da vedação:
Consumo de energia, ruído e vazamento. Estes
fatores serão apresentados individualmente.
Entretanto, é importante destacar que eles estão
intimamente relacionados e assim sendo, devem
ser considerados como um todo.

Consumo de energia
Não é novidade que a vedação precisa de energia
para girar. Os seguintes fatores contribuem para o
consume de energia, que é a perda de energia de
uma vedação de selo mecânico:

36

4000
2000

6000
4000

8000
6000

10000
8000

Fig. 1.3.18: Consumo de energia de uma
vedação de selo mecânico de 12 mm

12000

10000
12000
Velocidade (rpm)
Velocidade (rpm)

Ação de
Ação de
bombeamento
bombeamento
Atrito
Atrito

A figura 1.3.18 é um exemplo típico de consumo de
energia de uma vedação de selo mecânico. A figura
mostra que o atrito de até 3600 rpm é o motivo
principal do consumo de energia da vedação de selo
mecânico.
O consumo de energia é, principalmente em relação
às caixas de espanque, um problema importante.
Como se observar no exemplo, substituir uma caixa
de empanque por uma vedação de selo mecânico
leva a uma economia de energia considerável,
consulte a figura 1.3.19.
Ruído

Bomba padrão 50 mLC; eixo 50 mm e 29OO rpm

A escolha dos materiais da face da vedação
é decisiva para o funcionamento e vida da
vedação de selo mecânico. A geração de ruído
é resultado das condições de lubrificação
deficientes em vedações que manipulam
líquidos de baixa viscosidade. A viscosidade da
água diminui com o aumento da temperatura.
Isto significa que as condições de lubrificação
diminuem conforme a temperatura aumenta.
Bar
Se o líquido bombeado atinge ou excede a
temperatura de ebulição, o líquido na parte
25
da face da vedação evapora, que resulta em
um diminuição adicional nas 20 Faixa de operação
condições de
lubrificação. Uma redução na velocidade tem o
15
mesmo efeito, consulte a figura 1.3.20.

Consumo de energia
Caixa de empanque
Ved. selo mecânico

2.0 kWh

Vazamento
Caixa empanque
Ved. selo mecânico

3.0 l/h (quando montada corretamente)

0.3 kWh

0.8 ml/h

Fig. 1.3.19: Caixa de empanque versus vedação de
selo mecânico

Ruído
Bar

25

Ruído

10

20
5

Faixa de operação

15

Vazamento

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

°C

10

Inversamente, menos vazamento significa
piores condições de lubrificação e aumento
de atrito. Na prática, a quantidade de
vazamento de perda de energia que ocorre
nas vedações de selo mecânicos pode variar.
O motivo é que o vazamento depende de fatores
que são impossíveis de quantificar teoricamente
por causa do tipo das faces da vedação, tipo de
líquido, mola, carga,etc. Portanto, a figura 1.3.21
deve ser entendida como uma orientação.

Velocidade 3000 rpm
Velocidade 1800 rpm

5

Velocidade 1200 rpm
Velocidade 600 rpm

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

110

°C

Fig. 1.3.20: Relação entre faixa de operação
Velocidade 3000 rpm
e velocidade
Velocidade 1800 rpm

Velocidade 1200 rpm
Velocidade 600 rpm

Para a leitura correta da curva da taxa de
vazamento (figura 1.3.21), é necessário seguir
os quatro passos abaixo:
Passo 1: Ler a pressão – neste caso 5 bares
Passo 2: Vedação não balanceada de 30 mm
Passo 3: Velocidade 3000 rpm
Passo 4: Taxa de vazamento 0,06 ml/h
Fig. 1.3.21: Taxas de vazamento

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  • 2.
  • 3.
  • 4. MANUAL DE BOMBA Copyright 2004 GRUNDFOS Management A/S. Todos os direitos reservados. As leis de direitos autorais e tratados internacionais protegem este material. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida sob qualquer forma ou por qualquer meio sem prévia permissão por escrito da GRUNDFOS Management A/S. Isenção de Responsabilidade Tomamos todo cuidado necessário para garantir a exatidão do conteúdo deste ma terial, entretanto, a GRUNDFOS Management A/S não será responsável por qualquer perda, quer seja direta, indireta, incidental ou consequente que possa surgir do uso ou confiança depositada sobre qualquer conteúdo deste material.
  • 5. Introdução A indústria fabril tem uma elevada demanda pesada por bombas, quando se trata de uma ótima operação, alta confiabilidade e baixo consumo de energia. Por esse motivo, a Grundfos desenvolveu o Manual de Bomba, que, de maneira simples, aborda com várias considerações ao dimensionar bombas e sistemas de bombas. Elaboramos um manual para engenheiros e técnicos que trabalham com o projeto e instalação de bombas e sistemas de bombas, contendo respostas para uma ampla variedade de perguntas técnicas específicas sobre as bombas. O Manual de Bombas pode ser lido do princípio ao fim ou parcialmente sobre tópicos específicos. O manual está dividido em 5 capítulos, os quais abordam as diferentes fases do projeto de sistemas de bombas. No capítulo 1 fazemos uma apresentação geral de diferentes tipos de bombas e componentes. Aqui também descrevemos quais precauções tomar ao lidar com líquidos viscosos. Além disso, os materiais mais usados, assim como os diferentes tipos de corrosão são apresentados aqui. As terminologias mais importantes relacionadas à leitura do desempenho das bombas são apresentadas no capítulo 2. O Capítulo 3 aborda os sistemas hidráulicos e alguns dos fatores mais importantes a considerar para se obter uma ótima operação do sistema de bombas. Visto que é frequentemente necessário ajustar o desempenho da bomba por meio de vários métodos de ajuste, estes métodos são abordados no capítulo 4. O capítulo 5 descreve os custos do ciclo de vida uma vez que o consumo de energia desempenha um papel importante nas bombas e sistemas de bombas de hoje. Esperamos sinceramente que você faça uso do Manual de Bomba e o considere útil no seu trabalho diário. Diretor de Segmento Especialista em Aplicação Mogens Roy Olesen Christian R. Bech
  • 6. Índice Capítulo 1 Design de bombas e motores.................................7 1.4.5 Proteção do motor............................................................. 49 Seção 1.5 Líquidos............................................................................53 Seção 1.1 Construção de bombas................................................8 1.5.1 Líquidos viscosos............................................................................ 54 1.1.1 A bomba centrífuga...............................................................8 1.5.2 Líquidos Não Newtonianos ...................................................... 55 1.1.2 Curvas das bombas................................................................ 9 1.5.3 Impacto dos líquidos viscosos sobre o desempenho 1.1.3 Características da bomba centrífuga...........................11 de uma bomba centrífuga......................................................... 55 1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de 1.5.4 Seleção da bomba correta para um líquido sucção axial e em linha ................................................... 12 com anticongelante ......................................................................56 1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) ....................................... 14 1.5.5 Exemplo de cálculo ....................................................................... 58 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais)................................... 15 1.5.6 Seleção da bomba com auxílio de computador 1.1.7 Bombas monoestágio....................................................... 15 para líquidos densos e viscosos................................................ 58 1.1.8 Bombas multiestágio..........................................................16 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto 16 Seção 1.6 Materiais........................................................................ 59 1.6.1 O que é corrosão?..................................................................60 Seção 1.2 Tipos de bombas..........................................................17 1.6.2 Tipos de corrosão...................................................................61 1.2.1 Bombas padrão .................................................................... 17 1.6.3 Metais e ligas metálicas.....................................................65 1.2.2 Bombas bi-partida............................................................. 17 1.6.4 Cerâmica...................................................................................71 1.2.3 Bombas hermeticamente seladas ............................. 18 1.6.5 Plástico.......................................................................................71 1.2.4 Bombas sanitárias ..............................................................20 1.6.6 Borracha....................................................................................72 1.2.5 Bombas de efluentes ....................................................... 21 1.6.7 Revestimentos........................................................................73 1.2.6 Bombas imersíveis ............................................................ 22 1.2.7 Bombas submersas .......................................................... 23 1.2.8 Bombas de descolamento positivo .............................24 Capítulo 2 Instalação e leitura do desempenho .....................................................................................75 Seção 1.3 Vedações de eixos mecânicos...............................27 1.3.1 Componentes e função da vedação Seção 2.1 Instalação da bomba ................................................76 de eixo mecânico.................................................................29 2.1.1 Nova instalação.....................................................................76 1.3.2 Vedações de eixos mecânicos balanceados 2.1.2 Substituição-instalação existente .................................76 e não balanceados .............................................................30 2.1.3 Fluxo do tubo para instalação de 1.3.3 Tipos de vedações de eixos mecânicos....................... 31 bomba única..........................................................................77 1.3.4 Combinações de materiais da face 2.1.4 Limitação de ruídos e vibrações......................................78 da vedação.............................................................................34 2.1.5 Nível de som (L)......................................................................81 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho da vedação.............................................................................36 Seção 2.2 Desempenho da bomba .........................................83 2.2.1 Termos hidráulicos................................................................83 Seção 1.4 Motores.......................................................................... 39 2.2.2 Termos elétricos.....................................................................90 1.4.1Padrões ..................................................................................... 40 2.2.3 Propriedades dos líquidos.................................................93 1.4.2 Partida no motor................................................................. 46 1.4.3 Tensão de alimentação.................................................... 47 1.4.4 Conversor de frequência................................................. 47
  • 7. Capítulo 3 Sistema hidráulico......................................................95 Seção 3.1 Características do sistema .......................................96 3.1.1 Resistências únicas...............................................................97 3.1.2 Sistemas abertos e fechados ............................................98 Seção 3.2 Bombas conectadas em série e paralelas............101 3.2.1 Bombas em paralelo..........................................................101 3.2.2 Bombas conectadas em série........................................103 Capítulo 4 Ajuste do desempenho das bombas......................................................................................105 Seção 4.1 Ajuste do desempenho das bombas.................106 4.1.1 Controle por estrangulamento....................................107 4.1.2 Controle de desvio.............................................................107 4.1.3 Modificação do diâmetro do rotor.............................108 4.1.4 Controle de velocidade....................................................108 4.1.5 Comparação dos métodos de ajuste.........................110 4.1.6 Eficiência geral do sistema da bomba......................111 4.1.7 Exemplo: Consumo de energia relativo quando o fluxo é reduzido em 20%...........................111 Seção 4.2 Soluções para bomba com velocidade controlada ...................................................114 4.2.1 Controle de pressão constante....................................114 4.2.2 Controle de temperatura constante..........................115 4.2.3 Pressão do diferencial constante em um sistema de circulação..............................................115 4.2.4 Controle da pressão diferencial com compensada por fluxo .........................................116 Seção 4.3 Vantagens do controle de velocidade......................................................................117 Seção 4.4 Vantagens das bombas com conversor de frequência integrado .......................... 118 4.4.1 Curvas de desempenho de bombas com velocidade controlada.....................................................119 4.4.2 Bombas com velocidade controlada em diferentes sistemas ..........................................................119 Seção 4.5 Conversor de frequência.......................................122 4.5.1 Funções e características básicas.................................122 4.5.2 Componentes do conversor de frequência......................................................................122 4.5.3 Condições especiais referentes aos conversores de frequência.............................................124 Capítulo 5 Cálculo dos custos do ciclo de vida ...............................................................................127 Seção 5.1 Equação de custos do ciclo de vida....................128 5.1.1 Custos iniciais, preço de compra (Cic)..........................129 5.1.2 Custos de Instalação e comissionamento (Cin).....................................................129 5.1.3 Custos de energia (Ce)........................................................130 5.1.4 Custos operacionais (Co)...................................................130 5.1.5 Custos ambientais (Cenv)...................................................130 5.1.6 Custos de manutenção e reparos (Cm)......................131 5.1.7 Custos de tempo de parada, perda de produção (Cs)...................................................131 5.1.8 Custos de desmantelamento e descarte (Co)......................................................................131 Seção 5.2 Cálculo dos custos do ciclo de vida – um exemplo ...................................132 Apêndice............................................................................................133 A) Notações e unidades........................................................134 B) Tabelas de conversão de unidades.............................135 C) Prefixos SI e alfabeto grego...........................................136 D) Pressão do vapor e densidade da água em diferentes temperaturas........................................137 E) Orifício .................................................................................138 F) Mudança na pressão estática devido à mudança do diâmetro do cano...............................139 G) Injetores.................................................................................140 H) Nomograma para perdas de carga em curvas e válvulas............................................141 I) Nomograma para perda do tubo de água limpa a 20˚C.............................................................142 J) Sistema periódico..............................................................143 K) Padrões de bombas..........................................................144 L) Viscosidade para líquidos diferentes como função da temperatura do líquido................145 Índice remissivo.............................................................................151
  • 8. Capítulo 1. Design de bombas e motores Seção 1.1: Construção da bomba 1.1.1 A bomba centrífuga 1.1.2 Curvas da bomba 1.1.3 Características da bomba centrífuga 1.1.4 Tipos mais comuns de bombas de sucção axial e em linha 1.1.5 Tipos de rotor (forças axiais) 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) 1.1.7 Bombas monoestágio 1.1.8 Bombas multiestágio 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e curto Seção 1.2 Tipos de bombas 1.2.1 1.2.2 1.2.3 1.2.4 1.2.5 1.2.6 1.2.7 1.2.8 Bombas padrão Bombas bi-partida Bombas hermeticamente seladas Bombas sanitárias Bombas de efluentes Bombas imersíveis Bombas submersa Bombas de deslocamento positivo
  • 9. Seção 1.1 Construção da bomba 1.1.1 Bomba centrífuga Em 1689, o físico Denis Papin inventou a bomba centrífuga e este tipo de bomba é o mais usado ao redor do mundo. A bomba centrífuga é construída sobre um princípio simples: O líquido é levado até o cubo do rotor e, através da força centrífuga, ele é lançado na direção da periferia dos rotores. A construção é razoavelmente barata, robusta e simples e sua alta velocidade possibilita conectar a bomba diretamente a um motor assíncrono. A bomba centrífuga oferece um fluxo de líquido uniforme e pode facilmente ser acelerado sem causar danos a bomba. Agora, vamos observar a figura 1.1.1, que mostra o fluxo do líquido através da bomba. A entrada da bomba leva o líquido para o centro do rotor giratório de onde é lançado para a periferia. Esta construção oferece alta eficiência e é apropriada para lidar com líquidos puros. As bombas, que têm que lidar com líquidos impuros, como bombas de efluentes, são equipadas com um rotor que é construído especialmente para evitar que objetos fiquem armazenados no interior da bomba, consulte a seção 1.2.5. Se ocorrer diferença de pressão no sistema enquanto a bomba centrífuga não estiver funcionando, o líquido ainda consegue passar através da mesma devido ao seu desenho aberto. Como se pode ver na figura 1.1.2, a bomba centrífuga pode ser classificada em diferentes grupos: Bombas de fluxo radial, bombas de fluxo misto e bombas de fluxo axial. As bombas de fluxos radial e as bombas de fluxo misto são os tipos mais comuns utilizados. Portanto, iremos nos concentrar somente nestes tipos de bombas nas próximas páginas. Entretanto, apresentaremos brevemente a bomba de deslocamento positivo na seção 1.2.8. As diferentes exigências de desempenho das bombas centrífugas, especialmente em relação à altura manométrica total, fluxo e instalação, junto com as exigências de operação econômica, são somente algumas das razões porque existem tantos tipos de bombas. A Figura 1.1.3 mostra os diferentes tipos de bombas em relação ao fluxo e pressão. 8 Fig. 1.1.1: O fluxo do líquido através da bomba Bomba de fluxo radial Bomba de fluxo misto Bomba de fluxo axial Fig. 1.1.2: Diferentes tipos de bombas centrífugas H [m] 10000 6 4 2 Bombas de fluxo radial multiestágios 1000 6 4 2 100 Bombas de fluxo radial monoestágios 6 4 2 10 Bombas de fluxo misto 6 4 2 Bombas de fluxo axial 1 2 4 6 10 2 4 6 100 2 4 6 1000 2 4 6 10000 100000 Q [m3/h] Fig. 1.1.3: Fluxo e altura manométrica total para diferentes tipos de bombas centrífugas
  • 10. 1.1.2 Curvas das bombas Antes de aprofundarmos no mundo da construção e tipos de bombas apresentaremos as características básicas das curvas de desempenho das bombas. O desempenho de uma bomba centrífuga é mostrado por um conjunto de curvas de desempenho. As curvas de desempenho para uma bomba centrífuga são mostradas na figura 1.1.4. Altura manométrica total, consumo de energia, eficiência de consumo e NPSH são mostrados como uma função no fluxo. H [m] η [%] 50 40 70 30 60 Efci i ência 50 20 40 10 20 30 0 10 0 P2 [kW] 10 20 30 40 50 60 70 Q [ 3/h] m 10 8 8 Normalmente, as curvas das bombas nas apostilas de dados cobrem somente a parte da bomba. Portanto, o consumo de energia, o valor P2 que também está listado nas apostilas de dados, cobre somente a energia que entra na bomba – consulte a figura 1.1.4. O mesmo vale para o valor eficiência, que cobre somente a parte da bomba (η = ηP). Mostramos a seguir uma breve apresentação das diferentes curvas de desempenho de bombas. Altura manométrica total, a curva QH A curva QH mostra a altura manométrica total, que a bomba é capaz de executar em um determinado fluxo. A altura manométrica total é medida em metros de coluna de líquido/metros [mLC]; normalmente a unidade metro [m] é aplicada. A vantagem de se usar a unidade [m] como unidade de medida da altura manométrica total da bomba é que a curva QH não é afetada pelo tipo de líquido que bomba tem que manejar, consulte a seção 2.2 para mais informações. 6 6 4 4 N PSH 2 2 0 Fig. 1.1.4: Curvas de desempenho típicas para uma bomba centrífuga. Altura manométrica total, consumo de energia, eficiência e NPSH são mostrados como uma função do fluxo Q Em alguns tipos de bombas com motor integrado e conversor de frequência possivelmente integrado, por exemplo, bombas com motor blindado (consulte a seção 1.2.3), a curva de consumo de energia e a curva η cobrem o motor e a bomba. Neste caso, é o valor P1 que deve ser levado em consideração. No geral, as curvss das bombas são projetadas de acordo com o ISO 9906 Anexo A, que especifica as tolerâncias das curvas: • Q +/- 9%, • H +/-7%, • P +9% • -7%. N PSH (m) 12 Consum o de ener a gi 10 0 P1 M 3~ P2 H ηM ηP Fig. 1.1.5: As curvas para consumo de energia e eficiência normalmente cobrem somente a parte da bomba da unidade – i.e. P2 e ηP H [m] 60 50 40 30 20 10 0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Q 3 [m /h Fig. 1.1.6: Curva QH típica para uma bomba centrífuga; fluxo baixo resulta em altura manométrica total alta e fluxo alto resulta em altura manométrica total baixa 9
  • 11. Seção 1.1 Construção da bomba Eficiência, a curva η A eficiência é a relação entre a energia fornecida e a quantidade de energia utilizada. No mundo das bombas, a eficiência ηP é a relação entre a energia, que a bomba fornece para a água (PH) e a entrada de energia no eixo (P2): P ρ.g.Q.H ηp = PH = P2 x 3600 2 onde: ρ é a densidade do líquido em kg/m3, g é a aceleração da gravidade em m/s2, Q é o fluxo em m3/h e H é a altura manométrica total em m. η [%] 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Para água a 20oC e com Q medido em m3/h e H em m, a energia hidráulica pode ser calculada como: 0 10 20 30 40 50 60 70 Q m 3/h] [ Fig. 1.1.7: Curva de eficiência de uma bomba centrífuga típica PH = 2.72 . Q . H [W] Como aparece a partir da curva de eficiência, a eficiência depende do ponto de operação da bomba. Portanto, é importante selecionar uma bomba que seja compatível com os requisitos de fluxo e que assegure que a bomba esteja funcionando na área de fluxo mais eficiente. P2 [kW] 10 8 6 Consumo de energia, a curva P2 A relação entre o consumo de energia da bomba e o fluxo é mostrada na figura 1.1.8. A curva P2 da maioria das bombas centrífugas é semelhante à curva na figura 1.1.8 onde o valor P2 aumenta quando o fluxo aumenta. . . . P2= Q H g ρ 3600 x ηp Curva NPSH (Altura Manométrica de Sucção Positiva Líquida) O valor NPSH de uma bomba é a pressão mínima absoluta (consulte a seção 2.2.1) que deve estar presente no lado de sucção da bomba para evitar cavitação. O valor NPSH é medido em [m] e depende do fluxo; quando o fluxo aumenta, o valor NPSH também aumenta; figura 1.1.9. Para mais informações sobre cavitação e NPSH, vá para a seção 2.2.1. 10 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q m 3/h] [ Fig. 1.1.8: Curva de consumo de energia de uma bomba centrífuga típica NPSH [m] 10 8 6 4 2 0 0 10 20 30 40 50 60 70 Q m 3/h] [ Fig. 1.1.9: Curva NPSH de bomba centrífuga típica
  • 12. 1.1.3 Características da bomba centrífuga A bomba centrífuga possui várias características e as mais importantes serão apresentadas nesta seção. Mais adiante neste capítulo forneceremos uma descrição mais detalhada dos diferentes tipos de bombas. • Número de fases Dependendo do número de rotores na bomba, uma bomba centrífuga pode ser uma bomba monoestágio ou uma bomba multiestágio. • Posição do eixo da bomba As bombas monoestágio e multiestágio são produzidas com eixos de bomba verticais ou horizontais. Estas bombas normalmente são normalmente designadas como bombas horizontais ou verticais. Para mais informações, vá para seção 1.1.4. • Rotores de sucção simples ou de sucção dupla Dependendo da construção do rotor, uma bomba pode ser equipada com um rotor de sucção simples ou rotor de sucção dupla. Para mais informações, vá para a seção 1.1.5. • Acoplamento de estágios Os estágios da bomba podem ser arranjados de duas maneiras diferentes: em série e em paralelo, consulte a figura 1.1.10. Fig 1.1.10: Bomba dupla com rotores acoplados em paralelo • Construção da carcaça da bomba Diferenciamos entre dois tipos de carcaça de bomba: Carcaça Voluta e carcaça de canal de retorno com palhetas guia. Para mais informações, vá para a seção 1.1.6. 11
  • 13. Seção 1.1 Construção da bomba 1.1.4 Tipos mais comuns de bomba de sucção axial e em linha Sucção axial Horizontal Monoestágio Acoplamento longo Bomba de sucção axial = Multiestágio Acoplamento curto Acoplamento curto O líquido entra diretamente no rotor. A entrada e a saída possuem um ângulo de 90°. Consulte a seção 1.1.9 Bomba em linha = O líquido passa diretamente pela bomba em linha. O cano de sucção e o cano de descarga são colocados opostos um ao outro e podem ser montados diretamente no sistema de encanamento Bomba com carcaça bipartida = Bomba com carcaça dividida axialmente. Consulte a seção 1.2.2 Bomba horizontal = Bomba com eixo horizontal Bomba com eixo vertical Bomba vertical = Bomba monoestágio = Bomba com rotor único. Consulte a seção 1.1.7 Bomba multiestágio = Bomba com vários rotores acoplados em série. Consulte a seção 1.1.8 Bomba com acoplamento longo = 1.1.9 Bomba com acoplamento curto seção 1.1.9 12 Bomba conectada ao motor através de um acoplamento flexível. O motor e a bomba possuem construções de rolamentos separados. Consulte a seção bomba conectada ao motor através de um acoplamento rígido. Consulte a =
  • 14. Em linha Horizontal Horizontal / Vertical Bipartida Monoestágio Multiestágio Monoestágio Acoplamento longo Acoplamento longo Acoplamento curto Acoplamento curto 13
  • 15. Seção 1.1 Construção da Bomba Forças Axiais 1.1.5 Tipos de rotores (forças axiais) A bomba centrífuga gera pressão que exerce forças sobre as peças fixas e giratórias da bomba. As peças das bombas são feitas para suportar essas forças. Se as forças axiais e radiais não forem contrabalanceadas na bomba, as forças devem ser consideradas ao selecionar o sistema de acionamento da bomba (rolamento de contato angular no motor). Em bombas equipadas com rotor de sucção simples, podem ocorrer grandes forças axiais, figuras 1.1.11 e 1.1.12. Estas forças são balanceadas em uma das seguintes formas: • Mecanicamente por meio de rolamentos de impulso. Estes tipos de rolamentos são especialmente projetados para absorver as forças axiais dos rotores • Por meio de orifícios de balanceamento no rotor, consulte a figura 1.1.13 • Por meio de regulagem do acelerador a partir de um anel de vedação montado na traseira dos rotores, consulte a figura 1.1.14 • Impacto dinâmico a partir da traseira do rotor, onsulte a figura 1.1.15 c Fig. 1.1.11: : Rotor de sucção simples Fig. 1.1.12: Bomba padrão com rotor de sucção simples Fig. 1.1.13: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com orifícios de balanceamento somente Fig. 1.1.14: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com lacuna de vedação no lado de descarga e orifícios de balanceamento Fig. 1.1.15: Balanceando as forças axiais em uma bomba centrífuga monoestágio com lâminas na traseira dos rotores • O impacto axial sobre a bomba pode ser evitado usando rotores de sucção dupla (consulte a figura 1.1.16). Fig. 1.1.16: Balanceando as forças axiais em um sistema de rotor de sucção duplo 14
  • 16. 1.1.6 Tipos de carcaças (forças radiais) Fig. 1.1.17: Rotor de sucção simples Forças radiais As forças radiais resultam da pressão estática na carcaça. Portanto, podem ocorrer deflexões axiais que levam à interferência entre o rotor e a carcaça. A magnitude e a direção da força radial dependem da taxa do fluxo e altura manométrica total. Fig. 1.1.18: Carcaça voluta simples A bomba de voluta simples é caracterizada por uma pressão simétrica na voluta no ponto de eficiência ótimo, que leva à carga radial zero. Em todos os outros pontos, a pressão ao redor do rotor não é regular e consequentemente há presença de força radial. Como se pode observar na figura 1.1.19, a carcaça voluta dupla desenvolve uma força de reação radial baixa constante em qualquer capacidade. Carcaça voluta dupla For Radi ça al Ao projetar a carcaça da bomba, é possível controlar as forças radiais hidráulicas. Vale a pena mencionar dois tipos de carcaças: a carcaça voluta simples e a carcaça voluta dupla. Como se pode observar na figura 1.1.18, as duas carcaças têm o formato de voluta. A diferença entre as duas é que a voluta dupla possui uma palheta guia. Car caça Vol a ut Car caça vol a ut dupla 1.0 Q /Q opt Fig. 1.1.19: Força radial para carcaça voluta simples e dupla Os canais de retorno (figura 1.1.20) são usados em bombas multiestágio e têm a mesma função básica que as carcaças volutas. O líquido é levado de um rotor para o outro ao mesmo tempo, a rotação da água é reduzida e a pressão dinâmica é transformada em pressão estática. Devido ao projeto circular da carcaça do canal, não há forças radiais presentes. Fig. 1.1.20: Bomba em linha multiestágio vertical com carcaça de canal de retorno Canal de retorno 1.1.7 Bombas monoestágio Geralmente, as bombas monoestágio são usadas em aplicações que não exigem uma altura manométrica total de mais de 150 m. Normalmente, as bombas monoestágio operam no intervalo de 2-100 m. As bombas monoestágio são caracterizadas por fornecer uma altura manométrica baixa em relação ao fluxo, consulte a figura 1.1.3. A bomba monoestágio é produzida no desenho vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.21 e 1.1.22. Fig. 1.1.21: Bomba com acoplamento curto de sucção axial monoestágio Fig. 1.1.22: Bomba com acoplamento curto em linha monoestágio vertical 15
  • 17. Seção 1.1 Construção da bomba 1.1.8 Bombas multiestágio Bombas multiestágio são usadas em instalações onde uma altura manométrica elevada é necessária. Diversas fases são conectadas em série e o fluxo é guiado desde a saída de uma fase até a entrada da próxima. A altura manométrica final que uma bomba multiestágio pode proporcionar é igual à soma da pressão que cada estágio pode proporcionar. A vantagem das bombas multiestágio é que elas proporcionam uma altura manométrica elevada em relação ao fluxo. Como as bombas monoestágio, as bombas multiestágio estão disponíveis nas versões vertical e horizontal, consulte as figuras 1.1.23 e 1.1.24. 1.1.9 Bombas com acoplamento longo e bombas com acoplamento curto Fig. 1.1.23: Bomba em linha multiestágio vertical Fig. 1.1.24: Bomba de sucção axial multiestágio horizontal Fig. 1.1.25: Bomba com acoplamento longo com acopla mento básico Fig. 1.1.26: Bomba com acoplamento longo com acopla mento de espaçador Bombas com acoplamento longo Bombas com acoplamento longo são bombas com acoplamento flexível que conecta a bomba e o motor. Este tipo de acoplamento está disponível como acoplamento básico ou como acoplamento de espaçador. Se a bomba estiver conectada ao motor por um acoplamento básico, é necessário desmontar o motor quando a bomba precisar de manutenção. Portanto, é necessário alinhar a bomba na montagem, consulte a figura 1.1.25. Fig. 1.1.27: Bomba com acoplamento curto com acoplamento rígido Fig. 1.1.28: Diferentes tipos de acoplamento Por outro lado, se a bomba estiver equipada com um acoplamento de espaçador, é possível fazer a manutenção na bomba sem desmontar o motor. Deste modo, o alinhamento não é um problema, consulte a figura 1.1.26. Bombas com acoplamento curto Estas bombas podem ser construídas nas duas maneiras a seguir: A bomba tem o rotor montado diretamente sobre o eixo estendido do motor ou a bomba tem um motor padrão e um acoplamento rígido ou acoplamento de espaçador, consulte as figuras 1.1.27 e 1.1.28. 16 Ti acopl ent po am o básic o Bomba com acoplamento longo com acoplamento flexível Bomba com acoplamento curto com acoplamento rígido Acopl ent de am o espaçador (opcional )
  • 18. Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.1 Bombas padrão Poucas normas internacionais tratam de bombas centrífugas. Na verdade, muitos países possuem seus próprios padrões, que mais ou menos sobrepõem uns aos outros. Uma bomba padrão é aquela compatível com as regulamentações oficiais, como, por exemplo, o ponto de operação da bomba. Relacionamos abaixo alguns exemplos de padrões internacionais para bombas: Fig. 1.2.1:Bomba padrão com acoplamento longo • EN 733 (DIN 24255) se aplica às bombas centrífugas de sucção axial, também conhecidas como bombas de água padrão com pressão nominal (PN) de 10 bar. • EN 22858 (ISO 2858) se aplica às bombas centrífugas, também conhecidas como bombas químicas padrão com pressão nominal (PN) de 16 bar, consulte o apêndice K. As normas mencionadas acima cobrem as dimensões de instalação e os pontos de operação de diferentes tipos de bombas. Quanto às peças hidráulicas destas bombas, elas variam de acordo com o fabricante - deste modo, não há padrões internacionais determinados para estas peças. Fig. 1.2.2: Bomba padrão com eixo simples Bombas, que são projetadas de acordo com os padrões, oferecem vantagens ao usuário final relacionadas à instalação, assim como serviço, peças de reposição e manutenção. 1.2.2 Bombas com carcaça bipartida Uma bomba com carcaça bipartida é uma bomba cuja carcaça é dividida axialmente em duas partes. A Figura 1.2.4 mostra uma bomba monoestágio com carcaça bipartida com rotor de sucção dupla. A construção com entrada dupla elimina as forças axiais e assegura uma expectativa de vida útil mais longa dos rolamentos. Geralmente, as bombas com carcaça bipartida são mais eficientes, tem manutenção mais fácil e uma faixa de desempenho ampla. Fig. 1.2.3: Bomba com carcaça bipartida com acoplamento longo Fig. 1.2.4: Bomba com carcaça bipartida com rotor de sucção dupla 17
  • 19. Seção 1.2 Tipos de bomba Liquido 1.2.3 Bombas hermeticamente seladas Retentor Atmosfera Não é de surpreender que a guia de entrada do eixo da bomba deve ser selada. Geralmente, isto é feito através de um retentor mecânico do eixo, consulte a figura 1.2.5. A desvantagem do retentor mecânico do eixo são suas propriedades deficientes quando se trata de manipulação líquidos tóxicos e agressivos, que, consequentemente, levam a vazamento. Até certo ponto estes problemas podem ser resolvidos usando um retentor mecânico duplo do eixo. Outra solução para estes problemas é usar uma bomba hermeticamente selada. Diferenciamos estes dois tipos de bombas hermeticamente seladas: Bombas com motor blindado e bombas com acionamento magnético. Informações adicionais sobre estas bombas são encontradas nos próximos parágrafos. Fig. 1.2.5: Exemplo de bomba padrão com retentor mecânico do eixo Blindagem do motor Bombas com motor blindado Uma bomba com motor blindado é uma bomba hermeticamente selada com o motor e a bomba integrados em uma unidade sem retentor, consulte as figuras 1.2.6 e 1.2.7. O líquido bombeado entra na câmara do rotor que é separado do estator por uma blindagem fina do rotor. O rotor pode servir como uma barreira hermeticamente selada entre o líquido e o motor. As bombas químicas são feitas de materiais como plástico ou aço inoxidável que podem suportar líquidos agressivos. Fig. 1.2.6: Bomba química com motor blindado Blindagem do Motor O tipo mais comum de motor blindado é a bomba circuladora. Este tipo de bomba é usado tipicamente em circuitos de aquecimento, pois sua construção produz baixo ruído e a operação é livre de manutenção. Fig. 1.2.7: Bomba circuladora com motor blindado 18
  • 20. Magnetos externos Magnetos internos Bombas com acionamento magnético Nos últimos anos, as bombas com acionamento magnético têm se tornado cada vez mais populares para transferência de líquidos tóxicos e agressivos. Como mostrado na figura 1.2.8, a bomba com acionamento magnético é composta por dois grupos de magnetos; um magneto interno e um magneto externo. Uma blindagem não magnetizada pode separar estes dois grupos. A blindagem serve como uma barreira hermeticamente selada entre o líquido e a atmosfera. Como ilustrado na figura 1.2.9, o magneto externo é conectado ao acionamento da bomba e o magneto externo é conectado ao eixo da bomba. Por meio disto, o torque do acionamento da bomba é transmitido para o eixo da bomba. O líquido bombeado serve como lubrificante para os rolamentos da bomba. Portanto, ventilação suficiente é crucial para os rolamentos. Blindagem Fig. 1.2.8: Construção do acionamento magnético Magnetos internos Blindagem Magnetos externos Fig. 1.2.9: Bomba multiestágio com acionamento magnético 19
  • 21. Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.4 Bombas sanitárias As bombas sanitárias são usadas principalmente por indústrias de alimentos, bebidas, farmacêuticas e de biotecnologia onde é muito importante que o líquido bombeado seja manipulado suavemente e que as bombas sejam fáceis de limpar. Para atender as exigências de processamento destas indústrias, as bombas devem ter uma superfície áspera entre 3,2 e 0,4 μm Ra. Isto pode ser melhor obtido usando aço inoxidável forjado ou laminado rolado como materiais de construção, consulte a figura 1.2.12. Estes materiais possuem uma superfície compacta não porosa que pode ser facilmente trabalhada para atender os vários requisitos de acabamento de superfície. Fig. 1.2.10: Bomba sanitária As principais características das bombas sanitárias são facilidade de limpeza e de manutenção. Os fabricantes líderes de bombas sanitárias projetaram suas bombas para atender os padrões a seguir: EHEDG – [Grupo de Design de Equipamento Higiênico Europeu] Fig.1.2.11: Bomba sanitária com canal lateral de auto-escorvamento QHD – [Design Higiênico Qualificado] 3-A – Padrões Sanitários: 3A0/3A1: Padrão Industrial/Higiênico Ra ≤ 3.2 µm Padrão Estéril 3A2: Ra ≤ 0.8 µm Padrão Estéril 3A3: Ra ≤ 0.4 µm Areia fundida Fundição de precisão Aço rolado Fig.1.2.12: Aspereza da superfície do material 20
  • 22. 1.2.5 Bombas de efluentes Uma bomba de efluentes é um equipamento lacrado com uma bomba e um motor. Devido a sua construção, a bomba de efluentes é apropriada para instalação submersa em poços. Trilhos duplos com sistema de autoacoplamento normalmente são usados em instalações submersas. O sistema de autoacoplamento facilita a manutenção, reparo e substituição da bomba. Devido à construção da bomba, não é necessário entrar no poço para executar o serviço. Na verdade, é possível conectar e desconectar a bomba automaticamente de fora do poço. As bombas de efluentes também podem ser instaladas secas como bombas convencionais em instalações horizontais ou verticais. Da mesma forma, este tipo de instalação é de fácil manutenção e reparo e proporciona operação ininterrupta da bomba no caso de inundação da poço seco, consulte a figura 1.2.14. Normalmente, as bombas de efluentes têm que ser capazes de manejar partículas grandes. Portanto, elas são equipadas com rotores especiais para evitar bloqueio e entupimento. Existem vários tipos de rotores: rotores de canal simples, rotores de canal duplo, rotores de três e quatro canais e rotores de vórtice. A Figura 1.2.15 mostra os diferentes desenhos de rotores. As bombas de efluentes geralmente são produzidas com um motor seco, com proteção IP68 (para mais informações sobre classes de IP, vá para a seção 1.4.1). O motor e a bomba possuem um eixo estendido comum com um sistema de retentor mecânico duplo do eixo em uma câmara de óleo intermediária, consulte a figura 1.2.13. As bombas de efluentes podem operar intermitenteou continuamente de acordo com a instalação em questão. Fig.1.2.13: Detalhe de uma bomba de esgoto para instalações úmidas Fig. 1.2.14: Bomba de efluentes para instalações secas Rotor de vórtice Rotor de canal simples Rotor de canal duplo 21
  • 23. Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.6 Bombas imersíveis A bomba imersível é um tipo de bomba onde uma parte dela fica submersa no líquido bombeado e o motor é mantido seco. Normalmente, as bombas imersíveis são montadas no topo ou na parede de tanques ou reservatórios. As bombas imersíveis são usadas, por exemplo, na indústria de máquinas, ferramenta de solda, esmerilhadoras, centros de usinagem e unidades de resfriamento ou em outras aplicações envolvendo tanques e reservatórios, lavanderias industriais e sistemas de filtragem. As bombas para tornos podem ser divididas em dois grupos: Bombas para o lado limpo do filtro e bombas para o lado sujo do filtro. As bombas com rotores fechados normalmente são usadas para o lado limpo do filtro por que fornecem alta eficiência e alta pressão se necessário. Bombas com rotores abertos ou semi-abertos normalmente são usadas para o lado sujo do filtro por que podem lidar com cavacos e partículas. Fig. 1.2.16: Bomba imersível 22
  • 24. 1.2.7 Bombas submersas Há dois tipos de bombas submersas: A bomba submersa para sondagem com motor submersível e a bomba de poços profundos com motor seco, que é conectado à bomba por eixo longo. Estas bombas normalmente são usadas junto com o fornecimento e irrigação de água. Os dois tipos de bombas são feitos para serem instalados em poços submersos estreitos, assim sendo, possuem um diâmetro reduzido, que as tornam mais longas do que outros tipos de bombas,consulte a figura 1.2.17. As bombas submersas são especialmente projetadas para serem submersas em líquido e desse modo são equipadas com motor submersível, com proteção de IP68. A bomba é produzida nas versões monoestágio e multiestágio (a versão multiestágio sendo a mais comum) e é equipada com uma válvula de retenção no cabeçote. Atualmente, a bomba de poço profundo tem sido mais ou menos substituída pelo tipo de bomba submersível. O eixo longo da bomba de poço profundo é uma desvantagem, que dificulta a instalação e execução do serviço. Como o motor da bomba de poço profundo é refrigerado a ar, a bomba frequentemente é utilizada em aplicações industriais para bombear água quente de tanques abertos. A bomba submersível não opera em altas temperaturas por que o motor fica submerso no líquido que tem que resfriá-lo. Fig. 1.2.17: Bomba submersível 23
  • 25. Seção 1.2 Tipos de bomba 1.2.8 Bombas de deslocamento positivo A bomba de deslocamento positivo fornece um fluxo constante aproximado a uma velocidade fixa, apesar das mudanças na contrapressão. Existem dois tipos de bombas de deslocamento positivo: • Bombas rotativas • Bombas reciprocantes A diferença no desempenho entre uma bomba centrífuga, uma bomba rotativa e uma bomba reciprocante está ilustrada à direita, figura 1.2.18. Dependendo do tipo de bomba que você estiver lidando, uma pequena alteração na contrapressão da bomba resulta em diferenças no fluxo. Fig. 1.2.18: Relação típica entre fluxo e altura manométrica para 3 tipos diferentes de bombas: 1) Bombas centrífugas 2) Bombas rotativas 3) Bombas reciprocantes H 1 H 3 2 2 O fluxo de uma bomba centrífuga mudará consideravelmente, o fluxo de uma bomba rotativa mudará um pouco enquanto que o fluxo de uma bomba reciprocante não mudará nada. Mas por que existe uma diferença entre as curvas de bombas para bombas reciprocantes e bombas rotativas? A superfície da face de vedação real é maior para bombas rotativas do que para bombas reciprocantes. Então, apesar de as duas bombas serem projetadas com as mesmas tolerâncias, a perda da bomba rotativa é maior. 24 1 Q 3 As bombas são tipicamente projetadas com as melhores tolerâncias possíveis para obter a eficiência e capacidade de sucção mais alta possível. Entretanto, em alguns casos, é necessário aumentar as tolerâncias, por exemplo, quando as bombas têm que lidar com líquidos altamente viscosos, líquidos contendo partículas e líquidos de alta temperatura. As bombas de deslocamento vibram, o que significa que o volume do fluxo dentro de um ciclo não é constante. A variação no fluxo e a velocidade levam à flutuação de pressão devido à resistência no sistema de tubulação e nas válvulas.
  • 26. Bombas dosadoras As bombas dosadoras pertencem à família de bombas de deslocamento positivo e tipicamente é do tipo de diafragma. As bombas de diafragma não apresentam vazamento por que o diafragma forma uma vedação entre o líquido e os arredores. A bomba de diafragma está equipada com duas válvulas de retenção – uma no lado de sucção e uma no lado de descarga da bomba. Em relação às bombas de diafragma menores, o diafragma é ativado pela biela, que é conectada a um eletroímã. Com isso, a bobina recebe a quantidade exata de cursos necessários, consulte a figura 1.2.21. Em relação às bombas de diafragma maiores, o diafragma é tipicamente montado na biela, que é ativado por um eixo de comando. O eixo de comando é girado por meio de um motor assíncrono padrão, consulte a figura 1.2.22. Fig. 1.2.20: Bomba dosadora O fluxo de uma bomba de diafragma é ajustado alterando a extensão do curso e/ou a frequência dos cursos. Se for necessário aumentar a área de operação, os conversores de frequência podem ser conectados às bombas de diafragma maiores, consulte a figura 1.2.22. Portanto, é simples controlar os lados de sucção e de descarga da bomba. Comparado às bombas de diafragma com acionamento eletromagnético tradicional que fornecem pulsações potentes, bombas de diafragma acionadas por motor escalonador possibilitam obter uma dosagem de aditivo mais estável. Fig.1.2.21: Mola de retorno da solenoide + Há outro tipo de bomba de diafragma. Neste caso, o diafragma é ativado por uma biela excentricamente acionada por um motor escalonador ou motor assíncrono, figuras 1.2.20 e 1.2.23. Ao usar o acinamento de um motor escalonador, a área dinâmica da bomba aumenta e melhora sua precisão consideravelmente. Com esta construção, não é mais necessário ajustar a extensão do curso da bomba por que a biela é montada diretamente no diafragma. O resultado é que as condições de sucção são otimizadas e os recursos de operação são excelentes. 1.2.22: Mola de retorno de acionamento do came + 1.2.23: Acionamento da manivela 25
  • 27. Capítulo 1. Desenho de bombas e motores Seção 1.3: Retentores do eixo mecânico 1.3.1 Componentes e função do retentor do eixo mecânico 1.3.2 Vedações de eixo balanceado e não balanceado 1.3.3 Tipos de retentores de eixos mecânicos 1.3.4 Combinações de materiais da face do retentor 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho do retentor
  • 28. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos A partir da metade da década de 1950 os retentores de eixos mecânicos ganharam terreno em favor do método de vedação tradicional l- Caixa de empanque. Comparados às caixas de empanque, os retentores dos eixos mecânicos oferecem as seguintes vantagens: • Elas se mantêm firmes nos menores deslocamentos e vibrações no eixo • Eles não requerem ajuste • As faces do retentor proporcionam uma pequena quantidade de atrito e assim perda de potência • O eixo não desliza sobre nenhum componente da vedação e deste modo não é danificado por causa de desgaste (custos de reparo reduzidos). O retentor de eixo mecânico é a peça da bomba que separa o líquido da atmosfera. Na figura 1.3.1 pode-se observar alguns exemplos onde o retentor do eixo mecânico é montado em diferentes tipos de bombas. A maioria dos retentores de eixos mecânicos é produzida de acordo com a norma europeia EN 12756. Antes de escolher um retentor de eixo, há certas coisas que você deve saber sobre o líquido e assim a resistência do retentor ao líquido: • Determinar o tipo de líquido • Determinar a pressão a que o retentor de eixo será exposto • Determinar a velocidade a que o retentor de eixo será exposto • Determinar as dimensões internas Apresentaremos nas páginas seguintes como um retentor de eixo mecânico funciona, os diferentes tipos de retentor, de que tipo de material os retentores de eixo mecânico são feitos e que fatores afetam o desempenho dos retentores de eixos mecânicos. 28 Fig. 1.3.1: Bombas com retentores de eixos mecânicos
  • 29. 1.3.1 Componentes e função do retentor de eixo mecânico O retentor de eixo mecânico é formado por dois componentes principais: uma parte giratória e uma parte estacionária; e consiste das peças listadas na figura 1.3.2. A Figura 1.3.3 mostra onde as diferentes peças estão localizadas no retentor. Retenetor do eixo mecânico Face do retentor (retentor primário) Retentor secundário Parte giratória Mola Mola retentora (transmissão de torque) Base (faces do retentor, retentor primário) Parte estacionária • A parte estacionária do retentor é fixada na carcaça da bomba. A parte giratória do retentor é fixada no eixo da bomba e gira quando a bomba está em operação. • As duas faces do retentor primário são empurradas uma contra a outra pela mola e pressão do líquido. Durante operação um filme líquido é produzido na lacuna estreita entre as duas faces do retentor. Este filme evapora antes de entrar na atmosfera, tornando o líquido do retentor do eixo mecânico firme, consulte a figura 1.3.4. Designação Retenro estático (retentor secundário) Fig. 1.3.2: Componentes do retentor de eixo mecânico Retentor secundário Retentor primário Mola Mola retentora • O retentor secundário impede que haja vazamento entre a montagem e o eixo. Eixo • A mola une as faces do retentor mecanicamente. • A mola retentora transmite torque do eixo para o retentor. Em relação aos retentores de eixo dos foles mecânicos, o torque é transferido diretamente pelos foles. Lacuna de vedação Durante a operação, o líquido forma um filme lubrificante entre as faces da vedação. Este filme lubrificante consiste de um filme hidrostático e um filme hidrodinâmico. • O elemento hidrostático é gerado pelo líquido bombeado que é forçado para dentro da lacuna entre as duas fases. Parte estacionária Peça giratória Retentor secundário Retentor primário Fig. 1.3.3: Principais componentes do retentor do eixo mecânico Força líquida Força da mola Vapor Evaporação inicia Filme de lubrificação Fig. 1.3.4: Retentor do erixo mecânico em operação • O filme lubrificante hidrodinâmico é criado pela pressão gerada pela rotação do eixo. 29
  • 30. Seção 1.3 Retentores do eixo mecânico 1.3.2 Vedações de eixos balanceadas e não balanceadas Para obter uma pressão de face aceitável entre as faces de vedação primárias, há dois tipos de vedação de eixo: balanceada e não balanceada. Vedação de eixo balanceada Fig. 1.3.5: Relação ideal entre as propriedades de lubrificação fina e vazamento limitado A espessura do filme lubrificante depende da velocidade da bomba, da temperatura do líquido, da viscosidade do líquido e das forças axiais da vedação de selo mecânico. O líquido é constantemente trocado na lacuna de vedação por causa • da evaporação do líquido para a atmosfera A figura 1.3.6 mostra uma vedação de eixo balanceada indicando onde as forças interagem sobre a vedação. Vedação de eixo não balanceada A figura 1.3.7 mostra uma vedação de eixo não balanceada indicando onde as forças interagem sobre a vedação. Área de Contato das Área de Contato das faces da vedação Forças da mola faces da vedação Forças hidráulicas Forças hidráulicas • movimento circular do líquido A figura 1.3.5 mostra relação ideal entre as propriedades de lubrificação fina e vazamento limitado. Como se pode observar, a relação ideal é quando o filme de lubrificação cobre toda a lacuna de vedação, exceto por uma zona de evaporação estreita próximo ao lado atmosférico da vedação de selo mecânico. Vazamentos devido a depósitos nas faces da vedação são observados com frequência. Ao usar refrigerantes, os depósitos são criados rapidamente pela evaporação no lado de atmosfera da vedação. Quando o líquido evapora na zona de evaporação, sólidos microscópicos no líquido permanecem na lacuna de vedação como depósitos criados por desgaste. Estes depósitos são observados em muitos tipos de líquidos. Mas quando o líquido bombeado tem a tendência para cristalização, isso pode se tornar um problema. A melhor maneira de prevenir o desgaste é selecionar faces de vedação feitas de material rígido, como carboneto de tungstênio (WC) ou carboneto de silício (SiC). A estreita lacuna de vedação entre estes materiais (aprox. 0.3 μm Ra) minimize o risco de sólidos entrarem na lacuna de vedação, minimizando com isso a quantidade de acúmulo de depósitos. 30 A B Fig. 1.3.6: Interação de forças sobre a vedação de eixo balanceada A B Fig. 1.3.7: Interação de forças sobre a vedação de eixo não balanceada Várias forças diferentes causam um impacto axial sobre as faces da vedação. A força da mola e a força hidráulica do líquido bombeado pressionam a vedação enquanto que a força do filme lubrificante na lacuna de vedação neutraliza isso. Em relação à alta pressão do líquido, as forças podem ser tão potentes que o lubrificante na vedação não consegue neutralizar o contato entre as faces da vedação. Como a força hidráulica é proporcional à área que a pressão do líquido afeta, o impacto axial pode ser reduzido somente conseguindo uma redução da área com pressão.
  • 31. A razão de balanceamento (K) de uma vedação de selo 0 2 0 4 0 60 80 mecânico é definida como a relação entre a área A e a área (B) : K=A/B 10 0 1 2 1 4 Taxas de0desgaste0comparativas válidas para água o Temperatura ( C) K = 1.15 K = 1.00 K = Razão de balanceamento A = Área exposta à pressão hidráulica B = Área de contato das faces da vedação Para vedações de eixo balanceadas, a razão de balanceamento geralmente é K=0.8 e para vedações de eixo não balanceadas a razão de balanceamento normalmente é K=1.2. K = 0.85 0 2 0 4 0 60 80 10 0 10 2 10 4 Temperatura (oC) 1.3.3 Tipos de vedações de selo mecânicos Fig. 1.3.8: Taxa de desgaste para razões diferentes K = 1.15 de balanceamento K = 1.00 Apresentamos abaixo uma descrição breve dos principais tipos de vedações de eixos: anel de vedação, fole de vedação e a vedação de uma unidade – o cartucho de vedação. K = 0.85 Fig. 1.3.9: Anel de vedação Anéis de vedação Vantagens e desvantagens do anel de vedação Em um anel de vedação, a vedação entre o eixo giratório e a face de vedação giratória é feita através de um anel de vedação (figura 1.3.9). O anel de vedação deve ser capaz de deslizar livremente na direção axial para absorver deslocamentos axiais como resultado das mudanças de temperatura e desgaste. O posicionamento Incorreto do assentamento estacionário pode resultar em atrito, resultando em desgaste necessário no anel de vedação e no eixo. Os anéis de vedação são feitos de diferentes tipos de borracha como NBR, EPDM e FKM, dependendo das condições operacionais. Vedação de fole Uma característica comum das vedações de foles é um fole de metal ou borracha que funciona como um elemento de vedação dinâmico entre o anel giratório e o eixo. Vedações de foles de borracha Os foles de vedação de borracha (consulte a figura 1.3.10) podem ser feitos com diferentes tipos de borracha, como NBR, EPDM e FKM, dependendo das condições operacionais. Dois princípios geométricos diferentes são usados para o desenho dos foles de borracha: Vantagens: Apropriado para líquidos quentes e aplicações de alta pressão Desvantagens: Depósitos no eixo, como ferrugem, podem impedir o movimento axial do anel de vedação Vedação de fole de borracha com geometria de foles dobráveis Fig. 1.3.10: Vedação de fole de borracha Vantagens e desvantagens da vedação de fole de borracha Vantagens: Insensível a depósitos, como ferrugem, no eixo Apropriada para bombear líquidos contendo sólidos Desvantagens: Imprópria para líquidos quentes e aplicações de alta pressão • Foles de rolo • Foles dobráveis. 31
  • 32. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos Vantagens e desvantagens da vedação de fole de cartucho de metal Vedações de fole de metal Em uma vedação de selo mecânico comum, a mola produz a força de fechamento necessária para fechar as faces da vedação. Em uma vedação de fole de metal (figura 1.3.11) a mola foi substituída por fole de metal com uma força semelhante. O fole de metal atua tanto como uma vedação dinâmica entre o anel giratório e o eixo e como uma mola. O fole possui uma quantidade de ondulações que proporciona a eles o força desejada. Vantagens: Insensíveis a depósitos, como ferrugem e cal no eixo Apropriada para líquidos quentes e aplicações de alta pressão Baixa razão de balanceamento leva a baixa taxa de desgaste e consequentemente vida mais longa Fig. 1.3.11: : Vedação de fole com cartucho de metal Vedações de cartucho Em uma vedação de selo mecânico, todas as peças formam uma unidade compacta sobre a luva do eixo, pronta para ser instalada. A vedação de cartucho oferece muitos benefícios comparados às vedações de eixos mecânicas convencionais, figura 1.3.12. Desvantagens: Falha por fadiga da vedação de selo mecânico pode ocorrer quando a bomba não está corretamente alinhada Pode ocorrer fadiga como resultado de pressões ou temperaturas excessivas Vantagens da vedação de cartucho: • Manutenção fácil e rápida • O desenho protege as faces da vedação • Mola pré-carregada Descarga Em certas aplicações, é possível estender o desempenho da vedação de selo mecânico instalando uma descarga, consulte afigura 1.3.13. A descarga pode abaixar a temperatura da vedação de selo mecânico e impedir a formação de depósitos. A descarga pode ser instalada internamente ou externamente. A descarga interna é feita quando um fluxo pequeno do lado de descarga da bomba é desviado para a área da vedação. A descarga interna é usada principalmente para prevenir a geração extra de calor em aplicações de aquecimento. A descarga externa é feita por um líquido de limpeza e é usado para assegurar uma operação livre de problemas ao lidar com líquidos abrasivos ou sólidos que causam entupimento. 32 • Manipulação segura Fig. 1.3.12: Vedação de cartucho Fig 1.3.13: Dispositivo de descarga de uma vedação de selo mecânico simples
  • 33. Retentores de eixos mecânicos duplos Os retentores de eixos mecânicos duplos são usadas quando a expectativa de vida de retentores de eixos mecânicos simples é insuficiente devido ao desgaste causado por sólidos ou pressões e temperaturas muito altas / baixas. Além disso, as vedações de selo mecânicos são usadas com líquidos tóxicos, agressivos e explosivos para proteger os arredores. Há dois tipos de retentores de eixos mecânicos duplos: A vedação de selo mecânico em tandem e a vedação dupla em um arranjo sequencial. • • Vedação dupla em tandem Este tipo de vedação dupla consiste de retentores de eixos mecânicos montadas em tandem, que é uma atrás da outra, colocadas em uma câmara de vedação separada, consulte a figura 1.3.14. • Fig. 1.3.14: Arranjo de vedação em tandem com circulação de liquido de resfriamento • • • O arranjo de vedação em tandem deve ser equipado com um sistema de liquido de resfriamento para • absorver vazamento • monitorar a taxa de vazamento • lubrificar e resfriar a vedação para prevenir congelamento • proteger contra funcionamento a seco • estabilizar o filme lubrificante • impedir a entrada de ar na bomba no caso de vácuo A pressão do líquido de resfriamento deve sempre ser mais baixa que a pressão do líquido. • • • • • • Fig. 1.3.15: Arranjo de vedação em tandem com terminal de líquido de resfriamento Tandem - circulação Circulação do líquido de resfriamento via tanque sem pressão, consulte a figura 1.3.14. O líquido de resfriamento do tanque elevado é circulado pela ação do termossifão e/ou ação de bombeamento na vedação. Tandem - terminal • • Líquido de resfriamento de um tanque elevado, consulte a figura 1.3.15. Não dissipação de calor do sistema. Tandem - drenagem O líquido de resfriamento flui diretamente pela câmara de vedação para ser coletado para reuso, ou direcionado para drenagem, consulte a figura 1.3.16. • • • • Fig. 1.3.16: Arranjo com vedação em tandem com líquido de resfriamento para drenagem 33
  • 34. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos Barreira de pressão do líquido Câmara de vedação com barreira de pressão do líquido 1.3.4 Combinações de materiais da face da vedação Apresentamos abaixo a descrição das combinações de materiais mais importantes usadas em retentores de eixos mecânicos para aplicações industriais: Carboneto de tungstênio/carboneto de tungstênio, carboneto de silício/carboneto de silício e carboneto de carbono/ tungstênio ou carboneto de carbono/silício. Carboneto de tungstênio/carboneto de tungstênio (WC/WC) • Líquido bombeado Fig. 1.3.17: Arranjo de vedação sequencial Vedação dupla sequencial Este tipo de vedação é a solução ideal para manipular líquidos abrasivos, agressivos, explosivos que causariam desgaste, dano ou bloqueio em uma vedação de selo mecânico. A vedação dupla sequencial consiste de duas vedações de eixos montadas em sequência em uma câmara de vedação separada, consulte a figura 1.3.17. Este tipo de vedação protege o ambiente ao redor e as pessoas que trabalham com a bomba. A pressão na câmara de vedação dever 1-2 bares mais alta que a pressão da bomba. A pressão pode ser gerada por: • Uma fonte de pressão separada existente. Muitas aplicações incorporam sistemas pressurizados. • Uma bomba separada, por exemplo, bomba dosadora. 34 Carboneto de tungstênio cementado cobre o tipo de metais duros que são baseados em uma fase do carboneto de tungstênio duro (WC) e geralmente uma fase de aglutinante metálico mais macio. O termo correto é carboneto de tungstênio cementado, entretanto, o termo abreviado para carboneto de tungstênio (WC) é usado para conveniência. WC com liga de cobalto (Co) é somente resistente à corrosão na água se a bomba incorporar base metal como ferro fundido. WC com liga de crômio-níquel-molibdênio é tem resistência à corrosão igual à EN 14401. WC sem ligas sinterizadas tem a resistência à corrosão mais elevada. Entretanto, a resistência à corrosão em líquidos, como hipoclorito não é tão alta. O par de materiais WC/WC possui as seguintes características: • Extremamente resistente a desgaste • Muito robusto, resiste à manipulação bruta • Propriedades de funcionamento a seco deficientes. No caso de funcionamento a seco, a temperatura aumenta para várias centenas de graus Celsius em poucos minutos e consequentemente danifica os anéis de vedação. Se determinada temperatura e pressão forem excedidas, a vedação pode gerar ruído. Ruído é uma indicação de condições operacionais deficientes que a longo prazo podem causar desgaste na vedação. Os limites de uso dependem do diâmetro e desenho da face da vedação. Para uma combinação da face da vedação WC/WC, o período de tempo esperado para aparecimento de ruído pode durar de 3-4 semanas, embora tipicamente, não há ocorrência de ruído nos primeiros 3-4 dias.
  • 35. Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) WC/WC. Consequentemente, em água quente Q 1P / Q 1P combinação gera menos ruído que a combinação Carboneto de silício/carboneto de silício (SiC/SiC) WC/WC. Entretanto, o ruído de vedações de SiC é uma alternativa para o WC/WC e é usada onde poroso é esperado durante o período de desgaste de a resistência à corrosão mais elevada é necessária. amaciamento de 3 a 4 dias. G A combinação de materiais SiC/SiC possui as Q 1 SiC auto-lubrificante, sinterizado seguintes características: Variantes materiais SiC contendo lubrificantes secos G • Material muito frágil que exige manipulação estão disponíveis no mercado. A designação Q1 aplica-se ao material SiC, que é apropriado para uso cuidadosa em água destilada ou desmineralizada, como oposto aos materiais acima. • Extremamente resistente à água • Resistência à corrosão extremamente boa. SiC (Q 1s, Q 1P e Q 1G ) corrosão difícil, independente do tipo de líquido bombeado. Entretanto, a exceção é água com condutividade deficiente, como água desmineralizada, que ataca as variantes SiC Q 1s e Q 1P, enquanto que Q 1G é resistente à corrosão neste líquido • No geral, estas combinações de materiais possuem propriedades deficientes para funcionamento a seco. Entretanto, o material Q 1G / Q 1G material suporta um período de funcionamento a seco limitado por causa do conteúdo de grafite no material Os limites de pressão e temperatura de Q 1G / Q 1G são similares a do Q 1P / Q 1P. Os lubrificantes secos, por exemplo grafite, reduzem o atrito no caso de funcionamento seco, que é de importância decisiva para a durabilidade de uma vedação durante o funcionamento a seco. Características do carboneto de carbono/ tungstênio ou carbono/silício Vedações com uma face de carbono possuem as seguintes características: • Material muito frágil que exige manipulação cuidadosa Para finalidades diferentes, há diversas variantes de SiC/SiC: • Desgaste por líquidos contendo partículas sólidas Q 1s, SiC de granulação fina e sinterização direta • Boa resistência à corrosão SiC de granulação fina de sinterização direta com • Boas propriedades de funcionamento a seco uma pequena de poros minúsculos. (funcionamento a seco temporário) Por alguns anos, esta variante de SiC foi usada como material padrão para vedação selo mecânico. Os limites de pressão e temperatura são ligeiramente menores que aqueles do WC/WC. • As propriedades auto-lubrificantes do carbono tornam a edação apropriada para uso mesmo em condições de v lubrificação insatisfatórias (alta temperatura) sem geração de ruído. Entretanto, estas condições causarão desgaste na face de carbono da vedação levando à redução da vida útil. P, SiC de granulação fina, sinterizado, poroso Q1 O desgaste depende da pressão, temperatura, diâmetro líquido e desenho da vedação. Velocidades básicas É uma variante do SiC de sinterização densa. Esta reduzem a lubrificação entre as faces da vedação; como variante de SiC possui poros fechados circulares resultado, pode se esperar aumento de desgaste. Entretanto, grandes. O grau de porosidade é de 5-15% e o normalmente este não é o caso porque a distância tamanho dos poros é 10-50 μm Ra. que as faces da vedação têm para se mover é reduzida. Os limites de pressão e temperatura excedem aqueles do 35
  • 36. Seção 1.3 Retentores de eixos mecânicos • Carbono impregnado de metal (A) oferece resistência à corrosão limitada, mas resistência mecânica melhorada, condutividade de calor e desse modo, redução do desgaste • Ação centrífuga de bombeamento das peças giratórias. O consume de energia aumenta dramaticamente com a velocidade da rotação (para a terceira energia). • Com resistência mecânica reduzida, mas maior resistência à corrosão, carbono impregnado de resina sintética (B) cobre um campo amplo de aplicações. O carbono impregnado de resina sintética é aprovado para água potável • Atrito da face da vedação. O atrito entre as duas faces da vedação consiste de – atrito no filme de do líquido fino – atrito devido aos pontos de contato entre as faces da vedação. • O uso de carbono/SiC para aplicações com água quente pode causar bastante desgaste no SiC, dependendo da qualidade do carbono e da água. Este tipo de desgaste se aplica ao Q1S/carbono. O uso de Q1P, Q 1G ou carbono/ WC causa muito menos desgaste. Assim, carbono/ WC, carbono/Q1P ou carbono/Q1G para sistemas de água quente O nível de consumo de energia depende do desenho da vedação, condições de lubrificação e materiais da face da vedação. 250 Perda de energia (W) 250 200 Perda de energia (W) 200 150 150 100 3600 100 1.3.5 Fatores que afetam o desempenho da vedação 3600 50 50 0 0 0 2000 0 Como mencionado anteriormente, nenhuma vedação é totalmente pressionada. Nas próximas páginas, apresentaremos os fatores que têm impacto sobre o desempenho da vedação: Consumo de energia, ruído e vazamento. Estes fatores serão apresentados individualmente. Entretanto, é importante destacar que eles estão intimamente relacionados e assim sendo, devem ser considerados como um todo. Consumo de energia Não é novidade que a vedação precisa de energia para girar. Os seguintes fatores contribuem para o consume de energia, que é a perda de energia de uma vedação de selo mecânico: 36 4000 2000 6000 4000 8000 6000 10000 8000 Fig. 1.3.18: Consumo de energia de uma vedação de selo mecânico de 12 mm 12000 10000 12000 Velocidade (rpm) Velocidade (rpm) Ação de Ação de bombeamento bombeamento Atrito Atrito A figura 1.3.18 é um exemplo típico de consumo de energia de uma vedação de selo mecânico. A figura mostra que o atrito de até 3600 rpm é o motivo principal do consumo de energia da vedação de selo mecânico. O consumo de energia é, principalmente em relação às caixas de espanque, um problema importante. Como se observar no exemplo, substituir uma caixa de empanque por uma vedação de selo mecânico leva a uma economia de energia considerável, consulte a figura 1.3.19.
  • 37. Ruído Bomba padrão 50 mLC; eixo 50 mm e 29OO rpm A escolha dos materiais da face da vedação é decisiva para o funcionamento e vida da vedação de selo mecânico. A geração de ruído é resultado das condições de lubrificação deficientes em vedações que manipulam líquidos de baixa viscosidade. A viscosidade da água diminui com o aumento da temperatura. Isto significa que as condições de lubrificação diminuem conforme a temperatura aumenta. Bar Se o líquido bombeado atinge ou excede a temperatura de ebulição, o líquido na parte 25 da face da vedação evapora, que resulta em um diminuição adicional nas 20 Faixa de operação condições de lubrificação. Uma redução na velocidade tem o 15 mesmo efeito, consulte a figura 1.3.20. Consumo de energia Caixa de empanque Ved. selo mecânico 2.0 kWh Vazamento Caixa empanque Ved. selo mecânico 3.0 l/h (quando montada corretamente) 0.3 kWh 0.8 ml/h Fig. 1.3.19: Caixa de empanque versus vedação de selo mecânico Ruído Bar 25 Ruído 10 20 5 Faixa de operação 15 Vazamento 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C 10 Inversamente, menos vazamento significa piores condições de lubrificação e aumento de atrito. Na prática, a quantidade de vazamento de perda de energia que ocorre nas vedações de selo mecânicos pode variar. O motivo é que o vazamento depende de fatores que são impossíveis de quantificar teoricamente por causa do tipo das faces da vedação, tipo de líquido, mola, carga,etc. Portanto, a figura 1.3.21 deve ser entendida como uma orientação. Velocidade 3000 rpm Velocidade 1800 rpm 5 Velocidade 1200 rpm Velocidade 600 rpm 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 °C Fig. 1.3.20: Relação entre faixa de operação Velocidade 3000 rpm e velocidade Velocidade 1800 rpm Velocidade 1200 rpm Velocidade 600 rpm Para a leitura correta da curva da taxa de vazamento (figura 1.3.21), é necessário seguir os quatro passos abaixo: Passo 1: Ler a pressão – neste caso 5 bares Passo 2: Vedação não balanceada de 30 mm Passo 3: Velocidade 3000 rpm Passo 4: Taxa de vazamento 0,06 ml/h Fig. 1.3.21: Taxas de vazamento 37