O documento discute a posição social dos artistas Júlio Pomar e Lima de Freitas no movimento Neo-realista em Portugal na década de 1940 e 1950. Eles contribuíram não só com suas obras de arte, mas também com artigos defendendo uma postura comprometida dos artistas com os problemas sociais da época. Muitos desses escritos foram publicados na Revista Vértice.
Este documento discute o início do movimento modernista brasileiro entre as décadas de 1910 e 1920, caracterizando-o como um período de formação marcado por esforços de alguns intelectuais para estabelecer novas diretrizes literárias e conquistar espaços de visibilidade, enfrentando a resistência da elite e da imprensa que apoiavam o parnasianismo.
O texto analisa os paradoxos do modernismo brasileiro em comparação com as vanguardas históricas européias dos anos 1920. Discute como o projeto de integrar arte e vida teve contornos diferentes no Brasil devido ao contexto de independência cultural e construção de identidade nacional. Aponta também tensões entre pesquisa formal e representação social na arte brasileira.
Este documento discute as contribuições do modernismo brasileiro para a literatura e crítica do país. O modernismo trouxe uma ruptura estética que refletia as transformações sociais da época e criou uma literatura moderna e nacional. Isso incluiu uma nova consciência da criação literária e do coletivo na produção artística. O movimento também estimulou o debate crítico sobre a identidade e problemas brasileiros.
Um olhar sobre_a_revista_de_antropofagia__1928-1929_[1]Carlos Elson Cunha
O documento descreve a Revista de Antropofagia, publicada entre 1928-1929, como parte importante do Movimento Modernista brasileiro. A revista difundiu as ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, que propunha a "canibalização" da cultura estrangeira para criar uma arte e cultura brasileiras originais. O movimento Antropofágico inspirou outras vanguardas como o Concretismo e o Tropicalismo.
Este documento descreve os principais movimentos artísticos e acontecimentos culturais e históricos entre 1905-1960 na Europa. Aborda o Fauvismo, Expressionismo, Dadaísmo, Surrealismo e como estes movimentos refletiram as rupturas, autoritarismos e nacionalismos da época através de novas linguagens artísticas. Também discute como a arte moderna foi influenciada por Freud e a psicanálise.
O documento resume a primeira fase do modernismo no Brasil, destacando os principais artistas e movimentos deste período como a Semana de Arte Moderna de 1922, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e os movimentos Pau-Brasil e Verde-Amarelista. Também aborda o movimento Antropofágico e sua influência no modernismo brasileiro.
Este documento descreve a evolução da pintura e escultura portuguesa nos últimos 50 anos do século XX. Após a Segunda Guerra Mundial, o neorrealismo foi o movimento dominante, com obras procurando apoiar o povo. Nos anos 1940, surgiram também o surrealismo e o abstracionismo geométrico. Nas décadas seguintes, diferentes artistas exploraram vários estilos como o surrealismo, abstracionismo e neoplasticismo. Ao longo deste período, houve uma separação crescente entre as vanguardas art
Este documento discute o início do movimento modernista brasileiro entre as décadas de 1910 e 1920, caracterizando-o como um período de formação marcado por esforços de alguns intelectuais para estabelecer novas diretrizes literárias e conquistar espaços de visibilidade, enfrentando a resistência da elite e da imprensa que apoiavam o parnasianismo.
O texto analisa os paradoxos do modernismo brasileiro em comparação com as vanguardas históricas européias dos anos 1920. Discute como o projeto de integrar arte e vida teve contornos diferentes no Brasil devido ao contexto de independência cultural e construção de identidade nacional. Aponta também tensões entre pesquisa formal e representação social na arte brasileira.
Este documento discute as contribuições do modernismo brasileiro para a literatura e crítica do país. O modernismo trouxe uma ruptura estética que refletia as transformações sociais da época e criou uma literatura moderna e nacional. Isso incluiu uma nova consciência da criação literária e do coletivo na produção artística. O movimento também estimulou o debate crítico sobre a identidade e problemas brasileiros.
Um olhar sobre_a_revista_de_antropofagia__1928-1929_[1]Carlos Elson Cunha
O documento descreve a Revista de Antropofagia, publicada entre 1928-1929, como parte importante do Movimento Modernista brasileiro. A revista difundiu as ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, que propunha a "canibalização" da cultura estrangeira para criar uma arte e cultura brasileiras originais. O movimento Antropofágico inspirou outras vanguardas como o Concretismo e o Tropicalismo.
Este documento descreve os principais movimentos artísticos e acontecimentos culturais e históricos entre 1905-1960 na Europa. Aborda o Fauvismo, Expressionismo, Dadaísmo, Surrealismo e como estes movimentos refletiram as rupturas, autoritarismos e nacionalismos da época através de novas linguagens artísticas. Também discute como a arte moderna foi influenciada por Freud e a psicanálise.
O documento resume a primeira fase do modernismo no Brasil, destacando os principais artistas e movimentos deste período como a Semana de Arte Moderna de 1922, Anita Malfatti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti Del Picchia e os movimentos Pau-Brasil e Verde-Amarelista. Também aborda o movimento Antropofágico e sua influência no modernismo brasileiro.
Este documento descreve a evolução da pintura e escultura portuguesa nos últimos 50 anos do século XX. Após a Segunda Guerra Mundial, o neorrealismo foi o movimento dominante, com obras procurando apoiar o povo. Nos anos 1940, surgiram também o surrealismo e o abstracionismo geométrico. Nas décadas seguintes, diferentes artistas exploraram vários estilos como o surrealismo, abstracionismo e neoplasticismo. Ao longo deste período, houve uma separação crescente entre as vanguardas art
Seminário de Literatura realizado no Colégio da Imaculada Conceição (RJ) durante as aulas do Prof. Marcelo Fernandes. Trabalho apresentado em 28/10/2013 pelos(as) alunos(as) Beatriz Figueroa, Breno Guimarães, Pedro Soares e Victor Cobuci.
O documento descreve uma história de amizade entre duas adolescentes que se separaram após uma delas arranjar um namorado, deixando a outra com ciúmes. A jovem ciumenta encontra um celeiro abandonado onde é espancada por um fantasma que a faz jurar segredo. Mais tarde, a outra rapariga é encontrada morta no mesmo celeiro, com o namorado a ser preso, embora sem provas contra ele.
O documento discute a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, que marcou o início do Modernismo brasileiro. Apresenta as relações com as vanguardas européias e como influenciaram o projeto estético e político do modernismo brasileiro. Também expõe o vínculo entre a Antropofagia de Oswald de Andrade e o "primitivismo" cultural europeu em movimentos como o Fauvismo e o Dadaísmo.
O documento descreve o movimento literário Parnasianismo, surgidono século XIX na França. Caracteriza-se pela objetividade, descritivismo e temas da Antiguidade clássica. Surgiu no contexto da Revolução Industrial e do pensamento positivista, valorizando a razão e ciência. Os principais autores foram Olavo Bilac no Brasil e Cesário Verde em Portugal.
Modernismo 3ª fase - 2016 - simplificadaCrisBiagio
O documento descreve o contexto histórico e as manifestações artísticas da terceira fase do Modernismo Brasileiro entre 1945-1960. Após a queda de Getúlio Vargas, houve um retorno da democracia e do desenvolvimento econômico, além da criação de grupos literários como o CPC. Na literatura, destacaram-se a Geração de 45 com uma linguagem reinventada e a escritura selvagem, enquanto as artes plasmáticas continuaram voltadas para a discussão social.
O documento descreve o contexto e as características do romance modernista brasileiro da década de 1930. Aborda a conjuntura internacional e nacional da época, as reflexões e objetivos estéticos, temáticas como o meio rural e urbano, e conexões com gerações literárias anteriores.
O Romantismo em Portugal apresentou dois momentos significativos: inicialmente buscou se firmar como movimento literário apoiado na cultura popular e no nacionalismo, e posteriormente constituiu um momento de maturidade e transição para o Realismo. Surgiu após a revolução liberal de 1820 influenciada pelos ideais da Revolução Francesa, e teve três gerações de autores com características diferentes conforme amadurecia em direção ao pré-Realismo.
O documento descreve o Modernismo no Brasil no início do século XX. Resume os principais eventos e movimentos que marcaram o período, como a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para o Modernismo brasileiro. Também apresenta os principais nomes e obras da literatura modernista brasileira, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
O documento descreve o Modernismo no Brasil no início do século XX. Resume os principais eventos e movimentos que marcaram o período, como a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para o Modernismo brasileiro. Também apresenta os principais nomes e obras dos modernistas brasileiros, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
O documento descreve o Modernismo no Brasil, incluindo sua introdução no início do século XX como uma reação contra o tradicionalismo, sua consolidação com temas nacionalistas e regionalistas, e sua continuação até os dias atuais. Eventos importantes como a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Antropófago são detalhados, assim como artistas e obras chave do período.
O modernismo brasileiro foi um movimento cultural iniciado na década de 1920 que repercutiu fortemente nas artes e na sociedade brasileira, principalmente na literatura e nas artes plásticas. A Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo é considerada o marco inicial do movimento no Brasil, que assimilou influências das vanguardas europeias de forma seletiva. O modernismo teve três fases distintas marcadas por graus diferentes de radicalismo.
O documento resume o primeiro capítulo de um livro didático sobre língua portuguesa. Aborda o movimento romântico, o substantivo e o relato de experiências vividas. Também apresenta exemplos de obras literárias e audiovisuais relacionadas aos tópicos.
O documento descreve o modernismo no Brasil e a Semana de Arte Moderna de 1922, que marcou o início do movimento no país. Apresenta as características do modernismo e como ele foi assimilado no contexto artístico brasileiro com foco em elementos da cultura nacional. Divide a história do modernismo brasileiro em três fases, desde a década de 1920 até o período pós-1945.
As vanguardas europeias influenciaram as artes e a literatura no mundo ocidental no início do século XX. Movimentos como Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo surgiram na Europa e inspiraram o Modernismo brasileiro, que objetivava inovar as artes rompendo com padrões clássicos. A Semana de Arte Moderna de 1922 difundiu os ideais modernistas no Brasil.
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 apresentou obras de artistas modernistas e causou polêmica ao público conservador
2) Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti foram alguns dos principais autores modernistas da primeira geração
3) A segunda geração do modernismo brasileiro entre 1930-1945 incluiu Carlos Drummond de Andrade e se caracterizou por uma produção literária maior e preocupações com o destino humano
O FIM DAS VANGUARDAS Ricardo Nascimento Fabbrini*Pedro Lima
1. O texto discute o fim das vanguardas artísticas do século XX e sua relação com o tema do fim da arte.
2. As vanguardas são divididas em duas linhagens principais: as construtivas e positivas versus as líricas e negativas.
3. A passagem das vanguardas européias para os Estados Unidos a partir da década de 1940 marcou a transição para as chamadas vanguardas tardias e a institucionalização da arte moderna.
Los hongos (fungi) son seres vivos eucariotas que no son plantas ni animales. Pertenecen a un reino separado y se caracterizan por absorber nutrientes en lugar de realizar la fotosíntesis o la respiración. Algunos hongos son comestibles, otros son parásitos y algunos producen antibióticos u otras sustancias útiles.
This document does not contain any meaningful information to summarize. It appears to be random characters without any context. In 3 sentences or less, a summary is not possible due to the lack of substance in the original text.
Seminário de Literatura realizado no Colégio da Imaculada Conceição (RJ) durante as aulas do Prof. Marcelo Fernandes. Trabalho apresentado em 28/10/2013 pelos(as) alunos(as) Beatriz Figueroa, Breno Guimarães, Pedro Soares e Victor Cobuci.
O documento descreve uma história de amizade entre duas adolescentes que se separaram após uma delas arranjar um namorado, deixando a outra com ciúmes. A jovem ciumenta encontra um celeiro abandonado onde é espancada por um fantasma que a faz jurar segredo. Mais tarde, a outra rapariga é encontrada morta no mesmo celeiro, com o namorado a ser preso, embora sem provas contra ele.
O documento discute a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, que marcou o início do Modernismo brasileiro. Apresenta as relações com as vanguardas européias e como influenciaram o projeto estético e político do modernismo brasileiro. Também expõe o vínculo entre a Antropofagia de Oswald de Andrade e o "primitivismo" cultural europeu em movimentos como o Fauvismo e o Dadaísmo.
O documento descreve o movimento literário Parnasianismo, surgidono século XIX na França. Caracteriza-se pela objetividade, descritivismo e temas da Antiguidade clássica. Surgiu no contexto da Revolução Industrial e do pensamento positivista, valorizando a razão e ciência. Os principais autores foram Olavo Bilac no Brasil e Cesário Verde em Portugal.
Modernismo 3ª fase - 2016 - simplificadaCrisBiagio
O documento descreve o contexto histórico e as manifestações artísticas da terceira fase do Modernismo Brasileiro entre 1945-1960. Após a queda de Getúlio Vargas, houve um retorno da democracia e do desenvolvimento econômico, além da criação de grupos literários como o CPC. Na literatura, destacaram-se a Geração de 45 com uma linguagem reinventada e a escritura selvagem, enquanto as artes plasmáticas continuaram voltadas para a discussão social.
O documento descreve o contexto e as características do romance modernista brasileiro da década de 1930. Aborda a conjuntura internacional e nacional da época, as reflexões e objetivos estéticos, temáticas como o meio rural e urbano, e conexões com gerações literárias anteriores.
O Romantismo em Portugal apresentou dois momentos significativos: inicialmente buscou se firmar como movimento literário apoiado na cultura popular e no nacionalismo, e posteriormente constituiu um momento de maturidade e transição para o Realismo. Surgiu após a revolução liberal de 1820 influenciada pelos ideais da Revolução Francesa, e teve três gerações de autores com características diferentes conforme amadurecia em direção ao pré-Realismo.
O documento descreve o Modernismo no Brasil no início do século XX. Resume os principais eventos e movimentos que marcaram o período, como a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para o Modernismo brasileiro. Também apresenta os principais nomes e obras da literatura modernista brasileira, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
O documento descreve o Modernismo no Brasil no início do século XX. Resume os principais eventos e movimentos que marcaram o período, como a Semana de Arte Moderna de 1922, que foi um marco para o Modernismo brasileiro. Também apresenta os principais nomes e obras dos modernistas brasileiros, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Manuel Bandeira.
O documento descreve o Modernismo no Brasil, incluindo sua introdução no início do século XX como uma reação contra o tradicionalismo, sua consolidação com temas nacionalistas e regionalistas, e sua continuação até os dias atuais. Eventos importantes como a Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Antropófago são detalhados, assim como artistas e obras chave do período.
O modernismo brasileiro foi um movimento cultural iniciado na década de 1920 que repercutiu fortemente nas artes e na sociedade brasileira, principalmente na literatura e nas artes plásticas. A Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo é considerada o marco inicial do movimento no Brasil, que assimilou influências das vanguardas europeias de forma seletiva. O modernismo teve três fases distintas marcadas por graus diferentes de radicalismo.
O documento resume o primeiro capítulo de um livro didático sobre língua portuguesa. Aborda o movimento romântico, o substantivo e o relato de experiências vividas. Também apresenta exemplos de obras literárias e audiovisuais relacionadas aos tópicos.
O documento descreve o modernismo no Brasil e a Semana de Arte Moderna de 1922, que marcou o início do movimento no país. Apresenta as características do modernismo e como ele foi assimilado no contexto artístico brasileiro com foco em elementos da cultura nacional. Divide a história do modernismo brasileiro em três fases, desde a década de 1920 até o período pós-1945.
As vanguardas europeias influenciaram as artes e a literatura no mundo ocidental no início do século XX. Movimentos como Cubismo, Futurismo, Expressionismo, Dadaísmo e Surrealismo surgiram na Europa e inspiraram o Modernismo brasileiro, que objetivava inovar as artes rompendo com padrões clássicos. A Semana de Arte Moderna de 1922 difundiu os ideais modernistas no Brasil.
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 apresentou obras de artistas modernistas e causou polêmica ao público conservador
2) Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Anita Malfatti foram alguns dos principais autores modernistas da primeira geração
3) A segunda geração do modernismo brasileiro entre 1930-1945 incluiu Carlos Drummond de Andrade e se caracterizou por uma produção literária maior e preocupações com o destino humano
O FIM DAS VANGUARDAS Ricardo Nascimento Fabbrini*Pedro Lima
1. O texto discute o fim das vanguardas artísticas do século XX e sua relação com o tema do fim da arte.
2. As vanguardas são divididas em duas linhagens principais: as construtivas e positivas versus as líricas e negativas.
3. A passagem das vanguardas européias para os Estados Unidos a partir da década de 1940 marcou a transição para as chamadas vanguardas tardias e a institucionalização da arte moderna.
Los hongos (fungi) son seres vivos eucariotas que no son plantas ni animales. Pertenecen a un reino separado y se caracterizan por absorber nutrientes en lugar de realizar la fotosíntesis o la respiración. Algunos hongos son comestibles, otros son parásitos y algunos producen antibióticos u otras sustancias útiles.
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This document summarizes the results of the 28th matchday of the men's youth football league Prebenjamin F-7 B - Go 6o. It provides the scores of 8 matches played. It also includes a table that shows the current league standings, listing each team's points, games played, won, drawn, lost, goals for, goals against, and penalty points. Valencia C.F. "G" sits in first place with 74 points after 28 games.
O documento descreve os critérios para um concurso de expansão do Museu do Meio Ambiente no Rio de Janeiro, incluindo princípios de unidade, ênfase, harmonia, movimento, ponto de visualização e relação texto-imagem.
- Mason Bishop, Deputy Assistant Secretary of Labor for Employment and Training, testified before the Subcommittee on Select Education about reauthorizing the Older Americans Act Title V, which governs the Senior Community Service Employment Program (SCSEP).
- SCSEP serves low-income seniors aged 55 and older by providing part-time jobs and training to help prepare them for unsubsidized employment. The testimony discussed proposals to reform SCSEP, including increasing the minimum age to 65, enhancing the employment focus, and streamlining the program structure.
- The testimony supported the draft bill's improvements but proposed additionally allocating funds exclusively to states through a statutory formula to simplify administration and reduce costs.
- Global Finance Inc. (GFI) is a financial company experiencing growth and expanding into new markets. It employs over 1,600 employees across multiple countries.
- The company has experienced several cyber attacks in recent years compromising the confidentiality, integrity and availability of its data and systems.
- As Computer Security Manager, you must propose solutions to strengthen GFI's authentication, network security and data protection to address the CEO's concerns about risks from mobility, wireless access, and moving to cloud computing and online services.
1) O documento descreve o funcionamento das linhas mundiais, incluindo como os participantes avançam nas filas e recebem pagamentos a cada ciclo.
2) Contribuições de 10-15% dos ganhos de cada linha são acumuladas em "sacos" separados para cada linha para apoiar as posições nas linhas.
3) Os participantes completam um "ciclo mestre" após subir 32 vezes na fila principal, recebendo pagamentos totais de 37,5-1500 dólares dependendo da linha.
Este documento presenta el Teorema de Boole impartido por el tutor Jorge Zamudio a la estudiante Saryluz Leal como parte de su programa de mejoramiento profesional en la Universidad Pedagógico Experimental Libertador, Nucleo-Barinas en mayo de 2012.
O documento discute a criação de apresentações usando programas de apresentação. Ele explica que esses programas permitem organizar e apresentar informações de forma eficiente através de diapositivos que podem incluir texto, imagens, gráficos, listas e outros elementos. Além disso, destaca a importância de planejar a apresentação para transmitir os conteúdos de forma clara, inequívoca e organizada, considerando fatores como a legibilidade e formatação das letras e a organização visual dos dados.
O documento descreve as partes anatômicas básicas de uma fonte tipográfica, incluindo altura de versal, altura-x, linha de base, serifa, haste e traços. Ele fornece referências para aprender mais sobre a classificação e anatomia da tipografia.
O documento resume a história da propaganda no Brasil ao longo do século XX, desde as primeiras agências estabelecidas na década de 1910 até os dias atuais. Destaca que as agências americanas introduziram técnicas profissionais de propaganda e que a televisão, a partir da década de 1960, se tornou o principal veículo para anúncios publicitários, impulsionando o crescimento deste mercado no Brasil.
modernismo no Brasil apresentação 1.pptxcoletivoddois
O modernismo no Brasil foi um movimento artístico e cultural iniciado na Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo. Inspirado pelas vanguardas européias, questionou valores tradicionais e buscou uma identidade nacional brasileira. Foi dividido em três fases marcadas por experimentações estéticas e literárias e pela valorização da cultura popular.
O documento descreve o período pré-modernista e modernista no Brasil, incluindo características, autores e obras de cada movimento. O pré-modernismo marcou a transição entre o simbolismo e o modernismo, caracterizando-se por produções entre o início do século até 1922. Já o modernismo surgiu após a Semana de Arte Moderna de 1922, trazendo experimentações artísticas e ruptura com o tradicionalismo.
Pré-modernismo e mordenismo 1°geração.pptxEndelCosta1
O documento descreve o período pré-modernista e modernista no Brasil, apresentando características, autores e obras de cada um. O pré-modernismo marcou a transição entre o simbolismo e o modernismo, caracterizando-se por produções entre o início do século até 1922. Já o modernismo surgiu após a Semana de Arte Moderna de 1922, trazendo experimentações artísticas e ruptura com o tradicionalismo.
Tendências artísticas do pós segunda guerra nos eua eEd de Souza
O documento discute as principais tendências artísticas no pós-Segunda Guerra, com Paris perdendo protagonismo para Nova York. Após o conflito, os EUA passam a ditar os rumos da arte contemporânea, enquanto a URSS impunha o realismo socialista. As vanguardas abstratas americanas, como o expressionismo abstrato, emergiram em oposição ao figurativismo soviético.
O documento resume o modernismo no Brasil, incluindo sua origem na Semana de Arte Moderna de 1922, suas características como ruptura com o tradicionalismo e experimentação, e seus principais autores como Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade.
O documento descreve o Modernismo no Brasil, com foco na Semana de Arte Moderna de 1922. A Semana marcou a independência cultural do Brasil e trouxe ideias modernistas da Europa, rompendo com a estética acadêmica do passado. O Modernismo se espalhou pelo país nas décadas seguintes através de manifestos, revistas e novos artistas que buscavam uma identidade cultural brasileira.
O documento descreve as tendências culturais em Portugal no pós-guerra, entre o naturalismo e as vanguardas modernistas. O naturalismo permaneceu dominante nas primeiras décadas do século XX, apoiado pelo regime republicano e refletindo a sociedade ainda majoritariamente rural. O modernismo começou a surgir na década de 1910 de forma polémica, através de publicações como Orpheu e Portugal Futurista, e desenvolveu-se mais na década de 1920, influenciado por estilos como o expressionismo, cubismo e surrealismo. Artist
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo inaugura a primeira fase do modernismo brasileiro, rompendo com a arte tradicional.
2) Na época, o Brasil passava por crises sucessivas e revoltas, sob o governo repressivo de Artur Bernardes.
3) O modernismo se dividiu em diferentes movimentos após a Semana de Arte Moderna, como o Pau-Brasil, o Verde-Amarelo e o Antropofágico, defendendo visões diferentes sobre a identidade brasileira.
O documento discute a vanguarda brasileira, definindo sua origem no Salon des Refusés em Paris no século XIX e caracterizando-a por buscar o moderno, o nacionalismo e a valorização da cultura indígena brasileira. Explica que a vanguarda teve como objetivo renovar a arte e cultura brasileiras e que a Semana de Arte Moderna de 1922 marcou uma ruptura importante nessa direção.
As vanguardas europeias foram um movimento artístico-cultural que surgiu no início do século XX na Europa como resposta às mudanças políticas, sociais e tecnológicas do período. Abrangia diferentes movimentos como Expressionismo, Cubismo, Futurismo, Dadaísmo e Surrealismo que buscavam romper com a tradição e refletir a realidade de forma mais subjetiva. Paris foi o epicentro deste movimento.
O documento descreve o movimento artístico expressionismo, incluindo seu surgimento na Alemanha no final do século XIX em oposição ao impressionismo, enfatizando a subjetividade do artista. Detalha como o expressionismo influenciou várias artes como pintura, literatura e cinema, e destaca artistas expressionistas brasileiros como Candido Portinari, Anita Malfatti e Lasar Segall.
O documento resume a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, que marcou o início do modernismo no país. Aborda os principais artistas que participaram do evento e suas obras, assim como as influências das vanguardas européias. Também discute o legado deixado pelo movimento, como a valorização de uma arte e cultura brasileiras originais.
O documento resume a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, o movimento modernista brasileiro e suas principais figuras como Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari. Também aborda a arquitetura modernista de Niemeyer e a obra de Lina Bo Bardi no MASP.
O movimento Dadaísmo surgiu em 1915 na cidade neutra de Zurique durante a Primeira Guerra Mundial, liderado por poetas como Tristan Tzara e Hugo Ball. Os dadáistas rejeitavam todas as tradições artísticas e valorizavam o acaso e o absurdo, com o objetivo de chocar o público e libertar a imaginação. Apesar de sua curta duração, o movimento teve grande influência na arte do século 20.
A Geração de 1945 foi a terceira fase do Modernismo brasileiro, que se destacou por autores como João Cabral de Melo Neto e Clarice Lispector. O Concretismo surgiu em 1952 com a revista Noigandres e seus principais representantes foram Augusto de Campos, Décio Pignatari e Haroldo de Campos, que valorizaram a objetividade e o planejamento na arte.
A Semana de Arte Moderna de 1922 teve como objetivo renovar as artes brasileiras, trazendo influências modernistas europeias, mas criando uma arte essencialmente brasileira. Novos artistas como Mário de Andrade, Víctor Brecheret e Anita Malfatti apresentaram suas obras. A Semana causou grande polêmica na época conservadora, mas ajudou a libertar a arte brasileira da mera reprodução de padrões europeus.
O documento resume os principais aspectos do Modernismo brasileiro, incluindo suas três fases, principais autores e características. A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do movimento, que buscava a liberdade de expressão e o experimentalismo rompendo com o tradicionalismo literário anterior. O Modernismo influenciou diversas áreas além da literatura e foi dividido em três fases, tendo a geração de 45 como o marco do pós-modernismo no Brasil.
A arte contemporânea surgiu após a Segunda Guerra Mundial e valoriza a aproximação entre arte e vida, trazendo reflexões coletivas sobre política, gênero e desigualdades. Caracteriza-se pela liberdade artística, uso de novas tecnologias e materiais, e questionamento da definição de arte. No Brasil, destacaram-se movimentos como o Neoconcretismo e artistas como Hélio Oiticica e Lygia Clark.
O documento discute a arte moderna, começando no final do século XIX até meados dos anos 1950. A arte moderna representou uma nova abordagem que não se preocupava mais com a representação literal de objetos, e sim com novas visões e experimentação. Vários movimentos artísticos surgiram nesse período, como o fauvismo, cubismo e expressionismo. A arte moderna começou na Europa mas se espalhou para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O pós-modernismo rejeita a existência de qualquer verdade universal, questiona todas as cosmovisões e crê que nenhuma abordagem ou crença é mais "verdadeira" que outra. Para os pós-modernistas, a verdade é relativa ao indivíduo e nada é absoluto, incluindo a lógica, ciência, história e moralidade. Eles também acreditam que a realidade é apenas o que percebemos e que o homem não pode conhecer nada em um sentido absoluto.
O documento discute as vanguardas européias no início do século XX e sua influência no modernismo brasileiro. Apresenta o movimento futurista liderado por Marinetti que queria uma arte combativa e voltada para o futuro, o expressionismo alemão focado em sentimentos de horror e sofrimento, e o dadaísmo radical liderado por Tristan Tzara que pregava destruir tudo o que vinha antes para começar do zero. Analisa também a influência dessas vanguardas na obra de Mário de Andrade e no modernismo brasileiro.
Este documento fornece um resumo do Modernismo, contextualizando o movimento artístico e literário que surgiu no final do século XIX. Também aborda a chegada do Modernismo em Portugal no início do século XX, liderado por Fernando Pessoa e o grupo Orpheu. O documento inclui exemplos de artistas e obras modernistas.
O documento descreve o pintor surrealista Salvador Dalí, destacando suas obras bizarras e criativas que misturavam imagens oníricas com alta qualidade plástica. Também menciona sua personalidade excêntrica e sua morte em 1989 na Espanha devido a complicações de Parkinson.
El documento presenta una línea de tiempo de la historia del arte, dividiéndola en diferentes períodos como la Prehistoria, la Antigüedad, la Edad Media, la Edad Moderna y la Edad Contemporánea. Cada período incluye los principales estilos y artistas más representativos de cada época.
O documento resume os principais aspectos do surrealismo, incluindo seu contexto histórico no pós-guerra, definição, filosofia e categorias como artes plásticas, literatura, teatro e cinema. As artes plásticas são detalhadas com ênfase em artistas como Dalí, Magritte, Ernst e Picasso.
O documento descreve o movimento artístico surrealismo, incluindo seus objetivos de explorar o inconsciente e os sonhos, suas origens no início dos anos 1920 em Paris e influências do psicanalista Sigmund Freud. Líderes como André Breton usaram técnicas como o acaso objetivo para criar obras que combinam o representativo, abstrato e psicológico. Exemplos de artistas surrealistas como Dalí, Kush e Magritte são apresentados.
Este documento discute as conexões entre o escritor argentino Julio Cortázar e o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, especificamente no conto "Las babas del diablo" e no filme baseado nele. Explora como ambos trabalhos exploram o surrealismo e o fantástico de forma não tradicional, misturando elementos realistas e sobrenaturais de forma harmoniosa. Também analisa a influência da fotografia nessas obras e como Cortázar via analogias entre contos, fotografia e cinema.
O rosto surrealista_do_brasil_contemporaneo_analise_historica_a_partir_da_obr...Equipemundi2014
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado que analisa o contexto social e cultural da cidade de São Paulo a partir da obra do poeta surrealista brasileiro Roberto Piva. A pesquisa explora como os poemas de Piva, influenciados pelo surrealismo, refletem temas da cidade como arquitetura, cultura e relações sociais durante a segunda metade do século XX.
O documento discute as relações entre o cineasta Jean Rouch e o movimento surrealista. Aponta que Rouch foi influenciado pelas ideias surrealistas de explorar o acaso, sonhos e imaginação em seus filmes. No entanto, seus filmes não utilizam as famosas imagens surrealistas de desnaturalizar a vida cotidiana, mas criam outro tipo de imagem surrealista. O texto também analisa como dois filmes de Rouch, La Punition e Gare du Nord, dialogam com as ideias surrealistas.
Benjamin peret-surrealista-brasil-jean-puyadeEquipemundi2014
O documento descreve a trajetória do poeta surrealista francês Benjamin Péret, que viveu no Brasil entre 1929-1931. Ele era um membro radical do grupo surrealista que acreditava na necessidade de transformar a vida e a sociedade. Quando chegou ao Brasil aos 30 anos, Péret já tinha uma visão de mundo formada pelo seu envolvimento no movimento surrealista e sua experiência na Primeira Guerra Mundial. No Brasil, ele se abriu para novas experiências, mas permaneceu isolado artisticamente, devido ao seu compromisso com o surre
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
Este documento analisa o romance "A Torre da Barbela", do escritor português Ruben A., relacionando-o com o debate entre o Neo-Realismo e o Surrealismo na literatura portuguesa da década de 1950. O documento explica como a obra de Ruben A. se aproxima dos ideais surrealistas de liberdade criativa e primazia da imaginação em vez dos princípios realistas do Neo-Realismo. A narrativa fantástica de "A Torre da Barbela" é interpretada como uma crítica à imagem ideal
1) O documento discute a parceria entre o cineasta Alfred Hitchcock e o pintor surrealista Salvador Dalí no filme Spellbound (1945), especificamente na criação de uma sequência onírica.
2) A sequência onírica criada por Dalí incorpora características-chave do surrealismo como o sonho, o olho, a psicanálise e o erotismo.
3) Infelizmente, partes da sequência criada por Dalí foram cortadas pelo produtor contra a vontade de Hitchcock.
O documento descreve a história do rádio, desde suas descobertas iniciais por Hertz e Landell de Moura na década de 1880 até sua popularização nos dias atuais. Detalha os marcos do desenvolvimento do rádio como a primeira transmissão de voz por Landell de Moura em 1893 e a fundação da primeira emissora brasileira por Roquette Pinto e Morize em 1923. Aponta também que o rádio ainda é o meio de comunicação mais acessível, presente em 98% dos lares brasileiros.
O documento discute os conceitos de mídia, meios de comunicação e veículos. Apresenta detalhes sobre o departamento de mídia de uma agência, incluindo suas funções. Também fornece informações sobre jornais, revistas e propaganda ao ar livre como veículos de mídia.
O documento descreve a evolução das comunicações ao longo da história, desde as pinturas rupestres dos povos primitivos até as modernas formas de comunicação como televisão, rádio e telefone. Começou com sinais de fumo e sons, depois pombos-correio e mensageiros a cavalo, até a invenção da escrita e impressão que revolucionaram a comunicação.
A evolução da publicidade e o rádio no brasilEquipemundi2014
O documento descreve a evolução da publicidade no rádio brasileiro entre 1922 e 1990, dividido em 4 etapas: 1) 1922-1930, quando foram descobertos os primeiros formatos de anúncio; 2) 1930-1960, período de expansão e consolidação dos investimentos publicitários no rádio; 3) 1960-1980, quando o rádio sofreu mudanças devido à presença crescente da televisão; 4) a partir de 1980, com a transição para um novo modelo de mercado.
O documento descreve o movimento artístico do Realismo, que predominou na segunda metade do século XIX. Caracterizou-se pela objetividade e representação fiel da realidade, sem idealizações. Na pintura, artistas como Courbet e Millet buscavam retratar cenas e pessoas comuns de forma minuciosa. Na arquitetura, surgiam novos estilos para atender às necessidades das cidades industrializadas. A escultura também priorizava temas contemporâneos.
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Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
A posição social do artista
1. 1
A posição social do artista no movimento Neo-realista em
Portugal: artigos de Júlio Pomar e Lima de Freitas na
Revista Vértice nas décadas de 40 e 50
Luciane Viana Barros Páscoa1
Resumo:
Os pintores Júlio Pomar e Lima de Freitas participaram do movimento Neo-realista em Portugal não
somente com sua obra plástica, mas com frequentes artigos em que defendiam uma postura do artista
frente aos problemas sociais de seu tempo. Muitos de seus escritos pertencem à Revista Vértice,
especialmente dos anos 40 e 50, fase em que o periódico foi um porta-voz do movimento artístico,
uma das épocas mais duras da ditadura salazarista, a que muitos artistas reagiram buscando a
valorização estética de elemento sociais e humanistas. O resultado disto foi um sentido revolucionário
no âmbito do Estado Novo. As experiências pessoais e poéticas destes artistas foram estimuladas por
uma visão crítica do materialismo histórico.
Palavras-chave: arte portuguesa; neo-realismo; século XX.
O movimento Neo-realista em Portugal despontou a partir de 1935 no âmbito
literário com um artigo de Álvaro Salema publicado no semanário de literatura e crítica
intitulado Gládio. Tratava-se de O antiburguesismo da cultura nova, que se tornou referência
clássica pela atitude pioneira e pelo seu esclarecimento ideológico sobre a concepção de uma
nova «arte social e humanista» (DIAS, 1996, p.59). Em abril de 1939, Álvaro Cunhal já
havia definido sistematicamente o Neo-Realismo artístico nas páginas de O Diabo, vendo nele
a expressão de uma tendência histórica progressista. Afirmou que a arte deveria «exprimir a
realidade viva e humana de uma época», e que «formas novas podem conter um significado
velho e formas velhas, ainda que excepcionalmente podem conter um significado moderno e
progressista»(Idem, p.139). Configurava-se para os neo-realistas que o conteúdo era mais
importante que a forma, e que como artistas, deveriam estar empenhados com os problemas
sociais de seu tempo.
Dentre os artistas surgidos nos anos do pós-guerra e comprometidos com uma arte
que levasse ao povo uma mensagem de solidariedade, estavam Júlio Pomar (n.1926) e Lima
1
Doutora em História Cultural pela Universidade do Porto. É professora do curso de música da UEA, onde
ministras as disciplinas Estética e História da Arte I e II, Filosofia da Arte e Técnicas de Expressão Vocal e
Canto Coral I, II e III.
2. 2
de Freitas (1927-1998). Colaboraram freqüentemente com revistas, periódicos e suplementos
literários de arte e cultura, como teóricos ativistas do movimento Neo-realista em Portugal.
Muitos de seus escritos pertenciam à Revista Vértice, especialmente dos anos 40 e 50, fase em
que o periódico foi um porta-voz do movimento artístico, num dos momentos mais duros da
ditadura salazarista, a que muitos artistas reagiram buscando a valorização estética de
elementos sociais e humanistas.
Na obra pictórica de Júlio Pomar, prevaleceram temas que se tornaram ícones do
Neo-Realismo: camponeses na colheita do arroz, proletários, pescadores, o homem e sua
condição, revelando a influência recebida de Abel Salazar2
, dos muralistas mexicanos3
e do
pintor brasileiro Cândido Portinari4
. Lima de Freitas, desenhista minucioso, recuperou uma
tradição formal realista e foi membro do Partido Comunista Português, destacando-se como
um dos artistas mais comprometidos com a causa social. Manteve-se zhdanovista quando no
âmbito dos intelectuais comunistas portugueses surgiu a querela sobre a política soviética e o
realismo socialista.(GONÇALVES, 2001, p.187)
Muitos neo-realistas integraram o Partido Comunista Português, que se
encontrava na clandestinidade. Como a discussão dos princípios e das intenções no
movimento neo-realista não se processaram livremente, mas através das revistas e jornais
artísticos e literários, o momento foi fértil em debates estéticos e políticos. Os artigos de Júlio
Pomar e de Lima de Freitas podem ser apreciados em dois âmbitos: um estético e outro
crítico. No primeiro, os autores defendem sua posição ideológica e seu comprometimento
com os pressupostos teóricos do Neo-realismo; no segundo, atuam como críticos de arte e
mediadores das exposições, sem deixar de lado a intenção de aproximar arte e público. O
objetivo maior era que a arte proporcionasse uma transformação social.
2
Abel Salazar (1889-1946) era médico, professor universitário e cientista. Dividiu seus afazeres com a atuação
de artista-amador, também escrevendo artigos teóricos em que ligava as artes e as ciências a uma causa social.
Gozava de grande prestígio entre os neo-realistas, que consideravam-no uma espécie de precursor. Foi
perseguido por motivos políticos, de vez que abordava em seu discurso temática dedicada às mulheres
trabalhadoras e às questões sociais sufocadas pela orientação do regime ou pelo conservadorismo que o apoiava.
Como resultado disso tornou-se um ícone para os jovens neo-realistas e seu exemplo de homem trabalhador-
artista-intelectual com preocupações humanistas e consciência social parece ter multiplicado inspirações na
atmosfera neo-realista.
3
Nas artes plásticas as influências dos neo-realistas e seus simpatizantes vinham do México através das obras
muralistas de José Clemente Orozco, Diego Rivera e David Alfaro Siqueiros, e também do Brasil, através do
pintor Cândido Portinari e dos romancistas Jorge Amado e Graciliano Ramos.
4
Cândido Portinari foi de modo geral admirado e bem recebido no meio artístico português, independente de sua
filiação estética, conforme se verifica nas seguintes fontes: PEDRO, A. Cândido Portinari. Mundo Literário, nº
4. Lisboa, 1 de junho de 1946, p.6.; DIONÍSIO, M, Portinari, pintor de camponeses, Vértice, nºs 30 - 35, volume
12. Coimbra, Maio de 1946.; DIONÍSIO, M. Portinari e Ferreira de Castro. Vértice, nº147, volume 15. Coimbra,
dezembro de 1955, p.736-737.; NAMORADO, J. Cândido Portinari, Paris, 1946. Vértice, nº 43, volume 3.
Coimbra, janeiro de 1947, pp. 192-200.
3. 3
Lima de Freitas em seu artigo «O Realismo na Pintura»(FREITAS, 1955, vol.
142, p.387-391), conceituou o termo Realismo, definindo o seu significado na pintura.
Ressaltou inicialmente que existia uma escolha de temas, os temas reais, e nisto residia um
subjetivismo. Exemplificou este conceito com a pintura de paisagem de Brueghel, que
buscava «o drama humano no meio natural» (Idem, p.387). Comparou Corot, Cézanne e
Turner, sobre o modo como estes artistas faziam a pintura de paisagem, provocando em
seguida a pergunta sobre qual deles seria o mais realista, respondendo que cada um é realista a
seu modo, porque nenhum se dissociou da realidade:
A história mostra-nos que cada nova escolha surge segundo circunstâncias
que não são fortuitas. Por vezes, são o fruto de uma lenta preparação, outras
vezes irrompem sem antecedentes artísticos evidentes mas em concordância
com estímulos históricos, de ordem social, técnica e até mesmo política.
Muitas vezes os artistas obreiros de tais inovações são inconscientes e
ignoram os motivos profundos que os levaram a buscar isto em vez daquilo.
Picasso, por exemplo, disse em 1923 que não procurava, encontrava;
embora em 1935 incitasse os jovens a aproveitar as suas investigações.
Outras vezes os artistas são conscientes e conhecem as forças que os
impulsionam; Goya, por exemplo, sabia bem o que queria e em que chão
mergulhava as suas raízes. (Idem, p.388).
Nota-se aqui que Lima de Freitas estabelece uma distinção entre o artista que
está consciente ideologicamente e aquele que se mantém despreocupado. Cabe mencionar que
este confronto ideológico (e com o ideológico) foi assumido pelos neo-realistas, que estavam
fundamentados pelo Marxismo-Leninismo ou pelo Socialismo Marxista, que era bem
diferente do Socialismo Burguês do século XIX, o da Geração de 1870. Este último era
sensível às injustiças sociais e tinha por influência o socialismo de Proudhon, mas seus
integrantes repudiavam qualquer ação revolucionária, e em sua concepção o socialismo
burguês estaria comprometido com o capitalismo. A partir, porém, da instauração do Estado
Novo, as preocupações sociais e políticas erguidas no princípio de século XX acabaram por
demonstrar a fragilidade dos fundamentos ideológicos das forças político-sociais tradicionais
na oposição ao fascismo. Observa-se então que as duas primeiras gerações do modernismo
português estavam desinteressadas dos acontecimentos históricos nacionais ou mundiais,
colocando-se numa posição de alheamento. Foi somente na terceira geração modernista,
nomeadamente a dos neo-realistas, que ficou demonstrada uma preocupação social.
4. 4
Neste momento de crise, urgia que o artista tomasse uma atitude consciente e
que se posicionasse ideologicamente. O não-comprometimento político era mal visto no meio
intelectual, principalmente num momento em que crescia a repressão e a perseguição. O
esforço realizado em direção ao realismo na pintura mostrava duas preocupações por parte do
autor: o afastamento da arte da vida e a valorização excessiva das inovações formais. Lima de
Freitas acreditava na existência de uma arte de tendência anti-realista, que se detinha em
descobertas formais que não possuíam qualquer utilidade. Serviam apenas quando eram
postas em benefício das necessidades humanas:
Só na medida em que as descobertas formais são postas ao serviço de uma
arte generosa e viva é que se mostram úteis, oportunas e às vezes
indispensáveis. Isto não quer dizer que as descobertas formais sejam um
exclusivo da arte não realista, muito pelo contrário: quer somente dizer que
as formas de arte opostas ao realismo também podem proporcionar
descobertas, embora sempre limitadas e particulares. (Idem, 390)
Assim, considerava também que não existiam apenas as descobertas formais:
elas implicavam em introdução de métodos e idéias que ultrapassavam o domínio da forma
pura. No momento em questão, afirmou que todo o esforço em direção ao realismo era difícil,
pois a sociedade estava saindo de um período em que a arte estava distante da vida dos
homens e que agora desejava retomar o contato com eles. Para o autor, o Neo-realismo
artístico absorvia antigas leis e criava novas leis mais gerais e mais amplas: «novas regras
ditadas por necessidades mais vastas, frutos dos novos horizontes da vida humana que a arte
tem de exprimir mergulhando profundamente no nosso tempo, onde o futuro já está contido.»
(Idem, p.391)
As relações entre arte e público e a excessiva valorização da técnica e da forma em
detrimento ao tema e ao conteúdo da obra plástica já inquietavam Lima de Freitas em 1951,
ano em que escreveu o artigo «Caminhos e Crise da Pintura Moderna»(FREITAS, 1951,
vol.11, p.717-724). Considerava que o fenômeno do afastamento entre arte e público no seu
tempo explicava-se por dois fatores: a reclusão do artista e a ignorância do público diante das
novas estéticas.
Para ele, a arte moderna atravessava uma crise profunda que era ocasionada em
parte pela incompreensão do público, que estava alheio às preocupações do artista. Este por
sua vez, isolava-se cada vez mais em sua torre de marfim, passando a criar obras para seu
5. 5
exclusivo prazer pessoal. O autor constatou que já havia divergências entre arte e público
desde o final do século XIX:
Esboçou-se com o impressionismo, agravou-se com o fauvismo, o cubismo,
o expressionismo, culminou quiçá com os dadaístas, os surrealistas e
abstracionistas. A história do afastamento recíproco e crescente do público e
da arte moderna é a história da Escola de Paris, dos seus escândalos e das
suas transformações. (Idem, p.718)
A preocupação demasiada com a pesquisa formal levou os artistas da Escola de
Paris a colocarem em segundo plano a «significação do discurso pictural», ou melhor, deixou
de lado o tema na pintura, que para Lima de Freitas sempre foi o traço de união que liga o
artista ao meio em que vive: «Assiste-se pois, à negação e destruição do tema (que os
surrealistas, em especial, reduzem a escombros) e à orientação quase exclusiva para a
investigação técnica, laboratorial» (Ibidem).
Neste sentido, o autor explica que em vários períodos da história da pintura foi
exercida uma investigação técnico-formal. Em seguida ele questiona em que sentido os
artistas modernos são técnicos. Para ele, o exercício puro da técnica era vazio e alienante,
porém, o tema era o veículo do conteúdo:
Todo o esforço anterior para eliminar o tema estava errado, porque extrair
um tema a uma obra de arte e mantê-la como tal, é o mesmo que tirar a vida
a um ser mantendo-o vivo. O que importa não é ressuscitar o tema (ele
nunca morreu); o que importa é tomar consciência da sua necessidade e da
sua importância categórica; é escolhê-lo e amá-lo, realizá-lo com toda
energia, com todo instinto, com toda a lógica. É criá-lo a partir do homem
para o homem; é procurar o homem, numa palavra e para dizer tudo.
(Ibidem)
A aproximação entre arte e público poderia ser efetuada a partir da recuperação do
conteúdo humanista nas obras. Lima de Freitas argumentava que era necessário que o artista
estivesse conectado ao seu tempo. Desse modo, o autor reafirmou alguns princípios teóricos
do Neo-realismo, pois este movimento via o fenômeno literário e artístico como instrumento
de análise e correção de existência do homem social e pretendia que a missão do artista-
6. 6
intelectual fosse cumprida através de uma sintonização ao exterior circundante. (REIS, 1983,
p.59 e 221)
A preocupação de Lima de Freitas com o conteúdo das obras plásticas e seu
comprometimento com temas de cunho social e realista, também estava presente em seus
artigos de crítica. Numa crítica publicada em maio de 1950, o autor traçou o perfil do Salão
da Primavera promovido pela Sociedade Nacional de Belas Artes, marcado por uma
orientação acadêmica e oficial:
Dir-se-ia que os diversos salões eram sempre uma mesma exposição onde
apenas a posição dos quadros tivesse mudado. E na verdade, de repetição se
tratava, pois os pintores habituais nada mais faziam (e fazem ainda) que
servir-se eternamente de meia dúzia de receitas de cozinha, de meia dúzia
de temas, de meia dúzia de efeitos e com esses ingrediente recompor de
cada vez, a mesma papa de sabor garantido e clientela fiel. (FREITAS,
1950, vol 9, p.324)
Apesar da presença da pintura acadêmica, o Salão da Primavera já apresentava um
certo rejuvenescimento para Lima de Freitas. Esta renovação foi atribuída às experiências
«dos que almejam a justa expressão realista de um novo conteúdo humano, as experiências
abstracionistas e surrealistas, as experiências daqueles que, aceitando a influência mais ou
menos autoritária de alguns mestres da Escola de Paris, procuram uma verdade pictórica mais
densa» (Idem). Destacava neste sentido, a obra de Querubim Lapa, Navarro Hogan, Júlio
Pomar, Arlindo Vicente, Mário Dionísio, Avelino Cunhal, Nuno San Payo, Maria Barreira,
Vasco da Conceição, Jorge Vieira e Lagoa Henriques, que com valores, experiências e
responsabilidades diferentes, estavam unidos pela vontade comum de renovar a pintura
portuguesa. Com um humor pungente, estabeleceu o contraste das obras destes jovens artistas
com o que considerava habitual nos salões da Primavera: «marinhas alternando com vasos de
flores, vasos de flores alternando com abóboras, abóboras alternando com retratos de meninas
chics , tudo isso ricamente emoldurado com dourados e trabalhos de talha, e assinados por
nomes cheios de medalhas e menções» (Idem, p.325).
Já em uma crítica da VI Exposição Geral de Artes Plásticas (1951), Lima de
Freitas reservou um alerta para os jovens pintores, escultores e desenhadores: que não
deixassem arrefecer o fogo e a exaltação interior em relação às questões socias e que não
permitissem que o sentimentalismo e o lirismo exacerbado ofuscassem a «realidade brutal e
7. 7
impetuosa das coisas e dos homens»(FREITAS, 1951, vol.11, p.319). Um paralelo entre o
conteúdo realista e a função da técnica na obra de arte foi habilmente abordado numa crítica
executada na ocasião da Exposição de Gravura Francesa Contemporânea, realizada no Palácio
Foz em Lisboa, em 1953. O autor questionava o virtuosismo técnico, a experimentação sem
objetivo, e depois perguntava: «Mas onde estão os homens?» (FREITAS, 1953, vol.13,
p.184). A ausência relativa do conteúdo humano o afligia:
Não será descabido, todavia, falar de insatisfação, ao verificar que os
artistas franceses, especialmente os mais novos, andam ainda tão distraídos
dos problemas fundamentais, tão afastados da saída mais provável, mais
razoável, por certo mais difícil, do labirinto que vagueiam. Esse labirinto
tece-se de exclusivas preocupações formais, de ensaios estilísticos, de
originalidade à força, de rebuscamentos fatigantes, do culto cego de certos
mitos.(Idem)
Em reação a uma entrevista de Cândido Portinari transcrita do Jornal de Letras do
Rio de Janeiro para a Revista Vértice em dezembro de 1952 (COCHOFEL, p.692-693), Lima
de Freitas escreveu uma carta aberta ao artista brasileiro em 1953, questionando suas
intenções estéticas. Portinari emitira em entrevista prévia algumas afirmações pouco
convincentes sobre os fundamentos da orientação realista de seu trabalho. Tais declarações
sugeriram uma interpretação contrária ao sentido renovador e social que identificava a sua
obra. Isto causou um choque em Lima de Freitas, que como outros jovens artistas portugueses
neo-realistas, haviam se inspirado na obra de Portinari. Elaborou então as seguintes questões:
(...)o pintor nunca pensa no tema, no significado e no conteúdo?;(...) poderá
um conteúdo realista ser expresso por formas abstratas? Quando pintou os
Retirantes , de onde partiu? De uma concepção abstrata ou a partir do
conhecimento real do drama dos camponeses do Nordeste?; (...) não será
uma proposição metafísica afirmar que quem tem técnica sempre pinta
bem , na medida em que considera a técnica independente do objeto, na
medida em que separa a forma do conteúdo?; (...) não achará Portinari que,
depois da experiência dos muralistas mexicanos, depois de sua própria
experiência, a igualdade Arte Moderna = Escola de Paris tem um sentido
obscuro e limitado?; (...) diz Portinari que queimaria a maioria dos seus
quadros anteriores. Porque renega a atitude realista que os ditou? Ou
8. 8
porque, mantendo a mesma atitude realista, considera a sua produção antiga
insuficientemente expressiva dessa atitude? É esta afirmação um passo em
frente no caminho do realismo, ou um passo à retaguarda? (FREITAS,
1953, vol.13, p.372-373)
Para Lima de Freitas, as considerações de Portinari foram impensadas, sem
consciência do impacto que uma atitude descompromissada com o conteúdo ideológico de
suas obras pudesse causar. Neste sentido é possível evocar as palavras elucidativas de Raul
Gomes que, no campo das discussões estéticas do Neo-realismo, fez em 1944 uma distinção
entre o Neo-realismo português e o Neo-realismo brasileiro: a) O Neo-realismo em Portugal
foi produto de um esforço intelectual e teve que se confrontar com uma disciplina rígida e
conservadora, enquanto que o surgimento do Neo-realismo brasileiro teve condições externas
favoráveis para um desabrochar espontâneo. b) Em Portugal, houve a necessidade de
teorização e de conscientização do movimento, que possui a inspiração de escola , que
resultou de uma prévia preparação ideológica de seus cultores, uma literatura de tese. Já o
Neo-realismo no Brasil manifestou-se com uma quase inconsciência ideológica de caráter
sentimental, dada a mencionada espontaneidade. c) Em Portugal, ele surgiu em meio à crise
econômico-social européia, resultante de uma luta de classes de caráter social. O Neo-
realismo brasileiro surgiu num contexto de crise de crescimento sócio-econômico, tornando-
se o porta-voz das manifestações de um novo sistema histórico. (GOMES, 1944, p.261-262)
Diante desta comparação do Neo-realismo literário, é possível traçar um paralelo
com seu desdobramento artístico, e no caso específico de Portinari, deve-se considerar a
possibilidade de uma inconsciência ideológica de caráter sentimental. Vale lembrar que a
posição de Portinari na arte brasileira no início dos anos 50 era bastante controvertida, pois o
artista recebia grande pressão por parte dos artistas e dos críticos ligados ao movimento
concretista. (PÁSCOA, 1997, p.12)5
Júlio Pomar por sua vez também deteve-se na conceituação e no debate sobre a
arte neo-realista. Para ele, o Neo-realismo buscava uma intervenção mais eficaz na realidade,
além de oferecer novas propostas para uma vida melhor. Desse modo, o artista neo-realista
deveria agir como um homem comum, como um militante entre vários que luta por uma
sociedade mais justa. A experiência e o contato com a realidade importavam tanto quanto a
5
O ambiente artístico no Brasil em meados dos anos 50, era dominado pela figura de Cândido Portinari,
consagrado pela crítica a ponto de ser considerado um referencial estético: haviam expressões como
portinarismo e antiportinarismo , que serviam para identificar trabalhos de outros autores naquela época. Os
adeptos do movimento da arte concreta estabeleceram forte oposição à Portinari e ao significado conferido à sua
obra, especificamente a consolidação do modernismo no Brasil.
9. 9
teoria, pois só assim, a arte poderia se tornar uma ferramenta para a construção do futuro.
Reivindicava do artista um posicionamento efetivo e consciente com relação aos problemas
do presente, e é neste sentido que ele efetua uma apreciação inovadora da obra de Abel
Salazar, pelas páginas da Vértice.
Tratando do significado da obra plástica de Abel Salazar num artigo de 1947,
intitulado «Abel Salazar, artista», Júlio Pomar procurou situar o lugar deste personagem no
panorama contemporâneo da arte portuguesa, verificando quais lições se poderia dela
tirar.(POMAR, 1947, vol.3) Logo advertiu que na obra de Abel Salazar não se deparava com
um conjunto coerente, elemento que causou opiniões contraditórias da crítica. Segundo
Pomar, quando uma obra era analisada, deveria-se atentar para as suas raízes, para a intenção
e para o objetivo do artista. Desse modo, ele identificava que na obra de Abel Salazar havia
dois aspectos fundamentais: a necessidade de expressão e de confidência do artista e
comparava sua obra às páginas de um diário, com intempestivos relatos de emoção e de uma
visão íntima do mundo.
Um outro aspecto chamou a atenção de Pomar para o elemento que aproxima Abel
Salazar do Neo-realismo: a vida e a luta do povo. Afirmava que esta não era apenas uma
afinidade temática, mas uma convicção do artista:
Para Abel Salazar o povo não era o modelo, que é sucetível de ser trocado
por outro: era a verdade que tinha de ser dita, não importa como, e por todos
os meios, era a palavra de ordem nascida do contato com a vida despida de
mistificações. Eis o que o faz distanciar-se realmente da toada geral da arte
portuguesa do tempo em que viveu, para o colocar como o anunciador do
encontro e da identificação com o povo, característica fundamental da
jovem pintura. (Idem, p.261)
Para Júlio Pomar, uma obra poderia ser considerada neo-realista na medida em que
representasse o conteúdo humano e suas contradições: «para a arte, não basta a função de
interpretar a vida, mas ela pode e deve ir mais longe, e tornar-se uma arma ao serviço das
forças que a transformarão» (Idem). Para ele, Abel Salazar tinha uma posição inequívoca,
coerente, e esta posição que o ligou ao povo, posteriormente o ligaria à história dos
movimentos artísticos contemporâneos.
Segundo Pomar, o artista não retratava apenas o mundo, ele o fazia com sua carga
ideológica e isto o vinculava ao meio. Este aspecto social da arte foi abordado no artigo
10. 10
intitulado «A Escola de Paris e a França Viva», no qual escreveu que «a arte age sempre
como espelho da vida (embora não só como espelho); nela se refletem os combates e as
alianças entre as forças materiais e as forças ideológicas que se sucedem na vida» (POMAR,
1946, vol.3, p.48). Neste sentido, o autor comentou que o artista não poderia assumir uma
posição fora da luta e do tempo, pois os que se diziam imparciais, limitavam-se a disfarçar a
sua real política oportunista. Não havia, portanto, confusão da arte com política, mas a
exigência do papel político do artista com suas obras. Pomar reconheceu que a Escola de Paris
era um produto típico da crise histórica da arte moderna, pela tentativa de se afastar da
realidade:
A arte exprime sempre uma concepção da realidade. Se a realidade é o
centro em torno do qual toda a arte gravita, a proximidade, ou o afastamento
em que estão uma da outra, dá-nos a medida em que a sociedade que a
gerou domina ou se deixa dominar pelos acontecimentos, queda embalada
pelo que já adquiriu, ou se lança convictamente a novas conquistas.(Idem,
p.49)
Júlio Pomar constatou que na primeira metade do século XX, coexistiam diversas
noções de realidade e isso exemplificava a crise da arte moderna, que surgiu em meio à crise
do conceito de progresso e do racionalismo científico-tecnológico impulsionado pela Segunda
Revolução Industrial. Como consequência disso, emergiram várias correntes artísticas que
alimentaram uma aversão pelo real (Cubismo, Surrealismo, Dadaísmo), e desse modo a arte
moderna se limitou num círculo restrito, por ter se afastado do conteúdo humanista.
Segundo o autor, a renovação na arte portuguesa estava firmada sobre o retorno do
conteúdo social: «sobre as experiências particulares de cada um, pode talvez dizer-se que esta
renovação se orienta, de um modo geral, no sentido de uma aproximação, ou de uma
redescoberta do real, na valorização da presença humana» (POMAR, 1953, vol.13, p.504). Os
artistas que Pomar considerava responsáveis pela recuperação do elemento humano na pintura
portuguesa eram: João Navarro Hogan, Augusto Gomes, Querubim Lapa, Lima de Freitas,
Manuel Ribeiro de Pavia, Cipriano Dourado, Rogério Ribeiro, Nuno San Payo e Avelino
Cunhal.
No ensaio crítico sobre o pintor Augusto Gomes (POMAR, 1953, vol.13, p.347-
349), Júlio Pomar consolidava seu ideário estético, ao identificar neste artista uma renovação
pictural derivada de um contato fecundo com a realidade, pela tentativa de integração com seu
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tempo, de travar um contato com sua terra e sua gente: «Pinto gente do povo, sobretudo
mulheres. É o elemento feminino que mais sobressai aqui no Norte. O Norte é, em muito,
feito à custa de mulheres»(Idem, p. 349). A necessidade de renovação na pintura portuguesa
foi tema corrente em outros artigos de Júlio Pomar, tais como as críticas sobre a 5ª Exposição
Geral de Artes Plásticas e a 7ª Exposição Geral de Artes Plásticas (POMAR, 1953, p.327).
Para Júlio Pomar, não era suficiente que os artistas neo-realistas abordassem em
suas obras as dificuldades do cotidiano popular, pois acreditava que era preciso colocar a arte
ao alcance do povo. Neste sentido, Pomar afirmava que o pintor neo-realista deveria optar
pela pintura mural, pois só assim atingiria um número maior de pessoas. Esta seria uma das
tarefas do artista comprometido com o presente. Em ao menos dois artigos publicados na
Revista Mundo Literário (POMAR, 1946, nº24; 1947, nº48), ele argumentava que o público
frequentador das exposições vinha a ser, de um modo geral, o mesmo que lia os romancistas
ou os poetas. Para ele, além da pintura mural, outros meios técnicos de reprodução (a gravura,
por exemplo) deveriam ser reabilitados. Lima de Freitas que também exaltara a pintura mural,
chegava mesmo a considera-la o suporte mais nobre da pintura. Esta valorização do artista
como mediador, é decorrente do materialismo histórico, pois considera-se neste âmbito que a
arte acelera a tomada de consciência (PITA, 2003).
Neste conjunto de artigos de Lima de Freitas e Júlio Pomar, destacam-se a
preocupação com o conteúdo humano na obra de arte - que não é feita apenas de descobertas
formais, e os debates sobre o comprometimento ideológico do artista frente ao seu tempo.
Estes artistas viam-se compelidos a oferecer justificativa de suas escolhas estético-artísticas,
com profundidade ideológica, ao mesmo tempo que desempenharam uma crítica orientadora,
segundo tais elementos neo-realistas.
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