Este documento discute as contribuições do modernismo brasileiro para a literatura e crítica do país. O modernismo trouxe uma ruptura estética que refletia as transformações sociais da época e criou uma literatura moderna e nacional. Isso incluiu uma nova consciência da criação literária e do coletivo na produção artística. O movimento também estimulou o debate crítico sobre a identidade e problemas brasileiros.
O documento discute conceitos como implícitos, pressupostos, subentendidos, ambiguidade, denotação e conotação. Apresenta exemplos para ilustrar cada um destes conceitos, destacando as diferenças entre eles e como influenciam na interpretação de textos.
O texto descreve os principais tipos de textos expositivos, incluindo suas características e recursos. Textos expositivos apresentam informações sobre um assunto específico de forma objetiva, descritiva e enumerativa para esclarecer o tema central. Quando o assunto é novo ou polêmico, o texto deve fornecer o maior número possível de detalhes e perspectivas. Textos expositivos comumente usam informação, descrição, definição, enumeração, comparação e contraste para transmitir conhecimento de forma clara.
Este documento discute estratégias argumentativas e fornece exemplos de técnicas argumentativas como argumentação por exemplos, ilustrações, analogia, comparação, estatística e critérios para construção de bons argumentos como aceitabilidade, relevância, suficiência e refutabilidade. Também conta a história de um orador que fez um discurso improvisado para um público em um asilo.
Aula de redacao texto dissert.-argumentativodoryoliveira
O documento discute os elementos essenciais de um texto dissertativo, incluindo sua estrutura em introdução, desenvolvimento e conclusão, além de técnicas de argumentação como citações, senso comum, evidências e raciocínio lógico.
O artigo apresenta um resumo dos principais métodos para sustentabilidade descritos na literatura, realizando uma revisão e síntese conceitual de 12 métodos diferentes. O texto descreve o método de pesquisa utilizado, faz uma revisão de cada método analisando conceitos-chave e finaliza com uma síntese comparativa entre os métodos mapeados.
Memórias literárias são textos que rememoram o passado usando linguagem cuidadosamente escolhida. Eles descrevem experiências vividas pelo autor no passado, contadas no presente, geralmente em primeira pessoa. As memórias caracterizam-se por comparações entre passado e presente, uso de verbos no pretérito para situar os fatos no tempo, e referências a objetos, lugares e modos de vida do passado.
O documento define resenha como um texto de opinião que avalia objetos socioculturais como livros, filmes e espetáculos. Uma resenha tem duas partes, com um resumo da obra e depois uma crítica do resenhista. Há diferentes tipos de resenhas, como informativas, críticas ou crítico-informativas. Uma boa resenha requer conhecimento da obra, competência na área, capacidade de juízo e fidelidade aos pensamentos do autor.
O documento discute conceitos como implícitos, pressupostos, subentendidos, ambiguidade, denotação e conotação. Apresenta exemplos para ilustrar cada um destes conceitos, destacando as diferenças entre eles e como influenciam na interpretação de textos.
O texto descreve os principais tipos de textos expositivos, incluindo suas características e recursos. Textos expositivos apresentam informações sobre um assunto específico de forma objetiva, descritiva e enumerativa para esclarecer o tema central. Quando o assunto é novo ou polêmico, o texto deve fornecer o maior número possível de detalhes e perspectivas. Textos expositivos comumente usam informação, descrição, definição, enumeração, comparação e contraste para transmitir conhecimento de forma clara.
Este documento discute estratégias argumentativas e fornece exemplos de técnicas argumentativas como argumentação por exemplos, ilustrações, analogia, comparação, estatística e critérios para construção de bons argumentos como aceitabilidade, relevância, suficiência e refutabilidade. Também conta a história de um orador que fez um discurso improvisado para um público em um asilo.
Aula de redacao texto dissert.-argumentativodoryoliveira
O documento discute os elementos essenciais de um texto dissertativo, incluindo sua estrutura em introdução, desenvolvimento e conclusão, além de técnicas de argumentação como citações, senso comum, evidências e raciocínio lógico.
O artigo apresenta um resumo dos principais métodos para sustentabilidade descritos na literatura, realizando uma revisão e síntese conceitual de 12 métodos diferentes. O texto descreve o método de pesquisa utilizado, faz uma revisão de cada método analisando conceitos-chave e finaliza com uma síntese comparativa entre os métodos mapeados.
Memórias literárias são textos que rememoram o passado usando linguagem cuidadosamente escolhida. Eles descrevem experiências vividas pelo autor no passado, contadas no presente, geralmente em primeira pessoa. As memórias caracterizam-se por comparações entre passado e presente, uso de verbos no pretérito para situar os fatos no tempo, e referências a objetos, lugares e modos de vida do passado.
O documento define resenha como um texto de opinião que avalia objetos socioculturais como livros, filmes e espetáculos. Uma resenha tem duas partes, com um resumo da obra e depois uma crítica do resenhista. Há diferentes tipos de resenhas, como informativas, críticas ou crítico-informativas. Uma boa resenha requer conhecimento da obra, competência na área, capacidade de juízo e fidelidade aos pensamentos do autor.
O texto argumenta que a convivência com a diferença é necessária para uma sociedade pluralista, mas nem sempre fácil. Embora a tolerância e o respeito aos direitos humanos sejam importantes, casos de discriminação e violência contra pessoas por suas características fenotípicas mostram que certos grupos ainda têm dificuldade em aceitar a diferença do outro.
O documento discute as partes essenciais de um artigo científico, incluindo por que escrever um, partes comuns como título, nome do autor e afiliação, resumo, corpo do artigo, considerações finais e referências. Ele fornece orientações sobre como estruturar cada seção de forma concisa e informativa.
O documento fornece exemplos de como desenvolver diferentes tipos de tópicos fraseais em parágrafos, incluindo por confronto, razões, análise, exemplificação e descrição de detalhes. Além disso, apresenta exercícios para o leitor praticar esses diferentes métodos de desenvolvimento do tópico fraseal.
O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por um momento de transição literária e influenciado pelo realismo. Apresenta os principais autores dessa época como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, que expuseram a realidade nacional em suas obras.
Este documento discute gêneros textuais, suportes textuais e domínios discursivos. Apresenta exemplos de suportes textuais convencionais como livros, jornais e televisão, e incidentais como embalagens e corpos humanos. Também lista diversos gêneros textuais associados a domínios como científico, jornalístico e religioso.
O documento discute a diferença entre texto e discurso. Explica que o texto é o produto concreto de uma codificação linguística enquanto o discurso é o conjunto de princípios e significados por trás do texto. Também apresenta critérios para definir a textualidade como coerência, coesão, intencionalidade e situacionalidade.
Este documento apresenta uma análise de duas cartas: a carta do leitor e a carta ao leitor. A carta do leitor consiste em um único parágrafo enquanto a carta ao leitor contém vários parágrafos. Ambas as cartas seguem a estrutura da carta argumentativa e tem como objetivo interagir com o leitor sobre assuntos jornalísticos ou sociais, geralmente por meio de publicação em jornais ou revistas.
O documento apresenta diferentes figuras de linguagem, incluindo metáforas, comparações, ironia e eufemismo. As principais figuras descritas são a metáfora, que faz uma comparação implícita, e a comparação, que faz uma comparação explícita utilizando elementos como "como" ou "igual a". O documento também fornece exemplos de como essas figuras podem ser usadas para tornar a linguagem mais expressiva.
O documento discute aspectos importantes da interpretação de textos, como refletir sobre fatos linguísticos em textos orais e escritos, reconhecer a variação linguística considerando fatores sociais e históricos, e estabelecer relações entre o texto e o contexto histórico e cultural em que foi produzido. Ele também ressalta a importância de dominar a norma culta da língua portuguesa e entender significados explícitos e implícitos em um texto.
O documento apresenta uma escala de avaliação para cinco competências essenciais em redações: 1) domínio da norma culta da língua escrita, 2) compreensão do texto dissertativo-argumentativo, 3) seleção e organização de informações para defender um ponto de vista, 4) uso de mecanismos linguísticos para construir a argumentação, e 5) elaboração de proposta de solução para o problema abordado. A escala varia de zero a 200 pontos e descreve o desempenho em cada uma das competências.
Coesão textual e operadores argumentativosWillma Frazão
O documento discute os conceitos de coesão textual e sistemas de amarração textual no interior de um texto. Apresenta os modos de coesão referencial e sequencial e explica processos como anáfora, catáfora e operadores argumentativos que promovem a coesão e progressão temática ao longo de um texto.
Avaliação da competência 2 na redação do ENEM: a estrutura do texto dissertativo, adequação e desenvolvimento do tema, recomendações e níveis de avaliação.
O documento descreve as cinco competências avaliadas na redação do Enem: 1) Domínio da norma culta da língua portuguesa; 2) Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos para desenvolver o tema; 3) Seleção, relação e interpretação de informações para defender um ponto de vista; 4) Uso de mecanismos linguísticos para construir a argumentação; 5) Elaboração de proposta de intervenção para o problema respeitando os direitos humanos.
O documento discute os tipos de resumos e resenhas segundo a ABNT, incluindo resumos indicativos, informativos e críticos. Também fornece diretrizes gerais para a apresentação de resumos e estrutura recomendada para resenhas, com seções como cabeçalho, exposição do conteúdo e comentário crítico.
O documento descreve os principais elementos da textualidade: intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade, intertextualidade, coesão e coerência. Para cada elemento, fornece uma definição curta e exemplos de como cada um pode ser avaliado em um texto.
Este documento fornece instruções sobre como redigir uma redação dissertativo-argumentativa para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), abordando tópicos como apresentar uma tese, expor ideias, argumentar, persuadir, seguir os passos da escrita como planejamento, introdução, desenvolvimento e conclusão, e fornecer exemplos de redações nota 100.
O documento fornece informações sobre temas de redação do ENEM, estrutura de redação, argumentação, conclusão e intervenção, dicas para redação, exemplos de texto nota 1000 e frases motivacionais. Resume as principais informações sobre a estrutura da redação dissertativa-argumentativa requerida no ENEM, incluindo introdução, desenvolvimento com argumentos, e conclusão com proposta de intervenção.
O documento fornece instruções sobre como redigir uma dissertação, incluindo sua estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclusão, e técnicas como esquemas, abordagens de temas polêmicos e retrospectivas históricas. Também discute características como unidade, coerência, clareza, criticidade e coesão, além de recursos argumentativos e dicas para melhorar a redação.
O documento descreve o WordCamp de Belo Horizonte em 2014, um evento gratuito de um dia sobre o sistema de gerenciamento de conteúdo WordPress. O evento terá palestras, workshops e coffee breaks para até 300 participantes, e busca promover a divulgação e o desenvolvimento do WordPress na região. Empresas podem patrocinar o evento em diferentes níveis em troca de benefícios de marketing e visibilidade.
O documento discute as relações entre o cineasta Jean Rouch e o movimento surrealista. Aponta que Rouch foi influenciado pelas ideias surrealistas de explorar o acaso, sonhos e imaginação em seus filmes. No entanto, seus filmes não utilizam as famosas imagens surrealistas de desnaturalizar a vida cotidiana, mas criam outro tipo de imagem surrealista. O texto também analisa como dois filmes de Rouch, La Punition e Gare du Nord, dialogam com as ideias surrealistas.
O texto argumenta que a convivência com a diferença é necessária para uma sociedade pluralista, mas nem sempre fácil. Embora a tolerância e o respeito aos direitos humanos sejam importantes, casos de discriminação e violência contra pessoas por suas características fenotípicas mostram que certos grupos ainda têm dificuldade em aceitar a diferença do outro.
O documento discute as partes essenciais de um artigo científico, incluindo por que escrever um, partes comuns como título, nome do autor e afiliação, resumo, corpo do artigo, considerações finais e referências. Ele fornece orientações sobre como estruturar cada seção de forma concisa e informativa.
O documento fornece exemplos de como desenvolver diferentes tipos de tópicos fraseais em parágrafos, incluindo por confronto, razões, análise, exemplificação e descrição de detalhes. Além disso, apresenta exercícios para o leitor praticar esses diferentes métodos de desenvolvimento do tópico fraseal.
O documento descreve o período pré-modernista no Brasil no final do século XIX e início do século XX, caracterizado por um momento de transição literária e influenciado pelo realismo. Apresenta os principais autores dessa época como Euclides da Cunha, Lima Barreto e Monteiro Lobato, que expuseram a realidade nacional em suas obras.
Este documento discute gêneros textuais, suportes textuais e domínios discursivos. Apresenta exemplos de suportes textuais convencionais como livros, jornais e televisão, e incidentais como embalagens e corpos humanos. Também lista diversos gêneros textuais associados a domínios como científico, jornalístico e religioso.
O documento discute a diferença entre texto e discurso. Explica que o texto é o produto concreto de uma codificação linguística enquanto o discurso é o conjunto de princípios e significados por trás do texto. Também apresenta critérios para definir a textualidade como coerência, coesão, intencionalidade e situacionalidade.
Este documento apresenta uma análise de duas cartas: a carta do leitor e a carta ao leitor. A carta do leitor consiste em um único parágrafo enquanto a carta ao leitor contém vários parágrafos. Ambas as cartas seguem a estrutura da carta argumentativa e tem como objetivo interagir com o leitor sobre assuntos jornalísticos ou sociais, geralmente por meio de publicação em jornais ou revistas.
O documento apresenta diferentes figuras de linguagem, incluindo metáforas, comparações, ironia e eufemismo. As principais figuras descritas são a metáfora, que faz uma comparação implícita, e a comparação, que faz uma comparação explícita utilizando elementos como "como" ou "igual a". O documento também fornece exemplos de como essas figuras podem ser usadas para tornar a linguagem mais expressiva.
O documento discute aspectos importantes da interpretação de textos, como refletir sobre fatos linguísticos em textos orais e escritos, reconhecer a variação linguística considerando fatores sociais e históricos, e estabelecer relações entre o texto e o contexto histórico e cultural em que foi produzido. Ele também ressalta a importância de dominar a norma culta da língua portuguesa e entender significados explícitos e implícitos em um texto.
O documento apresenta uma escala de avaliação para cinco competências essenciais em redações: 1) domínio da norma culta da língua escrita, 2) compreensão do texto dissertativo-argumentativo, 3) seleção e organização de informações para defender um ponto de vista, 4) uso de mecanismos linguísticos para construir a argumentação, e 5) elaboração de proposta de solução para o problema abordado. A escala varia de zero a 200 pontos e descreve o desempenho em cada uma das competências.
Coesão textual e operadores argumentativosWillma Frazão
O documento discute os conceitos de coesão textual e sistemas de amarração textual no interior de um texto. Apresenta os modos de coesão referencial e sequencial e explica processos como anáfora, catáfora e operadores argumentativos que promovem a coesão e progressão temática ao longo de um texto.
Avaliação da competência 2 na redação do ENEM: a estrutura do texto dissertativo, adequação e desenvolvimento do tema, recomendações e níveis de avaliação.
O documento descreve as cinco competências avaliadas na redação do Enem: 1) Domínio da norma culta da língua portuguesa; 2) Compreensão da proposta de redação e aplicação de conceitos para desenvolver o tema; 3) Seleção, relação e interpretação de informações para defender um ponto de vista; 4) Uso de mecanismos linguísticos para construir a argumentação; 5) Elaboração de proposta de intervenção para o problema respeitando os direitos humanos.
O documento discute os tipos de resumos e resenhas segundo a ABNT, incluindo resumos indicativos, informativos e críticos. Também fornece diretrizes gerais para a apresentação de resumos e estrutura recomendada para resenhas, com seções como cabeçalho, exposição do conteúdo e comentário crítico.
O documento descreve os principais elementos da textualidade: intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade, intertextualidade, coesão e coerência. Para cada elemento, fornece uma definição curta e exemplos de como cada um pode ser avaliado em um texto.
Este documento fornece instruções sobre como redigir uma redação dissertativo-argumentativa para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), abordando tópicos como apresentar uma tese, expor ideias, argumentar, persuadir, seguir os passos da escrita como planejamento, introdução, desenvolvimento e conclusão, e fornecer exemplos de redações nota 100.
O documento fornece informações sobre temas de redação do ENEM, estrutura de redação, argumentação, conclusão e intervenção, dicas para redação, exemplos de texto nota 1000 e frases motivacionais. Resume as principais informações sobre a estrutura da redação dissertativa-argumentativa requerida no ENEM, incluindo introdução, desenvolvimento com argumentos, e conclusão com proposta de intervenção.
O documento fornece instruções sobre como redigir uma dissertação, incluindo sua estrutura básica de introdução, desenvolvimento e conclusão, e técnicas como esquemas, abordagens de temas polêmicos e retrospectivas históricas. Também discute características como unidade, coerência, clareza, criticidade e coesão, além de recursos argumentativos e dicas para melhorar a redação.
O documento descreve o WordCamp de Belo Horizonte em 2014, um evento gratuito de um dia sobre o sistema de gerenciamento de conteúdo WordPress. O evento terá palestras, workshops e coffee breaks para até 300 participantes, e busca promover a divulgação e o desenvolvimento do WordPress na região. Empresas podem patrocinar o evento em diferentes níveis em troca de benefícios de marketing e visibilidade.
O documento discute as relações entre o cineasta Jean Rouch e o movimento surrealista. Aponta que Rouch foi influenciado pelas ideias surrealistas de explorar o acaso, sonhos e imaginação em seus filmes. No entanto, seus filmes não utilizam as famosas imagens surrealistas de desnaturalizar a vida cotidiana, mas criam outro tipo de imagem surrealista. O texto também analisa como dois filmes de Rouch, La Punition e Gare du Nord, dialogam com as ideias surrealistas.
Este documento lista códigos para desbloquear habilidades y vehículos especiales en el juego Grand Theft Auto V para PlayStation 3. Incluye códigos para volverse invencible, aumentar la salud y protección, obtener armas ilimitadas, mejorar la velocidad de nado y carrera, y desbloquear vehículos como un coche Comet, helicóptero de ataque y avión de pulverización.
O documento apresenta imagens e informações sobre o telescópio Hubble, a Estação Espacial Internacional, diversas nebulosas e galáxias fotografadas pelo Hubble, planetas do Sistema Solar e outros objetos astronômicos. Busca colocar os problemas diários em perspectiva ao comparar o tamanho da Terra com o universo e enfatizar a fragilidade do nosso planeta.
1) O documento discute a parceria entre o cineasta Alfred Hitchcock e o pintor surrealista Salvador Dalí no filme Spellbound (1945), especificamente na criação de uma sequência onírica.
2) A sequência onírica criada por Dalí incorpora características-chave do surrealismo como o sonho, o olho, a psicanálise e o erotismo.
3) Infelizmente, partes da sequência criada por Dalí foram cortadas pelo produtor contra a vontade de Hitchcock.
This document appears to be related to a slide share presentation by an individual named Shanera Leon. However, there is very little contextual information provided. The title "Test" suggests this may have been a practice or sample document rather than a complete presentation.
A história conta a aventura de Thomás, um menino conhecido como Chapeuzinho Vermelho por causa de seu casaco vermelho. Sua mãe pede que ele leve guloseimas para a vovó, mas o alerta para não ir pela floresta, que é perigosa. A história mostra se Chapeuzinho chegará com segurança na casa da vovó com o refrigerante borbulhante.
O documento discute a relação entre avaliação e educação, definindo educação como uma estratégia para cada indivíduo atingir seu potencial. Explica que o currículo é formado por objetivos, conteúdos e métodos e que a avaliação serve para verificar o que foi ensinado e não para reprovar alunos.
O documento discute a evolução do conceito de sustentabilidade desde a década de 1970. Ele descreve como o termo se popularizou e passou a ser incorporado por empresas, mídia e organizações. Também aborda os pilares da sustentabilidade - ser ecológico, economicamente viável e socialmente justo - e como a visão sobre meio ambiente mudou de não valorizar a natureza para uma abordagem mais holística.
O documento discute os principais sistemas operacionais, suas características e qual é mais usado. Apresenta Windows, Linux, Mac OS e suas diferenças em relação a preço, facilidade de uso, confiabilidade, software disponível e suporte. Explica também as características gerais de sistemas operacionais como ambiente gráfico, janelas, ícones e barra de tarefas.
Este documento describe cómo utilizar LabVIEW para visualizar y controlar la plataforma Arduino. Explica las cinco razones para usar Arduino y LabVIEW juntos, como instalar el software y hardware necesarios, cargar el firmware de comunicación en Arduino, y responde algunas preguntas frecuentes sobre la interfaz LabVIEW para Arduino.
Practicas de robotica utilizando matlab - RoquePROD LARD
El documento introduce conceptos básicos de robótica. Explica que la robótica industrial ha experimentado un crecimiento más lento de lo esperado debido a la complejidad de cálculos dinámicos. Sin embargo, herramientas de simulación como Matlab han permitido análisis y diseño más sencillos. Luego, describe elementos clave de robots como su estructura mecánica, grados de libertad, tipos de actuadores, sistemas de representación y más. El objetivo es presentar herramientas de modelado y simulación de robots usando comput
Tarsila do Amaral era uma artista brasileira nascida no século XIX na fazenda São Bernardo no interior de São Paulo. Ela ficou famosa por suas pinturas que retratavam paisagens e temas culturais brasileiros. Sua obra mais conhecida é o quadro Abaporu que representa um homem indígena nu. Tarsila viveu em diversas cidades brasileiras e se inspirou nos tons da natureza que via na infância para criar suas pinturas coloridas.
The document provides instructions for a homework assignment to create a Student class that can be used to test data structures. The Student class is to have fields like name, credits, GPA, and a unique ID. Methods required include generating random Student objects, writing/reading to text files with delimited fields, and a GUI to control class functions and view output. The completed class files and tests are to be submitted.
Este documento discute o início do movimento modernista brasileiro entre as décadas de 1910 e 1920, caracterizando-o como um período de formação marcado por esforços de alguns intelectuais para estabelecer novas diretrizes literárias e conquistar espaços de visibilidade, enfrentando a resistência da elite e da imprensa que apoiavam o parnasianismo.
O texto analisa os paradoxos do modernismo brasileiro em comparação com as vanguardas históricas européias dos anos 1920. Discute como o projeto de integrar arte e vida teve contornos diferentes no Brasil devido ao contexto de independência cultural e construção de identidade nacional. Aponta também tensões entre pesquisa formal e representação social na arte brasileira.
O documento descreve as características do primeiro período do Modernismo brasileiro entre 1922-1930. Dividiu-se em grupos distintos como o de Mário de Andrade que lançou revistas engajadas e o grupo Verde-Amarelo mais conservador. Houve também descentralização da literatura para fora do Rio de Janeiro e inspiração nacionalista na maioria dos artistas.
O documento resume os principais aspectos do Modernismo brasileiro, incluindo suas três fases, principais autores e características. A Semana de Arte Moderna de 1922 marcou o início do movimento, que buscava a liberdade de expressão e o experimentalismo rompendo com o tradicionalismo literário anterior. O Modernismo influenciou diversas áreas além da literatura e foi dividido em três fases, tendo a geração de 45 como o marco do pós-modernismo no Brasil.
O documento discute a posição social dos artistas Júlio Pomar e Lima de Freitas no movimento Neo-realista em Portugal na década de 1940 e 1950. Eles contribuíram não só com suas obras de arte, mas também com artigos defendendo uma postura comprometida dos artistas com os problemas sociais da época. Muitos desses escritos foram publicados na Revista Vértice.
Um olhar sobre_a_revista_de_antropofagia__1928-1929_[1]Carlos Elson Cunha
O documento descreve a Revista de Antropofagia, publicada entre 1928-1929, como parte importante do Movimento Modernista brasileiro. A revista difundiu as ideias do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade, que propunha a "canibalização" da cultura estrangeira para criar uma arte e cultura brasileiras originais. O movimento Antropofágico inspirou outras vanguardas como o Concretismo e o Tropicalismo.
Este documento fornece uma introdução sobre a literatura brasileira modernista. Ele apresenta o plano de curso estruturado em três unidades: 1) Vanguarda Europeia, 2) Pré-Modernismo Brasileiro e 3) A Semana de Arte Moderna e seus desdobramentos. O objetivo é estudar a primeira fase heroica do Modernismo Brasileiro através da leitura de textos literários e críticos.
A Primeira Fase do Modernismo surge como consequência da Semana de Arte Moderna. Entre 1922 e 1930 consolida-se o período, que ficou conhecido como fase da “destruição”. Essa etapa atuou como elemento de desconstrução dos movimentos literários anteriores.
Revolucionária, traz consigo uma nova perspectiva à composição literária. Surpreendente, inovador e crítico: o movimento modernista – rejeitado em sua época – expõe, hoje, a sua influência e relevância para a literatura contemporânea.
O documento discute a problemática do pós-modernismo na literatura brasileira, começando por definir o período entre os anos 1980-1990 como pós-moderno. Explica que o modernismo brasileiro passou por uma dialética entre dessacralização e ressacralização ao longo do tempo, culminando no alto modernismo dos anos 1940-1960. Finalmente, traça a arqueologia do debate sobre pós-modernismo no Brasil, desde a introdução do tema na USP em 1983 até se tornar mais difundido nos anos 1980.
O documento discute o jornalismo de moda no Brasil, destacando que: (1) ele ganhou força no país a partir da década de 1960, promovendo uma nova cultura da feminilidade; (2) desempenha funções como estimular o consumo e transformar relações sociais; (3) exige uma abordagem crítica ao analisar tendências e coleções de moda.
Movimento Literário Realismo: o estilo de Machado de Assis Andressa Rosa
Trabalho de pesquisa realizado por alunos do 2º EM B da Escola Estadual Professor João Cruz, auxiliados pela professora Ms. Maria Piedade Teodoro da Silva.
Pós-modernismo e a arte de definir a contemporaneidadeAmanda Guerra
O texto apresenta a discussão em torno do conceito de pós-modernismo e como ele surgiu para tentar definir as mudanças culturais, sociais e econômicas observadas a partir da década de 1980. Aponta que o termo se tornou popular por ser vago e impreciso, sugerindo mais do que definindo essas transformações. Também discute a relação do pós-modernismo com o modernismo, especialmente seu caráter antimodernista e de negação dos pressupostos modernistas.
O projeto estético e ideológico do modernismo brasileiroPaulo Konzen
O documento descreve o contexto histórico do Modernismo brasileiro no início do século XX e os principais aspectos do movimento modernista, incluindo seus objetivos iniciais de ruptura com a tradição e valorização da cultura nacional, assim como seus diferentes momentos e grupos como o Pau-Brasil e o Antropofágico.
1) O documento é uma resenha do livro "A aventura surrealista: cronologia do surrealismo" de Sérgio Lima que explora a história do movimento surrealista.
2) Sérgio Lima procura analisar o movimento surrealista da perspectiva de um poeta crítico que participou do movimento.
3) O livro fornece uma cronologia não linear do movimento surrealista e estabelece conexões entre a história literária brasileira e internacional.
O modernismo brasileiro foi um movimento cultural iniciado na década de 1920 que repercutiu fortemente nas artes e na sociedade brasileira, principalmente na literatura e nas artes plásticas. A Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo é considerada o marco inicial do movimento no Brasil, que assimilou influências das vanguardas europeias de forma seletiva. O modernismo teve três fases distintas marcadas por graus diferentes de radicalismo.
modernismo no Brasil apresentação 1.pptxcoletivoddois
O modernismo no Brasil foi um movimento artístico e cultural iniciado na Semana de Arte Moderna de 1922 em São Paulo. Inspirado pelas vanguardas européias, questionou valores tradicionais e buscou uma identidade nacional brasileira. Foi dividido em três fases marcadas por experimentações estéticas e literárias e pela valorização da cultura popular.
A crítica na mudança dos paradigmas da apreciação musical do século xx pas...Aparecida Valiatti
A crítica de arte sempre suscitou controvérsias. De grande relevância para a cultura brasileira foi o embate entre a crítica dita conservadora e os defensores do movimento que culminou com a Semana de Arte Moderna de 1922. Como “não há história sem crítica e sem espírito seletivo”, que só se justifica sob o signo da qualidade, este trabalho pretende analisar as diferentes concepções da qualidade artística no Brasil sob dois pontos de vista paradigmáticos na década de 1920: de um lado a visão de Oscar Guanabarino e de outro, a visão dos modernistas.
Movimento Literário Realismo: A diferença do comportamento humano conforme a ...Gabriel Alves
Artigo feito por Gabriel Alves da Silva, Luan Silva Carvalho e João Vitor Gomes, da escola João Cruz, Jacareí.
Orientado pela professora Maria Piedade Teodoro silva
1) A Semana de Arte Moderna de 1922 recebeu fortes críticas por falta de objetivos e princípios claros para o movimento modernista. A produção artística nova também foi mal recebida devido à desinformação dos críticos.
2) Embora tenha sido anunciada como uma mostra futurista, o modernismo brasileiro não se alinhava completamente com o futurismo italiano, buscando uma expressão mais independente e adaptada à realidade local.
3) Os resultados imediatos da Semana incluíram a consolidação
O pós-modernismo rejeita a existência de qualquer verdade universal, questiona todas as cosmovisões e crê que nenhuma abordagem ou crença é mais "verdadeira" que outra. Para os pós-modernistas, a verdade é relativa ao indivíduo e nada é absoluto, incluindo a lógica, ciência, história e moralidade. Eles também acreditam que a realidade é apenas o que percebemos e que o homem não pode conhecer nada em um sentido absoluto.
O documento discute as vanguardas européias no início do século XX e sua influência no modernismo brasileiro. Apresenta o movimento futurista liderado por Marinetti que queria uma arte combativa e voltada para o futuro, o expressionismo alemão focado em sentimentos de horror e sofrimento, e o dadaísmo radical liderado por Tristan Tzara que pregava destruir tudo o que vinha antes para começar do zero. Analisa também a influência dessas vanguardas na obra de Mário de Andrade e no modernismo brasileiro.
Este documento fornece um resumo do Modernismo, contextualizando o movimento artístico e literário que surgiu no final do século XIX. Também aborda a chegada do Modernismo em Portugal no início do século XX, liderado por Fernando Pessoa e o grupo Orpheu. O documento inclui exemplos de artistas e obras modernistas.
O documento descreve o pintor surrealista Salvador Dalí, destacando suas obras bizarras e criativas que misturavam imagens oníricas com alta qualidade plástica. Também menciona sua personalidade excêntrica e sua morte em 1989 na Espanha devido a complicações de Parkinson.
El documento presenta una línea de tiempo de la historia del arte, dividiéndola en diferentes períodos como la Prehistoria, la Antigüedad, la Edad Media, la Edad Moderna y la Edad Contemporánea. Cada período incluye los principales estilos y artistas más representativos de cada época.
O documento resume os principais aspectos do surrealismo, incluindo seu contexto histórico no pós-guerra, definição, filosofia e categorias como artes plásticas, literatura, teatro e cinema. As artes plásticas são detalhadas com ênfase em artistas como Dalí, Magritte, Ernst e Picasso.
O documento descreve o movimento artístico surrealismo, incluindo seus objetivos de explorar o inconsciente e os sonhos, suas origens no início dos anos 1920 em Paris e influências do psicanalista Sigmund Freud. Líderes como André Breton usaram técnicas como o acaso objetivo para criar obras que combinam o representativo, abstrato e psicológico. Exemplos de artistas surrealistas como Dalí, Kush e Magritte são apresentados.
Este documento discute as conexões entre o escritor argentino Julio Cortázar e o cineasta italiano Michelangelo Antonioni, especificamente no conto "Las babas del diablo" e no filme baseado nele. Explora como ambos trabalhos exploram o surrealismo e o fantástico de forma não tradicional, misturando elementos realistas e sobrenaturais de forma harmoniosa. Também analisa a influência da fotografia nessas obras e como Cortázar via analogias entre contos, fotografia e cinema.
O rosto surrealista_do_brasil_contemporaneo_analise_historica_a_partir_da_obr...Equipemundi2014
Este documento apresenta um resumo de uma dissertação de mestrado que analisa o contexto social e cultural da cidade de São Paulo a partir da obra do poeta surrealista brasileiro Roberto Piva. A pesquisa explora como os poemas de Piva, influenciados pelo surrealismo, refletem temas da cidade como arquitetura, cultura e relações sociais durante a segunda metade do século XX.
Benjamin peret-surrealista-brasil-jean-puyadeEquipemundi2014
O documento descreve a trajetória do poeta surrealista francês Benjamin Péret, que viveu no Brasil entre 1929-1931. Ele era um membro radical do grupo surrealista que acreditava na necessidade de transformar a vida e a sociedade. Quando chegou ao Brasil aos 30 anos, Péret já tinha uma visão de mundo formada pelo seu envolvimento no movimento surrealista e sua experiência na Primeira Guerra Mundial. No Brasil, ele se abriu para novas experiências, mas permaneceu isolado artisticamente, devido ao seu compromisso com o surre
Este documento analisa o romance "A Torre da Barbela", do escritor português Ruben A., relacionando-o com o debate entre o Neo-Realismo e o Surrealismo na literatura portuguesa da década de 1950. O documento explica como a obra de Ruben A. se aproxima dos ideais surrealistas de liberdade criativa e primazia da imaginação em vez dos princípios realistas do Neo-Realismo. A narrativa fantástica de "A Torre da Barbela" é interpretada como uma crítica à imagem ideal
O documento descreve a história do rádio, desde suas descobertas iniciais por Hertz e Landell de Moura na década de 1880 até sua popularização nos dias atuais. Detalha os marcos do desenvolvimento do rádio como a primeira transmissão de voz por Landell de Moura em 1893 e a fundação da primeira emissora brasileira por Roquette Pinto e Morize em 1923. Aponta também que o rádio ainda é o meio de comunicação mais acessível, presente em 98% dos lares brasileiros.
O documento discute os conceitos de mídia, meios de comunicação e veículos. Apresenta detalhes sobre o departamento de mídia de uma agência, incluindo suas funções. Também fornece informações sobre jornais, revistas e propaganda ao ar livre como veículos de mídia.
O documento descreve a evolução das comunicações ao longo da história, desde as pinturas rupestres dos povos primitivos até as modernas formas de comunicação como televisão, rádio e telefone. Começou com sinais de fumo e sons, depois pombos-correio e mensageiros a cavalo, até a invenção da escrita e impressão que revolucionaram a comunicação.
A evolução da publicidade e o rádio no brasilEquipemundi2014
O documento descreve a evolução da publicidade no rádio brasileiro entre 1922 e 1990, dividido em 4 etapas: 1) 1922-1930, quando foram descobertos os primeiros formatos de anúncio; 2) 1930-1960, período de expansão e consolidação dos investimentos publicitários no rádio; 3) 1960-1980, quando o rádio sofreu mudanças devido à presença crescente da televisão; 4) a partir de 1980, com a transição para um novo modelo de mercado.
O documento descreve o movimento artístico do Realismo, que predominou na segunda metade do século XIX. Caracterizou-se pela objetividade e representação fiel da realidade, sem idealizações. Na pintura, artistas como Courbet e Millet buscavam retratar cenas e pessoas comuns de forma minuciosa. Na arquitetura, surgiam novos estilos para atender às necessidades das cidades industrializadas. A escultura também priorizava temas contemporâneos.
O documento descreve o surgimento e crescimento dos blogs na internet desde os anos 1990. Ele explica que blogs começaram como diários virtuais de adolescentes, mas se tornaram uma importante ferramenta de comunicação. O documento também discute o uso de blogs corporativos por empresas para marketing e relações públicas. Finalmente, apresenta exemplos de blogs criados por alunos de uma escola técnica para discutir publicidade.
O documento discute os principais meios de comunicação de massa, incluindo rádio, televisão e mídia. Ele fornece definições de rádio e televisão, descrevendo como cada um funciona e como têm evoluído ao longo do tempo, com a televisão adquirindo novas funcionalidades interativas. O documento também explica os termos "meio" e "veículo" no contexto da mídia e lista diferentes tipos de mídia, como digital, eletrônica e não digital.
O documento discute rádio e televisão, comparando suas vantagens e desvantagens. Também descreve como a televisão está evoluindo para incluir novas funcionalidades interativas. Por fim, explica diferentes tipos de mídia e como as formas de comunicação evoluíram ao longo do tempo.
1. AS CONTRIBUIÇÕES DO MODERNISMO PARA A LITERATURA E A
CRÍTICA BRASILEIRAS
Larissa Agostini Cerqueira
Mestranda em Literatura / UFMG
RESUMO
Este artigo pretende investigar de que forma o movimento modernista
brasileiro contribuiu para a formação ou a consolidação de uma literatura
brasileira moderna, por meio da renovação de padrões estéticos e político-
sociais, por um lado, e, por outro, que herança o movimento deixou para a
produção crítico-literária do país.
PALAVRAS-CHAVE
Modernismo, literatura brasileira, crítica literária brasileira
INTRODUÇÃO
Pode-se afirmar, com base nos estudos sobre o modernismo, que o movimento no
Brasil – assim como as vanguardas na Europa – teve um caráter predominantemente
destruidor, pelo menos em princípio. Isso ocorreu porque, para superar as barreiras do
passadismo e do academismo era necessário um espírito revolucionário que rompesse com os
padrões herdados e, a partir dessa ruptura, criasse uma literatura atual e nacional, isto é,
moderna. Uma vez que o objetivo era construir uma nova literatura, é preciso ressaltar que o
caráter destruidor da vanguarda brasileira pertence apenas à sua fase inicial, provocativa, que
foi seguida de uma fase mais estável e produtiva, dentro dos novos padrões estéticos.
O objetivo deste trabalho é verificar o impacto que a ruptura modernista causou na
produção literária do país, isto é, que mudanças e contribuições o modernismo trouxe para a
literatura nacional e, em segundo lugar, quais as consequências dessa transformação estética
para a crítica literária produzida no país.
Não se pode esquecer que o modernismo – mesmo se considerarmos o movimento de
forma restrita, isto é, restringi-lo temporalmente à década de 1920, como o faz o teórico
2. Álvaro Lins1
– não foi de forma alguma homogêneo e seu impacto também foi diferenciado,
como nos mostra por exemplo o estudo de Maria Eugênia Boaventura sobre a revista
modernista Movimento Brasileiro,2
dirigida por Graça Aranha e seu grupo. A autora ressalta
como característica intrínseca ao modernismo a formação de grupos, o que o diferencia de
outros movimentos artísticos, que não tinham a mesma exigência, ou às vezes até valorizavam
o indivíduo em detrimento do grupo. Esse fenômeno de formação de grupos diversos dentro
do movimento trouxe como consequência várias vertentes que, se tinham um projeto em
comum, tinham também visões diversas do que esse projeto significava na prática e de como
implementá-lo. No trabalho ora citado de Boaventura são muito claras as divergências entre o
grupo paulista e o carioca. Enquanto o primeiro, encabeçado por Mário e Oswald de Andrade,
foi um grupo que implementou a inovação técnica e linguística em suas obras e tinha uma
posição intelectual vanguardista, o segundo tinha caráter ufanista e politicamente reacionário,
e era esteticamente apegado aos valores passadistas combatidos no seu próprio discurso.
O foco do presente trabalho será a obra de Mário de Andrade, por três razões:
primeiro, porque o escritor foi um dos artistas precursores e um dos principais teóricos da
primeira fase do movimento, com os textos “Prefácio interessantíssimo” – integrante do livro
apresentado na Semana de Arte Moderna, Paulicéia desvairada – e A escrava que não é
Isaura; a segunda razão para a escolha do poeta, é que ele tem uma obra de crítica literária e
artística vasta e rica, que o torna um dos representantes de vulto da atividade crítica no Brasil;
e, em terceiro lugar, porque, tanto como escritor, quanto como crítico, sua obra pode ser
considerada uma das mais bem-sucedidas do movimento modernista, dentro do que ele
propunha: uma ruptura estética e ideológica dos padrões sociais em voga no Brasil no início
do século 20. Exemplos que comprovam essa visão são Macunaíma, considerada ainda uma
das obras mais representativas do movimento, assim como O empalhador de passarinho e
Aspectos da literatura brasileira, dois livros que reúnem os principais ensaios críticos do
autor. A característica principal que faz de sua obra uma das mais representativas da época é o
aguçado senso crítico e a sensibilidade aos problemas de seu tempo, fossem eles de ordem
estética ou social e política.
TEMPOS MODERNOS E MODERNISMO NO BRASIL
1
LINS. Filosofia, história e crítica na literatura brasileira: Afrânio Peixoto, João Ribeiro, José
Veríssimo, Mário de Andrade, Lúcia Miguel Pereira.
2
BOAVENTURA. Movimento Brasileiro: contribuição ao estudo do modernismo.
3. O projeto de inovação da literatura no Brasil se deu por meio da ruptura com os
rígidos padrões parnasianos, com o objetivo de criar uma literatura genuinamente nacional e
atual que correspondesse às exigências de seu tempo. A fim de compreender o que essa
ruptura significou para a literatura, é necessário analisá-la mais a fundo. Antes de mais nada, é
preciso voltar à origem da ruptura, ou ainda, à origem do espírito revolucionário que a
provocou para, em seguida, compreender as consequências geradas por ela. A necessidade
desta análise se dá porque a inovação estética – pelo menos no caso do modernismo – pode
ser considerada uma espécie de incorporação, no âmbito estético, de uma nova realidade.3
Neste caso, seria a incorporação de valores modernos à literatura e às artes em geral. As
formas artísticas antigas deixaram de atender às novas exigências e aqueles que se apegam a
elas não passam de imitadores de fórmulas não mais eficazes. Sendo assim, pode-se concluir
que a ruptura de padrões estéticos que ocorreu no modernismo foi o reflexo das
transformações vividas pela sociedade da época. Sua origem é, portanto, a própria imposição
da realidade.
O crítico Álvaro Lins salienta que o movimento – no Brasil e em todos os países que
participaram de alguma forma da Primeira Guerra Mundial – era um reflexo, na literatura, das
mudanças de valores que estavam ocorrendo na sociedade: “Efetivamente, eis o que foi o
modernismo: uma crise, uma fase de transição, uma imagem de instabilidade social.”4
É
correto afirmar que a guerra não foi o único fator determinante da modernidade nas
sociedades, uma vez que países que não participaram diretamente dela nem sofreram suas
consequências mais graves também passaram por um processo de modernização. Esse tema é
muito mais complexo e há várias outras variantes, como a industrialização das sociedades e as
suas consequentes mudanças, como a aglomeração de populações em grandes centros
urbanos, o surgimento de novas classes sociais (a burguesia urbana e o proletariado), o
desenvolvimento da indústria do entretenimento e dos meios de comunicação. Todas essas
mudanças causaram uma necessidade de transformação nas artes também, pois o que era
produzido não condizia mais com as condições do homem moderno.
3
Álvaro Lins considera modernista todo movimento de inovação artística em períodos de estagnação,
e considera moderna toda arte que é fruto desses movimentos e, portanto, está de acordo com seu
tempo: “Sempre um movimento modernista apareceu quando era oportuno uma literatura retomar o
seu destino de ser moderna.” Não achamos necessário, no entanto, para os fins a que este trabalho
se propõe, aprofundar essa questão, uma vez que nosso trabalho aborda o modernismo
historicamente, como o movimento brasileiro de vanguarda que teve início na segunda década do
século 20. LINS. A liderança literária, o ensaio e a crítica em Mário de Andrade, p. 73.
4
LINS. A liderança literária, o ensaio e a crítica em Mário de Andrade, p. 77.
4. Porém, é importante salientar o caráter dialético da relação entre literatura e realidade.
Como afirmado anteriormente, a origem de sua transformação é a própria transformação
social. Não se pode, no entanto, parar por aí. Uma vez incorporadas como formas às novas
exigências de um tempo, a literatura passa a repercutir sobre a sociedade, contribuindo para a
transformação da consciência nacional e a solução de problemas. Álvaro Lins fala de um
projeto de História Literária do Brasil, baseado no ímpeto de escritores de todos os tempos em
influenciar a realidade do país, constituindo-se em homens públicos por meio de suas obras e
assumindo, dessa forma, “um papel de vanguarda na investigação e apresentação dos grandes
problemas brasileiros”.5
Esse espírito de vanguarda foi especialmente importante no
modernismo, pois, como o próprio Mário de Andrade afirma, não foi um movimento estético,
mas um espírito revolucionário acima de tudo, uma vez que o seu tempo era um tempo de
politização do homem e que exigia, dessa forma, o engajamento da arte na vida:
A transformação do mundo (...) bem como o desenvolvimento da
consciência americana e brasileira, (...) impunham a criação de um espírito
novo e exigiam a reverificação e mesmo a remodelação da Inteligência
nacional. Isso foi o movimento modernista (...).6
MODERNISMO E LITERATURA MODERNA BRASILEIRA
No Brasil, o modernismo teve uma conjuntura bastante singular, se comparado às
vanguardas europeias, caracterizadas por artistas que, em sua maioria, viviam às margens da
sociedade burguesa (mesmo que muitos tivessem origem em famílias burguesas) e se
voltaram contra os valores dessa sociedade. Em São Paulo, os vanguardistas foram
financiados pela burguesia agrária, que promovia os famosos salões de arte e viagens à
Europa, interessada não somente na estética modernizante, mas também e sobretudo no
retorno às origens e tradições culturais do Brasil. Se nessas origens os modernistas buscavam
a feição genuinamente brasileira da arte, a burguesia agrária buscava uma forma de se
fortalecer e se impor na nova configuração econômica do país, que teve como consequência a
ascensão de uma nova classe burguesa, urbana e industrial. Essa peculiaridade na conjuntura
de surgimento do modernismo brasileiro tem, sem dúvida, implicações sobre o movimento –
como, por exemplo, obras que não apresentam uma atitude politicamente crítica, como o
próprio Mário de Andrade admitirá na década de 1940. No entanto, mesmo que haja um
consenso de que num primeiro momento o modernismo teve como foco principal a questão
5
LINS. Por uma história literária do Brasil e por uma literatura brasileira, p. 119.
6
ANDRADE. O movimento modernista, p. 231.
5. puramente estética, a consciência política será uma das consequências dos avanços alcançados
na inovação da linguagem artística, como veremos mais detalhadamente.
Analisemos pois essas contribuições do movimento modernista à literatura e à
sociedade brasileiras. Na conferência denominada “O Movimento Modernista”, Mário de
Andrade enumera três princípios fundamentais, cuja fusão pelo modernismo caracterizou uma
mudança drástica da realidade brasileira: a conquista da liberdade de pesquisa estética, a
atualização da Inteligência artística nacional e a estabilização de uma consciência criadora
nacional. Segundo sua análise, a fusão desses três fatores foi responsável pela conquista da
independência do Brasil em termos artísticos e intelectuais, da liberdade criadora e da
originalidade das produções artísticas, isto é, da conquista de uma literatura nacional e atual.
Álvaro Lins ressalta que somente uma literatura feita com liberdade de pesquisa e que busca
material na cultura local pode ser atual, pois é nacional e contemporânea e, portanto, apta a
atingir o status de universal. O autor afirma que “não podemos aspirar a uma posição
internacional enquanto não tivermos levantado uma forte, nítida e bem caracterizada
fisionomia nacional.”7
É importante lembrar que essas normas não são consideradas originais pelo próprio
Mário de Andrade. Ele tem plena noção de que todas elas podem ser encontradas em outros
movimentos artísticos brasileiros. A grande diferença instaurada pelo modernismo “foi a
conjugação dessas três normas num todo orgânico da consciência coletiva”.8
Esse “todo
orgânico”, porém, não pode ser considerado harmônico de forma alguma. O próprio crítico
admite que essas conquistas tiveram pesos diferentes.
Com relação ao campo da literatura, pode-se dizer que o modernismo trouxe duas
principais contribuições: uma nova consciência do ato da criação, que passaria a ser um ato
independente de pesquisa estética e de libertação dos padrões e técnicas preestabelecidos; e a
consciência de que a obra de arte é um fazer mais coletivo e funcional do que individual e
psicológico, e o que mais importa nela é esse caráter coletivo. Isso significa que, pela primeira
vez na história da literatura brasileira, houve uma preocupação e uma efetiva fundação de um
espírito coletivo criativo (a que Mário de Andrade chama de estabilização da consciência
criadora nacional), uma noção de literatura nacional, produzida a partir da pesquisa estética e
não por imitação de um determinado padrão estético em voga. Com relação a essa vitória,
Jorge Schwartz lembra a importância do modernismo para a literatura brasileira, ressaltando a
7
LINS. A liderança literária, o ensaio e a crítica em Mário de Andrade, p. 118.
8
ANDRADE. O movimento modernista, p. 242.
6. diferença fundamental entre a poética modernista e as que a antecederam:
Nestas há leis de bom proceder, há “Don’t”, há manuais do bom conselheiro,
há regras de preconceito artístico, teias concêntricas da Beleza imitativa (...).
Na orientação modernizante seguem-se indicações largas dentro das quais se
move com prazer a liberdade individual. Não se encontra nela regras de
arame farpado que constrangem senão indicações que facilitam.9
Para Mário de Andrade, essa foi a grande conquista do modernismo. Apesar de
considerar insuficientes as tentativas de revisão da língua portuguesa, para adequá-la à nossa
realidade e para que “nos expressássemos com identidade”10
(opinião que diverge de Álvaro
Lins, que considera a nossa língua bastante diversa da “portuguesa” e considera exageradas e
mesmo equivocadas as tentativas de Mário de Andrade e de outros modernistas de adaptá-la,
trazendo a linguagem oral para a literatura), o escritor considera que a expressão nacional na
literatura – assim como em outras artes – era um avanço irrefutável. O autor analisa as
produções das décadas de 1920 e 1940, e reitera que estava sendo produzida literatura
moderna no Brasil.
No entanto, no âmbito social (ou no que o autor chama de atualização da Inteligência
artística, que engloba, além do caráter estético, o caráter social da arte), Mário de Andrade se
ressente de ter permitido o “burguês gostoso” ter se sobreposto ao “intelectual consciente” e
por não pegar “a máscara do tempo e esbofeteá-la como ela merece”.11
Para o crítico, a
geração de 1920 pecou por ausência de realidade e de virilidade, isto é, por falta de
engajamento real nos problemas de seu tempo, problemas esses fundamentalmente sociais e
políticos. Seu julgamento é sem dúvida severo demais, uma das consequências de seu espírito
crítico por natureza. Como veremos a seguir, há estudos a respeito do movimento que
conseguem, com um distanciamento maior, apontar diferentes fases no modernismo e na
própria obra de Mário de Andrade, em que, ora o aspecto estético, ora o político-social se
sobressaem. A partir desses estudos, verificamos que as obras mais tardias já incorporaram
uma atitude estética inovadora e passam a trazer uma carga muito maior de senso de realidade
e de crítica social. Porém, o crítico é implacável com o escritor:
E apesar de nossa atualidade, da nossa nacionalidade, da nossa
universalidade, uma coisa não ajudamos verdadeiramente, duma coisa não
participamos: o amilhoramento político-social do homem. E esta é a essência
9
SCHWARTZ. Vanguardas latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos, p. 130.
10
ANDRADE. O movimento modernista, p. 244.
11
ANDRADE. O movimento modernista, p. 253.
7. da nossa idade.12
João Luiz Lafetá considera que o movimento modernista foi em todos os momentos
formado pela interação de duas esferas: a ideológica e a estética. Para ele, a necessidade de
engajamento com os problemas de seu tempo era algo intrínseco ao movimento e caracteriza
seu âmbito ideológico.13
Já a ruptura da linguagem academista e a incorporação do popular e
do primitivo caracterizam seu âmbito estético. Esses dois aspectos nunca se separam na
literatura, mas vivem em constante tensão.
Para o autor, o modernismo teve duas fases caracterizadas pela predominância de cada
um desses aspectos, em detrimento do outro. Mas num certo momento, compreendido na
segunda fase, parece ter havido um equilíbrio de forças entre eles, que em seguida se diluiu.
Na primeira fase, que compreende as produções da década de 1920, chamada pelo autor de
“fase heroica”, teria havido uma predominância do caráter estético da literatura: “A
experimentação estética é revolucionária e caracteriza fortemente os primeiros anos do
movimento.”14
Essa avaliação está de acordo com a avaliação de Mário de Andrade, se
tomarmos suas considerações a respeito da grande vitória do movimento, que teria sido nas
suas conquistas estéticas. Quando Andrade fala do movimento na conferência abordada neste
trabalho, ele se refere à geração de 1920, aos artistas da Semana de Arte Moderna, sempre em
contraste com a geração posterior, dos artistas da década de 1940. Lafetá chama a atenção
para o fato de que a ruptura da linguagem e o seu desnudamento no interior da obra literária
eram ações primordiais na “fase heroica” do modernismo. Somente por meio dessas
conquistas no campo estético, o modernismo seria capaz de atingir seu objetivo: inovar a
literatura nacional. Nesse momento, apesar de as obras terem atitude crítica perante os
conflitos da realidade, seu tom era mais ameno.
Já numa segunda fase, que compreende para Lafetá a década de 1930, as conquistas
estéticas já estavam consolidadas e amadurecidas, “superando os modismos e os cacoetes dos
anos vinte, abandonando o que era pura contingência ou necessidade do período de combate
estético”.15
Diante dessa nova realidade, o caráter ideológico passou a assumir uma posição
12
ANDRADE. O movimento modernista, p. 255.
13
Neste trabalho, equivale ao que denominamos âmbito político-social da arte, uma vez que o termo
ideológico é datado, que hoje em dia tem um campo semântico restrito, o que o torna incapaz de
transmitir o significado pretendido pelo autor. Dessa forma, será utilizado o termo escolhido por
Lafetá, quando nos referirmos à sua obra, em itálico.
14
LAFETÁ. 1930: a crítica e o modernismo, p. 21.
15
LAFETÁ. 1930: a crítica e o modernismo, p. 31.
8. de destaque nas obras. O engajamento nos problemas do seu tempo não era apenas tema na
poesia moderna. Deveria ser muito mais que isso: a irreverência e a inconformidade perante
os problemas era uma característica interna da literatura moderna, uma exigência que se
impunha aos artistas: “(...) inserindo-se dentro de um processo de conhecimento e
interpretação da realidade nacional [o movimento] não ficou apenas no desmascaramento da
estética passadista, mas procurou abalar toda uma visão do país que subjazia à produção
anterior à sua atividade.”16
MODERNISMO E CRÍTICA LITERÁRIA
No livro 1930: a crítica e o modernismo, João Luiz Lafetá faz uma análise da crítica
literária brasileira na década de 1930, a fim de avaliar o impacto do modernismo na crítica.
Para tanto, ele escolhe críticos que incorporaram mais ou menos em seu exercício as
exigências impostas pela nova literatura surgida a partir da ruptura proporcionada pelo
modernismo. O principal critério de avaliação dessa nova crítica literária, segundo o autor, é a
incorporação de uma consciência aprofundada da linguagem, que vai muito além da tarefa
rotineira da crítica. Uma vez que o movimento modernista teve como consequência do
desnudamento dos procedimentos da linguagem na obra a consciência da própria linguagem,
a tarefa da crítica se tornou mais complexa. Se antes seu papel era essa consciência, agora já
praticada pela obra, dali em diante a crítica precisaria aumentar ainda mais o processo de
conscientização, verificando se a literatura foi capaz de atingir seu novo propósito e até que
ponto esse alcance se deu.
Como dito anteriormente, Lafetá considera que o modernismo tem intrínsecas duas
esferas em constante tensão – a ideológica e a estética –, ora tendendo ao equilíbrio, ora ao
atrito. O autor ressalta a importância da consciência dessa tensão permanente para a crítica.
Entre os críticos por ele estudados, Mário de Andrade é o que apresenta a obra mais rica, e o
principal motivo é que o crítico está sempre em busca de um aspecto fundamental do
modernismo, ou seja, do equilíbrio entre o aspecto estético e o ideológico da literatura.
Em seu estudo sobre a crítica mariodeandradeana, Lafetá segue a trajetória do artista,
do teórico e do crítico Mário de Andrade, acompanhando o desenvolvimento de seu
pensamento e de sua prática artística, desde sua “fase heroica”, em que o escritor-teórico
precisa defender uma nova forma de arte por meio de novos parâmetros estéticos, no
16
LAFETÁ. 1930: a crítica e o modernismo, p. 21.
9. “Prefácio interessantíssimo”, até a década de 1930, em que o escritor publica “O carro da
miséria” e o crítico escreve os ensaios que serão posteriormente editados nos livros O
empalhador de passarinho e Aspectos da literatura brasileira. Mário de Andrade demonstra
desde o início um esforço crítico e teórico grande, mostrando um conhecimento profundo das
tendências das vanguardas europeias. Se, na primeira fase, ele parece favorecer o enfoque
individual da obra de arte, o lirismo, isso se dá graças à necessidade de que tratamos
anteriormente de romper com uma concepção parnasiana de arte, em que o artista fica sujeito
a regras rígidas de conduta, sob as quais muitas vezes sucumbe a liberdade produtiva. No
entanto, ele jamais deixa de perceber a importância do caráter estético da obra de arte, a
técnica, sempre buscando um ponto de equilíbrio entre esses dois enfoques e também, devido
à sua condição de vanguardista, buscando novos parâmetros estéticos – como a teoria do
“polifonismo” –, que fossem capazes de fundamentar sua arte.
Após encontrar um ponto de equilíbrio entre esses dois enfoques da arte – o que fica
claro já em A escrava que não é Isaura, surge um novo impasse. O escritor precisa se ajustar
novamente, agora a uma outra exigência: o caráter social, público, da obra de arte. A eficaz
combinação entre a ruptura da linguagem e a crítica social terá sua síntese na obra publicada
em 1930, “O carro da miséria”. Consciência que o crítico Mário de Andrade atingirá somente
no final da década, com uma nova concepção de técnica e de arte. Para Lafetá, o crítico expõe
pela primeira vez essa nova ideia na conferência “O artista e o artesão”, de 1938: “Aqui
Mário de Andrade ampliou consideravelmente o seu conceito de ‘técnica’, tornando-se capaz
de abranger tanto o lirismo individual como as condições sociais em que o artista produz sua
obra”.17
Se fizermos uma comparação entre o estudo de Lafetá e a conferência de Mário de
Andrade, torna-se visível que a avaliação deste crítico está de acordo com a do estudo
posterior. Por ter uma visão temporalmente mais distanciada, Lafetá percebe o movimento em
várias fases, percepção que diverge das de Mário de Andrade e Álvaro Lins, que na década de
1940 já consideram o modernismo como terminado e avaliam a literatura da época como uma
consequência do movimento. Não é interesse para o presente trabalho entrar a fundo nessas
classificações. Mas é válido ressaltar que as avaliações convergem ao constatar um
predomínio do âmbito estético nas obras literárias produzidas na década de 1920; na segunda
fase, que Mário de Andrade já não considera como parte do movimento, mas como
consequência dele, é que foi possível um avanço maior no âmbito político-social, uma vez
17
LAFETÁ. 1930: a crítica e o modernismo, p. 211.
10. que a vanguarda já havia conquistado a liberdade de criação estética. Graças à estabilização
dessa conquista, os artistas foram capazes de se debruçar sobre esse outro aspecto da arte.
É importante ressaltar que o crítico Mário de Andrade teve consciência dessa
transformação, o que se demonstra com a leitura de seus ensaios críticos sobre as produções
literárias da época. Seu embate com o constante conflito estético-ideológico é tão intenso e
sem trégua que às vezes seu trabalho crítico parece se contradizer, pois ora defende a
literatura como estética pura, ora como engajamento social. No entanto, para Lafetá, essa
aparente contradição é um exercício de consciência, uma tentativa de não se deixar levar pelas
influências do momento. Seu esforço é de não perder de vista a tensão entre os dois polos da
arte, tentando chamar a atenção para um aspecto, na medida em que percebe que numa dada
obra ou num dado contexto está excessivamente prejudicado em relação ao outro.
CONCLUSÃO
Conforme explicitado anteriormente, as contribuições do modernismo não foram
homogêneas e atingiram níveis diferentes de ruptura. Enquanto alguns artistas e alguns
setores da sociedade conseguiram ir mais fundo e atingir transformações de maior vulto,
outros permaneceram na superfície dessas transformações. Esse fenômeno é comum em
movimentos artísticos. Da mesma forma, é natural que um movimento se dilua após um
tempo de assimilação e dê a sensação de que as conquistas da fase mais radical tenham se
perdido, ou mesmo retrocedido a uma fase anterior de estagnação. Isso de fato pode ocorrer,
mas somente de forma parcial. No momento de diluição de um movimento, a arte, a literatura,
e a sociedade já adquiriram valores conquistados com a ruptura inicial, pelo menos aqueles
valores que ela estava pronta para incorporar.
Tendo esse ponto de vista como parâmetro para o presente trabalho, foi escolhido um
representante da “ala” mais radical do modernismo. Sua radicalidade está no fato de ter
conseguido atingir as mudanças mais representativas, tanto no âmbito estético, pois conseguiu
de fato por em prática uma linguagem inovadora, quanto no âmbito político-social, pois não
abriu mão da visão crítica, apartidária e autônoma sobre as questões do seu tempo.
Para concluir, procuraremos entender o que fez com que essa vertente do modernismo
se tornasse a mais efetiva e, consequentemente, a mais representativa do movimento. Para
tanto, procuraremos avaliar melhor o que significa a atitude consciente do escritor e do crítico
Mário de Andrade. O fato de ter conseguido atingir os maiores avanços estéticos e críticos
pode se explicar em parte pela forma como ele viu a ruptura: seu senso apurado do espírito do
11. seu tempo e do seu lugar na história o ajudou a ter uma atitude vanguardista, não de rebeldia
contra o que oprimia sua arte e seu pensamento, mas de real autonomia, aceitando e
incorporando o que a tradição e o centro tinham de produtivo e negando e transfigurando
aquilo que não interessava. A consequência desse posicionamento autônomo foi que o autor
não se deixou levar pelo ufanismo, nem pela repulsa cega dos padrões questionados, o que
mostra uma atitude madura, apesar de revolucionária.
Enquanto alguns vanguardistas insistiam numa atitude de pura revolta contra Portugal,
por exemplo, Mário de Andrade em momento algum – a não ser logo no início, talvez –
pensou em construir uma literatura brasileira sem qualquer tipo de influência ou diálogo com
o passado ou com a literatura universal. Eneida Maria de Souza lembra a atitude do autor
diante da cultura da metrópole, aquela que será muito bem elaborada pela antropofagia:
(...) o “esquecimento” da cultura imposta pela metrópole seria o antídoto
eficaz a ser utilizado na luta a favor da independência cultural, pela
desobediência do colonizado frente à marca registrada das idéias e modelos
do colonizador. Esse esquecimento não implicaria, evidentemente, a
destruição de uma memória acumulada, mas a prática de transgressão e
releitura dos modelos.18
Dessa forma, por mais que o modernismo tenha chegado a um estágio de diluição dos
padrões estéticos, como conclui melancolicamente Álvaro Lins na década de 1960, chegando
ao “abandono do brasileirismo que vinha caracterizando a nossa literatura desde o advento do
movimento modernista”,19
não se pode negar que muitos valores cultivados pelo movimento
foram incorporados à literatura e à crítica brasileiras, ou pelo menos em uma parcela dessa
produção. Vários de nossos autores foram capazes de criar uma literatura brasileira, no que
tem de peculiar, de original, e ao mesmo tempo universal, pois não ficou impregnada de
clichês e maneirismos regionalistas. Podem ser citadas, como exemplo do que acabamos de
afirmar, obras literárias como as de Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto
e Graciliano Ramos. Entre as produções críticas, também houve êxito na busca por uma
consciência aprofundada da linguagem. Estudos como os de Antonio Candido e Álvaro Lins,
por exemplo, conseguiram incorporar as exigências modernas da crítica literária e deixaram
contribuições de vulto para a sistematização da literatura brasileira.
18
SOUZA. A pedra mágica do discurso. Jogo e linguagem em Macunaíma, p. 26. (grifos nossos)
19
LINS. A liderança literária, o ensaio e a crítica em Mário de Andrade, p. 123.
12. ABSTRACT
The objective of this paper is to investigate in which way the Brazilian
modernist movement has contributed to the formation or the consolidation
of a Brazilian modern literature, through the renovation of aesthetic and
social-political patterns, on one hand, and on the other, what heritage has
the movement left to the national critical production.
KEYWORDS
Modernism, Brazilian literature, Brazilian literary critics
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. In: ____. Aspectos da literatura brasileira.
São Paulo: Martins, 1974. p. 231-254.
BOAVENTURA, Maria Eugênia. Movimento brasileiro: contribuição ao estudo do
modernismo. São Paulo: Secretaria da Cultura, Ciência e Tecnologia, Conselho Estadual de
Artes e Ciências Humanas, 1978.
BOAVENTURA, Maria Eugênia (Org.). 22 por 22. A Semana de Arte Moderna pelos seus
contemporâneos. São Paulo: Edusp, 2000.
LAFETÁ, João Luiz. 1930: a crítica e o modernismo. São Paulo: Duas Cidades/Editora 34,
2000.
LINS, Álvaro. A liderança literária, o ensaio e a crítica em Mário de Andrade. In: ____.
Filosofia, história e crítica na literatura brasileira: Afrânio Peixoto, João Ribeiro, José
Veríssimo, Mário de Andrade, Lúcia Miguel Pereira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1967. p. 72-
79.
LINS, Álvaro. Por uma história literária do Brasil e por uma literatura brasileira. In: ____.
Filosofia, história e crítica na literatura brasileira: Afrânio Peixoto, João Ribeiro, José
Veríssimo, Mário de Andrade, Lúcia Miguel Pereira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1967. p.
113-123.
SCHWARTZ, Jorge. Vanguardas latino-americanas: polêmicas, manifestos e textos críticos.
São Paulo: Edusp, 1995.
SOUZA, Eneida Maria de. A pedra mágica do discurso. Jogo e linguagem em Macunaíma.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1988.