16. ORTOGRAFIA
Na língua portuguesa, diversos
fatores dificultam a escrita correta
de certas palavras. Um desses
fatores, por exemplo, relaciona-se
à possibilidade de alguns fonemas
admitirem diferentes grafias.
Fonologia: estudo funcional dos
sons
17.
18.
19. IDEIA
Separação silábica correta:I-dei-a
A palavra ideia é classificada como
paroxítona e tendo como sílaba tônica o
ditongo aberto ei, por isso está enquadrada
nas normas da nova ortografia.
O que ocorre nesta palavra é um fenômeno
fonético chamado glide - é como se
houvesse um deslizamento da semivogal i:
ela permanece na segunda sílaba e também
se estende para a terceira, assim: i-dei-ia.
22. ENCONTRO VOCÁLICO:
ENCONTRO DE VOGAIS E
SEMIVOGAIS
–Classificação:
•hiato: vogal + vogal em sílabas diferentes.
Exemplo: hi – a – to a palavra “hiato” é um
hiato.
•ditongo: vogal + semivogal na mesma sílaba.
crescente → semivogal + vogal. Exemplo: re – ló
– gio
decrescente → vogal + semivogal. Exemplo: bei –
jo
•tritongo: semivogal + vogal + semivogal na
mesma sílaba.
Exemplo: Pa – ra – guai
28. Exemplos: cla – ro ; af – ta
•Dígrafo: duas letras representando um
só fonema.
Exemplos: chuva ; carro ; campo
•Encontro consonantal: encontro de
duas ou mais consoantes em uma mesma
palavra.
dígrafos consonantais dígrafo vocálic
29. Marque a alternativa em que os
quatro vocábulos apresentem
encontros consonantais:
a) chave, machado, milharal,
palha
b) banheiro, ninho, carro,
passo
c) brisa, abrir, clima, tecla
LISTA DE
EXERCÍCIOS
30. DÍGRAFOS VOCÁLICOS
(VOGAIS NASAIS)
AM - tampa, rampa, bamba, campo;
AN - santa, janta, sangue, mangue;
EM - tempo, sempre, lembro, templo;
EN - venda, tento, sente, vento;
IM - limpo, limbo, ímpeto, imparcial;
IN - tingir, linda, finta, ginga;
OM - ombro, rombo, computador,
comprometido;
ON - sonda, ronda, tonto, fronte;
UM - jejum, nenhum, tumba, cumprir;
UN - mundo, fundo, nunca, sunga;
32. SEPARAÇÃO DE
SÍLABAS
Não se separam os ditongos e tritongos:
Como ditongo é o encontro de uma vogal
com uma semivogal na mesma sílaba, e
tritongo, o encontro de uma vogal com duas
semivogais também na mesma sílaba, é
evidente que eles não se separam
silabicamente. Por exemplo:
Ex. Au-las / au = ditongo decrescente oral.
Guar-da / ua = ditongo crescente oral.
A-guei / uei = tritongo oral.
33. Não se separam os dígrafos ch, lh, nh,
qu, gu:
Ex. Cho-ca-lho / ch, lh = dígrafos
inseparáveis.
Qui-nhão / qu, nh = dígrafos
inseparáveis.
Gui-sa-do / gu = dígrafo inseparável.
SEPARAÇÃO DE SÍLABAS
34. Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc
e xs:
Ex. Ex-ces-so / xc, ss = dígrafos
separáveis.
Flo-res-cer / sc = dígrafo separável.
Car-ro-ça / rr = dígrafo separável.
Des-ço / sç = dígrafo separável.
SEPARAÇÃO DE SÍLABAS
36. PREFIXOS TERMINADOS EM
CONSOANTE:
Ligados a palavras iniciadas por
vogal: A consoante do prefixo
ligar-se-á à vogal da palavra.
Ex. Su-ben-ten-di-do
Tran-sal-pi-no
Hi-pe-ra-mi-go
Su-bal-ter-no
Sub-mun-do
Su-bes-ti-mar
41. CASOS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO
GRÁFICA
•Hiato: recebe acento a segunda vogal tônica I ou U
do hiato, seguida ou não de S.
–Historinha do I e do U que “choram” quando estão
sozinhos na sílaba ou acompanhados do S.
•sa – Í – da; sa – Ú – va ; fa – ÍS -ca
–ATENÇÃO: se a vogal I ou U estiver com uma consoante
diferente de S na mesma sílaba, for seguida de NH ou
antecedida por ditongo, não haverá acento.
•Exemplos: sa – IR ; ra – I – nha ; bai – U – ca .
•Não haverá acento se a vogal de repetir. Exemplo: xiita.
42. •Outros casos:
–C R E D E L E V E : verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver”
eles veem
eles leem
eles deem
eles creem
–Verbos com acento no singular e no plural:
•Exemplos:
o Ele mantém – singular → “uma perninha”;
o Eles mantêm – plural → “duas perninhas”;
o Ele detém – singular → “uma perninha”;
o Eles detêm – plural → “duas perninhas”.
43. EMPREGO DO HÍFEN –
REFORMA ORTOGRÁFICA
a) anti-higiênico, co-herdeiro, macro-história,
mini-hotel, sobre-humano, super-homem,
ultra-humano (*subumano);
b) Aeroespacial, anteontem, antieducativo,
autoaprendizagem, autoestrada, coautor,
coedição, extraescolar, infraestrutura;
→ vogais diferentes: união do prefixo ao radical
c) Anti-inflamatório, contra-atacar, micro-ondas,
semi-internato, auto-observação; (Exceções:
coobrigar, coordenar, cooperar, cooptar,
reescrever)
→ vogais iguais: separação por hífen entre prefixo e radical
Vogal
+
Vogal
44. d) Anteprojeto, antipedagógico, autopeça,
autoprodução, pseudoprofessor, semicírculo,
semideus, seminovo, ultramoderno; (Exceção:
vice-rei, vice-presidente) → vogal + qualquer
consoante = união do prefixo ao radical.
e) antirrábico, antirracismo, antirreligioso,
antissocial, biorritmo, contrarregra, cosseno,
neorrealismo, semirreta, ultrassom (Exceção:
sub-região) → vogal + consoante r/s = união do
prefixo ao radical com duplucação do r/s.
f) hiper-requintado, inter-racial, inter-regional,
sub-bibliotecário → consoantes iguais = separação
entre prefixo e radical pelo hífen.
hipermercado, intermunicipal,
superinteressante,superproteção, hiperativo,
interescolar → consoantes diferentes ou consoante +
vogal = união do prefixo ao radical.
Vogal
+
Consoante
Consoante
+
Consoante
ou
Consoante
+
Vogal
45. g) Há sempre hífen com os prefixos:
além, ex, sem, recém, pré, pós, vice.
Exs: além-mar, ex-presidente, sem-
terra, recém-nascido, pré-história,
pós-graduação, vice-presidente.
h) Não há hífen com palavras que
perderam noção de composição. Exs:
girassol, mandachuva, paraquedas,
paraquedista, pontapé (Exceções:
para-choque, para-brisa etc.)
Obs: essa regra é ainda muito
questionada por não haver limites
claros de quais palavras já perderam a
46. ORTOÉPIA / PROSÓDIA
Mendigo ou mendingo?
Mortadela ou mortandela?
Supertição ou superstição?
Recorde = /recórde/
Rubrica = /rubríca/
Pudico = /pudíco/
Nobel = /nobél/
→ Trata-se do estudo da pronúncia adequada de palavras de
acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa.
55. ÊS / -ESA E -EZ / -EZA
a) usamos ÊS / ESA quando o vocábulo
indica naturalidade, procedência ou
formam título de nobreza: português,
portuguesa, duquesa, francês, francesa;
b) usamos EZ / EZA quando temos
substantivos abstratos que derivem de
adjetivos: belo (adjetivo) – beleza
(substantivo abstrato), pobre (adjetivo) –
pobreza (substantivo abstrato); rico
(adjetivo) – riqueza (substantivo
abstrato).
56. •–ISAR / -IZAR
Para utilizar a grafia correta, nesses casos devemos
seguir a regra da palavra originária / palavra
derivada, ou seja, se o vocábulo apresentou a letra S,
então, ela será mantida no sufixo. Vejamos: piso –
pisar; análise – analisar; aviso – avisar.
Por outro lado, se não houver a letra S, então, o
sufixo recebe a letra Z. Vejamos: canal – canalizar;
drama – dramatizar; sinal –sinalizar.
ATENÇÃO!!!
A palavra catequizar é exceção, já que é derivada da palavra
catequese.
57. Uso do fonema S
a) em sufixos nominais -OSO(A) que significa “cheio de”,
“relativo a” ou “que provoca algo” e –ISA (gênero
feminino): cheiroso, formosa, dengosa, horroroso, poetisa,
profetisa;
b) verbos formados de vocábulos terminados em s, em
relação à regra palavra originária / palavra derivada:
pesquisa – pesquisar; análise- analisar;
d) nos adjetivos pátrios terminados em ÊS: português,
irlandês;
e) depois de ditongos: faisão, mausoléu, maisena;
f) as formas dos verbos PÔR e QUERER e seus
derivados: pus, puser, pusesse, quis, quiser, quisesse;
g) quando a um verbo com a letra D no infinitivo
corresponder um substantivo com som de /z/: confundir –
confusão, iludir- ilusão, aderir – adesão.
62. USO DO Ç
a) substantivos e adjetivos relacionados ao verbo TER
(e derivados): retenção - reter, contenção - conter;
b) nas palavras derivadas daquelas que possuem T no
radical: cantar – canção, exceto – exceção, setor–
seção;
c) nas palavras de origem indígena, árabe e africana:
miçanga, paçoca, muriçoca, muçulmano, açougue,
açoite;
d) nos sufixos AÇO e AÇU: golaço, poetaço,
Paraguaçu, Nova Iguaçu;
e) após ditongo: beiço, compleição.
63. USO DO SS
a) prefixo terminado em vogal + palavra
começada por S: pre + sentir = pressentir
(perceba que o S foi duplicado);
b) nas palavras derivadas daquelas que
possuem as expressões CED, GRED, PRIM,
MIT, MET e CUT no radical: ceder – cessão,
agredir – agressão, imprimir – impressão,
demitir – demissão, intrometer –
intromissão , discutir – discussão.
64. USO DO Z
a) pode funcionar como consoante de ligação: pé +
udo = pezudo, guri+ ada = gurizada;
b) nas terminações:
- AZ / OZ de adjetivos oxítonos: capaz, eficaz, veloz,
atroz;
- EZ / EZA de substantivos abstratos: altivez, aridez,
beleza, frieza;
- IZ / UZ de palavras oxítonas: triz, nariz, cruz, luz;
- IZAR em sufixos de verbos derivados de nomes sem
S na última sílaba: canalizar, finalizar, legalizar.
65.
66.
67.
68. USO DO X E
CH
a) em palavras de origem indígena ou africana: xangô,
xará, xavante, xingar, xique-xique, abacaxi;
b) depois de ditongo: peixe, frouxo, faixa;
c) normalmente depois da sílaba inicial EN (exceto nos
casos em que se aplica a regra palavra originária /
palavra derivada):enxame, enxoval, enxada, enxaqueca;
d) após sílaba inicial ME-: mexer, mexilhão, mexicano,
mexerico, mexerica.
ATENÇÃO!!!
A palavra mecha é exceção.
Usa-se CH após sílaba inicial EN- + palavra iniciada por CH: encharcado
(charco), encher (cheio).
74. Uso do J ou G:
Substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem.
Exemplos: bagagem, ferrugem.
CUIDADO: pajem, lambujem.
Palavras terminadas em –ágio, -égio, -ígio, -ógio,
-úgio.
Exemplo: pedágio.
Verbos terminados em –jar.
Exemplo: arranjar.
Palavras de origem tupi, africana, árabe e exótica.
Exemplos: Moji, jiboia.
Palavras derivadas de outras que apresentam J.
Exemplo: laranjeira – laranja.
75. USO DO J
a) nas flexões dos verbos que possuem J no radical:
viajar (verbo) – que ela viaje, velejar (verbo) – eu velejei;
b) nas palavras de origem indígena, africana e árabe:
pajé, jiboia, berinjela, cafajeste, jequitibá;
c) nas palavras derivadas daquelas que possuem J no
radical: lisonja – lisonjeado, gorja – gorjeta;
d) nas palavras de origem latina: majestade, injetar,
objeto, hoje.