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RIOS E RIBEIROS DE GUIMARÃES
Selhinho. Desde o Lugar do Reboto junto a Guimarães corre com o Selho, e se esconde no Lugar dos Sumes, e torna a surgir no
Lugar de Serzedelo para se intrometer com o Ave. (pág. 116)
(...)
Selho. Tem seu nascimento na fonte de S. Torcato perto de Guimarães, e conduzido com o aumento de outros riachos, vai passando
triunfante pelos arcos de diversas pontes, a da Madre de Deus, a de Caneiros, a do Miradouro, a do Soeiro, e se vai esconder no
rio Ave por baixo da ponte de Serves, conservando sempre o mesmo nome. No Lugar de Penouços deram as águas deste rio de
beber às Tropas Portuguesas, e Castelhanas, que se acharam na batalha da Veiga das Favas. (pág. 116)
(...)
[João Baptista de Castro, Mappa de Portugal Antigo e Moderno, Tomo I, 1762]
http://araduca.blogspot.pt/2011/02/rios-e-ribeiros-de-guimaraes.html
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LENDA DO RIO SELHO
Segundo a lenda, há muitos séculos atrás, muitas pessoas viam uma luz a cair no monte, todas as noites. Curiosas, as pessoas
foram tentar descobrir o que havia nesse local. Descobriram, então, que enterrado e intacto está o corpo de S. Torcato. Quiseram,
de imediato, lavá-lo, mas não tinham água.
Foi então que, por milagre, do meio do monte surgiu uma fonte. O caudal era tanto que, assim nasceu o Rio Selho.
lenda recolhida pela aluna Maria Manuela Silva, junto do pai e da avó
LENDA DA ÁGUA DO SELHO
Desde longa data que este país denominado Portugal, teve sempre dificuldades em conseguir fixar todos os seus oriundos.
Talvez por vocação ou por fazer parte do destino, a verdade é que houve sempre muito gentio com vontade indómita de,
procurando pouso noutras terras, fazendo outras andanças, buscando outras melhorias de vida, a verdade é que a emigração foi
sempre tradição deste povo. Fugir à pobreza sempre teve dignidade. Sempre teve este povo uma arma capaz de defender a vida:
o arrojo e a força do trabalho.
A nossa história oficial, também deveria estar repleta de pequenas histórias do povo anónimo como esta que vamos aqui
contar.
Manuel da Veiga há já muitos anos que tinha chegado aos Brasis. Com ele levara, além da roupa do corpo, o saco do ofício
que aprendera nas oficinas de ferro do Selho com as suas ferramentas e no bolso, um rolo de meia dúzia de notas reais ganhas
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com suor como cutileiro.
Partira numa tarde comprida de um fim de Primavera anunciada e deixara a Maria da Conceição, a sua derradeira paixão, lá
na quinta da Pocariça. Tinha-a convidado para fazer vida com ele nos Brasis. Ela tinha dito que não. Partiu com alguma tristeza
na alma que ia carregada de muitos amores. Os seus pais. As suas irmãs e o Isaac o Benjamim da família. Os companheiros lá da
oficina de cutileiro do Mestre Moura velho, que tinha ensinado tudo o que sabia desde "malhar a frio" a "recortar o ferro a
quente", "embolar a ponta" ou "folhear o melhor gume". Tudo isto "truques" do ofício para criar os melhores garfos, facas e
colheres do Mundo.
Creixomil tem os melhores fazedores de talharia do mundo, amigos !!!.
E os amigos sorriam quando o Manel falava assim e toleravam o seu amor à pátria. O seu apego à sua terra.
Creixomil é o berço dos mestres do ofício de cutelaria. Já há muito anos que lá se trabalham para a mesa de reis e rainhas e
outros importantes que às nossas oficinas encomendam metais por nós trabalhados.
Frei António de Souto visita diária do Manel da Veiga lá na sua oficina de Guaritiba, tentava ajudar a que os presentes ouvissem
com tolerância aquilo que lhes parecia com exageros. Mas eles sabiam que este homem era mesmo assim imaculado, honesto,
verdadeiro.
Pois meu amigo tão boa é a obra feita do ferro por mestres como tu?!...
Assim é amigo Frei António. Só que a minha terra tem um segredo que eu a si não me importo de contar..
Segredos?!!. Nas artes dos ofícios?!!!...
Pois fiquem todos sabendo que aquela veiga verdinha onde me fiz infante, é toda ela atravessada por fios, veios e regatos de
água cristalina e pura que é como um verdadeiro sangue da terra. Quando o silêncio chega àquela veiga, ouve-se cantar às
águas, melopeias que se infiltram nos escaninhos dos lugares. Quando encontram o ferro fervente a precisar de ser curado das
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agressões na bigorna, logo ela se torna em óleo ou elixir milagroso que dá ao ferro um toque e um grude novo - é a têmpera.
Aquela água parece mágica e nós os mestres cutileiros do sítio sabemos que assim é!... e continuava a fazer tilintar a bigorna a
cada martelada incompleta no ferro.
O frade via tal convicção nos olhos deste cristão que ficava quase convicto daquele milagre que lhe "vendia" mas, de milagres
ele é que sabia.
Decidiu então um dia mandar vir por uma nau de retorno que a vila do Conde aportava, uma barrica de água dos regatos da
Veiga de Creixomil. Dois tempos de trinta dias estavam cumpridos e eis que lhe chega a notícia do seu compadre dizendo-lhe
que a pipa d'água estava já em viagem e que aportaria por uma semana, daí em diante.
Não se fez esperado e em dia de quarta-feira foi com o Zé da Feira ao porto buscar a pipa d'água dita milagrosa. Enquanto
sorria, ele sabia que desta vez ia tirar tudo a limpo...
Chegou à oficina com o presente.
Que é qu’esse pipo trás?! Perguntou o Manel da Veiga admirado e antes que alguém falasse continuou. Será vinho verde do
Minho, lá de Serafão ou das quintas de Cabeceiras do tio João.
Será vinho a "granel" das vides do Selho?!.
O povo que se ajuntara, vizinhança do sítio, sorria com a curiosidade do Manel.
Ora não é nada de especial. Disse o frade acorrendo junto dele e continuou.
Como estás sempre a lamentar que a tua obra de metal nunca sai perfeita como gostarias e deitas sempre a culpa às águas
milagrosas. Como só cá a igreja tem maneira para te ajudar a continuar a ser um bom cristão. Então...
Manel rejubilou porque acreditou naquilo tudo e, arregaçando as mangas tomou o metal na mão esquerda preso pela turquês
e na direita o martelo cantador. Já tinha atiçado a força pois já se sentia o calor.
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Desancou forte e feio no metal que esquentou na forja encarnada pelo fogo.
Todo afogueado foi dado o malho todo a um conjunto de mesa de garfo, colher e faca. Faltava somente dar o fio de gume
àquela faca e portanto, a têmpera a todo o conjunto. Tomou as peças e mergulhou naquela água fria e escura trazida na barrica.
Logo iniciou as pancadas finais que só os mestres sabiam finalizar. Depois, acto instintivo mergulhou vezes sem conta na água
como que abençoada. Os olhos do Manel abriam-se com uma alegria inesperada e sem aguentar mais, declarou de rompante:
Com a breca!... Era capaz de apostar qu'esta água é benvinda do meu rio Selho!...
Todos ficaram a olhar admirados com tal declaração do cutileiro, pois já todos sabiam da partida que o frade fazia ao Manel
Cutileiro.
Pois qu'esta água é do Selho da minha terra traz-me o milagre e a saudade.
CADERNOS DE CREIXOMIL (existente no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê-se o mar”)
ÁGUA DE GUIMARÃES
Há séculos, em ano ignorado, um anónimo cutileiro do lugar do Miradouro, animado pela aventura de tentar fortuna, partiu em
manhã brumosa para terras do Brasil. Suas armas para os combates de além-mar, eram apenas as suas mãos honradas de artistas
e uma vontade de minhoto para chegar e vencer.
Porque já então corria mundo a fama dos cutileiros de Guimarães, desde logo foi ajustado a um mestre o nosso artificie do
Miradouro.
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Simplesmente o emigrado obreiro sempre que experimentava a têmpera das suas facas de mato, cutelos e trinchetes; sempre
que buscava o fio ao corte das várias peças do seu mister, era certo vê-lo franzir a testa e exclamar com nostálgica tristeza:
- Ai, água de Guimarães! Água de Guimarães!...
Farto o mestre de ouvir-lhe atribuir à água de Guimarães a virtude química de uma boa têmpera, tomou um dia a secreta
resolução de mandar vir um barril com água de Guimarães.
(…)
Eis senão quando, aportou a terras de Santa Cruz um barril com água de Guimarães, sendo vasada discretamente na celha das
têmperas.
Feito isto, pôs-se o mestre de olho arteiro e orelha guicha, a espreitar o trabalho do seu oficial, naquele minuto em que o nosso
cutileiro mirando e remirando a peça sobre os rojões cadentes da forja, lhe pegava com a tenaz, buscando aquele momento em
que a coloração do fogo o aconselhava ao mergulho da peça em fabrico na celha da água fria, para assim transmitir ao aço duro o
baptismo da têmpera.
Os tons cromáticos e intermédios do amarelo, do vermelho, do cereja, do rosa, do violeta, do azul, apagaram-se. O que, apenas,
vencendo a distância, vencendo o tempo, fixando-se na tradição, chegou até nós dessa memorável operação metalúrgica, foi a
frase proferida lá no Brasil, pelo cutileiro do Miradouro, no minuto esplêndido em que experimentando a têmpera da nova peça
fabricada, atónito e contente, exclamou:
- Ou eu sonho, ou a água de Guimarães está aqui!...
CARVALHO, A.l. de – Os Mesteres de Guimarães. Barcelos: Ministério da Educação Ncional, 1939. p. 143-145.
http://www.amap.pt/page/237
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LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES
Guimarães é terra famosa pelas suas cutelarias. Desde o tempo dos nossos primeiros reis que os cutileiros de Guimarães
fabricavam facas, cutelos, machados, foices e outros utensílios.
Precisavam estes artesãos de terem sempre junto de si água, boa água para temperar, isto é, para ajudar a moldar os utensílios
de ferro ou de aço que fabricavam.
Há uma lenda muito curiosa sobre um cutileiro e, claro está, à boa água de Guimarães!
Diz essa lenda que, há muito tempo atrás, um anónimo cutileiro de Guimarães que vivia no lugar de Miradouro, em Creixomil,
tentado pela aventura e pelo desejo de fazer fortuna emigrou para o Brasil. Apenas levou como instrumentos de trabalho as suas
mãos e, no seu coração de minhoto, muita vontade de vencer e muitas saudades da sua terra natal.
Chegado ao Brasil, onde já era conhecida a boa fama dos cutileiros de Guimarães, logo arranjou trabalho numa oficina.
Lá existia a forja, soprada ao fole de couro e, ao lado, a bogorna, os tornos de mão, os martelos, as tenazes, as talhadeiras, os
ponteiros, enfim… os instrumentos próprios de um cutileiro.
Simplesmente, sempre que este cutileiro começava um trabalho e tentava moldar as suas facas, os seus cutelos…era costume
vê-lo franzir a testa e exclamar com nostálgica tristeza:
“Ai água de Guimarães! Ai água de Guimarães!”
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O mestre, farto de ouvir atribuir à água de Guimarães a virtude especial de ser uma boa têmpera, decidiu, um dia, mandar vir
dessa terra portuguesa um barril com a tão desejada água.
E o barril com a água de Guimarães lá atravessou o Atlântico e, quando chegou ao Brasil, a água foi deitada, sem que o cutileiro
soubesse, no barril de temperar o ferro e o aço.
Começa, então, o cutileiro vimaranense a trabalhar e, no momento em que tinha de mergulhar a peça no barril de água fria,
espantado e contente, exclama:
- Ou é sonho ou a milagrosa água de Guimarães está aqui!
É verdade que há águas que têm qualidades especiais e a de Guimarães, com certeza, que as tinha e continua a ter.
Esta lenda antiga é muito famosa entre os cutileiros de Guimarães, tendo passado de geração em geração e chegado, desta
forma, aos nossos dias.
O CUTILEIRO E A BOA ÁGUA DE GUIMARÃES, (existente na BMRB e no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê -se o mar”)
LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES
Devido à qualidade da água do nosso concelho para a arte de temperar metais, existe uma lenda que conta que um cutileiro
que vivia na freguesia de Creixomil emigrou para o Brasil com a intenção de fazer fortuna.
Quando lá chegou, rapidamente arranjou emprego de cutileiro mas não conseguia prosseguir a sua profissão com êxito, devido
às características da água.
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E, lembrando-se saudosamente da água de Guimarães desabafava frequentemente dizendo: “Ai água de Guimarães! Ai água de
Guimarães!”
O seu patrão, farto de ouvir esta frase, mandou vir um barril da tão famosa água de Guimarães e sem dizer ao cutileiro, deitou
essa água no barril de temperar o ferro e o aço.
Quando o cutileiro retoma o seu trabalho, ao mergulhar os utensílios na água reconhece imediatamente a água da sua terra e
os seus produtos adquiriram a partir daí a têmpera ideal.
Ainda hoje, a água de Guimarães é famosa pelas suas qualidades e por isso, as conhecidas empresas de cutelaria, estão
localizadas nas Taipas devido à proximidade do rio.
Vários moinhos existentes em algumas das ribeiras de Guimarães funcionaram durante muitos anos como fábricas de cutelaria.
O CUTILEIRO E A BOA ÁGUA DE GUIMARÃES, (existente no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê-se o mar”)
LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES
Guimarães tem grandes tradições na cutelaria. Para moldar os talheres que fabricavam, os artesãos tinham necessidade de usar
água.
Uma lenda diz que um cutileiro, de Creixomil emigrou para o Brasil. Nada levou, apenas as suas mãos para trabalhar e saudades
da sua terra.
Chegado ao Brasil, logo arranjou emprego numa oficina.
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Mas, o trabalho não lhe corria bem e ele franzia a testa. Sentia falta da água de Guimarães, que era a melhor para moldar os
utensílios que fabricava.
O patrão, farto de o ouvir, decidiu, em segredo, mandar vir de Guimarães um barril da tal água milagrosa.
Logo que chegou, a água foi posta no barril onde o cutileiro ia buscar a água para temperar o ferro e o aço, sem que este desse
conta.
Estando o cutileiro a trabalhar mergulhou o ferro no barril de água fria e logo percebeu que aquela era água da sua terra.
Uma lenda que mostra a qualidade especial das águas de Guimarães.
Lenda recolhida pelos alunos Gonçalo Duarte Silva e João Francisco Fonseca, em pesquisa bibliográfica
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Lendas do rio selho e do cutileiro e a boa água de guimarães

  • 1. Página 1 de 10 RIOS E RIBEIROS DE GUIMARÃES Selhinho. Desde o Lugar do Reboto junto a Guimarães corre com o Selho, e se esconde no Lugar dos Sumes, e torna a surgir no Lugar de Serzedelo para se intrometer com o Ave. (pág. 116) (...) Selho. Tem seu nascimento na fonte de S. Torcato perto de Guimarães, e conduzido com o aumento de outros riachos, vai passando triunfante pelos arcos de diversas pontes, a da Madre de Deus, a de Caneiros, a do Miradouro, a do Soeiro, e se vai esconder no rio Ave por baixo da ponte de Serves, conservando sempre o mesmo nome. No Lugar de Penouços deram as águas deste rio de beber às Tropas Portuguesas, e Castelhanas, que se acharam na batalha da Veiga das Favas. (pág. 116) (...) [João Baptista de Castro, Mappa de Portugal Antigo e Moderno, Tomo I, 1762] http://araduca.blogspot.pt/2011/02/rios-e-ribeiros-de-guimaraes.html
  • 2. Página 2 de 10 LENDA DO RIO SELHO Segundo a lenda, há muitos séculos atrás, muitas pessoas viam uma luz a cair no monte, todas as noites. Curiosas, as pessoas foram tentar descobrir o que havia nesse local. Descobriram, então, que enterrado e intacto está o corpo de S. Torcato. Quiseram, de imediato, lavá-lo, mas não tinham água. Foi então que, por milagre, do meio do monte surgiu uma fonte. O caudal era tanto que, assim nasceu o Rio Selho. lenda recolhida pela aluna Maria Manuela Silva, junto do pai e da avó LENDA DA ÁGUA DO SELHO Desde longa data que este país denominado Portugal, teve sempre dificuldades em conseguir fixar todos os seus oriundos. Talvez por vocação ou por fazer parte do destino, a verdade é que houve sempre muito gentio com vontade indómita de, procurando pouso noutras terras, fazendo outras andanças, buscando outras melhorias de vida, a verdade é que a emigração foi sempre tradição deste povo. Fugir à pobreza sempre teve dignidade. Sempre teve este povo uma arma capaz de defender a vida: o arrojo e a força do trabalho. A nossa história oficial, também deveria estar repleta de pequenas histórias do povo anónimo como esta que vamos aqui contar. Manuel da Veiga há já muitos anos que tinha chegado aos Brasis. Com ele levara, além da roupa do corpo, o saco do ofício que aprendera nas oficinas de ferro do Selho com as suas ferramentas e no bolso, um rolo de meia dúzia de notas reais ganhas
  • 3. Página 3 de 10 com suor como cutileiro. Partira numa tarde comprida de um fim de Primavera anunciada e deixara a Maria da Conceição, a sua derradeira paixão, lá na quinta da Pocariça. Tinha-a convidado para fazer vida com ele nos Brasis. Ela tinha dito que não. Partiu com alguma tristeza na alma que ia carregada de muitos amores. Os seus pais. As suas irmãs e o Isaac o Benjamim da família. Os companheiros lá da oficina de cutileiro do Mestre Moura velho, que tinha ensinado tudo o que sabia desde "malhar a frio" a "recortar o ferro a quente", "embolar a ponta" ou "folhear o melhor gume". Tudo isto "truques" do ofício para criar os melhores garfos, facas e colheres do Mundo. Creixomil tem os melhores fazedores de talharia do mundo, amigos !!!. E os amigos sorriam quando o Manel falava assim e toleravam o seu amor à pátria. O seu apego à sua terra. Creixomil é o berço dos mestres do ofício de cutelaria. Já há muito anos que lá se trabalham para a mesa de reis e rainhas e outros importantes que às nossas oficinas encomendam metais por nós trabalhados. Frei António de Souto visita diária do Manel da Veiga lá na sua oficina de Guaritiba, tentava ajudar a que os presentes ouvissem com tolerância aquilo que lhes parecia com exageros. Mas eles sabiam que este homem era mesmo assim imaculado, honesto, verdadeiro. Pois meu amigo tão boa é a obra feita do ferro por mestres como tu?!... Assim é amigo Frei António. Só que a minha terra tem um segredo que eu a si não me importo de contar.. Segredos?!!. Nas artes dos ofícios?!!!... Pois fiquem todos sabendo que aquela veiga verdinha onde me fiz infante, é toda ela atravessada por fios, veios e regatos de água cristalina e pura que é como um verdadeiro sangue da terra. Quando o silêncio chega àquela veiga, ouve-se cantar às águas, melopeias que se infiltram nos escaninhos dos lugares. Quando encontram o ferro fervente a precisar de ser curado das
  • 4. Página 4 de 10 agressões na bigorna, logo ela se torna em óleo ou elixir milagroso que dá ao ferro um toque e um grude novo - é a têmpera. Aquela água parece mágica e nós os mestres cutileiros do sítio sabemos que assim é!... e continuava a fazer tilintar a bigorna a cada martelada incompleta no ferro. O frade via tal convicção nos olhos deste cristão que ficava quase convicto daquele milagre que lhe "vendia" mas, de milagres ele é que sabia. Decidiu então um dia mandar vir por uma nau de retorno que a vila do Conde aportava, uma barrica de água dos regatos da Veiga de Creixomil. Dois tempos de trinta dias estavam cumpridos e eis que lhe chega a notícia do seu compadre dizendo-lhe que a pipa d'água estava já em viagem e que aportaria por uma semana, daí em diante. Não se fez esperado e em dia de quarta-feira foi com o Zé da Feira ao porto buscar a pipa d'água dita milagrosa. Enquanto sorria, ele sabia que desta vez ia tirar tudo a limpo... Chegou à oficina com o presente. Que é qu’esse pipo trás?! Perguntou o Manel da Veiga admirado e antes que alguém falasse continuou. Será vinho verde do Minho, lá de Serafão ou das quintas de Cabeceiras do tio João. Será vinho a "granel" das vides do Selho?!. O povo que se ajuntara, vizinhança do sítio, sorria com a curiosidade do Manel. Ora não é nada de especial. Disse o frade acorrendo junto dele e continuou. Como estás sempre a lamentar que a tua obra de metal nunca sai perfeita como gostarias e deitas sempre a culpa às águas milagrosas. Como só cá a igreja tem maneira para te ajudar a continuar a ser um bom cristão. Então... Manel rejubilou porque acreditou naquilo tudo e, arregaçando as mangas tomou o metal na mão esquerda preso pela turquês e na direita o martelo cantador. Já tinha atiçado a força pois já se sentia o calor.
  • 5. Página 5 de 10 Desancou forte e feio no metal que esquentou na forja encarnada pelo fogo. Todo afogueado foi dado o malho todo a um conjunto de mesa de garfo, colher e faca. Faltava somente dar o fio de gume àquela faca e portanto, a têmpera a todo o conjunto. Tomou as peças e mergulhou naquela água fria e escura trazida na barrica. Logo iniciou as pancadas finais que só os mestres sabiam finalizar. Depois, acto instintivo mergulhou vezes sem conta na água como que abençoada. Os olhos do Manel abriam-se com uma alegria inesperada e sem aguentar mais, declarou de rompante: Com a breca!... Era capaz de apostar qu'esta água é benvinda do meu rio Selho!... Todos ficaram a olhar admirados com tal declaração do cutileiro, pois já todos sabiam da partida que o frade fazia ao Manel Cutileiro. Pois qu'esta água é do Selho da minha terra traz-me o milagre e a saudade. CADERNOS DE CREIXOMIL (existente no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê-se o mar”) ÁGUA DE GUIMARÃES Há séculos, em ano ignorado, um anónimo cutileiro do lugar do Miradouro, animado pela aventura de tentar fortuna, partiu em manhã brumosa para terras do Brasil. Suas armas para os combates de além-mar, eram apenas as suas mãos honradas de artistas e uma vontade de minhoto para chegar e vencer. Porque já então corria mundo a fama dos cutileiros de Guimarães, desde logo foi ajustado a um mestre o nosso artificie do Miradouro.
  • 6. Página 6 de 10 Simplesmente o emigrado obreiro sempre que experimentava a têmpera das suas facas de mato, cutelos e trinchetes; sempre que buscava o fio ao corte das várias peças do seu mister, era certo vê-lo franzir a testa e exclamar com nostálgica tristeza: - Ai, água de Guimarães! Água de Guimarães!... Farto o mestre de ouvir-lhe atribuir à água de Guimarães a virtude química de uma boa têmpera, tomou um dia a secreta resolução de mandar vir um barril com água de Guimarães. (…) Eis senão quando, aportou a terras de Santa Cruz um barril com água de Guimarães, sendo vasada discretamente na celha das têmperas. Feito isto, pôs-se o mestre de olho arteiro e orelha guicha, a espreitar o trabalho do seu oficial, naquele minuto em que o nosso cutileiro mirando e remirando a peça sobre os rojões cadentes da forja, lhe pegava com a tenaz, buscando aquele momento em que a coloração do fogo o aconselhava ao mergulho da peça em fabrico na celha da água fria, para assim transmitir ao aço duro o baptismo da têmpera. Os tons cromáticos e intermédios do amarelo, do vermelho, do cereja, do rosa, do violeta, do azul, apagaram-se. O que, apenas, vencendo a distância, vencendo o tempo, fixando-se na tradição, chegou até nós dessa memorável operação metalúrgica, foi a frase proferida lá no Brasil, pelo cutileiro do Miradouro, no minuto esplêndido em que experimentando a têmpera da nova peça fabricada, atónito e contente, exclamou: - Ou eu sonho, ou a água de Guimarães está aqui!... CARVALHO, A.l. de – Os Mesteres de Guimarães. Barcelos: Ministério da Educação Ncional, 1939. p. 143-145. http://www.amap.pt/page/237
  • 7. Página 7 de 10 LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES Guimarães é terra famosa pelas suas cutelarias. Desde o tempo dos nossos primeiros reis que os cutileiros de Guimarães fabricavam facas, cutelos, machados, foices e outros utensílios. Precisavam estes artesãos de terem sempre junto de si água, boa água para temperar, isto é, para ajudar a moldar os utensílios de ferro ou de aço que fabricavam. Há uma lenda muito curiosa sobre um cutileiro e, claro está, à boa água de Guimarães! Diz essa lenda que, há muito tempo atrás, um anónimo cutileiro de Guimarães que vivia no lugar de Miradouro, em Creixomil, tentado pela aventura e pelo desejo de fazer fortuna emigrou para o Brasil. Apenas levou como instrumentos de trabalho as suas mãos e, no seu coração de minhoto, muita vontade de vencer e muitas saudades da sua terra natal. Chegado ao Brasil, onde já era conhecida a boa fama dos cutileiros de Guimarães, logo arranjou trabalho numa oficina. Lá existia a forja, soprada ao fole de couro e, ao lado, a bogorna, os tornos de mão, os martelos, as tenazes, as talhadeiras, os ponteiros, enfim… os instrumentos próprios de um cutileiro. Simplesmente, sempre que este cutileiro começava um trabalho e tentava moldar as suas facas, os seus cutelos…era costume vê-lo franzir a testa e exclamar com nostálgica tristeza: “Ai água de Guimarães! Ai água de Guimarães!”
  • 8. Página 8 de 10 O mestre, farto de ouvir atribuir à água de Guimarães a virtude especial de ser uma boa têmpera, decidiu, um dia, mandar vir dessa terra portuguesa um barril com a tão desejada água. E o barril com a água de Guimarães lá atravessou o Atlântico e, quando chegou ao Brasil, a água foi deitada, sem que o cutileiro soubesse, no barril de temperar o ferro e o aço. Começa, então, o cutileiro vimaranense a trabalhar e, no momento em que tinha de mergulhar a peça no barril de água fria, espantado e contente, exclama: - Ou é sonho ou a milagrosa água de Guimarães está aqui! É verdade que há águas que têm qualidades especiais e a de Guimarães, com certeza, que as tinha e continua a ter. Esta lenda antiga é muito famosa entre os cutileiros de Guimarães, tendo passado de geração em geração e chegado, desta forma, aos nossos dias. O CUTILEIRO E A BOA ÁGUA DE GUIMARÃES, (existente na BMRB e no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê -se o mar”) LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES Devido à qualidade da água do nosso concelho para a arte de temperar metais, existe uma lenda que conta que um cutileiro que vivia na freguesia de Creixomil emigrou para o Brasil com a intenção de fazer fortuna. Quando lá chegou, rapidamente arranjou emprego de cutileiro mas não conseguia prosseguir a sua profissão com êxito, devido às características da água.
  • 9. Página 9 de 10 E, lembrando-se saudosamente da água de Guimarães desabafava frequentemente dizendo: “Ai água de Guimarães! Ai água de Guimarães!” O seu patrão, farto de ouvir esta frase, mandou vir um barril da tão famosa água de Guimarães e sem dizer ao cutileiro, deitou essa água no barril de temperar o ferro e o aço. Quando o cutileiro retoma o seu trabalho, ao mergulhar os utensílios na água reconhece imediatamente a água da sua terra e os seus produtos adquiriram a partir daí a têmpera ideal. Ainda hoje, a água de Guimarães é famosa pelas suas qualidades e por isso, as conhecidas empresas de cutelaria, estão localizadas nas Taipas devido à proximidade do rio. Vários moinhos existentes em algumas das ribeiras de Guimarães funcionaram durante muitos anos como fábricas de cutelaria. O CUTILEIRO E A BOA ÁGUA DE GUIMARÃES, (existente no dossiê Ler+Mar: Da Penha vê-se o mar”) LENDA DO CUTILEIRO E DA BOA ÁGUA DE GUIMARÃES Guimarães tem grandes tradições na cutelaria. Para moldar os talheres que fabricavam, os artesãos tinham necessidade de usar água. Uma lenda diz que um cutileiro, de Creixomil emigrou para o Brasil. Nada levou, apenas as suas mãos para trabalhar e saudades da sua terra. Chegado ao Brasil, logo arranjou emprego numa oficina.
  • 10. Página 10 de 10 Mas, o trabalho não lhe corria bem e ele franzia a testa. Sentia falta da água de Guimarães, que era a melhor para moldar os utensílios que fabricava. O patrão, farto de o ouvir, decidiu, em segredo, mandar vir de Guimarães um barril da tal água milagrosa. Logo que chegou, a água foi posta no barril onde o cutileiro ia buscar a água para temperar o ferro e o aço, sem que este desse conta. Estando o cutileiro a trabalhar mergulhou o ferro no barril de água fria e logo percebeu que aquela era água da sua terra. Uma lenda que mostra a qualidade especial das águas de Guimarães. Lenda recolhida pelos alunos Gonçalo Duarte Silva e João Francisco Fonseca, em pesquisa bibliográfica EB1 da Pegada- 4º ano