O documento discute como médicos e pacientes devem desenvolver critérios para avaliar a grande quantidade de evidências publicadas na área da saúde. É explicado que ler 19 artigos por dia seria necessário para acompanhar tudo o que é publicado, portanto é importante saber como selecionar artigos de qualidade. O documento fornece diretrizes sobre como realizar uma leitura crítica de artigos científicos, incluindo entender os principais delineamentos de pesquisa, avaliar a validade metodológica e estatística e analis
Curso "Delineamento de um projeto de pesquisa", ministrado por Sandra do Lago Moraes, Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo, maio de 2012
Curso "Delineamento de um projeto de pesquisa", ministrado por Sandra do Lago Moraes, Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo, maio 2012
Curso "Delineamento de um projeto de pesquisa", ministrado por Sandra do Lago Moraes, Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo, maio de 2012
Curso "Delineamento de um projeto de pesquisa", ministrado por Sandra do Lago Moraes, Instituto de Medicina Tropical, Universidade de São Paulo, maio 2012
A apresentação aborda algumas metodologias de análise da qualidade metodológica e qualidade de relato de estudos científicos. A apresentação teve foco em metododologias para avaliação de Ensaios Clínicos.
A apresentação aborda algumas metodologias de análise da qualidade metodológica e qualidade de relato de estudos científicos. A apresentação teve foco em metododologias para avaliação de Ensaios Clínicos.
Princípios da Investigação em Segurança do Paciente/Doente: Visão GeralProqualis
Versão em português do "Curso online: Introdução à investigação sobre segurança do paciente/doente" da Organização Mundial da Saúde (OMS) que abordou, em oito módulos, os elementos básicos da segurança do paciente.
A sessão 2, de título "Princípios da Investigação em Segurança do Paciente/Doente: Visão Geral" foi apresentada no dia 8 de março de 2012 por Monica Martins, colaboradora do Proqualis e Investigadora titular do Departamento de Administração e Planejamento da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Ensp/Fiocruz/MS, Rio de Janeiro, Brasil.
Aa aulas foram traduzidas e adaptadas sob a liderança do portal Proqualis em um esforço conjunto com a Escola de Saúde Pública da Fiocruz (ENSP-Fiocruz), a Escola de Saúde Pública de Portugal e o E-Portuguese.
Versão em português do curso "Curso online: Introdução à investigação sobre segurança do paciente/doente" da Organização Mundial da Saúde (OMS) que abordou, em oito módulos, os elementos básicos da segurança do paciente.
A sexta sessão, de título "Avaliar o impacto", realizada no dia 26 de abril de 2012, foi proferida por Paulo Sousa, PhD, Professor na Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa, Portugal.
A presentation I was asked to do on the Symposium of Diabetes on the ALgarve on 2005. Applying these knowledge come from a scientifical research, critical appraisal and conferring the apliability of this method of thinking to a concise question: what are the evidences for and against using Insulin on DM type 2? might mean hours of work and non useful information.
A aula mostra as principais fontes de consulta sobre eficácia e segurança de medicamentos destacando a importância da busca de informações na tomada de decisões clínicas. Aula produzida por Suely Rozenfeld (ENSP)/Fiocruz. Realização portal Proqualis.
3. Introdução
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• A quantidade de
informações publicadas
na área da saúde é
surpreendente, gerando
grande número de
evidências
• Isto exige dos médicos
(gestor) e dos pacientes
(sociedade) o
estabelecimento de
critérios que apoiem as
decisões tomadas para
assegurar o máximo
benefício com o mínimo
risco e custo.
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4. Introdução
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Médicos generalistas, para conhecerem o que de
interesse é publicado em revistas, teriam que examinar
19 artigos/dia durante 365 dias do ano
Davidoff et al: Evidence based medicine: a new journal to help doctors identify the
information they need. BMJ 1995; 310: 1085. 310: 1085,1995)
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6. A ciência de “rejeitar” artigos
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• Segundo fontes do BMJ* muito (senão a
maioria) do que é publicado é puro lixo.
• Deste modo, devemos estar preparados para
selecionar aqueles artigos que tem uma maior
probabilidade de apresentar informação de
qualidade
Greenhalgh, T. How to read a paper. BMJ 1997; 315: 243-6.
Altman, D. The scandal of poor medical research. BMJ 1994; 308: 283-4.
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7. Coma assim, puro lixo?
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• Se está publicado o artigo não deveria ser
bom?
• Se isso fosse verdade revistas de ponta (e.g.
BMJ, JAMA, Lancet, NEJM, AIM) não
publicariam regularmente artigos
metodológicos alertando sobre este fato.
• O corpo editorial procura ser cuidadoso, mas
a responsabilidade final é do leitor.
• VOCÊ!
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9. O que fazer?
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• Procurar boa fontes
– São bastante úteis
• American College of Physicians
(ACP Journal Club)
• Evidence-Based Medicine
• Journal of Evidence-Based Health
Care
• Bandolier
• Elaborar um sistema de leitura
crítica de artigos que seja
compatível com suas
necessidades.
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Primeiro passo para a leitura crítica:
CONHECER O BÁSICO
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11. Primeiros passos
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• Abordagens de pesquisa clínico-
epidemiológica
• Delineamentos de pesquisa mais comuns
• Rudimentos de estatística
• Aplicar um protocolo específico para cada tipo
de estudo
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12. Abordagens de pesquisa
clínico-epidemiológica
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• Terapia: testar a eficácia de tratamentos com
drogas, procedimentos cirúrgicos, métodos
alternativos de atendimento à população
(serviços de saúde) ou outras intervenções.
• Diagnóstico: demonstrar se um novo teste ou
procedimento diagnóstico é válido (podemos
confiar nele?) e preciso (os resultados são os
mesmos em múltiplas testagens?).
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• Etiologia: determinar se um potencial agente
ou hábito “de risco” está relacionado com o
desenvolvimento de doença.
• Prognóstico: demonstrar o que pode
acontecer no curso natural de uma doença ou
condição clínica (geralmente a partir de um
estágio precoce).
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14. Delineamentos de pesquisa mais
comuns
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Primários Secundários
• Observacionais • Revisão sistemática
– série de casos (metanálise)
– estudo transversal • Diretrizes (guidelines)
– estudo de coorte • Outros
– estudo de caso-controle – análise decisória
• Experimentais – análise econômica
– experimento
laboratorial
– ensaio clínico
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15. A hierarquia dos
delineamentos de pesquisa
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• Metanálise
• Ensaio clínico randomizado
• Coorte contemporânea
(est. Incidência)
• Coorte histórica
• Ca-co (c. Incidentes -
aninhado)
• Ca-co (c. Prevalentes -
aninhado)
• Estudo transversal/est.
Prevalência/est. Ecológico
• Estudo de casos; série de Estudos
casos Transversais
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16. Abordagens de pesquisa clínico-
epidemiológica:
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• Delineamentos de pesquisa preferenciais
– Terapia: Ensaio clínico randomizado
– Diagnóstico: Estudo transversal/Estudo de coorte
– Etiologia: Estudo de coorte; Estudo de caso-
controle
– Prognóstico: Estudo de coorte
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17. 17
Segundo passo para a leitura crítica:
MONTANDO UMA ABORDAGEM
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18. Montando uma abordagem
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• Avaliar se o título interessa e o resumo traz
elementos informativos necessários e
suficientes
• Avaliar aspectos de validade
(pontos primários e secundários)
• Avaliar os resultados (utilidade)
• Aspectos práticos
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19. Aspectos da validade
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• Problemas metodológicos e erros sitemáticos
(vieses: seleção, aferição, confusão). Cada tipo
de artigo deve sofrer uma avaliação específica
(de acordo com sua abordagem clínico-
epidemiológica), considerando pontos
primários (mais grosseiros) e pontos
secundários (mais detalhados).
• Questões estatísticas
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20. Pontos primários
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• Terapia
– randomização?
– seguimento completo, longo e intention-to-treat?
• Diagnóstico
– compara com padrão-ouro?
– espectro adequado para prática clínica?
• Etiologia
– grupos semelhantes no basal?
– desfecho/exposição medidos igualmente nos grupos?
– seguimento completo e longo?
• Prognóstico
– amostra bem definida em ponto comum (pref. precoce)
– seguimento completo e longo?
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21. A ciência de “rejeitar”
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• Quando um artigo não atingir os pontos
primários no protocolo de avaliação crítica, o
melhor a se fazer é descartá-lo e passar para o
próximo.
• Artigos que atingem os pontos primários
(e secundários) possuem a maior
probabilidade de apresentar informação de
qualidade.
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23. Questões estatísticas
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• Ajuste para fatores de confusão
• General linear models
– ANOVA multiway; ANCOVA, regressão linear múltipla
– regressão logística
– regressão de Cox (proportional hazards model)
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24. Aspectos dos Resultados
• Observar se eles foram descritos e
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apresentados de forma objetiva, clara, precisa
e em uma sequência lógica,
– Medidas resumidoras adequadas
• Analisar as tabelas, gráficos e figuras
• Valor P (papel do acaso)
• Verificar a magnitude do efeito
– RR,RP, IC95%
• Os resultados estão de acordo com o
delineamento proposto
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29. Aplicabilidade
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• Os resultados ajudarão
no cuidado dos
pacientes
• Considerar o tipo de
paciente
• Análise de subgrupo
• O desfecho tem
importância clínica
• Balanço
custo/benefício (NNT)
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