Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Junto aos ribeiros de rúben grandes foram as resoluções do coração
1. Junto aos ribeiros de Rúben grandesJunto aos ribeiros de Rúben grandesJunto aos ribeiros de Rúben grandesJunto aos ribeiros de Rúben grandes
foram as resoluções do coração.foram as resoluções do coração.foram as resoluções do coração.foram as resoluções do coração.
Welington José Ferreira
2. O coração do ser humano é parecido com um porto inacabado. Ou
semelhante a um salão de guerra, desses onde os altos comandos
tomam certas decisões. Sempre tem ali um salão destes, nem que
este seja uma tenda improvisada montada a beira da cidade sitiada.
Lá tem o general romano com a maquete a sua frente posicionando
as miniaturas das máquinas de guerra, inclusive invenções inéditas
dos engenheiros recém formados daqueles tempos de outrora. Pode
ser que não houvesse a tal da maquete que sempre aparece nos
filmes nos acampamentos romanos, mas na segunda guerra estavam
lá. Se bem que virou padrão cinéfilo, porque até nos filmes chineses
lá estão os imperadores posicionando os bonequinhos de seu sempre-
invencível-exército. .Nesse palco ou salão oval montado no campo de
batalha tem sempre um monte de gente opinando e pelo menos
umas três linhas gerais de estratégias. Pelo menos três.
Nunca vi um plano de guerra com menos que três estratégias
diferentes, mesmo que na verdade somente uma seja factível. Seja
como for é ali que se tomam as importantes decisões que definirão o
futuro de determinada batalha. Lá em Juízes há um cântico de
Débora que lembra um desses salões improvisados do qual ela canta
" nas correntes de Rúben grandiosas foram as decisões do coração".
O coração tem sempre um salão destes em algum lugar interior e lá o
nosso conselho de guerra sempre se reúne. Nosso conselho de guerra
interior tem sempre três personagens presentes em todas as
reuniões, nossa mente, nosso coração e a nossa carne - nossa
consciência corporal. Pelo menos esses três. As vezes tem uma
guerra antes da guerra propriamente dita, quando essas três
entidades interiores rolam no chão do salão improvisado discutindo
qual deve ser a melhor estratégia, e as vezes a briga se prolonga
até as altas horas da madrugada. Vivemos num mundo em guerra
em todos os sentidos. E todo mundo tem sua guerra individual.
Incluindo cada uma de nossas partes, essas três que nos constituem
Nossas bravas entidades, mente, coração e carne também tem suas
guerras individuais e quando chegam no salão interno já vem
manchadas de lama, arranhadas espancadas, feridas e por vezes
cobertas de sangue. Pois é. O corpo luta contra o cansaço, obesidade,
enfermidades, mudanças hormonais, metabólicas, processos de
desgaste, envelhecimento, fortíssimos desejos. Quando chega no
salão...está um trapo. A alma, representada pela mente, cansada de
lutar contra conceitos, desejos, pensamentos, tristezas, sentimentos,
memórias, lembranças, reminiscências, marcas emocionais, vícios de
comportamento, atitudes mentais adquiridas, as feridas dos
destratos, o estudo cansativo, a luta para sobreviver, as relações de
trabalho, relacionamentos, etc.
O coração que empresta seu salão, nosso eu interior, chega
cambaleante as vezes. Ele é que recebe os tiros mais pesados da
3. artilharia invisível, sente os terrores noturnos, ouve as vozes do
passado, percebe intenções ocultas e as coisas espirituais dolorosas
como só elas podem ser.
Mas é nesse salão que a vida acontece.
Normalmente as decisões do coração são as melhores, as da mente
centradas ou em argumentos ou em emoções, as vezes falham e as
da carne normalmente um desastre. Não. Nem sempre. As vezes o
corpo sente exatamente o que necessita sentir. Só não podemos
deixar guiar os rumos da reunião. Há o Conselheiro. Essa figura
estóica por vezes aparta a briga dos três. Dos três. Sempre dos três.
E suas decisões são melhores do que as do coração, da mente ou da
carne.
O salão de guerra interior se ilumina quando ele se manifesta, afinal
sua educação não permite falar sem que hajam ouvintes. O Espírito
de Deus sempre está presente nas reuniões do conselho de guerra.
Sempre. Ao menos naqueles que sofreram a reforma interna, aquela
reforma tão radical que Nicodemos uma vez até questionou "Como
pode alguém nascer de novo?" e claro, convidá-lo a habitar nesse
coração reformado pelo menos para todo o sempre. Não
necessariamente na mesma ordem.
As vezes esses três obstinados que representam a gente de um modo
integral, coração, mente, corpo, dão uma de joão-sem-braço,
discutem, chegam as suas conclusões de logística e voltam
imediatamente para o campo de batalha. O resultado é sempre o
mesmo. Coração cambaleante apoiado na mente errante, com tapa-
olho e braço enfaixado e nosso corpo se arrastando até a mesa do
conselho. Sempre os três. Já diziam antigos provérbios que sem
conselhos não se vai a guerra.
A moça virtuosa, no amor, é o premio, para o coração de um homem
que entrar e sair do conselho interior, aconselhado por Deus!
Ou para a moça, o homem virtuoso, é o premio. Não
necessariamente na mesma ordem. Um conselho de respeito.
Para os três. Sim.
Necessariamente para os três.
4. WELINGTON CORPORATION
Livro de Juizes, Velho Testamento.
Tem uma nação, creio que ...num sei... cabras maus, dona de um
exército com 900 carros de ferro, tanques de guerra da época,
governante chamado Jabin, comandante chamado Sisera. Por 20
anos eles obrigaram a nação israelita a pesado jugo de impostos,
tomando bens, agricultura, rebanhos, etc. Sisera seria assessor de
Darth Vader, essa ocupação não era pacifica, instauraram um reino
de terror, mortes diárias, estupros, prisões, crueldade manifesta em
doses cavalares como instrumento de dominação.
Não havia em tal época acordos internacionais para tratamento de
prisioneiros, etc.
Sísera era o cabra-cruel. Não são referidos seus atos de violência de
maneira explicita, mas pelo desespero israelita subtende-se que
ditadura seria uma palavra doce para explicar a situação.
Uma profetiza de nome Déborah vai até um dos nobres de Israel e
diz que se ele reunir um exército das tribos e enfrentar o
poderosíssimo exército de Jabin, será vitorioso.
5. Baraque, diz, OK, Desde que VOCÊ, DEBORAH, venha junto para a
batalha. Não estava concedendo muito crédito na dita profecia.
Deborah vai com ele, mas, avisa que por causa dessa semi-
incredulidade, meio crédulo, meio incrédulo, ele vencerá, MAS, não
iria ficar com o crédito. Já que necessitava de uma mulher ao seu
lado numa frente de guerra, a vitória plena viria pelas mãos de uma
mulher E Lá foi Baraque reunindo tropas e convocando gente para a
missão suicida entre as cidades e tribos de Israel.
Algumas não quiseram ir. Ao passar pela tribo de Ruben, na parte da
terra que ficava perto de um ribeiro, vou chutar, Jordão, houve uma
certa apreensão. Afinal não é todo dia que convidam a você a ir lutar
contra inimigos invencíveis, sabendo que se perder os caras são
cruéis demais da conta.
E eles se reúnem perto do ribeiro pra decidir se vão ou não. Se
tivessem decidido não ir, o desfalque seria tão grande que as chances
cairiam pra menos que zero.
Eles resolvem ir.
Junto aos ribeiros de Rúben grandes foram as resoluções do coração.
Israel vence, o exército invencível é vencido, os carros de guerra
destroçados. Sisera foge desesperado para uma cidadela qualquer
onde não houvesse israelitas e entra numa tenda qualquer a convite
de uma mulher qualquer que falava aramaico, a mesma língua dos
assírios. A moça não era israelita. Pertencia a uma tribo árabe de
nômades do deserto, antiga tribo que tinha um ancestral comum
com os israelitas:
Um tal de JETRO pai de uma tal de ZIPORA
Esposa de um tal de MOISÈS
A moça era justamente descendente do sogro de Moisés.
OH! AZAR! Sisera!
A moça acaba com ele dentro da tenda.
Deborah canta essa vitória e no seu cântico uma das estrofes do
cântico é:
Junto aos ribeiros de Rúben
grandes foram as resoluções do
coração.