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Juizos de Realidade e
        Valor
   Juízo de Valor: Juízos de valor são afirmações
    emitidas baseadas em crenças, valores, princípios ou
    percepções de cada indivíduo. Nem sempre os juízos
    podem ser assim separados, mas com certeza, valores
    religiosos, político-partidários e de torcidas (clubes
    ou tribos), são, essencialmente, juízos de valor.
    Pensamentos expressos que dependem do conjunto de
    valores, princípios, crenças e percepções particulares
    e próprios de cada indivíduo, são expressões de
    JUÍZO DE VALOR.
   Juízo de Realidade: O JUÍZO DE
    REALIDADE está vinculado à experiência.
    Ele surge da elaboração ideal das experiências
    diretas. Com o juízo da realidade, por meio da
    avaliação, o homem atribui significado à
    realidade, como ele a percebe
   CASO DE MIGUEL
   Miguel é um artista, solteiro, de boa aparência,
    33 anos de idade. Eis, a seguir, como foi
    percebido por diversas pessoas no dia X.
   RELATO DA MÃE
   “Miguel levantou correndo, não quis tomar café, não ligou
    para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só
    apanhou cigarros e fósforos. Não quis botar o cachecol que eu
    dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a
    meus pedidos para se alimentar e se abrigar. Ele continua
    sendo uma criança que precisa de atentimento, pois não
    reconhece o que é bom para si próprio”.
   RELATO DO CHOFER DE TÁXI
   “Hoje de manhã apanhei um sujetio que eu não fui muito com
    a cara dele. Estava de cara amarrada, seco, não queria saber de
    conversa. Tentei falar sobre futebol, sobre política, sobre o
    tráfego e sempre me mandou calar a boca, dizendo que tinha
    de se concentrar. Desconfio que ele é um cara subversivo,
    desses que a polícia anda procurando ou desses sujeitos que
    assaltam chofer de táxi para roubar. Aposto como andava
    armado. Fiquei louco para me livrar dele”.
   RELATO DO GARÇON DA BOATE
   “Ontem à noite ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem bonita
    por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Passou o tempo todo
    olhando para toda mulher que chegava. Quando entrou uma loira de
    vestido colante, me chamou e queria saber quem ela era. Como eu não
    conhecia, nãoteve dúvidas: fui na mesa dela falar com ela. Eu não disfarcei
    e passei por perto e só pude ouvir que ele marcava um encontro às 9 horas
    da manhã, bem nas barbas do acompanhante dela. Sujeito peitudo! Eu
    também dou minhas voltinhas, mas essa foi demais...”.
   RELATO DO ZELADOR DO EDIFÍCIO
   “Ele não é muito certo da bola, não. Às vezes cumprimenta, ãs vezes finge
    que não vê ninguém. As conversas dele a gente não entende. É parecido
    com um parente meu que enlouqueceu. No dia X de manhã chegou até
    falando sozinho. Eu dei um bom dia e ele me olhou com um olhar estranho
    e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras não eram iguais
    pra todos e nem as pessoas. Me deu um puxão na gola e apontou pra uma
    senhora que passava e disse que cada um olhava para ela e via uma coisa
    diferente. Disse também que, quando ele pintava um quadro, aquilo é que
    era a realidade. Dava risadas. Está na cara que ele é lunático.”
    RELATO DA FAXINEIRA
   “Ele anda sempre com um ar misterioso. Os quadros
    que ele pinta a gente não entende. Quando ele
    chegou, na manhã do dia X, ele me olhou meio
    enviesado e eu tive um pressentimento de que ia
    acontecer alguma coisa ruim. Pouco depois chegou
    uma moça loira. Ela me perguntou onde ele se
    encontrava e eu disse. Daí a pouco eu ouvi ela gritar e
    eu acudi correndo. Abri a porta de supetão e el estava
    com uma cara furiosa olhando para ela, cheio de ódio.
    Ela estava jogada no divã e no chão tinha uma faca.
    Eu saí gritando: Assassino! Assassino!”
   CASO MIGUEL – 2ª PARTE.
   Eis a seguir, como Miguel relata o que ocorreu
    no dia X.
   “Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O
    resto não tem importância. Há meses que
    quero pinta uma Madona do século XX, mas
    não encontro uma modelo adequada que
    encarne a beleza, a pureza e o sofrimento, que
    eu quero retratar”.
   “Na véspera do dia X, uma amiga me telefonou
    dizendo que tinha encontrado a modelo que eu
    procurava e propôs que nos encontrássemos na boate
    que ela freqüentava. Eu estava ansioso para vê-la.
    Quando ela chegou, fiquei fascinado: era exatamente
    o que eu queria! Não tive dúvidas: fui até a mesa
    dela, me apresentei e pedi para ela posar para mim.
    Ela aceitou e marcamos um encontro no atelier às 9
    horas da manhã. Eu nem dormi direito aquela noit.
    Me levantei ansioso, louco para começar o trabalho,
    nem podia tomar café de tão agitado”.
   “No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando nos ângulos da
    figura, no jogo de luz e sombra, na textura, nos matizes”.
   “Quando entrei no edifício, eu estava cantando baixinho. O
    zelador falou comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí eu
    perguntei: ‘O que foi?’. E ele disse: ‘Bom dia. Nada mais do
    que bom dia”. Ele não sabia o que aquele dia significava para
    mim! Sonhos, fantasias, aspiração. Tudo iria se tornar
    realidade, enfim, com a execução daquele quadro. Eu tentei
    explicar para ele. Eu disse que a verdade era relativa, que cada
    pessoa vê a mesma coisa de forma diferente.”
   “Quando eu pinto um quadro, aquilo é a minha realidade. Ele
    me chamou de lunático. Eu dei uma risada e disse: ‘Está aí a
    prova do que eudisse: o lunático que você vê, não existe’”.
   “Quando eu subia a escada, a faxineira veio me espiar. Não
    gosto daquela velha mexeriqueira”.
   “Entrei no atelier e comecei a preparar a tela e as tintas.
    Quando eu estava limpando a paleta com uma faca, tocou a
    campainha. Abri a porta e a moça entrou. Ela estava com o
    mesmo vestido da véspera e explicou que passara a noite em
    claro, numa festa”.
   “Eu pedi que sentasse no lugar indicado e que olhasse para o
    alto, que imaginasse inocentes sofrendo, que...”.
   “Aí ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse
    que eu era simpático. Eu afastei seus braços e
    perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a
    festa estava ótima, que foi uma pena eu não ter estado
    lá, que ela sentiu minha falta, que gostava de mim.
    Quando ela me enlaçou de novo eu a empurrei e ela
    caiu no divã e gritou”.
   “Nesse instante a faxineira entrou e saiu berrando:
    Assassino! Assassino!”.
   “A loira levantou-se e foi embora me chamando de
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   “A minha madona!...”.

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H I S TÓ R I A S Q U E A 5ª B C O N T A V E R SÃ O A N T E R I O R D...
H I S TÓ R I A S  Q U E  A 5ª  B  C O N T A    V E R SÃ O  A N T E R I O R  D...H I S TÓ R I A S  Q U E  A 5ª  B  C O N T A    V E R SÃ O  A N T E R I O R  D...
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Landslide
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07. o anjo maldito
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Cuidebemdoseuamor x(1)
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Juizos de realidade e valor

  • 2. Juízo de Valor: Juízos de valor são afirmações emitidas baseadas em crenças, valores, princípios ou percepções de cada indivíduo. Nem sempre os juízos podem ser assim separados, mas com certeza, valores religiosos, político-partidários e de torcidas (clubes ou tribos), são, essencialmente, juízos de valor. Pensamentos expressos que dependem do conjunto de valores, princípios, crenças e percepções particulares e próprios de cada indivíduo, são expressões de JUÍZO DE VALOR.
  • 3. Juízo de Realidade: O JUÍZO DE REALIDADE está vinculado à experiência. Ele surge da elaboração ideal das experiências diretas. Com o juízo da realidade, por meio da avaliação, o homem atribui significado à realidade, como ele a percebe
  • 4. CASO DE MIGUEL  Miguel é um artista, solteiro, de boa aparência, 33 anos de idade. Eis, a seguir, como foi percebido por diversas pessoas no dia X.
  • 5. RELATO DA MÃE  “Miguel levantou correndo, não quis tomar café, não ligou para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só apanhou cigarros e fósforos. Não quis botar o cachecol que eu dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a meus pedidos para se alimentar e se abrigar. Ele continua sendo uma criança que precisa de atentimento, pois não reconhece o que é bom para si próprio”.  RELATO DO CHOFER DE TÁXI  “Hoje de manhã apanhei um sujetio que eu não fui muito com a cara dele. Estava de cara amarrada, seco, não queria saber de conversa. Tentei falar sobre futebol, sobre política, sobre o tráfego e sempre me mandou calar a boca, dizendo que tinha de se concentrar. Desconfio que ele é um cara subversivo, desses que a polícia anda procurando ou desses sujeitos que assaltam chofer de táxi para roubar. Aposto como andava armado. Fiquei louco para me livrar dele”.
  • 6. RELATO DO GARÇON DA BOATE  “Ontem à noite ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem bonita por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Passou o tempo todo olhando para toda mulher que chegava. Quando entrou uma loira de vestido colante, me chamou e queria saber quem ela era. Como eu não conhecia, nãoteve dúvidas: fui na mesa dela falar com ela. Eu não disfarcei e passei por perto e só pude ouvir que ele marcava um encontro às 9 horas da manhã, bem nas barbas do acompanhante dela. Sujeito peitudo! Eu também dou minhas voltinhas, mas essa foi demais...”.  RELATO DO ZELADOR DO EDIFÍCIO  “Ele não é muito certo da bola, não. Às vezes cumprimenta, ãs vezes finge que não vê ninguém. As conversas dele a gente não entende. É parecido com um parente meu que enlouqueceu. No dia X de manhã chegou até falando sozinho. Eu dei um bom dia e ele me olhou com um olhar estranho e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras não eram iguais pra todos e nem as pessoas. Me deu um puxão na gola e apontou pra uma senhora que passava e disse que cada um olhava para ela e via uma coisa diferente. Disse também que, quando ele pintava um quadro, aquilo é que era a realidade. Dava risadas. Está na cara que ele é lunático.”
  • 7. RELATO DA FAXINEIRA  “Ele anda sempre com um ar misterioso. Os quadros que ele pinta a gente não entende. Quando ele chegou, na manhã do dia X, ele me olhou meio enviesado e eu tive um pressentimento de que ia acontecer alguma coisa ruim. Pouco depois chegou uma moça loira. Ela me perguntou onde ele se encontrava e eu disse. Daí a pouco eu ouvi ela gritar e eu acudi correndo. Abri a porta de supetão e el estava com uma cara furiosa olhando para ela, cheio de ódio. Ela estava jogada no divã e no chão tinha uma faca. Eu saí gritando: Assassino! Assassino!”
  • 8. CASO MIGUEL – 2ª PARTE.  Eis a seguir, como Miguel relata o que ocorreu no dia X.  “Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O resto não tem importância. Há meses que quero pinta uma Madona do século XX, mas não encontro uma modelo adequada que encarne a beleza, a pureza e o sofrimento, que eu quero retratar”.
  • 9. “Na véspera do dia X, uma amiga me telefonou dizendo que tinha encontrado a modelo que eu procurava e propôs que nos encontrássemos na boate que ela freqüentava. Eu estava ansioso para vê-la. Quando ela chegou, fiquei fascinado: era exatamente o que eu queria! Não tive dúvidas: fui até a mesa dela, me apresentei e pedi para ela posar para mim. Ela aceitou e marcamos um encontro no atelier às 9 horas da manhã. Eu nem dormi direito aquela noit. Me levantei ansioso, louco para começar o trabalho, nem podia tomar café de tão agitado”.
  • 10. “No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando nos ângulos da figura, no jogo de luz e sombra, na textura, nos matizes”.  “Quando entrei no edifício, eu estava cantando baixinho. O zelador falou comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí eu perguntei: ‘O que foi?’. E ele disse: ‘Bom dia. Nada mais do que bom dia”. Ele não sabia o que aquele dia significava para mim! Sonhos, fantasias, aspiração. Tudo iria se tornar realidade, enfim, com a execução daquele quadro. Eu tentei explicar para ele. Eu disse que a verdade era relativa, que cada pessoa vê a mesma coisa de forma diferente.”
  • 11. “Quando eu pinto um quadro, aquilo é a minha realidade. Ele me chamou de lunático. Eu dei uma risada e disse: ‘Está aí a prova do que eudisse: o lunático que você vê, não existe’”.  “Quando eu subia a escada, a faxineira veio me espiar. Não gosto daquela velha mexeriqueira”.  “Entrei no atelier e comecei a preparar a tela e as tintas. Quando eu estava limpando a paleta com uma faca, tocou a campainha. Abri a porta e a moça entrou. Ela estava com o mesmo vestido da véspera e explicou que passara a noite em claro, numa festa”.  “Eu pedi que sentasse no lugar indicado e que olhasse para o alto, que imaginasse inocentes sofrendo, que...”.
  • 12. “Aí ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse que eu era simpático. Eu afastei seus braços e perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a festa estava ótima, que foi uma pena eu não ter estado lá, que ela sentiu minha falta, que gostava de mim. Quando ela me enlaçou de novo eu a empurrei e ela caiu no divã e gritou”.  “Nesse instante a faxineira entrou e saiu berrando: Assassino! Assassino!”.  “A loira levantou-se e foi embora me chamando de idiota”.  “A minha madona!...”.