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A Demanda Energética e Suas Implicações

Os suprimentos de petróleo são finitos e tem sido
consumidos com uma velocidade avassaladora. Cerca de             Contribuição para o efeito Estufa
metade da energia consumida no mundo provem de petróleo
e gás natural (PETROBRRÁS, 1991, p. 2). Soma-se a isto,
uma população mundial em franco crescimento, o que                     Desmatamento
                                                                              9%
implica no aumento da demanda energética, aliada às               Agricultura
pressões econômicas e industriais pelo “desenvolvimento”.            14%

Somos hoje 5,5 bilhões de pessoas e a população no mundo
                                                                  Indústria
dobra a cada 40 anos, a uma velocidade de 1,7% ao ano.                                             Produção
                                                                     3%
                                                                                                   Energética
                                                                                                     57%
Esses fatos levam-nos a pensar em fontes de energia                     CFC
                                                                        17%
renováveis: aquelas que se reconstituem naturalmente, num
curto período de tempo. Fontes renováveis são por
exemplo, a energia geotérmica, a hidroelétrica, a térmica     Contribuições para o Efeito Estufa - Aquecimento
dos oceanos, a solar, a energia das marés, a eólica, a        Global
biomassa (álcoois, óleos ou gases extraídos de plantas e         Fonte : GOLDEMBERG, 1995
utilizados para queima) e a madeira.

Frente à crise energética mundial, é preciso repensar os
                                                                 Contribuição dos Gases no Efeito Estufa
processos construtivos, e incluir as considerações
                                                                              Aquecimento Global
energéticas e ambientais em nossa sistemática, pensando
qual a linguagem que essa nova arquitetura deverá assumir.                               CFC 11 e 12
                                                                                            17%
É tempo de se criar uma arquitetura mais econômica, bem
como mais coerente e humana.
                                                                                               outros CFC
                                                                                                   7%
Por outro lado, a geração de energia é o principal elemento         CO2                           N2O
                                                                    55%                           6%
de degradação ambiental dentre os agentes poluidores.
Nordhaus (1991, citado por Zylbersztajn, 1992) afirma que
                                                                                            CH4
76% das emissões, a longo prazo, de CO2, óxidos de                                          15%
nitrogênio e metano, a produção e o uso de energia, são
responsáveis pelo efeito estufa.                              Contribuição dos Gases no Efeito Estufa -
                                                              Aquecimento Global
Se a estes dados acrescentarmos os danos causados pelas             Fonte : GOLDEMBERG, 1995
inundações decorrentes das hidroelétricas, as chuvas ácidas
das emissões de óxidos de enxofre e de nitrogênio, e os acidentes em minas e plataformas, oleodutos e gasodutos,
petroleiros, centrais nucleares, barragens e outras plantas energéticas, teremos um quadro negro e assustador da
destruição da natureza e do equilíbrio.
Esses números são gradativamente mais significativos quanto
         Produção de Petróleo no Brasil (%)
                                                             mais desenvolvido o país é. No Brasil, esses valores são ainda
 Rio de Janeiro                                    63,0      baixos, já que 90% da energia provem de usinas hidroelétricas,
                                                             que não lançam poluentes atmosféricos. Segundo Zylbersztajn,
 Rio Grande do Norte                               12,5
                                                             (1992) estima-se que cerca de 20% das emissões de CO2 sejam
 Bahia                                             11,0      devidos à produção e ao uso de energia, sendo os 80% restantes
 Sergipe                                            7,0      provocados pelos desmatamentos.

 Ceará                                              3,0
                                                             De acordo com o Balanço Energético Nacional, em 1990, o
 Espírito Santo                                     2,0      petróleo representava 32,7% do consumo final, a eletricidade
 Alagoas                                            1,0      37,2% (dos quais 92% são de origem hidráulica), a lenha 8,9%,
                                                             o bagaço de cana 6,8%, o carvão mineral 3,4% e o gás natural
 Paraná *                                           0,5
                                                             1,9%.
 * Incluindo 50% de participação do petróleo extraído do
 xisto                                                       No Brasil, em 1984, a eletricidade era a principal fonte de
                                                             energia na indústria (48,2%), seguida pelos óleos combustíveis
 Obs. Do total da produção de petróleo, 70% são
                                                             (10,6%) e pelo carvão vegetal (9%). (TERADA, 1985, p. 72)
 produzidos no mar e 30% em terra.
                                                             O consumo energético total no setor industrial atingiu 52
 Produção de Petróleo no Brasil                              milhões de TEP (tonelada equivalentes de petróleo).
     Fonte: PETROBRÁS, 1993, p. 4.

                                                   O setor industrial é responsável pela maior porção de consumo
final, por setor no Brasil. Em média, este consumiu, no período de 1975 a 1985, 37% de toda a energia consumida
no país. Somados, o setor industrial e o de transportes, representam mais da metade do consumo energético total
do país. (TERADA, 1985, p. 70)

                                 Total - Consumo Acumulado até Julho - GWh

                                                                       Anos
          Discriminação                  1994             1995       1996        1997        1998      98 a 94

          Capital                     17.877        19.428        19.449       20.109      20.174
          Var. %                        -              8,7          0,11          3,4         0,3        12,8
          Acréscimo                     -            1.551            21          660          65       2.297
          Interior                    26.920        29.017        28.975       31.496      32.613
          Var. %                        -              7,8         (0,14)         8,7         3,5        21,1
          A(De)créscimo                 -            2.097           (42)       2.521       1.117       5.693
          Total                       44.797        48.445        48.424       51.605      52.787
          Var. %                         2,7           8,1         (0,04)         6,6         2,3        17,8
          A(De)créscimo                1.190         3.648           (21)       3.181       1.182       7.990

   Consumo de energia total em GWh – Estado de São Paulo
         Fonte: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. 1998.




O Balanço Energético Nacional de 1990 mostra que o setor industrial foi responsável por 38,5% do consumo
energético total, os transportes 19,4%, o setor residencial 16,4%, o setor energético 7,9% e o setor comercial e
público juntos, 7,6%. Nas últimas décadas, a demanda no setor residencial tem diminuído em virtude da
substituição de fontes de baixa eficiência (lenha) para outras mais eficientes (eletricidade, gás) e também devido
aos programas de educação de economia de energia do governo.

Romero (1991, p. 6) fala em 59% da demanda energética, no estado de São Paulo, para o setor industrial, 11% para
os setores de serviços e comércio, 21% para o setor residencial, e 8% para “outros”.

Já segundo o Balanço Energético Nacional de 1996, metade do consumo energético é devido à indústria, 25%
devido às residências, sendo o restante repartido quase que igualmente entre os setores público e comercial.
Considerando-se a área construída destas edificações, o setor comercial é responsável pelo maior consumo relativo,
em torno dos 10 Kwh/m2 por mês em média. O setor também possui a maior velocidade de crescimento do
consumo. (MACÊDO FILHO, 1998)



                        Classe Comercial - Consumo Acumulado até Julho - GWh

                                                                  Anos
        Discriminação                 1994          1995        1996         1997         1998      98 a 94

        Capital                       3.331        3.709       4.053        4.307        4.626
        Var. %                         -            11,3         9,3          6,3          7,4         38,9
        Acréscimo                      -             378         344          254          319        1.295
        Interior                      2.398        2.692       2.969        3.235        3.604
        Var. %                         -            12,3        10,3          9,0         11,4         50,3
        Acréscimo                      -             294         277          266          369        1.206
        Total                         5.729        6.401       7.022        7.542        8.230
        Var. %                           5,6        11,7         9,7           7,4          9,1        43,7
        Acréscimo                       303          672         621          520          688        2.501

   Consumo de energia em GWh do setor comercial – Estado de São Paulo
      Fonte: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. 1998.




O setor comercial, com uma evolução constante de seu desempenho nos últimos quatro anos, possui uma
participação de 15,6% na estrutura do mercado total. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE
ESTADO DE ENERGIA. 1998.)


No entanto, o setor comercial oferece o melhor potencial de conservação de energia, já que, na maioria dos casos,
70% da energia consumida, , se deve à iluminação e aos sistemas de condicionamento de ar, fatores intimamente
ligados à arquitetura. Portanto, arquitetos, engenheiros e construtores assumem o importante papel de buscar
soluções para diminuir a demanda energética dos edifícios, sem que isso implique na redução qualitativa de suas
instalações, do conforto e da funcionalidade.

                                               Referências Bibliográficas

CESP - Companhia Energética de São Paulo. Anuário Estatístico de Energia Elétrica e Gás Canalizado - Estado de São Paulo,
    1997. CESP, 1998.
GOLDEMBERG, José. Energy , Enviroment and Development. International Academy of the Enviroment. Geneva, Suíça,
    1995.

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. Boletim Conjuntura Energia.
    V.3 N 07. São Paulo, Julho 1998.

GROLIER ELECTRONIC PUBLISHING. The 1995 Grolier Multimedia Encyclopedia. Versão 7.05 (CD-Rom), 1995.

ISO - International Organization for Standardization. Consulta no site da Internet http://www.iso.ch

MACÊDO FILHO, Antonio; CASTRO NETO, Jayme Spinola. Otimização Enegética em Edifícios de Escritórios através da
    Reabilitação Tecnológica. In: NUTAU’98 - Arquitetura e Urbanismo: Tecnologias para o Século XXI. FAU-USP, de 8 a
    11 de setembro de 1998. Anais. FAU-USP, 1998.

MACKENZIE, Dorothy. Design For The Environment. New York: Rizzoli, 1991.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço Energético Nacional 1990. Brasília, 1991.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço Energético Nacional 1996. Brasília, 1997.

Modelo Econômico Põe em Risco Futuro da Sociedade. O Estado de São Paulo, 2/11/98.

NORDHAUS, W. D. Economics Approaches to Greenhouse Warming. In: DORNBUSH, R., POTERBA J. M. (edit.), Global
    Warming: Economic Policy Responses. The MIT Press, Cambridge, 1991. (Citado por: ZYLBERSZTAJN, David.
    Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento no Brasil. In: MENEZES, L. C. org., Terra Gasta: a Questão do Meio
    Ambiente. São Paulo, EDUC, 1992.)

PETROBRÁS, REVAP - Refinaria Henrique Lage. 1990- 10O Ano de Produção. São José dos Campos, /s.n./, 1991.

PETROBRÁS. Conheça a Petrobrás. /s.l./s.n./1993.

ROMERO, Marcelo de Andrade. Conservação de Energia e o Projeto de Arquitetura: uma Análise Geral. Sinopses no 16, p.
    5-9. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, dez 91.

TERADA, Oscar Akihiko. Conservação de Energia na Indústria. In: SEMINÁRIO INTRODUÇÃO DE TECNOLOGIAS
    ENERGÉTICAS NO BRASIL ATÉ O ANO 2000, 1988, Montevideo. Anais. V. 2, p. 67-97.

UNCHS – United Nations Conference on Human Settlements. The Habitat Agenda. UNCHS, 1996.

UNCHS – United Nations Conference on Human Settlements. Report of the United Nations Conference on Human Settlements
    (HABITAT II). Istambul, 3 a 14 de junho de 1996. Preliminary version. UNCHS, out. 1996.

ZYLBERSZTAJN, David. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento no Brasil. In: MENEZES, L. C. org., Terra Gasta: a
    Questão do Meio Ambiente. São Paulo, EDUC, 1992.

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Demanda energetica

  • 1. A Demanda Energética e Suas Implicações Os suprimentos de petróleo são finitos e tem sido consumidos com uma velocidade avassaladora. Cerca de Contribuição para o efeito Estufa metade da energia consumida no mundo provem de petróleo e gás natural (PETROBRRÁS, 1991, p. 2). Soma-se a isto, uma população mundial em franco crescimento, o que Desmatamento 9% implica no aumento da demanda energética, aliada às Agricultura pressões econômicas e industriais pelo “desenvolvimento”. 14% Somos hoje 5,5 bilhões de pessoas e a população no mundo Indústria dobra a cada 40 anos, a uma velocidade de 1,7% ao ano. Produção 3% Energética 57% Esses fatos levam-nos a pensar em fontes de energia CFC 17% renováveis: aquelas que se reconstituem naturalmente, num curto período de tempo. Fontes renováveis são por exemplo, a energia geotérmica, a hidroelétrica, a térmica Contribuições para o Efeito Estufa - Aquecimento dos oceanos, a solar, a energia das marés, a eólica, a Global biomassa (álcoois, óleos ou gases extraídos de plantas e Fonte : GOLDEMBERG, 1995 utilizados para queima) e a madeira. Frente à crise energética mundial, é preciso repensar os Contribuição dos Gases no Efeito Estufa processos construtivos, e incluir as considerações Aquecimento Global energéticas e ambientais em nossa sistemática, pensando qual a linguagem que essa nova arquitetura deverá assumir. CFC 11 e 12 17% É tempo de se criar uma arquitetura mais econômica, bem como mais coerente e humana. outros CFC 7% Por outro lado, a geração de energia é o principal elemento CO2 N2O 55% 6% de degradação ambiental dentre os agentes poluidores. Nordhaus (1991, citado por Zylbersztajn, 1992) afirma que CH4 76% das emissões, a longo prazo, de CO2, óxidos de 15% nitrogênio e metano, a produção e o uso de energia, são responsáveis pelo efeito estufa. Contribuição dos Gases no Efeito Estufa - Aquecimento Global Se a estes dados acrescentarmos os danos causados pelas Fonte : GOLDEMBERG, 1995 inundações decorrentes das hidroelétricas, as chuvas ácidas das emissões de óxidos de enxofre e de nitrogênio, e os acidentes em minas e plataformas, oleodutos e gasodutos, petroleiros, centrais nucleares, barragens e outras plantas energéticas, teremos um quadro negro e assustador da destruição da natureza e do equilíbrio.
  • 2. Esses números são gradativamente mais significativos quanto Produção de Petróleo no Brasil (%) mais desenvolvido o país é. No Brasil, esses valores são ainda Rio de Janeiro 63,0 baixos, já que 90% da energia provem de usinas hidroelétricas, que não lançam poluentes atmosféricos. Segundo Zylbersztajn, Rio Grande do Norte 12,5 (1992) estima-se que cerca de 20% das emissões de CO2 sejam Bahia 11,0 devidos à produção e ao uso de energia, sendo os 80% restantes Sergipe 7,0 provocados pelos desmatamentos. Ceará 3,0 De acordo com o Balanço Energético Nacional, em 1990, o Espírito Santo 2,0 petróleo representava 32,7% do consumo final, a eletricidade Alagoas 1,0 37,2% (dos quais 92% são de origem hidráulica), a lenha 8,9%, o bagaço de cana 6,8%, o carvão mineral 3,4% e o gás natural Paraná * 0,5 1,9%. * Incluindo 50% de participação do petróleo extraído do xisto No Brasil, em 1984, a eletricidade era a principal fonte de energia na indústria (48,2%), seguida pelos óleos combustíveis Obs. Do total da produção de petróleo, 70% são (10,6%) e pelo carvão vegetal (9%). (TERADA, 1985, p. 72) produzidos no mar e 30% em terra. O consumo energético total no setor industrial atingiu 52 Produção de Petróleo no Brasil milhões de TEP (tonelada equivalentes de petróleo). Fonte: PETROBRÁS, 1993, p. 4. O setor industrial é responsável pela maior porção de consumo final, por setor no Brasil. Em média, este consumiu, no período de 1975 a 1985, 37% de toda a energia consumida no país. Somados, o setor industrial e o de transportes, representam mais da metade do consumo energético total do país. (TERADA, 1985, p. 70) Total - Consumo Acumulado até Julho - GWh Anos Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 98 a 94 Capital 17.877 19.428 19.449 20.109 20.174 Var. % - 8,7 0,11 3,4 0,3 12,8 Acréscimo - 1.551 21 660 65 2.297 Interior 26.920 29.017 28.975 31.496 32.613 Var. % - 7,8 (0,14) 8,7 3,5 21,1 A(De)créscimo - 2.097 (42) 2.521 1.117 5.693 Total 44.797 48.445 48.424 51.605 52.787 Var. % 2,7 8,1 (0,04) 6,6 2,3 17,8 A(De)créscimo 1.190 3.648 (21) 3.181 1.182 7.990 Consumo de energia total em GWh – Estado de São Paulo Fonte: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. 1998. O Balanço Energético Nacional de 1990 mostra que o setor industrial foi responsável por 38,5% do consumo energético total, os transportes 19,4%, o setor residencial 16,4%, o setor energético 7,9% e o setor comercial e
  • 3. público juntos, 7,6%. Nas últimas décadas, a demanda no setor residencial tem diminuído em virtude da substituição de fontes de baixa eficiência (lenha) para outras mais eficientes (eletricidade, gás) e também devido aos programas de educação de economia de energia do governo. Romero (1991, p. 6) fala em 59% da demanda energética, no estado de São Paulo, para o setor industrial, 11% para os setores de serviços e comércio, 21% para o setor residencial, e 8% para “outros”. Já segundo o Balanço Energético Nacional de 1996, metade do consumo energético é devido à indústria, 25% devido às residências, sendo o restante repartido quase que igualmente entre os setores público e comercial. Considerando-se a área construída destas edificações, o setor comercial é responsável pelo maior consumo relativo, em torno dos 10 Kwh/m2 por mês em média. O setor também possui a maior velocidade de crescimento do consumo. (MACÊDO FILHO, 1998) Classe Comercial - Consumo Acumulado até Julho - GWh Anos Discriminação 1994 1995 1996 1997 1998 98 a 94 Capital 3.331 3.709 4.053 4.307 4.626 Var. % - 11,3 9,3 6,3 7,4 38,9 Acréscimo - 378 344 254 319 1.295 Interior 2.398 2.692 2.969 3.235 3.604 Var. % - 12,3 10,3 9,0 11,4 50,3 Acréscimo - 294 277 266 369 1.206 Total 5.729 6.401 7.022 7.542 8.230 Var. % 5,6 11,7 9,7 7,4 9,1 43,7 Acréscimo 303 672 621 520 688 2.501 Consumo de energia em GWh do setor comercial – Estado de São Paulo Fonte: GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. 1998. O setor comercial, com uma evolução constante de seu desempenho nos últimos quatro anos, possui uma participação de 15,6% na estrutura do mercado total. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. 1998.) No entanto, o setor comercial oferece o melhor potencial de conservação de energia, já que, na maioria dos casos, 70% da energia consumida, , se deve à iluminação e aos sistemas de condicionamento de ar, fatores intimamente ligados à arquitetura. Portanto, arquitetos, engenheiros e construtores assumem o importante papel de buscar soluções para diminuir a demanda energética dos edifícios, sem que isso implique na redução qualitativa de suas instalações, do conforto e da funcionalidade. Referências Bibliográficas CESP - Companhia Energética de São Paulo. Anuário Estatístico de Energia Elétrica e Gás Canalizado - Estado de São Paulo, 1997. CESP, 1998.
  • 4. GOLDEMBERG, José. Energy , Enviroment and Development. International Academy of the Enviroment. Geneva, Suíça, 1995. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SECRETARIA DE ESTADO DE ENERGIA. Boletim Conjuntura Energia. V.3 N 07. São Paulo, Julho 1998. GROLIER ELECTRONIC PUBLISHING. The 1995 Grolier Multimedia Encyclopedia. Versão 7.05 (CD-Rom), 1995. ISO - International Organization for Standardization. Consulta no site da Internet http://www.iso.ch MACÊDO FILHO, Antonio; CASTRO NETO, Jayme Spinola. Otimização Enegética em Edifícios de Escritórios através da Reabilitação Tecnológica. In: NUTAU’98 - Arquitetura e Urbanismo: Tecnologias para o Século XXI. FAU-USP, de 8 a 11 de setembro de 1998. Anais. FAU-USP, 1998. MACKENZIE, Dorothy. Design For The Environment. New York: Rizzoli, 1991. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço Energético Nacional 1990. Brasília, 1991. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. Balanço Energético Nacional 1996. Brasília, 1997. Modelo Econômico Põe em Risco Futuro da Sociedade. O Estado de São Paulo, 2/11/98. NORDHAUS, W. D. Economics Approaches to Greenhouse Warming. In: DORNBUSH, R., POTERBA J. M. (edit.), Global Warming: Economic Policy Responses. The MIT Press, Cambridge, 1991. (Citado por: ZYLBERSZTAJN, David. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento no Brasil. In: MENEZES, L. C. org., Terra Gasta: a Questão do Meio Ambiente. São Paulo, EDUC, 1992.) PETROBRÁS, REVAP - Refinaria Henrique Lage. 1990- 10O Ano de Produção. São José dos Campos, /s.n./, 1991. PETROBRÁS. Conheça a Petrobrás. /s.l./s.n./1993. ROMERO, Marcelo de Andrade. Conservação de Energia e o Projeto de Arquitetura: uma Análise Geral. Sinopses no 16, p. 5-9. São Paulo: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, dez 91. TERADA, Oscar Akihiko. Conservação de Energia na Indústria. In: SEMINÁRIO INTRODUÇÃO DE TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS NO BRASIL ATÉ O ANO 2000, 1988, Montevideo. Anais. V. 2, p. 67-97. UNCHS – United Nations Conference on Human Settlements. The Habitat Agenda. UNCHS, 1996. UNCHS – United Nations Conference on Human Settlements. Report of the United Nations Conference on Human Settlements (HABITAT II). Istambul, 3 a 14 de junho de 1996. Preliminary version. UNCHS, out. 1996. ZYLBERSZTAJN, David. Energia, Meio Ambiente e Desenvolvimento no Brasil. In: MENEZES, L. C. org., Terra Gasta: a Questão do Meio Ambiente. São Paulo, EDUC, 1992.