As doenças respiratórias afetam milhões de pessoas em todo o mundo e representam um grave problema de saúde pública. No Brasil, as principais doenças respiratórias são asma, DPOC e pneumonia, que causam altas taxas de hospitalização e mortalidade. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para reduzir os impactos dessas doenças.
IVAS em crianças: agentes etiológicos e antibioticoterapiaLorena de Assis
Artigo de revisão sobre Infecção das Vias Aéreas Superiores em crianças: agentes etiológicos e antibioticoterapia publicado pela ACTA ORL/ Técnicas em Otorrinolaringologia.
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de
saúde pública no Brasil. Esta patologia pode levar a complicações graves e ao óbito,
especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção viral (crianças menores
de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas
não transmissiveis e outras condições clínicas especiais). A cada ano esta gripe pode se
apresentar de forma diferente, assim como a infecção pode afetar diferentemente as pessoas.
IVAS em crianças: agentes etiológicos e antibioticoterapiaLorena de Assis
Artigo de revisão sobre Infecção das Vias Aéreas Superiores em crianças: agentes etiológicos e antibioticoterapia publicado pela ACTA ORL/ Técnicas em Otorrinolaringologia.
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, e é um problema de
saúde pública no Brasil. Esta patologia pode levar a complicações graves e ao óbito,
especialmente nos grupos de alto risco para as complicações da infecção viral (crianças menores
de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas
não transmissiveis e outras condições clínicas especiais). A cada ano esta gripe pode se
apresentar de forma diferente, assim como a infecção pode afetar diferentemente as pessoas.
Protocolo de Manejo Clínico da Síndrome Respiratória Aguda GraveFarmacêutico Digital
• Detectar casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave de maneira oportuna;
• Reduzir a ocorrência de formas graves e de óbitos;
• Monitorar as complicações da doença; e
• Acompanhar casos de SRAG com internação hospitalar.
Artigo de revisão do Jornal de Pediatria sobre diagnóstico e tratamento das infecções das vias aéreas superiores, comuns na prática clínica da pediatria.
Protocolo de Manejo Clínico da Síndrome Respiratória Aguda GraveFarmacêutico Digital
• Detectar casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave de maneira oportuna;
• Reduzir a ocorrência de formas graves e de óbitos;
• Monitorar as complicações da doença; e
• Acompanhar casos de SRAG com internação hospitalar.
Artigo de revisão do Jornal de Pediatria sobre diagnóstico e tratamento das infecções das vias aéreas superiores, comuns na prática clínica da pediatria.
A Ciência sob ataque: Indústria antivacina e dos tratamentos milagrosos negacionistas - Palestra para a Jornada contra a Anti Ciência - Projeto de Extensão da FC UNESP/Bauru em 27/Set/2022
Uso Racional de Antibióticos na População Geriátrica - Palestra do Prof. Dr. Alexandre Naime Barbosa no Simpósio Meeting the Experts Aging em 26/08/2022
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
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C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
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Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
A ÉTICA NA MODERNIDADE(Crise d moral e problemas atuais).pptx
Influenza e Doenças Respiratórias do Inverno 2016
1. Panorama mundial
doenças respiratórias
afetam indivíduos de
todas as idades e
são consideradas
um grave problema
de saúde pública
D
oençasrespiratóriascrônicas
representamumdosmaiores
problemas de saúde pública
mundial e milhões de pes
soas, de todas as idades, sofrem dessas
enfermidades ao redor do planeta, com
aproximadamente 500 milhões vivendo
em países em desenvolvimento, como
o Brasil. No País, as pneumonias são a
principalcausadeinternaçãonoSistema
ÚnicodeSaúde(SUS),comaproximada
mente 700 mil casos por ano. Além dis
so, cerca de 30 milhões de pessoas são
acometidas por asma, 7 milhões têm
doença pulmonar obstrutiva crôni
ca (DPOC) e, apesar de não existir
levantamento epidemiológico de
precisão da fibrose pulmonar idio
pática(FPI),estima-sequeadoença
atinjade13mila18milbrasileiros.
Esses números dão a dimensão do
grave quadro de acometimento de
doenças respiratórias no Brasil,
gerandolimitaçõeseforteim
pactoeconômicoesocial.
Asenfermidadespodemserclassifica
das como agudas, com maior prevalên
cia de gripes, resfriados e pneumonias;
e crônicas, com destaque para asma e
DPOC,ambascomaltaprevalência,par
ticularmente entre crianças e idosos. As
doençasrespiratóriasafetamaqualidade
de vida dos pacientes e podem provocar
limitações físicas, emocionais e intelec
tuais, com sérias consequências para a
vida pessoal e profissional. O médico
pneumologistaMauroGomes,professor
da disciplina de Pneumologia da Facul
dadedeCiênciasMédicasdaSantaCasa
deSãoPauloecoordenadordaComissão
de Infecções Respiratórias e Micoses da
Sociedade Brasileira de Pneumologia e
Tisiologia (SBPT), alerta que tanto as
doenças respiratórias agudas como as
crônicas são preocupantes, pois podem
levar à limitação respiratória e ao óbito.
Cada doença tem uma característi
ca em especial, com diferentes grupos
de risco. As pneumonias, por exemplo,
podemocorrer em qualquer idade, mas
os idosos são os que possuem o maior
risco de óbito pela doença. Já a asma
tem alta prevalência desde a infância,
enquanto a DPOC apresenta maior risco
para indivíduos que fumam e têm mais
de40anos.Afibrosepulmonaridiopáti
cacostumaacometerpessoascommais
de50anosdeidadeenãopossuiainda
uma causa definida. O médico Mauro
Gomes lembra que a DPOC custa aos
cofres públicos aproximadamente
R$ 100 milhões por ano e as inter
nações por pneumonia consomem,
em média, R$ 500 milhões anuais
doSUS.“SeaDPOCnãofordevida
mente tratada, os pacientes podem
desenvolverexacerbações,também
conhecidas como crises de falta de
ar, com a consequente ida ao pronto-
Elessandra Asevedo
AndreyPopov/stock.adobe.com
capa
2. preocupantesocorro,internações e até o óbito”, pon
tua (leia mais na página 6).
A pneumonia, mesmo sendo uma
doençacurávelcomantibióticos,éaprin
cipalcausadehospitalizaçõesnoBrasile
a terceira em mortalidade, com cerca de
70milóbitosporano.“Asvacinascontra
gripeepneumoniapodemajudararedu
zir as mortes”, afirma o pneumologista
Mauro Gomes. Já a FPI, doença rara,
de causa idiopática, progressiva e fatal,
ocasiona um tipo de ‘enrijecimento’ dos
pulmões, que perdem a capacidade de
realizar a captação de oxigênio do am
biente. A taxa de diagnósticos para a FPI
é extremamente baixa, pois os sintomas
típicos na fase inicial da doença, como
falta de ar e tosse crônica seca, são con
fundidoscomquestõesprópriasdoenve
lhecimento,doençascardíacas,enfisema
pulmonar, bronquite crônica ou outras
enfermidades inflamatórias do pulmão.
O especialista afirma que, mesmo sem
dados de incidência no Brasil, a doença
também preocupa porque, após recebe
remodiagnóstico,emgeral,ospacientes
têmmédiadetrêsanosdevida,sobrevida
menordoqueemmuitostiposdecâncer.
O câncer de pulmão é outra doença
respiratória relacionada ao tabagismo e
uma das principais neoplasias malignas
no País. Neste ano, de acordo com as es
timativasdoInstitutoNacionaldeCâncer
(INCA), o Brasil deverá registrar 17.330
casosnovosentrehomens–incluindotra
queia, brônquios e pulmões – e 10.890
entre mulheres. Esses números corres
pondemaumriscoestimadode17,49ca
sosnovosacada100milhomense10,54
paracada100milmulheres.Ocâncerde
pulmão leva a uma rápida deterioração
da função respiratória e possui alta taxa
de mortalidade, pois geralmente é diag
nosticado em estágio avançado e com
poucas chances de cura. “Para o suces
so no tratamento do câncer de pulmão
é fundamental o diagnóstico precoce. A
únicaprevençãoexistenteéacessaçãodo
tabagismo”, ressalta o especialista.
Com objetivo de reduzir o núme
ro de pessoas com câncer, entre outras
doenças crônicas não transmissíveis, o
Ministério da Saúde tem investido for
temente no controle do tabagismo, com
atualização das diretrizes de cuidado à
pessoa tabagista e ampliação do acesso
aotratamento.Alémdisso,foramcriados
Centros de Referência em Abordagem e
Tratamento dos Fumantes nas unidades
de saúde de maior densidade tecnoló
gica e nos hospitais capacitados segun
do o modelo do Programa Nacional de
Controle do Tabagismo (PNCT). Os in
teressadospodemrecebergratuitamente
medicamentos,comoadesivos,pastilhas,
gomas de mascar (terapia de reposição
de nicotina) e bupropiona.
Asma
Quarta causa de internação hospita
lar no Brasil, a asma começa a se mani
festar ainda na infância, sendo mais pre
Regina Maria de Carvalho Pinto Mauro Gomes
valente nos meninos até a adolescência,
enquanto na fase adulta o perfil muda e
asmulheressãomaisacometidas.Doen
ça crônica e inflamatória dos brônquios,
de causa alérgica, a asma provoca prin
cipalmente falta de ar e chiado do peito,
resultando em sérios impactos na vida
cotidiana. A doença pode causar queda
naqualidadedosonoesintomasdiurnos,
levando ao comprometimento das ativi
dades de vida diárias, com consequente
necessidade de faltar na escola e no tra
balho.Dadosdeuminquéritoepidemio
lógicorecentemostramqueaprevalência
nainfânciaéde18%a20%,enquantona
fase adulta é de 10% a 12%. No Brasil, a
prevalência fica acima de 10%, patamar
semelhanteaodeEstadosUnidos,Cana
dá, Austrália e Reino Unido.
“A asma é mais frequente em regiões
industrializadas e com maior exposição
ambiental à poluição e aos agentes
alergênicos, e ainda tem alta taxa de
mortalidade, considerando-se a ocor
rência de 6 a 8 óbitos por dia no Brasil”,
informa a médica Regina Maria de Car
valho Pinto, pneumologista do Instituto
do Coração do Hospital das Clínicas da
julho a setembro 2016 I Super Saudável5
3. A doença pulmonar obstrutiva crônica, denominação que engloba a bron
quitecrônicaeoenfisemapulmonar,écausadaprincipalmentepelo tabagismo
e acomete as faixas etárias acima dos 40 anos, com taxas de mortalidade muito
preocupantes: atualmente, é a terceira causa de morte no mundo e a quinta no
Brasil. Historicamente, a enfermidade é mais prevalente nos homens pelo vício
dotabagismo,masoaumentodefumantesentreapopulaçãofemininapreocu
pa os especialistas, porque a DPOC, aparentemente, tem curso mais grave e é
maissintomáticanasmulheres,commaiorperdadafunçãopulmonar.ADPOC
também está relacionada a outras formas de exposição, como fumaça de fogão
e forno a lenha e queima de biomassa. “A mortalidade pela doença está em
crescimentoesóperdeparaasdoençascardiovasculares.Eanossapreocupação
aumentaporqueaproximadamente15%dosfumantesvãodesenvolverDPOC”,
acentua a médica Regina Maria de Carvalho Pinto.
Apneumologistachamaaatençãoparaofatodequeadoençaésubdiagnos
ticada,poissomente12%dospacientesrecebemodiagnósticoe,destes,apenas
aproximadamente 18% têm acesso ao tratamento. Entre as razões apontadas
para este problema estão a necessidade de os médicos incluírem a DPOC no rol
dos diagnósticos diferenciais de pacientes com queixa de falta de ar, o fato de
os sintomas aparecerem quando a doença já está instalada e porque o diagnós
tico é confirmado por meio do exame de espirometria, que mede a capacidade
pulmonar.“Oexameésimples,maspoucoutilizadonapráticaclínicapelafalta
de hábito e pelo difícil acesso ao equipamento que, apesar de não ser de alto
custo, ainda é pouco disponível nos serviços médicos de forma geral, o que di
ficulta o acesso. O exame também é fundamental para o acompanhamento da
Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo (Incor-HC-FMUSP) e presidente da
SociedadePaulistadePneumologiaeTisiologia
(SPPT). Há cerca de 30 anos, com a inclusão
do corticoide inalado no tratamento da asma e,
posteriormente, às outras classes terapêuticas,
ocorreumelhoradocontroledadoença,embora
dadosnacionaisemundiaisindiquemquemuito
setemafazer,umavezqueastaxasdecontrole
aindaestãomuitoaquémdoesperado,apesarde
todo o arsenal terapêutico disponível.
Além do difícil acesso ao medicamento,
ainda ocorre baixa adesão ao tratamento, pois,
quando há melhora dos sintomas, muitos pa
cientes interrompem o uso dos medicamentos.
Entre5%e10%dospacientessãoconsiderados
asmáticosgraveseprecisamutilizaraltasdoses
demedicação,comooscorticoidesinalatóriose
broncodilatadores,ealgunstêmaténecessidade
de corticoide sistêmico, com risco de desenvol
vercomorbidadescomohipertensão,osteoporo
seediabetes.Jáexistemalgunsimunobiológicos
disponíveis para o tratamento da asma, entre
tanto, com indicação para grupos com carac
terísticas específicas. Outro agravante é que os
imunobiológicos são de alto custo, limitando o
acesso.“Emborarepresentemumapequenapro
porçãonouniversodeasmáticos,essespacientes
são os que mais consomem recursos da saúde,
poissãofrequentementeinternados,necessitam
deconsultasemprontos-socorrosedeconsultas
não agendadas”, pontua a médica.
Uma pesquisa global realizada pela Kantar
Health, que contou com a participação de 200
brasileiros,buscoucompreendermaisprofunda
mente a influência da asma na produtividade.
Nolevantamento,89%dospacientesasmáticos
afirmaram que a doença afetou seu rendimen
to no trabalho. Ao serem questionados sobre
o número de horas de trabalho afetadas por
causa dos sintomas, 72% indicaram que quase
sete horas eram perdidas por semana, o que re
presenta quase um dia útil. “Para a mudança
neste cenário é preciso a obtenção do controle
daasmapormeiodamaiorconscientizaçãodos
pacientes sobre a importância do tratamento,
que pode reduzir os casos de maior gravidade e
amortalidadepeladoença”,sinalizaopneumo
logistaMauroGomes,daFaculdadedeCiências
Médicas da Santa Casa de São Paulo.
O perigo está nos vírus
ArquivoSuperSaudável
DPOC apresenta alto
capa
As doenças respiratórias mais fre-
quentesnoBrasilsãoagripeeoresfriado,
muitocomunsdemaioaoutubro,quando
Alexandre Naime Barbosa
está mais frio e as pessoas ficam mais
confinadas em ambientes fechados, sem
ventilação e com aglomerados populacio-
nais. Assim como a gripe, a pneumonia
viralpodesermoderadaoudeintensidade
grave, levando à febre alta, dores fortes
pelo corpo e, muitas vezes, à falta de ar
e insuficiência respiratória aguda. Esses
sintomas podem ocasionar a morte,
principalmenteemalgunsgruposderisco,
comomenoresde2anosemaioresde60
anos de idade, grávidas, puérperas e in-
divíduos portadores de doenças crônicas.
Os casos podem aumentar por maior
susceptibilidade da população, pela
mutação dos vírus – especialmente o
Influenza – e pela falta de vacinação nos
anos anteriores. O Influenza H1N1, por
exemplo, é intrinsecamente mais patogê-
nico e causa quadros clínicos mais graves
6Super Saudável I julho a setembro 2016
4. Photographee.eu/stock.adobe.com
doença, permitindo a classificação da gravidade para planejamento
terapêutico. É importante ressaltar que a DPOC é uma doença com
comorbidadesassociadas,comohipertensão,cardiopatias,osteo
porose, depressão e diabetes”, acentua.
Outra dificuldade é que, em geral, a doença é desconhecida e
negligenciadapelosprópriospacientesque,normalmente,acham
quesintomascomofaltadear,cansaço,tossefrequenteeaumentona
produção de catarro (pigarro crônico) são próprios do hábito de fumar
ou da idade. Porém, esses sintomas podem ser fortes indícios de DPOC e é
importante que um especialista seja prontamente procurado para estabelecer
um diagnóstico. “A cessação do tabagismo é um fator importante para a redução
da incidência da DPOC”, pontua o médico pneumologista Mauro Gomes.
O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas do Ministério da Saúde (PCDT) para
tratamentodeDPOC,queorientaofluxoparadiagnósticoetratamento,trouxeumgrande
avanço na área, mas não contempla todas as classes farmacológicas disponíveis para o
tratamento. O Estado de São Paulo, por meio da Secretaria Estadual da Saúde, tem
um protocolo publicado em 2007 que supre algumas dessas lacunas. Outras cidades
brasileirastambémsupremasnecessidadespormeiodeprotocoloslocaisqueinserem
medicamentosusadosháanosecujosbenefíciosjáestãobemestabelecidosnotrata
mento.ADPOCtambémpodeserdecorrentedecausagenética,devidoàdeficiência
dealfa1antitripsina,queresultanoaparecimentodadoençaemfaixasetáriasmais
precoces.Aalfa1antitripsinaéumaglicoproteínaproduzidaprincipalmentepelos
hepatócitos,cujaprincipalfunçãoéinibiraelastaseneutrofílica,umaproteasede
serina que tem capacidade de hidrolisar as fibras de elastina no pulmão.
risco
que os outros membros da família Influenza, por ser mais agressivo ao
pulmão, a outras estruturas respiratórias e ao organismo como um todo.
O médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, professor doutor da
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), explica
que o vírus está com maior circulação, e também mais precoce do que
nos anos anteriores, por alguns motivos especulativos.
Segundo o especialista, existem três possibilidades possíveis para
essa situação epidemiológica mais agressiva. Uma delas é a falta de
cobertura vacinal adequada em 2013, 2014 e 2015, com o número
de pessoas vacinadas, entre os grupos de risco, inferior à meta de
80% devido à falta de preocupação da população. A segunda
hipótese é que, como o verão deste ano teve um grande
período de chuvas em comparação aos anos anteriores, a
população ficou mais aglomerada e em ambientes com
pouca ventilação. “Há, ainda, a possibilidade de maior
circulação de um vírus ‘importado’, pois, no Hemisfério
Norte, houve muitos casos no fim de 2015 e começo
desteano.Provavelmente,oinfluxodeturistasdesses
locais ao Brasil pode ter contribuído para o cenário
de aumento de casos”, acredita.