Depois de ler vários livros (ditos infantis) distribuídos pelo Governo Federal às Escolas, resolvi escrever o meu. O Governo precisa abrir o leque, e deixar de "presentear" os apadrinhados. Quem precisa de presente são os estudantes. Preciso dizer mais alguma coisa?

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2. O Movimento “Literatura Clandestina”
apresenta
em: Escrevendo Para Crianças
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3. Meus sinceros agradecimentos
aos poetas/escritores:
Luiz Nazcimentto
Tonho dos Anjos (Açucena)
Danniel Valente
Anorkinda Neide
Mavie Louzada
Marilda Amaral
Nelmara Cosmo
Elenilson Nascimento
e muitos outros,
pelo apoio, incentivo e etc.
Obrigado.
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4. Movimento “Literatura Clandestina”
ESCREVENDO PARA
CRIANÇAS
1ª edição
2013
Salvador – Ba.
Editor independente
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5. Copyright by A.J. Cardiais
http://ajcardiais.blogspot.com.br
ajcardiais@gmail.com
ESCREVENDO PARA
CRIANÇAS
A.J. Cardiais
Capa: Clube de Autores
Imagem da capa: Antony Gabriel
www.clubedeautores.com.br
São Paulo – SP
Textos registrados no Escritório de Direitos Autorais da
Fundação Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura. Podem
ser copiados, contanto que seja mantido o nome do autor.
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6. SUMÁRIO
Escrevendo para crianças
Poesia para crianças
Profissão de criança
No reino da imaginação
Para mudar a cara do dia
Palavras soltas
O pum do gambá
O japonês “talvez”
Rimando a casa
A nuvenzinha
Criança se exibindo
O desabafo de um cão
Só de brincadeira
Observações pueril – I e II
Mundo da gataria
O gatinho Pepe
O gatinho palhacinho
O gatinho folgado
O gatinho ficou doentinho
A gatinha Lara
A inocência do gatinho
Ao gatinho, todo carinho
O gatinho enganado
A galinha bem comportada
O gatão
A arvorezinha
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7. A historinha da poesia
A imaginação da porta
Palavra: um poema supérfluo
Imaginação do bem e do mal
Fiz um troço
Vento frio
Quartel da poesia
Dr. Problema
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8. Escrevendo Para Crianças
Quando escrevo para criança,
coloco o texto na balança
e vejo o peso que tem.
Se pesar, não vai prestar...
Se ficar leve,
não prestará também.
Criança é que nem ninguém:
não sabe o que quer,
mas sabendo muito bem
o que não quer.
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9. Poesia Para Criança
Poesia para criança
tem que ter esperança.
Tem que ter fantasia
rimando com alegria;
Tem que ter muita cor
para colorir de amor.
Tem que ter gargalhada
pra ficar de alma lavada;
Tem que ter uma molequeira
que sirva de brincadeira.
Tem que ter algum mistério,
para parecer que é sério;
E também algum insulto,
porque criança imita o adulto.
Porém, o que é mais preciso
é criar um paraíso.
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10. Profissão de Criança
Criança adora ser herói...
E quer ser tanta coisa
que até dói.
Quer ser bombeiro,
policial, delegado,
médico, dentista,
engenheiro, advogado...
Se vai ao circo,
quer ser trapezista.
Se gosta de um ator,
quer ser artista...
Nem falo em jogador,
porque todos querem jogar.
Outro quer ser cantor,
porque gosta de cantar.
Se pega um trem,
logo quer ser maquinista.
Quando vê um caminhão,
sonha em ser motorista
e viajar por este mundão...
E assim segue a criança
sempre mudando de profissão.
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11. No Reino da Imaginação
Tire os pés do chão
e viaje no sonho.
Ligue a imaginação
enquanto componho.
Viaje num trem bala,
sem sair da sala.
Tira a fantasia
de dentro da mala.
O sonho se instala
com facilidade.
O perfume que exala
é de felicidade.
Tire os pés do chão
e entre no mundo
do faz de conta.
Lá tem sapo trapalhão,
cão vagabundo
e a bicharada apronta.
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12. Para Mudar a Cara do Dia
Diga sempre bom dia,
mesmo estando chovendo.
Assim o dia acaba ouvindo
e não vai ficar entendendo.
Aí o dia fica pensando:
como é que estou chovendo,
e este povo está gostando?
Não estou acreditando
no que estou escutando...
Agora vou mandar é sol!
Quero ver esse povo
ficar é reclamando.
Quando eu tento agradar,
o povo fica me xingando!
Agora vou é pirraçar...
Vou fazer de tudo
só para contrariar.
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13. Palavras Soltas
O meu caderno é um quartel...
Se deixo as palavras soltas,
elas saem como loucas.
Então eu as prendo no papel.
Não sou nenhum coronel.
Mas prender palavras é comigo.
Elas soltas são um perigo,
vão fazer um escarcéu.
Não jogo palavras ao léu...
Palavras têm serventia.
Serve até para fantasia!
Então caiu a sopa no mel:
transformo-as em poesia
e deixo brincarem no céu.
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