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Tópicos de linguagem
Existem em nossa língua algumas palavras e expressões muito comuns, mas que, às vezes,
oferecem dúvidas quanto ao seu correto emprego:


POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ


1. Por que deve ser grafado separadamente quando se trata de duas palavras: preposição
por + pronome que. Assim, temos os seguintes casos:

a) Quando equivale a pelo qual e variações, temos a preposição por seguida do pronome
relativo que.
Exemplos:

    Este é o ideal por que luto. (= ... pelo qual ...)
       Essa é a profissão por que sempre ansiei.
                       (=... pela qual ...)

b) Quando equivale a por qual razão, por qual motivo, trata-se da preposição por seguida
do pronome interrogativo que.

Exemplos:
      Por que seu amigo não veio à festa?
  (= Por qual razão ...)
   Não sei por que ele faltou.
           (=... por qual motivo ...)




2. Por quê, equivalendo a por qual razão, por qual motivo, deve ser grafado em duas
palavras quando se trata de um pronome interrogativo posicionado no final da frase. Nesse
caso, ele deve receber acento circunflexo:
       Seu amigo não veio por quê? (= Por qual razão? )
       Ele não veio, mas não sei por quê. (=... por qual motivo. )

3. Porque deve ser grafado numa só palavra quando se trata de uma conjunção
equivalente a uma vez que, visto que ou pois.        Exemplo:

Não fui à escola porque estava doente. (= ... uma vez que... ou visto que ...)

Feche a porta, porque está ventando muito. (= ... pois está ...)
4. Porquê só deve ser empregado como substantivo. Neste caso, sempre aparece
antecedido de um determinante.
Exemplos:
               Desconheço o porquê de tanta mentiras.
               Não aceito mais os seus falsos porquês.


MAS / MAIS / MÁS

As três palavras são válidas. Convém notar que algumas palavras ou expressões muito
comuns em nossa comunicação cotidiana, por desconhecimento dos preceitos fixados pelo
uso culto do idioma, acabam sendo grafadas ou empregadas erroneamente. Note-se que
estamos lidando com um aspecto técnico da linguagem. O correto emprego de tais palavras
ou expressões implica um razoável domínio do padrão culto da língua portuguesa.
Observe-se, por exemplo, o emprego de mas, más e mais:

1. Mais é um advérbio de intensidade (“Ela é a mais bonita das cabrochas) ou pronome
indefinido (“Havia mais público no jogo de ontem) . Regra prática: substitua mais por
menos e veja se a frase continua com sentido (obviamente, inverso). Por exemplo: “Eu
ganho mais que você”. É só substituir: “Eu ganho menos que você”.




2. Mas é uma conjunção adversativa indicativa de oposição, contrariedade. Quando se
fala: “Eu fui à praia, mas...” não é necessário terminar a frase, pois a conjunção já indica
que tal ação não foi concluída em consequência de uma contrariedade qualquer. Regra
prática: o mas pode ser trocado por porém “Fui à praia, porém...”.

3. Más é adjetivo, feminino, plural, por isso, deve ser acentuado:
              Estas pessoas são boas, aquelas más.

MAU / MAL

1)MAU:

O contrário de bom, é adjetivo – portanto sempre acompanha um substantivo – e tem o
feminino má (plural: maus e más):

            Fez um mau negócio, num mau momento.
            Os homens maus e as mulheres más sempre se dão mal.
            O lobo mau enfrentou um homem bom.
            MAL tem por antônimo a palavra bem e pode ser:

   (a) advérbio de modo; neste caso fica invariável e no mais das vezes acompanha
       um verbo ou um adjetivo:
       Quando ele se comporta mal, nada vai bem.
       Isso pegou mal.
       Ela joga muito mal.
Ele é mal-humorado.

(b) substantivo:
       O pequeno mal que o remédio provoca é compensado pelo bem que lhe traz.

Ele não imagina o mal que fez.

(c) conjunção:

         Mal chegou de viagem, já deseja partir.


Bibliografia:

Linguagens e Códigos – Português/ Abril Coleções. – São Paulo: Abril, 2011.

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Ii aula tópicos de linguagem

  • 1. Tópicos de linguagem Existem em nossa língua algumas palavras e expressões muito comuns, mas que, às vezes, oferecem dúvidas quanto ao seu correto emprego: POR QUE / POR QUÊ / PORQUE / PORQUÊ 1. Por que deve ser grafado separadamente quando se trata de duas palavras: preposição por + pronome que. Assim, temos os seguintes casos: a) Quando equivale a pelo qual e variações, temos a preposição por seguida do pronome relativo que. Exemplos: Este é o ideal por que luto. (= ... pelo qual ...) Essa é a profissão por que sempre ansiei. (=... pela qual ...) b) Quando equivale a por qual razão, por qual motivo, trata-se da preposição por seguida do pronome interrogativo que. Exemplos: Por que seu amigo não veio à festa? (= Por qual razão ...) Não sei por que ele faltou. (=... por qual motivo ...) 2. Por quê, equivalendo a por qual razão, por qual motivo, deve ser grafado em duas palavras quando se trata de um pronome interrogativo posicionado no final da frase. Nesse caso, ele deve receber acento circunflexo: Seu amigo não veio por quê? (= Por qual razão? ) Ele não veio, mas não sei por quê. (=... por qual motivo. ) 3. Porque deve ser grafado numa só palavra quando se trata de uma conjunção equivalente a uma vez que, visto que ou pois. Exemplo: Não fui à escola porque estava doente. (= ... uma vez que... ou visto que ...) Feche a porta, porque está ventando muito. (= ... pois está ...) 4. Porquê só deve ser empregado como substantivo. Neste caso, sempre aparece antecedido de um determinante.
  • 2. Exemplos: Desconheço o porquê de tanta mentiras. Não aceito mais os seus falsos porquês. MAS / MAIS / MÁS As três palavras são válidas. Convém notar que algumas palavras ou expressões muito comuns em nossa comunicação cotidiana, por desconhecimento dos preceitos fixados pelo uso culto do idioma, acabam sendo grafadas ou empregadas erroneamente. Note-se que estamos lidando com um aspecto técnico da linguagem. O correto emprego de tais palavras ou expressões implica um razoável domínio do padrão culto da língua portuguesa. Observe-se, por exemplo, o emprego de mas, más e mais: 1. Mais é um advérbio de intensidade (“Ela é a mais bonita das cabrochas) ou pronome indefinido (“Havia mais público no jogo de ontem) . Regra prática: substitua mais por menos e veja se a frase continua com sentido (obviamente, inverso). Por exemplo: “Eu ganho mais que você”. É só substituir: “Eu ganho menos que você”. 2. Mas é uma conjunção adversativa indicativa de oposição, contrariedade. Quando se fala: “Eu fui à praia, mas...” não é necessário terminar a frase, pois a conjunção já indica que tal ação não foi concluída em consequência de uma contrariedade qualquer. Regra prática: o mas pode ser trocado por porém “Fui à praia, porém...”. 3. Más é adjetivo, feminino, plural, por isso, deve ser acentuado: Estas pessoas são boas, aquelas más. MAU / MAL 1)MAU: O contrário de bom, é adjetivo – portanto sempre acompanha um substantivo – e tem o feminino má (plural: maus e más): Fez um mau negócio, num mau momento. Os homens maus e as mulheres más sempre se dão mal. O lobo mau enfrentou um homem bom. MAL tem por antônimo a palavra bem e pode ser: (a) advérbio de modo; neste caso fica invariável e no mais das vezes acompanha um verbo ou um adjetivo: Quando ele se comporta mal, nada vai bem. Isso pegou mal. Ela joga muito mal.
  • 3. Ele é mal-humorado. (b) substantivo: O pequeno mal que o remédio provoca é compensado pelo bem que lhe traz. Ele não imagina o mal que fez. (c) conjunção: Mal chegou de viagem, já deseja partir. Bibliografia: Linguagens e Códigos – Português/ Abril Coleções. – São Paulo: Abril, 2011.