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Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção
profissional
RELATO DE INVESTIGAÇÃO
HABILIDADES SOCIAIS E RESILIÊNCIA EM ALUNOS FORMANDOS DE
CURSOS DE LICENCIATURAS
Rosana Angst – roangst@gmail.com - UFPR
Suzane Schmidlin Löhr – lohr@superig.com.br – UFPR
Palavras-chave: alunos de licenciatura – habilidades sociais - resiliência
A cada dia se torna mais difícil encontrar estudantes que desejem cursar uma licenciatura
(Gatti, 2010). Muito se fala sobre a educação, e infelizmente a visão leiga que se tem da
profissão é negativa. Muitos acreditam que para ser professor é preciso apenas um “dom” ou
vontade interna. Porém ARROYO (2010) afirma que é preciso muito mais. É preciso, além de
se gostar do que faz, ter amor pela profissão, buscar sempre formas de superar
adversidades e lidar com conflitos inerentes à profissão.
Ser professor nos dias atuais é um desafio. É exigido do docente domínio de classe,
conhecimento de novas tecnologias, manejo de situações envolvendo colegas e alunos,
entre muitos outros. Para administrar produtivamente tantas variáveis, aquele que opta pela
docência precisa possuir ou vir a desenvolver as habilidades descritas e outras não
mencionadas. Um estudo realizado por GATTI (2010) mostra que a escolha por um curso de
licenciatura tem sido feita, em muitos casos, não por afinidade do candidato pela docência,
mas como se fosse um “seguro desemprego”, dando uma certeza de contratação para o
profissional que não se encaixasse em outras atividades da sua área de formação. Esse é
um dado preocupante, pois se um profissional, independente da sua área de atuação,
trabalha em algo que não se identifica, arrisca não fazer o seu trabalho da melhor forma
possível. Se esse professor não gostar do seu trabalho, a relação pode ficar prejudicada e a
saúde mental desse profissional comprometida, podendo levar a uma exaustão emocional
devido ao ambiente laboral, denominada de síndrome de burnout (Vedovato & Monteiro,
2008). Levantar alguns aspectos da vida e da forma de relacionar-se com o ambiente, de
pessoas que se inscrevem em cursos na modalidade licenciatura, permite um outro olhar
para os dados de Gatti e constituíram um dos alvos do presente estudo.
Ao atuar no processo ensino-aprendizagem, o professor que tiver adequado manejo da sala
de aula e das relações que se dão neste âmbito, fornecerá a segurança que o aluno
necessita para sanar suas dúvidas, avaliar se aprendeu de forma efetiva e tornar-se membro
ativo na apreensão do conhecimento (Camargo, 2004).
De acordo com ARROYO (2010), quando um aluno encerra seu curso de licenciatura e atua
em sala de aula, este tem grandes expectativas diante do seu fazer profissional: será que os
alunos estão aprendendo? Será que consigo explicar a matéria de forma adequada? Será
que vou ter controle de turma? Tais perguntas podem vir a ser respondidas no decorrer da
prática profissional, a qual trará momentos de gratificação, e outros em que desafios estarão
presentes. Ao deparar-se com as dificuldades e desafios, o professor precisará, para se
manter na profissão, lidar com conflitos, superar adversidades, e ter estratégias para lidar
com situações envolvendo relações sociais.
A formação acadêmica objetiva capacitar o professor didaticamente para exercer a sua
função em sala de aula, mas os futuros professores podem não estar seguros para ministrar
aulas e resolver conflitos com confiança. Em 1978, ALBERTI e EMMONS (1978) já
alertavam que atividades visando ao desenvolvimento de habilidades sociais relacionadas à
prática profissional deveriam fazer parte das propostas curriculares do terceiro grau, pois
assim os acadêmicos aprenderiam de maneira formal como lidar com situações adversas,
pessoais e profissionais. DEL PRETTE e DEL PRETTE (2007), DEL PRETTE e DEL
PRETTE (2008a), Lopes (2010) e GATTI (2010) também defendem a mesma linha de
pensamento. Se o professor não tem repertório para trabalhar com os conflitos no ambiente
escolar de forma adequada, estar em sala de aula torna-se difícil, e em consequência, os
alunos podem ter a aprendizagem sistemática prejudicada (Reis, Prata & Soares, 2012).
Segundo LEITE e LÖHR (2012) a escola é um ambiente social rico para o desenvolvimento
de relacionamentos interpessoais. Em tal contexto conflitos podem surgir, e em especial
aqueles envolvendo o professor, e que tem potencial para acarretar problemas com
repercussões na atuação profissional em sala de aula. Ter traquejo para lidar com situações
de cunho social está relacionado ao conceito de habilidades sociais, que é definido por
GRESHAN (2009) como comportamentos aceitáveis, aprendidos socialmente, que permitem
à pessoa interagir efetivamente com outros, evitando ou fugindo de comportamentos que
possam resultar em interações negativas. As habilidades sociais envolvem comportamentos
como: fazer e responder perguntas, solicitar mudança de comportamento, lidar com críticas,
justificar-se, entre outros (Del Prette & Del Prette, 2008b).
SOARES et al. (2009) afirmam que o professor precisa ser um profissional socialmente
competente, pois a forma como interage em sala de aula pode otimizar ou não a
aprendizagem e o relacionamento entre ele e o educando. A valência afetiva e significado do
professor para o desenvolvimento de crianças e adolescentes faz com que ele desempenhe
o papel de modelo de conduta, podendo influenciar a forma como os alunos administrarão os
próprios conflitos. Tal papel é fundamental especialmente na atualidade, quando se percebe
que os conflitos são gerenciados na sociedade de forma impulsiva, levando a
comportamentos lesivos para todos os envolvidos. Se os alunos virem o professor
administrar de forma produtiva situações de impasse, por aprendizagem observacional
poderão adquirir habilidades que lhes serão uteis na escola e em suas vidas futuras. Ir além
da impulsividade na solução dos conflitos é uma arte que tem interface com o conceito de
resiliência.
A resiliência é conceituada como a capacidade de se passar por situações adversas, superá-
las, e crescer com elas (Peltz, Moraes & Carlotto, 2010). Ela pode ser compreendida como
comportamentos que são aprendidos no decorrer do desenvolvimento humano. Muitas
pessoas que emitem respostas resilientes relatam ter passado por dificuldades e assim
desenvolveram habilidades para enfrentá-las. Este fato nos mostra que provavelmente tais
pessoas foram reforçadas em esquemas intermitentes de alta taxa de resposta, ou seja,
aprenderam que mesmo quando algo não dá certo, devem insistir, tentar novamente, não
sucumbir, pois o êxito pode ser fruto da perseverança. Aquele que na primeira dificuldade
desiste, não consegue desenvolver repertório que permita lidar com o problema. Diante de
embates ligados ao exercício profissional, professores com baixo nível de resiliência ou
desistem do cargo, ou apenas vão à escola porque necessitam do emprego, o que gera
grande desgaste emocional.
É importante observar que a resiliência envolve um processo fruto da interação dinâmica da
pessoa com o ambiente, não podendo ser definida como um traço de personalidade, que a
pessoa possui ou não. Observa-se também que além de cada pessoa poder agir
diferentemente ao deparar-se com uma situação específica, a mesma pessoa pode não
apresentar atitudes resilientes em todos os momentos de sua vida, ou em todos os contextos
em que se insira (Rutter, 1987, 2007). Por este e por outros motivos, ARROYO (2010)
defende que se estimule o saber lidar com a adversidade e ter atitudes resilientes tanto nos
professores quanto nos alunos. HOWARD e JOHNSON (2004) sugerem uma prática que
pode ser benéfica neste sentido, ao afirmarem a necessidade de que no ambiente escolar se
enfoque os aspectos positivos, especialmente aqueles que podem ser aprimorados, para que
se estimule constantemente comportamentos resilientes tanto nos professores quanto nos
alunos.
Se uma pessoa tem bom repertório de habilidades sociais e exercita-as, provavelmente terá
construído uma rede social maior, que pode, em momentos difíceis, servir-lhe de apoio. DEL
PRETTE e DEL PRETTE (2006) afirmam que as habilidades sociais podem ser consideradas
um facilitador para a promoção da resiliência, pois se a pessoa é capaz de resolver conflitos
de forma adequada, tem maior probabilidade de resolvê-las efetivamente. Assim, para
conhecer o perfil dos acadêmicos que escolheram a modalidade licenciatura para a sua
graduação, foram analisadas especialmente estas duas variáveis: resiliência e habilidades
sociais.
Foi alvo do estudo um grupo de formandos em licenciaturas em uma universidade pública do
Estado do Paraná. Tentou-se estabelecer relações entre o repertório de habilidades sociais,
resiliência, variáveis sociodemográficas e histórico profissional dos participantes do estudo.
Metodo
Oitenta e seis acadêmicos que cursavam o último ano de licenciatura e Pedagogia de uma
universidade pública do Estado do Paraná participaram voluntariamente da pesquisa. Estes
estavam matriculados nos cursos de Artes Visuais, Ciências Sociais, Música, Ciências
Biológicas, Física, Química e Pedagogia. Os coordenadores de todos os cursos envolvendo
as licenciaturas foram contatados e informados do estudo, e dos 14 cursos que oferecem a
modalidade de licenciatura na instituição em que foi realizada a pesquisa, sete autorizaram a
consulta aos acadêmicos dos cursos sob sua coordenação. Os questionários foram
aplicados a todos os alunos que, após os esclarecimentos sobre o estudo, manifestaram
interesse em participar, o que correspondeu a 40% do total de alunos matriculados nas
licenciaturas dos cursos inseridos no estudo.
O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), recebendo o parecer
número 107.809. Após a aprovação da pesquisa no CEP, foi verificada a grade horária dos
cursos, procurando identificar quando grande parte da turma compareceria à universidade
Na data acordada os alunos foram informados do estudo e os que concordaram em
participar, preencheram os instrumentos de avaliação, que foram: 1) Inventário de
Habilidades Sociais IHS-Del-Prette (Del Prette & Del Prette, 2001); 2) Escala de Resiliência
(ER) (Pesce et al., 2005); 3) Questionário de comportamentos resilientes (QCR): elaborado
pelas autoras da presente pesquisa para complementar dados comportamentais não
explicitados na Escala de Resiliência; e 4) Questionário sociodemográfico: composto por
questões referentes à história de aprendizagem e de experiência dos respondentes (se
tinham filhos, se já trabalharam como educadores ou como se sentiram no desempenho da
função entre outros). A consigna foi padronizada e os participantes responderam então de
forma individual a cada instrumento, levando nesta tarefa, aproximadamente 20 minutos.
Resultados
Ao analisar os dados demográficos dos respondentes, observou-se predomínio de alunos do
sexo feminino, o que corresponde à literatura, pois segundo VEDOVATO e MONTEIRO,
(2008) GATTI, (2010) e REIS, PRATA e SOARES, (2012) em cursos de licenciatura há a
predominância de alunos do sexo feminino (n = 65; 75,6%). A idade média dos
respondentes foi de 24,95+6,51 anos, sendo a maioria dos participantes solteira (n= 70;
81,4%) e 8 respondentes possuem filhos (9,3%), tendo uma média de 1,75 filhos. Doze
participantes do estudo (14%) afirmaram já ter cursado outra graduação e 55 (64%)
afirmaram trabalhar com uma carga horária média de trabalho de 29,38+11,75 horas
semanais. Vinte e sete (39%) relatam trabalhar atualmente como professor, e 22 (25,6%) já
trabalharam como professor em algum momento da vida, o que leva ao total de 49 (61,3%)
respondentes engajados, no presente ou no passado, com a docência. A descrição dos
dados em cada curso aponta para uma homogeneidade de respostas, não havendo
resultados muito discrepantes entre os mesmos, de forma que a média da amostra espelha o
que é encontrado em cada curso individualmente, levando a análises das respostas globais,
envolvendo todos os respondentes, e não fragmentadas por curso.
Do total de 49 respondentes que afirmaram já ter trabalhado como professor, 44 (89,8%)
gostam de ser professor, 40 (81,6%) se sentem realizados trabalhando como docente.
Mesmo os participantes que relataram gostar de ser professor (n=33; 67,3%), mencionam
em algum momento o desejo de desistir da profissão, e tais pensamentos ocorreram apenas
esporadicamente aos respondentes (n=27; 55,1%). Mesmo pessoas que amam o que fazem,
em alguns momentos pensam em desistir da profissão, o que não se mostrou diferente em
trabalhadores da educação, que possuem uma rotina de trabalho exaustiva.
Dos participantes da pesquisa que relatam já ter trabalhado na educação, 34 (69,4%) sentem
que frequentemente tem ou tinha controle de turma. Por se tratar de pessoas que estão
finalizando cursos de graduação na modalidade licenciatura, que fizeram a opção, portanto,
de provavelmente vir a integrar os quadros docentes das escolas, ao afirmarem que nas
experiências prévias sentiram ter controle de turma, apontam para uma visão promissora no
que diz respeito ao seu trabalho em sala de aula, já que conflitos na relação professor aluno
respondem por muitos afastamentos de professores da sala de aula, conforme apontam
LEITE e LÖHR (2012). Porém a exposição repetida a situações difíceis, o que é comum
ocorrer hoje nas escolas, pode gerar um desgaste levando a respostas de estresse (Lipp,
2003). Com o passar do tempo a frustração e o desgaste deste profissional com as diversas
situações conflitantes do ambiente escolar pode, em longo prazo, comprometer sua saúde
física e mental (Rocha Sobrinho & Porto, 2012). Porém se o professor tiver bom nível de
habilidades sociais, provavelmente administrará os conflitos de forma produtiva, fazendo com
que em vez de problemas, os mesmos se configurem oportunidade de crescimento para
todos os envolvidos. Esta constatação apoia a necessidade de conhecimento do nível de
habilidades sociais dos professores.
Para a avaliação do repertório de habilidades sociais dos respondentes foi utilizado o IHS
(IHS-DEL-PRETTE). A média do escore total encontrada foi 97,04, o que é considerado um
bom repertório. Nos cinco fatores avaliados pelo IHS-DEL-PRETTE (F1 –
Enfrentamento/autoafirmação com risco; F2 – Autoafirmação do afeto positivo; F3 –
Conversação e desenvoltura social; F4 – Autoexposição a desconhecidos e situações novas;
F5 – Autocontrole da agressividade) a média dos respondentes apontou para escores
indicativos de bom repertório.
Ao comparar os fatores do IHS-Del-Prette entre os sexos, verificou-se que apenas o F1 não
apresentou diferença entre o sexo masculino e feminino (t=-1,84; p=0,07), sendo que os
demais fatores apresentaram diferenças significativas entre as médias por sexo (p<0,05). O
F2 apresentou média significativamente mais elevada entre as mulheres (9,4+1,3), indicando
haver uma maior habilidade de Autoafirmação do afeto positivo quando comparado aos
homens (8,5+2,3). Os demais fatores (F3, F4 e F5) apresentaram significativamente maiores
médias entre os homens, demonstrando maiores habilidades de Conversação e
Desenvoltura Social (F3), Autoexposição a desconhecidos e Situações Novas (F4) e
Autocontrole da Agressividade (F5) quando comparados às mulheres (p<0,05).
O nível mais elevado no escore do F2 (Autoafirmação do afeto positivo) do IHS-Del-Prette no
sexo feminino enfatiza uma questão de gênero discutida no campo da educação. Há uma
representação social da mulher na cultura ocidental da atualidade como mediadora de
conflitos, calma, atenciosa e cuidadosa, tais características passando a compor o padrão de
comportamento esperado, no imaginário das pessoas, como essencial para a profissão de
professora (Vedovato & Monteiro, 2008; Gatti, 2010). É interessante notar que as
respondentes do estudo corresponderam ao estereótipo, já que tiveram escore superior
neste aspecto, se comparado ao escore dos homens que escolheram a licenciatura. A média
maior nos Fatores 3, 4 e 5 manifestada pelo sexo masculino pode sinalizar habilidades que
em nossa cultura os homens tiveram que desenvolver ao longo de sua trajetória nas diversas
profissões, já que é histórica sua participação no mundo do trabalho fora do âmbito
doméstico, sendo que precisavam se impor com maior frequência, ao passo que a mulher só
recentemente vem assumindo tais postos. Estudos futuros poderão sinalizar se estas
diferenças por gênero são produtivas, ou ao engajar-se no fazer docente tanto homens
quanto mulheres precisam adquirir uma dose maior das habilidades presentes em cada um
dos fatores analisados pelo instrumento. Os questionários são de autoinforme, ou seja, os
participantes respondem às perguntas da forma que julgam ser o seu comportamento. Esta
observação é necessária ao nos debruçarmos sobre os resultados do estudo, tendo o
cuidado de não considerá-los como o reflexo do que de fato ocorre, pois em uma pesquisa
realizada por PAIXÃO, SANTOS e RAMOS (2008) os autores analisaram os papéis sociais
de homens e mulheres, e constataram que os homens possuem uma tendência a se
exaltarem e não mostrarem falhas, enquanto as mulheres são vistas como frágeis e
indefesas. Essa visão pode justificar a diferença em alguns escores entre homens e
mulheres, de forma que mais pesquisas sobre esta questão precisam ser desenvolvidas, em
especial na área de educação, envolvendo outras fontes de dados, para que sejam
relacionados aos dados obtidos no auto relato.
Quando comparados os fatores do IHS-Del-Prette entre os cursos de licenciatura e
Pedagogia, verificou-se que as médias foram equivalentes entre os cursos (p>0,05), com
exceção das médias do F5 (p<0,05). Neste fator, foi possível identificar que o curso de
Pedagogia apresenta média estatisticamente inferior aos demais cursos indicando, portanto,
que apresenta menores valores relativos ao fator de autocontrole da agressividade. O dado
encontrado de que alunos do curso de Pedagogia (amostra com predominância feminina)
apresentam menor autocontrole da agressividade é uma questão que necessita ser
analisada com cautela, pois a característica feminina de ser mais falante e comunicativa
pode muitas vezes gerar conflitos e dificuldade de controle diante dessas situações.
Sabendo que o campo de trabalho da educação envolve inúmeras adversidades, expondo
continuamente o profissional a desafios a serem transpostos, buscou-se identificar o grau de
resiliência dos respondentes. A resiliência foi avaliada por meio de dois instrumentos, a
Escala de Resiliência (ER) e o Questionário de Comportamentos Resilientes (QCR). Os
resultados dos participantes mostraram que a média dos respondentes (132,79) na Escala
de Resiliência (ER) corresponde ao valor médio apontado em outros estudos realizados com
universitários (Angst, 2010; Pretsch, Flunger & Schmitt, 2012). Já a média encontrada no
Questionário de Comportamentos Resilientes (QCR) (40,99) não apresenta valores
normativos por ter sido utilizado pela primeira vez na presente pesquisa, porém apresentou
correlação positiva e significativa (r=0,40; p≤0,01) com a Escala de Resiliência. Como a
média dos respondentes da pesquisa corresponde à media encontrada em outros estudos
realizados com população geral, pode-se deduzir que a mesma é representativa da
população o que aumenta a possibilidade de generalizar os achados do estudo para outros
estudantes de licenciaturas.
Ao avaliar os escores totais da Escala de Resiliência (ER) em função do sexo e da
classificação de IHS, foi possível verificar que não houve diferenças estatísticas significativas
(F3,78=1,6001; p>0,05), indicando, portanto, que os escores de resiliência mantêm médias
semelhantes entre os sexos masculino e feminino.
Considerações Finais
Se as pessoas que optarem pela licenciatura tiver maior êxito no que fazem, terão maior
prazer e realização profissional, o que pode, aos poucos, contribuir para mudanças na
representação social da profissão de professor, tornando-a mais atraente para os aspirantes
a ela, evitando assim que a observação de Gatti (2010) de muitos optarem pela educação
como um seguro-desemprego venha a ser substituída pela escolha pelo magistério como um
campo de atuação que permite realização pessoal e profissional. É verdade que além da
mudança na visão que se tem do educador, faz-se necessário investir no resgate do respeito
da sociedade pela profissão, o que levaria a melhores salários e planos de carreira bem
estruturados, aspectos estes essenciais, mas que não são alvo do presente trabalho.
Os futuros docentes que voluntariamente participaram desta pesquisa apresentaram um
repertório adequado de habilidades sociais, escores médios na Escala de Resiliência,
correspondente aos dados encontrados na literatura, correlações significativamente
estatísticas entre a Escala de Resiliência, o Questionário de Comportamentos Resilientes e
as habilidades sociais. SOARES et. al. (2009) afirmam que o professor necessita saber lidar
de forma adequada com os seus alunos, para assim contribuir para um aprendizado efetivo e
para a formação integral dos educandos, independente da sua área de formação. O foco
está, portanto, na formação integral do educador, para que possa servir de modelo e
estimular a formação integral do educando, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB). Os resultados da pesquisa mostraram que os respondentes, estudantes de
diversas licenciaturas e também de Pedagogia, apresentaram níveis apropriados tanto no
que diz respeito às habilidades sociais como de resiliência e não houve diferença estatística
entre os diferentes cursos de licenciatura, indicando serem estes aspectos não relacionados
a um curso especifico e sim componentes da formação integral do professor. Ter identificado
predomínio de repertório apropriado de habilidades sociais e resiliência por parte dos
acadêmicos que escolheram cursos envolvendo licenciatura, pode ser um indício promissor
no padrão de comportamento da sociedade. Se pessoas com maior índice de habilidades
sociais buscarem a docência, se os cursos tiverem instrumentos para investir no cultivo
destas habilidades, evitando que o desgaste da rotina diária ou da exposição contínua a
desafios prejudiquem o desempenho do docente, estar-se-á investindo na qualidade da
educação e na saúde mental do professor, o que pode vir a ter reflexos diretos na qualidade
da educação ofertada nas escolas.
Surge diariamente, no ambiente escolar, conflitos como a violência, a indisciplina, o fracasso
escolar, o desinteresse por parte dos discentes, a falta de infraestrutura escolar, entre outros.
Se os cursos de graduação envolvendo as licenciaturas, ofertarem uma disciplina formal que
ensine habilidades sociais aos seus alunos, aspirantes a professores, como sugere Del
Prette e Del Prette (2008a), Lopes (2010), Gatti (2010) e Richardson (2013), estarão
investindo no aprimoramento do ensino, já que professores com melhor nível de habilidades
sociais constroem maior rede social de apoio, o que pode auxiliá-los a manter-se lutando
mesmo nos momentos difíceis e assim atingir resultados satisfatórios. Porém alerta-se que
esta disciplina, mais do que uma disciplina teórica sobre habilidades sociais, teria que
constituir-se no formato de oficinas, oferecendo espaço para vivências que contribuíssem
para o desenvolvimento integral do aspirante a professor. A relação evidenciada entre
habilidades sociais e resiliência no presente estudo pode indicar que o desenvolvimento de
habilidades sociais pode levar a um aumento no nível de resiliência. Até o presente momento
a aprendizagem de ambos os repertórios é assistemática, e por isso nem sempre garantida.
Constatar a relação evidenciada no estudo pode contribuir para a oferta de trabalhos mais
sistematizados visando ao desenvolvimento das habilidades sociais.
Os resultados encontrados na presente pesquisa podem ser úteis para a realização de
atividades durante a graduação pelos professores dos futuros licenciados e pedagogos.
Quando se conhece o perfil dos alunos alvo do trabalho pedagógico, a comunicação de
informações é facilitada e possibilita interações mais efetivas entre todos os envolvidos no
processo de aprendizagem. Conhecer cada vez melhor o professor na atualidade é um
desafio, e mais estudos que abarquem a temática do presente trabalho devem ser
estimulados.
Referências
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Trad. Jane Maria Corrêa. Belo Horizonte: Interlivro.
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conclusão de curso (Especialização em Formação Pedagógica do Professor Universitário).
Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba.
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Vozes.
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9.394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 24
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trabalho dos professores de nove escolas estaduais paulistas. Revista da Escola de
Enfermagem da USP, 42(2), pp. 290-297.

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HABILIDADES SOCIAIS E RESILIÊNCIA EM ALUNOS FORMANDOS DE CURSOS DE LICENCIATURAS

  • 1. Problemas sobre os professores principiantes em seus processos de inserção profissional RELATO DE INVESTIGAÇÃO HABILIDADES SOCIAIS E RESILIÊNCIA EM ALUNOS FORMANDOS DE CURSOS DE LICENCIATURAS Rosana Angst – roangst@gmail.com - UFPR Suzane Schmidlin Löhr – lohr@superig.com.br – UFPR Palavras-chave: alunos de licenciatura – habilidades sociais - resiliência A cada dia se torna mais difícil encontrar estudantes que desejem cursar uma licenciatura (Gatti, 2010). Muito se fala sobre a educação, e infelizmente a visão leiga que se tem da profissão é negativa. Muitos acreditam que para ser professor é preciso apenas um “dom” ou vontade interna. Porém ARROYO (2010) afirma que é preciso muito mais. É preciso, além de se gostar do que faz, ter amor pela profissão, buscar sempre formas de superar adversidades e lidar com conflitos inerentes à profissão. Ser professor nos dias atuais é um desafio. É exigido do docente domínio de classe, conhecimento de novas tecnologias, manejo de situações envolvendo colegas e alunos, entre muitos outros. Para administrar produtivamente tantas variáveis, aquele que opta pela docência precisa possuir ou vir a desenvolver as habilidades descritas e outras não mencionadas. Um estudo realizado por GATTI (2010) mostra que a escolha por um curso de licenciatura tem sido feita, em muitos casos, não por afinidade do candidato pela docência, mas como se fosse um “seguro desemprego”, dando uma certeza de contratação para o profissional que não se encaixasse em outras atividades da sua área de formação. Esse é um dado preocupante, pois se um profissional, independente da sua área de atuação, trabalha em algo que não se identifica, arrisca não fazer o seu trabalho da melhor forma possível. Se esse professor não gostar do seu trabalho, a relação pode ficar prejudicada e a saúde mental desse profissional comprometida, podendo levar a uma exaustão emocional devido ao ambiente laboral, denominada de síndrome de burnout (Vedovato & Monteiro, 2008). Levantar alguns aspectos da vida e da forma de relacionar-se com o ambiente, de pessoas que se inscrevem em cursos na modalidade licenciatura, permite um outro olhar para os dados de Gatti e constituíram um dos alvos do presente estudo. Ao atuar no processo ensino-aprendizagem, o professor que tiver adequado manejo da sala de aula e das relações que se dão neste âmbito, fornecerá a segurança que o aluno
  • 2. necessita para sanar suas dúvidas, avaliar se aprendeu de forma efetiva e tornar-se membro ativo na apreensão do conhecimento (Camargo, 2004). De acordo com ARROYO (2010), quando um aluno encerra seu curso de licenciatura e atua em sala de aula, este tem grandes expectativas diante do seu fazer profissional: será que os alunos estão aprendendo? Será que consigo explicar a matéria de forma adequada? Será que vou ter controle de turma? Tais perguntas podem vir a ser respondidas no decorrer da prática profissional, a qual trará momentos de gratificação, e outros em que desafios estarão presentes. Ao deparar-se com as dificuldades e desafios, o professor precisará, para se manter na profissão, lidar com conflitos, superar adversidades, e ter estratégias para lidar com situações envolvendo relações sociais. A formação acadêmica objetiva capacitar o professor didaticamente para exercer a sua função em sala de aula, mas os futuros professores podem não estar seguros para ministrar aulas e resolver conflitos com confiança. Em 1978, ALBERTI e EMMONS (1978) já alertavam que atividades visando ao desenvolvimento de habilidades sociais relacionadas à prática profissional deveriam fazer parte das propostas curriculares do terceiro grau, pois assim os acadêmicos aprenderiam de maneira formal como lidar com situações adversas, pessoais e profissionais. DEL PRETTE e DEL PRETTE (2007), DEL PRETTE e DEL PRETTE (2008a), Lopes (2010) e GATTI (2010) também defendem a mesma linha de pensamento. Se o professor não tem repertório para trabalhar com os conflitos no ambiente escolar de forma adequada, estar em sala de aula torna-se difícil, e em consequência, os alunos podem ter a aprendizagem sistemática prejudicada (Reis, Prata & Soares, 2012). Segundo LEITE e LÖHR (2012) a escola é um ambiente social rico para o desenvolvimento de relacionamentos interpessoais. Em tal contexto conflitos podem surgir, e em especial aqueles envolvendo o professor, e que tem potencial para acarretar problemas com repercussões na atuação profissional em sala de aula. Ter traquejo para lidar com situações de cunho social está relacionado ao conceito de habilidades sociais, que é definido por GRESHAN (2009) como comportamentos aceitáveis, aprendidos socialmente, que permitem à pessoa interagir efetivamente com outros, evitando ou fugindo de comportamentos que possam resultar em interações negativas. As habilidades sociais envolvem comportamentos como: fazer e responder perguntas, solicitar mudança de comportamento, lidar com críticas, justificar-se, entre outros (Del Prette & Del Prette, 2008b). SOARES et al. (2009) afirmam que o professor precisa ser um profissional socialmente competente, pois a forma como interage em sala de aula pode otimizar ou não a aprendizagem e o relacionamento entre ele e o educando. A valência afetiva e significado do professor para o desenvolvimento de crianças e adolescentes faz com que ele desempenhe o papel de modelo de conduta, podendo influenciar a forma como os alunos administrarão os próprios conflitos. Tal papel é fundamental especialmente na atualidade, quando se percebe que os conflitos são gerenciados na sociedade de forma impulsiva, levando a comportamentos lesivos para todos os envolvidos. Se os alunos virem o professor administrar de forma produtiva situações de impasse, por aprendizagem observacional poderão adquirir habilidades que lhes serão uteis na escola e em suas vidas futuras. Ir além da impulsividade na solução dos conflitos é uma arte que tem interface com o conceito de resiliência.
  • 3. A resiliência é conceituada como a capacidade de se passar por situações adversas, superá- las, e crescer com elas (Peltz, Moraes & Carlotto, 2010). Ela pode ser compreendida como comportamentos que são aprendidos no decorrer do desenvolvimento humano. Muitas pessoas que emitem respostas resilientes relatam ter passado por dificuldades e assim desenvolveram habilidades para enfrentá-las. Este fato nos mostra que provavelmente tais pessoas foram reforçadas em esquemas intermitentes de alta taxa de resposta, ou seja, aprenderam que mesmo quando algo não dá certo, devem insistir, tentar novamente, não sucumbir, pois o êxito pode ser fruto da perseverança. Aquele que na primeira dificuldade desiste, não consegue desenvolver repertório que permita lidar com o problema. Diante de embates ligados ao exercício profissional, professores com baixo nível de resiliência ou desistem do cargo, ou apenas vão à escola porque necessitam do emprego, o que gera grande desgaste emocional. É importante observar que a resiliência envolve um processo fruto da interação dinâmica da pessoa com o ambiente, não podendo ser definida como um traço de personalidade, que a pessoa possui ou não. Observa-se também que além de cada pessoa poder agir diferentemente ao deparar-se com uma situação específica, a mesma pessoa pode não apresentar atitudes resilientes em todos os momentos de sua vida, ou em todos os contextos em que se insira (Rutter, 1987, 2007). Por este e por outros motivos, ARROYO (2010) defende que se estimule o saber lidar com a adversidade e ter atitudes resilientes tanto nos professores quanto nos alunos. HOWARD e JOHNSON (2004) sugerem uma prática que pode ser benéfica neste sentido, ao afirmarem a necessidade de que no ambiente escolar se enfoque os aspectos positivos, especialmente aqueles que podem ser aprimorados, para que se estimule constantemente comportamentos resilientes tanto nos professores quanto nos alunos. Se uma pessoa tem bom repertório de habilidades sociais e exercita-as, provavelmente terá construído uma rede social maior, que pode, em momentos difíceis, servir-lhe de apoio. DEL PRETTE e DEL PRETTE (2006) afirmam que as habilidades sociais podem ser consideradas um facilitador para a promoção da resiliência, pois se a pessoa é capaz de resolver conflitos de forma adequada, tem maior probabilidade de resolvê-las efetivamente. Assim, para conhecer o perfil dos acadêmicos que escolheram a modalidade licenciatura para a sua graduação, foram analisadas especialmente estas duas variáveis: resiliência e habilidades sociais. Foi alvo do estudo um grupo de formandos em licenciaturas em uma universidade pública do Estado do Paraná. Tentou-se estabelecer relações entre o repertório de habilidades sociais, resiliência, variáveis sociodemográficas e histórico profissional dos participantes do estudo. Metodo Oitenta e seis acadêmicos que cursavam o último ano de licenciatura e Pedagogia de uma universidade pública do Estado do Paraná participaram voluntariamente da pesquisa. Estes estavam matriculados nos cursos de Artes Visuais, Ciências Sociais, Música, Ciências Biológicas, Física, Química e Pedagogia. Os coordenadores de todos os cursos envolvendo as licenciaturas foram contatados e informados do estudo, e dos 14 cursos que oferecem a modalidade de licenciatura na instituição em que foi realizada a pesquisa, sete autorizaram a
  • 4. consulta aos acadêmicos dos cursos sob sua coordenação. Os questionários foram aplicados a todos os alunos que, após os esclarecimentos sobre o estudo, manifestaram interesse em participar, o que correspondeu a 40% do total de alunos matriculados nas licenciaturas dos cursos inseridos no estudo. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), recebendo o parecer número 107.809. Após a aprovação da pesquisa no CEP, foi verificada a grade horária dos cursos, procurando identificar quando grande parte da turma compareceria à universidade Na data acordada os alunos foram informados do estudo e os que concordaram em participar, preencheram os instrumentos de avaliação, que foram: 1) Inventário de Habilidades Sociais IHS-Del-Prette (Del Prette & Del Prette, 2001); 2) Escala de Resiliência (ER) (Pesce et al., 2005); 3) Questionário de comportamentos resilientes (QCR): elaborado pelas autoras da presente pesquisa para complementar dados comportamentais não explicitados na Escala de Resiliência; e 4) Questionário sociodemográfico: composto por questões referentes à história de aprendizagem e de experiência dos respondentes (se tinham filhos, se já trabalharam como educadores ou como se sentiram no desempenho da função entre outros). A consigna foi padronizada e os participantes responderam então de forma individual a cada instrumento, levando nesta tarefa, aproximadamente 20 minutos. Resultados Ao analisar os dados demográficos dos respondentes, observou-se predomínio de alunos do sexo feminino, o que corresponde à literatura, pois segundo VEDOVATO e MONTEIRO, (2008) GATTI, (2010) e REIS, PRATA e SOARES, (2012) em cursos de licenciatura há a predominância de alunos do sexo feminino (n = 65; 75,6%). A idade média dos respondentes foi de 24,95+6,51 anos, sendo a maioria dos participantes solteira (n= 70; 81,4%) e 8 respondentes possuem filhos (9,3%), tendo uma média de 1,75 filhos. Doze participantes do estudo (14%) afirmaram já ter cursado outra graduação e 55 (64%) afirmaram trabalhar com uma carga horária média de trabalho de 29,38+11,75 horas semanais. Vinte e sete (39%) relatam trabalhar atualmente como professor, e 22 (25,6%) já trabalharam como professor em algum momento da vida, o que leva ao total de 49 (61,3%) respondentes engajados, no presente ou no passado, com a docência. A descrição dos dados em cada curso aponta para uma homogeneidade de respostas, não havendo resultados muito discrepantes entre os mesmos, de forma que a média da amostra espelha o que é encontrado em cada curso individualmente, levando a análises das respostas globais, envolvendo todos os respondentes, e não fragmentadas por curso. Do total de 49 respondentes que afirmaram já ter trabalhado como professor, 44 (89,8%) gostam de ser professor, 40 (81,6%) se sentem realizados trabalhando como docente. Mesmo os participantes que relataram gostar de ser professor (n=33; 67,3%), mencionam em algum momento o desejo de desistir da profissão, e tais pensamentos ocorreram apenas esporadicamente aos respondentes (n=27; 55,1%). Mesmo pessoas que amam o que fazem, em alguns momentos pensam em desistir da profissão, o que não se mostrou diferente em trabalhadores da educação, que possuem uma rotina de trabalho exaustiva. Dos participantes da pesquisa que relatam já ter trabalhado na educação, 34 (69,4%) sentem que frequentemente tem ou tinha controle de turma. Por se tratar de pessoas que estão
  • 5. finalizando cursos de graduação na modalidade licenciatura, que fizeram a opção, portanto, de provavelmente vir a integrar os quadros docentes das escolas, ao afirmarem que nas experiências prévias sentiram ter controle de turma, apontam para uma visão promissora no que diz respeito ao seu trabalho em sala de aula, já que conflitos na relação professor aluno respondem por muitos afastamentos de professores da sala de aula, conforme apontam LEITE e LÖHR (2012). Porém a exposição repetida a situações difíceis, o que é comum ocorrer hoje nas escolas, pode gerar um desgaste levando a respostas de estresse (Lipp, 2003). Com o passar do tempo a frustração e o desgaste deste profissional com as diversas situações conflitantes do ambiente escolar pode, em longo prazo, comprometer sua saúde física e mental (Rocha Sobrinho & Porto, 2012). Porém se o professor tiver bom nível de habilidades sociais, provavelmente administrará os conflitos de forma produtiva, fazendo com que em vez de problemas, os mesmos se configurem oportunidade de crescimento para todos os envolvidos. Esta constatação apoia a necessidade de conhecimento do nível de habilidades sociais dos professores. Para a avaliação do repertório de habilidades sociais dos respondentes foi utilizado o IHS (IHS-DEL-PRETTE). A média do escore total encontrada foi 97,04, o que é considerado um bom repertório. Nos cinco fatores avaliados pelo IHS-DEL-PRETTE (F1 – Enfrentamento/autoafirmação com risco; F2 – Autoafirmação do afeto positivo; F3 – Conversação e desenvoltura social; F4 – Autoexposição a desconhecidos e situações novas; F5 – Autocontrole da agressividade) a média dos respondentes apontou para escores indicativos de bom repertório. Ao comparar os fatores do IHS-Del-Prette entre os sexos, verificou-se que apenas o F1 não apresentou diferença entre o sexo masculino e feminino (t=-1,84; p=0,07), sendo que os demais fatores apresentaram diferenças significativas entre as médias por sexo (p<0,05). O F2 apresentou média significativamente mais elevada entre as mulheres (9,4+1,3), indicando haver uma maior habilidade de Autoafirmação do afeto positivo quando comparado aos homens (8,5+2,3). Os demais fatores (F3, F4 e F5) apresentaram significativamente maiores médias entre os homens, demonstrando maiores habilidades de Conversação e Desenvoltura Social (F3), Autoexposição a desconhecidos e Situações Novas (F4) e Autocontrole da Agressividade (F5) quando comparados às mulheres (p<0,05). O nível mais elevado no escore do F2 (Autoafirmação do afeto positivo) do IHS-Del-Prette no sexo feminino enfatiza uma questão de gênero discutida no campo da educação. Há uma representação social da mulher na cultura ocidental da atualidade como mediadora de conflitos, calma, atenciosa e cuidadosa, tais características passando a compor o padrão de comportamento esperado, no imaginário das pessoas, como essencial para a profissão de professora (Vedovato & Monteiro, 2008; Gatti, 2010). É interessante notar que as respondentes do estudo corresponderam ao estereótipo, já que tiveram escore superior neste aspecto, se comparado ao escore dos homens que escolheram a licenciatura. A média maior nos Fatores 3, 4 e 5 manifestada pelo sexo masculino pode sinalizar habilidades que em nossa cultura os homens tiveram que desenvolver ao longo de sua trajetória nas diversas profissões, já que é histórica sua participação no mundo do trabalho fora do âmbito doméstico, sendo que precisavam se impor com maior frequência, ao passo que a mulher só recentemente vem assumindo tais postos. Estudos futuros poderão sinalizar se estas
  • 6. diferenças por gênero são produtivas, ou ao engajar-se no fazer docente tanto homens quanto mulheres precisam adquirir uma dose maior das habilidades presentes em cada um dos fatores analisados pelo instrumento. Os questionários são de autoinforme, ou seja, os participantes respondem às perguntas da forma que julgam ser o seu comportamento. Esta observação é necessária ao nos debruçarmos sobre os resultados do estudo, tendo o cuidado de não considerá-los como o reflexo do que de fato ocorre, pois em uma pesquisa realizada por PAIXÃO, SANTOS e RAMOS (2008) os autores analisaram os papéis sociais de homens e mulheres, e constataram que os homens possuem uma tendência a se exaltarem e não mostrarem falhas, enquanto as mulheres são vistas como frágeis e indefesas. Essa visão pode justificar a diferença em alguns escores entre homens e mulheres, de forma que mais pesquisas sobre esta questão precisam ser desenvolvidas, em especial na área de educação, envolvendo outras fontes de dados, para que sejam relacionados aos dados obtidos no auto relato. Quando comparados os fatores do IHS-Del-Prette entre os cursos de licenciatura e Pedagogia, verificou-se que as médias foram equivalentes entre os cursos (p>0,05), com exceção das médias do F5 (p<0,05). Neste fator, foi possível identificar que o curso de Pedagogia apresenta média estatisticamente inferior aos demais cursos indicando, portanto, que apresenta menores valores relativos ao fator de autocontrole da agressividade. O dado encontrado de que alunos do curso de Pedagogia (amostra com predominância feminina) apresentam menor autocontrole da agressividade é uma questão que necessita ser analisada com cautela, pois a característica feminina de ser mais falante e comunicativa pode muitas vezes gerar conflitos e dificuldade de controle diante dessas situações. Sabendo que o campo de trabalho da educação envolve inúmeras adversidades, expondo continuamente o profissional a desafios a serem transpostos, buscou-se identificar o grau de resiliência dos respondentes. A resiliência foi avaliada por meio de dois instrumentos, a Escala de Resiliência (ER) e o Questionário de Comportamentos Resilientes (QCR). Os resultados dos participantes mostraram que a média dos respondentes (132,79) na Escala de Resiliência (ER) corresponde ao valor médio apontado em outros estudos realizados com universitários (Angst, 2010; Pretsch, Flunger & Schmitt, 2012). Já a média encontrada no Questionário de Comportamentos Resilientes (QCR) (40,99) não apresenta valores normativos por ter sido utilizado pela primeira vez na presente pesquisa, porém apresentou correlação positiva e significativa (r=0,40; p≤0,01) com a Escala de Resiliência. Como a média dos respondentes da pesquisa corresponde à media encontrada em outros estudos realizados com população geral, pode-se deduzir que a mesma é representativa da população o que aumenta a possibilidade de generalizar os achados do estudo para outros estudantes de licenciaturas. Ao avaliar os escores totais da Escala de Resiliência (ER) em função do sexo e da classificação de IHS, foi possível verificar que não houve diferenças estatísticas significativas (F3,78=1,6001; p>0,05), indicando, portanto, que os escores de resiliência mantêm médias semelhantes entre os sexos masculino e feminino. Considerações Finais
  • 7. Se as pessoas que optarem pela licenciatura tiver maior êxito no que fazem, terão maior prazer e realização profissional, o que pode, aos poucos, contribuir para mudanças na representação social da profissão de professor, tornando-a mais atraente para os aspirantes a ela, evitando assim que a observação de Gatti (2010) de muitos optarem pela educação como um seguro-desemprego venha a ser substituída pela escolha pelo magistério como um campo de atuação que permite realização pessoal e profissional. É verdade que além da mudança na visão que se tem do educador, faz-se necessário investir no resgate do respeito da sociedade pela profissão, o que levaria a melhores salários e planos de carreira bem estruturados, aspectos estes essenciais, mas que não são alvo do presente trabalho. Os futuros docentes que voluntariamente participaram desta pesquisa apresentaram um repertório adequado de habilidades sociais, escores médios na Escala de Resiliência, correspondente aos dados encontrados na literatura, correlações significativamente estatísticas entre a Escala de Resiliência, o Questionário de Comportamentos Resilientes e as habilidades sociais. SOARES et. al. (2009) afirmam que o professor necessita saber lidar de forma adequada com os seus alunos, para assim contribuir para um aprendizado efetivo e para a formação integral dos educandos, independente da sua área de formação. O foco está, portanto, na formação integral do educador, para que possa servir de modelo e estimular a formação integral do educando, conforme prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Os resultados da pesquisa mostraram que os respondentes, estudantes de diversas licenciaturas e também de Pedagogia, apresentaram níveis apropriados tanto no que diz respeito às habilidades sociais como de resiliência e não houve diferença estatística entre os diferentes cursos de licenciatura, indicando serem estes aspectos não relacionados a um curso especifico e sim componentes da formação integral do professor. Ter identificado predomínio de repertório apropriado de habilidades sociais e resiliência por parte dos acadêmicos que escolheram cursos envolvendo licenciatura, pode ser um indício promissor no padrão de comportamento da sociedade. Se pessoas com maior índice de habilidades sociais buscarem a docência, se os cursos tiverem instrumentos para investir no cultivo destas habilidades, evitando que o desgaste da rotina diária ou da exposição contínua a desafios prejudiquem o desempenho do docente, estar-se-á investindo na qualidade da educação e na saúde mental do professor, o que pode vir a ter reflexos diretos na qualidade da educação ofertada nas escolas. Surge diariamente, no ambiente escolar, conflitos como a violência, a indisciplina, o fracasso escolar, o desinteresse por parte dos discentes, a falta de infraestrutura escolar, entre outros. Se os cursos de graduação envolvendo as licenciaturas, ofertarem uma disciplina formal que ensine habilidades sociais aos seus alunos, aspirantes a professores, como sugere Del Prette e Del Prette (2008a), Lopes (2010), Gatti (2010) e Richardson (2013), estarão investindo no aprimoramento do ensino, já que professores com melhor nível de habilidades sociais constroem maior rede social de apoio, o que pode auxiliá-los a manter-se lutando mesmo nos momentos difíceis e assim atingir resultados satisfatórios. Porém alerta-se que esta disciplina, mais do que uma disciplina teórica sobre habilidades sociais, teria que constituir-se no formato de oficinas, oferecendo espaço para vivências que contribuíssem para o desenvolvimento integral do aspirante a professor. A relação evidenciada entre habilidades sociais e resiliência no presente estudo pode indicar que o desenvolvimento de
  • 8. habilidades sociais pode levar a um aumento no nível de resiliência. Até o presente momento a aprendizagem de ambos os repertórios é assistemática, e por isso nem sempre garantida. Constatar a relação evidenciada no estudo pode contribuir para a oferta de trabalhos mais sistematizados visando ao desenvolvimento das habilidades sociais. Os resultados encontrados na presente pesquisa podem ser úteis para a realização de atividades durante a graduação pelos professores dos futuros licenciados e pedagogos. Quando se conhece o perfil dos alunos alvo do trabalho pedagógico, a comunicação de informações é facilitada e possibilita interações mais efetivas entre todos os envolvidos no processo de aprendizagem. Conhecer cada vez melhor o professor na atualidade é um desafio, e mais estudos que abarquem a temática do presente trabalho devem ser estimulados. Referências Alberti, R. E. & Emmons, M. L. (1978). Comportamento assertivo: um guia de autoexpressão. Trad. Jane Maria Corrêa. Belo Horizonte: Interlivro. Angst, R. (2010). Burnout e resiliência em acadêmicos de Pedagogia. 16f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Formação Pedagógica do Professor Universitário). Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Curitiba. Arroyo, M. G. (2010). Ofício de mestre: imagens e auto-imagens. 12. ed. Petrópolis/RJ: Vozes. Brasil. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/96. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 24 Set 2013. Camargo, D. de. (2004). As emoções e a escola. Curitiba-PR: Travessa dos editores. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2007). Habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem: teoria e pesquisa sob um enfoque multimodal. In: Del Prette, A. & Del Prette, Z. A. P. Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem. Campinas, SP: Editora Alínea. pp. 167-206. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2008a). Habilidades sociais e educação: pesquisa e atuação em psicologia escolar/educacional. In: Del Prette, Z. A. P. (Org.). Psicologia escolar e educacional, saúde e qualidade de vida: explorando fronteiras. 3. ed. Campinas-SP: Editora Alínea. pp. 113- 141. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2001). Inventário de habilidades sociais (IHS-DEL- PRETTE): manual de aplicação, apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.
  • 9. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2008b). Psicologia das habilidades sociais: terapia, educação e trabalho. 5. ed. Petrópolis-RJ: Editora Vozes. Gatti, B. A. (2010). Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educação e sociedade, Campinas, 31(113), pp. 1355-1379. Gresham, F. M. (2009). Análise do comportamento aplicada às habilidades sociais. In: Del Prette, A. & Del Prette, Z. Psicologia das habilidades sociais: diversidade teórica e suas implicações. Petrópolis, RJ: Vozes. pp. 17-66. Howard, S. & Johnson, B. (2004). Resilient teachers: resisting stress and burnout. Social psychology of education, 7, pp. 399-420. Lopes, R. P. (2010). Da licenciatura à sala de aula: o processo de aprender a ensinar em tempos e espaços variados. Educar, Curitiba, 36, pp. 163-179. Lipp, M. E. N. (2003). O modelo quadrifásico do stress. In: Marilda Emmanuel Novaes Lipp (Org.). Mecanismos neuropsicofisiológicos do stress: teoria e aplicações clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo. pp. 17-21. Paixão, G. P. do N.; Santos, S. M. P. dos & Ramos, P. R. (2008). Percepções das diferenças de gênero entre adolescentes do município de Juazeiro-BA. UDESC em ação, 2(1), s/p. Pesce, R. P.; Assis, S. G.; Avanci, J. Q.; Santos, N.; Malaquias, J. V. & Carvalhaes, R. (2005). Adaptação transcultural, confiabilidade e validade da escala de resiliência. Cadernos de Saúde Pública, 21(2), pp. 436-448. Peltz, L.; Moraes, M. da G. & Carlotto, M. S. (2010). Resiliência em estudantes do ensino médio. Revista semestral da associação brasileira de psicologia escolar e educacional, SP, 14(1), pp. 87-94. Pretsch, J.; Flunger, B.; Schmitt, M. (2012). Resilience predicts well-being in teachers, but not in non-teaching employees. Social psychology education, 15, pp. 321-336. Reis, V. T. da C.; Prata, M. A. R. & Soares, A. B. (2012). Habilidades sociais e afetividade no contexto escolar: perspectivas envolvendo professores e ensino-aprendizagem. Psicologia argumento, 30(69), pp. 347-357. Richardson, J. (2013). Seeing an invisible world: let's make sure that cultural and interpersonal awareness are on the menu in our schools and throughout our nation. Phi delta kappan, 94(6), pp. 4.
  • 10. Rocha Sobrinho, F. & Porto, J. B. (2012). Bem-estar no trabalho: um estudo sobre suas relações com clima social, coping e variáveis demográficas. RAC, 16(2), pp. 253-270. Rutter, M. (1987). Psychosocial resilience and protective mechanisms. American orthopsychiatric association, 57(3), pp. 316-331. Rutter, M. (2007). Resilience, competence and coping. Child abuse & neglect, 31(3), pp. 205- 209. Soares, A. B.; Naiff, L. A. M.; Fonseca, L. B. da; Cardozo, A. & Baldez, M. de O. (2009). Estudo comparativo de habilidades sociais e variáveis sociodemográficas de professores. Psicologia: teoria e prática, 11(1), pp. 35-49. Vedovato, T. G. & Monteiro, M. I. (2008). Perfil sociodemográfico e condições de saúde e trabalho dos professores de nove escolas estaduais paulistas. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 42(2), pp. 290-297.