SlideShare uma empresa Scribd logo
O Folclore Como Produção Cultural



                                                                    Amauri Lima de Souza




  RESUMO

          Procurar demonstrar por meios de textos de vários autores pesquisadores e
estudiosos sobre folclore e conhecimentos adquiridos através de estudos específicos
e vivências de vida o que ocorreu e o que ocorre sobre folclore como fonte de
produção cultural através de uma grande diversidade em várias regiões. Isso tudo
resulta em pensamentos parecidos e controversos dos autores em teorias no que diz
respeito a explicar o folclore.




  INTRODUÇÃO

          Neste artigo veremos as várias faces no que diz respeito ao folclore na
nossa região amazônica, também em várias regiões do Brasil e do mundo, desde a
antiguidade até os dias atuais. Abordaremos o folclore inserido na sociedade como
sendo    fonte   de   produção    cultural,   vivenciado   muitas   vezes   por   pessoas
tradicionalistas e até por pessoas que praticam sem ter a mínima idéia de está
promovendo cultura no que fazem em seu dia-a-dia. Analisaremos algumas obras de
autores bem conceituados, dando opiniões, críticas e apoios para o tema em questão.
DISCURSÃO TEÓRICA


      O Folclore não é apenas folguedos e festas. É a história construída pelos
anseios, aspirações e esperanças de um povo, é uma linguagem na qual se manifesta
a unidade que mobiliza multidões, que busca a sua verdade na identificação da
cidadania, preservando seus valores e mantendo vivas suas raízes através das
gerações.

         Através do folclore podemos vivenciar o que para muitos ficou esquecido no
passado, como as cantigas de ninar que eram cantadas por aquelas mães que queria
apenas que seus filhos dormissem, mas que na verdade praticavam uma cultura
passada de geração para geração e que aos poucos foi ficando somente na memória
das novas gerações. Hoje esta cultura está sendo resgatada por alguns estudiosos e
repassadas para a sociedade como uma forma boa de vivenciar a vida das pessoas
que construíram naquela época aquele modo de viver em harmonia dentro e fora de
casa. Tentar resgatar momentos bons da vida passada é um modo de praticar cultura,
na qual hoje é muito utilizada por nossa sociedade. Mas não são somente momentos
bons como também momentos considerados ruins dos nossos antepassados são
resgatados, como por exemplos a vida maltratada dos afro-descendentes que eram
escravizados no tempo do Brasil colônia, mas que, mesmo naquela situação, não
deixaram de cultuar seus costumes e tradições herdados de seus antepassados como
por exemplos as danças e as músicas que lembram as coisas boas de seus lugares
de origem e como modo de esquecer aquele momento ruim vivido por todos.

      Vivemos um contexto contemporâneo de valorização das diferenças culturais,
de multiculturalismo em educação, de emergência social de identidades étnicas,
religiosas, descritas em centenas de trabalhos que buscam compreender a
“globalização” ou o mundo “pós-moderno”. No Brasil, atualmente o governo federal
propagandeia que “o melhor do Brasil é o brasileiro”, pois este “não desiste nunca”.
Ao mesmo tempo, anuncia políticas para a cultura popular com verbas significativas,
se comparadas a projetos de administrações anteriores. Deve-se focar mais na
cultura sem deixar contradições de entendimento para todos.
      Hoje vemos também, a comemoração do dia das bruxas no Brasil, sendo que é
normal da cultura norte americano, está cada vez mais popular entre os brasileiros
que já consideram prática indispensável principalmente pelos mais jovens, nos quais
vão repassar para as novas gerações, mas é claro que tem algumas coisas diferentes
no que diz respeito a cultuar. Observamos assim uma junção da cultura mundial, ás
vezes com prática diferente, mas ás vezes com definição igual de algumas culturas.

      Com relação a repassar cultura para as novas gerações, não muito complicado
pois as crianças aceitam bem todas as informações adquiridas. As crianças respeitam
sua ordem e o modo como dispõem os jogos e brinquedos. Os folguedos, além de
causa desses grupos infantis estáveis, determinam, também, sua estrutura e
organização. Neles, a criança aprende, entre iguais, a disciplina e a solidariedade
social conforme uma cultura tradicional.

      Na mesma linha desenvolve–se Educação e cultura infantil (Fernandes, 1979,
p. 386–397). Nele, Florestan retoma a idéia básica do grupo infantil como "um grupo
de iniciação" (Fernandes, 1979, p. 386) à vida social. O objetivo é enfatizar o aspecto
educador da cultura infantil, mostrando como, através dos folguedos, as crianças
adquirem os padrões de conduta e os valores culturais da comunidade. Apoiando–se
em Raum e em Piaget (cf. Fernandes, 1979, p. 386–387), trata–se, basicamente, de
contestar a idéia que explica a presença dos elementos da cultura adulta na cultura
infantil pela imitação. Quando a criança brinca de "papai e mamãe", "comidinha" ou
"casinha", ela não imita o seu pai ou a sua mãe, pois, no brinquedo, "pais e mães são
entes gerais, representam uma função social" (cf. Fernandes, 1979, p. 387). O papel
dos folguedos, enquanto elementos da cultura infantil, é então, apresentar para os
iniciantes, já elaborados, os padrões sociais de conduta da cultura adulta tradicional.
Ao executá–los, as crianças não são levadas a imitar indivíduos, mas a adquirir
padrões de comportamento correspondentes a certas funções sociais. Essa
experiência possui um significado especial para o educador, pois “não importa apenas
saber como a criança aprende e o que a criança aprende; mas o que ela pode fazer
com o que aprende” (Fernandes, 1989, p 67).

      Sabemos que são muitas as diversidades do folclore mundial, principalmente
relacionado ao Brasil que é de regiões imensas e de diferentes culturas. Arantes
começa falando, em um de seus capítulos do livro ”O que é cultura popular” (1980),
sobre “as culturas aqui e agora, múltiplas e em constante transformação”, na qual ele
quer dizer da enorme diversidade que nos rodeia e que podemos transformar todo
momento.
CONCLUSÃO


      Como vimos, o folclore pode ser interpretado de várias maneiras por qualquer
pessoa em um determinado grupo da sociedade, mas que com certeza faz parte de
uma produção cultural individual e/ou coletiva. O folclore é rico em informações para
nós e vai continuar sendo ao longo de nossas vidas, porque chegarão muito mais
estudos referentes ao folclore, que também está sendo incluído fortemente nas
universidades como por exemplo no curso de Educação Física da UFPA.
BIBLIOGRAFIA


       FERNANDES, Florestan, 1920-1995. O folclore em questão, 1989, 227p.
Folclore e mudança social na sociedade de São Paulo. 2. Ed., rev. Pelo autor.
Petrópolis, Brasil: vozes, 1979. 410p. ; 21 cm. (Coleção Sociedade Brasileira: v.
10).

       ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular, 1980.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Modosbrincar
ModosbrincarModosbrincar
Modosbrincar
FBRodrigues
 
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
Aline Sesti Cerutti
 
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículosInclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Wilson
 
Escola e Diversidade Etnicorracial
Escola e Diversidade EtnicorracialEscola e Diversidade Etnicorracial
Escola e Diversidade Etnicorracial
MARCIA GOMES FREIRE
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
culturaafro
 
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena LipskyBusca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Alexandre da Rosa
 
Slides semana 5
Slides semana 5Slides semana 5
Slides semana 5
Eliete Correia Santos
 
Superando o racismo na escola
Superando o racismo na escolaSuperando o racismo na escola
Superando o racismo na escola
AWO IFASEUN OLUSOLA OGUNSÍ
 
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASILCURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
Wilson Melo
 
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no BrasilResenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Waleska Medeiros de Souza
 
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e LúciaCultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Alexandre da Rosa
 
Conhecimento escolar e diversidade cultural
Conhecimento  escolar e diversidade culturalConhecimento  escolar e diversidade cultural
Conhecimento escolar e diversidade cultural
Carla Regina
 
Pcn 10.2 Tt Pluralidade Cultural
Pcn   10.2   Tt Pluralidade CulturalPcn   10.2   Tt Pluralidade Cultural
Pcn 10.2 Tt Pluralidade Cultural
literatoliberato
 
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação InfantilIntroduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
ElaineCristiana
 
Interculturalidade
InterculturalidadeInterculturalidade
Interculturalidade
maladigitalmourao
 
Sinopse 2 freire e petronilha
Sinopse 2   freire e petronilhaSinopse 2   freire e petronilha
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombosPovoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
Alunos da UNEB
 
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISRELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
Ludmila Moura
 
A diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileiraA diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileira
prof_roseli_barbosa
 
Tradicoes traducoes na_cultura_popular para ssa 2
Tradicoes traducoes na_cultura_popular  para ssa 2Tradicoes traducoes na_cultura_popular  para ssa 2
Tradicoes traducoes na_cultura_popular para ssa 2
Fabio Salvari
 

Mais procurados (20)

Modosbrincar
ModosbrincarModosbrincar
Modosbrincar
 
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
Os mitos e lendas na dinâmica das religiões de matriz africana.
 
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículosInclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
Inclusao da historia cultura afro-brasileira e indigena nos currículos
 
Escola e Diversidade Etnicorracial
Escola e Diversidade EtnicorracialEscola e Diversidade Etnicorracial
Escola e Diversidade Etnicorracial
 
história e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africanahistória e cultura afro brasileira e africana
história e cultura afro brasileira e africana
 
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena LipskyBusca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
Busca da Identidade - Prof. Mery Helena Lipsky
 
Slides semana 5
Slides semana 5Slides semana 5
Slides semana 5
 
Superando o racismo na escola
Superando o racismo na escolaSuperando o racismo na escola
Superando o racismo na escola
 
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASILCURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
CURRICULO E DIVERSIDADE CULTURAL EM PALMAS, TO: BRASIL
 
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no BrasilResenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
Resenha: Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil
 
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e LúciaCultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
Cultura Afro nas Escolas - Lei 10.639/03 - Profs. Laura Longarai e Lúcia
 
Conhecimento escolar e diversidade cultural
Conhecimento  escolar e diversidade culturalConhecimento  escolar e diversidade cultural
Conhecimento escolar e diversidade cultural
 
Pcn 10.2 Tt Pluralidade Cultural
Pcn   10.2   Tt Pluralidade CulturalPcn   10.2   Tt Pluralidade Cultural
Pcn 10.2 Tt Pluralidade Cultural
 
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação InfantilIntroduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
Introduzindo a Cultura Afro-Brasileira na Educação Infantil
 
Interculturalidade
InterculturalidadeInterculturalidade
Interculturalidade
 
Sinopse 2 freire e petronilha
Sinopse 2   freire e petronilhaSinopse 2   freire e petronilha
Sinopse 2 freire e petronilha
 
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombosPovoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
 
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAISRELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS
 
A diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileiraA diversidade e a cultura afrobrasileira
A diversidade e a cultura afrobrasileira
 
Tradicoes traducoes na_cultura_popular para ssa 2
Tradicoes traducoes na_cultura_popular  para ssa 2Tradicoes traducoes na_cultura_popular  para ssa 2
Tradicoes traducoes na_cultura_popular para ssa 2
 

Semelhante a Folclore não é apenas folguedos e festas

Cartilha de Causos
Cartilha de CausosCartilha de Causos
Cartilha de Causos
fortimmjguedes
 
Monografia Cleia pedagogia 2011
Monografia Cleia pedagogia 2011Monografia Cleia pedagogia 2011
Monografia Cleia pedagogia 2011
Biblioteca Campus VII
 
Aulas de sociologia ensino médio para o 2 ano em.
Aulas de sociologia ensino médio   para o 2 ano em.Aulas de sociologia ensino médio   para o 2 ano em.
Aulas de sociologia ensino médio para o 2 ano em.
MARISE VON FRUHAUF HUBLARD
 
Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011
Biblioteca Campus VII
 
FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
 FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR  FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
Vis-UAB
 
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etniasBicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
temastransversais
 
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdfGLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
BrunoAndrade238623
 
Grafismo indígena
Grafismo indígenaGrafismo indígena
Grafismo indígena
Magistério Magistério
 
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileiraUnidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
Cleverson Sobrenome
 
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im focoProjeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
Marilia Frizzera Dias
 
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURALPROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
Aline Martendal
 
Aula II- História e Cultura.pptx
Aula II- História e Cultura.pptxAula II- História e Cultura.pptx
Aula II- História e Cultura.pptx
IsaacAugustoAlvesdeF
 
A laicização do são pedro de retirolândia ba
A laicização do são pedro de retirolândia   baA laicização do são pedro de retirolândia   ba
A laicização do são pedro de retirolândia ba
UNEB
 
Introdução aos Conceitos de cultura
Introdução aos Conceitos de culturaIntrodução aos Conceitos de cultura
Introdução aos Conceitos de cultura
Fabio Salvari
 
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
Prof. Noe Assunção
 
cultura afro
cultura afrocultura afro
cultura afro
Adriana Chaves Magri
 
Caderno1 modos dever
Caderno1 modos deverCaderno1 modos dever
Caderno1 modos dever
ferccr
 
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidadeBoi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
Katarina Barbosa
 
05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenas05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenas
primeiraopcao
 
Ensino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica cultural
montorri
 

Semelhante a Folclore não é apenas folguedos e festas (20)

Cartilha de Causos
Cartilha de CausosCartilha de Causos
Cartilha de Causos
 
Monografia Cleia pedagogia 2011
Monografia Cleia pedagogia 2011Monografia Cleia pedagogia 2011
Monografia Cleia pedagogia 2011
 
Aulas de sociologia ensino médio para o 2 ano em.
Aulas de sociologia ensino médio   para o 2 ano em.Aulas de sociologia ensino médio   para o 2 ano em.
Aulas de sociologia ensino médio para o 2 ano em.
 
Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011Monografia Cintia Pedagogia 2011
Monografia Cintia Pedagogia 2011
 
FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
 FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR  FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
FOLIA DE REIS – UM RESGATE DA CULTURA POPULAR
 
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etniasBicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
Bicastiradentes pluralidadeculturalii etnias
 
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdfGLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
GLOBALIZAÇÃO E IDENTIDADE CULTURAL NO MUNICÍPIO DE.pdf
 
Grafismo indígena
Grafismo indígenaGrafismo indígena
Grafismo indígena
 
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileiraUnidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
Unidade 1 - Aula 2 - Cultura popular, folclore e cultura popular brasileira
 
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im focoProjeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
Projeto eeefm luiz jouffroy cultura im foco
 
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURALPROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
PROJETO EDUCAÇÃO: DIVERSIDADE CULTURAL
 
Aula II- História e Cultura.pptx
Aula II- História e Cultura.pptxAula II- História e Cultura.pptx
Aula II- História e Cultura.pptx
 
A laicização do são pedro de retirolândia ba
A laicização do são pedro de retirolândia   baA laicização do são pedro de retirolândia   ba
A laicização do são pedro de retirolândia ba
 
Introdução aos Conceitos de cultura
Introdução aos Conceitos de culturaIntrodução aos Conceitos de cultura
Introdução aos Conceitos de cultura
 
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHA
 
cultura afro
cultura afrocultura afro
cultura afro
 
Caderno1 modos dever
Caderno1 modos deverCaderno1 modos dever
Caderno1 modos dever
 
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidadeBoi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
Boi da macuca uma invenção viva na contemporaneidade
 
05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenas05 cultura e identidades indígenas
05 cultura e identidades indígenas
 
Ensino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica culturalEnsino de história e diversidade étnica cultural
Ensino de história e diversidade étnica cultural
 

Folclore não é apenas folguedos e festas

  • 1. O Folclore Como Produção Cultural Amauri Lima de Souza RESUMO Procurar demonstrar por meios de textos de vários autores pesquisadores e estudiosos sobre folclore e conhecimentos adquiridos através de estudos específicos e vivências de vida o que ocorreu e o que ocorre sobre folclore como fonte de produção cultural através de uma grande diversidade em várias regiões. Isso tudo resulta em pensamentos parecidos e controversos dos autores em teorias no que diz respeito a explicar o folclore. INTRODUÇÃO Neste artigo veremos as várias faces no que diz respeito ao folclore na nossa região amazônica, também em várias regiões do Brasil e do mundo, desde a antiguidade até os dias atuais. Abordaremos o folclore inserido na sociedade como sendo fonte de produção cultural, vivenciado muitas vezes por pessoas tradicionalistas e até por pessoas que praticam sem ter a mínima idéia de está promovendo cultura no que fazem em seu dia-a-dia. Analisaremos algumas obras de autores bem conceituados, dando opiniões, críticas e apoios para o tema em questão.
  • 2. DISCURSÃO TEÓRICA O Folclore não é apenas folguedos e festas. É a história construída pelos anseios, aspirações e esperanças de um povo, é uma linguagem na qual se manifesta a unidade que mobiliza multidões, que busca a sua verdade na identificação da cidadania, preservando seus valores e mantendo vivas suas raízes através das gerações. Através do folclore podemos vivenciar o que para muitos ficou esquecido no passado, como as cantigas de ninar que eram cantadas por aquelas mães que queria apenas que seus filhos dormissem, mas que na verdade praticavam uma cultura passada de geração para geração e que aos poucos foi ficando somente na memória das novas gerações. Hoje esta cultura está sendo resgatada por alguns estudiosos e repassadas para a sociedade como uma forma boa de vivenciar a vida das pessoas que construíram naquela época aquele modo de viver em harmonia dentro e fora de casa. Tentar resgatar momentos bons da vida passada é um modo de praticar cultura, na qual hoje é muito utilizada por nossa sociedade. Mas não são somente momentos bons como também momentos considerados ruins dos nossos antepassados são resgatados, como por exemplos a vida maltratada dos afro-descendentes que eram escravizados no tempo do Brasil colônia, mas que, mesmo naquela situação, não deixaram de cultuar seus costumes e tradições herdados de seus antepassados como por exemplos as danças e as músicas que lembram as coisas boas de seus lugares de origem e como modo de esquecer aquele momento ruim vivido por todos. Vivemos um contexto contemporâneo de valorização das diferenças culturais, de multiculturalismo em educação, de emergência social de identidades étnicas, religiosas, descritas em centenas de trabalhos que buscam compreender a “globalização” ou o mundo “pós-moderno”. No Brasil, atualmente o governo federal propagandeia que “o melhor do Brasil é o brasileiro”, pois este “não desiste nunca”. Ao mesmo tempo, anuncia políticas para a cultura popular com verbas significativas, se comparadas a projetos de administrações anteriores. Deve-se focar mais na cultura sem deixar contradições de entendimento para todos. Hoje vemos também, a comemoração do dia das bruxas no Brasil, sendo que é normal da cultura norte americano, está cada vez mais popular entre os brasileiros que já consideram prática indispensável principalmente pelos mais jovens, nos quais
  • 3. vão repassar para as novas gerações, mas é claro que tem algumas coisas diferentes no que diz respeito a cultuar. Observamos assim uma junção da cultura mundial, ás vezes com prática diferente, mas ás vezes com definição igual de algumas culturas. Com relação a repassar cultura para as novas gerações, não muito complicado pois as crianças aceitam bem todas as informações adquiridas. As crianças respeitam sua ordem e o modo como dispõem os jogos e brinquedos. Os folguedos, além de causa desses grupos infantis estáveis, determinam, também, sua estrutura e organização. Neles, a criança aprende, entre iguais, a disciplina e a solidariedade social conforme uma cultura tradicional. Na mesma linha desenvolve–se Educação e cultura infantil (Fernandes, 1979, p. 386–397). Nele, Florestan retoma a idéia básica do grupo infantil como "um grupo de iniciação" (Fernandes, 1979, p. 386) à vida social. O objetivo é enfatizar o aspecto educador da cultura infantil, mostrando como, através dos folguedos, as crianças adquirem os padrões de conduta e os valores culturais da comunidade. Apoiando–se em Raum e em Piaget (cf. Fernandes, 1979, p. 386–387), trata–se, basicamente, de contestar a idéia que explica a presença dos elementos da cultura adulta na cultura infantil pela imitação. Quando a criança brinca de "papai e mamãe", "comidinha" ou "casinha", ela não imita o seu pai ou a sua mãe, pois, no brinquedo, "pais e mães são entes gerais, representam uma função social" (cf. Fernandes, 1979, p. 387). O papel dos folguedos, enquanto elementos da cultura infantil, é então, apresentar para os iniciantes, já elaborados, os padrões sociais de conduta da cultura adulta tradicional. Ao executá–los, as crianças não são levadas a imitar indivíduos, mas a adquirir padrões de comportamento correspondentes a certas funções sociais. Essa experiência possui um significado especial para o educador, pois “não importa apenas saber como a criança aprende e o que a criança aprende; mas o que ela pode fazer com o que aprende” (Fernandes, 1989, p 67). Sabemos que são muitas as diversidades do folclore mundial, principalmente relacionado ao Brasil que é de regiões imensas e de diferentes culturas. Arantes começa falando, em um de seus capítulos do livro ”O que é cultura popular” (1980), sobre “as culturas aqui e agora, múltiplas e em constante transformação”, na qual ele quer dizer da enorme diversidade que nos rodeia e que podemos transformar todo momento.
  • 4. CONCLUSÃO Como vimos, o folclore pode ser interpretado de várias maneiras por qualquer pessoa em um determinado grupo da sociedade, mas que com certeza faz parte de uma produção cultural individual e/ou coletiva. O folclore é rico em informações para nós e vai continuar sendo ao longo de nossas vidas, porque chegarão muito mais estudos referentes ao folclore, que também está sendo incluído fortemente nas universidades como por exemplo no curso de Educação Física da UFPA.
  • 5. BIBLIOGRAFIA FERNANDES, Florestan, 1920-1995. O folclore em questão, 1989, 227p. Folclore e mudança social na sociedade de São Paulo. 2. Ed., rev. Pelo autor. Petrópolis, Brasil: vozes, 1979. 410p. ; 21 cm. (Coleção Sociedade Brasileira: v. 10). ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular, 1980.