2. 1) O marco inicial das discussões parlamentares em torno do
direito do voto feminino são os debates que antecederam a
Constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao
exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado,
também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício.
Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto
aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que
veio a se concretizar no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da
aprovação do Código Eleitoral de 1932.
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br. Acesso em: 14 maio
2018.
3. Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida
mencionada no texto foi a
a) superação da cultura patriarcal.
b) influência de igrejas protestantes.
c) pressão do governo revolucionário.
d) fragilidade das oligarquias regionais.
e) campanha de extensão da cidadania.
4. Comentando
a) a cultura patriarcal, do homem como centro da vida familiar e
social continua
b) não há correlação com o tema/o número de adeptos nesse
período é pequeno
c) a conquista do voto não foi somente uma "bondade" do
governo de Vargas (Revolução de 30), mas resultado também de
lutas de diferentes grupos e indivíduos como Leolinda Daltro e
Bertha Lutz
d) isto está mais relacionado ao processo da Revolução de 1930
e) cidadania <> direitos e deveres / Apesar de serem políticas
populistas, o governo Vargas avançou na concessão de direitos,
seja o voto feminino ou, principalmente, os direitos trabalhistas
5. 2) A participação da África na Segunda Guerra Mundial deve ser
apreciada sob a ótica da escolha entre vários demônios. O seu
engajamento não foi um processo de colaboração com o
imperialismo, mas uma luta contra uma forma de hegemonia
ainda mais perigosa.
MAZRUI, A. “Procurai primeiramente o reino do político...". In:
MAZRUI, A.; WONDJI, C. (Org.). História geral da África: África
desde 1925. Brasília: Unesco, 2010.
6. Para o autor, a “forma de hegemonia" e uma de suas
características que explicam o engajamento dos africanos no
processo analisado foram:
a) Comunismo / rejeição da democracia liberal.
b) Capitalismo / devastação do ambiente natural.
c) Fascismo / adoção do determinismo biológico
d) Socialismo / planificação da economia nacional.
e) Colonialismo / imposição da missão civilizatória.
7. Comentando
c) Essa pergunta é direta, pois somente uma alternativa se
refere a ideologia presente nos países do eixo, fascismo, e a
explicação ser o determinismo biológico temos que considerar a
ideologia do partido nazista, da superioridade ariana que é
próxima das teorias raciais do século XIX: existem raças
superiores e inferiores (darwinismo social), o clima é um fator
que explica essas diferenças (o que está definido no presente é
determinado por características externas ou anteriores)
8. 3) De março de 1931 a fevereiro de 1940, foram decretadas
mais de 150 leis novas de proteção social e de regulamentação
do trabalho em todos os seus setores. Todas elas têm sido
simplesmente uma dádiva do governo. Desde aí, o trabalhador
brasileiro encontra nos quadros gerais do regime o seu
verdadeiro lugar.
DANTAS, M. A força nacionalizadora do Estado Novo. Rio de
Janeiro: DIP, 1942. Apud BERCITO, S. R. Nos Tempos de
Getúlio: da revolução de 30 ao fim do Estado Novo. São Paulo:
Atual, 1990.
9. A adoção de novas políticas públicas e as mudanças jurídico-
institucionais ocorridas no Brasil, com a ascensão de Getúlio Vargas
ao poder, evidenciam o papel histórico de certas lideranças e a
importância das lutas sociais na conquista da cidadania. Desse
processo resultou a:
a) criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, que
garantiu ao operariado autonomia para o exercício de atividades
sindicais.
b) legislação previdenciária, que proibiu migrantes de ocuparem
cargos de direção nos sindicatos.
c) criação da Justiça do Trabalho, para coibir ideologias
consideradas perturbadoras da "harmonia social".
d) legislação trabalhista que atendeu reivindicações dos operários,
garantido-lhes vários direitos e formas de proteção.
e) decretação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que
impediu o controle estatal sobre as atividades políticas da classe
operária.
10. Comentando
a) Os sindicatos eram controlados pelo governo e pelos patrões
b) previdência tem avanços na era Vargas, mas ainda é muito
limitada a grupos de trabalhadores
c) a função da Justiça do Trabalho era resolver problemas entre
empregadores e empregados
d) o avanço na legislação trabalhista garantiu o avanço nos
direitos trabalhistas/sociais
e) a CLT é publicada em 1943, mas o governo mantinha controle
sobre as atividades da classe operária
11. 4) Numa sociedade em transição, a marcha da mudança, em
diferentes graus, está impressa em todos os aspectos da ordem
social, especialmente no jogo político, que nessas sociedades sempre
apresenta padrões característicos de ambivalência, cujas raízes
sociais se encontram na coexistência de dois padrões de estrutura
social: o padrão tradicional, em declínio, e o novo, emergente, em
expansão. Em tais situações, é possível encontrar, simultaneamente,
apoio para uma orientação política ou para outra que seja exatamente
o oposto. O padrão ambivalente do processo político, nas sociedades
em desenvolvimento, é o que explica um dos seus trações mais
salientes, e que consiste na tendência ao adiamento das grandes
decisões. Resulta dai que a inércia política ou a convulsão política
pode se suceder uma à outra em períodos surpreendentemente
curtos.
PINTO, L, A. C. Sociologia e desenvolvimento. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira. 1975 (adaptado).
12. De acordo com a perspectiva apresentada, central no
pensamento social brasileiro dos anos 1950 e 1960, o
desenvolvimento do país foi marcado por
a) radicalidade nas agendas de reforma das elites dirigentes.
b) anomalias na execução dos planos econômicos ortodoxos.
c) descompassos na construção de quadros institucionais
modernos.
d) ilegitimidade na atuação dos movimentos de representação
classista.
e) vagarosidade na dinâmica de aperfeiçoamento dos
programas partidários.
13. Comentando
a) Nesse período, a demanda por reformas vinha das classes
populares e a elite em grande parte se opunha (UDN)
b) plano ortodoxo > combate à inflação pela redução de gastos e
diminuição da emissão de moeda > isso não acontece no
período > ex. Obras de infraestrutura, JK
c) a modernização no Brasil foi conservadora, o que gerou
impasses e contradições durante sua implantação
d) ✨Período democrático ✨
e) os partidos se modificaram para atender as demandas de uma
sociedade que se modificava> ex. JK desenvolvimentismo +
capital externo
15. No anúncio, há referências a algumas das transformações
ocorridas no Brasil nos anos 1950 e 1960. No entanto, tais
referências omitem transformações que impactaram segmentos
da população, como a
a) exaltação da tradição colonial.
b) redução da influência estrangeira.
c) ampliação da imigração internacional.
d) intensificação da desigualdade regional.
e) desconcentração da produção industrial.
16. Comentando
a) Exaltação da modernidade > carro, as linhas onduladas > e na
construção as curvas dos prédios de Brasília
b) Brasília> JK > união do capital nacional com o capital externo
c) nesse período a migração externa diminuiu e aumenta a
migração interna/fluxos regionais
d) Na década de 1960 observamos um processo de
concentração das riquezas a partir do aceleramento da
industrialização, principalmente da região Sudeste, além da
migração em direção a esses estados > SP e MG concentravam
30% da pop.
e) mesmo que a D
17. 6) O jovem que nasceu e cresceu sob a ditadura perdeu muitos
contatos com a realidade e com a história como processo vivo.
Mas conheceu em sua carne o que é a opressão e como a
repressão institucional (às vezes inconsciente e definitiva, dentro
da família, da escola etc.) é odiosa. Essa é uma riqueza ímpar. O
potencial radical de um jovem — pobre, de pequena burguesia
ou “rico” — que sofre prolongadamente uma experiência dessas,
constitui um agente político valioso. Ele está “embalado” para
rejeitar e combater a opressão sistemática e a repressão
dissimulada, o que o converte em um ser político inconformista
promissor.
FERNANDES, F. O dilema político dos jovens. In: Florestan
Fernandes na constituinte: leituras para reforma política. São
Paulo: Expressão Popular, 2014.
18. No contexto mencionado, Florestan Fernandes tematiza um
efeito inesperado do exercício do poder político decorrente da:
a) evolução histórica do conflito de gerações.
b) fragilidade moral das instituições públicas.
c) impossibilidade de realização do controle total.
d) legitimação ideológica do nacionalismo estatal.
e) restrição da oferta de oportunidades de educação.
19. Comentando
a) Relação mais dos indivíduos contra instituições e não a
questão geracional no sentido de velho vs novo
b) A ditadura sendo autoritária e conservadora impunha uma
visão de moral rígida a sociedade
c) Apesar do autoritarismo e do estado de excessão, isso na
visão de Florestan alimentaria o inconformismo
d) não se aplica ao texto
e) não se aplica ao texto
20. 7) São Paulo, 10 de janeiro de 1979.
Exmo. Sr. Presidente Ernesto Geisel.
Considerando as instruções dadas por V. S. de que sejam negados os
passaportes aos senhores Francisco Julião, Miguel Arraes, Leonel
Brizola, Luis Prestes, Paulo Schilling, Gregório Bezerra, Márcio
Moreira Alves e Paulo Freire.
Considerando que, desde que nasci, me identifico plenamente com a
pele, a cor dos cabelos, a cultura, o sorriso, as aspirações, a história e
o sangue destes oito senhores.
Considerando tudo isto, por imperativo de minha consciência, venho
por meio desta devolver o passaporte que, negado a eles, me foi
concedido pelos órgãos competentes de seu governo.
Carta do cartunista Henrique de Souza Filho, conhecido como Henfil.
In: HENFIL. Cartas da mãe. Rio de Janeiro: Codecri, 1981
(adaptado).
21. No referido contexto histórico, a manifestação do cartunista
Henfil expressava uma crítica ao(à):
a) censura moral das produções culturais.
b) limite do processo de distensão política.
c) interferência militar de países estrangeiros.
d) representação social das agremiações partidárias.
e) impedimento de eleição das assembleias estaduais.
22. Comentando
a) não se aplica ao texto, apesar de ser algo presente na
ditadura militar
b) política de distensão se relaciona ao processo da abertura
política (lenta, segura e gradual), diminuir as tensões entre o
governo e a oposição > a retirada do passaporte desses
indivíduos ia contra essa ideia > Julião, líder das ligas
camponesas, Brizola, político do PTB
c) não se aplica ao texto, apesar do processo de implantação
das ditaduras sul-americanos ter evidencia da interferência
americana
d) não se aplica ao texto
e) não se aplica ao texto
24. O regime do Apartheid adotado de 1948 a 1994 na África do Sul
fundamentava-se em ações estatais de segregacionismo racial.
Na imagem, fuzileiros navais fazem valer a “lei do passe” que
regulamentava o(a)
a) concentração fundiária, impedindo os negros de tomar posse
legítima do uso da terra.
b) boicote econômico, proibindo os negros de consumir
produtos ingleses sem resistência armada.
c) sincretismo religioso, vetando os ritos sagrados dos negros
nas cerimônias oficiais do Estado.
d) controle sobre a movimentação, desautorizando os negros a
transitar em determinadas áreas das cidades.
e) exclusão do mercado de trabalho, negando a população
negra o acesso aos bens de consumo.
25. Comentando
d) Essa questão é bem direta pelo significado do nome da lei,
passe>movimentação, mas ter em mente que no regime do
apartheid haviam outras leis que impediam direitos a população
negra > segregacionismo > cidadão de 2ª classe
26. 9) Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre a Proibição das
Armas Químicas (CPAQ) marcou um momento novo das relações
internacionais no campo da segurança. Aberta para assinaturas em
Paris, em janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de
negociações na Conferência do Desarmamento em Genebra, a CPAQ
entrou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a I Conferência dos
Estados-Partes na CPAQ, em Haia, o secretário-geral da ONU, Kofi
Annan, descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Disse:
“O que vocês fizeram com sua livre vontade foi anunciar a essa e a
todas as futuras gerações que as armas químicas são instrumentos
que nenhum Estado com algum respeito por si mesmo e nenhum
povo com algum senso de dignidade usaria em conflitos domésticos
ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas:
trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.
27. O que a Convenção representou para o cenário geopolítico
mundial?
a) Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.
b) Restrição aos complexos industriais militares.
c) Enfraquecimento de blocos políticos regionais.
d) Cerceamento às agências de inteligência estatal.
e) Desestabilização das empresas produtoras de munições.
28. Comentando
a) a conveção mostra exatamente o oposto/ multilateral = vários
países
b) em uma guerra que o conflito era improvável e a paz
impossível, os tratados que buscavam limitar o arsenal militar
(tratado de não proliferação de armas nucleares, 1968) eram um
esforço desarmamento para evitar o conflito
c) durante a Guerra Fria os blocos regionais criaram alianças
que definiram o cenário geopolítico da disputa EUA e URSS
d) as agências de espionagem (CIA e KGB) foram essenciais
para monitorar e conhecer o inimigo
e) ✨ARMAS QUÍMICAS✨