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Livros 
Sapienciais
Os Livros Sapienciais ou 
poéticos são: 
- Provérbios, 
- Sabedoria, 
- Jó, 
- Salmos, 
- Eclesiastes, 
- Cântico dos Cânticos 
- Eclesiastico 
Podemos dizer que 
esses livros apresentam 
a sabedoria e 
espiritualidade 
de Israel.
Em Israel a SABEDORIA não é a 
cultura conseguida pela acumulação 
de conhecimentos.
Sabedoria 
é alguma 
coisa que 
se aprende 
na prática 
e que leva 
à arte de 
bem viver. 
Assim, encontramos nos livros Sapienciais, 
reflexões que brotam dos muitos problemas que 
povoam o dia-a-dia da vida de qualquer pessoa 
que busca o caminho da realização e da felicidade.
A Sabedoria de cunho 
mais popular que 
encontramos no Livro 
dos Provérbios e no 
Eclesiástico apresenta-se 
em forma de coleção 
de frases curtas, 
sentenças que ajudam a 
compreender e 
encontrar uma saída 
nas diversas situações 
enfrentadas pela 
pessoa humana.
Já os livros de JÓ, 
Eclesiastes e a 
Sabedoria são 
estudos e reflexões 
de temas mais 
profundos e globais, 
como o sentido da 
vida, a morte, a 
justiça, a vida social, 
o mal, a natureza da 
sabedoria.
O Cântico dos Cânticos, trata de uma 
experiência fundamental da vida: o amor 
humano, símbolo do amor de Deus para 
com seu povo.
A Espiritualidade de 
Israel é apresentada 
no livro dos Salmos, 
uma coleção de 150 
orações poéticas, que 
refletem as mais 
diversas situações da 
vida pessoal e do 
povo. São verdadeiros 
modelos para 
fazermos as nossas 
orações.
A Verdadeira Religião
O tema central do Livro 
de Jó não é o problema 
do mal, nem o sofrimento 
do homem justo e 
inocente, e muito menos 
o da “paciência de Jó”. 
O autor do livro de Jó, 
desse drama 
apaixonante, discute 
uma questão muito 
profunda da religião: a 
relação entre a pessoa 
humana e Deus.
Israel entendia a 
relação com Deus 
baseada na doutrina 
da retribuição. Isto é, 
Deus devolve o bem 
com o bem e o mal 
com o mal. 
Ao justo Deus concede 
saúde, prosperidade e 
felicidade; ao injusto 
Deus manda desgraças 
e sofrimentos. 
Isso, porém, leva a uma 
religião de Comércio, onde a 
pessoa pensa poder 
assegurar a própria vida e a 
ditar normas para Deus.
O Livro é uma crítica ao 
mercantilismo. 
Deus não está obrigado a 
obedecer às concepções da 
religião que fazem as pessoas 
terem uma ideia falsa de Deus, 
por melhor que seja essa ideia 
(amigos de Jó). 
Também, Ele, não está 
obrigado a satisfazer os 
desejos das pessoas ainda que 
sejam justas e boas (o próprio 
Jó que acusa Deus de injusto).
Deus é o mistério do amor e da vida, que 
cria e caminha com o homem, ajudando-o 
a conquistar a vida. 
Certamente 
esse homem 
chamado Jó 
não existiu. 
Trata-se de um 
conto para nos 
dar uma 
grande lição.
Deus quer que as pessoas se 
libertem da prisão de ideias 
falsas, para viver uma vida real, 
cheia de experiências novas, 
onde Deus está presente. 
O convite de Deus colocado na 
boca de Jó: “Escute-me, porque 
eu vou falar. Vou interrogá-lo e 
você me responda”, é um 
convite à abertura e à entrega a 
Deus, que leva Jó a uma nova 
experiência: “antes eu Te 
conhecia só de ouvir, mas agora 
meus olhos Te veem.”
Neste Livro 
podemos 
ver como 
- a história, 
- a profecia, 
- a sabedoria 
- e a lei 
penetram a vida do povo e se 
transformam em oração viva, colorida, em 
todo tipo de situações 
pessoais e coletivas.
Os Salmos são oração, a expressão da 
experiência da pessoa humana e do 
povo unido com Deus. 
Neles temos um 
modelo de como a fé 
pode penetrar todas as 
circunstâncias da vida. 
E um exemplo de 
como todas as 
experiências podem 
se tornar oração.
Os Salmos também, 
são poesia, a forma 
feliz de expressar 
profundamente a 
realidade. 
Principalmente quando 
sentimos que a vida é 
penetrada pelo mistério 
de Deus.
Os SALMOS são um convite para que nós nos 
voltemos com atenção para a vida e a história, 
descobrindo aí o Deus presente e pronto a se 
aliar e caminhar conosco na luta pela 
construção do mundo novo.
Nos 150 Salmos vamos encontrar um Deus 
Libertador e Presente.Um Deus que ouve o 
clamor do povo e do pobre. 
Vamos 
encontrar 
alguém que 
reza, que 
louva, 
suplica ou 
agradece ao 
Senhor.
O livro dos Salmos foi 
sendo formado ao 
longo do tempo, de 
forma oral até chegar a 
ser escrito. Pelo que 
tudo indica houve um 
processo de seleção de 
cada salmo, pois o 
número total dos 
cânticos de orações é 
superior aos 150 que se 
conhece na Bíblia.
Existem alguns 
salmos bíblicos que se 
encontram em outros 
livros como é o 
exemplo de 
Ex 15,1-18; 
1Sm 2,1-10; 
Is 38,10-20; 
Jn 2,3-10 e outros 
salmos que também 
são extrabíblicos.
Os Salmos foram surgindo 
aos poucos. 
Antes de fazerem parte 
daquele que conhecemos 
hoje como livro dos Salmos, 
muitas dessas orações 
pertenciam 
a coleções menores, como 
a coleção dos cânticos de 
- Davi cf. Sl 72,20 
- a coleção de Asaf 
Sl 50; 73-83 
- a dos filhos de Coré; 
Sl 42-49; 84-85; 87-88
Há autores que subdividem o Saltério em 5 livretos, assim: 
1º - Salmos de 1 a 41 são 41 salmos, 
2º - Salmos de 42 a 72 são 31 salmos, 
3º - Salmos de 73 a 89 são 17 salmos, 
4º - Salmos de 90 a 106 são 17 salmos, 
5º - Salmos de 107 a 150 são 44 salmos.
A palavra grega “psalmós”, indica 
a música tocada num 
instrumento de cordas chamado 
“psaltérion”, semelhante à lira ou 
pequena harpa. 
Os Salmos eram cantados no 
Templo de Jerusalém, nas 
grandes festas. Também se 
recitavam os salmos nas reuniões 
das Sinagogas.
O Livro dos Provérbios é um 
verdadeiro resumo da 
sabedoria de Israel. 
Provérbio é uma frase 
curta, bem construída, 
que expressa uma 
verdade adquirida por 
meio da experiência que 
alguém vai guardando e 
escrevendo para servir 
de mensagem pra vida. È 
uma forma breve que, 
em geral, contém uma 
bela lição.
Provérbios são 
ensinamentos deduzidos 
da experiência que o 
povo tem da vida e sua 
finalidade é instruir, 
esclarecer situações e 
fornecer orientações para 
a vida humana, como se 
fossem uma seta de uma 
estrada. 
Água mole em pedra 
dura, tanto bate até 
que fura. 
.
A palavra em 
hebraico é “Mashal” 
que significa 
“máxima” ou 
verdade popular. 
Os Provérbios não foram escritos pelo mesmo 
autor e não pertencem todos à mesma época. A 
maioria nasce da experiência popular , e foram, 
depois, burilados e escritos em rolos por sábios 
profissionais no período que vai de Salomão ao 
pós-exílio da Babilônia.
Foram atribuídos ao rei 
Salomão por causa de sua 
fama de sábio 
(1Rs 3-5). Mas, se olharmos 
atentamente os vários 
subtítulos que aparecem no 
livro, poderemos facilmente 
distinguir nove (9) coleções 
menores provindas de 
tempos e mãos diferentes, 
que compõem o Livro.
É UMA COLEÇÃO DE 
MÁXIMAS MORAIS E 
RELIGIOSAS, possuidoras de 
instrução acerca da 
maneira correta de viver. 
Também contêm discursos 
breves sobre sabedoria, 
justiça, temperança, 
trabalho, pureza, etc. 
Nestes ditos concretos e 
expressivos descreve-se um 
grande contraste entre a 
sabedoria e a insensatez, e 
entre a justiça e a injustiça.
Também o Livro dos Provérbios é Palavra de Deus. 
Uma Palavra que nasce do povo que sabe observar 
a vida.
Alguns Provérbios do Livro: 
1 – A Bênção de Javé faz prosperar, e a nossa fadiga nada 
lhe acrescenta. 
2 – A mente de quem planeja o mal é amarga; e quem 
aconselha a paz vive tranquilo. 
3 – Quem dá ao pobre não passa necessidade; e quem 
fecha os olhos para ele fica coberto de maldição. 
4 – A luz do justo brilha, mas a lâmpada dos injustos se 
apaga. 
5 – A casa dos injustos se arruína, mas a tenda dos retos 
prospera. 
6 – A mão preguiçosa empobrece, mas o braço trabalhador 
enriquece. 
7 – Temer o Senhor, é odiar o mal.
Este livro foi escrito num tempo em que o povo 
era dominado e sem nenhuma esperança de 
futuro melhor. Foi no domínio da Grécia. 
O autor – que muitos 
dizem ser de Salomão 
- faz um balanço 
sobre a vida, e busca 
apaixonadamente 
uma saída para a 
realização 
da pessoa humana.
Quais os 
caminhos para a 
realização da 
vida e a busca 
da felicidade ?
O autor desmonta todas as 
ilusões com que o homem 
se engana : 
• Riqueza 
• Poder 
• Ciência 
• Prazeres 
• Status social, 
• Trabalho para 
enriquecer,etc... 
Coloca-se diante da fria 
realidade: “que proveito 
tira o homem de todo o 
trabalho que faz com 
fadiga, debaixo do sol?”
Vejamos, que lição ! 
Em vez de cair no desespero, 
o autor descobre 
novas saídas. 
Primeiro, descobre Deus, 
como o Senhor absoluto do 
mundo e da história 
Isto é, devolve a Deus a 
realidade de ser Deus. 
Depois descobre Deus sempre 
presente, dando o dom 
concreto da vida para o 
homem.
A vida é breve e, no 
fim das contas, inútil 
sem Deus. 
O autor aconselha o 
leitor a 
concentrar-se em um 
Deus eterno, 
em vez dos deuses 
de prazeres 
temporários.
Cabe agora uma pergunta:-
O Livro 
da 
Sabedoria
Segundo a ordem 
cronológica, a 
Sabedoria é o ultimo 
livro do Antigo 
Testamento. Isso 
porque ele foi escrito 
no ano 50 a.C. 
O nome “Sabedoria 
de Salomão” não é 
verdadeiro, pois ele foi 
escrito por um judeu de 
Alexandria. Portanto 
não é de Salomão.
Para ser corretamente interpretado, o livro deve ser 
entendido no contexto em que nasceu. Alexandria, era 
um importante centro político e cultural grego, e contava 
com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. 
A cultura grega, porém, com suas filosofias costumes e 
cultos religiosos de uma parte, e com a hostilidade dos 
pagãos e às vezes perseguições, por outra, era uma 
ameaça constante à fé e cultura do povo judeu que 
habitava o Egito.
Para não serem marginalizados da sociedade, 
muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, 
perdendo a própria identidade para se conformar a 
uma sociedade idólatra e injusta.
O autor, profundamente alimentado pelas 
Escrituras e pela consciência histórica do seu 
povo, enfrenta a situação, escrevendo um livro 
que procura, de todos os modos, reforçar a fé e a 
esperança, relembrando o patrimônio histórico-religioso 
dos antepassados.
O autor quer que os 
judeus que estão no 
Egito, mergulhados na 
cultura grega, não 
pensem como eles. Ele 
quer que se entenda que 
essa é VIDA e AMOR. 
E que vem de Deus. 
É dom. 
È um livro bem próximo 
do Novo Testamento, de 
Jesus, tanto pelas ideias 
como pela época em 
que foi escrito.
O Livro fala ainda: 
- da imortalidade da alma, 
- do destino eterno das 
pessoas. 
Mas, o seu eixo é 
a luta para os 
judeus 
conservarem a 
identidade 
judaica.
O Livro do 
Eclesiástico
O nome “Eclesiastico” é o 
nome oficial que a Igreja 
Católica dá a este livro. O 
livro foi escrito entre os 
anos de 190-180 a.C. por 
Jesus Bem Sirac, e chegou 
até nós graças à tradução 
grega feita por seu neto 
em 132 aC. 
Os judeus não aceitam 
este livro como 
Palavra de Deus.
No início do séc. II aC., a Palestina passou para o domínio 
da Síria. A fim de unificar o império, com conflitos 
internos, os dominadores promoveram uma política de 
imposição da cultura, da religião e costumes dos gregos. 
Entre os judeus 
houve uma 
corrente disposta 
a abrir-se ao 
espírito grego. 
Queriam adotar o 
judaísmo a uma 
civilização mais 
universal. 
Templo de Artemis - Grecia
Os mais fieis queriam que o povo judeu fosse 
testemunha do Deus vivo, para todas as nações. 
Foi aí que Ben Sirac escreveu este livro. Uma longa 
meditação sobre a fidelidade hebraica procurando 
reavivar a memória e a consciência histórica do povo.
O centro do Livro está em 
Eclo 24, onde o autor identifica a 
Sabedoria com a Lei Mosaica. 
Não se trata das leis 
(legislação), mas dos 5 livros do 
Pentateuco, a Torá. 
Na visão do autor, o Pentateuco 
constitui a Sabedoria de Israel.
De fato, o 
Pentateuco mostra 
a experiência 
básica de toda 
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Sabedoria na bíblia

  • 2. Os Livros Sapienciais ou poéticos são: - Provérbios, - Sabedoria, - Jó, - Salmos, - Eclesiastes, - Cântico dos Cânticos - Eclesiastico Podemos dizer que esses livros apresentam a sabedoria e espiritualidade de Israel.
  • 3. Em Israel a SABEDORIA não é a cultura conseguida pela acumulação de conhecimentos.
  • 4. Sabedoria é alguma coisa que se aprende na prática e que leva à arte de bem viver. Assim, encontramos nos livros Sapienciais, reflexões que brotam dos muitos problemas que povoam o dia-a-dia da vida de qualquer pessoa que busca o caminho da realização e da felicidade.
  • 5. A Sabedoria de cunho mais popular que encontramos no Livro dos Provérbios e no Eclesiástico apresenta-se em forma de coleção de frases curtas, sentenças que ajudam a compreender e encontrar uma saída nas diversas situações enfrentadas pela pessoa humana.
  • 6. Já os livros de JÓ, Eclesiastes e a Sabedoria são estudos e reflexões de temas mais profundos e globais, como o sentido da vida, a morte, a justiça, a vida social, o mal, a natureza da sabedoria.
  • 7. O Cântico dos Cânticos, trata de uma experiência fundamental da vida: o amor humano, símbolo do amor de Deus para com seu povo.
  • 8. A Espiritualidade de Israel é apresentada no livro dos Salmos, uma coleção de 150 orações poéticas, que refletem as mais diversas situações da vida pessoal e do povo. São verdadeiros modelos para fazermos as nossas orações.
  • 10. O tema central do Livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do homem justo e inocente, e muito menos o da “paciência de Jó”. O autor do livro de Jó, desse drama apaixonante, discute uma questão muito profunda da religião: a relação entre a pessoa humana e Deus.
  • 11. Israel entendia a relação com Deus baseada na doutrina da retribuição. Isto é, Deus devolve o bem com o bem e o mal com o mal. Ao justo Deus concede saúde, prosperidade e felicidade; ao injusto Deus manda desgraças e sofrimentos. Isso, porém, leva a uma religião de Comércio, onde a pessoa pensa poder assegurar a própria vida e a ditar normas para Deus.
  • 12. O Livro é uma crítica ao mercantilismo. Deus não está obrigado a obedecer às concepções da religião que fazem as pessoas terem uma ideia falsa de Deus, por melhor que seja essa ideia (amigos de Jó). Também, Ele, não está obrigado a satisfazer os desejos das pessoas ainda que sejam justas e boas (o próprio Jó que acusa Deus de injusto).
  • 13. Deus é o mistério do amor e da vida, que cria e caminha com o homem, ajudando-o a conquistar a vida. Certamente esse homem chamado Jó não existiu. Trata-se de um conto para nos dar uma grande lição.
  • 14. Deus quer que as pessoas se libertem da prisão de ideias falsas, para viver uma vida real, cheia de experiências novas, onde Deus está presente. O convite de Deus colocado na boca de Jó: “Escute-me, porque eu vou falar. Vou interrogá-lo e você me responda”, é um convite à abertura e à entrega a Deus, que leva Jó a uma nova experiência: “antes eu Te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos Te veem.”
  • 15.
  • 16. Neste Livro podemos ver como - a história, - a profecia, - a sabedoria - e a lei penetram a vida do povo e se transformam em oração viva, colorida, em todo tipo de situações pessoais e coletivas.
  • 17. Os Salmos são oração, a expressão da experiência da pessoa humana e do povo unido com Deus. Neles temos um modelo de como a fé pode penetrar todas as circunstâncias da vida. E um exemplo de como todas as experiências podem se tornar oração.
  • 18. Os Salmos também, são poesia, a forma feliz de expressar profundamente a realidade. Principalmente quando sentimos que a vida é penetrada pelo mistério de Deus.
  • 19. Os SALMOS são um convite para que nós nos voltemos com atenção para a vida e a história, descobrindo aí o Deus presente e pronto a se aliar e caminhar conosco na luta pela construção do mundo novo.
  • 20. Nos 150 Salmos vamos encontrar um Deus Libertador e Presente.Um Deus que ouve o clamor do povo e do pobre. Vamos encontrar alguém que reza, que louva, suplica ou agradece ao Senhor.
  • 21. O livro dos Salmos foi sendo formado ao longo do tempo, de forma oral até chegar a ser escrito. Pelo que tudo indica houve um processo de seleção de cada salmo, pois o número total dos cânticos de orações é superior aos 150 que se conhece na Bíblia.
  • 22. Existem alguns salmos bíblicos que se encontram em outros livros como é o exemplo de Ex 15,1-18; 1Sm 2,1-10; Is 38,10-20; Jn 2,3-10 e outros salmos que também são extrabíblicos.
  • 23. Os Salmos foram surgindo aos poucos. Antes de fazerem parte daquele que conhecemos hoje como livro dos Salmos, muitas dessas orações pertenciam a coleções menores, como a coleção dos cânticos de - Davi cf. Sl 72,20 - a coleção de Asaf Sl 50; 73-83 - a dos filhos de Coré; Sl 42-49; 84-85; 87-88
  • 24. Há autores que subdividem o Saltério em 5 livretos, assim: 1º - Salmos de 1 a 41 são 41 salmos, 2º - Salmos de 42 a 72 são 31 salmos, 3º - Salmos de 73 a 89 são 17 salmos, 4º - Salmos de 90 a 106 são 17 salmos, 5º - Salmos de 107 a 150 são 44 salmos.
  • 25.
  • 26. A palavra grega “psalmós”, indica a música tocada num instrumento de cordas chamado “psaltérion”, semelhante à lira ou pequena harpa. Os Salmos eram cantados no Templo de Jerusalém, nas grandes festas. Também se recitavam os salmos nas reuniões das Sinagogas.
  • 27.
  • 28. O Livro dos Provérbios é um verdadeiro resumo da sabedoria de Israel. Provérbio é uma frase curta, bem construída, que expressa uma verdade adquirida por meio da experiência que alguém vai guardando e escrevendo para servir de mensagem pra vida. È uma forma breve que, em geral, contém uma bela lição.
  • 29. Provérbios são ensinamentos deduzidos da experiência que o povo tem da vida e sua finalidade é instruir, esclarecer situações e fornecer orientações para a vida humana, como se fossem uma seta de uma estrada. Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. .
  • 30. A palavra em hebraico é “Mashal” que significa “máxima” ou verdade popular. Os Provérbios não foram escritos pelo mesmo autor e não pertencem todos à mesma época. A maioria nasce da experiência popular , e foram, depois, burilados e escritos em rolos por sábios profissionais no período que vai de Salomão ao pós-exílio da Babilônia.
  • 31. Foram atribuídos ao rei Salomão por causa de sua fama de sábio (1Rs 3-5). Mas, se olharmos atentamente os vários subtítulos que aparecem no livro, poderemos facilmente distinguir nove (9) coleções menores provindas de tempos e mãos diferentes, que compõem o Livro.
  • 32. É UMA COLEÇÃO DE MÁXIMAS MORAIS E RELIGIOSAS, possuidoras de instrução acerca da maneira correta de viver. Também contêm discursos breves sobre sabedoria, justiça, temperança, trabalho, pureza, etc. Nestes ditos concretos e expressivos descreve-se um grande contraste entre a sabedoria e a insensatez, e entre a justiça e a injustiça.
  • 33. Também o Livro dos Provérbios é Palavra de Deus. Uma Palavra que nasce do povo que sabe observar a vida.
  • 34.
  • 35. Alguns Provérbios do Livro: 1 – A Bênção de Javé faz prosperar, e a nossa fadiga nada lhe acrescenta. 2 – A mente de quem planeja o mal é amarga; e quem aconselha a paz vive tranquilo. 3 – Quem dá ao pobre não passa necessidade; e quem fecha os olhos para ele fica coberto de maldição. 4 – A luz do justo brilha, mas a lâmpada dos injustos se apaga. 5 – A casa dos injustos se arruína, mas a tenda dos retos prospera. 6 – A mão preguiçosa empobrece, mas o braço trabalhador enriquece. 7 – Temer o Senhor, é odiar o mal.
  • 36.
  • 37. Este livro foi escrito num tempo em que o povo era dominado e sem nenhuma esperança de futuro melhor. Foi no domínio da Grécia. O autor – que muitos dizem ser de Salomão - faz um balanço sobre a vida, e busca apaixonadamente uma saída para a realização da pessoa humana.
  • 38. Quais os caminhos para a realização da vida e a busca da felicidade ?
  • 39. O autor desmonta todas as ilusões com que o homem se engana : • Riqueza • Poder • Ciência • Prazeres • Status social, • Trabalho para enriquecer,etc... Coloca-se diante da fria realidade: “que proveito tira o homem de todo o trabalho que faz com fadiga, debaixo do sol?”
  • 40. Vejamos, que lição ! Em vez de cair no desespero, o autor descobre novas saídas. Primeiro, descobre Deus, como o Senhor absoluto do mundo e da história Isto é, devolve a Deus a realidade de ser Deus. Depois descobre Deus sempre presente, dando o dom concreto da vida para o homem.
  • 41.
  • 42. A vida é breve e, no fim das contas, inútil sem Deus. O autor aconselha o leitor a concentrar-se em um Deus eterno, em vez dos deuses de prazeres temporários.
  • 43. Cabe agora uma pergunta:-
  • 44. O Livro da Sabedoria
  • 45.
  • 46. Segundo a ordem cronológica, a Sabedoria é o ultimo livro do Antigo Testamento. Isso porque ele foi escrito no ano 50 a.C. O nome “Sabedoria de Salomão” não é verdadeiro, pois ele foi escrito por um judeu de Alexandria. Portanto não é de Salomão.
  • 47. Para ser corretamente interpretado, o livro deve ser entendido no contexto em que nasceu. Alexandria, era um importante centro político e cultural grego, e contava com cerca de 200.000 judeus entre seus habitantes. A cultura grega, porém, com suas filosofias costumes e cultos religiosos de uma parte, e com a hostilidade dos pagãos e às vezes perseguições, por outra, era uma ameaça constante à fé e cultura do povo judeu que habitava o Egito.
  • 48. Para não serem marginalizados da sociedade, muitos deixavam os costumes e até mesmo a fé, perdendo a própria identidade para se conformar a uma sociedade idólatra e injusta.
  • 49. O autor, profundamente alimentado pelas Escrituras e pela consciência histórica do seu povo, enfrenta a situação, escrevendo um livro que procura, de todos os modos, reforçar a fé e a esperança, relembrando o patrimônio histórico-religioso dos antepassados.
  • 50. O autor quer que os judeus que estão no Egito, mergulhados na cultura grega, não pensem como eles. Ele quer que se entenda que essa é VIDA e AMOR. E que vem de Deus. É dom. È um livro bem próximo do Novo Testamento, de Jesus, tanto pelas ideias como pela época em que foi escrito.
  • 51. O Livro fala ainda: - da imortalidade da alma, - do destino eterno das pessoas. Mas, o seu eixo é a luta para os judeus conservarem a identidade judaica.
  • 52. O Livro do Eclesiástico
  • 53. O nome “Eclesiastico” é o nome oficial que a Igreja Católica dá a este livro. O livro foi escrito entre os anos de 190-180 a.C. por Jesus Bem Sirac, e chegou até nós graças à tradução grega feita por seu neto em 132 aC. Os judeus não aceitam este livro como Palavra de Deus.
  • 54. No início do séc. II aC., a Palestina passou para o domínio da Síria. A fim de unificar o império, com conflitos internos, os dominadores promoveram uma política de imposição da cultura, da religião e costumes dos gregos. Entre os judeus houve uma corrente disposta a abrir-se ao espírito grego. Queriam adotar o judaísmo a uma civilização mais universal. Templo de Artemis - Grecia
  • 55. Os mais fieis queriam que o povo judeu fosse testemunha do Deus vivo, para todas as nações. Foi aí que Ben Sirac escreveu este livro. Uma longa meditação sobre a fidelidade hebraica procurando reavivar a memória e a consciência histórica do povo.
  • 56. O centro do Livro está em Eclo 24, onde o autor identifica a Sabedoria com a Lei Mosaica. Não se trata das leis (legislação), mas dos 5 livros do Pentateuco, a Torá. Na visão do autor, o Pentateuco constitui a Sabedoria de Israel.
  • 57. De fato, o Pentateuco mostra a experiência básica de toda pessoa e de qualquer povo:- a sabedoria que nasce da experiência e conduz à vida. Vamos conhecer um pequeno trecho do cap. 2,1-6!