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Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação
para as
Necessidades Educativas Especiais
CRTIC Chaves

CENTRO DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇÃO
ESPECIAL DE CHAVES

Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC

(II)
Julho 2011

1
Índice
Breve Introdução …………………………………………..……………………………….

…….......….

3

Capitulo I A utilização das TIC na Educação de Alunos com NEEcp …… ……………....

4

Capitulo II AS TIC na Educação de Alunos com NEE ………………………….

………………

7

Capitulo III TIC e os Produtos de Apoio …………………………………………...

………………

11

Capitulo IV Software especial para a acessibilidade …………………………. ………………

15

Capitulo V Formação dos Docentes de Educação Especial, o GRID2

………….......

17

Conclusão …………………………………………………………………………………….

………………

20

2
Introdução
No ano lectivo transacto iniciou-se a descrição do sistema de prestação de serviços dos
CRTIC, numa perspectiva conceptual.
Foi deste modo que se iniciou um estudo teórico do funcionamento dos CRTIC,
tentando pôr em evidência áreas chave para o desenvolvimento do funcionamento
destes serviços. Na tentativa de se dar continuidade ao trabalho anterior e numa
perspectiva de continuidade surge este ano lectivo 2010/2011 uma abordagem que,
julgamos, ser o complemento do anterior trabalho.

3
Capitulo I
A utilização das TIC na Educação de Alunos com NEEcp
A dimensão tecnológica, a qual não podemos ignorar, com ramificações para quase
todos os aspectos da vida quotidiana e, consequentemente, na educação, não pode
ser ignorada. Hoje, as crianças e jovens crescem em ambientes altamente mediados
pela tecnologia (Sancho & Hernandéz, 2006). As crianças são atraídas pelas tecnologias
de forma quase impulsiva (Valente e Osório, 2007). Salienta-se que este paradigma
nem sempre é aproveitado pela Escola para integrar outras aprendizagens, apesar dos
alertas integradores de alguns investigadores do conhecimento.
No entanto a formação dos docentes é frequentemente apontada como uma das
principais barreiras à implementação das TIC nas práticas educativas. A ausência de
treino apropriado na utilização das tecnologias nos programas de formação inicial e na
formação em serviço, dos professores, é a barreira mais comummente citada
relativamente ao uso das tecnologias na sala de aula (Colburn, 1998 cit in Hasselbring
& Glaser, 2000; Brodin & Lindstrand, 2003; Paiva, 2003; Sancho & Hernández, 2006).
Ao nível nacional as preocupações e implicações subjacentes a nível de estratégias
pedagógicas e formação dos agentes educativos na utilização educativa das TIC, são
alvo de discussão assim como os novos papéis da escola e do professor.
No caso específico da utilização das tecnologias com alunos com NEEcp e à luz da
perspectiva inclusiva, existem várias questões que poderiam ser alvo de discussão:
Como estamos no que toca à implementação das tecnologias específicas para o apoio
aos alunos com NEE? Qual é a prioridade dada à formação em TIC aplicada às NEE aos
4
agentes educativos com responsabilidades no terreno? Estarão conscientes e
informados sobre as oportunidades que estas ferramentas podem proporcionar aos
alunos que se debatem com problemas na aprendizagem? Como estão a adoptar estas
tecnologias os professores de Educação Especial? Terão as competências necessárias
para o uso das TIC na educação de alunos com NEE?
Numa escola dita inclusiva, os modernos sistemas educacionais advogam não se
reportar apenas aos alunos, mas sim a todos os agentes educativos que de algum
modo se cruzam no caminho desses alunos as competências necessárias à utilização
destas tecnologias. Supõe-se que exista uma escola para todos, adaptada à medida de
cada um. Com esta abordagem queremos confirmar que não existem escolas
específicas, devendo cada aluno ser incorporando na sala de aula regular, com os
professores do ensino regular, e frequentar a escola mais próxima da sua área de
residência. A actual legislação que regulamenta os apoios especializados determina
que os alunos com NEEcp devem fazer as suas aprendizagens no meio menos restritivo
possível. Assim, o princípio que está em causa é que o aluno deveria fazer as suas
aprendizagens em conjunto com os seus pares. Tudo isto tornou-se um desafio para o
professor ao qual foi delegado o dever de promover experiências de aprendizagem
bem sucedidas para qualquer aluno, tenha ele NEEcp ou não. Esta questão levanta a
problemática da formação dos professores que, embora não tenha a obrigatoriedade
de um conhecimento específico sobre Necessidades Educativas Especiais, porque a lei
ainda não o determina, devem compreender a natureza das problemáticas e estar
preparados para acolher e educar qualquer aluno que esteja na sala de aula. Quanto a
este factor poderíamos falar, também, dos alunos com problemas de aprendizagem, os

5
quais poderão não necessitar de serviços de educação especial (Nielsen, 1999),
segundo a nova legislação, mas poderão necessitar de estratégias bastante
diferenciadas. A inovação tecnológica e dos apoios prestados a alunos com NEEcp
necessitam de estudos constantes e permanentes que investiguem em que ponto
estes dois campos do saber se poderão unir num tronco comum para que a promoção
do acesso e sucesso educativo destes alunos seja uma realidade.

6
Capitulo II
AS TIC na Educação de Alunos com NEE
O uso do computador e das novas tecnologias apresenta-se como uma mais-valia para
o processo de ensino-aprendizagem. Existe a possibilidade de comunicação e uma
inovadora forma de transmissão de conhecimentos, mas também uma grande
bagagem motivacional que está constantemente presente nesta sociedade abismada
pela tecnologia.
Com a finalidade de aumentar o acesso, a eficiência e a qualidade do processo de
ensino-aprendizagem, as TIC são utilizadas a nível internacional e nos diferentes níveis
de ensino. As vantagens que as TIC trazem ao processo de ensino-aprendizagem estão
comprovadas em vários estudos e relatórios internacionais e nacionais, apontando-se
como principais benefícios os proveitos em termos de motivação e desempenho,
promovendo-se assim, cada vez mais a sua utilização (Balanskat, Blamire & Kefala,
2006; Becta, 2007; IICD, 2008; Gutterman, Rahman, Supelano, Thies & Yang, 2009).
As vantagens da utilização das TIC estendem–se aos alunos com NEE e estão descritas
em vários estudos (BECTA, 2003; Balanskat, Blamire & Kefala, 2006; Williams, Jamali &
Nicholas, 2006; BECTA, 2007; Liu, Cornish & Clegg, 2007), tirando-se a ilação de que os
benefícios obtidos na educação destes alunos tendem a ser superiores aos que não
beneficiam delas, tendo estes as mesmas condições nas suas limitações. A educação,
quando auxiliada pelas novas tecnologias, provou ser mais eficaz e eficiente,
verificando-se quando comparada com a educação tradicional. Presume-se que é
devido à acrescida motivação incrementada pela interacção com o computador

7
(Kirinić, Vidaček-Hainš & Kovačić, 2009), que disponibiliza outras possibilidades no que
refere à acessibilidade e à participação destes alunos ao currículo, quer formal quer
específico.
Existe, de facto, um potencial inclusivo na utilização das TIC. As investigações
realizadas, testemunhos de professores e dos próprios alunos com NEE, comprovam a
vasta amplitude da aplicação das TIC, quer como produtos de apoio, quer como
instrumento pedagógico, como potencial de resolução de problemas nas várias
dificuldades que estes alunos apresentam, fruto das limitações, percorrendo um
espectro que vai desde a deficiência física mais visível, até aos problemas emocionais e
comportamentais.
Quase todos os professores são adeptos da utilização das TIC na educação para a
inclusão. O potencial das TIC no favorecimento da inclusão é impossível de negar uma
vez que apresentam numerosas vantagens para os alunos com NEE, promovendo a
igualdade de oportunidades e a participação activa destes alunos no seu processo de
aprendizagem. Enquanto produtos de apoio constituem uma ferramenta que pode
auxiliar na transposição de barreiras no acesso à educação e como instrumento
pedagógico fomentam novas possibilidades e estratégias educativas capazes de obter
mais sucesso se tivermos em conta os métodos tradicionais de ensino. Constata-se que
as TIC podem auxiliar o processo de ensino e de aprendizagem dos alunos com NEE de
várias formas:
- Desenvolvendo a motivação;
- Possibilitando e melhorando a acessibilidade;
- Melhorando o desempenho;
8
- Aumentando expectativas;
- Facilitando a diferenciação;
- Providenciando alternativas;
- Promovendo o envolvimento com o mundo real;
- Facilitando o acompanhamento e avaliação pelo professor;
- Apoiando o trabalho administrativo;
- Promovendo a ligação com o lar e a comunidade.
Mas atenção, não é a simples introdução do computador em sala de aula que produz
efeitos automaticamente benéficos para o processo de ensino e de aprendizagem
(Ponte, 1997; Paiva, 2003; Sancho e Hernández, 2006). É necessária a implementação
de metodologias pedagógicas que rentabilizem o grande potencial que as TIC
possuem.
Presentemente, com o PTE, verifica-se uma corrida ao apetrechamento informático
das escolas e à certificação dos docentes em TIC, assistindo-se ao lançamento de
directivas, políticas e projectos que procuram combater a infoexclusão e o
analfabetismo informático, assim como potenciar a utilização das TIC como
instrumento pedagógico. No entanto nem sempre os meios estão disponíveis ou são
adequados às reais necessidades dos alunos, com ou sem necessidades educativas
especiais e/ou de aprendizagem. Não se podem entender os meios apenas como os
equipamentos (hardware) e os programas informáticos (software), nesta vertente
também temos de integrar os profissionais da educação e questionar se eles serão,
efectivamente, capazes extrair os benefícios da utilização das novas tecnologias,
“…mesmo quando motivados para o uso dos computadores e da Internet, os
9
professores deparam-se com grandes dificuldades, sobretudo porque não tiveram a
preparação específica e adequada para o fazerem, dificilmente conseguindo
concretizar propostas para além do que habitualmente fazem com os seus alunos”
(Costa 2007: 15). Normalmente este aproveitamento resume-se à utilização dos
programas de software mais usuais: Word, Excel e PowerPoint.
Também sabemos que muitos dos computadores existentes nas escolas acabam por
não ser utilizados, ou pelo menos não lhe é retirada a máxima rentabilidade, pela falta
de informação e formação dos professores na área das TIC, sobretudo no que respeita
ao software mais específico.
No caso específico do apoio a alunos com NEE podem apontar-se evidentes
necessidades de formação geral em TIC e, em particular, na formação TIC
especialmente orientada para as NEE de profissionais da linha frente na educação
destes alunos. A falta de formação e treino adequados, tem um impacto
particularmente preponderante nos alunos com limitações porque, frequentemente, a
utilização da tecnologia é uma componente crucial no planeamento e implementação
de um programa educacional para estes alunos Nesta perspectiva, a formação de
todos aqueles que trabalham com alunos com NEE deve, portanto, assumir-se como
uma prioridade em prol do acesso e sucesso educativo e social destes alunos.

10
Capitulo III
TIC e os Produtos de Apoio
Conforme destacou Vygostsky, é sumamente relevante para o desenvolvimento
humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes
na sua cultura. O autor enfatiza a importância da acção, da linguagem e dos processos
interactivos na construção das estruturas mentais superiores (VYGOTSKY, 1987). O
acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, escola, tecnologias, etc., influencia
determinantemente nos processos de aprendizagem da pessoa.
Entretanto, as limitações do indivíduo com deficiência tendem a tornarem -se uma
barreira para as aprendizagens. Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma
maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir os
indivíduos portadores de limitações em ambientes ricos para a aprendizagem,
proporcionados pela cultura.
Outra dificuldade que as limitações nas interacções trazem consigo são os
preconceitos a que o indivíduo portador de deficiência está sujeito. Desenvolver
recursos de acessibilidade também pode significar combater esses preconceitos, pois,
no momento em que lhe são dadas as condições para interagir e aprender,
explicitando o seu pensamento, o deficiente mais facilmente será tratado como um
igual, ou seja, "diferente" pela sua condição de pessoa com deficiência, mas ao mesmo
tempo igual porque interage, relaciona-se e pode até competir no seu meio com
recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de que
dispõe. É visto como igual, porque as suas diferenças passam a ser semelhantes às

11
diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres humanos. Assim poderá dar
passos maiores em direcção à diluição das discriminações e como consequência terá o
respeito conquistado através da convivência com os pares, aumentando sua autoestima, porque passa a poder explicitar melhor seu potencial e seus pensamentos.
É sabido que as TIC se vêm tornando, de forma crescente, importantes instrumentos
da nossa cultura, e o acesso a estas, um meio concreto de inclusão e interacção com o
mundo, "Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis.
Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis" (Radabaugh,
1993).
Nesses casos, as TIC são utilizadas como Produtos de Apoio, através de hardware e
software muito específico.
Os Produtos de Apoio são uma área do conhecimento de característica interdisciplinar,
que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que
objectivam promover a funcionalidade, relacionada à actividade e participação de
pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua
autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
São considerados Produtos de Apoio, artefactos simples, como uma colher adaptada,
uma bengala ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão,
até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados com a finalidade de
proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência.
A diferente maneira de utilizar as TIC como produto de apoio tem sido sistematizada e
classificada das mais variadas formas, dependendo da ênfase que cada investigador
12
lhe dá. Podemos optar por apresentar uma classificação que divide essa utilização em
quatro áreas (SANTAROSA, 1997):
a) As TIC como sistemas auxiliares ou prótese para a comunicação: talvez esta
seja a área onde as TIC tenham possibilitado avanços mais significativos. Em
muitos casos o uso destas tecnologias têm-se constituído na única maneira
pela qual diversas pessoas podem comunicar-se com o mundo exterior,
podendo explicitar os seus desejos e pensamentos. Estas tecnologias têm
possibilitado a optimização da utilização de Sistemas Alternativos e
Aumentativos de Comunicação (SAAC), bem com a informatização dos
métodos tradicionais de comunicação alternativa, como os sistemas Bliss,
PCS ou PIC, entre outros.
b) As TIC utilizadas para controlo do ambiente: as TIC, como Produto de Apoio,
também são utilizadas para controlar do ambiente, possibilitando à pessoa
com comprometimento motor possa comandar remotamente aparelhos,
electrodomésticos, acender e apagar luzes, abrir e fechar portas, enfim, ter
um maior controlo e independência nas actividades da vida diária.
c) As TIC como ferramentas ou ambientes de aprendizagem: as dificuldades de
muitas pessoas com necessidades educativas especiais no seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem têm encontrado uma ajuda eficaz na
utilização das TIC como ferramenta ou ambiente de aprendizagem.
Diferentes pesquisas têm demonstrado a importância dessas tecnologias no
processo de construção do conhecimento desses alunos.

13
d) As TIC como meio de inserção no mundo do trabalho profissional: pessoas
com grave comprometimento motor podem tornar-se cidadãos activos e
produtivos, em vários casos garantindo o seu próprio sustento, através do
uso das TIC.
Normalmente estas quatro áreas relacionam-se entre si, podendo determinada pessoa
utilizar as TIC em duas ou mais destas áreas. É o caso, por exemplo, de uma pessoa
com problemas de comunicação e linguagem que utiliza o computador como produto
de apoio à comunicação e, ao mesmo tempo, como livro e caderno digital noutras
actividades escolares ou no mundo laboral.

14
Capitulo IV
Software Especial para a Acessibilidade
Alguns dos recursos mais úteis e mais facilmente disponíveis, porém muito poucas
vezes utilizados e desconhecidos, são as "Opções de Acessibilidade" do Windows .
Diversas modificações podem ser feitas nas configurações do computador, adaptandoo a diferentes necessidades dos alunos. No caso dos alunos com dificuldades de
coordenação motora e que não conseguem utilizar o rato mas podem digitar no
teclado, a ocorrência mais frequente, pode configurar o computador, através das
Opções de Acessibilidade, para que a parte numérica realize todos os mesmos
comandos que o apontador do rato.
Além do rato, outras configurações podem ser feitas, como o tamanho da letra, o
contraste do ecrã, no caso de pessoas com dificuldades visuais e ainda outras opções.
Outro software específico e de acessibilidade são os simuladores de teclado e de rato.
Todas as opções do teclado ou as opções de comando e movimento do rato, podem
ser exibidas no ecrã e seleccionadas, ou de forma directa, ou por meio de varrimento.
Para as necessidades da maior parte dos alunos com NEEcp, encontramos na Internet
o “sites” com software livre, como por exemplo a “site” espanhol de Jordi Lagares, no
qual é disponibilizado para download diverso freeware por ele desenvolvido. Trata-se
de simuladores que podem ser operados de forma bem simples, além de serem
programas muito "leves", ocupando pouco espaço no disco rígido. Com os simuladores
de teclado e os simuladores de rato, pode começar-se a utilizar o computador e
mostrar melhor o potencial cognitivo, iniciando a aprendizagem da leitura e da escrita.

15
Com recursos de acessibilidade tão simples como estes, abrem-se novos horizontes ao
aluno com deficiência motora, possibilitando que a sua capacidade cognitiva, muitas
vezes aprisionada num corpo com graves limitações, encontre novos canais de
expressão e desenvolvimento.
Estes simuladores podem ser accionados através de sopro, mas também por pequenos
ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por diversas partes do corpo, e até
mesmo por piscadelas ou somente o movimento dos olhos.
Existem outros sites na Internet que disponibilizam gratuitamente outros simuladores
e programas especiais de acessibilidade.
Como softwares especiais para a comunicação, existem as versões computadorizadas
dos sistemas tradicionais de comunicação alternativa como o Bliss, o PCS ou o PIC.
Para pessoas com deficiência visual existe também software que "faz o computador
falar", os digitalizadores de fala e os terminais Braille, que substituem o teclado
convencional. Para os cegos existem programas como o DOSVOX, o Virtual Vision,
Bridge, Jaws e muitos outros.
Existe ainda outra dimensão da acessibilidade, a Acessibilidade Física, que estuda as
barreiras arquitectónicas para os portadores de deficiência e as formas de evitá-las.
Outro conceito novo é o conceito de Acessibilidade Virtual, que estuda as melhores
maneiras de tornar a Internet acessível a todas as pessoas.
É importante ressaltar que as decisões sobre os recursos de acessibilidade que serão
utilizados com os alunos têm que partir de um estudo pormenorizado e individual,

16
com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e estudo aprofundado das
suas necessidades, para, a partir daí, se optar pelos recursos que melhor respondem às
suas reais necessidades. Este estudo deverá ser feito por um conjunto de diferentes
profissionais, como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e ou outros que se
revelem necessários, antes da decisão sobre a melhor adaptação.
Capitulo V
Formação dos Docentes de Educação Especial, o GRID2
Um dos programas bastante utilizado com alunos portadores de deficiência motora é o
GRID2. No nosso caso concreto foi elaborado um programa de formação para os
professores que trabalham com este programa na construção do saber dos seus
alunos:
CURSO GRID 2 (NIVEL INICIADO)
Além do sistema de teclados no ecrã para a comunicação e acesso ao computador, o
programa GRID 2 inclui várias áreas de trabalho. Um navegador de Internet, acesso
directo a envio/recepção de emails e SMS, acesso ao Skype, Media Player e DVD, são
algumas das ferramentas para a Comunicação Aumentativa.
Com o GRID2, o utilizador pode trabalhar no computador sem precisar de utilizar o
rato ou o teclado. Os teclados virtuais do GRID2 podem ser acedidos através do rato
ou de qualquer outro dispositivo apontador: tracker, trackball, ou outros dispositivos
apontadores, ou ainda através de um ou mais manípulos, por processos de varrimento
totalmente controlado pelo utilizador. O programa contém ainda um sintetizador em
português de elevada qualidade, que possibilita aos seus utilizadores expressarem-se
17
através deste sistema de conversão texto-fala. Esta solução possibilita ao seu utilizador
expressar-se e comunicar de forma autónoma, utilizar o computador e os programas
nele contidos, e também controlar totalmente o seu ambiente físico (abertura e fecho
de portas e janelas, acesso autónomo ao telefone, TV, equipamento de áudio e vídeo,
etc.), caso seja necessário.
Objectivo Geral: Capacitar o professor no uso das técnicas do Software GRID, no que
respeita à qualidade do software, transmitindo não apenas a teoria do seu
funcionamento, mas o conhecimento prático e imediatamente aplicável.
Objectivos específicos:
-Aprender as funções elementares do programa;
-Compreender as potencialidades do GRID2 nas diferentes vertentes de utilização;
-Dar formação para a autonomia e para a exploração e adaptação dos teclados às
necessidades de cada utilizador.
Destinatários:
Profissionais com intervenção nas áreas da Educação (professores).
Conteúdos
- O que permite o GRID2;
- Breve explicação sobre as potencialidades do GRID 2
- Destinatários do software;
- Comunicar com o GRID 2;
- Explorar teclados pré – concebidos;
- Perceber a sua concepção (modo edição);
- Criar um utilizador;
18
- Conceber teclados tendo em atenção o utilizador;
- Duplicar teclados;
- Alterar teclados já construídos;
- Adaptar teclados existentes às necessidades dos utilizadores;
- Conceber a área de trabalho dentro de um teclado;
- Criar células;
- Construir células de texto e símbolos:
- Copiar e colar células;
- Conceber mais do que um teclado e interligá-los entre si;
- Utilizar células de falar, apagar, saltar para, antes e depois;
- Imprimir teclados em Word e PDF;
- Importar e exportar teclados.
- Explorar as configurações do utilizador.

19
CONCLUSÃO
Na utilização dos produtos de apoio é fundamental o trabalho em equipa, a
multidisciplinariedade e o envolvimento de todos os profissionais, os familiares das
pessoas com limitações e o envolvimento dos utilizadores finais.
Para uma avaliação eficaz dos produtos a serem adquiridos ou utilizados, é necessário
o conhecimento, a experiência de todos os profissionais envolvidos de modo a que se
opte pelo produto de apoio mais adequado ao caso específico de cada utilizador. O
processo, porque é um processo, nunca é definitivo e não culmina na selecção do
produto de apoio é necessário e fundamental o acompanhamento e a avaliação dos
efeitos da utilização de um determinado produto de apoio na pessoa com limitações e,
se for necessário, reiniciar o processo para que haja uma plena utilização do produto
de modo a tornar a vida destas pessoas o mais próximo da normalidade.
As reavaliações são sempre uma necessidade a considerar. Na área da educação,
nomeadamente na área dos produtos de apoio, existe a ideia de que estes são a
solução para tudo, supera-se todo um conjunto de limitações através destes produtos.
Esta ideia, só por si, não é de todo verdade. A solução dos problemas, se não existirem
serviços de avaliação e acompanhamento da utilização de um determinado produto
não é de todo eficaz, nem a sua eficácia é permanente.
O processo de selecção de um produto de apoio é importante mas a eficácia da sua
utilização é ainda mais importante.

20
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Adalgisa Babo
Virgílio Ribeiro

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  • 1. Centro de Recursos de Tecnologias de Informação e Comunicação para as Necessidades Educativas Especiais CRTIC Chaves CENTRO DE RECURSOS TIC PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL DE CHAVES Estudo Conceptual dos Serviços dos CRTIC (II) Julho 2011 1
  • 2. Índice Breve Introdução …………………………………………..………………………………. …….......…. 3 Capitulo I A utilização das TIC na Educação de Alunos com NEEcp …… …………….... 4 Capitulo II AS TIC na Educação de Alunos com NEE …………………………. ……………… 7 Capitulo III TIC e os Produtos de Apoio …………………………………………... ……………… 11 Capitulo IV Software especial para a acessibilidade …………………………. ……………… 15 Capitulo V Formação dos Docentes de Educação Especial, o GRID2 …………....... 17 Conclusão ……………………………………………………………………………………. ……………… 20 2
  • 3. Introdução No ano lectivo transacto iniciou-se a descrição do sistema de prestação de serviços dos CRTIC, numa perspectiva conceptual. Foi deste modo que se iniciou um estudo teórico do funcionamento dos CRTIC, tentando pôr em evidência áreas chave para o desenvolvimento do funcionamento destes serviços. Na tentativa de se dar continuidade ao trabalho anterior e numa perspectiva de continuidade surge este ano lectivo 2010/2011 uma abordagem que, julgamos, ser o complemento do anterior trabalho. 3
  • 4. Capitulo I A utilização das TIC na Educação de Alunos com NEEcp A dimensão tecnológica, a qual não podemos ignorar, com ramificações para quase todos os aspectos da vida quotidiana e, consequentemente, na educação, não pode ser ignorada. Hoje, as crianças e jovens crescem em ambientes altamente mediados pela tecnologia (Sancho & Hernandéz, 2006). As crianças são atraídas pelas tecnologias de forma quase impulsiva (Valente e Osório, 2007). Salienta-se que este paradigma nem sempre é aproveitado pela Escola para integrar outras aprendizagens, apesar dos alertas integradores de alguns investigadores do conhecimento. No entanto a formação dos docentes é frequentemente apontada como uma das principais barreiras à implementação das TIC nas práticas educativas. A ausência de treino apropriado na utilização das tecnologias nos programas de formação inicial e na formação em serviço, dos professores, é a barreira mais comummente citada relativamente ao uso das tecnologias na sala de aula (Colburn, 1998 cit in Hasselbring & Glaser, 2000; Brodin & Lindstrand, 2003; Paiva, 2003; Sancho & Hernández, 2006). Ao nível nacional as preocupações e implicações subjacentes a nível de estratégias pedagógicas e formação dos agentes educativos na utilização educativa das TIC, são alvo de discussão assim como os novos papéis da escola e do professor. No caso específico da utilização das tecnologias com alunos com NEEcp e à luz da perspectiva inclusiva, existem várias questões que poderiam ser alvo de discussão: Como estamos no que toca à implementação das tecnologias específicas para o apoio aos alunos com NEE? Qual é a prioridade dada à formação em TIC aplicada às NEE aos 4
  • 5. agentes educativos com responsabilidades no terreno? Estarão conscientes e informados sobre as oportunidades que estas ferramentas podem proporcionar aos alunos que se debatem com problemas na aprendizagem? Como estão a adoptar estas tecnologias os professores de Educação Especial? Terão as competências necessárias para o uso das TIC na educação de alunos com NEE? Numa escola dita inclusiva, os modernos sistemas educacionais advogam não se reportar apenas aos alunos, mas sim a todos os agentes educativos que de algum modo se cruzam no caminho desses alunos as competências necessárias à utilização destas tecnologias. Supõe-se que exista uma escola para todos, adaptada à medida de cada um. Com esta abordagem queremos confirmar que não existem escolas específicas, devendo cada aluno ser incorporando na sala de aula regular, com os professores do ensino regular, e frequentar a escola mais próxima da sua área de residência. A actual legislação que regulamenta os apoios especializados determina que os alunos com NEEcp devem fazer as suas aprendizagens no meio menos restritivo possível. Assim, o princípio que está em causa é que o aluno deveria fazer as suas aprendizagens em conjunto com os seus pares. Tudo isto tornou-se um desafio para o professor ao qual foi delegado o dever de promover experiências de aprendizagem bem sucedidas para qualquer aluno, tenha ele NEEcp ou não. Esta questão levanta a problemática da formação dos professores que, embora não tenha a obrigatoriedade de um conhecimento específico sobre Necessidades Educativas Especiais, porque a lei ainda não o determina, devem compreender a natureza das problemáticas e estar preparados para acolher e educar qualquer aluno que esteja na sala de aula. Quanto a este factor poderíamos falar, também, dos alunos com problemas de aprendizagem, os 5
  • 6. quais poderão não necessitar de serviços de educação especial (Nielsen, 1999), segundo a nova legislação, mas poderão necessitar de estratégias bastante diferenciadas. A inovação tecnológica e dos apoios prestados a alunos com NEEcp necessitam de estudos constantes e permanentes que investiguem em que ponto estes dois campos do saber se poderão unir num tronco comum para que a promoção do acesso e sucesso educativo destes alunos seja uma realidade. 6
  • 7. Capitulo II AS TIC na Educação de Alunos com NEE O uso do computador e das novas tecnologias apresenta-se como uma mais-valia para o processo de ensino-aprendizagem. Existe a possibilidade de comunicação e uma inovadora forma de transmissão de conhecimentos, mas também uma grande bagagem motivacional que está constantemente presente nesta sociedade abismada pela tecnologia. Com a finalidade de aumentar o acesso, a eficiência e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem, as TIC são utilizadas a nível internacional e nos diferentes níveis de ensino. As vantagens que as TIC trazem ao processo de ensino-aprendizagem estão comprovadas em vários estudos e relatórios internacionais e nacionais, apontando-se como principais benefícios os proveitos em termos de motivação e desempenho, promovendo-se assim, cada vez mais a sua utilização (Balanskat, Blamire & Kefala, 2006; Becta, 2007; IICD, 2008; Gutterman, Rahman, Supelano, Thies & Yang, 2009). As vantagens da utilização das TIC estendem–se aos alunos com NEE e estão descritas em vários estudos (BECTA, 2003; Balanskat, Blamire & Kefala, 2006; Williams, Jamali & Nicholas, 2006; BECTA, 2007; Liu, Cornish & Clegg, 2007), tirando-se a ilação de que os benefícios obtidos na educação destes alunos tendem a ser superiores aos que não beneficiam delas, tendo estes as mesmas condições nas suas limitações. A educação, quando auxiliada pelas novas tecnologias, provou ser mais eficaz e eficiente, verificando-se quando comparada com a educação tradicional. Presume-se que é devido à acrescida motivação incrementada pela interacção com o computador 7
  • 8. (Kirinić, Vidaček-Hainš & Kovačić, 2009), que disponibiliza outras possibilidades no que refere à acessibilidade e à participação destes alunos ao currículo, quer formal quer específico. Existe, de facto, um potencial inclusivo na utilização das TIC. As investigações realizadas, testemunhos de professores e dos próprios alunos com NEE, comprovam a vasta amplitude da aplicação das TIC, quer como produtos de apoio, quer como instrumento pedagógico, como potencial de resolução de problemas nas várias dificuldades que estes alunos apresentam, fruto das limitações, percorrendo um espectro que vai desde a deficiência física mais visível, até aos problemas emocionais e comportamentais. Quase todos os professores são adeptos da utilização das TIC na educação para a inclusão. O potencial das TIC no favorecimento da inclusão é impossível de negar uma vez que apresentam numerosas vantagens para os alunos com NEE, promovendo a igualdade de oportunidades e a participação activa destes alunos no seu processo de aprendizagem. Enquanto produtos de apoio constituem uma ferramenta que pode auxiliar na transposição de barreiras no acesso à educação e como instrumento pedagógico fomentam novas possibilidades e estratégias educativas capazes de obter mais sucesso se tivermos em conta os métodos tradicionais de ensino. Constata-se que as TIC podem auxiliar o processo de ensino e de aprendizagem dos alunos com NEE de várias formas: - Desenvolvendo a motivação; - Possibilitando e melhorando a acessibilidade; - Melhorando o desempenho; 8
  • 9. - Aumentando expectativas; - Facilitando a diferenciação; - Providenciando alternativas; - Promovendo o envolvimento com o mundo real; - Facilitando o acompanhamento e avaliação pelo professor; - Apoiando o trabalho administrativo; - Promovendo a ligação com o lar e a comunidade. Mas atenção, não é a simples introdução do computador em sala de aula que produz efeitos automaticamente benéficos para o processo de ensino e de aprendizagem (Ponte, 1997; Paiva, 2003; Sancho e Hernández, 2006). É necessária a implementação de metodologias pedagógicas que rentabilizem o grande potencial que as TIC possuem. Presentemente, com o PTE, verifica-se uma corrida ao apetrechamento informático das escolas e à certificação dos docentes em TIC, assistindo-se ao lançamento de directivas, políticas e projectos que procuram combater a infoexclusão e o analfabetismo informático, assim como potenciar a utilização das TIC como instrumento pedagógico. No entanto nem sempre os meios estão disponíveis ou são adequados às reais necessidades dos alunos, com ou sem necessidades educativas especiais e/ou de aprendizagem. Não se podem entender os meios apenas como os equipamentos (hardware) e os programas informáticos (software), nesta vertente também temos de integrar os profissionais da educação e questionar se eles serão, efectivamente, capazes extrair os benefícios da utilização das novas tecnologias, “…mesmo quando motivados para o uso dos computadores e da Internet, os 9
  • 10. professores deparam-se com grandes dificuldades, sobretudo porque não tiveram a preparação específica e adequada para o fazerem, dificilmente conseguindo concretizar propostas para além do que habitualmente fazem com os seus alunos” (Costa 2007: 15). Normalmente este aproveitamento resume-se à utilização dos programas de software mais usuais: Word, Excel e PowerPoint. Também sabemos que muitos dos computadores existentes nas escolas acabam por não ser utilizados, ou pelo menos não lhe é retirada a máxima rentabilidade, pela falta de informação e formação dos professores na área das TIC, sobretudo no que respeita ao software mais específico. No caso específico do apoio a alunos com NEE podem apontar-se evidentes necessidades de formação geral em TIC e, em particular, na formação TIC especialmente orientada para as NEE de profissionais da linha frente na educação destes alunos. A falta de formação e treino adequados, tem um impacto particularmente preponderante nos alunos com limitações porque, frequentemente, a utilização da tecnologia é uma componente crucial no planeamento e implementação de um programa educacional para estes alunos Nesta perspectiva, a formação de todos aqueles que trabalham com alunos com NEE deve, portanto, assumir-se como uma prioridade em prol do acesso e sucesso educativo e social destes alunos. 10
  • 11. Capitulo III TIC e os Produtos de Apoio Conforme destacou Vygostsky, é sumamente relevante para o desenvolvimento humano o processo de apropriação, por parte do indivíduo, das experiências presentes na sua cultura. O autor enfatiza a importância da acção, da linguagem e dos processos interactivos na construção das estruturas mentais superiores (VYGOTSKY, 1987). O acesso aos recursos oferecidos pela sociedade, escola, tecnologias, etc., influencia determinantemente nos processos de aprendizagem da pessoa. Entretanto, as limitações do indivíduo com deficiência tendem a tornarem -se uma barreira para as aprendizagens. Desenvolver recursos de acessibilidade seria uma maneira concreta de neutralizar as barreiras causadas pela deficiência e inserir os indivíduos portadores de limitações em ambientes ricos para a aprendizagem, proporcionados pela cultura. Outra dificuldade que as limitações nas interacções trazem consigo são os preconceitos a que o indivíduo portador de deficiência está sujeito. Desenvolver recursos de acessibilidade também pode significar combater esses preconceitos, pois, no momento em que lhe são dadas as condições para interagir e aprender, explicitando o seu pensamento, o deficiente mais facilmente será tratado como um igual, ou seja, "diferente" pela sua condição de pessoa com deficiência, mas ao mesmo tempo igual porque interage, relaciona-se e pode até competir no seu meio com recursos mais poderosos, proporcionados pelas adaptações de acessibilidade de que dispõe. É visto como igual, porque as suas diferenças passam a ser semelhantes às 11
  • 12. diferenças intrínsecas existentes entre todos os seres humanos. Assim poderá dar passos maiores em direcção à diluição das discriminações e como consequência terá o respeito conquistado através da convivência com os pares, aumentando sua autoestima, porque passa a poder explicitar melhor seu potencial e seus pensamentos. É sabido que as TIC se vêm tornando, de forma crescente, importantes instrumentos da nossa cultura, e o acesso a estas, um meio concreto de inclusão e interacção com o mundo, "Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis" (Radabaugh, 1993). Nesses casos, as TIC são utilizadas como Produtos de Apoio, através de hardware e software muito específico. Os Produtos de Apoio são uma área do conhecimento de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objectivam promover a funcionalidade, relacionada à actividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social. São considerados Produtos de Apoio, artefactos simples, como uma colher adaptada, uma bengala ou um lápis com uma empunhadura mais grossa para facilitar a preensão, até sofisticados sistemas computadorizados, utilizados com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia à pessoa com deficiência. A diferente maneira de utilizar as TIC como produto de apoio tem sido sistematizada e classificada das mais variadas formas, dependendo da ênfase que cada investigador 12
  • 13. lhe dá. Podemos optar por apresentar uma classificação que divide essa utilização em quatro áreas (SANTAROSA, 1997): a) As TIC como sistemas auxiliares ou prótese para a comunicação: talvez esta seja a área onde as TIC tenham possibilitado avanços mais significativos. Em muitos casos o uso destas tecnologias têm-se constituído na única maneira pela qual diversas pessoas podem comunicar-se com o mundo exterior, podendo explicitar os seus desejos e pensamentos. Estas tecnologias têm possibilitado a optimização da utilização de Sistemas Alternativos e Aumentativos de Comunicação (SAAC), bem com a informatização dos métodos tradicionais de comunicação alternativa, como os sistemas Bliss, PCS ou PIC, entre outros. b) As TIC utilizadas para controlo do ambiente: as TIC, como Produto de Apoio, também são utilizadas para controlar do ambiente, possibilitando à pessoa com comprometimento motor possa comandar remotamente aparelhos, electrodomésticos, acender e apagar luzes, abrir e fechar portas, enfim, ter um maior controlo e independência nas actividades da vida diária. c) As TIC como ferramentas ou ambientes de aprendizagem: as dificuldades de muitas pessoas com necessidades educativas especiais no seu processo de desenvolvimento e aprendizagem têm encontrado uma ajuda eficaz na utilização das TIC como ferramenta ou ambiente de aprendizagem. Diferentes pesquisas têm demonstrado a importância dessas tecnologias no processo de construção do conhecimento desses alunos. 13
  • 14. d) As TIC como meio de inserção no mundo do trabalho profissional: pessoas com grave comprometimento motor podem tornar-se cidadãos activos e produtivos, em vários casos garantindo o seu próprio sustento, através do uso das TIC. Normalmente estas quatro áreas relacionam-se entre si, podendo determinada pessoa utilizar as TIC em duas ou mais destas áreas. É o caso, por exemplo, de uma pessoa com problemas de comunicação e linguagem que utiliza o computador como produto de apoio à comunicação e, ao mesmo tempo, como livro e caderno digital noutras actividades escolares ou no mundo laboral. 14
  • 15. Capitulo IV Software Especial para a Acessibilidade Alguns dos recursos mais úteis e mais facilmente disponíveis, porém muito poucas vezes utilizados e desconhecidos, são as "Opções de Acessibilidade" do Windows . Diversas modificações podem ser feitas nas configurações do computador, adaptandoo a diferentes necessidades dos alunos. No caso dos alunos com dificuldades de coordenação motora e que não conseguem utilizar o rato mas podem digitar no teclado, a ocorrência mais frequente, pode configurar o computador, através das Opções de Acessibilidade, para que a parte numérica realize todos os mesmos comandos que o apontador do rato. Além do rato, outras configurações podem ser feitas, como o tamanho da letra, o contraste do ecrã, no caso de pessoas com dificuldades visuais e ainda outras opções. Outro software específico e de acessibilidade são os simuladores de teclado e de rato. Todas as opções do teclado ou as opções de comando e movimento do rato, podem ser exibidas no ecrã e seleccionadas, ou de forma directa, ou por meio de varrimento. Para as necessidades da maior parte dos alunos com NEEcp, encontramos na Internet o “sites” com software livre, como por exemplo a “site” espanhol de Jordi Lagares, no qual é disponibilizado para download diverso freeware por ele desenvolvido. Trata-se de simuladores que podem ser operados de forma bem simples, além de serem programas muito "leves", ocupando pouco espaço no disco rígido. Com os simuladores de teclado e os simuladores de rato, pode começar-se a utilizar o computador e mostrar melhor o potencial cognitivo, iniciando a aprendizagem da leitura e da escrita. 15
  • 16. Com recursos de acessibilidade tão simples como estes, abrem-se novos horizontes ao aluno com deficiência motora, possibilitando que a sua capacidade cognitiva, muitas vezes aprisionada num corpo com graves limitações, encontre novos canais de expressão e desenvolvimento. Estes simuladores podem ser accionados através de sopro, mas também por pequenos ruídos ou pequenos movimentos voluntários feitos por diversas partes do corpo, e até mesmo por piscadelas ou somente o movimento dos olhos. Existem outros sites na Internet que disponibilizam gratuitamente outros simuladores e programas especiais de acessibilidade. Como softwares especiais para a comunicação, existem as versões computadorizadas dos sistemas tradicionais de comunicação alternativa como o Bliss, o PCS ou o PIC. Para pessoas com deficiência visual existe também software que "faz o computador falar", os digitalizadores de fala e os terminais Braille, que substituem o teclado convencional. Para os cegos existem programas como o DOSVOX, o Virtual Vision, Bridge, Jaws e muitos outros. Existe ainda outra dimensão da acessibilidade, a Acessibilidade Física, que estuda as barreiras arquitectónicas para os portadores de deficiência e as formas de evitá-las. Outro conceito novo é o conceito de Acessibilidade Virtual, que estuda as melhores maneiras de tornar a Internet acessível a todas as pessoas. É importante ressaltar que as decisões sobre os recursos de acessibilidade que serão utilizados com os alunos têm que partir de um estudo pormenorizado e individual, 16
  • 17. com cada aluno. Deve começar com uma análise detalhada e estudo aprofundado das suas necessidades, para, a partir daí, se optar pelos recursos que melhor respondem às suas reais necessidades. Este estudo deverá ser feito por um conjunto de diferentes profissionais, como terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e ou outros que se revelem necessários, antes da decisão sobre a melhor adaptação. Capitulo V Formação dos Docentes de Educação Especial, o GRID2 Um dos programas bastante utilizado com alunos portadores de deficiência motora é o GRID2. No nosso caso concreto foi elaborado um programa de formação para os professores que trabalham com este programa na construção do saber dos seus alunos: CURSO GRID 2 (NIVEL INICIADO) Além do sistema de teclados no ecrã para a comunicação e acesso ao computador, o programa GRID 2 inclui várias áreas de trabalho. Um navegador de Internet, acesso directo a envio/recepção de emails e SMS, acesso ao Skype, Media Player e DVD, são algumas das ferramentas para a Comunicação Aumentativa. Com o GRID2, o utilizador pode trabalhar no computador sem precisar de utilizar o rato ou o teclado. Os teclados virtuais do GRID2 podem ser acedidos através do rato ou de qualquer outro dispositivo apontador: tracker, trackball, ou outros dispositivos apontadores, ou ainda através de um ou mais manípulos, por processos de varrimento totalmente controlado pelo utilizador. O programa contém ainda um sintetizador em português de elevada qualidade, que possibilita aos seus utilizadores expressarem-se 17
  • 18. através deste sistema de conversão texto-fala. Esta solução possibilita ao seu utilizador expressar-se e comunicar de forma autónoma, utilizar o computador e os programas nele contidos, e também controlar totalmente o seu ambiente físico (abertura e fecho de portas e janelas, acesso autónomo ao telefone, TV, equipamento de áudio e vídeo, etc.), caso seja necessário. Objectivo Geral: Capacitar o professor no uso das técnicas do Software GRID, no que respeita à qualidade do software, transmitindo não apenas a teoria do seu funcionamento, mas o conhecimento prático e imediatamente aplicável. Objectivos específicos: -Aprender as funções elementares do programa; -Compreender as potencialidades do GRID2 nas diferentes vertentes de utilização; -Dar formação para a autonomia e para a exploração e adaptação dos teclados às necessidades de cada utilizador. Destinatários: Profissionais com intervenção nas áreas da Educação (professores). Conteúdos - O que permite o GRID2; - Breve explicação sobre as potencialidades do GRID 2 - Destinatários do software; - Comunicar com o GRID 2; - Explorar teclados pré – concebidos; - Perceber a sua concepção (modo edição); - Criar um utilizador; 18
  • 19. - Conceber teclados tendo em atenção o utilizador; - Duplicar teclados; - Alterar teclados já construídos; - Adaptar teclados existentes às necessidades dos utilizadores; - Conceber a área de trabalho dentro de um teclado; - Criar células; - Construir células de texto e símbolos: - Copiar e colar células; - Conceber mais do que um teclado e interligá-los entre si; - Utilizar células de falar, apagar, saltar para, antes e depois; - Imprimir teclados em Word e PDF; - Importar e exportar teclados. - Explorar as configurações do utilizador. 19
  • 20. CONCLUSÃO Na utilização dos produtos de apoio é fundamental o trabalho em equipa, a multidisciplinariedade e o envolvimento de todos os profissionais, os familiares das pessoas com limitações e o envolvimento dos utilizadores finais. Para uma avaliação eficaz dos produtos a serem adquiridos ou utilizados, é necessário o conhecimento, a experiência de todos os profissionais envolvidos de modo a que se opte pelo produto de apoio mais adequado ao caso específico de cada utilizador. O processo, porque é um processo, nunca é definitivo e não culmina na selecção do produto de apoio é necessário e fundamental o acompanhamento e a avaliação dos efeitos da utilização de um determinado produto de apoio na pessoa com limitações e, se for necessário, reiniciar o processo para que haja uma plena utilização do produto de modo a tornar a vida destas pessoas o mais próximo da normalidade. As reavaliações são sempre uma necessidade a considerar. Na área da educação, nomeadamente na área dos produtos de apoio, existe a ideia de que estes são a solução para tudo, supera-se todo um conjunto de limitações através destes produtos. Esta ideia, só por si, não é de todo verdade. A solução dos problemas, se não existirem serviços de avaliação e acompanhamento da utilização de um determinado produto não é de todo eficaz, nem a sua eficácia é permanente. O processo de selecção de um produto de apoio é importante mas a eficácia da sua utilização é ainda mais importante. 20
  • 21. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUADO, G. Trastornos específicos del lenguaje: retraso del lenguaje y disfasia. Málaga: Aljibe. 1999. ALMIRALL, C. B. y BELLACASA, R. Comunicación aumentativa. Madrid: Ministerio de Asuntos Sociales. 1990. Campo Abierto, vol. 28, nº 1 - 2009 María Guiomar Ventura, Sixto Cubo Delgado ARRIBAS. T. L., ROSERA, M. A., GARCÍA, F. C., JACAS, M. M. C.,DOLZ M. C. G. et al. La educación infantil de 0-6 años. Barcelona: Editorial Paidotribo. 2001. ARRIBAS. T. L., ROSERA, M. A., GARCÍA, F. C., JACAS, M. M. C.,DOLZ M. C. G. Et al. Educação infantil, desenvolvimento, currículo e organização escolar S. Paulo: Artmed. 2004. Balanskat, A., Blamire, R., & Kefala, S. (2006). The ICT Impact Report: A review of Studies of ICT impact, 2006. European Schoolnet, Available in: http://ec.europa. eu/education/ doc/reports/doc/ictimpact.pdf. BECTA (British Educational Communications and Technology Agency). (2007). 2007 Annual Review, Coventry: Becta. BECTA (British Educational Communications and Technology Agency). (2003). What the research says about ICT supporting special educational needs (SEN) and Inclusion. Coventry: Becta. Benigno, V., Bocconi, S., & Ott, M. (2007). Inclusive education: helping teachers to choose ICT resources and to use them effectively. eLearning Papers (nº 6). Available in: http://www.elearningeuropa.info/files/media/media14199.pdf. BÉNONY, H. O desenvolvimento da criança e suas patologias. Lisboa: Climepsi Editores. 2002. Bethlehem, J (2004). Applied survey methods: a statistical perspective. New Jersey: Wiley. Biemer, P., &. Lyberg L. (2003). Introduction to Survey Quality. New Jersey: Wiley. BLOOM, L. y LAHEY, M. Language development and language disorders. New York: John Whiley. 1978. Brace, I. (2009). Questionnaire design: how to plan, structure and write survey material for effective market research. London: London & Sterling. BRAVO, C. M. (Coord.) Desarrollo linguístico-cognitivo en la educacíon infantil. Psicología del desarrollo y de la educación en edad escolar. Valladolid: Âmbito. Ediciones. 1999. Brodin, J., & Lindstrand, P. (2003). What about ICT in special education? Special educators evaluate information and Communication Technology as a learning tool, European Journal of Special Needs Education, 2003, Vol. 18, (No. 1), 71-87. Brown, C. (1992), Assistive Technology Computers and Persons with Disabilities. Communications of the ACM, New York, v.35, n.5, p.36-45. 21
  • 22. Carvalho, O., & Peixoto, L. (2000). A Escola Inclusiva. Da Utopia à Realidade. Braga: APPACDM. CASTRO, C. R. Língua oral e escrita na educação infantil. In T. L. ARRIBAS et AL. Educaçãoinfantil, desenvolvimento, currículo e organização escolar. S. Paulo: Artmed. 2001. CHAPMAN, R. S. Processos e distúrbios na aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas. 1996. Cooper, M. (1988), Interfaces that Adapt to the User. In: SELF, J. (Ed.). Artificial Intelligence and Human Learning: Intelligent Computer Aided Instruction. New York: Chapman and Hall Computing,. p.300- 309. Correia, L.M. (1997), Alunos com Necessidades Educativas Especiais nas classes regulares, Porto, Porto Editora. Costa, A., Leitão, F., Morgado, J., Pinto, J. Paes, I., & Rodrigues, D. (2006). Promoção da escola inclusiva. Disponível em: http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/ ei.pdf. Costa, F. (2007). Tecnologias em Educação – um século à procura de identidade. In Costa, F., Peralta, H. & Viseu, S. (orgs). As TIC na Educação em Portugal: Concepções e Práticas. Porto: Porto Editora, 14-30. Crystal, CRYSTAL, D. Patología del lenguaje. Madrid: Cátedra. 1983. CUETOS, F. Evaluación y rehabilitación de las afasias. Aproximación cognitiva. Madrid: Panamericana.1998. GABINETE DA MINISTRA DA EDUCAÇÃO. (2009). Despacho n.º 700/2009. Diário da República, 2.ª série — N.º 6 — 9 de Janeiro de 2009, 873-878. GABINETE DE ESTATÍSTICA E PLANEAMENTO DA EDUCAÇÃO (GEPE). (2007). Análise de modelos internacionais de referência de modernização tecnológica do sistema de ensino. Disponível em: http://www.escola.gov.pt/docs/gepe_ benchmark_tic_educa%C3%A7%C3%A3o.pdf. GABINETE DO SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. (2005). Despacho n.º 26 691/2005 (2.a série). Diário da República — II Série, N.º 247 — 27 de Dezembro de 2005, 17973-17974. Gutterman, B., Rahman, S., Supelano, J., Thies, L., & Yang, M. (2009) – White Paper. Information Communication & Technology (ICT) in Education for Development. Disponível em: http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/gaid/unpan034975.pdf. Hasselbring, T. S., & Glaser, C. H. W. (2000, Fal-Win). Use of computer technology to help students with special needs. Future of Children, 102-122. INTERNATIONAL INSTITUTE FOR COMMUNICATION AND DEVELOPMENT. (2007). ICTs for Education: Impact and Lessons Learned from IICD-Supported Activities (The Hague: IICD, 2007), Disponível em: http://www.iicd.org/files/icts-for-education. pdf. Iraossi, G. (2006). The Power of Survey Design: A User’s Guide for Managing Surveys, Interpreting Results, and Influencing Respondents. Washington, D.C.: The World Bank. 22
  • 23. Kirinić, V. Vidaček-Hainš V., & Kovačić, A. (2009). Computers in Education of Children with Intellectual and Related Developmental Disorders. In Proceedings of Computers and Education Conference of 32nd International Convention on Information and Communication Technology, Electronics and Microelectronics – MIPRO 2009. (Opatija, Croatia, May 25th to 29th), 39-43. Korte, W., & Hüsing, T. (2007). Benchmarking Access and Use of ICT in European Schools 2006: Results from Head Teacher and A Classroom Teacher Surveys in 27 European Countries, eLearning Papers, Vol 2, Nº 1, January 2007, Disponível em: http://www.elearningeuropa.info/files/media/media11563.pdf. Lagarto, José Reis (2007), Na Rota da Sociedade do Conhecimento. As TIC na Escola. Lisboa, Universidade Católica Editora. Lanphear, J. (2001). Commentary: Pilot Studies. Education for Health: Change in Learning & Practice, 14(1), 33-35. Liu, Y., Cornish, A., & Clegg, J. (2007). ICT and special educational needs: Using metasynthesis for bridging the multifaceted divide, Springer-Verlag Berlin, 18- 25. Nielsen, L. (1999). Necessidades Educativas Especiais: Um Guia para Professores. Colecção Educação Especial. Porto: Porto Editora. Unesco (1994), Declaração de Salamanca e enquadramento da acção. Conferência mundial sobre necessidades educativas especiais: acesso e qualidade. Professores: Adalgisa Babo Virgílio Ribeiro 23