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Energia e trabalho


   Profª Michelle Paiva
Energia
 Energia     potencial é a energia
    associada com a posição da partícula.

 Existe energia potencial gravitacional
    mesmo no caso de a mergulhadora
    ficar parada no trampolim.

    Nenhuma energia é adicionada ao
    sistema mergulhadora –terra. Porém a
    energia armazenada é transformada
    de uma forma para outra durante sua
    queda.
Energia Cinética
ENERGIA CINÉTICA (K)




    A energia cinética é a energia associada ao estado de
   movimento de um
 objeto.


     Quanto mais rapidamente um objeto estiver se movendo,
      maior será sua energia cinética. Quando o objeto está em repouso, sua
      energia cinética é nula.
 Para um objeto de massa m cuja velocidade v é bem inferior à
  velocidade da luz, definimos a sua energia cinética como

                  K = ½ mv2
 A unidade de SI para a energia cinética (e todos os outros
  tipos de energia) é o joule ( J ), em homenagem a James
  Prescott Joule, um cientista inglês do século XIX.
TRABALHO
Na linguagem comum, a palavra
 trabalho é aplicada a qualquer forma de
 atividade que requeira um esforço
 muscular ou mental. Em física,
 entretanto, este termo é usado num
 sentido mais específico, que envolve a
 aplicação de uma força a um corpo e o
 deslocamento deste corpo.
TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE SOBRE
 UM OBJETO QUE SE MOVE EM UMA DIMENSÃO
                   r
                   F

                θ
                    r
                    d
    r r
W = F .d ⇒ W = Fd cos θ
 O trabalho é uma grandeza algébrica, que
 pode ser positivo ou negativo. Quando a força
 possui uma componente na mesma direção e
 sentido que o deslocamento, o trabalho
 realizado por ela é positivo.

 Se o sentido da componente da força for
 oposto ao deslocamento, o trabalho será
 negativo. Se a força for perpendicular ao
 deslocamento, ela não terá componente na
 direção do deslocamento e o trabalho será
 nulo.
TEOREMA DO TRABALHO-ENERGIA
CINÉTICA
 O trabalho realizado pela força resultante
 sobre uma partícula é igual à variação da
 energia cinética da partícula

              1 2 1 2
 W = ∆ K ⇒ W = mv − mv0
              2    2
Se o trabalho resultante realizado sobre
 uma partícula for positivo, então a
 energia cinética da partícula aumenta
 de uma quantidade igual ao trabalho.
 Se o trabalho resultante for negativo,
 então a energia cinética da partícula
 diminui de uma quantidade igual ao
 trabalho.
TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA
VARIÁVEL: EM UMA DIMENSÃO
Para uma força constante e de mesma
 direção e sentido do deslocamento é fácil
 verificar que o trabalho realizado por ela é
 igual a “área sob a curva” no gráfico , como
 está representado na figura abaixo. Mesmo
 quando o valor da força estiver variando esta
 propriedade é válida, sendo que o trabalho de
 uma força variável na direção x pode ser
 calculada por
x2
     w = ∫ F ( x ) dx
              x1



     w
x1       x2
TRABALHO REALIZADO POR UMA
FORÇA DE MOLA
A força exercida pela mola pode,
portanto, ser expressa em termos de
distância x, através da qual ela é
esticada ou comprimida, a partir do seu
comprimento de equilíbrio, por

      F = − kx
xF           xF            xF

W=   ∫ F ( x) dx = ∫ −kx dx = −k ∫ xdx
     xi           xi             xi

        1 2 2 1 2 2
     = − k ( x f − xi ) = k ( xi − x f )
        2                2
POTÊNCIA
A potência devido a uma força é a taxa
 com que essa força realiza um trabalho
 sobre um objeto. Se a força realiza um
 trabalho W durante um intervalo de
 tempo é Δt, a potência média é
           W
      Pm =
           ∆t
A potência instantânea P é a taxa
 instantânea de realização de trabalho,
 que pode ser escrita como
                dW
             P=
                 dt
Energia
 Como a transformação pode ser
 entendida a partir do teorema
 trabalho energia.

 Veremos que a soma da energia
 cinética e potencial fornece a
 energia mecânica total do sistema e
 essa energia permanece constante
 durante o movimento do sistema
 (lei da conservação da energia)
Energia Potencial
                 Gravitacional

 Em muitas situações tudo se passa
 como     se   “a   energia fosse
 armazenada em um sistema para
 ser recuperado depois.”

   Garoto em um balanço: Nos pontos
   mais    elevados,    a  energia é    Esse ex. da idéia de que
   armazenada em outra forma,            existe     uma    energia
   relacionada com a altura do ponto     associada com a posição
   acima do solo, e esta energia é       dos corpos em um sistema.
                                         Este tipo de energia
   convertida em K quanto atinge o       fornece o potencial ou a
   ponto inferior do arco.               possibilidade de realizar
                                         trabalho (W)
Energia Potencial
                   Gravitacional

 Quando um martelo é elevado no ar,
    existe um potencial para um trabalho
    sobre ele ser realizado pela força da
    gravidade, porém isso só ocorre
    quando o martelo é liberado. Por esse
    motivo, a energia associada com a
    posição    denomina-se     ENERGIA
    POTENCIAL.

      Existe uma energia potencial
    associada com o peso do corpo e com
    a altura acima do solo. Chamamos
    essa     energia   de     ENERGIA
    POTENCIAL GRAVITACIONAL.
Energia Potencial
                  Gravitacional

 Quando um corpo cai sem resistência
    do ar, a energia potencial diminui à
    medida que a energia cinética
    aumenta.

     Vimos “ usando o teorema do
    trabalho-energia para concluir que K
    do corpo em queda livre aumenta
    porque a força gravitacional realiza
    trabalho sobre ele.

 Usaremos o teorema W-∆K para demonstrar que essas duas
    descrições de um corpo são equivalentes e para deduzir uma
    expressão para energia potencial.
Energia Potencial
                        Gravitacional

    Considere um corpo de massa m que
    se move ao longo de um eixo 0y. A
    força que atua sobre ele é a
    gravitacional.
    Qual o Wg realizado pelo peso sobre
    o corpo qdo cai de uma altura y1
    acima da origem até uma altura
    menor y2?
      O peso e o deslocamento possui mesmo
      sentido, de modo Wg realizado sobre o corpo é
      positivo.
W g= Fg d = Fg ( y1 − y2 ) = mg ( y1 − y2 ) = mg ( y1 − y2 )

    Equação também válida para quando
      y2 é maior que y1. Neste caso:
Energia Potencial
                 Gravitacional
 Podemos expressar Wg em termos da quantidade mgy no início
  e no final do deslocamento.
                     U = mgy       Energia potencial
                                   gravitacional
 Seu valor inicial é U1 = mgy1 e seu valor final U2 = mgy2;

                   ∆U = U 2 − U1
 Podemos expressar Wg realizado pela força gravitacional
 durante o deslocamento de y1 a y2 como
            W = U1 − U 2 = −(U 2 − U1 ) = −∆U

 Corpo se move de baixo para cima - y aumenta; Wg (-);
                                        U aumenta (∆U >0).
 Corpo se move de cima para baixo - y diminui; Wg (+);
                                        U diminui (∆U >0).
Forças conservativas e não
               conservativas
 As forças que atuam num sistema,
  modificando-lhe a configuração,
  dizem-se conservativas quando,
  regressando o sistema à configuração
  inicial, readquire também a energia
  cinética inicial.
    Isto significa que as forças
  conservativas       conservaram      a
  capacidade que o sistema tinha de
  realizar trabalho, e daí o seu nome.
 Fg realiza de A a B, um trabalho resistente, que se traduz num aumento de energia
  potencial do sistema. Segue-se, depois, um trabalho potente, de B para A, que se traduz
  na restituição à forma cinética do incremento de energia potencial que tinha sido
  armazenada.
Forças conservativas e não
             conservativas
 As forças que atuam num sistema dizem-
  se não conservativas ou dissipativas
  quando, ao deixarem de realizar trabalho,
  o sistema ou não regressa à configuração
  inicial ou regressa a ela com energia
  cinética diferente da que tinha no
  princípio.

 Isto quer dizer que as forças não conservativas não conservaram
a capacidade que o sistema tinha de realizar trabalho.
 A força de atrito, realiza sempre trabalho resistente não traduzido em aumento de
  energia potencial
Independência da trajetória para
           o trabalho de forças
               conservativas

 Consideremos uma partícula em movimento em um percurso
  fechado, se o W realizado pela força neste percurso for nulo,
  então dizemos que as forças são conservativas.

   Ou seja, a energia total que se transfere da partícula e para a
    partícula durante a viaje de ida e volta ao longo do percurso fechado
    é nula.
Exemplo: O lançamento de um tomate.
                       Wres = 0
“O WR realizado pela força conservativa
movendo-se entre dois pontos não depende
da trajetória.”
Independência da trajetória para
            o trabalho de forças
                conservativas

  Consideremos um percurso fechado
 arbitrário para uma partícula sujeita a uma
 ação de uma única força.
 A partícula se move do ponto inicial a
 para um ponto final b ao longo da trajetória
 1 e retorna pela trajetória 2.

    “A força realiza W sobre a partícula a medida que ela se movimenta ao
     longo de cada trajetória.”

• O W realizado de a até b ao longo da trajetória 1 é: Wab,1
• O W realizado da volta de b até a é; Wba,2
 Se F for conservativa; Wres = 0.


                       Wab ,1 + Wba , 2 = 0
                       Wab ,1 = −Wba , 2
 O W realizado ao longo da trajetória de ida é igual ao negativo
  do W realizado ao longo da volta.
     Consideremos o Wab,2 realizado pela força sobre a partícula
      quando ela se move de a até b ao longo da trajetória 2.
                         Wab , 2 = −Wba , 2
Substituindo a equação acima na equação anterior.
                         Wab ,1 = −Wab , 2

Portanto o W independe da trajetória quando F for conservativa.
Determinando Valores de
              Energia Potencial
  Encontrar a energia potencial dos dois tipos de energia
 discutido nesta seção: energia potencial gravitacional e energia
 potencial elástica.
 Encontrar uma relação geral entre uma força conservativa e a
 energia potencial a ela associada.

• Considere um objeto que se comporta como uma partícula e que
    é parte de um sistema no qual atua uma F conservativa.
“ quando esta força realiza W sobre o objeto, a variação ∆U na energia
  potencial associada ao sistema é o negativo do W.”

                          W = −∆U
Determinando Valores de
            Energia Potencial
 No caso geral onde a força pode variar com a posição
                             xf

                        W = ∫ F ( x)dx
                             xi



Substituindo W = - ∆U, temos:
                                  xf

                       ∆U = − ∫ F ( x)dx
                                  xi


Relação geral entre força e energia potencial.
Energia Potencial
                        Gravitacional
 Consideremos      uma partícula com massa m movendo-se
   verticalmente ao longo de y (positivo para cima). A medida que
   a partícula se move do ponto y1 para y2 a Fg realiza W sobre ela.
                        xf              xf

               ∆U = − ∫ F ( x)dy = − ∫ (−mg )dy = mg | y12 = mg∆y
                                                       y
                        xi              xi



Podemos usar configurações de referência na qual a partícula esta
em um ponto de referência yi que tomamos como U = 0. Portanto:
                                      U ( y ) = mgy

“a energia potencial gravitacional associada ao sistema partícula-terra depende apenas
   da
Posição vertical y da partícula em relação à posição de referência y = 0, e não da
Energia Potencial Elástica
 Consideremos um sistema massa-mola, com o bloco se
  movendo na extremidade de uma mola de constante elástica k.
  Enquanto o bloco se move do ponto xi para o xf, a força da mola
  F = -kx realiza W sobre o bloco.
                      xf             xf
                                                             1
              ∆U = − ∫ F ( x)dx = − ∫ (−kx)dx = kx | x12 =
                                                     x         k∆x
                      xi             xi
                                                             2
                  1 2 1 2
              ∆U = kx f − kxi
                  2      2
Escolhendo um valor de referência U com o bloco na posição x na
qual a mola se encontra relaxado x= 0.
                              1 2          1
                    U −0 =      kx − 0; U = kx 2
                              2            2
Conservação da Energia
                  Mecânica

 A energia mecânica de um sistema é a soma da energia cinética
  e potencial dos objetos que compõem o sistema:

                           Emec = K + U

Energia mecânica: Forças conservativas e o sistema é isolado (F ext
= 0).
 Quando uma F conservativa realiza W sobre um objeto dentro
  de um sistema, essa força transfere energia entre a K do objeto e
  a U do sistema. Pelo teorema W-∆K

                              ∆K = W
Conservação da Energia
                 Mecânica
 Usando a equação da variação na energia potencial

                           ∆U = −W
Combinando as duas equações anteriores

                          ∆K = −∆U

Uma dessas energias aumenta na mesma quantidade que a outra
diminui.
Podemos reescrever como
                       K 2 − K1 = −(U 2 − U1 )   Conservação da energia
                       K 2 + U 2 = K1 + U1       mecânica.
Conservação da Energia
                       Mecânica
“Em um sistema isolado onde apenas forças conservativas causam
variações de energia, a energia cinética e a energia potencial podem
variar, mas a sua soma, a energia mecânica Emec do sistema, não pode
variar”

Este  resultado é                       chamado            de        PRINCÍPIO                DE
  CONSERVAÇÃODA
ENEGIA MECÂNICA.

                                         Este princípio nos permite resolver
Podemos escrever esse princípio de outra forma
                          ∆Emec = ∆K + ∆U                   Problemas que seriam difíceis usando
                                                            apenas as Leis de Newton.

Quando a energia se conserva, podemos a soma de K e U em cada instante com aquele novo instante
sem considerar o movimento intermediário e sem determinar o WR das F envolvidas.
Conservação da Energia
                  Mecânica
 Exemplo do princípio de conservação aplicado: Enquanto um
  pêndulo oscila, a energia do sistema pêndulo-terra é transferida
  entre K e U, com a soma K+U permanecendo constante.

   Se conhecermos a Ug quando a massa do pêndulo esta no seu ponto
    mais alto, a equação da conservação da energia nos fornece a K do
    ponto mais baixo.

 Vamos escolher o ponto mais baixo como ponto de referência,
  com U2 = 0 e no ponto mais alto U1 = 20 J. Como a massa pará
  momentaneamente no ponto mais alto, K1 = 0. Qual a energia no
  ponto mais baixo?
                  K 2 + 0 = 0 + 20;   K 2 = 20 J
Interpretando uma curva de
             energia potencial
 Consideremos uma partícula que faz parte de um sistema no
 qual atuam uma força conservativa. O movimento da partícula
 se dar ao longo de um eixo x enquanto a F conservativa realiza
 W sobre ela.
 Podemos obter bastante informação sobre o movimento da
 partícula a partir do gráfico energia potencial do sistema U(x).

 Vimos que se conhecemos a F(x) que atua sobre a partícula
  podemos encontrar a energia potencial
                             xf

                      ∆U = − ∫ F ( x)dx
                              xi
Interpretando uma curva de
             energia potencial
 Queremos fazer agora o contrário; isto é, conhecemos a energia
potencial U(x) e queremos determinar a força.

 Para o movimento em uma dimensão, o W realizado pela força
  que atua sobre a partícula se move através de uma distância ∆x é
  F(x) ∆x. Podemos escrever

                    ∆U = −W = − F ( x)∆x

Passando ao limite diferencial

                                   dU ( x)
                        F ( x) = −
                                    dx
Interpretando uma curva de
             energia potencial
 Verificar este resultado U(x) = ½ kx2 que é a energia potencial
  elástica e U(x) = mgx.

 A curva de energia potencial




- U versus x : podemos encontrar F
           medindo a inclinação da
           curva de U(x) em vários
           pontos.
Interpretando uma curva de
                energia potencial
 Pontos de retorno
Na ausência da força conservativas, a energia mecânica E de um
Sistema possui um valor constante dado por

                    K ( x) + U ( x) = Emec

K(x) é uma função energia cinética de uma partícula no sistema.

                     K ( x) = Emec − U ( x)

Como Emec é constante, pelo ex. anterior igual a 5 J. Portanto no
ponto x5
                      K ( x) = 5 − 4 = 1J
Interpretando uma curva de
               energia potencial
 Pontos de Retorno


 O valor de K máximo (5J) é no ponto x2 quando U(x) é mínimo.
• K nunca pode ser negativo (v2), a partícula não pode se mover a
    para esquerda de x1, Emec – U(x) é negativo. Quando a partícula se
    move em direção a x1 a partir de x2, K diminui até K = 0 em x1.
•    Em x1 – a força é positiva (inclinação negativa). Significa que a
    partícula não permanece em x1, mas começa a se mover para
    direita, em sentido oposto ao seu movimento anterior. Portanto
    x1 é um PONTO DE RETORNO, um lugar onde K = 0 (pois U
    = E) e a partícula inverte o sentido do movimento.
Interpretando uma curva de
              energia potencial
Pontos de Equilíbrio

 3 valores diferentes de Emec.
 Se Emec = 4 J, o ponto de retorno
  mudar de x1 para um valor entre x1
  e x2 .
 Qualquer ponto a direita de x5, a
  energia mecânica do sistema é
  igual a U(x); portanto, K = 0
   e nenhuma força atua sobre a mesma, de modo que ela precisa está
   em repouso. Diz-se que a partícula em tal posição está em
   EQUILÍBRIO NEUTRO.
Interpretando uma curva de
              energia potencial
Pontos de Equilíbrio

 Se Emec = 3 J, existe dois pontos de
  retorno: um entre x1 e x2 e outro
  entre x4 e x5. Além disso x3 é um
  ponto onde K = 0. Se a partícula
  estiver neste ponto, a F = 0 e a
  partícula      permanecerá     em
  repouso.
  Se ela for ligeiramente deslocada em qualquer um dos dois sentidos,
  uma força não nula a empurra no mesmo sentido e a partícula
  continua se afastando ainda mais do ponto inicial. Uma partícula em
  tal posição é considerada em EQUILÍBRIO INSTÁVEL.
Interpretando uma curva de
             energia potencial

Pontos de Equilíbrio

 Se Emec = 1 J. Se colocarmos em x4
  ela permanecerá nesta posição.
  Ela não pode se mover nem para
  direita nem para esquerda por sua
  conta     própria,   pois   seria
  necessário uma K negativa.
  Se empurramos ligeiramente para a esquerda ou para direita, aparece
  uma força restauradora que a faz retornar ao ponto x4. Uma partícula
  em tal posição é considerada em EQUILÍBRIO ESTÁVEL.
Trabalho Realizado por uma
 Força Externa sobre um Sistema

vimos: “ O W é a energia transferida PARA um sistema ou
   DE
um sistema devido a atuação de uma força externa sobre este
sistema.”

Podemos extender esse conceito para uma Fext atuando sobre
Um sistema.
   Quando a transferência de      Quando a transferência de
   energia é PARA o sistema.      energia é DO o sistema.
Trabalho Realizado por uma
 Força Externa sobre um Sistema
NA AUSÊNCIA DE ATRITO

Num boliche quando você vai arremessar a bola, inicialmente você
se agacha e coloca suas mãos em forma de concha por debaixo da
bola sobre o peso.

Depois você levanta rapidamente enquanto ao mesmo tempo puxa
suas mãos bruscamente, lançando a bola para cima no nível do rosto.

Durante o seu movimento para cima, a F que vc aplica realiza W, isto
é, ela é uma força externa que transfere energia, mas para qual
sistema?
Trabalho Realizado por uma
 Força Externa sobre um Sistema
NA AUSÊNCIA DE ATRITO

Verificar quais energias se modificam:
  Há variação ∆K da bola, e como a bola e a terra ficaram afastada,
  também houve uma variação ∆Ug do sistema bola-terra.


Para incluir essas variações, precisamos considerar o sistema bola-
terra. Assim F é uma Fext que realiza W sobre o sistema, e o W é


              W = ∆K + ∆U = ∆Emec

 Energia equivalente para o W realizado por Fext
 sobre um sistema sem atrito.
NA PRESENÇA DE ATRITO

Consideremos um sistema onde uma F horizontal constante puxa o bloco
ao longo do eixo x deslocando-o por uma distância d e aumentando a velo-
cidade do bloco de v0 para v.




O bloco será nosso sistema. Aplicando a segunda lei de Newton

                         F − f c = ma
Como as forças são constantes v 2 = v0 + 2ad , temos
                                     2




                         Fd = ∆K + f c d
Numa situação mais geral (uma na qual o bloco esteja subindo uma
rampa), pode haver uma variação na energia potencial. Para incluir
tal variação, temos
                       Fd = ∆Emec + f c d
Verificamos experimentalmente que o bloco e a porção do piso ao
longo do qual ele se desloca ficam aquecidos enquanto o bloco
desliza. Portanto foi verificado experimentalmente que essa energia
térmica é igual
                           ∆ET = f c d
Portanto
                                             Trabalho realizado pelo sistema
                         W = ∆Emec + ET      em presença de atrito.
Conservação da Energia

Todos os casos discutidos até agora obedecem a LEI DE
   CONSERVAÇÃO,
 que está relacionada com a energia total de um sistema. Essa energia total é
a soma da energia mecânica com a térmica ou qualquer outro tipo de
energia interna.
“A energia total E de um sistema pode mudar apenas por quantidades de
energias que são transferidas para o sistema ou delas retiradas.”

O único tipo de energia de transferência de energia que consideramos e o W
realizado sobre um sistema. Assim, esta lei estabelece
                   W = ∆E = ∆Emec + ∆ET + ∆Eint


A lei de conservação de energia é algo baseado em inúmeros experimentos.
Conservação da Energia

SISTEMA ISOLADO

Se um sistema está isolado de uma vizinhança, não podendo haver
trocas com a vizinhança. Para este caso a lei de conservação da
energia diz:

     “A energia total E, de um sistema isolado não pode variar.”

Pode haver muitas transferências dentro do sistema; energia cinética
em energia potencial ou térmica, entretanto a energia total do sistema
não pode variar.
Conservação da Energia

     A conservação da energia pode der escrita de duas maneiras:

                       ∆Emec + ∆ET + ∆Eint = 0            W =0

e

                       Emec , 2 = Emec ,1 − ∆ET − ∆Eint



    “Em um sistema isolado, podemos relacionar a energia total em um
      dado instante com a energia total em outro instante sem ter que
            considerar as energias em tempos intermediários.”
FORÇAS EXTERNAS E TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA INTERNA

Uma força externa pode mudar a K ou U de um
objeto sem realizar W, isto é, sem transferir energia
para o objeto. Em vez disso, é a força responsável
pela transferência de energia de uma forma para
outra dentro do objeto.

Patinadora no gelo, inicialmente em repouso, empurra
um corrimão e passa a deslizar sobre o gelo. Sua K
aumenta porque o corrimão exerceu uma Fext sobre ela.
No entanto a F não transfere energia para o corrimão
para ela. Assim a força não realiza W sobre ela. Ao
contrário a K aumenta como resultado de transferências
internas a partir da energia bioquimica contida nos seus
musculos.
FORÇAS EXTERNAS E TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA INTERNA



Nesta situação podemos relacionar a Fext que atua sobre um objeto com
a variação da energia mecânica do objeto.

Durante seu empurrão e deslocamento de uma distância d, podemos
considerar a aceleração constante, com velocidade variando de v0 a v e a
patinadora com uma partícula desprezando o esforço de seus músculos.
                        K − K 0 = Fd cos θ
                         ∆K = Fd cos θ
A situação também envolve uma variação na elevação do objeto,
podemos incluir a energia potencial
                                       A força do lado direito dessa
             ∆K + ∆U = Fd cos θ        Eq. não realiza W, mais é responsável
                                       pelas variações das energias.
POTÊNCIA

Potência é a taxa com que uma força transfere energia de uma forma
para outra.

“Se uma certa quantidade de energia ∆E é transferida durante um
intervalo de tempo ∆t, a potência média devida à força é”


                                    ∆E
                           Pmed   =
                                    ∆t

E a potencia instantânea
                                  dE
                            P=       .
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Energia potencial gravitacional e conservação de energia mecânica

  • 1. Energia e trabalho Profª Michelle Paiva
  • 2. Energia  Energia potencial é a energia associada com a posição da partícula.  Existe energia potencial gravitacional mesmo no caso de a mergulhadora ficar parada no trampolim.  Nenhuma energia é adicionada ao sistema mergulhadora –terra. Porém a energia armazenada é transformada de uma forma para outra durante sua queda.
  • 3. Energia Cinética ENERGIA CINÉTICA (K)  A energia cinética é a energia associada ao estado de movimento de um objeto.  Quanto mais rapidamente um objeto estiver se movendo, maior será sua energia cinética. Quando o objeto está em repouso, sua energia cinética é nula.
  • 4.  Para um objeto de massa m cuja velocidade v é bem inferior à velocidade da luz, definimos a sua energia cinética como K = ½ mv2  A unidade de SI para a energia cinética (e todos os outros tipos de energia) é o joule ( J ), em homenagem a James Prescott Joule, um cientista inglês do século XIX.
  • 5. TRABALHO Na linguagem comum, a palavra trabalho é aplicada a qualquer forma de atividade que requeira um esforço muscular ou mental. Em física, entretanto, este termo é usado num sentido mais específico, que envolve a aplicação de uma força a um corpo e o deslocamento deste corpo.
  • 6. TRABALHO DE UMA FORÇA CONSTANTE SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVE EM UMA DIMENSÃO r F θ r d r r W = F .d ⇒ W = Fd cos θ
  • 7.  O trabalho é uma grandeza algébrica, que pode ser positivo ou negativo. Quando a força possui uma componente na mesma direção e sentido que o deslocamento, o trabalho realizado por ela é positivo.  Se o sentido da componente da força for oposto ao deslocamento, o trabalho será negativo. Se a força for perpendicular ao deslocamento, ela não terá componente na direção do deslocamento e o trabalho será nulo.
  • 8. TEOREMA DO TRABALHO-ENERGIA CINÉTICA  O trabalho realizado pela força resultante sobre uma partícula é igual à variação da energia cinética da partícula 1 2 1 2 W = ∆ K ⇒ W = mv − mv0 2 2
  • 9. Se o trabalho resultante realizado sobre uma partícula for positivo, então a energia cinética da partícula aumenta de uma quantidade igual ao trabalho. Se o trabalho resultante for negativo, então a energia cinética da partícula diminui de uma quantidade igual ao trabalho.
  • 10. TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA VARIÁVEL: EM UMA DIMENSÃO Para uma força constante e de mesma direção e sentido do deslocamento é fácil verificar que o trabalho realizado por ela é igual a “área sob a curva” no gráfico , como está representado na figura abaixo. Mesmo quando o valor da força estiver variando esta propriedade é válida, sendo que o trabalho de uma força variável na direção x pode ser calculada por
  • 11. x2 w = ∫ F ( x ) dx x1 w x1 x2
  • 12. TRABALHO REALIZADO POR UMA FORÇA DE MOLA A força exercida pela mola pode, portanto, ser expressa em termos de distância x, através da qual ela é esticada ou comprimida, a partir do seu comprimento de equilíbrio, por F = − kx
  • 13. xF xF xF W= ∫ F ( x) dx = ∫ −kx dx = −k ∫ xdx xi xi xi 1 2 2 1 2 2 = − k ( x f − xi ) = k ( xi − x f ) 2 2
  • 14. POTÊNCIA A potência devido a uma força é a taxa com que essa força realiza um trabalho sobre um objeto. Se a força realiza um trabalho W durante um intervalo de tempo é Δt, a potência média é W Pm = ∆t
  • 15. A potência instantânea P é a taxa instantânea de realização de trabalho, que pode ser escrita como dW P= dt
  • 16. Energia  Como a transformação pode ser entendida a partir do teorema trabalho energia.  Veremos que a soma da energia cinética e potencial fornece a energia mecânica total do sistema e essa energia permanece constante durante o movimento do sistema (lei da conservação da energia)
  • 17. Energia Potencial Gravitacional  Em muitas situações tudo se passa como se “a energia fosse armazenada em um sistema para ser recuperado depois.”  Garoto em um balanço: Nos pontos mais elevados, a energia é  Esse ex. da idéia de que armazenada em outra forma, existe uma energia relacionada com a altura do ponto associada com a posição acima do solo, e esta energia é dos corpos em um sistema. Este tipo de energia convertida em K quanto atinge o fornece o potencial ou a ponto inferior do arco. possibilidade de realizar trabalho (W)
  • 18. Energia Potencial Gravitacional  Quando um martelo é elevado no ar, existe um potencial para um trabalho sobre ele ser realizado pela força da gravidade, porém isso só ocorre quando o martelo é liberado. Por esse motivo, a energia associada com a posição denomina-se ENERGIA POTENCIAL.  Existe uma energia potencial associada com o peso do corpo e com a altura acima do solo. Chamamos essa energia de ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL.
  • 19. Energia Potencial Gravitacional  Quando um corpo cai sem resistência do ar, a energia potencial diminui à medida que a energia cinética aumenta.  Vimos “ usando o teorema do trabalho-energia para concluir que K do corpo em queda livre aumenta porque a força gravitacional realiza trabalho sobre ele.  Usaremos o teorema W-∆K para demonstrar que essas duas descrições de um corpo são equivalentes e para deduzir uma expressão para energia potencial.
  • 20. Energia Potencial Gravitacional  Considere um corpo de massa m que se move ao longo de um eixo 0y. A força que atua sobre ele é a gravitacional.  Qual o Wg realizado pelo peso sobre o corpo qdo cai de uma altura y1 acima da origem até uma altura menor y2? O peso e o deslocamento possui mesmo sentido, de modo Wg realizado sobre o corpo é positivo. W g= Fg d = Fg ( y1 − y2 ) = mg ( y1 − y2 ) = mg ( y1 − y2 )  Equação também válida para quando y2 é maior que y1. Neste caso:
  • 21. Energia Potencial Gravitacional  Podemos expressar Wg em termos da quantidade mgy no início e no final do deslocamento. U = mgy Energia potencial gravitacional  Seu valor inicial é U1 = mgy1 e seu valor final U2 = mgy2; ∆U = U 2 − U1  Podemos expressar Wg realizado pela força gravitacional durante o deslocamento de y1 a y2 como W = U1 − U 2 = −(U 2 − U1 ) = −∆U  Corpo se move de baixo para cima - y aumenta; Wg (-); U aumenta (∆U >0).  Corpo se move de cima para baixo - y diminui; Wg (+); U diminui (∆U >0).
  • 22. Forças conservativas e não conservativas  As forças que atuam num sistema, modificando-lhe a configuração, dizem-se conservativas quando, regressando o sistema à configuração inicial, readquire também a energia cinética inicial.  Isto significa que as forças conservativas conservaram a capacidade que o sistema tinha de realizar trabalho, e daí o seu nome.  Fg realiza de A a B, um trabalho resistente, que se traduz num aumento de energia potencial do sistema. Segue-se, depois, um trabalho potente, de B para A, que se traduz na restituição à forma cinética do incremento de energia potencial que tinha sido armazenada.
  • 23. Forças conservativas e não conservativas  As forças que atuam num sistema dizem- se não conservativas ou dissipativas quando, ao deixarem de realizar trabalho, o sistema ou não regressa à configuração inicial ou regressa a ela com energia cinética diferente da que tinha no princípio.  Isto quer dizer que as forças não conservativas não conservaram a capacidade que o sistema tinha de realizar trabalho.  A força de atrito, realiza sempre trabalho resistente não traduzido em aumento de energia potencial
  • 24. Independência da trajetória para o trabalho de forças conservativas  Consideremos uma partícula em movimento em um percurso fechado, se o W realizado pela força neste percurso for nulo, então dizemos que as forças são conservativas.  Ou seja, a energia total que se transfere da partícula e para a partícula durante a viaje de ida e volta ao longo do percurso fechado é nula. Exemplo: O lançamento de um tomate. Wres = 0 “O WR realizado pela força conservativa movendo-se entre dois pontos não depende da trajetória.”
  • 25. Independência da trajetória para o trabalho de forças conservativas  Consideremos um percurso fechado arbitrário para uma partícula sujeita a uma ação de uma única força.  A partícula se move do ponto inicial a para um ponto final b ao longo da trajetória 1 e retorna pela trajetória 2. “A força realiza W sobre a partícula a medida que ela se movimenta ao longo de cada trajetória.” • O W realizado de a até b ao longo da trajetória 1 é: Wab,1 • O W realizado da volta de b até a é; Wba,2
  • 26.  Se F for conservativa; Wres = 0. Wab ,1 + Wba , 2 = 0 Wab ,1 = −Wba , 2  O W realizado ao longo da trajetória de ida é igual ao negativo do W realizado ao longo da volta.  Consideremos o Wab,2 realizado pela força sobre a partícula quando ela se move de a até b ao longo da trajetória 2. Wab , 2 = −Wba , 2 Substituindo a equação acima na equação anterior. Wab ,1 = −Wab , 2 Portanto o W independe da trajetória quando F for conservativa.
  • 27. Determinando Valores de Energia Potencial  Encontrar a energia potencial dos dois tipos de energia discutido nesta seção: energia potencial gravitacional e energia potencial elástica.  Encontrar uma relação geral entre uma força conservativa e a energia potencial a ela associada. • Considere um objeto que se comporta como uma partícula e que é parte de um sistema no qual atua uma F conservativa. “ quando esta força realiza W sobre o objeto, a variação ∆U na energia potencial associada ao sistema é o negativo do W.” W = −∆U
  • 28. Determinando Valores de Energia Potencial  No caso geral onde a força pode variar com a posição xf W = ∫ F ( x)dx xi Substituindo W = - ∆U, temos: xf ∆U = − ∫ F ( x)dx xi Relação geral entre força e energia potencial.
  • 29. Energia Potencial Gravitacional  Consideremos uma partícula com massa m movendo-se verticalmente ao longo de y (positivo para cima). A medida que a partícula se move do ponto y1 para y2 a Fg realiza W sobre ela. xf xf ∆U = − ∫ F ( x)dy = − ∫ (−mg )dy = mg | y12 = mg∆y y xi xi Podemos usar configurações de referência na qual a partícula esta em um ponto de referência yi que tomamos como U = 0. Portanto: U ( y ) = mgy “a energia potencial gravitacional associada ao sistema partícula-terra depende apenas da Posição vertical y da partícula em relação à posição de referência y = 0, e não da
  • 30. Energia Potencial Elástica  Consideremos um sistema massa-mola, com o bloco se movendo na extremidade de uma mola de constante elástica k. Enquanto o bloco se move do ponto xi para o xf, a força da mola F = -kx realiza W sobre o bloco. xf xf 1 ∆U = − ∫ F ( x)dx = − ∫ (−kx)dx = kx | x12 = x k∆x xi xi 2 1 2 1 2 ∆U = kx f − kxi 2 2 Escolhendo um valor de referência U com o bloco na posição x na qual a mola se encontra relaxado x= 0. 1 2 1 U −0 = kx − 0; U = kx 2 2 2
  • 31. Conservação da Energia Mecânica  A energia mecânica de um sistema é a soma da energia cinética e potencial dos objetos que compõem o sistema: Emec = K + U Energia mecânica: Forças conservativas e o sistema é isolado (F ext = 0).  Quando uma F conservativa realiza W sobre um objeto dentro de um sistema, essa força transfere energia entre a K do objeto e a U do sistema. Pelo teorema W-∆K ∆K = W
  • 32. Conservação da Energia Mecânica  Usando a equação da variação na energia potencial ∆U = −W Combinando as duas equações anteriores ∆K = −∆U Uma dessas energias aumenta na mesma quantidade que a outra diminui. Podemos reescrever como K 2 − K1 = −(U 2 − U1 ) Conservação da energia K 2 + U 2 = K1 + U1 mecânica.
  • 33. Conservação da Energia Mecânica “Em um sistema isolado onde apenas forças conservativas causam variações de energia, a energia cinética e a energia potencial podem variar, mas a sua soma, a energia mecânica Emec do sistema, não pode variar” Este resultado é chamado de PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃODA ENEGIA MECÂNICA. Este princípio nos permite resolver Podemos escrever esse princípio de outra forma ∆Emec = ∆K + ∆U Problemas que seriam difíceis usando apenas as Leis de Newton. Quando a energia se conserva, podemos a soma de K e U em cada instante com aquele novo instante sem considerar o movimento intermediário e sem determinar o WR das F envolvidas.
  • 34. Conservação da Energia Mecânica  Exemplo do princípio de conservação aplicado: Enquanto um pêndulo oscila, a energia do sistema pêndulo-terra é transferida entre K e U, com a soma K+U permanecendo constante.  Se conhecermos a Ug quando a massa do pêndulo esta no seu ponto mais alto, a equação da conservação da energia nos fornece a K do ponto mais baixo.  Vamos escolher o ponto mais baixo como ponto de referência, com U2 = 0 e no ponto mais alto U1 = 20 J. Como a massa pará momentaneamente no ponto mais alto, K1 = 0. Qual a energia no ponto mais baixo? K 2 + 0 = 0 + 20; K 2 = 20 J
  • 35.
  • 36. Interpretando uma curva de energia potencial  Consideremos uma partícula que faz parte de um sistema no qual atuam uma força conservativa. O movimento da partícula se dar ao longo de um eixo x enquanto a F conservativa realiza W sobre ela.  Podemos obter bastante informação sobre o movimento da partícula a partir do gráfico energia potencial do sistema U(x).  Vimos que se conhecemos a F(x) que atua sobre a partícula podemos encontrar a energia potencial xf ∆U = − ∫ F ( x)dx xi
  • 37. Interpretando uma curva de energia potencial  Queremos fazer agora o contrário; isto é, conhecemos a energia potencial U(x) e queremos determinar a força.  Para o movimento em uma dimensão, o W realizado pela força que atua sobre a partícula se move através de uma distância ∆x é F(x) ∆x. Podemos escrever ∆U = −W = − F ( x)∆x Passando ao limite diferencial dU ( x) F ( x) = − dx
  • 38. Interpretando uma curva de energia potencial  Verificar este resultado U(x) = ½ kx2 que é a energia potencial elástica e U(x) = mgx.  A curva de energia potencial - U versus x : podemos encontrar F medindo a inclinação da curva de U(x) em vários pontos.
  • 39. Interpretando uma curva de energia potencial  Pontos de retorno Na ausência da força conservativas, a energia mecânica E de um Sistema possui um valor constante dado por K ( x) + U ( x) = Emec K(x) é uma função energia cinética de uma partícula no sistema. K ( x) = Emec − U ( x) Como Emec é constante, pelo ex. anterior igual a 5 J. Portanto no ponto x5 K ( x) = 5 − 4 = 1J
  • 40. Interpretando uma curva de energia potencial  Pontos de Retorno  O valor de K máximo (5J) é no ponto x2 quando U(x) é mínimo. • K nunca pode ser negativo (v2), a partícula não pode se mover a para esquerda de x1, Emec – U(x) é negativo. Quando a partícula se move em direção a x1 a partir de x2, K diminui até K = 0 em x1. • Em x1 – a força é positiva (inclinação negativa). Significa que a partícula não permanece em x1, mas começa a se mover para direita, em sentido oposto ao seu movimento anterior. Portanto x1 é um PONTO DE RETORNO, um lugar onde K = 0 (pois U = E) e a partícula inverte o sentido do movimento.
  • 41. Interpretando uma curva de energia potencial Pontos de Equilíbrio  3 valores diferentes de Emec.  Se Emec = 4 J, o ponto de retorno mudar de x1 para um valor entre x1 e x2 .  Qualquer ponto a direita de x5, a energia mecânica do sistema é igual a U(x); portanto, K = 0 e nenhuma força atua sobre a mesma, de modo que ela precisa está em repouso. Diz-se que a partícula em tal posição está em EQUILÍBRIO NEUTRO.
  • 42. Interpretando uma curva de energia potencial Pontos de Equilíbrio  Se Emec = 3 J, existe dois pontos de retorno: um entre x1 e x2 e outro entre x4 e x5. Além disso x3 é um ponto onde K = 0. Se a partícula estiver neste ponto, a F = 0 e a partícula permanecerá em repouso. Se ela for ligeiramente deslocada em qualquer um dos dois sentidos, uma força não nula a empurra no mesmo sentido e a partícula continua se afastando ainda mais do ponto inicial. Uma partícula em tal posição é considerada em EQUILÍBRIO INSTÁVEL.
  • 43. Interpretando uma curva de energia potencial Pontos de Equilíbrio  Se Emec = 1 J. Se colocarmos em x4 ela permanecerá nesta posição. Ela não pode se mover nem para direita nem para esquerda por sua conta própria, pois seria necessário uma K negativa. Se empurramos ligeiramente para a esquerda ou para direita, aparece uma força restauradora que a faz retornar ao ponto x4. Uma partícula em tal posição é considerada em EQUILÍBRIO ESTÁVEL.
  • 44. Trabalho Realizado por uma Força Externa sobre um Sistema vimos: “ O W é a energia transferida PARA um sistema ou DE um sistema devido a atuação de uma força externa sobre este sistema.” Podemos extender esse conceito para uma Fext atuando sobre Um sistema. Quando a transferência de Quando a transferência de energia é PARA o sistema. energia é DO o sistema.
  • 45. Trabalho Realizado por uma Força Externa sobre um Sistema NA AUSÊNCIA DE ATRITO Num boliche quando você vai arremessar a bola, inicialmente você se agacha e coloca suas mãos em forma de concha por debaixo da bola sobre o peso. Depois você levanta rapidamente enquanto ao mesmo tempo puxa suas mãos bruscamente, lançando a bola para cima no nível do rosto. Durante o seu movimento para cima, a F que vc aplica realiza W, isto é, ela é uma força externa que transfere energia, mas para qual sistema?
  • 46. Trabalho Realizado por uma Força Externa sobre um Sistema NA AUSÊNCIA DE ATRITO Verificar quais energias se modificam: Há variação ∆K da bola, e como a bola e a terra ficaram afastada, também houve uma variação ∆Ug do sistema bola-terra. Para incluir essas variações, precisamos considerar o sistema bola- terra. Assim F é uma Fext que realiza W sobre o sistema, e o W é W = ∆K + ∆U = ∆Emec Energia equivalente para o W realizado por Fext sobre um sistema sem atrito.
  • 47. NA PRESENÇA DE ATRITO Consideremos um sistema onde uma F horizontal constante puxa o bloco ao longo do eixo x deslocando-o por uma distância d e aumentando a velo- cidade do bloco de v0 para v. O bloco será nosso sistema. Aplicando a segunda lei de Newton F − f c = ma
  • 48. Como as forças são constantes v 2 = v0 + 2ad , temos 2 Fd = ∆K + f c d Numa situação mais geral (uma na qual o bloco esteja subindo uma rampa), pode haver uma variação na energia potencial. Para incluir tal variação, temos Fd = ∆Emec + f c d Verificamos experimentalmente que o bloco e a porção do piso ao longo do qual ele se desloca ficam aquecidos enquanto o bloco desliza. Portanto foi verificado experimentalmente que essa energia térmica é igual ∆ET = f c d Portanto Trabalho realizado pelo sistema W = ∆Emec + ET em presença de atrito.
  • 49. Conservação da Energia Todos os casos discutidos até agora obedecem a LEI DE CONSERVAÇÃO, que está relacionada com a energia total de um sistema. Essa energia total é a soma da energia mecânica com a térmica ou qualquer outro tipo de energia interna. “A energia total E de um sistema pode mudar apenas por quantidades de energias que são transferidas para o sistema ou delas retiradas.” O único tipo de energia de transferência de energia que consideramos e o W realizado sobre um sistema. Assim, esta lei estabelece W = ∆E = ∆Emec + ∆ET + ∆Eint A lei de conservação de energia é algo baseado em inúmeros experimentos.
  • 50. Conservação da Energia SISTEMA ISOLADO Se um sistema está isolado de uma vizinhança, não podendo haver trocas com a vizinhança. Para este caso a lei de conservação da energia diz: “A energia total E, de um sistema isolado não pode variar.” Pode haver muitas transferências dentro do sistema; energia cinética em energia potencial ou térmica, entretanto a energia total do sistema não pode variar.
  • 51. Conservação da Energia A conservação da energia pode der escrita de duas maneiras: ∆Emec + ∆ET + ∆Eint = 0 W =0 e Emec , 2 = Emec ,1 − ∆ET − ∆Eint “Em um sistema isolado, podemos relacionar a energia total em um dado instante com a energia total em outro instante sem ter que considerar as energias em tempos intermediários.”
  • 52. FORÇAS EXTERNAS E TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA INTERNA Uma força externa pode mudar a K ou U de um objeto sem realizar W, isto é, sem transferir energia para o objeto. Em vez disso, é a força responsável pela transferência de energia de uma forma para outra dentro do objeto. Patinadora no gelo, inicialmente em repouso, empurra um corrimão e passa a deslizar sobre o gelo. Sua K aumenta porque o corrimão exerceu uma Fext sobre ela. No entanto a F não transfere energia para o corrimão para ela. Assim a força não realiza W sobre ela. Ao contrário a K aumenta como resultado de transferências internas a partir da energia bioquimica contida nos seus musculos.
  • 53. FORÇAS EXTERNAS E TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA INTERNA Nesta situação podemos relacionar a Fext que atua sobre um objeto com a variação da energia mecânica do objeto. Durante seu empurrão e deslocamento de uma distância d, podemos considerar a aceleração constante, com velocidade variando de v0 a v e a patinadora com uma partícula desprezando o esforço de seus músculos. K − K 0 = Fd cos θ ∆K = Fd cos θ A situação também envolve uma variação na elevação do objeto, podemos incluir a energia potencial A força do lado direito dessa ∆K + ∆U = Fd cos θ Eq. não realiza W, mais é responsável pelas variações das energias.
  • 54. POTÊNCIA Potência é a taxa com que uma força transfere energia de uma forma para outra. “Se uma certa quantidade de energia ∆E é transferida durante um intervalo de tempo ∆t, a potência média devida à força é” ∆E Pmed = ∆t E a potencia instantânea dE P= . dt