1. Seminars in Dialysis. 2019;1–4
Sheron Latcha Renal Division, Department of Medicine,
Memorial Sloan Kettering Cancer Center, New York, New
York
2. PACIENTE COM CANCER SOBREVIVE MAIS TEMPO ATUALMENTE
QT NEFROTÓXICAS assim teremos >NUMERO DE PACIENTES COM CANCER E IRC
DECIDIR INICIAR OU PARAR :
Extremamente complicado e estressante porque não há dados a respeito de MORTALIDADE,
MORBIDADE OU QUALIDADE DE VIDA NESTES PACIENTES.
Dados ATUAIS MAS LIMITADOS RECOMENDAM NÃO INICIAR.
Na prática, a expectativa é que o nefrologista indique se houver uma urgência ou uma
exigência ou litígio.
3. Mortalidade na DRC dialítica é sombria.
De cada 4 pacientes que iniciam diálise 1 morre no primeiro ano.
O pico de mortalidade ocorre nos primeiros 3 meses.
Este prognóstico é mais desencorajante no paciente com DRC e câncer .
Câncer metastático prediz uma mortalidade de menos de 1 ano.
Neoplasia ativa + DRC dialítica = mortalidade < 6 meses
Paciente com neoplasia que interna na UTI = 23% desenvolve IRA.
Se for IRA dialítica alto preditor de mortalidade pós-alta.
Tumor sólido ou hematológico com IRA = 75% de mortalidade
Dados mais recentes:
IRA +NEOPLASIA + UTI = 30% DE MORTALIDADE
se IRA com indicação de diálise = 43%MORTALIDADE
4. A extracorpórea ou HD é um fator decisivo para avaliação risco-benefício.
Oncologistas usam o ECOG OU KARNOFSKY .
Oncologistas NÃO oferecem tratamento AGRESSIVO CITOTÓXICO PARA:
ECOG>2 ou KARNOFSKY < 50
INDEX CHARLSON= sobrevida em 10 anos tumor sólido escore = 6
5. EASTERN COOPERATIVE ONCOLOGY GROUP
0 -Completamente ativo; capaz de realizar todas as suas atividades sem restrição
(Karnofsky 90-100 %)
1 -Restrição a atividades físicas rigorosas; é capaz de trabalhos leves e de
natureza sedentária (Karnofsky 70-80%)
2- Capaz de realizar todos os auto-cuidados, mas incapaz de realizar qualquer
atividade de trabalho; em pé aproximadamente 50% das horas em que o paciente
está acordado. (Karnofsky 50-60%).
3- Capaz de realizar somente auto-cuidados limitados, confinado ao leito ou
cadeira mais de 50% das horas em que o paciente está acordado (Karnofsky 30-
40%)
4 -Completamente incapaz de realizar auto-cuidados básico, totalmente
confinado ao leito ou à cadeira (Karnofsky < 30%).
6. 100% Sem sinais ou queixas, sem evidência de doença.
90% Mínimos sinais e sintomas, capaz de realiza suas atividades com esforço.
80% Sinais e sintomas maiores, realiza suas atividades com esforço.
70% Cuida de si mesmo, não é capaz de trabalhar.
60% Necessita de assistência ocasional, capaz de trabalhar .
50% Necessita de assistência considerável e cuidados médicos freqüentes.
40% Necessita de cuidados médicos especiais.
30% Extremamente incapacitado, necessita de hospitalização, mas sem iminência de
morte.
20% Muito doente, necessita suporte.
10% Moribundo, morte iminente.
7.
8. Oncologistas NÃO oferecem tratamento AGRESSIVO CITOTÓXICO PARA:
ECOG>2 ou KARNOFSKY < 50
Assim :
Pacientes excluídos de terapia agressiva oncológica , que NÃO terão melhora da
funcionalidade dentro de um tempo RAZOÁVEL = NÃO TERÃO BENFÍCIO
COM DIÁLISE.
9. Em geral, na prática, o nefrologista tem pobre entendimento
da morbi-mortalidade do paciente com DRC E CANCER AVANÇADO.
Quando ele recebe o paciente ele não sabe:
1) O quanto o próprio paciente sabe sobre sua doença , o estágio que ela está
ou prognóstico
2) Quanto ele QUER saber sobre seu prognóstico,
3) Que tipo de tratamentos ele tem disponível num futuro próximo.
Então a proposta é :
Discutir de forma clara , com compaixão, e em termos leigos com o paciente
sobre tais questões.
Discutir estas mesmas questões com o oncologista baseado nos escores.
Com isto podemos ter uma expectativa MAIS REALÍSTICA.
10. No paciente agudamente doente o ideal seria ter o conhecimento
prévio sobre seu desejo = testamento vital.
Mas este testamento não é uma panaceia.
Um estudo mostra que 43% dos médicos e 47% dos familiares são capazes de
predizer a preferência do paciente sobre fazer ou não diálise se tiver um câncer
terminal .
Nas situações agudas a tendência dos familiares e equipe médica É FAZER TUDO
mesmo que o nefro saiba que a probabilidade de sobrevida seja sombria ou que a
diálise deverá diminuir a qualidade de vida e aumentar a morbidade .
Porém é preciso lembrar que qualidade de vida é dada pelo paciente e não pelo
nefrologista. Exemplo:
paciente pode tolerar o desconforto da diálise até o nascimento do seu neto.
11. DRC e câncer avançado têm aumentado de frequência.
DIÁLISE POR SI NÃO MELHORA MORTALIDADE OU QUALIDADE DE VIDA
EM PACIENTES COM CÃNCER.
Não é incomum que pacientes , familiares e equipe médica sejam OTIMISTAS
sobre a diálise e tenham em mente que a diálise é uma TÉCNICA QUE “SALVA
VIDAS”.
O nefrologista pode ajudar pacientes e equipe médica se puder esclarecer:
Qual é o entendimento do diagnóstico, estágio e tratamento do câncer do paciente.
Qual a quantidade de desconforto o paciente é capaz de tolerar sabendo que a
diálise não mudará o prognóstico é pode causar mais ônus que bônus .
Com estas questões discutidas podemos CHEGAR A UMA TOMADA DE DECISÃO.
ENCAMINHAR o paciente para cuidados paliativos também é um importante passo
para estes pacientes.