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Diagnóstico diferencial do olho
vermelho
LUIZ CARLOS MOLINARI
SMO/AMMG
FACULDADE MEDICINA/UFMG
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 1)Rapaz de 14 anos. Queixa-se que olhos coçam há
três anos com secreção viscosa e clara. AV 20/20.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 1) Ceratoconjuntivite primaveril
• A aparência granulosa da conjuntiva é causada
pelo edema da mesma devido à inflamação
crônica.
• Na maioria dos casos, a conjuntivite alérgica irá
melhorar na fase adulta e não precisa de
tratamento intensivo.
• Os esteroides tópicos só devem ser usados
durante ataques agudos se houver evidências de
comprometimento da córnea.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 2) Mulher de 45 anos. Queixa-se de olho
dolorido e desconforto sob luz clara com
secreção aquosa. AV 20/40
Diagnóstico diferencial do olho
vermelho
• 2)Uveite anterior aguda
• A fotofobia nestes pacientes é típica, visto que a
constrição da pupila em resposta à luz causa dor.
A vermelhidão é máxima na região próxima ao
limbo (injeção ciliar) e a pupila encontra-se
irregular onde está presa ao cristalino.
• A uveíte anterior aguda deve ser tratada com
atropina para manter a dilatação da pupila. Os
esteroides tópicos podem ser úteis em casos
graves.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 3)Menina de 5 anos. Dor importante e perda
de visão há três dias. Usou remédio caseiro
para o olho uma semana atrás. AV Conta-
dedos.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 3)Ceratite supurativa
• O olho encontra-se muito vermelho e a íris não pode ser
vista claramente, o que sugere que a córnea está turva.
Este olho requer antibióticos tópicos de hora em hora.
• Se houver recursos disponíveis, devem ser feitas uma
raspagem de córnea e uma coloração pelo Gram antes de
começar o tratamento tópico.
• Em algumas regiões, os fungos são uma causa comum de
úlcera corneana e o tratamento antifúngico será requerido.
A linha branca na porção inferior é um hipópio causado
pela formação de pus na câmara anterior.
• Indica inflamação grave. Os remédios caseiros não são
estéreis e podem causar infecções graves.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 4)Menino de 6 anos. Olhos doloridos há dez
dias. Teve malária há um mês. A sensibilidade
corneana estava reduzida quando foi testada.
AV 20/200.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 4)Ceratite por Herpes simplex
• Nem todos os casos de ceratite por herpes
simplex apresentam uma úlcera tipicamente
dendrítica/geográfica.
• Um sinal útil indicador de herpes é a
sensibilidade reduzida da córnea. Acredita-se que
isto se deva a danos causados aos nervos
sensoriais.
• A ceratite por herpes está associada às vezes com
doença febril. Tratamento com antivirais tópicos
tais como o aciclovir ou trifluorotimidina.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 5) Mulher de 25 anos. Sem dor ou secreção.
Reclamava de olhos vermelhos desde esta
manhã. AV 20/20.
Diagnóstico diferencial do olho
vermelho
• 5)Hemorragia subconjuntival
• A ausência de dor e corrimento implica que
não existe inflamação. A borda bem
delimitada é típica de uma hemorragia
subconjuntival.
• Nenhum tratamento é requerido e a
vermelhidão irá desaparecer ao longo de 2
semanas.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 6)Rapaz de 19 anos. Reclama de sensação de
corpo estranho granulado, olhos doloridos há
três dias com uma secreção viscosa
amarelada. AV 20/30.
Diagnóstico diferencial do olho
vermelho
• 6)Conjuntivite bacteriana
• A conjuntiva encontra-se toda hiperemiada e o
olho secreta pus na pálpebra inferior e nos cílios.
Esta condição deve ser tratada intensivamente
com antibióticos tópicos durante uma semana.
• Em casos bastante graves, particularmente em
homens jovens, deve-se considerar uma
coloração de Gram para procurar Gonococcus, e
deve-se fazer perguntas específicas sobre
sintomas de uretrite.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 7)Homem de 65 anos. Há 2 horas, dor ocular
intensa, náuseas, vômitos, baixa acentuada da
visão, halos ao redor das luzes. AV 20/100.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• 7) Glaucoma agudo. Edema de córnea.
• Olho está avermelhado, córnea turva, pupila oval,
semidilatada, fixa; à palpação, olho rígido pelo
aumento da pressão intra-ocular.
• O glaucoma agudo é uma emergência ocular com
cegueira iminente se não for tratado.
• Requer encaminhamento urgente para o
oftalmologista. Pode-se usar mióticos como a
pilocarpina, acetazolamida VO, antiemético,analgésico,
glicerol VO, e manitol IV.
• Terapia definitiva: iridotomia a laser ou iridectomia
cirúrgica.
Diagnóstico diferencial do olho vermelho
• FONTE:
• Photo: International Centre for Eye Health www.iceh.org.uk,
London School of Hygiene & Tropical Medicine.
• Published in: Community Eye Health Journal Vol. 18 No. 53
MARCH 2005 www.cehjournal.org
• Direitos autorais David Yorston e Marcia Zondervan
• © Jornal de Saúde Ocular Comunitária, International Centre
for Eye Health, London School of Hygiene & Tropical
Medicine.
• Artigos podem ser fotocopiados, reproduzidos ou traduzidos,
desde que não seja pra fins comerciais. O autor deve ser
reconhecido, assim como o Jornal de Saúde Ocular
Comunitária. As xilogravuras devem ser reconhecidas em
nome de Victoria Francis.
Hiposfagma Conjuntivite Úlcera de córnea Glaucoma agudo Uveíte anterior Episclerite e
Esclerite
Visão Conservada Conservada Diminuida Baixa da
acuidade visual
Baixa da
acuidade visual
Conservada
Dor Ausente Sensação de
corpo estranho
Presente Intensa Moderada a
intensa
Moderada a
intensa
Reação vascular Depósito de
sangue sob a
conjuntiva
Hiperemia difusa Hiperemia
´pericerática
Hiperemia
pericerática
Hiperemia
pericerática
Hiperemia
localizada
Exsudação Ausente Serosa : viral
Purulenta :
bacteriana
Serosa: viral
Purulenta:
bacteriana
Ausente Ausente Ausente
Opacidade
corneana
Ausente Ausente Presentes Turvação
generalizada por
edema
Ausente ou
precipitados
ceráticos
Ausente
Pupila Normal Normal Normal Midríase média Miótica ou
diminuida
Normal
Reflexo
fotomotor
Normal Normal Normal Ausente Normal ou
diminuído
Normal
CONJUNTIVITES
Como é feito o tratamento da
conjuntivite viral?
Conjuntivite requer atenção médica. O tratamento adequado depende da
causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios,
outros medicamentos anti-inflamatórios, antialérgicos e compressas frias.
Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém
os sintomas podem ser aliviados. A conjuntivite viral geralmente
desaparece dentro de três semanas.
• O que você pode fazer para evitar o contágio de outras pessoas?
• Desinfete superfícies como maçanetas e balcões com solução de água
sanitária diluída;
• Não nade (algumas bactérias podem se espalhar na água);
• Evite tocar no rosto;
• Lave as mãos com frequência;
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• Não reutilize lenços (prefira os de papel);
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Diagnóstico Diferencial Olho Vermelho

  • 1. Diagnóstico diferencial do olho vermelho LUIZ CARLOS MOLINARI SMO/AMMG FACULDADE MEDICINA/UFMG
  • 2. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 1)Rapaz de 14 anos. Queixa-se que olhos coçam há três anos com secreção viscosa e clara. AV 20/20.
  • 3. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 1) Ceratoconjuntivite primaveril • A aparência granulosa da conjuntiva é causada pelo edema da mesma devido à inflamação crônica. • Na maioria dos casos, a conjuntivite alérgica irá melhorar na fase adulta e não precisa de tratamento intensivo. • Os esteroides tópicos só devem ser usados durante ataques agudos se houver evidências de comprometimento da córnea.
  • 4. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 2) Mulher de 45 anos. Queixa-se de olho dolorido e desconforto sob luz clara com secreção aquosa. AV 20/40
  • 5. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 2)Uveite anterior aguda • A fotofobia nestes pacientes é típica, visto que a constrição da pupila em resposta à luz causa dor. A vermelhidão é máxima na região próxima ao limbo (injeção ciliar) e a pupila encontra-se irregular onde está presa ao cristalino. • A uveíte anterior aguda deve ser tratada com atropina para manter a dilatação da pupila. Os esteroides tópicos podem ser úteis em casos graves.
  • 6. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 3)Menina de 5 anos. Dor importante e perda de visão há três dias. Usou remédio caseiro para o olho uma semana atrás. AV Conta- dedos.
  • 7. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 3)Ceratite supurativa • O olho encontra-se muito vermelho e a íris não pode ser vista claramente, o que sugere que a córnea está turva. Este olho requer antibióticos tópicos de hora em hora. • Se houver recursos disponíveis, devem ser feitas uma raspagem de córnea e uma coloração pelo Gram antes de começar o tratamento tópico. • Em algumas regiões, os fungos são uma causa comum de úlcera corneana e o tratamento antifúngico será requerido. A linha branca na porção inferior é um hipópio causado pela formação de pus na câmara anterior. • Indica inflamação grave. Os remédios caseiros não são estéreis e podem causar infecções graves.
  • 8. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 4)Menino de 6 anos. Olhos doloridos há dez dias. Teve malária há um mês. A sensibilidade corneana estava reduzida quando foi testada. AV 20/200.
  • 9. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 4)Ceratite por Herpes simplex • Nem todos os casos de ceratite por herpes simplex apresentam uma úlcera tipicamente dendrítica/geográfica. • Um sinal útil indicador de herpes é a sensibilidade reduzida da córnea. Acredita-se que isto se deva a danos causados aos nervos sensoriais. • A ceratite por herpes está associada às vezes com doença febril. Tratamento com antivirais tópicos tais como o aciclovir ou trifluorotimidina.
  • 10. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 5) Mulher de 25 anos. Sem dor ou secreção. Reclamava de olhos vermelhos desde esta manhã. AV 20/20.
  • 11. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 5)Hemorragia subconjuntival • A ausência de dor e corrimento implica que não existe inflamação. A borda bem delimitada é típica de uma hemorragia subconjuntival. • Nenhum tratamento é requerido e a vermelhidão irá desaparecer ao longo de 2 semanas.
  • 12. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 6)Rapaz de 19 anos. Reclama de sensação de corpo estranho granulado, olhos doloridos há três dias com uma secreção viscosa amarelada. AV 20/30.
  • 13. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 6)Conjuntivite bacteriana • A conjuntiva encontra-se toda hiperemiada e o olho secreta pus na pálpebra inferior e nos cílios. Esta condição deve ser tratada intensivamente com antibióticos tópicos durante uma semana. • Em casos bastante graves, particularmente em homens jovens, deve-se considerar uma coloração de Gram para procurar Gonococcus, e deve-se fazer perguntas específicas sobre sintomas de uretrite.
  • 14. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 7)Homem de 65 anos. Há 2 horas, dor ocular intensa, náuseas, vômitos, baixa acentuada da visão, halos ao redor das luzes. AV 20/100.
  • 15. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • 7) Glaucoma agudo. Edema de córnea. • Olho está avermelhado, córnea turva, pupila oval, semidilatada, fixa; à palpação, olho rígido pelo aumento da pressão intra-ocular. • O glaucoma agudo é uma emergência ocular com cegueira iminente se não for tratado. • Requer encaminhamento urgente para o oftalmologista. Pode-se usar mióticos como a pilocarpina, acetazolamida VO, antiemético,analgésico, glicerol VO, e manitol IV. • Terapia definitiva: iridotomia a laser ou iridectomia cirúrgica.
  • 16. Diagnóstico diferencial do olho vermelho • FONTE: • Photo: International Centre for Eye Health www.iceh.org.uk, London School of Hygiene & Tropical Medicine. • Published in: Community Eye Health Journal Vol. 18 No. 53 MARCH 2005 www.cehjournal.org • Direitos autorais David Yorston e Marcia Zondervan • © Jornal de Saúde Ocular Comunitária, International Centre for Eye Health, London School of Hygiene & Tropical Medicine. • Artigos podem ser fotocopiados, reproduzidos ou traduzidos, desde que não seja pra fins comerciais. O autor deve ser reconhecido, assim como o Jornal de Saúde Ocular Comunitária. As xilogravuras devem ser reconhecidas em nome de Victoria Francis.
  • 17. Hiposfagma Conjuntivite Úlcera de córnea Glaucoma agudo Uveíte anterior Episclerite e Esclerite Visão Conservada Conservada Diminuida Baixa da acuidade visual Baixa da acuidade visual Conservada Dor Ausente Sensação de corpo estranho Presente Intensa Moderada a intensa Moderada a intensa Reação vascular Depósito de sangue sob a conjuntiva Hiperemia difusa Hiperemia ´pericerática Hiperemia pericerática Hiperemia pericerática Hiperemia localizada Exsudação Ausente Serosa : viral Purulenta : bacteriana Serosa: viral Purulenta: bacteriana Ausente Ausente Ausente Opacidade corneana Ausente Ausente Presentes Turvação generalizada por edema Ausente ou precipitados ceráticos Ausente Pupila Normal Normal Normal Midríase média Miótica ou diminuida Normal Reflexo fotomotor Normal Normal Normal Ausente Normal ou diminuído Normal
  • 19. Como é feito o tratamento da conjuntivite viral? Conjuntivite requer atenção médica. O tratamento adequado depende da causa do problema. Seu oftalmologista poderá prescrever, além de colírios, outros medicamentos anti-inflamatórios, antialérgicos e compressas frias. Assim como o resfriado comum, a conjuntivite viral não tem cura, porém os sintomas podem ser aliviados. A conjuntivite viral geralmente desaparece dentro de três semanas. • O que você pode fazer para evitar o contágio de outras pessoas? • Desinfete superfícies como maçanetas e balcões com solução de água sanitária diluída; • Não nade (algumas bactérias podem se espalhar na água); • Evite tocar no rosto; • Lave as mãos com frequência; • Não compartilhe toalhas ou roupas; • Não reutilize lenços (prefira os de papel); • Evite apertos de mãos.
  • 20. Olho seco com rosa bengala
  • 23. UVEITE A)pks B) fibrina e sinéquia posterior C) hipópio sanguinolento
  • 26. ARTERITE DE CÉLS. GIGANTES