SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
AMILOIDOSE
CARDÍACA
Diagnóstico e Tratamento
Internas: Débora de Moura
Luciana Alcântara
Nathália Borges
Definição
Doença de depósito – proteína amiloide mal dobrada
• Distorção da arquitetura tissular
• Disfunção do órgão acometido
• Fibrila amiloide – afinidade pelo vermelho Congo
(birrefringência “verde maçã”)
• Hereditária ou não-hereditária
• Localizada ou sistêmica
• Diferentes órgãos envolvidos
• Diferentes prognósticos
Classificação
•Formas mais comuns de amiloidose (>30
proteínas amiloides):
• Amiloidose de cadeia leve (AL)
• Amiloidose AA ou secundária – infecções/
inflamações
• Amiloidose transtirretina (TTR) - Hereditária -
Selvagem
Fisiopatoge
nia
Características
Demográficas e
Clínicas dos
subtipos: AL,
ATTRv e ATTRw t
Aspectos demográficos AL ATTRv ATTRwt
Idade de início (anos) > 60 anos Depende do genótipo > 70 anos
Gênero Leve predominância em homens Sem predominância Predominância em homens
Origem étnica Nenhuma Mutação mais frequente: Afrodescendentes
americanos = Val122Ile Portugueses =
Val30Met
Nenhuma
Prevalência/Incidência 10 casos/milhão de pessoas/ano, aumenta
com a idade
Variável, conforme o genótipo Desconhecida, aumenta com a
idade
Aspectos clínicos
ICFEP √ √ √
Neuropatia periférica e/ou
autonômica
√ √ -
Proteinúria √ - -
Púrpura periorbitária √ - -
Macroglossia √ - -
Síndrome do túnel do carpo
bilateral
√ - √
Ruptura espontânea do tendão do
bíceps
- - √
Manifestação Clínica
• Manifestações clínicas sobrepostas - caracterizar a proteína
precursora - tratamento.
• Amiloidose sistêmica: coração, rins, olhos, SNC / SNP e fígado.
• Inespecíficas: fadiga, perda ponderal, edema periférico e hipotensão
ortostática.
• ATTRv (hereditária): neuropatia e cardiomiopatia
• ATTRwt (selvagem): a cardiopatia é a principal, ocorrendo
principalmente em homens idosos que desenvolvem ICFEP sem
fatores de risco previamente conhecidos.
• Alterações extra cardíacas (podem anteceder em anos): síndrome do
túnel do carpo bilateral e rupturas do tendão do bíceps.
Manifestações Neurológicas
Hereditária (ATTRv)
1. Neuropatia periférica;
2. Manifestações tardias SNC - angiopatia amiloide / associadas a
infiltração óculomeningea.
Manifestações Neurológicas
• 1. Neuropatia Periférica:
• polineuropatia axonal, autonômica-sensitiva-motora de evolução
comprimento dependente
• Afeta inicialmente segmentos distais do membros, sobretudo os MMII e
evolui para segmentos proximais em MMSS.
Neuropatia Periférica
• Na forma de início precoce (< 50 anos)- as fibras finas e
posteriormente as fibras grossas.
Disfunção
erétil
Saciedade
precoce
Náuseas,
vômitos
Diarreia
constipação
Hipotensão
ortostática
síncopes
Alteração da
condução
atrioventricular
Arritmias Olho seco
Retenção ou
incontinência
urinária
Dor
neuropática
Perda da
sensibilidades
ao calor e ao frio
Perda
ponderal
NEUROPATIA PERIFÉRICA
• Na forma de início precoce (< 50 anos)- as
fibras finas e posteriormente as fibras grossas
Já nessa fase inicial, podem surgir
lesões indolores
 mal perfurante plantar e suas
repercussões (infecções localizadas,
celulite, osteomielite e septicemia)
Após alguns anos, surgem:
 instabilidade à marcha
fraqueza por atrofia muscular (distal
para próxima).
NEUROPATIA PERIFÉRICA
Já nas formas tardias, a neuropatia, desde o início, compromete todos os tipos
de fibras, e a disautonomia não é tão importante, pelo menos na fase inicial da
doença.
A síndrome do túnel do carpo bilateral é uma manifestação frequente na ATTRv,
podendo ser a manifestação inicial.
Manifestações do SNC
• Episódios focais
• tipo deficitário: stroke-like, TIA-like, ou
aura-like,
• tipo irritativo epilético.
• Casos graves: isquemia ou hemorragia
intracraniana.
• Outras manifestações:
• Comprometimento auditivo;
• migrânia;
• demência;
• síndrome cerebelar;
• Mielopatia
• radiculopatia.
MANIFESTAÇÕES
CARDIOVASCULARE
S
• Infiltração da matriz extracelular cardíaca por fibrilas
amiloides.
• Aumento progressivo da espessura da parede ventricular
e aumento acentuado na rigidez da câmara, acarretando
em comprometimento da função diastólica, levando à IC
com fisiologia restritiva.
• A função sistólica comprometida, refletida por tensão
longitudinal anormal, apesar de uma fração de ejeção
normal, que pode se encontrar preservada até os estágios
finais da doença.
• Infiltração amiloide atrial, levando à disfunção contrátil.
• Depósitos - nas válvulas cardíacas, sem causar disfunções
importantes, na região perivascular.
MANIFESTAÇÕES
CARDIOVASCULARES
• ICFEP (manifestação mais comum) podendo evoluir com queda da
fração de ejeção nas fases mais avançadas da doença.
• A amiloidose cardíaca deve ser considerada no diagnóstico diferencial
da etiologia da ICFEP em homens idosos, particularmente quando a
história HAS não é evidente ou há aumento da espessura do septo
interventricular ≥ 12 mm, levantando a possibilidade de
miocardiopatia infiltrativa.
• Síncope e hipotensão ortostática são comuns - indicam presença de
desautonomia.
• A necessidade de reduzir a dose ou descontinuar anti-hipertensivos
em pacientes com diagnóstico prévio de HAS, (betabloq e IECA/BRA)
são aspectos suspeitos da amiloidose
MANIFESTAÇÕE
S
CARDIOVASCULARES
EXAMES COMPLEMENTARES
DIAGNÓSTICOS
Abordagem Diagnóstica
Racional da Amiloidose Cardíaca
Prognóstico e Estadiamento - AL
Prognóstico e Estadiamento -
ATTR
Prognóstico e Estadiamento –
EXAMES DE IMAGEM
Tratamento
• A amiloidose AL: A base do tratamento específico consiste em eliminar a
sua produção por meio da erradicação do clone de plasmócitos na medula
óssea.
• Pacientes avaliados como baixo risco são candidatos à terapia com
quimioterapia (QT) em altas doses seguidas de TCTH.
• Pacientes de risco intermediário geralmente recebem QT em doses
convencionais e, caso apresentem melhora clínica e laboratorial, podem se
tornar candidatos ao TCTH.
• Pacientes idosos, mais frágeis, com comprometimento de mais de um
órgão ou com cardiomiopatia avançada são tratados com QT em doses
ajustadas, representando um grupo de prognóstico desfavorável, uma vez
que geralmente não toleram o tratamento.
Tratamento - Recomendações
Terapias Específicas da ATTR
1) Transplante hepático;
2) Estabilizadores dos tetrâmeros da TTR:
• TAFAMIDIS e AG10
3) Inibidores da síntese hepática de TTR;
4) Degradação e reabsorção das fibrilas amiloides
depositadas.
OBRIGADA!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a diagnostico e tratamento amiloidose.pptx

Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idosoidaval_1
 
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7Cleanto Santos Vieira
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOpauloalambert
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica pauloalambert
 
Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Paulo Alambert
 
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfDOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfEricaAlves98
 
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfDOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfDorotéia Silva
 
Ans a lista completa das doenças
Ans   a lista completa das doençasAns   a lista completa das doenças
Ans a lista completa das doençasKlaus Kouski
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesRodrigo Biondi
 
Acidente vascular encefálico (ave) .
Acidente vascular encefálico (ave) . Acidente vascular encefálico (ave) .
Acidente vascular encefálico (ave) . Dani Drp
 
Anamnese neurológica
Anamnese neurológicaAnamnese neurológica
Anamnese neurológicapauloalambert
 
Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Paulo Alambert
 
aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdfBrenoSouto2
 

Semelhante a diagnostico e tratamento amiloidose.pptx (20)

Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso
56987304 alteracoes-fisiologicas-e-anatomic-as-do-idoso
 
Dtp17 sp
Dtp17 spDtp17 sp
Dtp17 sp
 
Sarcoidose
SarcoidoseSarcoidose
Sarcoidose
 
lupus
lupuslupus
lupus
 
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7
Patologia geral - doencas reumatologicas - capitulo 7
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica Sindromes nefrotico nefritica
Sindromes nefrotico nefritica
 
Esclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica MédicaEsclerodermia - Clínica Médica
Esclerodermia - Clínica Médica
 
vascular.pptx
vascular.pptxvascular.pptx
vascular.pptx
 
Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19Dermatomiosite polimiosite 19
Dermatomiosite polimiosite 19
 
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfDOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
 
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdfDOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
DOENÇA-DE-ALZHEIMER.pdf
 
Ans a lista completa das doenças
Ans   a lista completa das doençasAns   a lista completa das doenças
Ans a lista completa das doenças
 
DoençAs Neuromusculares
DoençAs NeuromuscularesDoençAs Neuromusculares
DoençAs Neuromusculares
 
Acidente vascular encefálico (ave) .
Acidente vascular encefálico (ave) . Acidente vascular encefálico (ave) .
Acidente vascular encefálico (ave) .
 
Anamnese neurológica
Anamnese neurológicaAnamnese neurológica
Anamnese neurológica
 
Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17Propedêutica neurológica 17
Propedêutica neurológica 17
 
aula reumato .pdf
aula reumato .pdfaula reumato .pdf
aula reumato .pdf
 
Sle 2013
Sle 2013Sle 2013
Sle 2013
 

Último

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopedrohiginofariasroc
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxRayaneArruda2
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIATensai Indústria, SA
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaJoyceDamasio2
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfPastor Robson Colaço
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxrafaelacushman21
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiaGabrieliCapeline
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxAlexsandroRocha22
 

Último (8)

preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentaçãopreparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
preparo quimico mecanico passo a passo instrumentação
 
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptxNR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
NR32---Treinamento-Perfurocortantes.pptx
 
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIACATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
CATALOGO_LOTI_LORD_OF_THE_ICE-RUI-UNAS_TENSAI INDÚSTRIA
 
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em ObstetríciaAloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
Aloimunizaçǎo ao Fator RH em Obstetrícia
 
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdfDevaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
Devaneio Excessivo - O grande Desafio.pdf
 
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptxDengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
Dengue no Brasil 2024 treinamento DDS pptx
 
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontiamedicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
medicamentos+periodonti medicamentos+periodontia
 
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptxTreinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
Treinamento rápido de NR 06 USO CORRETO DE EPI.pptx
 

diagnostico e tratamento amiloidose.pptx

  • 1. AMILOIDOSE CARDÍACA Diagnóstico e Tratamento Internas: Débora de Moura Luciana Alcântara Nathália Borges
  • 2. Definição Doença de depósito – proteína amiloide mal dobrada • Distorção da arquitetura tissular • Disfunção do órgão acometido • Fibrila amiloide – afinidade pelo vermelho Congo (birrefringência “verde maçã”) • Hereditária ou não-hereditária • Localizada ou sistêmica • Diferentes órgãos envolvidos • Diferentes prognósticos
  • 3. Classificação •Formas mais comuns de amiloidose (>30 proteínas amiloides): • Amiloidose de cadeia leve (AL) • Amiloidose AA ou secundária – infecções/ inflamações • Amiloidose transtirretina (TTR) - Hereditária - Selvagem
  • 5. Características Demográficas e Clínicas dos subtipos: AL, ATTRv e ATTRw t Aspectos demográficos AL ATTRv ATTRwt Idade de início (anos) > 60 anos Depende do genótipo > 70 anos Gênero Leve predominância em homens Sem predominância Predominância em homens Origem étnica Nenhuma Mutação mais frequente: Afrodescendentes americanos = Val122Ile Portugueses = Val30Met Nenhuma Prevalência/Incidência 10 casos/milhão de pessoas/ano, aumenta com a idade Variável, conforme o genótipo Desconhecida, aumenta com a idade Aspectos clínicos ICFEP √ √ √ Neuropatia periférica e/ou autonômica √ √ - Proteinúria √ - - Púrpura periorbitária √ - - Macroglossia √ - - Síndrome do túnel do carpo bilateral √ - √ Ruptura espontânea do tendão do bíceps - - √
  • 6. Manifestação Clínica • Manifestações clínicas sobrepostas - caracterizar a proteína precursora - tratamento. • Amiloidose sistêmica: coração, rins, olhos, SNC / SNP e fígado. • Inespecíficas: fadiga, perda ponderal, edema periférico e hipotensão ortostática. • ATTRv (hereditária): neuropatia e cardiomiopatia • ATTRwt (selvagem): a cardiopatia é a principal, ocorrendo principalmente em homens idosos que desenvolvem ICFEP sem fatores de risco previamente conhecidos. • Alterações extra cardíacas (podem anteceder em anos): síndrome do túnel do carpo bilateral e rupturas do tendão do bíceps.
  • 7. Manifestações Neurológicas Hereditária (ATTRv) 1. Neuropatia periférica; 2. Manifestações tardias SNC - angiopatia amiloide / associadas a infiltração óculomeningea.
  • 8. Manifestações Neurológicas • 1. Neuropatia Periférica: • polineuropatia axonal, autonômica-sensitiva-motora de evolução comprimento dependente • Afeta inicialmente segmentos distais do membros, sobretudo os MMII e evolui para segmentos proximais em MMSS.
  • 9. Neuropatia Periférica • Na forma de início precoce (< 50 anos)- as fibras finas e posteriormente as fibras grossas. Disfunção erétil Saciedade precoce Náuseas, vômitos Diarreia constipação Hipotensão ortostática síncopes Alteração da condução atrioventricular Arritmias Olho seco Retenção ou incontinência urinária Dor neuropática Perda da sensibilidades ao calor e ao frio Perda ponderal
  • 10. NEUROPATIA PERIFÉRICA • Na forma de início precoce (< 50 anos)- as fibras finas e posteriormente as fibras grossas Já nessa fase inicial, podem surgir lesões indolores  mal perfurante plantar e suas repercussões (infecções localizadas, celulite, osteomielite e septicemia) Após alguns anos, surgem:  instabilidade à marcha fraqueza por atrofia muscular (distal para próxima).
  • 11. NEUROPATIA PERIFÉRICA Já nas formas tardias, a neuropatia, desde o início, compromete todos os tipos de fibras, e a disautonomia não é tão importante, pelo menos na fase inicial da doença. A síndrome do túnel do carpo bilateral é uma manifestação frequente na ATTRv, podendo ser a manifestação inicial.
  • 12. Manifestações do SNC • Episódios focais • tipo deficitário: stroke-like, TIA-like, ou aura-like, • tipo irritativo epilético. • Casos graves: isquemia ou hemorragia intracraniana. • Outras manifestações: • Comprometimento auditivo; • migrânia; • demência; • síndrome cerebelar; • Mielopatia • radiculopatia.
  • 13. MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARE S • Infiltração da matriz extracelular cardíaca por fibrilas amiloides. • Aumento progressivo da espessura da parede ventricular e aumento acentuado na rigidez da câmara, acarretando em comprometimento da função diastólica, levando à IC com fisiologia restritiva. • A função sistólica comprometida, refletida por tensão longitudinal anormal, apesar de uma fração de ejeção normal, que pode se encontrar preservada até os estágios finais da doença. • Infiltração amiloide atrial, levando à disfunção contrátil. • Depósitos - nas válvulas cardíacas, sem causar disfunções importantes, na região perivascular.
  • 14. MANIFESTAÇÕES CARDIOVASCULARES • ICFEP (manifestação mais comum) podendo evoluir com queda da fração de ejeção nas fases mais avançadas da doença. • A amiloidose cardíaca deve ser considerada no diagnóstico diferencial da etiologia da ICFEP em homens idosos, particularmente quando a história HAS não é evidente ou há aumento da espessura do septo interventricular ≥ 12 mm, levantando a possibilidade de miocardiopatia infiltrativa. • Síncope e hipotensão ortostática são comuns - indicam presença de desautonomia. • A necessidade de reduzir a dose ou descontinuar anti-hipertensivos em pacientes com diagnóstico prévio de HAS, (betabloq e IECA/BRA) são aspectos suspeitos da amiloidose
  • 17. Abordagem Diagnóstica Racional da Amiloidose Cardíaca
  • 20. Prognóstico e Estadiamento – EXAMES DE IMAGEM
  • 21. Tratamento • A amiloidose AL: A base do tratamento específico consiste em eliminar a sua produção por meio da erradicação do clone de plasmócitos na medula óssea. • Pacientes avaliados como baixo risco são candidatos à terapia com quimioterapia (QT) em altas doses seguidas de TCTH. • Pacientes de risco intermediário geralmente recebem QT em doses convencionais e, caso apresentem melhora clínica e laboratorial, podem se tornar candidatos ao TCTH. • Pacientes idosos, mais frágeis, com comprometimento de mais de um órgão ou com cardiomiopatia avançada são tratados com QT em doses ajustadas, representando um grupo de prognóstico desfavorável, uma vez que geralmente não toleram o tratamento.
  • 23. Terapias Específicas da ATTR 1) Transplante hepático; 2) Estabilizadores dos tetrâmeros da TTR: • TAFAMIDIS e AG10 3) Inibidores da síntese hepática de TTR; 4) Degradação e reabsorção das fibrilas amiloides depositadas.