D. Dinis foi um rei de Portugal do século XIII que se destacou como administrador, militar, diplomata e poeta. Governou de 1279 a 1325, estabelecendo as fronteiras portuguesas, instituindo o português como língua oficial e fundando a Universidade de Coimbra, promovendo o progresso econômico e cultural do país.

1. D. Dinis
D. Dinis de Portugal, O Lavrador, nasceu em Lisboa, a 9 de outubro de 1261 e
foi Rei de Portugal e do Algarve de 1279 até sua morte a 7 de janeiro de 1325. Era o
filho mais velho do rei Afonso III e da sua segunda esposa Beatriz de Castela.
Casou-se em 1282 com Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como Rainha
Santa, de quem teve dois filhos. De todos os reinados da Primeira Dinastia, o de D. Dinis
foi um dos que mais se destacou na História de Portugal. Detentor de variadíssimos
talentos, praticou uma política importante em vários domínios, decisiva para o futuro da
nação. Foi um excelente administrador, chefe militar, diplomata e poeta.
Teve uma educação digna de um rei. Os estudos ocuparam muito do seu tempo
e da sua atenção, tendo vindo a adquirir grandes conhecimentos de línguas e de
literatura, para além das aprendizagens tradicionais. Era um jovem que se interessava
pela leitura, escrita e música, pelo que mais tarde se tornou num excelente trovador de
Cantigas de Amigo e de Amor. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português
verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo.
Ao longo de 46 anos de reinado, foi um dos principais responsáveis pela criação
da identidade nacional: em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu
as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, instituiu a língua portuguesa como
língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa em Coimbra e
aumentou substancialmente o pinhal de Leiria. A sua política centralizadora foi
articulada com importantes ações de incentivo económico como a criação de inúmeros
concelhos e feiras.
Com a sua morte terminou um longo reinado caracterizado pelo progresso
intelectual e económico, estabelecido em notáveis estruturas jurídicas e culturais. A sua
personalidade e atividade política foram tão marcantes que chegou a ser considerado,
no seu tempo, o melhor rei e poeta da Península Ibérica. Para sempre ficou um ditado
popular que exprime o sucesso deste monarca: "El-rei D. Dinis fez tudo quanto quis".

2. D. Dinis
 Introdução
 Família
 Talentos
 Educação e Trovadorismo
 Medidas tomadas
 Conclusão